Manguebeat: Entre Mangues e Marginais

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entre mangues e marginais Programação Virada Cultural 2014


Sesc na

17 e 18 de maio de 2014 Das 18h do sábado às 18h do domingo Informações: sescsp.org.br/viradanosesc viradacultural.org.br


Como a diversidade recifense, erguida entre rios e mangues, reverbera em São Paulo, cidade multicultural, construída entre rios? Dos bairros periféricos de Recife e Olinda surgiu, na virada dos anos 1980 para os 90, o Manguebeat. Ligado tanto à música tradicional de Pernambuco, quanto à música pop, o movimento mostrava que o poder de renovação e de transformação da música - e da arte como um todo - estava vivo mesmo em meio à crise social. Num contexto de altos índices de violência urbana e pobreza, e do aparente marasmo de atividades culturais institucionais, alguns jovens ocasionaram uma grande movimentação na vida cultural dessas cidades. Apesar do cenário pouco promissor, as manifestações tradicionais - como os Maracatus de Nação e Rural, o Cavalo Marinho, o Frevo e o Coco de Umbigada - continuavam a sair pelas ruas. Por outro lado, como símbolo de resistência, muitos jovens se manifestavam em espaços igualmente periféricos e ignorados da cidade: grupos de hip hop e street dance proliferavam, assim como bandas de punk rock. Tais grupos, dos quais participavam muitos membros do futuro Mangue bit, como era chamado no princípio, possuíam muitos pontos em comum, redundando no desenvolvimento de espaços culturais e eventos que permitiram apelidar a cidade de Recife de Manguetown, metrópole metaforizada pela imagem da antena na lama. Duas décadas depois do lançamento dos discos seminais Da Lama ao Caos, do Nação Zumbi, e Samba Esquema Noise, do Mundo Livre S/A, cabe perguntar: qual o lugar que o Manguebeat ocupa hoje na história da música e da cultura brasileira? E, sobretudo, como ele continua vivo em Pernambuco e ao redor do país? Seja pela influência direta, seja pela apropriação de sua estética híbrida, o movimento segue sendo uma referência: cada vez mais as periferias buscam ocupar espaços culturais e políticos centrais, ao mesmo tempo em que o centro busca novas referências simbólicas nas periferias. Em parceria com a Prefeitura Municipal de São Paulo, o Sesc consolida sua participação na primeira década de vida da Virada Cultural, por meio da realização de atividades especiais. A programação deste evento, pautado na estética e na história do Manguebeat, busca oferecer uma visão do início do movimento, e de alguns de seus marcos originais, assim como explora seus desdobramentos e legado ao longo dos anos, apresentando as influências que hoje estão presentes em artistas das mais diferentes linguagens. Sesc


arte mídia Com uma produção baseada no hibridismo entre o tradicional e o moderno, o Manguebeat se utilizou de diversos aparatos tecnológicos, como o sampler na música. Além desta, no entanto, o movimento foi apropriado por uma geração de artistas visuais e designers que passaram a representar visualmente a estética mangue. Dentre as diversas linguagens das artes visuais, uma delas se desenvolveu de modo íntimo com a música: a vídeo projeção.

V J s

Retinantz

17 e 18|05 sábado,18h às 23h59 domingo,0h às 2h30 praça

O coletivo de VJs Reinantz é formado pelos VJs Cauê Nascimento, Gabriel Furtado, Mary Gatis e Mozart Santos e pelo live cameraman Queops Negão. O grupo surgiu em Recife, em 2002, e desde então tem sido convidado para idealizar e fazer projeções e video mappings em alguns dos principais eventos do carnaval e da cena alternativa da cidade. Para a Virada Cultural do Sesc Pinheiros, o grupo traz ao público paulistano um ambiente imerso na estética manguebeat e suas reverberações, a partir de um setlist de músicas e imagens que fazem uma cartografia da memória e dos desdobramentos deste movimento.

vjs retinantz


artes visuais A hibridização preconizada pelo movimento Manguebeat de Chico Science contaminou gerações de artistas visuais para além da música. Os artistas herdeiros do mangue trazem uma misturade gêneros, ritmos, tradição, tecnologia e criação multidisciplinar em seus processos criativos. Os caranguejos do mangue alcançaram a cidade, que, ao longo dos anos passou a ser um cenário para ocupações artísticas: a cidade como atelier aberto, que reflete as urgências, estilos de vida e as angústias dos habitantes dos grandes centros urbanos. É possível estabelecer um paralelo entre os artistas do Manguebeat e os jovens criadores que, atualmente resgatam a memória, o fazer manual e as artesanias, ressignificadas pela tecnologia, em ações poéticas que são distribuídas globalmente pela rede, da chita ao mapping, tudo se junta, mistura e renova - ações que contaminaram todo o Brasil.

so sopa pari a ria

m man angu gue e sp

17 e 18|05 sábado e domingo térreo

divulgação

Intervenções do artista plástico e cenógrafo Jefferson Duarte: escultura “Caranguejo Mangue Boy” inspirada no caranguejo monumental “Carne da minha perna”, criado pelos artistas Augusto Ferrer, Jorge Alberto Barbosa, Lúcia Cardoso e Eddy Pólo, atualmente instalada na Zona Central da Região Metropolitana do Recife, uma homenagem à cidade e à Chico Science. Colagem nos vidros do térreo com imagens de arquivos históricos fornecidas por Roger de Renor, importante agitador cultural do Recife e dono da Soparia do Pina, bar onde Chico Science e os músicos do Nação Zumbi, entre outros artistas, se encontravam e fomentaram o movimento Mangue Beat e ainda, a recriação de um dos ambientes do bar, com o mítico sofá vermelho, sob um painel de fundo pintado por artistas e composição de objetos típicos, similares aos que decoram a Soparia, - uma área utilizada para entrevistas e gravação de programas de TV com os artistas freqüentadores. Esse espaço interativo poderá ser utilizado para o público tirar fotografias.


artes visuais

acidum

17 e 18|05

do rec ife

fachada sesc pinheiros

arte urbana

sábado e domingo

A produção da dupla de artistas recifenses Robézio e Terezadequinta se originou a partir de uma pesquisa de referencias intitulada “Babélicos: um olhar sobre reconhecimentos e choques entre a cultura regional e universalismo, a tecnologia e a tradição”. A pintura externa proposta para a Unidade é assumida com cores e um experimentalismo que tem referenciais no psicodelismo e propõe um cenário onde seres híbridos se mesclam à imagens tecnológicas, envolvidos em mulambos e texturas folclóricas. Em uma dimensão fantástica, personagens urbanos gravitam entre o sonho e o cotidiano. ACIDUM é um Coletivo nascido na cidade de Fortaleza no Ceará composto por artistas que atuam fundamentalmente com arte urbana, no Recife e pelo mundo. Criado pelo artista Robézio (a.k.a AC/D1) em 2006, o projeto Acidum conduziu diversas ações e interações com a participação de artistas convidados brasileiros e internacionais. O coletivo é responsável pela publicação “Entregue às Moscas” de 2011, que traz ilustrações, pinturas, fotografia e textos literários de diversos colaboradores representantes da jovem cena artística recifense. Encabeçadas pelo casal Terezadequinta e Robézio, as intervenções tem assumido novos trânsitos e facetas, com a produção de murais, design, fotografia, graffiti, lambe-lambe, tatuagem, stickers, estencil, elaboração de projetos audiovisuais e exposições, em que o coletivo imprime sua marca: o experimentalismo e a matriz de inspiração na arte urbana.

acidum


cinema Pela sua diversidade, engajamento social e estilo musical marcante o Manguebeat acabou contaminando outras linguagens, entre elas o cinema. O projeto Manguebeat: Entre Mangues e Marginais para a Virada Cultural 2014, oferece uma coletânea de 5 curtas-metragens e 2 videoclipes produzidos entre os anos de 1993 e 2011, por diretores que

cine

mangue Curtas O Mundo é uma Cabeça Brasil, 2004, 17 min. Direção: Bidu Queiroz e Cláudio Barroso O Manguebeat é um movimento que eclodiu no inicio dos anos 90 em Pernambuco. E o filme mostra essa história e a trajetória do seu principal protagonista: Chico Science. A Perna Cabiluda Brasil, 1997, 19 min. Direção: Marcelo Gomes, Beto Normal, Gil Vicente e João Vieira de Melo Veira Júnior. Nos anos 70, em Recife, um personagem habitou o imaginário popular por um bom tempo: uma perna “cabiluda” que atacava as pessoas, destruía lares, estuprava mulheres, deixando a cidade de Recife em pânico. Com Chico Science, Fred 04, Regina Case.

17|05 sábado,18h às 23h59 domingo,0h às 4h área de convivência Maracatu, Maracatus. Brasil, 1995, 14 min. 35mm Direção Marcelo Gomes As diferenças culturais entre as várias gerações de integrantes do maracatu rural, ritual afro-indígena que tem suas origens nos engenhos de açúcar de Pernambuco. Com Aílton Guerra, Jofre Soares, Meia-Noite Samydarsh – Os Artistas da Rua Brasil,1993, 13 min. Direção: Adelina Pontual, Claudio Assis e Marcelo Gomes. Recife, uma capital deteriorada. Ruas, becos e mercados do centro estão apinhados de vendedores, pedintes, pregoeiros. No meio dessa Babel com sotaque latino, os cantadores de rua ou, como se intitulam, os músicos populares, cumprem seu ritual de cantoria.

Punk Rock Hard Core - Alto José do Pinho Brasil, 1995, 13 min. Direção: Marcelo Gomes, Adelina Pontual e Cláudio Assis. O dia-a-dia dos jovens roqueiros do Alto José do Pinho, bairro da periferia do Recife: como a música mudou suas vidas e a imagem do bairro, antes conhecido apenas por sua miséria e marginalidade Videoclipes Eduarda Fissura do Átomo. Brasil, 2011, 6min. Direção: Leonardo Domingues, Silvio Ribeiro e William Paiva, com parceria com o Núcleo de Animação da AESO – Faculdades Integradas Barros Melo, de Olinda. A música do videoclipe faz parte do álbum “Novas Lendas da Etnia Toshi Babaa” O Velho James Browse já Dizia Brasil, 2011, 5min. Direção: Leonardo Castro Gomes Videoclipe Oficial da música O Velho James Browse Já Dizia, que integra o disco “As Novas Lendas da Etnia Toshi Babaa” (2011) da banda Mundo Livre S/A. Realizado pelo Núcleo do Audiovisual BAMTV, das Faculdades Integradas Barros Melo. Co-Produção Nahssom Filmes.


dança O Manguebeat traz para o cenário da dança brasileira uma mescla entre dança e música, na qual a linguagem é contemplada por meio do frevo, do maracatu, da ciranda e outras danças tradicionais. Para a Virada Cultural, o Sesc Pinheiros apresenta uma programação inspirada na tradição do maracatu de baque virado, também conhecido como maracatu de nação.

arrasto

de maracatu

de baque virado grupoblocodepedra

17|05 sábado, 19h30 térreo

ponto de encontro na igreja monte serrat, 19h15

Dança e música marcam o encontro de maracatu de baque virado, manifestação da cultura popular pernambucana. Inspirado nesta tradição, o Bloco de Pedra, grupo formado em São Paulo em 2005, na região de Pinheiros, apresenta toadas tradicionais e composições de própria autoria, com conteúdo pautado em pesquisas realizadas nas próprias nações de maracatu de Pernambuco. O ponto de encontro do Arrasto de Maracatu de Baque Virado será na Igreja de Monte Serrat, às 19h15. O Bloco de Pedra é um grupo engajado na difusão da cultura do maracatu de baque virado em São Paulo. O grupo está relacionado ao Projeto Calo na Mão, iniciativa que contribui para a formação de novos brincantes. Com respeito às nações, as rainhas, aos mestres e todos que carregam a sua tradição e ancestralidade, e com estima a todos os grupos e seus brincantes, que fazem desta uma cultura viva e permanente, o Bloco de Pedra se empenha a realizar seu trabalho da forma mais verdadeira possível, fazendo deste, simplesmente, um grupo de Maracatu. bloco de pedra


LITERATURA A palavra falada, dita, declamada, cantada no Manguebeat, enraizada na oralidade do menestrel nordestino, fortalecida pela musicalidade do movimento vem para celebrar e carnavalizar. Da lama ao caos, poetas cantadores chegam mais perto para contemplação da palavra.

sarau com roger

cadê dê ro ca roge ger, r, cadê dê ro ca roge ger, r, c ad ca êr dê ro og ge er r,, ô ô!! M ac Ma cô ô!

17|05 sábado,21h praça

divulgação

Figura fundamental da cena cultural Pernambucana, Roger de Renor realiza este sarau com convidados ilustres, envolvidos na criação do movimento Manguebeat. Dono do famoso bar Soparia, palco dos anos 1990 em que se apresentaram as bandas Mundo Livre S.A e Chico Science & Nação Zumbi, Roger, por meio de causos, poesias e música, conduzirá o público aos ditos e não ditos da rica história do movimento. Com Roger de Renor, Xico Sá, Fred Zero Quatro, DJ Dolores e outros convidados.


música Ainda que o Manguebeat reverbere por várias linguagens artísticas, a música foi a expressão privilegiada do movimento. Foi através dela que as principais experimentações estéticas do Manguebeat foram feitas e que o processo de mescla entre o popular e o pop foi mais longe: propõe a mistura até então improvável de figuras como Mestre Salustiano, Nelson da Rabeca, Jorge Ben, Michael Jackson e Malcolm Mclaren. A programação da Virada Cultural do Sesc Pinheiros traz uma programação que vai desde os primeiros anos de Manguebeat até os frutos mais recentes do cenário do mangue. Em comum, todas as apresentações mostram a inventividade do movimento e uma estética baseada na mistura entre o tradicional e o moderno.

siba e a

17|05 sábado, 22h

fuloresta teatro paulo autran A Fuloresta do Samba foi formada em 2002 pela reunião de Siba – ex-guitarrista e rabequeiro do Mestre Ambrósio - com músicos da Zona da Mata pernambucana, região conhecida pela riqueza de suas manifestações populares e pela qualidade de seus músicos de percussão e metais. Não por acaso, a sonoridade do grupo bebe diretamente do maracatu de baque solto e da ciranda, ao que se soma as letras cuidadosamente trabalhadas nas métricas tradicionais de Siba. O show Siba e a Fuloresta é um reencontro: atualmente o grupo se apresenta esporadicamente, retornando aos palcos especialmente para a Virada Cultural do Sesc Pinheiros.

siba e a fuloresta


s ca lu e a orquestra

17|05 sábado, 22h30

dos prazeres praça A Orquestra dos Prazeres é regida por Lucas dos Prazeres, que observa com cuidado o equilíbio entre instrumentos como alfaias, ilús, congas, ajubês e agogôs. O projeto engloba um conjunto heterogêneo de instrumentos e é de grande complexidade percussiva. Criado em meio a mestres da cultura popular e ex-percussionista do Cordel do Fogo Encantado, Lucas, com apenas 29 anos, já acumula 18 de carreira e uma experiência que lhe expandiu os horizontes musicais e territoriais: engatou parcerias com nomes do quilate de Naná Vasconcelos, Elba Ramalho, Lula Queiroga, Geraldo Maia, e percorreu países como Noruega, França, Portugal, Alemanha, Áustria, Inglaterra, Holanda, Bélgica e Estados Unidos.

divulgação

dj dolores e orchestra santa massa

18|05 domingo, 0h30 praça

Idealizado Helder Aragão (DJ Dolores), Isaar (vocalista e percussionista), Maciel Salú (rabequeiro e vocalista), Fábio Trummer (guitarrista e vocalista) e Jam da Silva (percussão), a Santa Massa é reconhecida por lotar as pistas de dança no Brasil, Europa e América do Norte com um som inovador: unindo os beats da música eletrônica com os elementos marcantes dos gêneros da cultura popular pernambucana, como o maracatu, o coco, a ciranda e o cavalo marinho, o grupo possui uma sonoridade única e eletrizante.


Vitor Salerno

música

mombojó

18|05 domingo, 2h30 praça

O Mombojó nasceu em Recife no começo dos anos 2000 como muitas bandas de sua geração: na garagem e na escola, entre jovens adultos. Rock-de-refrão, bossa-nova, lounge, surf music, jazz e samba são algumas das referências que formam a complexa força melódica do grupo. Um dos principais expoentes do Manguebeat, o Mombojó teve por dois anos consecutivos, seus discos “Nadadenovo” e “Homem-espuma” eleitos como os melhores discos do ano pela Associação Paulista de Críticos de Arte. A banda é formada por Chiquinho (teclado e sampler), Felipe S. (vocal e guitarra), Marcelo Machado (Guitarra), Samuel (baixo) e Vicente Machado (bateria). Para o Sesc Pinheiros o Mombojó traz seus grandes sucessos e principalmente as músicas de seu último trabalho, Amigo do Tempo.

zulumbi

18|05 domingo, 13h30 praça

Aprofundar a conexão entre os batuques afro-brasileiros e o hip hop é o intuito deste trio que dispensa apresentações: a junção de Lúcio Maia (Nação Zumbi), o DJ PG (Elo Da Corrente) e o MC Rodrigo Brandão (vulgo Gorila Urbano) dá origem ao Zulumbi, grupo que aposta em uma estética musical psicodélica e altamente percussiva, de letras positivas e forte identidade nacional. A formação mistura as rimas e o equipamento eletrônico essenciais ao rap com os elementos orgânicos liderados pela guitarra de Maia, criando uma musicalidade que atrai desde b-boys e b-girls até os mangueboys e manguegirls. No palco, o Zulumbi conta ainda com Marcos Gerez (baixo), Munhoz (microfone) e Mestre Nico (percussão).


momboj贸


música

otto

18|05 domingo,14h teatro paulo autran

Uma das principais figuras do Manguebeat, Otto começou sua carreira ainda nos anos 1980, chegando a tocar tanto com o Mundo Livre S/A como com a Nação Zumbi. Em 1998 Otto lança o primeiro disco de sua carreira solo, “Samba pra Burro”. Hoje o artista já conta com sete álbuns que exploram uma sonoridade diversa, passando pelo rock, samba, brega, ciranda e música eletrônica. No Sesc Pinheiros o músico pernambucano apresenta o show de seu sexto e novo álbum, “The Moon 1111”. O disco se inspira em Guy Montag, personagem do filme “Farenheit 451” de François Truffaut, trazendo uma sonoridade que vai desde o brega romântico até o eletropop dos anos 1980 e a densidade psicodélica do álbum “The Dark Side of the Moon”, do Pink Floyd. Leve e solar, o trabalho traz letras reflexivas e diretas, sempre acompanhadas da pegada dançante que marca o trabalho de Otto.

Mundo

Livre s/a

18|05 domingo, 18h Teatro Paulo Autran

O Mundo Livre S/A surgiu em Recife ainda nos anos 1980, no bairro de Candeias. A banda é um foi uma das precursoras do Manguebeat e até hoje é um dos principais nomes da cena mangue. Com influências diversas – que vão do punk rock à Jorge Ben Jor – o Mundo Livre S/A é formado atualmente por Fred ZeroQuatro (vocal, guitarra e cavaquinho), Areia (baixo), Xef Tony (bateria), Léo D. (teclados) e Pedro Santana (percussão). O grupo apresenta no Sesc Pinheiros o show de comemoração de 20 anos do já clássico disco “Samba Esquema Noise”, um marco na propulsão do movimento Manguebeat para além das fronteiras de Pernambuco. O disco levou quase 10 anos para ser lançado, período que a banda teve a oportunidade de trabalhar com apuro uma sonoridade que transita pelo samba, rock e punk misturados aos ritmos regionais de Pernambuco.

otto


teatro Embora em Recife tenham surgido manifestações teatrais diretamente ligadas ao movimento Manguebeat, é no campo conceitual que as produções acabam se aproximando do movimento até hoje. Grupos com uma pesquisa baseada na valorização da cultura popular, onde mesclam as referências de um mundo globalizado com a sua própria realidade urbana, produzem hoje a estética híbrida do mangue por todo o Brasil.

mangueboys

caranguejos

com cérebro

grupo pombas urbanas

17|05 sábado, 19h30, 20h30, 21h30, 22h30 e 23h30 comedoria, 1o andar

divulgação

Declamando poemas, cantando e recitando trechos da obra de Josué de Castro e do “Primeiro Manifesto do Movimento Manguebeat”, dois atores e um músico transitam de forma sutil, de mesa em mesa na comedoria do Sesc Pinheiros, interagindo com o público e contando histórias incríveis de pessoas comuns. Com origens na periferia paulistana, o Grupo Pombas Urbanas surgiu a partir do projeto “Semear Asas”, concebido pelo diretor Lino Rojas. É através da essência da sua formação e pesquisa, onde mistura cultura popular com uma postura crítica em relação aos problemas sociais de seu entorno, que o Grupo se aproxima do movimento Manguebeat. Como mote principal, a Companhia vem desenvolvendo a sua expressividade cênica por meio do reconhecimento e expressão de sua cidade e seu tempo, baseados na compreensão de suas próprias histórias e raízes.


teatro

cortejo 17|05

Festivo

sábado, 18h

praça grupo pombas urbanas

Um cortejo pela Unidade - circo, teatro e música se misturam num resgate das culturas mambembes, onde simbolismos provenientes das festas e danças tradicionais pernambucanas se mesclam a conceitos do movimento Manguebeat, em uma apresentação que pretende integrar arte e vida com memória e identidade popular. Com o grupo Pombas Urbanas.

manguebeat

em cena núcleo bartolomeu de

depoimentos

18|05 domingo, 17h30 praça

Uma performance cênico-poético-musical. É nesse formato e utilizando o teatro hip-hop - linguagem criada e pesquisada pelo grupo – que o Núcleo Bartolomeu de Depoimentos traz uma intervenção onde o spoken word (poesia falada) e pequenos depoimentos e cenas se fundem à música para recriar esse importante e definitivo acontecimento na história não só da música, mas da arte no Brasil como um todo – o Manguebeat. O Teatro Hip Hop, como é chamada a linguagem desenvolvida pelo Núcleo Bartolomeu de Depoimentos, é um conceito pioneiro no Brasil, que abre inúmeras possibilidades e campos de ação, dialogando com as tendências contemporâneas dos diversos tipos de manifestações urbanas. É através dessa estética e da mescla do teatro épico com a cultura hip hop, que o grupo se aproxima dos conceitos Manguebeat, criando bens culturais através do reconhecimento de sua própria realidade social, onde tecnologia e tradição se misturam de uma forma criativa.

cortejo festivo


alimentação “Se toda existência humana decorre do binômio estômago e sexo, como registra o estudioso Câmara Cascudo no livro A Historia da Alimentação no Brasil, a gastronomia de Pernambuco sacia com requinte e fartura, todas as fomes de um homem...” Xico Sá. Jornalista e escritor.

divulgação

sabores de todos os cantos

A culinária pernambucana, como a de quase todas as outras regiões brasileiras, recebeu a influência das culturas portuguesa, indígena e africana, os elementos formadores da população. Diversas receitas originais provenientes de outros continentes foram adaptadas com ingredientes encontrados com facilidade na região, resultando em combinações únicas de sabores, cores e aromas. Do africano, que chegou em grande número para trabalhar nos engenhos de cana de açúcar e que trouxe o gosto pela pimenta e o costume de aproveitar o azeite-de-dendê e o coco; dos indígenas nativos que ensinaram formas de aproveitar cereais e tubérculos; e do português colonizador herdou as técnicas no preparo de cozidos e caldos. A cozinha regional tem pratos criados nas casas-grandes e nas senzalas, nas aldeias e nos mosteiros, na lida do sertão e também à beira mar. Os pratos mais conhecidos são: a carne de sol, o queijo coalho, o arrumadinho, o escondidinho, o sururu, a caldeirada, o cozido, o caldinho de peixe ou camarão, a peixada pernambucana, o chambaril, o charque à brejeira, o bredo de coco, o quibebe, a tapioca, o angu, o mungunzá salgado, o sarapatel, a buchada e o feijão de coco, entre outros. A história de Pernambuco está ligada ao açúcar desde o inicio de sua colonização e assim, não é por acaso que ao desembarcarmos em Recife ou na vizinha Olinda despertamos automaticamente para os confeitos maravilhosos que lá se produz. Como não se lembrar do bolo Sousa Leão, do bolo de rolo e a cartola que receberam, por lei, status de Patrimônio Cultural Imaterial do Estado de Pernambuco. E as compotas artesanais com frutas tropicais? Os pratos da culinária pernambucana preservam a sofisticação vinda da Europa e agregam a ela, com cautela, o nativismo dos índios e novos ingredientes das receitas africanas. Fonte: CULINÁRIA nordestina: encontro de mar e sertão. Rio de Janeiro: Ed. SENAC Nacional, 2001. LIMA, Claudia. História do folclore. Recife: Prefeitura da cidade do Recife, Secretaria de Turismo, 1997. p. 13. Edição especial.


cardápio Bebidas quentes e bebidas frias Salgados: Pão de tapioca com coco Tortinha de atum Pacotinho de carne seca com abóbora Pastelinho de queijo Esfiha integral de ricota Pastel assado de frango Esfiha de carne Sobremesas: Bolo de rolo Pudim de tapioca com calda de coco Pedaços de frutas tropicais: kiwi,carambola,manga,melão Pedaços de frutas tropicais com coalhada Brigadeiro de castanha do brasil Sorvete de iogurte com as caldas: Chocolate, frutas vermelhas e pitanga Pedaços de frutas tropicais com coalhada Brigadeiro de castanha do brasil Trio de compota (caju, jaca e goiaba) com requeijão do norte Sopas: Sopa de macaxeira com paio Creme de cebola Caldo de feijão Complementos: Pão brioche, queijo coalho, molho de pimenta, pimenta biquinho, pimenta de bode, chips de inhame.

Sanduíches: Virada no bocados do mar (Pão da casa com tiras de alface americana cobertas de salada de cenoura ralada, kani desfiado, temperados com molho inglês, mostarda, limão, cebola picada e salsa ligados com molho de maionese e salpicada com batata palha) Virada no bocados do sertão (Pão da casa com refogado de carne seca e requeijão, salpicado de queijo coalho) Sanduíche de queijos Sanduíche de berinjela

Sobremesas: Bolo de rolo Pudim de tapioca com calda de coco Pedaços de frutas tropicais: kiwi,carambola,manga,melão Pedaços de frutas tropicais com coalhada Brigadeiro de castanha do brasil Trio de compota (caju, jaca e goiaba) com requeijão do norte

Saladas: Salada de feijões: Fava, feijão fradinho e feijão azuki com molho campanha. Folhas verdes, erva doce laminada, tomate doce, flocos de coco salgado com vinagrete de água de coco.

Cardápio do almoço do domingo: Fogão cultural Feijão de corda com coco

Mini prato: Tigelinha pernambucana (purê de banana da terra coberto com paçoca de carne seca e xerém de castanha de caju) Cuscuz nordestino com manteiga e queijo fresco

Canto da grelha: Tapioca de queijo coalho Tapioca de coco e leite condensado

Salada: ratatouille nordestino (Maxixe, milho, pimentão vermelho, cebola roxa e alho confit com pesto de coentro) Prato principal: carne de sol grelhada coberta de queijo coalho Guarnição: jerimun (abobora assada temperada com gengibre, sálvia, pimenta dedo de moça e passas hidratadas na cachaça) Sobremesa: mousse de iogurte com calda de pitanga e coco crocante


Cafeteria: 17|05, das 18h às 23h59 18|05, da 0h às 5h e das 10h às 18h30 Foyer: 17|05, das 20h às 22h 18|05, das 13h às 18h Térreo: 17|05, das 20h30 às 23h59 18|05, da 0h às 3h30 e das 11h30 às 16h30 Bocados: 17|05, das 18h às 23h59 18|05, da 0h às 2h e das 15h às 18h30 Restaurante: 17|05, das 18h às 23h59 18|05, da 0h às 5h e das 16h30 às 18h30

Apresentação gratuita, com retirada de ingressos nas bilheterias das unidades do SescSP a partir das 17h do sábado (17/5). Cada pessoa poderá retirar dois ingressos por apresentação, para até três apresentações diferentes, desde que os horários não coincidam.


Sesc Pinheiros Rua Paes Leme, 195 CEP: 05424-150 Tel: (11) 3095.9400 Estação Faria Lima sescsp.org.br/pinheiros /sescpinheiros


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