EQUIPE ARTÍSTICA

O núcleo artístico deste projeto, responsável por sua idealização, é composto por Patrícia Gifford, Jonathan Silva e Lincoln Antônio, e já esteve junto em diversos trabalhos que envolveram a pesquisa da música com teatro. Participaram da criação em trabalhos da Cia São Jorge de Variedades - “Fausto” (indicado ao prêmio Shell na categoria música), “Barafonda”, “São Jorge Menino”, “O Santo Guerreiro e o Herói Desajustado” - e da Cia do Tijolo, em peças como “Concerto de Ispinho e Fulô” e “Cantata para um Bastidor de Utopias” (esses dois últimos premiados por suas composições originais e direção musical).

A partir da pesquisa desenvolvida pelos três idealizadores do projeto, Na Beirada tem como pilar de criação a relação da música com a narratividade, do texto com a musicalidade, e da canção como expressão dramatúrgica.

POR QUE CANTAMOS?

‘SE CADA HORA VEM COM SUA MORTE

SE O TEMPO É UM COVIL DE LADRÕES

OS ARES JÁ NÃO SÃO TÃO BONS ARES

E A VIDA É NADA MAIS QUE UM ALVO MÓVEL

VOCÊ PERGUNTARÁ POR QUE CANTAMOS

SE NOSSOS BRAVOS FICAM SEM ABRAÇO

A PÁTRIA ESTÁ MORRENDO DE TRISTEZA

E O CORAÇÃO DO HOMEM SE FEZ CACOS

ANTES MESMO DE EXPLODIR A VERGONHA

VOCÊ PERGUNTARÁ POR QUE CANTAMOS

(...)

CANTAMOS PORQUE OS SOBREVIVENTES E NOSSOS MORTOS

QUEREM QUE CANTEMOS

CANTAMOS PORQUE O GRITO SÓ NÃO BASTA

E JÁ NÃO BASTA O PRANTO NEM A RAIVA (...)

E PORQUE NÃO PODEMOS

NEM QUEREMOS DEIXAR

QUE A CANÇÃO SE TORNE CINZAS.’