
1 minute read
EDITORIAL
Entre antigos e novos desafios da divulgação científica, um dos pontos fundamentais é a percepção pela sociedade da sua relevante relação com o bem-estar social e, portanto, a importância de se investir e valorizar a educação e, por conseguinte, a ciência. Contextualizar que elas são feitas por e para pessoas, que por sua vez estão dentro de contextos sociais, políticos, ambientais, é sem dúvida o caminho para a apropriação sociocultural da ciência. Por exemplo, como entender as causas do negacionismo da ciência nos dias de hoje, se não dentro destes vários cenários?
São necessários investimentos sistemáticos e em muitas frentes, desde despertar o interesse pela ciência entre os jovens até aproximar a ciência feita em universidades para públicos não especializados. Talvez o ponto principal seja inovar nas formas de se fazer divulgação das ciências. Não se trata apenas de uma boa educação geral, mas de sintonizar as relações, os impactos e as tendências entre o desenvolvimento da ciência e da tecnologia com os valores éticos de uma sociedade, com uma participação cidadã, com as novas sociabilidades.
Advertisement
Partindo da ideia de “sujeito coletivo” apresentada na edição zero de lançamento, com a entrevista de Ailton Krenak, partimos nestas próximas edições para uma aventura sobre os lugares onde habitamos: O universo, o mundo físico, o corpo, a internet, os sonhos. Neste sentido, é com honra que trazemos nesta edição número um, a entrevista com o cosmólogo Mario Novello, físico e Professor Emérito do Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas, grande cientista que formulou a Teoria do Universo Eterno. No metaverso, a vez é do Pupila dilatada, coletivo de artistas independentes que reúne obras de arte digital psicodélica inéditas, nacionais e internacionais. Entre colunas, contos, diferentes linguagens e interseções, podemos ler, no dossiê do Nelson Job, sobre alguns caminhos para a compreensão do mundo dos sonhos, a partir das confluências entre filosofia, mística, ciência e arte aplicadas à vida. Boa Leitura!
Antonio Florencio De Queiroz Junior
Presidente do Conselho Regional do Sesc no Estado do Rio de Janeiro