
1 minute read
Palmital
sentido existencial, a visão de deveres obsoletos acima das necessidades mais profundas, a visão do bem individual acima do bem comum. Esse poder destrutivo pode ocupar a escola se não fizermos o movimento de atenção a nós, aos outros, e se não fizermos o movimento de transformação da aprendizagem. Se não nos colocarmos em estado de arte – de deslocamento, de nos impactarmos com aquilo que nos atravessa –, corremos o risco de ficarmos reféns estáticos do medo. Mas, juntos, talvez possamos convidar as crianças, que estão começando a vida, a fazer outras perguntas e viver processos que realmente façam sentido e criem outro engajamento com o planeta como um todo.
Estamos vivendo uma grande crise – política, social, ambiental, econômica, sanitária – que pode se intensificar ainda mais se não pusermos as utopias em ação, se não imaginarmos outras possibilidades. Juntos, temos uma grande oportunidade para transformar a nossa realidade. Pensarmos o que queremos para o Brasil, para a escola, para as crianças, para nossa vida, como podemos entrar em sintonia com vida de Gaia, a vida das florestas e de todos os seres vivos interligados.
As mídias dão pouca visibilidade para outros experimentos, modos de existir, para ações que estão sendo inventadas, as cozinhas solidárias, as ações de ONGs e organizações comunitárias, de escolas no cuidado com o lixo, com a água, com os idosos, os jovens, as crianças, e muitos outros. Como podemos dar visibilidade ao trabalho local, de uma comunidade? Como inaugurar outros caminhos de ação? O que já está sendo feito? Como posso cooperar? O que ainda não existe e precisa ser inventado? O que a escola quer e pode fazer diante de tudo isso? Ao nos colocarmos essas questões, entre tantas outras, podemos criar uma mobilização e abrir caminhos para fazer diferente.