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Ourinhos

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Peruíbe

Peruíbe

parcerias – a necessidade de pensar as cidades de modo multissetorial, as famílias se reorganizando para dar conta de muitas urgências em um mesmo espaço, professores e famílias trabalhando juntos, outros modos de se relacionar com os alunos. Agora, na escola, a partir do que foi vivido, temos a oportunidade de repensar o que é fundamental, aprender e olhar a aprendizagem como uma possibilidade de transformação e invenção do mundo.

Como se aprende? Como a aprendizagem pode ser corporificada com sentido e não enquanto um monte de informações que rapidamente esquecemos? Informações que servem só para que a pessoa possa passar no vestibular, mas que não fazem nenhum sentido para nossa vida. Qual, então, é o sentido da vida? Qual é, então, o sentido da existência? A educação muitas vezes faz com que nos afastemos de nós mesmos, para depois termos que fazer muito esforço para nos reaproximarmos da nossa essência, dos nossos desejos, das nossas urgências, da nossa singularidade.

A arte em convívio com a educação pode criar esse território comum, uma educação sensível aos afetos, um ecossistema de invenção e aprendizagem nos quais cada um de nós talvez precise de um método para viver sua singularidade, uma maneira única de fazer as coisas, de se organizar. Sendo intensamente fiéis ao que nos move e aceitos em nosso modo de ser, quem sabe possamos criar um território ético comum de movências, coragem, inspirações, e perceber que o que afeta um, de algum modo, afeta todos os outros, numa cadeia que ficou ainda mais perceptível com a pandemia. Sabemos que, se a Amazônia secar, todos os outros lugares ficarão sem água, sem alma, sem ar.

Se a alma das crianças secar, as relações ficarão sem a humanidade necessária para a invenção de cada dia. Corremos o risco de nos transformar num lugar com uma única visão, de tudo igual para todos, a visão do “tempo é dinheiro”, a visão das competências acima do

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