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Penápolis

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Peruíbe

Peruíbe

1 Docente da Faculdade de Arquitetura, Artes, Comunicação e Design (Faac/Unesp) e líder do grupo de pesquisa Núcleo de Estudos e Observação em Economia Criativa (NeoCriativa).

2 Plano da Secretaria da Economia Criativa. Disponível em: https://garimpodesolucoes.com. br/wp-content/uploads/2014/09/ Plano-da-Secretaria-da-Economia-Criativa.pdf. a ambiência da ecOnOmia criativa, base para a economia do futuro2, permitiu a articulação de recursos tangíveis e intangíveis para a inovação no circuito inferior da economia – nos espaços urbanos e rurais. Os sistemas de criação, produção, distribuição e fruição de bens, produtos e serviços desse ambiente impulsionam mudanças nos processos, formação dos agentes criativos, produtivos, gestores e fruidores, plataformas analógicas e digitais e na forma de acesso às políticas públicas governamentais, que capilarizaram e cristalizaram experiência sólidas de gestão cultural na comunidade.

Nas fronteiras entre os circuitos superior (cadeias econômicas hegemônicas) e inferior (cadeias econômicas subalternas), um novo fenômeno brota como necessidade social, alimentado pelas ações públicas e privadas, nas áreas concentradas ocupadas por próteses tecnológicas de acesso aos equipamentos culturais: a necessidade de associar a produção e a fruição cultural ao exercício pleno da cidadania. Acesso à cultura é um direito cidadão!

Nos escombros das políticas públicas de cultura, abandonadas pelo governo federal desde 2019, inauguradas com a promulgação da “Constituição Cidadã” (1988), houve um processo de apropriação crítica e criativa da tecnologia disponível no território, na forma de dispositivos sociais inovativos e, muitas vezes, disruptivos, que formam um exoesqueleto digital para a articulação dos diversos arranjos produtivos locais intensos de cultura (ApliCs).

Fator essencial dessa experiência foi a participação da comunidade na elaboração das propostas, por meio de conferências, que contribuíram para a organização dos processos, procedimentos e práticas culturais de retroalimentação de valores democráticos nos territórios.

Neles, as diversas unidades criativas e produtivas arquitetaram pontes para o intercâmbio de informação, em um fluxo permanente que conecta essas unidades e reivindica a necessidade de políticas públicas universais e pontuais, verticais e horizontais, com iniciativas

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