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Mogi Guaçu

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Peruíbe

Peruíbe

cional de Cultura7, eles articularam espaços de ações socioculturais em comunidades “à margem dos circuitos culturais e artísticos convencionais”. Neles, agentes culturais aprenderam e apreenderam os fios condutores da gestão compartilhada entre o poder público e a comunidade, teceram amplas redes de apoio para novos projetos, iniciativas e formação de novos agentes culturais no e do território, tornando-se, com a multiplicação de ações, “o centro de uma teia que se espalha por toda a comunidade”: escolas, igrejas, centros recreativos, associações de moradores e espaços residenciais cedidos para os projetos.

Cravados no chão comunitário, os pontos de cultura impeliram à democratização da cultura, em todo o seu fluxo, com valores democráticos – na prática e concepção –, fortaleceram as manifestações comunitárias locais e cultivaram a cidadania.

O Plano Nacional de Cultura, a Secretaria Nacional da Economia Criativa e os pontos de cultura conectaram as políticas públicas que formam a ambiência propícia para a emergência de arranjos produtivos locais intensos de cultura (ApliCs), para a gestão compartilhada de projetos, formação permanente de agentes culturais, desenvolvimento de plataformas tangíveis e intangíveis para a adoção de protocolos de cidadania e dignidade em comunidades vulneráveis, fora das áreas concentradas de próteses tecnológicas de produção, e lançaram as bases para a irrupção de um exoesqueleto digital potencializador das ações culturais no território que mantém acesas as fagulhas das políticas públicas do passado e anima os projetos atuais.

Exoesqueleto digital

A sociedade brasileira é atravessada por profundas fissuras sociais. As precondições que moldaram o Estado nacional, como a escravização negra e o genocídio indígena, a colonização e o apartheid, modelaram assimetrias abissais no acesso à cidadania, com sistemas de privilégios e de vulnerabilidades sociais interligados.

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