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Ceará em Brasília Jornal da Casa do Ceará
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DEVOLUÇÃO GARANTIDA
CORREIOS
Ano XXVI - 279 - Setembro de 2015
Osmar Alves de Melo reeleito para a presidência da Casa do Ceará para 2015/2019. Nas vices presidências, estarão Estenio Campelo e Adirson Vasconcelos. Leia mais na pág. 20
Osmar Alves De Melo - Presidente
José Estenio Campelo Bezerra – 1° Vice-Presidente
Carlos Euler Currlin Perpétuo – Diretor De Obras
José Adirson De Vasconcelos – 2º Vice-Presidente
Francisco Machado Da Silva – Diretor De Saúde
Maria Madalena Da Silva Carneiro – Diretora De Planejamento E Orçamento
Vicente Nunes De Magalhães – Diretor De Educação E Cultura
José Sampaio De Lacerda Júnior – Diretor De Promoção Social
João Bosco Serra E Gurgel – Diretor De Comunicação Social
Luiz Gonzaga De Assis – Diretor Administrativo-Financeiro
João Rodrigues Neto – Diretor Jurídico
Casa do Ceará vai homenagear seus empregados mais antigos.
Leia nesta edição Espaço Luciano Barreira, pág. 2 Conversando com o Leitor, pág. 2 Samburá: notícias do Ceará e dos cearenses pág. 3 Agenor Neto pede ao ministro da Integração água para Iguatu, pág. 4 450 mil cearenses têm sistemas de abastecimento pág. 4 Camilo com Dilma em reunião com 19 governadores do País , pág. 4 Anuncio de José Lirio de Aguiar, pág. 4 Desembargador Francisco Gurgel Holanda Holanda (Acopiara) lançou seu livro de memórias, “o Trem da Ferrovia Interior”, pág.5 Anuncio do Uniceub, pág.5 Leituras l, a poesia de Jarbas Mota, pág. 6 História/. A independência chegou depois ao Ceará. Foi só 11 meses depois do grito do Ipiranga , pág. 6 Leituras II, artigo de Wilson Ibiapina, Os “ chefs” cearenses pag. o Os 50 anos de ordenação sacerdotal de mons. João Bosco Cartaxo Esmeraldo, no Crato, pág. 7 Leituras III, artigos de Gonzaga Mota, Luícinio Rodrigues e Inflação, pág. 8 Gomes Farias, 50 anos de radio/ Quem sabe fico mais uns 5 anos” Consagrado como um dos principais ícones do rádio, pag. 8 Leituras IV, artigo de JB Serra e Gurgel, Por uma clarabóia no meio do Salão Nobre do Palácio da Abolição, pág. 9 Cid Gomes agraciado com o Sereia de Ouro de 2015, pag; 9 Momentos Marcantes na vida do Comendador Albery Mariano, pág. 10 Anuncio de M. Dias Branco, pág. 11 Leituras V, artigo de Edmilson Caminha, o Professor, Beethoven e o Ladrão, pág.12 Demografia do Ceará Nova realidade demográfica muda perfil da família no CE - Cidade - Diário do Nordeste. Em 2029, o País deverá ter mais pessoas acima de 60 anos do que de 0 a 14. É o que apontam projeções do IBGE, pág. 12 Leituras VI, artigo de pág. 13 Ipece divulga PIB do Ceará do 2º Trimestre de 2015, pág. 13 Ceará se destaca na Avaliação Nacional de Alfabetização, pág 15 Leituras VII, artigo de João Soares Neto, História da Administração no Ceará, 50 anos,pag. 14 TCU audita obras do Cinturão das Águas no Ceará, pág.14 TCU avalia obras do Cinturão das Águas , no Ceará, pág. 14 Fortaleza com 2,6 milhões de habitantes já é a 6ª. cidade do país em população e a maior do Nordeste, pág. 14 Leituras VIII artigo de Macário Batista, Camarão que dorme a onda leva, pag. 15 HuB da TAM injetaria até R$ 9,8 bi na economia do CE, pág. 15 Associação dos Filhos e Amigos de Aurora elege diretoria para o triênio 2015/2018 Anuncio da Nacional Gás., pág. 16 Leituras IX artigo de Regina Stela, Um verbo para o encantamento, pág. 18 Nove momentos que determinam sua identidade antes mesmo de você nascer, pág. 18 Leituras X, Humor Negro e Branco Humor, pág. 19 Os cearenses na cozinha de Brasília, pág. 19 Voluntários da Casa do Ceará foram homenageados no Dia do Voluntariado, pág. 20 Anúncio do Beach Park, pág. 20
Leia mais na pág. 20
Jacira Neto Bubanz, Maria de Fátima Azevedo Ramos, José Rodrigues, Eloísa Marques do Nascimento, Jenilson José Ferreira de Souza, Neusa Maria Saraiva.
Membros Titulares e Suplentes do Conselho Fiscal da Casa do Ceará
Fotos Su Hellen
Ex-
Evandro Pedro Pinto Presidente
José Colombo De Souza Filho Membro
José Ribamar Oliveira Madeira - Membro
José Aldemir Holanda Suplente
Maria Áurea De Assunção Magalhães – Suplente
governador Cid Gomes inaugurou o Centro de Formação Olímpica.
Lucia Maria Percy Bastos Suplente
Os homenageados com o 45º Troféu Sereia de Ouro, do Grupo Verdes Mares, de Fortaleza/CE: engenheiro Cid Ferreira Gomes, o médico Elias Geovani Boutala Salomão, o professor Jesualdo Pereira Farias e a médica Lúcia Maria Alcântara de Albuquerque. Leia mais na pág. 17
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Espaço Luciano Barreira Conversa Íntima Entre Dois Amigos Idosos
Edi t o r i a l
O Ceará vai para o 5º ano de seca. Torcemos para que isso não aconteça, como insinuam os especialistas que detêm o monopólio da previsão do tempo e que operam com a aval do capeta, com a ajuda de pesquisas espaciais e o mau humor do El Ninõ. Estamos atravessando o quarto ano de estiagem, suportado com aparente tranquilidade, moderação, equilíbrio e resignação. Paira no ar a ameaça: os reservatórios estão secando. A FUNCEME tem o otimismo dos que engarrafam água no planeta terra! Até agora só se tem visto na televisão é a caça à água por populações sedentas e que não são alcançadas pelos carros pipas. As que são abastecidas, estão aparentemente tranquilas. Não há acusações de roubo, interferência política, proselitismo, etc. Duante longos anos, havia mais acusações do que a água. Em nenhum momento assistimos a palhaçada de paulistas embarcando água em carretas para matar a sede dos nordestinos. Explica-se: há muito mais paulistas correndo atrás de água do que nordestinos. Também não assistimos os paus de arara apinhados de nordestinos com destino ao Sul Maravilha. Era muita humilhação!. Além do que não seria politicamente correto transporta-los sem cintos de segurança, nas carrocerias de caminhões “quengados”... A ameaça do semiárido se transformar em deserto não causa o menor impacto. O que não impede que os especialistas em sinistrose tentem vender a estapafúrdia idéia. Outras ameaças contra o sertão , como o fim da flora e a fauna, de rios e riachos, de vilas e cidades, nada disso atrapalha a vida dos nordestinos que seguem a sua sina com uma tremenda fé de que toda maldade é passageira e que a água voltará. São como histórias de trancoso que não abala a esperança de todos nós. Inacio de Almeida (Baturité) diretor.
Expediente
Fundada em 15 de outubro de 1963 Fundadores – Chrysantho Moreira da Rocha (Fortaleza) e Álvaro Lins Cavalcante (Pedra Branca) Diretoria Presidente - Osmar Alves de Melo (Iguatu): José Sampaio de Lacerda Junior (Fortaleza), 1º vice; Luiz Honzaga de Assis, (Limoeiro do Norte) 2º vice; Evandro Pedro Pinto (Fortaleza), Administração e Finança..., Carlos Euler Curlin Perpétuo (Joinville/SC) Planejamento e Orçamento; Vicente Magalhães (Aurora), diretor de Educação e Cultura; Francisco Machado da Silva (Pedra Branca), Saúde; JB Serra e Gurgel (Acopiara), Comunicação Social, general Nilton Pessoa Cavalcante (Iracema) Obras, Maria Áurea Assunção Magalhães (Fortaleza), Promoção Social, e João Rodrigues Neto (Independência), Jurídico. Conselho Fiscal Membros efetivos: José Ribamar Oliveira Madeira (Uruburetama), José Colombo de Souza Filho (Fortaleza) e José Carlos Carvalho ( Itapipoca); Membros suplentes: Antônio Florêncio da Silva (Fortaleza), e José Aldemir Holanda (Baixio). Jornal da Casa do Ceará Fundador e Editor Emérito - Luciano Barreira (Quixadá) Conselho Editorial Adyrson Vasconcellos (Santana do Acaraú), Ary Cunha (Fortaleza), Carlos Pontes (Nova Russas), Edmilson Caminha (Fortaleza), Egidio Serpa (Fortaleza), Frota Neto (Ipueiras) Geraldo Vasconcelos (Tianguá), Gervásio de Paula (Fortaleza), Haroldo Hollanda (Fortaleza), Jorge Cartaxo (Crato), J. Alcides (Juazeiro do Norte), José Jézer de Oliveira (Crato), Luís Joca (Fortaleza), Marcondes Sampaio (Uruburetama), Milano Lopes (Fortaleza), Narcélio Lima Verde (Fortaleza), Paulo Cabral Jr. (Fortaleza), Raimunda Ceará Serra Azul (Uruburetama), Roberto Aurélio Lustosa da Costa (Sobral) e Tarcisio Hollanda (Fortaleza). Diretor Inácio de Almeida (Baturité) Editores JB Serra e Gurgel (Acopiara) e Wilson Ibiapina (Ibiapina) Gurgel@cruiser.com.br / wilsonibiapina@globo.com Editoração Eletrônica Casa do Ceará Distribuição Antonia Lúcia Guimarães Circulação O jornal não se responsabiliza por textos assinados. Banco de dados com apoio da ANASPS - Brasília – DF SGAN Quadra 910 Conjunto F - Asa Norte | Brasília-DF CEP 70.790-100 | Fone: 3533 3800 casadoCeará@casadoCeará.org.br / www.casadoCeará.org.br
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para a Corte e me considerei culpado... O ‘FDP’ do Juiz me sentenciou a 30 dias por falso testemunho!!! A velhice é uma das poucas coisas que não dá para esconder. NE : Enviado por Luis Pinto, Mombaça/CE Ela é obvia por si só. Talvez seja um dos seus segredos positivos. Tudo na vida tem um lado aproveitável .... Só pensa naquilo Bill e Sam, dois amigos da terceira idade, encontravam-se no parque todos os dias para alimentar os A mulher está no ônibus com uma gata no colo, não tem pássaros, observar os esquilos e discutir os problemas lugar para sentar, ela segue em pé... mundiais. Um sujeito, querendo ser gentil, pergunta: Um dia, Bill não apareceu. Sam pensou que ele poQuer me dar a xana? deria estar resfriado ou coisa semelhante. Ela imediatamente responde: Entretanto, Bill não apareceu nos próximos dias e semanas. Sam ficou preocupado. Como eles se conhe- E quem vai segurar a gata ciam somente do parque, Sam não tinha a menor ideia NE Enviado por Ricardo Amaral, Iguatu/CE de onde Bill morava, e ele ficou impossibilitado de saber o que de fato ocorrera com ele. Você Sabe Com Quem Está Falando? Passado um mês, Sam estava chateado, pois ficou na sua mente a última vez em que viu Bill. O telefone toca na garagem do exército, e uma voz autoIndo ao parque como de costume, lá estava sentado ritária do outro lado pergunta quantos veículos lá estavam Bill ! operacionais. Sam ficou felicíssimo e se aproximou de Bill. O Soldado João responde: “Nós temos doze caminhões, - “Por Deus, Bill, o que aconteceu com você?” dez tanques, três carros comuns e mais um carro de luxo usado Bill respondeu: por aquele Coronel gordo e chato que sempre vem aqui”. A - ‘Eu estava na cadeia.’ voz do outro lado fica em silêncio por um tempo, e então diz: - Cadeia?’ gritou Sam. ‘Por que motivo?’ “Você sabe com quem está falando?’’ Bill disse: “Não”, diz o João. - “Você conhece a Vanessa, aquela garçonete loira e “É tal o Coronel gordo e chato, sobre quem você se refere deliciosa da padaria em que eu vou de vez em quando?” com tanta insubordinação”. - “Claro que me lembro”, falou Sam. “E daí?” “E você sabe com quem você está falando?!” - ‘Bem, um dia ela foi à Polícia e me denunciou por “Não”, diz o Coronel. estupro. E eu, com meus 92 anos de idade, fui todo feliz “Ainda bem!”, diz João, desligando o telefone
Conversando com o Leitor Recebemos do dr. Casio Borges: Sr. Editor Agradeço à Direção desse prestigioso jornal a publicação de um artigo de minha autoria, intitulado O INCONFORMISMO DO DR. CÁSSIO, na edição de julho p. passado. Realmente, estou inconformado com a situação critica em que se encontra o nosso estado em face da incompetente gestão dos recursos hídricos que se pratica (?) aqui a partir do ano de 1985 quando o COEMA, após duas frustradas votações, sob a pressão da Construtora Andrade Gutierrez, aprovou a construção da Barragem do Castanhão. A maior prova da incompetência desse pessoal que assumiu o comando dos recursos hídricos no Estado do Ceará, alijando o DNOCS deste processo, é não saber dizer qual a vazão regularizada justamente a do Açude Castanhão que defendia com exagerada exaltação e entusiasmo num processo de discussão que durou quatorze anos. Preciso dizer mais? Atenciosamente, Cássio + A Casa do Ceará promoverá o 3º Natal Feliz, com distribuição de cestas básicas para famílias carentes, selecionadas pelas áreas de Assistência Social do GDF. O evento tem apoio da Só Reparos, KSA, SESC-DF, AFA, AQQB Sobral. + Ainda restam muitos casacos de times europeus no Bazar da Casa do Ceará. São baratos. Apenas 100 reais. No mercado, o preço é bem mais elevado. + Não temos escrito sobre o Projeto Fausto Nilo que ainda
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aguarda aprovação final da da Administração de Brasília. O projeto esteve sendo licitado, mas surgiram necessidades de ajustes finais. Não há previsão de nova licitação, mesmo porque o mercado imobiliário de Brasília experimenta acentuada queda. + Missão que receberá o novo 2 vice presidente da Casa do Ceará, o nosso Adirson Vasconcelos: ampliar o acervo da Pinacoteca Alvaro Lins Cavalcante, que parou no tempo. Há muitos anos que não é incorporado um só quadro de pintor cearense. O acervo é rico e mereceria ser conhecido pelos cearenses do Ceará e de Brasilia.
+ Recebemos o Binóculo , de agosto de 2015, edição 164, com artigos de Dias da Silva, Batista de Lima, Haroldo Aguiar, Antônio Luiz Lopes (São Paul), Francilda Costa, Jacob Fortes e Tereza Lisieux Maia e poesias de Francisco Carvalho, Ney Lemos e Ernane Sousa. + Higino Magalhães, o dono da Casa da Moldura, agradecendo o texto publicado nesta flamante folha sobre seu irmão cearense que acaba de assumir a embaixada do Brasil em Bagdá. Um desafio e tanto, pois anda com mais de 30 seguranças. Vários embaixadores recusaram o posto. Ele pensava que iria para Seul mas acabou foi em Bagdá.
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SAMBURÁ - Avenida Beira Mar Desembargador Francisco Lincoln O Corregedor-Geral da Justiça do Ceará, desembargador Francisco Lincoln Araújo e Silva, participará do 69º Encontro de Corregedores-Gerais dos Tribunais de Justiça (Encoge) do Brasil, que terá início nesta quarta-feira (24/08), no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro.O juiz auxiliar da Corregedoria do Ceará, Ricardo Bruno Fontenelle, acompanhará o desembargador no evento, que prossegue até o próximo dia 28. O Encontro deste ano tem como tema a “Atuação Integrada do Sistema de Justiça – Projetos e Parcerias”. Odorico Monteiro deixou PT O deputado Carimbão que vai reassumir a liderança do PROS na Câmara dos Deputados, anunciou a transferência do deputado Odorico Monteiro(PT) para o PROS. Odorico Monteiro ao mesmo tempo assumirá a presidência do PROS no Ceará. Vale lembrar que o PROS foi uma invenção do Palácio do Planalto para alojar aliados Já o deputado Danilo Forte deixou o PMDB e ingressou no PSB. Azul em Juazeiro Mais uma boa notícia neste início de setembro para a aviação comercial em Juazeiro do Norte. A empresa Azul Linhas Aéreas Brasileiras deve operar, a partir de outubro, com um vôo entre a região do Cariri e FortalezaDe acordo com o pedido, o novo vôo entre Juazeiro e Fortaleza está previsto para o período da tarde e com frequencia diária por meio de aviões Embraer a jato.. Caso isso ocorra, Juazeiro passará a contar com três frequencias diárias para Fortaleza já que a Avianca opera duas e, no total, serão nove vôos diariamente. A TAM também voa para Juazeiro. Morre Aloísio Bonavides Wilson Ibiapina* Morreu 04. 09, em Brasília, o ilustre jornalista do Aloísio Fernandes Bonavides, Irmão do jurista Paulo Bonavides. Nascido em Patos, na Paraíba, radicou-se no Ceará desde muito cedo, em cuja Capital se iniciou no jornalismo. Aloísio foi correspondente do jornal O Globo no Ceará, foi assessor do Governador Faustino de Albuquerque, entre 1947 e 1951, e escreveu em vários jornais. Nos últimos anos, Aloísio trabalhava em Brasília, como assessor do Senador Eunício Oliveira. Aos 95 anos de idade, Aloísio Bonavides era um dos mais antigos jornalistas cearenses no exercício da profissão. O corpo dele foi velado na capela 3 do Cemitério Campo da Esperança, onde será sepultado às 16 horas. Deixa viúva Dona Terezinha de Jesus, e os filhos Aloísio Júnior e Cristina, a quem apresentamos sentidas condolências, em nome da Academia Cearense de Literatura e Jornalismo.
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Ministro Raul Araújo O diretor da Escola Superior Magistratura do Ceará (Esmec), desembargador Paulo Ponte, realiza, nesta sexta-feira (04/09), a partir das 14h, abertura do I Fórum Cultural da instituição. O evento abre os trabalhos do semestre letivo, que contará com aula inaugural do ministro Raul Araújo Filho, do Superior Tribunal de Justiça (STJ).A Esmec está preparando programação especial para recepcionar os novos alunos das turmas de especialização em Direito e Processo Constitucional;Processo Civil e Gestão do Processo; e Direito Processual Penal. Além disso, serão explicadas as normas da pós-graduação da instituição. As explanações ficarão a cargo do coordenador da Escola, juiz Aluísio Gurgel do Amaral Júnior, e do desembargador Paulo Ponte, entre outros. O Castanhão é Paes Foi aprovada, na Assembleia Legislativa, a moção, de autoria do deputado estadual Danniel Oliveira (PMDB), que apoia o projeto que denomina Deputado Paes de Andrade o Açude Castanhão. O projeto é uma homenagem ao líder e um dos expoentes da política brasileira, Paes de Andrade, que morreu em 17 de junho deste ano.Paes de Andrade, que foi presidente de honra do PMDB, foi o responsável por sancionar, enquanto presidente da Republica, o projeto de construção do Açude Castanhão. Segundo o peemedebista, por causa disso, “nada mais junto do que fazer uma homenagem a esse homem íntegro, que nos deixou há pouco tempo”, disse. Missão para Caixa e BNDES Para Claudia Sousa Leitão, da Universidade Federal do Ceará, instituições como o BNDES, o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal deveriam ter um papel formal de fomento aos diversos segmentos ligados à economia criativa. Ela defende que a definição de uma política estruturada de financiamento seja o eixo de um marco legal voltado para o setor, potencializando conexões econômicas internas e externas. Claudia Leitão, que foi secretária de Economia Criativa do Ministério da Cultura até agosto de 2013, defende que essa política seja o eixo de um marco legal voltado para o setor, potencializando conexões econômicas internas e externas. — Estamos no século 21 e o país que acha que vai viver só da exportação de produtos primários vai ficar pra trás — reforçou, lamentando que as sandálias Havaianas sejam o único produto genuinamente brasileiro encontrado nos aeroportos. — Um absurdo num país com nossa dimensão cultural. Hoje no Nordeste as sombrinhas de frevo e as imagens de Padre Cícero e Nossa Senhora vendidas nas ruas são fabricadas na China.
Homenagem para Ivens O empresário cearense Ivens Dias Branco (na foto, ladeado por Ivens Júnior e Ivens Neto), controlador do Grupo M. Dias Branco, foi homenageado, por ocasião da abertura do III Congresso Brasileiro da Panificação. Ele receberá a Medalha do Mérito Industrial da Panificação Brasileira, pelos bons serviços prestados ao setor. O Grupo M. Dias Branco, com fábricas de massas e biscoitos e moinhos localizados e em operação no Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Bahia, São Paulo e Rio Grande do Sul, é hoje o líder do mercado brasileiro de massas e biscoitos, incluindo-se entre os maiores do mundo. A homenagem a Ivens Dias Branco foi em um resort na Costa do Sauípe, na Bahia. Sem comentários Não tem sentido uma escala da TAP em Fortaleza e outra em Lisboa, a caminho de Pequim. Qual cearense que tem negocio em Pequim? É como anunciar voos para o interior do Ceará, enquanto os aviões estão saindo de São Paulo e Rio com 30% de gente. Saem cheios de Brasilia porque 90% das passagens são pagas pela crise... A TAP já tem voo para Lisboa. O mais logico é que la reúna ´vai para Pequim. É certo que pretensão e água benta se encontram nas igrejas Uma medida sensata O Ministerio do Planejamento poderia criar um programinha para que prefeito e vereador não viessem mais a Brasilia. As prefeituras cada dia 5 iriam ao Banco do Brasil e a Caixa e prestariam contas das verbas recebidas no mês anterior. No dia 10 lhe seriam creditados as verbas do mês. Isto é as que prestassem contas de forma correta , sem roubo. Acabariam fraudes, diárias, passagens, corrupção, comissões,.etc. Aleluia, aleluia! Em entrevista a Egidio Serpa, do Conselho Editorial do Ceará em Brasília, o secretário da Fazenda do Ceará, economista Mauro Benevides Filho, abordou as dificuldades por que passam neste momento 16 estados da Federação, entre os quais o rico e poderoso Rio Grande do Sul, cujo governo está pagando em prestações os vencimentos do seu quadro de servidores porque suas receitas são insuficientes para encarar as despesas. O secretário garantiu que os funcionários públicos estaduais cearenses estão e estarão neste e pelos próximos anos com seus pagamentos em dia, inclusive a primeira parcela do 13º salário.O Ceará obteve um aumento de 7% em suas receitas tributárias, embora as despesas tenham crescido 9%. Revelou que o endividamento do Governo do Ceará é baixo
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450 mil cearenses têm sistema de abastecimento
Camilo com Dilma em reunião com 19 governadores do País
O deputado estadual Agenor Neto (PMDB), acompanhado do deputado federal Aníbal Gomes (PMDB) esteve com o ministro da Integração Nacional, Gilberto Magalhães Occhi, em Brasília. Também participaram do encontro o Secretário Nacional da Defesa Civil, general Adriano Pereira Jr. e o vereador Bandeira Júnior, de Iguatu. Entre os assuntos discutidos foi destaque o abastecimento de água na cidade de Iguatu por meio de carros pipas. Atualmente, 37 comunidades rurais, ou cerca de cinco mil famílias da zona rural do município sofrem com problemas de abastecimento de água, depois que o Governo do Estado mandou suspender o serviço, jogando a responsabilidade para o Governo Federal, através do Exército. Conforme informações do Ministério da Integração Nacional, o Governo Federal baixou decreto de R$ 150 milhões para o Nordeste. Desse total, R$ 70 milhões foram para o Ceará – R$ 21 milhões para carros pipas e R$ 49 milhões para adutoras. Desse montante já foi liberada uma parcela de cerca de R$ 8,3 milhões. “O que o ministro nos relatou é que não vê motivos para o Governo do Estado ter cortado os carros pipas para o município de Iguatu” disse Agenor Neto. Ainda durante o encontro, foi solicitado recursos para a construção de uma adutora no distrito de José de Alencar, em Iguatu.
A Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece), por meio do Sistema Integrado de Saneamento Rural (Sisar), beneficia mais de 450 mil moradores de comunidades rurais no Estado. O programa, desenvolvido desde 1996, atende 133 municípios, abrangendo mais de 800 localidades. Somente no primeiro semestre deste ano, 54 localidades foram filiadas para operar com o sistema, atendendo mais de seis mil famílias. O Sisar é formado por associações comunitárias, representantes das populações atendidas, que, em parceria com a Cagece, favorece pequenas comunidades e visa garantir, ao longo prazo, o desenvolvimento e manutenção dos projetos implantados pela Companhia de forma autossustentável. De acordo com Valéria Melo, responsável pela capacitação social do Sisar em Fortaleza, o sistema reduziu os custos da população. “Os moradores tinham uma despesa muito grande para conseguir água. Hoje, com o Sisar, essa despesa caiu”, conta. Valéria comenta, ainda, sobre a importância da população participar de forma voluntária como agente fiscalizador na gestão do sistema. “A comunidade será a própria beneficiada, então é imprescindível a sua participação”, afirma. Atualmente, três estados do Nordeste (Bahia, Piauí e Ceará), executam o Sisar como sistema de gestão de abastecimento de água. No Ceará, estado pioneiro desta iniciativa, o modelo já opera há quase 15 anos.
O governador Camilo Santana participou em 14.09 no Palácio da Alvorada, em Brasília, de reunião com a presidenta Dilma Rousseff e 19 governadores do País. Além de Camilo e do ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, estiveram presentes no encontro os gestores estaduais Tião Viana (AC), Renan Filho (AL), José Melo (AM), Antônio Goes (AP), Rui Costa (BA), Rodrigo Rolemberg (DF), Flávio Dino (MA), Fernando Pimentel (MG), Lígia Costa (vice PB), Paulo Câmara (PE), Wellington Dias (PI), Luiz Pezão (RJ), Robinson Farias (RN), José Raimundo Colombo (SC), Delivaldo Chagas (em exercício, SE), Marcelo de Carvalho Miranda (TO), Daniel Pereira (vice RO) e Maria Suely Silva Campos (RR). O encontro, que começou por volta das 19h30 e durou mais de três horas, foi realizado atendendo a convite do Governo Federal. Essa é a quinta vez que o governador Camilo Santana se reúne com Dilma neste ano - foram três encontros com governadores em Brasília, um individual e a agenda do último dia 28 de agosto em Fortaleza, quando a presidenta participou de eventos na capital cearense. “Esse é um momento de unirmos as forças. Essa crise não interessa a ninguém. Eu sou de uma geração que alimentou os sonhos de votar dos jovens e não é aceitável que existam pessoas que queiram agredir a democracia no nosso país. Não dá para pensar no Brasil sem as políticas públicas e sociais que marcaram a nossa história na última década”, afirmou o governador Camilo Santana.
Foto: Roberto Stuckert Filho/PR
Agenor pede a ministro da integração agua para Iguatu
Há 43 anos
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Ceará em Brasília
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Desembargador Francisco Gurgel Holanda (Acopiara) lançou seu livro de memórias, “o Trem da Ferrovia Interior”
Francisco Gurgel Holanda eu entre os desembargadores: Fernando Luiz Ximenes Rocha ( autor do prefácio) e Francisco Lincoln Araújo e Silva( autor da apresentação)
“O TREM DA FERROVIA iNTERIOR” é ouso literário onde eu, seu maquinista, e dona Memória (a minha, mas personalizada) a foguista (fornecedora da “lenha”(fatos pessoais meus, peculiares e relacionados, de certa forma, com trens verdadeiros), empreendemos uma viagem com passageiros (os leitores)” A declaração é do desembargador Francisco Gurgel Holanda (Acopiara) ao lançar seu livro de memórias “O Trem da Ferrovia Interior”.
Ceará em Brasília
Francisco Gurgel Holanda a autografando para o acadêmico José Linhares Filho, ex seminarista do São José do Crato, Membro da Academia Cearense de Letras, tendo ao lado a esposa dele, Mariazinha Linhares.
Outra, a mesa alegórica para caracterizar, quanto à oferta de produtos do lugar, algumas praças de estações ferroviárias; no caso, o arroz doce do Cariré, as frutas de Baturité, a água fria de quartinha, a banana-seca de Pacatuba, etc..
“Maria-Fumaça e dez vagões contam dez referidos fatos (contos). Penso que pus memorialismo com algum estilo e graça, e até para, perante a minha predileção pelo trem qualquer, saudá-la e colocar, para o curso da “viagem”, gratidões a vários benfeitores meus e, decerto, uma mais eternidade ao que carreei para linhas e território de 141 páginas”. Francisco Gurgel Holanda é bisneto de Henrique Gurgel do Amaral Valente (Aracati), o
Patriarca de Acopiara., neto de Francisco Guilherme de Lima e Almerinda Gurgel Guilherme, e Filho de João Holanda Lima e Maria Gurgel Holanda Lima. Na sua trajetória de vida passagem pelo Seminário São José do Crato, Faculdade de Direito da UFC e na magistratura chegou ao Tribunal de Justiça do Estado do Ceará, o TJCE, junto com dois amigos de infância em Acopiara, Celso de Akbquerque de Macedo, e Francisco Lincoln Araújo e Silva.
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Leituras I
Meu trunfo e triunfo
Jarbas Junior (*) O que sou para os outros? Semelhante? Filho também do ser supremo ilimitado? Tão perto e tão longe herdeiro do pecado e das celestes santas virtudes distante. À imagem e semelhança do barro criado, com a substância da estrela brilhante! Irmão divino do pássaro e do anjo alado! Não posso ser melhor ou menos diante da grandeza cintilante do pirilampo! Eu tenho a beleza dos lírios do campo! Sou uma pessoa simples que acredita na luz, no bem, nesta essência infi nita do sonho e da crença, irmão de Cristo! Com ele, tudo eu venço e conquisto.
Ode à data Dous de Fevereiro
Azul é cor nua do oceano que continua na imensidão celeste, manto de Iemanjá, de deusa sensual seminua, mulher sereia que a vaga beija ávida na areia a silhueta. Rainha dos navegantes! Nela há a volúpia marítima da lua cheia. A ampla cabeleira longa e preta, emoldura seus olhos tão azuis! Seu claro sorriso seduz cativante. Boca lúbrica carnuda insinuante! Deusa libidinosa, lasciva, amante do sonho e da luz, Vênus anelante.
Outra Ode à Iemanjá
Eu vi Iemanjá sorrindo na espuma do mar, nua nas águas translúcidas da lua cheia, rosto lindo de bela virgem princesa! Cada cristal na vaga acesa é uma estrela do zênite celeste luzindo sob o sol marítimo, gotas de luz da beleza que mais seduz! Amor de deusa fascinante! Afrodite de cada navegante!
Rogativa
O que queremos da vida demora. Não podemos apressar o cometa! Enquanto a lagarta em borboleta se transforma, o orvalho chora na madrugada lágrimas da aurora! O tempo não se precipita, na hora certa fl oresce o lírio do campo, acende o facho seu o pirilampo! Nada, antes ou depois, acontece! Na resposta divina à cada prece!
Itinerário
Verde, branco e azul, fl oresta, praia e oceano. Grama, nuvem e mar; os matizes naturais da paisagem em suas nuanças principais: Árvores, estratos e águas! Quadro cotidiano nunca entediante! Meio ambiente do lazer ideal: caça, voo e pesca, a natureza plena! de edênicas sugestões de ecológico prazer. Mas, longe da poluição que tudo envenena. Panorama de arvoredo, a fé, da semente ao bosque, a esperança, da nuvem ao rio! A caridade, do céu ao horizonte marinho; o sentido transcendente jamais sombrio: e o sol neste arco-íris, na luz do caminho. (*) Jarbas Junior (Fortaleza), poeta e escritor
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História A independência chegou depois ao Ceará Foi só 11 meses depois do Grito do Ipiranga
Em várias partes do Brasil, a independência não chegou com o brado de dom Pedro I às margens de um rio em São Paulo. No Nordeste, o 7 de setembro de 1822 foi só o início de violentas batalhas. Para os exércitos guerrilheiros que combateram os portugueses pelos sertões, o lema “independência ou morte” foi muito além da retórica do primeiro imperador. Munidos de foices e facões, vaqueiros, lavradores, fazendeiros, comerciantes, artesãos, escravos e militares formaram a coalizão que, sob comando cearense, travou o mais violento dos combates no País. Foi só depois de muita luta, 11 meses após do grito do Ipiranga, que a independência do Ceará e de mais dois estados foi ofi cializada. O documento quase desconhecido foi encontrado no Arquivo Público do Piauí, durante pesquisas de doutorado de professora Claudete Maria Miranda Dias. Na coleção voltada à independência, entre correspondências, ofícios, relações de prisioneiros, a docente da Universidade Federal do Piauí encontrou o ato assinado por uma junta militar composta por representantes piauienses, maranhenses e cearenses. Ali era formalizado que as três antigas capitanias portuguesas não estavam mais sob a égide da ordem colonial. “A historiografia não fala nisso. Encontrei, nas minhas pesquisas, o documento assinado por eles”, relata Dias ao O POVO. A tese de doutorado, que traz o registro da documentação, será publicada em 19 de outubro, com o título: O outro lado da independência do Brasil: aspirações, manifestações e formas de luta da população. De 1789 a 1850. Guerrilha sertaneja No Ceará, milícia sob comando do capitão-mor do Crato, José Pereira Filgueiras, destituiu a junta governativa leal a Lisboa. No Piauí, em 8 de agosto de 1822, chegou a Oeiras o major João José da Cunha Fidié, veterano das guerras napoleônicas, enviado de Lisboa para garantir a lealdade a Portugal. Quando as vilas piauienses gradualmente se rebelaram e aderiram ao grito do Ipiranga, Fidié as reprimiu de forma brutal. Foi então que tropas cearenses seguiram para lá. Entre eles, Pereira Filgueiras, Tristão Gonçalves e João de Andrade Pessoa, o Pessoa Anta. Apesar da derrota no maior e mais sangrento confronto da independência do Brasil - a Batalha do Jenipapo - a coalizão de piauienses, cearenses, maranhenses e baianos acabou prevalecendo sobre Fidié, recorrendo a táticas de guerrilha. O major se rendeu e foi enviado ao Rio de Janeiro. No dia em que deixou o Piauí, em 6 de agosto, o ato conjunto formalizou a independência dos três atuais estados. Levaria mais duas semanas até o último reduto português, em Belém, ser libertado. Momentos Cruciais Outubro - 19 1822 - Parnaíba (PI) Autoridades aderem ao grito do Ipiranga e provocam reação de Fidié, defl agrando confl itos no Piauí Janeiro - 23 - 1823 - Ceará Pereira Filgueiras comanda tropas que destituem junta leal a Lisboa e assume governo do Ceará provisoriamente. Março - 13 - 1823 - Jenipapo Durante cinco horas, em Campo Maior (PI), é travado o mais violento combate da luta pela independência Julho - 2 - 1823 - Bahia Tropas portuguesas são expulsas de Salvador. Data é muito festejada na Bahia Agosto - 6 - 1823 Junta militar Com a expulsão de Fidié, junta militar das três capitanias oficializa independência de Ceará, Piauí e Maranhão Jenipapo. A mais sangrenta das batalhas
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A coalizão sertaneja se reuniu com o principal objetivo de combater o major João José da Cunha Fidié, emissário português cuja missão era assegurar a ordem colonial. Em 19 de outubro, autoridades em Parnaíba aderiram à independência. Fidié marchou para reprimir os rebeldes, que se refugiaram em Granja, na zona norte cearense. Em sua ausência, a então capital, Oeiras, também se rebelou, assim como várias outras vilas. A repressão foi brutal. Os rebeldes pediram socorro aos cearenses. “No Ceará, já havia militares experientes que vieram ao Piauí, se juntaram aos piauienses. Vieram também forças do Maranhão”, relata a professora Claudete Maria Miranda Dias. Tentaram emboscar o major, mas eles que foram surpreendidos. Entre 9 e 14 horas, cerca de 4 mil soldados se enfrentaram às margens do rio Jenipapo. Os mortos são contados às centenas. O exército sertanejo foi derrotado, mas conseguiu se apoderar de munição e suprimentos de Fidié. Sofrendo deserções, restou ao major se refugiar em Caxias, no Maranhão. Após longo cerco, ele se rendeu. Porém, os confl itos para consolidar a independência duraram muito além das batalhas no Nordeste e Norte. Em busca de promessas e ambições não realizadas, as revoltas se sucederam: Balaiada, Cabanagem, Sabinada, Revolução Farroupilha, até a última delas, a Revolução Praieira. Todas enfrentaram repressão violenta, e houve prisões, enforcamentos, fuzilamentos. Só em 1850, aponta a professora Claudete, consolida-se a monarquia proclamada em 1822. “A independência foi um longo processo, penoso e violento, que começou em 1789 e só acabou em 1850”. Jenipapo. A mais sangrenta das batalhas A coalizão sertaneja se reuniu com o principal objetivo de combater o major João José da Cunha Fidié, emissário português cuja missão era assegurar a ordem colonial. Em 19 de outubro, autoridades em Parnaíba aderiram à independência. Fidié marchou para reprimir os rebeldes, que se refugiaram em Granja, na zona norte cearense. Em sua ausência, a então capital, Oeiras, também se rebelou, assim como várias outras vilas. A repressão foi brutal. Os rebeldes pediram socorro aos cearenses. “No Ceará, já havia militares experientes que vieram ao Piauí, se juntaram aos piauienses. Vieram também forças do Maranhão”, relata a professora Claudete Maria Miranda Dias. Tentaram emboscar o major, mas eles que foram surpreendidos. Entre 9 e 14 horas, cerca de 4 mil soldados se enfrentaram às margens do rio Jenipapo. Os mortos são contados às centenas. O exército sertanejo foi derrotado, mas conseguiu se apoderar de munição e suprimentos de Fidié. Sofrendo deserções, restou ao major se refugiar em Caxias, no Maranhão. Após longo cerco, ele se rendeu. Porém, os confl itos para consolidar a independência duraram muito além das batalhas no Nordeste e Norte. Em busca de promessas e ambições não realizadas, as revoltas se sucederam: Balaiada, Cabanagem, Sabinada, Revolução Farroupilha, até a última delas, a Revolução Praieira. Todas enfrentaram repressão violenta, e houve prisões, enforcamentos, fuzilamentos. Só em 1850, aponta a professora Claudete, consolida-se a monarquia proclamada em 1822. “A independência foi um longo processo, penoso e violento, que começou em 1789 e só acabou em 1850”.
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Leituras II
Os chefs cearenses Wilson Ibiapina (*) A minha incompetência culinária começa no frigir dos ovos. Cozido ou estrelado vem sempre cheio de casca. No meu tempo de criança, no interior do Ceará, cozinhar era coisa de mulher. Homem na cozinha é só para atrapalhar, diziam. Por ironia do destino, o macho cearense, apesar de todo o patrulhamento paterno, é hoje grande chef. Eu continuo sem passar um café. Na cozinha me sinto um macaco numa casa de louça mas admirando, principalmente os japoneses. O que causa inveja é a habilidade deles. O japonês vai usando, faca, prato, panela, colher e vai lavando na hora. Não deixa nada sujo. Quanto termina a cozinha está um brilho. O cearense, principalmente, o mais humilde, do norte do estado, que foge da seca, da fome e da miséria, procura trabalho nas cidades grandes. Como leva apenas a experiência na roça , vai ser porteiro de prédio ou lavar pratos em restaurantes e até em navios. Já disseram que o cearense é o japonês da cozinha. Não cria nada, mas copia tudo que é uma beleza. O jornalista, Marbo Giannaccini, morou no Japão como correspondente de jornais e revistas do Brasil. Toda vez que fala da coragem e da audácia dos cearenses na luta pela sobrevivência, principalmente lá fora, Marbo costuma contar uma história que ele batiza de Meu Japonês Inesquecível!. “Década de setenta no Japão. Uma reportagem me leva de Tóquio à Kobe, com uma excelente recomendação do Osvaldo Peralva, correspondente da Folha de São Paulo, ao Press Club local, que facilitou meu trabalho e, às duas horas da tarde, já havia enviado minha matéria para São Paulo. Os jornalistas japoneses, amigos do Peralva, me levaram ao que disseram ser o melhor sushi do Japão. Não acreditei, pois em Tóquio estão todos grandes chefes japoneses incensados pela mídia e pelos clubes gastronômicos, mas o ver para crer e o dever cumprido me fizeram acompanhá-los. Ao entrarmos no Sushiya, que é como os japoneses chamam as casas especializadas em sushi, fiquei meio decepcionado com o ambiente, que parecia um corredor longo com um balcão contínuo. A fome e a curiosidade, porém, falaram mais alto e, depois de duas taças de sake, meus novos amigos pediram o famoso sushi. Servido de modo tradicional, aos pares, tive uma sensação muito estranha quando o primeiro sushi se desfez na boca, aguçando todas as papilas do paladar a apreciar o que concordei em denominar o melhor sushi do Japão. Embora a gastronomia não fosse meu forte, minha experiência, desde a infância em São Paulo no convívio com nisseis e japoneses, me permitia identifi car uma boa ou má comida nipônica. Repetimos algumas vezes aquela dupla maravilhosa e, no final, perguntei se podia conhecer o sushiasan, o chefe da casa de sushi. Não demora muito, lá vem o japonesinho jogando o corpo de um lado para outro, com o tradicional lenço amarrado na testa e nos cumprimenta com uma reverência. Depois de apresentado como jornalista brasileiro, perguntei de chofre em japonês – Como é seu nome? Foi aí que conheci meu japonês inesquecível! – SEVERINO, de Ibiapina, lá na Serra da Ibiapaba, no Ceará. Mas pode me chamar de Severino da Serra Grande. Saiu um dia do Mucuripe, onde trabalhava carregando navio e foi navegar pelo mundo lavando prato, limpando a cozinha, fazendo comida.. Estava ali o ex-cozinheiro de navio que um dia aportou em Kobe e uma linda japonesa retemperou seu querer.” (*) Wilson Ibiapina (Ibiapina) jornalista , diretor do Grupo Verdes Mares em Basília
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Os 50 anos de ordenação sacerdotal de mons. João Bosco Cartaxo Esmeraldo foram comemorados no Crato Filho do casal Osvaldo Esmeraldo de Norões e Rosali Cartaxo Esmeraldo, Mons. João Bosco, nasceu em Crato aos 23 de março de 1941. Ingressou no Seminário São José do Crato em 1951 e iniciou seus estudos filosóficos no Seminário Arquidiocesano de Fortaleza em 1959. Em 1961, viajou pra Roma, onde cursou teologia na Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma, como aluno do Colégio Pio-brasileiro. Foi ordenado sacerdote em 25 de setembro de 1965 por Dom Vicente Araújo Matos, Bispo Diocesano de Crato, na capela do Colégio Pio-brasileiro em Roma. Depois de fazer diversos cursos especializados na Europa, retornou ao Brasil para exercer a missão presbiteral. Assumiu várias funções na Diocese de Crato, dentre as quais destacamos: Prefeito de Disciplina do Seminário São José e pároco da Paróquia de São José do Seminário (hoje Paróquia do Sagrado Coração de Jesus); Pároco da paróquia Nossa Senhora da Penha e Cura da Catedral de Crato; Pároco da Paróquia São José Operário de Ponta da Serra. Foi membro dos seguintes órgãos diocesanos: Colégio dos Consultores da Diocese, Conselho Presbiteral, Conselheiro da Fundação Padre Ibiapina e da Caritas Diocesana, Coordenador da Pastoral Diocesana e Vigário Geral da Diocese. Recebeu o título de Mon-
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senhor concedido pelo Papa João Paulo II por indicação de Dom Newton Holanda Gurgel em 1995. Hoje, Monsenhor Bosco, é reitor do Santuário Eucarístico Diocesano, em Crato, Diretor-presidente da Rádio Educadora do Cariri e Presidente da Associação dos Ex-alunos do Seminário Diocesano Homenagens A Assembleia Geral da Associação dos Ex-Alunos do Seminário São José do Crato-ADSUM. realizada em 7 de março deste ano, por proposta de seu novo presidente, o Mons. João Bosco Cartaxo Esmeraldo, aprovou por unanimidade a concessão da Medalha de Honra ao Mérito Mons. Pedro Rocha de Oliveira a Dom Newton de Holanda Gurgel, a Mons. Ágio Augusto Moreira e a Madre Maria Carmelina Feitosa, FST. Registre-se que a criação desta “Medalha” se deu por uma emenda apresentada pelo Adsumista Desembargador Celso Albuquerque de Macedo, incluída no novo Estatuto da Associação. Quis, então, o Mons. Bosco que esta homenagem se concretizasse no quadro das comemorações dos 50 anos de sua ordenação presbiteral, em uma sessão solene a se realizar no próximo dia 24 de setembro, véspera da data do jubileu de ouro, às 19:30h, no Salão do Santuário Eucarístico Diocesano, na Rua Almirante Alexandrino, 857 –
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Setembro/15
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Leituras III Lupicínio Rodrigues
Gonzaga Mota (*) Não sou musicólogo, bem que gostaria de sê-lo, mas, com exceção dos barulhentos, admiro todos os gêneros musicais. Por sua vez, sempre destaco dezenas de compositoras e compositores brasileiros cuja importância ultrapassa os limites da nossa musica popular. Suas letras, além do talento, expressam afeto e, por questão de justiça, eles deveriam ser incluídos na galeria dos nossos grandes poetas, pela indiscutível qualidade literária de seus versos. Inclusive, poderiam ser companheiros dos intelectuais da Academia Brasileira de Letras. São também imortais. Por outro lado, quando sou indagado quais os melhores, fico numa situação bastante difícil. Não sei responder. No entanto, no momento, ressaltaria, dentre vários, o inesquecível Lupicínio Rodrigues. Suas criações musicais são belíssimas. No último fi m de semana, ouvi com atenção e emoção o CD “Loucura” da brilhante Adriana Calcanhoto cantando composições daquele que muito sofreu por amor. Aliás, muitos perguntam: quem já sofreu por amor? Os poetas respondem: todos possuidores de sentimento. Para Lupicínio o amor era a razão do seu viver. Como boêmio a inspiração dominava o seu coração. Além de sofrer; perdoava, implorava e buscava a mulher dos sonhos, talvez imaginária. As letras de Lupicínio mostram aquele que procura a amada para viver sempre ao seu lado. Sua “volta” abriria as portas do coração e “nunca” mais cometeria qualquer “loucura”, pois “há um deus”(Eros, deus do amor da mitologia grega) que não permitiria “vingança” e sim “felicidade”. Inflação Inflação é o aumento persistente do nível geral de preços, signifi cando, portanto, preços crescentes e não preços altos. É, pois, um problema da macrodinâmica. Por sua vez, é difícil estabelecer relação de causalidade em razão de sua natureza circular. Além de desarticular o sistema produtivo, a infl ação funciona como um tributo bem mais perverso para as classes de menor renda do que para aquelas com maior robustez financeira e monetária. Em outras palavras, os mais pobres – geralmente, desempregados, subempregados ou assalariados – não possuem o poder de autodefesa, ou seja, medidas para se proteger da agressão infl acionária. Outro aspecto negativo, a infl ação estimula mais as pessoas a gastar, muitas vezes sem nenhum controle racional, do que a poupar, porque corrói o valor do dinheiro. Com efeito, tal comportamento gera o fenômeno da retroalimentação infl acionária, elevando ainda mais os preços. Combater a infl ação não é fácil. Às variáveis econômicas, juntam-se manifestações psicológicas. De um lado, o esforço para debelar deve ser implementado procurando-se compatibilizar e definir a dosagem certa (posologia) da politica monetária com relação aos aspectos fi scais, cambiais, sociais, de desenvolvimento, etc, e por outro lado, buscando-se reduzir os efeitos colaterais negativos, principalmente, no tocante à queda do investimento e do emprego. Ressalte-se, que o debate para encontrar a melhor forma visando controlar a elevação de preços constitui, ainda hoje, uma grande batalha intelectual entre estudiosos monetaristas e keynesianos. (*) Gonzaga Mota (Fortaleza)- professor e escritor. Ex-governador do Ceará e ex-deputado federal
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Gomes Farias, 50 anos de radio “Quem sabe fico mais uns cinco anos” Consagrado como um dos principais ícones do rádio, Gomes Farias chegou à Rádio Verdes Mares na década de 1970 e desde então seu nome passou a ser praticamente indissociável da cobertura esportiva da emissora. Em 2014, chefiou a equipe em mais uma transmissão de Copa do Mundo ( Fotos: Thiago Gadelha ) O narrador, conhecido por seus bordões, relata que desde cedo costumava frequentar os estádios para aprender novas expressões das arquibancadas Raimundo Gomes Farias ou simplesmente Gomes Farias. Assim é conhecido no meio esportivo local e nacional um dos maiores narradores do rádio esportivo cearense. Aos 77 anos, ele comenta que ainda se sente da mesma forma que começou a carreira como profissional, em 1965 - já com a voz aguda, vibrante e acima de tudo identificada com o público. Havia prometido que encerraria a carreira logo depois da Copa do Mundo de 2014, mas a paixão pela profissão falou mais alto e “vovô-garoto” do Ipu continua contagiando os torcedores de futebol. Como foi o início da sua carreira no rádio esportivo? Em 1958, fiz um teste em meio a 460 candidatos para a Rádio Dragão do Mar para ser locutor esportivo. Apenas três conseguiram permanecer - eu, o Jurandir Mitoso e o Cauby Chaves, que hoje trabalha conosco na Rádio Verdes Mares. Logo depois, a Rádio Uirapuru me contratou e depois fui para Assunção. Daí surgiu um convite para a Verdes Mares para formar uma equipe esportiva, em 1970. Como surgiu a paixão pelo rádio esportivo? Eu era menino quando meu pai comprou um rádio da marca Telefunken. Um dia, resolvi ligar o rádio e, quando ouvi uma narração de futebol, fiquei impressionado, pois o locutor falava tão rápido e não cansava. Na hora que a bola saia ele já fazia o comercial. Lembro até de um “Cafeaspirina, tomou, a dor passou”. A partir daquele momento, decidi que iria ser um locutor. Lembro que papai chegava pra mamãe e perguntava se eu estava ficando doido, de tanto gritar gol pela casa. Cresci, estudei, me formei, mas nunca larguei o sonho de ser narrador esportivo. Quem te impulsionou a seguir na carreira de narrador? Um primo meu, Milton Pereira. Nós estudávamos no Liceu e a Dragão do Mar anunciou o concurso. Foi quando meu primo disse: “rapaz, aproveita e faz esse concurso”. Eu achei que não iria conseguir, mas fui aprovado. Então agradeço muito ao Milton. Foi ele que me conduziu para fazer o testes e me colocar no rádio até hoje. Durante a carreira, você criou vários bordões que até hoje são consagrados. Como eles foram surgindo? A torcida cearense gosta muito disso e essa linguagem popular me favoreceu bastante. Sempre gostei de ver jogo e assistir futebol da arquibancada. Foi lá que aprendi muita coisa e levei para o rádio. Por exemplo, quando o jogador chutava no gol e a bola ia por cima, o torcedor gritava; “Tu mata o goleiro, seu ...”. Então o “Tome bola” foi o primeiro lançamento. Depois veio o “Tá na peia”, “Era perigo”, “Chuva nas coivaras” e o “Encalca”. E ainda criei um para cada time do Estado. “Time pai d’égua” para o Ceará, “Time macho” para o Fortaleza e “Time arretado” no caso do Ferroviário. São 50 anos de profissão e muitas narrações históricas e marcantes. Quais você gostaria de destacar? Duas em especial. Uma que eu nunca vou esquecer é a do tetracampeonato do Ceará, em 1978. Nessa época, o
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Paulino Rocha estava doente no Rio de janeiro, ouvindo a gente pelo telefone. Final de jogo, se o ceará fizesse aquele gol seria tetra e o Tiquinho o fez. Esse lance a gente não pode esquecer nunca. E o outro foi o Brasil perder o pentacampeonato mundial na França. Antes de começar o jogo, subiu um repórter francês dizendo: “O ‘Ronaldô’ não joga, ‘Ronaldô’ não joga”. Aí fui à cabine da Globo e confirmei a notícia. Foi uma tristeza geral. Naquele momento, sentimos que iríamos perder a Copa. Mal começou o jogo o Zidane fez um gol, dois e...” O que significou Paulino Rocha, pessoal e profissionalmente, para você? Mais do que um irmão. Sempre me encontrava com ele uma ou duas vezes ao dia. Passamos por várias situações e isso fez com que eu me aproximasse muito dele. Tivemos uma amizade muito grande. No dia da sua morte, até afirmei que ele me orientou em tudo na vida. Só uma coisa ele não me ensinou, a me despedir dele. Foi um choque muito grande. Até o saudoso João Saldanha já citou que o Paulino era o único que entendia realmente de futebol no Nordeste. Não tinha igual ao Paulino. Você viajou por vários lugares do Brasil e do mundo, mas uma dessas coberturas ficou marcada por um fato inusitado. Você lembra? Claro. Foi em Aracaju. Fomos convidados para dar uma entrevista em um programa local que era muito ouvido por lá, chamado “Cadeira de Engraxate”. Naquele tempo, o Ceará empatou o segundo jogo e houve a necessidade de ter um terceiro jogo, que teria árbitro de fora. Mas um companheiro da rádio, de quem não recordo o nome, disse: “Haverá o jogo e se o árbitro de fora não chegar, será um daqui”. Nesse momento, meu companheiro, o José Santana, disse que faltava homem para dirigir o futebol sergipano. Isso doeu no locutor de lá, que devolveu: “rapaz, você vem lá do Ceará dizer que aqui não tem homem”. Tentei contornar, mas não adiantou. Imediatamente, recebemos uma ligação dizendo: “saíam daí agora”! Resultado: Arrumamos o material e corremos. Só deu tempo de chegar no avião. Como você vê o atual momento do futebol cearense? Nosso futebol peca por não ter um bom trabalho de base. Uma época, perguntei ao técnico Marcelo Vilar se ele viria para o Ceará e ele respondeu que não tinha muito interesse, pois por aqui não tinha trabalho de base. O Fortaleza inaugurou o CT e não vejo surgir nomes. O Ceará também tem o seu, mas, ao meu ver, parece que não está bem organizado. Nosso futebol passa por um momento trágico, assim como o futebol brasileiro e o futebol mundial, com esse recente escândalo da Fifa. Qual o sentimento de ser considerado um dos maiores ícones do futebol cearense? Fico muito feliz. Tracei um plano e uma maneira de trabalho e, acima de tudo, fazer um rádio dinâmico. Quando cheguei à Verdinha, cobrimos todas as Copas, desde 1978. E essa maneira de comunicação fácil e simples, com a linguagem do povo, foi que realmente me deu, graças a Deus, muitas vitórias. Essa maneira de trazer o ouvinte. Quando começo uma transmissão, me coloco no lugar do ouvinte, o que ele quer saber e ouvir, naquele momento. Então acho que isso foi fundamental para o meu sucesso. Gosto do que faço e me sinto bem. Ainda sinto a minha voz como no início da carreira. Quem sabe fico no ar por pelo menos mais uns cinco anos. por Irailton Menezes - Repórter do Diário do Nordeste, 06.09.2015
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Leituras IV
Por uma claraboia no meio do Salão Nobre do Palácio da Abolição
Por JB Serra e Gurgel (*) A História do Ceará não é bem conhecida dos cearenses e está mal retratada no link Historia do Ceará no site do Governo do Ceará . Quando estudei no Ceará até os 20 anos não me recordo de ter ouvido falar da História do Ceará nos cursos primário, ginasial e clássico. Não sei se isso mudou, já que a indigência da nossa escola continua. Quem não conhece o passado não entenderá o presente e será sombria a perspectiva de futuro De 1531 a 1556, a capitania do Ceará foi entregue Antonio Cardoso de Barros, donatário que não tomou posse. De 1603 a 1621, três capitães mores governaram o Ceará. De Martim Soares Moreno já se ouviu falar. De 1621 a 1655, a capitania do Ceará foi subordinada a do Maranhão; 34 anos de abandono. De 1659 a 1799,a capitania do Ceará passou a ser subordinada a de Pernambuco. Foram 140 anos de abandono. Que fizeram do Ceará um imenso deserto de homens e ideias. Uma terra inculta, um paraíso perdido, sem elo com o Reino , sendo a vila dos confins da Colônia. Era o inferno da pedra, no semiárido com relevo de depressões, maciços, caatingas arbustiva e floresta espinhosas . Sem gado, minas e cana de açúcar. De 1799 a 1824,o Ceará teve Governadores autônomos, começando por .Bernardo Manoel de Vasconcelos que ficou no cargo de 1799 a 1802.Instalou a Junta da Fazenda para arrecadar mais tributos, construiu a alfândega de Fortaleza e de Aracati , criou casas de inspeção de algodão, abriu estradas para o interior, reformulou o quartel da tropa de linha, levantou baterias no Mucuripe, reedificou as vilas indígenas de Arronches (Parangaba), Soure (Caucaia) e Messejana implantou as vilas de Russas e Tauá em 1801. Com a Independencia e inauguração do Império, a Província enfrentou turbulências. De 1912 a 1820, Manuel Ignacio e Sampaio e Pina , conhe-
cido como Governador Sampaio, administrou a capitania . Trouxe para auxiliá-lo o engenheiro português Antônio da Silva Paulet, que elaborou o primeiro plano urbanístico de Fortaleza e projetou a reconstrução do forte de Nossa Senhora da Assunção. Em 1812, Sampaio instalou correios, construiu mercado público em Fortaleza e espalhou alfândegas em Granja, Sobral e Crato. Em 1817, com o Governador Sampaio no poder, Barbara de Alencar, mais os filhos Carlos Jose dos Santos , padre José Martiniano Pereira de Alencar e Tristão Gonçalves de Alencar Araripe e o tio Leonel Pereira de Alencar, aderiram à Revolução Penambucana e chegaram a proclamar a República no Crato. Cesar Maia, ex-prefeito do Rio, um dia escreveu no seu ex-blog: “ Em 2010, cumpriram-se os 250 anos do nascimento da primeira mulher presidente no Brasil, Bárbara de Alencar. Ela nasceu em Exu (PE), em 1760. Mudou-se para o Crato (CE) depois do casamento, em 1782, com José Gonçalves dos Santos, comerciante de tecidos naquela vila, com quem teve quatro filhos. Foi a primeira mulher a se envolver, para valer, em política no Brasil -durante a revolução pernambucana de 1817, com vistas à independência e à República. O Ceará e outras províncias limítrofes aderiram -no Ceará, especialmente na região do Cariri. Bárbara de Alencar liderou esse movimento no Crato, ampliando a revolução em Pernambuco. Ela declara a independência e proclama a República do Crato, assumindo a presidência. Com a derrota em Pernambuco, a rebeldia nas demais províncias foi sendo desmontada pelas forças do Conde dos Arcos, governador da Bahia, a mando de dom João 6º. Bárbara foi presa em Fortaleza. Por quatro anos, foi mantida presa em Fortaleza, Recife e Salvador. Ganha a liberdade no ato de anistia geral de novembro de 1821”. A Historia do Ceará esqueceu Barbara de Alencar e sua
casa no Crato, ao lado da Catedral, foi demolida, como atestado do desprezo do Ceará por sua História. O Ceará se livrara da dependência de Pernambuco, em 1799, mas a influencia pernambucana sempre foi efetiva na região do Cariri onde do lado da Chapada do Aaripe, no Ceará ,ficam Crato, Barbalha, Juazeiro do Norte, Araripe, Salitre, Penaforte e Jardim e de outro lado, em Pernambuco, Araripina, Exu, São José do Belmonte e Salgueiro. .Esta influencia econômica, financeira, social , politica e cultural permaneceu até a metade do século XX, quando o Ceará incorporou o Cariri às suas fronteiras. O s cearenses do Cariri estudavam no Recife, ouviam as rádios, liam os jornais e viam tevês locais.O caminho para Salvador, Rio e São Paulo passava por Recife. Em 1824, teve uma Junta governativa presidida por Francisco Pinheiro Landim, de família conhecida neste território, que entregou , de 19 a 29 de abril, a Presidência da Provincia Pedro José da Costa Barros, de Aracati, que fora deputado nas cortes de Lisboa, . NO mesmo ano, Tristão Gonçalves de Alencar Araripe, com mandato da Confederaçao do Equador, assumiu o poder.mas logo renunciou e entregando de novo a Costa Barros que ficou o cargo , de 18 de dezembro de 1824 a 13 de janeiro de 1825. Em 1824, a Confederação do Equador, liderada por Frei Caneca, teve apoio no Ceará nas cidades de Crato, Icó e Quixeramobim. Barbara de Alencar e seus três filhos envolveram. Em 26 de agosto foi declarada a República do Ceará e designado presidente Tristão de Alencar.. A repressão das forças imperiais culminou com a sua prisão e a morte de dois de seus filhos: Tristão e Carlos. O padre José Martiniano Pereira de Alencar sobreviveu e, mais tarde, foi nomeado deputado às cortes de Lisboa, de 1830 a 1833, depois foi senador no Rio de Janeiro e presidente da Província do Ceará de 6.10.1834 a 25.11.1837 e de 20.10.1840 a 06.04.1841. JB Serra e Gurgel (Acopiara) jornalista e escritor..
Cid Gomes agraciado com o Sereia de Ouro de 2015 O engenheiro Cid Ferreira Gomes será um dos homenageados com o 45º Troféu Sereia de Ouro. Além dele, receberão a comenda o médico Elias Geovani Boutala Salomão, o professor Jesualdo Pereira Farias e a médica Lúcia Maria Alcântara de Albuquerque Cid Ferreira Gomes: uma das mais influentes figuras públicas do Ceará ( foto: Fabiane de Paula ) Nos bastidores políticos, o sobralense Cid Ferreira Gomes é conhecido por seu jeito direto e pela objetividade na avaliação de cenários, na defesa de seus posicionamentos e na tomada de decisões. Soma-se ainda o mérito de um espírito conciliador, capaz de aglutinar diferentes setores da sociedade e forças partidárias com fins a um bem comum. Essas foram marcas de suas gestões à frente da Prefeitura de Sobral, do Governo do Estado do Ceará, do Ministério da Educação e de sua atuação como parlamentar. “Sou uma pessoa que ouve, que se coloca na posição do outro. Faço esse exercício sempre, diariamente”, revela. “Agora, naquilo que acho que deve ser enfrentado, eu vou enfrentar. Não sou o tipo que tem atitude covarde”, ele diz. Vocação Filho do defensor público sobralense José Euclides Ferreira Gomes Júnior e da professora paulista Maria José, Cid Gomes nasceu em uma família “com vocação para a política”. A primeira grande experiência na área, ele conta, foi quando o pai disputou o mandato de prefeito de Sobral. “Acompanhei a campanha dele e boa parte da dura lida de gerir uma cidade do interior durante o mandato. Já com 15 anos, eu tinha convicção de que a minha vocação era a vida pública”, afirma. Os irmãos Ciro e Ivo Gomes também partilharam este desejo e seguiram carreira política. Formado em Engenharia Civil na Universidade Federal do Ceará, Cid manteve firme a decisão de ingressar na política. “Acredito na possibilidade de fazer transformações por
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meio do poder público, por isso sabia que o meu caminho era disputar mandatos do Executivo. Mas pra isso, você precisa de um Estado forte, com capacidade de investimento e atuação decisiva nos campos que são direitos básicos para a população”, afirma. Quando terminou o curso de Engenharia Civil, Cid voltou para Sobral. A primeira vez que concorreu a um cargo eletivo foi em 1988, quando disputou o posto de vice-prefeito de Sobral. Em 1990, eleito deputado estadual, sendo reeleito no pleito seguinte. “Meu papai e o Ciro foram duas influências muito fortes para que eu entrasse na vida pública. Meu irmão, muito cedo - com 24 anos, foi candidato a deputado estadual. Trabalhei com ele na Assembleia e isso abriu caminhos para que eu fosse uma espécie de sucessor dele no parlamento cearense”, relembra. Embora reconheça a importância do Legislativo, Cid Gomes almejava chegar ao Poder Executivo. Cid foi eleito
para a Prefeitura de Sobral em 1996 e reeleito em 2000 com 68% dos votos. “Embora o que fica na mão do Município com a divisão dos tributos seja menor, é onde as coisas são realmente demandadas, onde há cobrança maior. Eu tenho agradáveis lembranças da minha gestão. Conseguimos avançar muito em várias áreas e implementar diretrizes que permitiram a Sobral lugar de destaque entre os municípios do Brasil”, avalia. Ao deixar o cargo de prefeito, Cid passou uma pequena temporada nos EUA, onde foi consultor do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Retornou para disputar, em 2006, o cargo de governador do Estado - algo jamais imaginado pelo sobralense até poucos anos antes. “Pra mim, era algo muito distante. Costumava guardar nos meus sonhos uma proporção do que era possível, e isso parecia fora do meu alcance”, conta. Cid lembra que sua candidatura ao Governo foi sendo construída pela militância e pela formação de um grupo político. “Esse grupo não é familiar. É um grupo de pessoas com dedicação e liderança política em diversas regiões”, declara, salientando que foi eleito como oposição. No governo estadual, percorreu o Interior para ter uma compreensão melhor do Ceará e absorver as demandas reais da população. “Queria fazer um governo sintonizado com todo o Estado”. Quanto às contribuições que deixou como governador, Cid destaca a preocupação em assegurar oportunidades iguais e direito à vida digna aos cearenses. Para ele, isso só pode ser alcançado por meio da Educação e da Saúde. Na primeira esfera, duas sementes foram plantadas e ainda dão frutos: as escolas profissionalizantes em tempo integral e assessoria aos municípios por meio do programa para garantir a alfabetização na idade certa. Na segunda, ele destaca as Unidades de Pronto-Atendimento nos municípios (Upas), as policlínicas e a construção de hospitais no interior do Ceará.
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MOMENTOS MARCANTES NA VIDA DO COMENDADOR DR. ALBERY MARIANO Autor e personalidade histórica dos livros: a. Deixe Cair o Manto de Sua Vida; b. Livro compêndio – 1ª Edição – Anos 2011 a 2014; c. Livro Coletânea – 1ª Edição – Anos 2013 a 2014; d. 32 Livros de “Atividades Literárias”, na Gestão 210/2012, como presidente da ALACAN; e. Brasília 50 Anos – Destaques e Personalidades; f. 50 Anos de Ceará, em Brasília – DF g. Caldas Novas 100 Anos da ABACH – SP; h. Caldas Novas 100 Anos de Cícero Campos – Caldas Novas – Go; i. Brasil de A aZ do Instituto Biográfico do Brasil; j. Goiânia 80 Anos da ABACH – São PAULO; k. 50 Anos – Casa do Ceará – Brasília – DF l. Coleção Jovem Brasileiro – Área de Arte e Cultura; m. Mulheres – Edição Especial. Sobre Raquel de Queiros; Titulação de acadêmico: a. Diploma de Membro Efetivo, Cadeira n° 6, Patroneado pelo Coronel Bento de Godoy, da Academia de Letras e Artes de C.Novas – GO b. Titulações de Acadêmicos como Presidente da Academia de Letras e Artes de Caldas Novas, GO Gestão 2010/2012; c. Titulação de conselheiro consultivo da Academia Brasileira de Arte, Cultura e Historia – ABACH – SP; d. Diploma de Posse, como Membro Titular da Academia de Letras e Artes – ABACH – SP; e. Diploma de Membro Acadêmico Suplente, cadeira nº 13, patroneada pelo Escritor Aluisio de Azevedo, Academia Taguatinguense de Letras – DF; f. Titulação e Credencial nº 443/13, da Associação Nacional dos Escritores – ANE – Sediada em Brasília – Distrito Federal; g. Autor do Acróesico: Conselheiros da ABACH – São Paulo – SP h. Moção de Louvor, pela atuação decisiva, como membro da Academia Taguatinguense de Letras – Distrito Federal; i. Diploma e a Medalha, com a Titulação da Cadeira nº 17. Patroneado pelo Escritor e Poeta Antônio Gonçalves Dias, Academia de Ciências, História e Literatura – ABRASCI – SP; j. Aluno de Letras da Universidade de Brasília – UnB – Distrito Federal; Patrono parceiro e paraninfo: a. Amigos e Parceiros: Vasco Promoções – Goiânia – GO; b. Parceiro Cultural: Agremiação Associativa de Caldas Novas – GO; c. Colaborador Emérito e Amigo da Educação – Colégio Educador – Caldas Novas;
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Albrery Mariano com sua esposa Cleusa Mariano
d. Amigo da Cultura: Fundação Adolfo Mariano – Goiânia – GO; e. Escritor Pioneiro do Estado de Goiás; f. Poeta e Escritor do Município de Caldas Novas – GO g. Escritor e Pioneiro do Centenário de Caldas Novas – GO; h. Os Destaques de Caldas Novas – Homenagem a Quem Faz; i. Participação Efetiva da IIª Bienal Brasil ao Livro e da Literatura: de 11 a 21.04.2014 – Sendo Expostos 10 Livros Autoria do Comendador Dr. Albery, como personalidade, História e Paraninfo; Certificados, diplomas, medalhas e outros: a. 50 Anos Dedicados à Advocacia – OAB – DF; b. Diploma e Medalha Comemorativa aos 50 Anos de Brasília – DF; c. Diploma Comemorativo aos 52 Anos de Brasília DF; d. Certificado de 53 Anos de Fundação de Brasília – DF e. Certificado e Medalha de 53 Anos de Fundação de Brasília – DF f. Diploma de Moção de Louvor pelos Serviços Prestados á População do DF; g. Certificado de Peregrino de Jerusalém; h. Certificado de Parceiro Cultural Socialmente Responsável; i. Certificado de Homenagem ao Amigo da Cultura – Fundação Adolfo Mariano;
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j. Certificado de Colaborador Emérito: Amigo da Cultura e Educação; k. Diploma de Benfeitor Precursor do Museu do Casarão – Caldas Novas – GO; l. Certificado pelo Gesto de Nobreza Espiritual em Favor do Ser Humano; m. Certificado pela Presença do Comendador Dr. Albery, na Câmara Municipal de Sintra, em Visita a Região do “Cabo da Roca” – Portugal; n. Certificado pela Moção de Louvor, pela Câmara Legislativa do DF; o. Diploma da Santa Crus do Homem de Nazaré, dedicada a Bênção da Família Mariano – concedida pela ABRASCI; p. Diploma de Honra ao Mérito da Paróquia de São José de Belém – SP; q. Diploma de Santa Igreja Católica Apostólica e Ortodoxa Grega da Diáspora, condecorado com a Medalha Cristos Logos” – Dom Athanásio I; r. Certificado de Casal Destaque Nacional – Ano 2014 Jornal folha patense; s. Certificado de Talentos Notáveis – 10ª Edição. Escritor Homenageado pelo Colégio Santanense – CE; t. Certificado do Colégio Estadual do Liceu do Ceará, como Paraninfo da Turma do Ano 2014 – Fortaleza – Ceará; u. Troféu “Dom Quixote” – Talentos Notáveis – Ano 2014 – Escultor : José Vilemar – Santana do Acaraú – CE;
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Leituras V
O Professor, Beethoven e o Ladrão Edmílson Caminha (*) Minha geração foi marcada, na Fortaleza dos anos 1960 e 1970, pelos programas da TV Ceará canal 2, dos Diários Associados de Assis Chateaubriand. Entre eles, “Um Milhão Ironte”, com Augusto Borges, em que, semana após semana, perguntas cada vez mais difíceis desafiavam o conhecimento e a memória dos participantes, doutores nas matérias sobre que respondiam. Um deles foi o professor José Lourenço Mont’Alverne, do curso de Engenharia da Universidade Federal do Ceará, que respondeu sobre Beethoven. Era impressionante: a produção punha para rodar o LP e, no máximo em dez segundos, o candidato reconhecia a obra do compositor. Enquanto ouvia a gravação, José Lourenço coçava nervosamente os testículos, como se neles estivesse a resposta que buscava. Não por outra razão, os câmeras tinham ordem de focalizá-lo só da cintura para cima... Os alunos já esperavam: todo ano, uma das aulas da Engenharia era reservada à música erudita. Ao longo do curso, os estudantes sabiam como desviá-lo do programa: era só falar em música, sob qualquer pretexto, como no dia em que alguém lhe perguntou, a propósito de nada: ― Professor, sem querer interrompê-lo, me tire uma dúvida: Tchaicovsky era mesmo viado? E ele, sem poder negar a suspeição: ― Era sim, mas com muita arte! Um dia, encontro José Lourenço Mont’Alverne sob um guarda-sol, na praia, e não perco a ocasião de satisfazer a curiosidade: por que um engenheiro dedicou-se a estudar Beethoven? ― Quando fui para a Escola de Minas, em Ouro Preto, já era noivo desta aqui, Maria Alice, que viria a ser minha mulher. Lá eu me sentia muito só, principalmente no inverno, um frio desgraçado. Nos fins de semana era pior, sozinho no quarto, morrendo de saudade dela, da família, dos amigos... Só tinha três opções: abandonar o curso e voltar pra Fortaleza, ficar doido ou arranjar alguma coisa pra ocupar o tempo. Mergulhei, então, na vida e na obra de Beethoven, um santo remédio. Li tudo sobre ele, e, quando me dei conta, conhecia de cabo a rabo as nove sinfonias, os cinco concertos e as 32 sonatas para piano, os 16 quartetos de cordas... Terminei o curso em 1951, voltei pra cá e seis anos depois me casei. Aos poucos discos que trouxera na bagagem, somaram-se centenas de outros, alguns raros: ― São muitos, boa parte da Deutsche Gramophon, uma das mais importantes gravadoras do mundo. Pois você acredita que o filho de uma égua de um ladrão entrou na minha casa e achou de roubar exatamente essas preciosidades?! Dei queixa à polícia, que se comprometeu a me chamar quando prendessem o gatuno. Dias depois, lá estava eu, na cela que o hospedava: “Me diga uma coisa, meu amigo: foi você que levou os meus discos?” “Eu não vou mentir pro senhor: foi, sim.” “Pois vamos fazer um negócio: pra você não ter prejuízo, eu compro esses discos. Quanto você me cobra por eles?” E o larápio, como se o preso fosse o outro: “Olhe, doutor, sua situação tá difícil, porque eu repassei tudo prum colega meu, que vende a mercadoria ali na Praça da Lagoinha. Mas eu vou ver o que posso fazer pelo senhor...” Não foi difícil encontrar o comerciante, com os caros discos alemães expostos sobre uma lona suja, todos eles, sem faltar nenhum! José Lourenço Mont’Alverne comprou-os ao preço de Agnaldo Timóteo e Waldick Soriano, voltou pra casa e comemorou o excelente negócio que fizera, ao som do primeiro movimento – o famoso allegro con brio – da Sinfonia n° 5 em dó menor, opus 67. De Beethoven, é claro... (*) Edmilson Caminha (Fortaleza), escritor, membro da Academia Brasiliense de Letras.
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Demografia do Ceará
Nova realidade demográfica muda perfil da família no CE Cidade - Diário do Nordeste. Em 2029, o País deverá ter mais pessoas acima de 60 anos do que de 0 a 14. É o que apontam projeções do IBGE
Aos 93 anos, Aída Oliveira Moreira tem sete filhos, 18 netos e dez bisnetos. Esse formato, no entanto, em nada se parece com o novo perfil da família brasileira, que se configura por uma redução do número de filhos - inferior a dois (1,76). Tem ainda um expressivo número de pessoas que não querem filhos. Além disso, a mulher contemporânea estuda e trabalha, e homens e mulheres da classe média casam mais tarde, reduzindo o período de fertilidade. > Qualidade de vida é desafio > Mudança na população teve início em 1940 Essas mudanças no perfil demográfico da população estão previstas em projeções do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O órgão alerta que, a partir de 2043, vão morrer mais pessoas do que nascer. Significa que, a partir daquele ano, a população brasileira deverá começar a diminuir. Neste ano, a estimativa é de 204 milhões de pessoas, saltando para 212 milhões, em 2020, e 228 milhões, em 2040, começando a decrescer a partir de 2044. O IBGE projeta ainda que, a partir de 2029, o Brasil terá mais pessoas de 60 anos ou mais de idade (40,3 milhões) do que de 0 a 14 anos (39,7 milhões). No Ceará, apesar de o Instituto só ter projeções até 2030, o Estado segue a mesma tendência nacional. De 2000 a 2030, observa-se uma redução no número de nascimentos. Foram 180.124, em 2000, caindo para 146.995, em 2010, 127.055, em 2020, e 113.487, em 2030 - queda de 37% em 30 anos. A taxa de fecundidade também apresentou queda. Era de 2,84, em 2000, diminuindo para 1,55, em 2030 - redução de 45,42%. Ajuda Mesmo tendo passado por dois casamentos, Neise Gurgel Moreira, 60, que já trabalhou como atendente de enfermagem e hoje se dedica exclusivamente a cuidar da mãe, o que faz com muita alegria, não teve filhos. Não que não quisesse, mas porque não pôde. Ela observa que as pessoas não querem mais ter filhos. “Lá em casa, éramos sete, mas tinha muita gente para ajudar. Hoje, tem que colocar em creche, é caro, e os pais não sabem com quem a criança fica. No meu tempo, a gente ficava em casa mesmo, não tinha esse negócio de creche”, afirma.
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Para ela, a nova configuração do núcleo familiar mudou para pior. A convivência da família ficou comprometida e o desejo das mulheres de serem mães, também. Se pudesse, acrescenta, teria tido uns quatro, cinco filhos. “Eu acho bonito família grande”, frisa. No entanto, na visão dela, a população está envelhecendo não apenas porque as famílias querem ter poucos filhos, mas por causa da violência, que mata a juventude. “A droga leva a outras coisas, como o mundo o crime, e tem levado os nossos jovens. É só o que a gente vê na televisão: morreu, mataram. Daqui a uns dez anos, vão ficar só os velhos”, adverte. Entre os vários fatores que contribuem para essa mudança no perfil demográfico da população, José Borzacchiello da Silva, pós-doutor em Geografia Humana e professor da Universidade Federal do Ceará (UFC), cita o acelerado processo de urbanização, que impõe novas necessidades e reduz o tempo livre - aquele anteriormente voltado aos cuidados com a família. Porém, enquanto nas camadas médias houve redução do número de filhos, ressalta que entre os segmentos de menor rendimento as famílias são compostas por um maior número de membros. Respeito Em termos de gestão do Estado, diz que essa alteração na pirâmide etária reduz o número de contribuintes e amplia a quantidade de aposentados e dependentes de serviços de saúde especializados e caros. Enquanto isso, o modo de pensar e ver o mundo dos gestores, acrescenta o especialista, ainda é de um País dominado por uma população jovem. “Não temos clareza do conceito de idoso como um cidadão de direitos. Ele é visto mais como um ‘estorvo’, alguém que atrapalha. O idoso merece uma vida saudável e alegre, com possibilidade de participar de atividades de toda ordem. O idoso merece respeito”. Alexandre Alcântara, promotor de Justiça do Núcleo do Idoso do Ministério Público do Estado (MPE), ressalta que os principais desafios são efetivar a Lei Nº 8.842, de janeiro de 1994, que trata da Política Nacional do Idoso, e o Estatuto do Idoso, criado em outubro de 2003. Ele comenta que o Brasil vem sendo alertado pela Organização das Nações Unidas (ONU) sobre os efeitos do envelhecimento mundial da população, até produziu uma legislação, mas maior parte das políticas públicas não foram efetivadas. “Os nossos legisladores são quase poetas, mas na hora de efetivar, de ver quem vai pagar a conta”, opina. por Luana Lima - Repórter do Diário do Nordeste 00:00 · 06.09.2015
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Leituras VI
Contos e Novela Dias da Silva (*) Feito num capricho (ou pela teimosia ou de propósito: tudo misturado), repito de onde em onde - Título “é rede de pescar leitores”. Verdadeira compreensão de Marisa Lajolo. (Para Edgar Allan Poe, 1809-1849, poeta, contista e ensaísta norte-americano, “um título deve pronunciar tudo o que uma obra contém”). Reconhecidamente o título arrasta sim, entretanto pode também mascarar e enganar, isto é, carregar de frustração o interessado pelo conteúdo (enredo) diante o que sugere. Por isso arrasta ou engana. Volume, ao contrário, em geral, leva alguém à desistência da leitura: aquilo volumoso, pesado, - vem logo no pensamento – é monótono e cansativo, Diz-se a primeira impressão que anda enganando a gente. Contos e Novelas – o volume quase desanima já – tem lugar na segunda hipótese que nem obrigatoriamente é enganosa. Nem obrigatoriamente, cansativa: São 776 páginas que nem enganam e nem afastam o leitor desanimado. Prendem-no. Muito, todavia, já nem anima saber Voltaire seu autor: nome verdadeiro – François Maria Arouet (1694-1778), escritor e filósofo francês, principal expoente do iluminismo, famoso aos 24 anos. Não sei por que a grandes personagens e gênios da história acontecem coisas extraordinárias e, quando não o fazem, criam-se ou inventam-se. Tenho por isso não conseguem ser eles mesmos, senão que querem meio, circunstância (eu sou eu e minhas circunstâncias – diz Ortega Y Gasset) sobremaneira a sociedade falsa e mentirosa. Sem alterar a sabedoria de Sócrates – não conseguem ser o que desejam aparentar. Tenham-se coisas assim com Voltaire: famoso aos 24 anos; preso na Bastilha – conhecida Bastilha! – acusado de autoria de uma sátira (1717): seus escritos sarcásticos e irônicos levaram-no à prisão e ao exílio na Inglaterra; eleição para a Academia Francesa (1746); ativo colaborador da Enciclopédia; Francesa, com Diderot, D’Alembert, Rousseau; autor intelectual da Revolução Francesa; escritura de cartas filosóficas; além disso , deixou mais de 10.000 cartas com influência poderosa sobre contemporâneos. Isto tudo – e muito mais – de Voltaire não é simplesmente criação, muito menos invenção. Bem: contam-se 776 páginas (“rede de pescar leitores”) de contos e novelas de Voltaire. Plano de edição e prefácio de Roger Bastide (1898-1974), com introdução de Gilbert Chinard e notas de Sergio Millet. Tradução de Mario Quintana, poeta brasileiro (RS) 1906-1994, premio Fernando Chinaglia. Na orelha do livro, faz-se esta leitura : “(...) São pontos filosóficos reunidos no presente volume, entretanto que expressam da melhor maneira os paradoxos de um pensador que acreditava na existência de uma ordem superior, mas que desconfiava igualmente dos dogmas religiosos e do otimismo que para ele eram os dois lados da mesma moeda”. Heróis de Voltaire são o avesso do “bom selvagem” de Rousseau (Jean-Jacques Rousseau, escritor e filósofo francês (1712-1778). Os livros de Voltaire revolucionavam (fazem-no pelo tempo afora )as idéias do século. Escreveu cartas, ensaios, dissertações, comédia, peças de teatro, romances, tragédias, poemas. Extraordinário colaborador da Enciclopédia. Em vez de formular pedagogia contra os males da civilização, Voltaire “dá voz a personagens que contemplam, de modo ao mesmo tempo humorístico e melodramático, as comédias e perversões da história humana”. Nascimento: 21 de novembro de 1694, Paris, de abastada família de comerciantes. Nome: François Marie Arouet, com adoção de pseudônimo – Voltaire. Na prisão, escreveu a tragédia de Édipo, de 1715, sucesso de encenação. Começa Henriade (delícia os livres pensadores da elite parisiense e lhe valeu uma carreira como poeta da corte). Em 1729, retorno triunfal a Paris. Homenagem da Academia. Voltaire assiste à representação de Irene, última tragédia. Ao fim a peça, teve o busto coroado em meio à aclamação geral. No apogeu e consagração, o escritor à Planície Branca, em 30 de maio, durante o sono (não é sono feito pré morte?). Sua derradeira mensagem, como numa profissão de fé. Deixa o leitor em indagações em resposta. “Eu morro adorando a Deus, amando meus amigos, não odiando meus inimigos, detestando a superstição”. (*) Dias da Silva (Lavras da Mangabeira), escritor, das Academias Lavrense de Letras e Cearense da Língua Portuguesa.
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Ipece divulga PIB do 2º Trimestre de 2015 O Estado do Ceará registrou crescimento acumulado 1,01% do Produto Interno Bruto (PIB) nos últimos quatro trimestres, apesar do cenário de retração de 5,32 no 2º trimestre em relação ao mesmo período do ano passado. “A perspectiva é de que o Ceará fique ainda acima da média nacional no acumulado anual. Isso vai depender dos desdobramentos da crise nacional”, avaliou o diretor do Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará, Flávio Ataliba. O acumulado nos últimos quatro trimestres permanece acima da média nacional, que foi de -1,2%. Segundo Flávio Ataliba, um dos grandes fatores para o registrado neste trimestre é a queda do setor de serviços, que representa 84% da economia cearense. “Essa relevância para o Estado do Ceará é maior que no Brasil. Isso vale para o bem e para o mal”. Ele argumentou que a base de comparação, o período pré-Copa do Mundo em 2014, foi um momento de grande elevação nos índices. “Por um lado você está comparando com algo que tinha uma base muito elevada com um fenômeno atípico que era a copa do mundo. E por outro, o próprio cenário nacional. O Ceará faz parte da federação brasileira, tem rebatimentos locais”, disse, acrescentando que os fatores mais decisivos para o índice foram o comércio e a intermediação financeira, por conta de juros e inflação. Já o setor de alojamento e alimentação, ligado ao turismo, manteve crescimento de 0,77%. “Momento de crise é também o momento de abrir novas perspectivas. Com a alta do dólar e de outras moedas frente ao Real, podemos ser mais atrativos para os turistas internacionais e até para os brasileiros. A própria intenção do governador em ter uma carteira de concessões também é uma das medidas”, avaliou. Disciplina fiscal Outro fator relevante foi a redução na arrecadação do serviço público. Segundo os técnicos do Ipece, o Ceará tem mostrado uma disciplina fiscal. Ao mesmo tempo em que se reduziu as receitas, também reduziu as despesas. O Estado se ajustou a esse momento de dificuldade financeira. “O Ceará
se antecipou e fez um ajuste logo no início do ano. Isso já deu uma sinalização muito importante com a preocupação com a situação fiscal do Estado”, disse. Ele acrescentou que o Estado tem de buscar novas fontes de arrecadação. Agropecuária e Indústria Já a agropecuária apresentou decréscimo por conta de períodos de estiagem, segundo o Ipece. “Tivemos chuva muito concentradas no litoral onde não é o forte da produção agrícola, que é mais na região do Cariri e Jaguaribe. Isso refletiu na estimativa”, explicou a técnica de políticas públicas para Agropecuária do Ipece, Ana Cristina Lima. Ela acrescentou que a alta apresentada na produção de galináceos de 26,56%, foi decorrente de uma transferência de consumo de bovinos (-3,29), mais atingido pelos índices de inflação. Segundo Witalo de Lima, analista de políticas públicas para a indústria, a Construção Civil foi o setor da indústria que manteve estabilidade em relação ao mesmo trimestre do ano passado, com crescimento de 0,44%. “Segundo semestre tende a ser mais positivo que o primeiro trimestre. A conjuntura realmente não está fácil. Não é uma garantia, mas uma perspectiva de um olhar mais otimista da economia. Concessões que estão na agenda do Governo tendem a clarear mais para o final do ano”, afirmou. O menor consumo das famílias no comércio levou a um desaquecimento na indústria puxado especialmente pela fabricação de produtos têxteis, de aparelhos e materiais elétricos e bebidas. PIB O PIB trimestral é um indicador que mostra a tendência do desempenho da economia cearense no curto prazo. Além do Ceará, mais sete estados brasileiros realizam o cálculo de sua economia trimestralmente, a saber: Bahia, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Pernambuco, Rio Grande do Sul e São Paulo.
Ceará se destaca na Avaliação Nacional de Alfabetização Os resultados finais da Avaliação Nacional da Alfabetização (ANA) 2014 foram divulgados nesta quinta-feira, dia 17, pelo Ministério da Educação (MEC). A partir da ANA, é possível conhecer o desempenho em Leitura, Escrita e Matemática das crianças que estavam matriculadas no 3º ano do ensino fundamenta da rede públical. De acordo com a avaliação, 85% dos alunos cearenses desenvolveram competências de leitura consideradas adequadas. O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) organiza os resultados em uma escala que vai de 1 a 4 em Leitura e Matemática e até 5 em Escrita. A maioria absoluta das crianças cearenses avaliadas já conseguia ler palavras complexas e localizar informações explícitas em textos curtos; reconhecer a finalidade de texto como convite, cartaz, receita, entre outros. Enfim, já tinham desenvolvido uma estrutura de leitura mais complexa. Os dados mostram ainda que o Ceará registra apenas 14,99% no Nível 1 na escala de Leitura, enquanto no Brasil é de 22,21% e no Nordeste é de 35,56%. Em Matemática, o Ceará apresenta um percentual de 48,65% de crianças em uma situação adequada, levando-se em consideração os níveis 3 e 4. Nestes mesmos níveis, o Brasil está com 42,93% e o Nordeste 25,93%. Na escala de Escrita, o Ceará tem 60,95% das crianças nos Níveis 4 e 5, considerados adequados. PAIC Uma das ações que influenciaram diretamente nos resultados de alfabetização das crianças cearenses foi o Programa Alfabetização na Idade Certa (PAIC). Em 2007, o Programa começou suas atividades com a meta de garantir a alfabetização dos alunos matriculados no 2º ano do Ensino Fundamental da rede pública cearense. Em 2011, para
expandir as mesmas ações ao 3º, 4º e 5º anos, foi lançado o Programa Aprendizagem na Idade Certa (PAIC +5). Um avanço significativo pode ser visto desde sua implantação. Conforme dados do Sistema Permanente de Avaliação da Educação Básica do Ceará (Spaece) 2014, 84,6% dos estudantes encontram-se alfabetizados ao término do 2º ano. Em 2007, esse percentual era de apenas 39,9%. Nesse mesmo período, é possível verificar que houve uma redução de percentual de alunos não alfabetizados ao final do 2º ano. Caiu de 32,8% para 0,6% Em 2014, a aprendizagem dos alunos do 5º ano, nas disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática, melhorou em relação ao ano de 2008. Em Língua Portuguesa, o percentual de alunos no nível adequado subiu para 35,5%, enquanto, em 2008, o nível era de 6,8%. Em Matemática, era de 3,6% e passou para 27,1%. Outra conquista importante é o número de municípios cearenses no Padrão Desejável em alfabetização das crianças ao final do 2º ano do Ensino Fundamental. No início do programa, apenas 14 municípios estavam no padrão Desejável em alfabetização das crianças ao final do 2º ano do Ensino Fundamental. Em 2014, esse número subiu para 173. Quanto aos resultados do 5º ano, em 2008, nenhum município cearense apresentava média no nível adequado em Língua Portuguesa e Matemática. Em 2014, o resultado do 5º ano cresceu de forma considerável, mostrando que 34 municípios cearenses já se encontram com média no nível adequado nas duas disciplinas. Essa melhoria nos níveis de alfabetização e dos primeiros anos do ensino fundamental alcançada no Ceará deve-se à boa combinação dos esforços de todos os municípios com o apoio estadual e a cooperação do Ministério da Educação.
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Leituras VII
História da administração no ceará, 50 anos.
João Soares Neto (*) “Não se pode planejar o futuro pelo passado”. Edmund Burke, filósofo. Anteontem, a Assembleia Legislativa do Ceará lembrou os 50 anos da profissão de Administrador e o fez homenageando dirigentes e ex-dirigentes do Conselho Regional de Administração-CRA, da Academia Cearense de Administração-ACAD e da Associação dos Administradores do Estado do Ceará- AADECE. Há, como registro histórico, um grupo de então jovens, pioneiros, que acreditou na incipiente Escola de Administração do Ceará-EAC, o núcleo basilar dessa longa história. A EAC usava como referências a Escola Brasileira de Administração Pública – EBAP, da Fundação Getúlio Vargas, do RJ, e a Escola de Administração de Empresas de SP – EAESP. Havia, claro, a entronização dos princípios de Frederick Taylor e de Henry Ford, dos Estados Unidos, e de Henri Fayol, da França. A partir deles abriam-se leques de informação que, conforme os estofos de cada estudante iam se consolidando e transformando em conhecimento. Muitos fizeram dois vestibulares –o MEC não reconheceu o primeiro – e aguentaram o pão que o diabo amassou. Passaram por três sedes: a da Faculdade de Ciências Econômicas da UFC, no Benfica, de onde foram enxotados como intrusos. A seguir, foi alugada casa na esquina da Avenida Duque de Caxias com a Rua Jaime Benévolo. Imóvel simples, telhas vãs, piso de cimento, mas conseguia abrigar as primeiras turmas e os concursos para novos professores, quase todos do quadro de técnicos em desenvolvimento econômico-TDE, do Banco do Nordeste, então celeiro de talentos. Por fim, a sede da Rua 25 de Março, hoje desativada, com a ida para o Campus do Itaperi, da Universidade Estadual do Ceará-UECE. Segunda-feira, 14, às 19h, na Câmara Municipal de Fortaleza serão homenageados profissionais eleitos, por votação, pela Comissão do Jubileu. Na categoria Efetividade e Dedicação à Profissão: Mauro Benevides, Zamenhof de Oliveira, Manoel Messias de Sousa, Aleuda Fernandes e Nilce Freire. Por Profícua Atuação Profissional: Antônio Cambraia, Beto Studart, José Caminha de Oliveira, Sérgio Aguiar e Tasso Jereissati. Como Personalidades Públicas: Érica Cristino e Iracema Vale. Por Desempenho Acadêmico: Assis Moura Araripe, Sérgio Bezerra, Sarto Castelo, Paulo Tadeu, Vlademir Spinelli, e a UECE, pelo pioneirismo, o Reitor Jackson Coelho. Por Eficaz Ação Organizacional e Empresarial: Honório Pinheiro e João Soares Neto. Os funcionários do CRA serão homenageados nas pessoas de George da Silva e Marta Albuquerque. Haverá duas homenagens post-mortem: José Guilherme Pimenta e Rui de Castro e Silva. Por suas carreiras públicas e privadas, por minha convicção e direito, lembro de: Beni Veras, Paulo Lustosa, Barros Pinho, Josino Lobo, Ivo Martins de Oliveira, Gerard Boris, Sieglinde Acioly, Vitor Hugo Sampaio, Lázaro Farias e Heloisa Barros Leal, entre outros. Não seria justo deixar de citar os nomes dos primeiros diretores Mozart Soriano, Raimundo Girão e Aloisio Cavalcante. Honra e glória aos professores Parsifal Barroso, Paulo Bonavides, Ivan Barroso de Oliveira, João Clímaco, Filgueira Limas e Plácido Castelo, fundadores, entre outros, do Instituto de Administração do Ceará, em 1957, posteriormente, incorporado pelo Governo do Estado do Ceará. Por fim, anoto: parte da turma pioneira realizou viagem de estudos à Europa, com a coragem e a cara, participando de encontros na Fundação Gulbenkian, em Lisboa, Portugal; na fábrica da Olivetti, em Ivrea, Itália; e na École Nationale d´Administration, em Paris, França. Esta história honra a quem dela tenha participado, no todo ou em parte. (Publicada no Jornal O Estado-Ce, 11 de setembro de 2015 e no www.joaosoaresneto.com.br)
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TCU audita obras do Cinturão das Águas, no Ceará O Tribunal de Contas da União (TCU) realizou auditoria nas obras do projeto Cinturão das Águas do Ceará (CAC), referentes à implantação do 1º trecho Jati/Rio Cariús, no lote 2. As obras foram conduzidas pela Secretaria de Recursos Hídricos do Estado do Ceará (SRH/CE) e estão inseridas no Programa de Aceleração do Crescimento II (PAC II). O projeto foi dividido em quatro lotes, que englobam obras de canais, adutoras, sifões e túneis, com valor de aproximadamente R$ 1,6 bilhão. O volume de recursos estimado para o lote analisado é de R$ 289,3 milhões. O TCU verificou possíveis falhas e chamou os responsáveis para prestarem esclarecimentos, que afastaram as
impropriedades. No entanto, o tribunal fez determinação preventiva à SRH/CE, a ser observada em eventuais modificações contratuais. A SRH/CE deverá observar os limites legais quando assinar termos aditivos que possam alterar o quantitativo de itens com preços acima dos referenciais da planilha orçamentária. Essa exigência deriva da necessidade de que os preços pactuados sejam compatíveis com os preços de mercado e com o percentual de desconto obtido na licitação, a fim de que seja garantida a manutenção do equilíbrio entre o custo global da obra, os valores de mercado e o desconto oferecido pela empresa vencedora.
TCU avalia obras do Cinturão das Águas, no Ceará O Tribunal de Contas da União (TCU) realizou auditoria nas obras do projeto Cinturão das Águas do Ceará (CAC), referentes à implantação do 1º trecho Jati/Rio Cariús. O projeto é conduzido pela Secretaria de Recursos Hídricos do Estado do Ceará (SRH/CE) e se insere no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC II). O 1º trecho do CAC, estimado em R$ 325 milhões, compreende obras civis de canais, adutoras, túneis e sifões com 150 km de extensão, no interior do Estado do Ceará. Para contratar a execução das obras, a SRH/CE realizou licitação na modalidade concorrência e tipo menor preço. O valor total da licitação, que se divide em cinco lotes, é de R$ 1,6 bilhão. Os quatro primeiros lotes referem-se a obras de canais, adutoras e sifões e o último é composto de construção de túneis. O edital da concorrência, único para os cinco lotes, apresentou possível restrição à competitividade, na análise do TCU. Especificamente às falhas do lote 1, foram encontrados sobrepreço no orçamento, quantitativos inadequados na planilha orçamentária e impropriedades na execução do contrato. Gestores da SRH/CE e do consórcio responsável pelas obras foram ouvidos pelo TCU. As explicações fornecidas
afastaram as irregularidades de sobrepreço e quantitativos inadequados na planilha. Ainda assim, o TCU, em caráter preventivo, determinou que eventuais termos aditivos a serem assinados observem os limites legais quanto a possíveis alterações do quantitativo dos itens que possuam preços acima dos referenciais de mercado, a fim de que seja garantida a manutenção do equilíbrio entre o custo global da obra, os valores de mercado e o desconto oferecido pelo consórcio responsável. O tribunal também determinou à SRH/CE que se abstenha de delimitar a tipologia de obras para fins de comprovação de capacidade técnica, o que pode configurar restrição à competitividade do certame. Quanto à falha de execução contratual, o TCU verificou falta de observância, pela Secretaria de Infraestrutura Hídrica do Ministério da Integração (SIH/MI), de dispositivos legais e normativos específicos quanto à necessidade de avaliar e aprovar os projetos básico e executivo antes do repasse de recursos federais ao beneficiário. O tribunal determinou à SIH/MI que observe o disposto na Lei de Licitações e nos demais normativos referentes ao tema. O relator do processo foi o ministro-substituto André Luís de Carvalho.
Fortaleza com 2,6 milhões de habitantes já é a 6ª. cidade do país em população e a maior do Nordeste Fortaleza com 2,6 milhões de habitantes já a 6ª. cidade do país em população e a maior do Nordeste. Recife está em 9°Lugar com 1,6 milhão, depois de Belo Horizonte , com 2,5 milhões, Manaus, com 2,0 milhões e Curitiba, com 1,8 milhão. Entre as Regiões Metropolitanas, Fortaleza está em 6º lugar com 3.985.285 habitantes. A frente estão as regiões metropolitanas de São Paulo, com 21,0 milhões Rio de Janeiro, com 12,2 milhões , Belo Horizonte, com 5,8 milhoes, Porto Alegre, com 4.252 mil , Distrito Federal, com 4.011 mil; Atrás de Fortaleza estão Salvador, com 3.953m mil, Recife com 3.914 mil, Curitiba com 3,,,502 e Campinas, com 3,0 milhões. Estima-se que o Brasil tenha 204,5 milhões de habitantes e uma taxa de crescimento de 0,83% de 2014 para 2015. O município de São Paulo continua sendo o mais populoso, com 12,0 milhões de habitantes, seguido pelo Rio de Janeiro (6,5 milhões), Salvador (2,9 milhões) e Brasília (2,9 milhões) e Fortaleza (2,6 milhões) No ranking dos estados, os três mais populosos locali-
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zam-se na região Sudeste, enquanto os três menos populosos localizam-se na região Norte. O estado de São Paulo, com 44,4 milhões de habitantes, concentra 21,7% da população total do país. O estado de Roraima é o menos populoso, com 505,7 mil habitantes (0,2% da população total), seguido do Amapá, com 766,7 mil habitantes (0,4% da população total) e do Acre, com 803,5 mil habitantes (0,4% da população total). Mais da metade (56,1%) da população vive em 304 municípios A distribuição da população brasileira em seus 5.570 municípios mostra uma alta concentração em grandes centros urbanos. Os 41 municípios com mais de 500 mil habitantes concentram 29,9% da população do Brasil (61,2 milhões de habitantes) e mais da metade da população brasileira (56,0% ou 114,6 milhões de habitantes) vive em apenas 5,5% dos municípios (304 municípios), que são aqueles com mais de 100 mil habitantes. Por outro lado, apenas 6,3% da população (1,4 milhão) residem em 2.451 municípios brasileiros (44,0% dos municípios) com até 10.000 habitantes.
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Leituras VIII
Camarão que dorme a onda leva
Macário Batista (*) É uma dura realidade viver na beira da praia. Há os ventos, as marés, o sol que racha, a chuva que encharca, de vez em quando uma saudade de uma vela que não voltou, uma lágrimas de lembrança bem guardada vendo o barco partir. Observadores da cena acabam então concluindo que camarão que dorme, a onde leva. Na política a coisa funciona assim, também. Neguim quis pegar carona no trabalho do Veveu, em Sobral, pelo aeroporto da cidade, mas não contava com a astúcia do Prefeito que foi aperrear a turma em Brasília até trazer gente que decide para ver a terra desapropriada, local etc.etc.etc. para o aeródromo novo. A mesma coisa fez o ex-prefeito e ex-deputado Neto Nunes no Icó. Como ninguém se bulia em defesa da implantação do campus da Universidade Federal do Caruru na terra dele, também foi a Brasília, cutucar a Ministério da Educação por uma solução para a construção de R$20 milhões de reais das instalações das escolas. Tá faltando só a Prefeitura fazer a parte dela, isto é, entrar com o terreno como contrapartida. Mas o processo virou politicagem e o povo é que está perdendo, tempo,dinheiro, educação e o que vem com uma universidade. Tem outros exemplos, esses dois aí, porém, por si só provam que camarão que dorme...vira malassada. A frase: “O pessimista queixa-se do vento. O otimista espera o vento passar. Já o realista ajusta as velas.” Ê ê!!! Inda é pendente não é independente Chamou a atenção desta coluna, uma nota distribuída pela esclarecida assessoria de imprensa do Governo do Ceará, que sob o comando da Casa Civil, já que há tempos a imprensa lá não tem autonomia, a seguinte informação: “NOTA DE ESCLARECIMENTO-Diferentemente do que foi divulgado, o Governo do Estado não definiu prazo ou cronograma para a convocação de juízes, até porque tal competência cabe exclusivamente ao Poder Judiciário, autônomo e independente. Os chefes dos Poderes Executivo e Judiciário mantêm diálogo permanente, o que garante uma relação de respeito e cordialidade, cada um, dentro de suas competências constitucionais, com o objetivo de resguardar os interesses do Estado do Ceará”. Ensinava um velho e querido amigo, o saudoso e quando queria ferino, Padre José Palhano de Saboia que: “Uma desculpa não pedida é uma confissão antecipada”. Pois bem; a nota esclarecedora põe as coisas nos seus devidos lugares mas não fala que o Poder Judiciário é mantido com os dinheiros que nascem dos impostos que pagamos e que vão para o Governo do Estado e assim, há sim, responsabilidade com o Tribunal. Se esta coluna não está enganada o TJ foi sim, ao Governador catar recursos para botar os Juízes nas comarcas, mas ouviu um sonoro “não dá”, que não havia mais dinheiro etc.etc. e coisa e tal. Que o Poder Judiciário é independente todo mundo imagina, mas que inda é pendente, poucos se atrevem sequer a pensar. A frase: “Quando tiver uma única moeda no bolso, engraxe os sapatos”. Tem gente pensando Por falar em aeroporto...(Nota da foto) Enquanto o Brasil luta pra conseguir pelo menos humildes aeroportos que possam melhorar a qualidade de vida das pessoas do interior, nos Estados Unidos um ator cuida da própria frota de aviões que ele mesmo pilota. Essa choupana aí com pista de 3 mil metros é de John Travolta. Tá vendo?!!! Ouvi ontem “Arre égua macho véi! Foi duro aguentar dois meses com 31 dias. Ô coisa boa é esse dia primeiro de amanhã”. Alívio de assalariado, claro. Pisca, pega!!! Pois não é que o Collor voltou a chamar o Janot, de novo, de filho da puta. Agora pra ele ouvir, na plateia do Senado. E o dr.Arnon,hein!!! Só falta agora riscar uma linha no chão (melhor no Tapete verde ou no azul?) botar os dois nos lados e gritar...taqui a mãe do Collor, taqui a mãe do Janot. (*)Macário Batista (Sobral),jornalista, comentarista, blogueiro, multimídia.
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Hub da TAM injetaria até R$ 9,9 bi na economia do CE O relatório com os impactos do empreendimento foi apresentado ontem, em São Paulo A presidente da TAM, Claudia Sender, recebeu ontem a comitiva do Ceará, formada pelo governador Camilo Santana e outros líderes políticos do Estado Incremento de 6% no Produto Interno Bruto (PIB) de Fortaleza, geração de 35 mil empregos diretos e indiretos e injeção de até R$ 9,9 bilhões na economia, sendo R$ 2 bilhões da Região Metropolitana de Fortaleza (RMF), nos próximos cinco anos, a partir de 2018. Esses são alguns dos impactos positivos para o Estado, no caso de Fortaleza sediar o hub (centro de conexões de voo) da Latam (fusão entre a chilena LAN e a brasileira TAM) no Nordeste. Os dados estão presentes no relatório técnico e econômico apresentado na manhã de ontem pela Consultoria Oxford Economics, empresa contratada pela companhia especialmente para auxiliar na escolha de uma das três cidades. > Impactos seriam estendidos para capitais nordestinas > Hotéis e alimentação teriam 5,7 mil empregos Os números foram expostos para o governador Camilo Santana e senadores, em reunião realizada com a presidente da TAM, Claudia Sender, e diretores da empresa, em São Paulo. “No dia 26 de outubro sairá o estudo de viabilidade técnica, econômica e financeira. Estou muito otimista”, declarou Camilo, segundo quem o governo cearense não medirá esforços para atrair o equipamento, ainda em disputa pelos estados de Pernambuco e Rio Grande do Norte. E o esforço tem uma justificativa comprovada agora em números. Enquanto o percentual de crescimento do PIB de Fortaleza, na média dos primeiros cinco anos será de 6%, o de Recife será de 4,9% e o de Natal, 7,2%. Já em termos de geração de novos empregos, os efeitos serão de 1,9% na capital cearense, 1,8% em Recife e 3,6% em Natal. Os estudos econômicos da Oxford apuraram que mais de um terço do impacto econômico na economia de Fortaleza (39%) virá dos setores de transporte e armazenagem, outros 17%, do setor de atacado e varejo, e 12%, dos setores de hotel e alimentação. Já sobre o impacto em empregos, 29% virão nos setores de transporte e armazenagem, 29% de atacado e varejo, e 12% de hotéis e alimentação. Isso significa que os impactos diretos e indiretos do hub na cidade gerariam, respectivamente, valores agregados de US$ 105 milhões e 1,6 mil empregos e de US$ 106 milhões e 9,4 mil empregos. “A avaliação do impacto econômico para a imple-
mentação do hub no Nordeste demonstra que estamos no caminho certo, em acreditar no potencial de desenvolvimento do Nordeste do Brasil. Os números apresentados são bastante promissores e reforçam nossa confiança no projeto”, afirmou Cláudia Sender. Competitividade Presente à reunião, o senador Eunício Oliveira disse que também saiu do encontro bastante otimista, tendo em vista revelações feitas por diretores da TAM. Conforme disse, a TAM explicou que, em um primeiro momento, a pista auxiliar atual do Pinto Martins poderia ser perfeitamente utilizada, bastando ser reformada e melhor iluminada. “A exigência de construção de uma segunda pista (de pouso e decolagem) iria exigir a elaboração de novos estudos por parte da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), o que iria atrasar a elaboração do edital e o início das obras de reforma do Pinto Martins”, explicou o senador. Eunício também falou que a TAM prefere trabalhar com uma empresa privada, o que põe o Ceará, de novo, na frente da disputa com Recife, já que o Aeroporto de Fortaleza está incluído no regime de concessões, ao preço de R$ 1,8 bilhão. “O Ceará sai na frente, porque a concessão do aeroporto de Recife só vai sair daqui uns dois anos, e a TAM tem pressa”, declarou. Outros pontos apontados pela companhia aérea a favor de Fortaleza foram a construção do Acquário do Ceará e o Centro de Eventos, equipamentos que, na avaliação da TAM, são fortes atrativos de turistas. O senador destacou, ainda, o apoio que a Secretaria de Aviação Civil (SAC) estaria dando no processo de elaboração do Edital, do qual participará, inclusive, a TAM. Disse também que, como forma de evitar novos atrasos no reinício das obras de reforma do Pinto Martins, a área da Base Aérea de Fortaleza que foi cedida para o Estado do Ceará não será incorporada agora. “A chave do aeroporto será entregue (para a empresa vencedora da concessão) entre março e junho próximo ano”, sinalizou. Eunício disse que a presidente da TAM, Claudia Sender, nada pediu ao Governo do Estado, mas revelou que teria sinalizado a possibilidade de a empresa gozar de financiamento do Banco do Nordeste do Brasil (BNB) para o hub. “Nessa hora, o Mauro Filho (secretário da Fazenda) brincou e disse: Eunício, isso é contigo”, comentou. Conforme o senador, o presidente do BNB, Marcos Holanda, é cearense e será sensível à demanda. por Carlos Eugênio - Repórter Diário do Nordeste, 18.09.215
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Associação dos Filhos e Amigos de Aurora elege diretoria para o triênio 2015/2018 Em Assembleia Geral Ordinária, com um Presidente de Honra, eleito realizada no último dia 22 de agosto na primeira Assembleia Geral. deste ano, 2015, a AFA-BR, AssociaA Diretoria anterior triênio ção dos Filhos e Amigos de Aurora, 2012/2015, era composta por: PresiCE, residentes em Brasília, aprovou dente: Maria Djanira Gonçalves Brito; as contas do triênio 2012/2015, da Vice-Presidente: Francisco de Assis então Diretoria, e elegeu a nova Filho; Secretário Administrativo: Diretoria para o triênio 2015/2018, Severino Duarte Amaral; Secretário período de 26.08.2015 a 26.08.2018. de Eventos: Tereza Norma Silveira Foram eleitos, por unanimidade: Cruz; Secretário de Comunicação SoDIRETORIA EXECUTIVA- PREcial: Hélvia Leite Cruz; Secretário de SIDENTE: Manoel Macêdo GonçalExpansão: Francisco Djalma de Olives; Vice-Presidente: Francisco de veira; 1º Tesoureiro: Manoel Antônio Assis Filho ; - Secretário Adminisde Macedo; 2º Tesoureiro: Raimundo Maria do Socorro, Raimundo Nonato, Vicente Landim de Macedo, trativo: Severino Duarte Amaral;- Francisco Henrique Macedo- Presidente da Câmara Municipal de Nonato Silva. 1º ex-Presidente: HaAurora,Vicente Landim de Macedo – presidente de Honra da AFA, Francisco Henrique Macedo, Vicente Nunes Magalhães, Secretário de Eventos: Raimundo milton Leite Cruz; 2º ex-Presidente: Vicente Nunes de Magalhães – Ex- Presidente da AFA. Erickson Matos. Nonato da Silva;- Secretário de Vicente Nunes CONSELHO FISA a segunda 2009/2012 pelo Dr. Vicente Nunes MaExpansão: Francisco Djalma de Oliveira; - Secretário de CAL: Titulares: Antônio Pinto Macedo; Manoel Macedo galhães Comunicação Social: Hélvia Leite Cruz; - 1. Tesoureiro: Gonçalves; João Hermann Leite Cruz; suplentes: Eliane A terceira 2012/2015 pela Sra. Djanira Gonçalves. Carlos Augusto de Macêdo; - 2. Tesoureiro: João Herman Cada Diretoria, além de procurar cumprir com as fi- Pinto Macedo; Samuel Nunes Magalhães; Cícero Célio. Leite Cruz; A Assembleia Geral, que contou com a presença de mais nalidades previstas nos Estatutos, teve uma característica CONSELHO FISCAL - Antonio Pinto Macêdo, - Cícero própria. de 40 associados, foi presidida pelo Associado – Presidente Célio Figueiredo ,- João Marcelo de Oliveira Macêdo, A Diretoria comandada por Hamilton reunia os as- de Honra, Vicente Landim de Macêdo, secretariada pela Eliane Pinto Macêdo, - Samuel Nunes Magalhães , - Isaac sociados para ouvirem músicas e histórias próprias da Associada Helvia Leite Cruz, sendo a mesa composta pela Luna Macêdo. Presidente da Diretoria anterior, Sra. Djanira Gonçalves ræegião cearense. Esta é a 4ª Diretoria da Associação, uma vez que a mesJá a segunda. Presidida por Vicente, deu ênfase às reuni- Brito. Francisco Henrique Macêdo, Presidente da Câmara ma foi fundada, no dia 26 de agosto de 2006, em Assemões e confraternizações, geralmente, deliciosas variedades Municipal da Cidade de Aurora, CE, José Jézer de Oliveira, bleia Geral, que contou com a presença de 57 aurorenses, de tapiocas, guloseima também característica do Ceará. idealizador e patrocinador da fundação da nossa AFA-BR realizada na Casa do Ceará em Brasília, já que referida Quanto à Diretoria chefiada por Djanira levou os as- e Dr. Vicente Nunes Magalhães, Diretor da Casa do Ceará. Associação foi incentivada pelo Dr. José Jézer de Oliveira, sociados e outros amigos para as alegres e maravilhosas A solenidade foi iniciada com a saudação à Bandeira de então Presidente da Casa. A primeira Diretoria, triênio festas juninas. A AFA/BR, em sua direção, além da Di- Aurora, com o canto do Hino da cidade nossa mãe. Com 2006/2019 foi presidida pelo Dr. Hamilton Leite Cruz retoria, do Conselho Fiscal e dos ex-Presidentes, conta Vicente Landim de Macêdo.
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Fotos Su Hellen
Osmar Alves de Melo reeleito para a presidência da Casa do Ceará para 2015/2019. Nas vices presidências, estarão Estenio Campelo e Adirson Vasconcelos
Presidente Osmar Alves de Melo.
Antonio Francisco Pontes, Presidente da Comissão Eleitoral João Jacob Gonçalves, Diretor de Promoção Social José Sampaio de Lacerda Júnior, Diretor Administrativo Financeiro Luiz Gonzaga de Assis, Diretor de Comunicação Social JB Serra e Gurgel, Diretor Jurídico João Rodrigues Neto, Presidente do Conselho Fiscal Evandro Pedro Pinto.
Angela Maria Barbosa Parente e Diretor de Obras Carlos Euler Currlin Perpetuo.
Presidente do Conselho Fiscal Evandro Pedro Pinto, Diretor Administrativo Financeiro Luiz Gonzaga de Assis, 1° Vice-Presidente João Estenio Campelo e Bezerra, Presidente Osmar Alves de Melo, José Cosmo Antunes, Diretor de Comunicação Social JB Serra e Gurgel, Membro do Conselho Fiscal José Colombo de Sousa Filho, Wanderley Girão Júnior, Suplente do Conselho Fiscal José Aldemir Holanda, Diretor de Promoção Social José Sampaio de Lacerda Júnior, Raimundo Teles Pontes e Antonio Florêncio da Silva.
Secretário da comissão eleitoral Bruno Augusto Rocha e 2° Vice-Presidente José Adirson de Vasconcelos.
Presidente Osmar Alves de Melo, Ezir Espindola, Desembargador João de Assis Mariosi,1° Vice-Presidente João Estenio Campelo e Bezerra.
Em eleição realizada no dia 19.09. com comissão eleitoral presidida pelo advogado Dr. João Jacob Gonçalves (Reriutaba) e integrada por Bruno Augusto Rocha e Maria Dione de Araújo Felipe, o advogado Osmar Alves de Melo (Iguatu) foi reeleito para à presidência da Casa do Ceará em Brasília, para mais um mandato de 2015/2019. Votaram 48 associados. A posse será dia 1º. de outubro. A Casa do Ceará fundada em 15 de outubro de 1963 teve até hoje os seguintes presidentes: Crisantho Moreira da Rocha,(1963-1977) Alvaro Lins Cavalcante (Pedra Branca),(1977-1981) Maria Calmon Porto (Fortaleza),((1981-1999) José Jezer de Oliveira (Crato) (19992007), Fernando César Mesquita (Fortaleza) (2004-2011) e Osmar Alves de Melo(2011-2019). A nova diretoria está assim integrada 1º. Vice , o advogado João Estenio Campelo Bezerra (Crateús). 2º. Vice, o historiador de Brasília, Adirson Vasconcelos (Santana de Acaraú), diretora de Planejamento, Maria Madalena S. Carneiro, Diretor de Saúde, médico Francisco Machado da Silva (Pedra Branca), diretor de Promoção Social, bancário José Sampaio de Lacerda Junior (Fortaleza), diretor de Educação e Cultura, professor Vicente Nunes de Magalhães (Aurora), diretor de Administração e Finanças, servidor público Luis Gonzaga
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2° Vice-Presidente José Adirson de Vasconcelos e Presidente Osmar Alves de Melo
Secretário da Comissão Eleitoral Bruno Augusto Rocha e 1° Vice Presidente João Estenio Campelo e Bezerra.
de Assis (Limoeiro do Norte), diretor de Obras, arquiteto Carlos Euler Curlin Perpétuo (Joinville/SC), diretor de Comunicação Social, jornalista João Bosco Serra e Gurgel (Acopiara) diretor Jurídico, advogado João Rodrigues Neto (Independência). Para os Conselho Fiscal foram eleitos. Titulares : tributarista Evandro Pedro Pinto (Fortaleza), presidente, administrador José Colombo de Souza Filho (Fortaleza) e professor José Ribamar Madeira (Itapipoca), Suplentes bancário José Aldemir Holanda (Baixio) , professora Lucia Maria Pereira Bastos (Matias Olimpio/PI)) e advogada Maria Aurea Assunção Magalhães (Fortaleza). Prestando contas Osmar Alves de Melo antes da votação, fez um rápido pronunciamento, ressaltando que em 2011 , a Casa atravessava um difícil momento. As contas eram fechadas com dificuldades, com Fernando Cesar Mesquita tirando dinheiro do seu bolso tendo até sido promovida uma rifa para pagamento de dividas. Os passivos eram elevados: CAESB, : R$ 247 mil, Formando Campeões, R$ 30 mil. De 2011 ao presente, houve acordo com a CAESB, todo o passivo foi pago e os ajustes do Projeto Fausto Nilo, no valor de R$ 110 mil foram cobertos com recursos próprios.
Diretor de Promoção Social José Sampaio de Lacerda Júnior.
Diretor Administrativo Financeiro Luiz Gonzaga de Assis, Diretora de Planejamento e Orçamento Maria Madalena da Silva Carneiro, 1° Vice Presidente João Estenio Campelo e Bezerra, Ezir Espindola, Desembargador João de Assis Mariosi.
Esposa do Presidente Ivete Magalhães, Presidente Osmar Alves de Melo, Irmã do Presidente Amália Alves Almeida, irmão José Alves de Melo.
A Festa Junina foi mantida e foram realizados os eventos Campanha do Agasalho e Natal Feliz com atendimentos sociais para as comunidades carentes do DF e Entorno com apoio do SESC/DF. Os atendimentos médicos passaram de 12 para 16 mil/ano, os odontológicos continuaram em 15 mil. O financiamento das despesas através de bazares produziu resultados. Passou de R$ 2.800 em 2012, para R$ 82 mil em 2014 e mais de R$ 400 mil em 2015. “A Casa hoje vive com equilíbrio financeiro, austeridade e superávit”. Acentuou que todas as regularizações legais foram obtidas, faltando apenas o certificado de entidade beneficente de assistência social do Ministério do Desenvolvimento Social. Foram recebidas doações de carros, televisões, computadores, lençóis, fronhas, mesas, cadeiras, livros. Destacou as da Receita Federal do Brasil que permitiram o saneamento das contas. Osmar anunciou que no seu novo mandato vai manter o ritmo de realizações, agilizar o processo de construção da nova sede , fortalecer e ampliar as relações institucionais com os governos federal, do Ceará e do DF, fortalecer e ampliar as reações culturais entre Brasília e Ceará e outras unidades federativas sobretudo com artistas plásticos para ampliar os acervos da Pinacoteca Álvaro Lins Cavalcante e o Museu de Artes e Tradições Maria Calmon Porto.
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Página da Mulher
Leituras IX
Regina Stella (*) Envolvida em bruma, enroscada em preguiça, parece que a cidade se recusa a despertar nestas manhãs. Abre-se a janela, e a vontade é de voltar, correndo, para a cama, que o aconchego dos lençóis combina com a paisagem lá de fora, quietas as árvores, acinzentado o céu, imóveis as papoulas. Um silêncio no ar, estranho ritual a preparar algo indefinido. Apenas um longínquo pipilar de pardais, um arrulhar nos nichos do telhado da casa vizinha, quebram a mudez da manhã. O Sol, parece, se mudou para outro quadrante e por nenhuma brecha do céu pôde espiar a Terra, transformadas as nuvens em espessa cortina. Perderam as árvores a densa folhagem, e desnudas, são silhuetas negras, perfiladas, ao longo das avenidas por onde passam os homens, de olhos fitos no relógio, sempre apressados. Escravos do tempo, o pensamento longe, arquitetando, ora um plano para abordar o chefe, ora catando os adjetivos para dar maior ênfase às pretensões, ora a programação para o dia inteiro. Nunca deixam de pretender, de desejar. E não têm olhos para a lição que a natureza oferece, no silêncio previamente combinado, no ritual que ora se inicia, sem alarde.
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Um verbo para o encantamento Enquanto se despoja de beleza, ressequidos os galhos das árvores, despidos de folhagem, pondo a descoberto as cicatrizes e os nódulos, fantástico ciclo de vida se processa no segredo da terra. Em grande azáfama, pelos vasos lenhosos do vegetal corre a seiva, ininterrupto fluxo da raiz ao caule, se distribuindo pelos galhos, milagre, se multiplicando pela árvore inteira. E o mistério da vida continua, mesmo esturricado o chão, aparentemente extenuado o vegetal, hirto, pedindo clemencia. Segredo, apenas se recolhe, hibernando, e pouco lhe importa a aparência e a aridez que empresta à paisagem. Armazena forças, restaura energia, e com avidez se prepara. Diferente do homem. Não improvisa. No exato momento, um pouco mais de tempo e explodirá, dará seu grito de festa. O angico que elegi para meu encantamento, entre centenas de árvores, se recolheu à insignificância! Pobre, perdeu o rendado por onde a lua vinha, curiosa, olhar os devaneios da Terra. Sem expressão, aniquilado, domina a paisagem na sua nudez e na sua desvalia, que nenhuma sombra dá, e onde nem mais os passarinhos estão fazendo ninho! Conheço os seus ardís. Como as demais árvores que
ora montam guarda, hirtas, ásperas, ressequidas, desnudas, apenas se trancou, se reservou, tenta se poupar, guardar força e energia. Um pouco mais de tempo, questão de dias, quando atingir o auge, explodirá! E então, num colorido vivo, terá sua apoteose. Como um rei se vestirá. Esplendoroso, na sua roupagem , dominará o vale, e altaneiro lançará ao vento seu manto de esperança. Explodirá em verde o angico do vale, numa tácita combinação com todo o mundo vegetal. Numa mensagem de cor, numa lição de vida. Engalanados para a festa. Vestidas de púrpura as quaresmeiras, em escarlate os flamboyants, de amarelo vivo os ipês, renderão seu preito à Primavera que vem a caminho. Há um segredo no ar, na quietude, velados sinais de que, breve, o festival irromperá. Uma magnificência que só a natureza sabe criar. Nas cores mais vivas, no matiz mais rico explodirá, solene, o coração da Terra. Primavera que chega, se renova, em cor, em generosidade, em doação, a alma das coisas. Ah! Pudesse o homem ter olhos para ver. Aprendendo a lição, pudesse também primaverar. Sem impor limites. Amar em plenitude. (*) Regina Stella (Fortaleza) jornalista e escritora
Nove momentos que determinam sua identidade antes mesmo de você nascer Mesmo antes de você respirar pela primeira vez, muito da sua aparência e dos seus comportamentos instintivos já estão formados. A maneira como você passa os nove meses se desenvolvendo de uma célula microscópica para um bebê humano influenciou no que você é hoje. Veja abaixo nove momentos decisivos nesse processo: Dia zero - O começo Um entre 250 milhões dos espermatozoides de seu pai conseguiu navegar por uma perigosa jornada para alcançar o óvulo de sua mãe, dando início ao processo que te formou. A “planta” do projeto que resultaria na sua pessoa já estava decidida desde a primeira célula. A célula vencedora define o seu gênero. Se ela contivesse um cromossomo X, você seria mulher. Se fosse um Y, homem. O espermatozoide e o óvulo, combinados, também criam uma novíssima coleção de genes. Leia também: Confira quantas horas você precisa dormir de acordo com sua idade Os efeitos desses genes foram se desenvolvendo ao longo de nove meses para criar um ser humano novo e único, você. Seis dias – Você sobreviveu ao primeiro round Aos seis dias de idade, quando você era apenas um amontoado de células, você passou por um teste crucial. Já no útero da sua mãe, para continuar a se desenvolver, você precisava se implantar na mucosa que recobre a face interna do útero. Mas mães são exigentes – um embrião precisa ser saudável para valer a pena ser nutrido pelos próximos nove meses. Cerca de dois terços dos embriões falham nesse estágio ou logo em seguida, e se perdem – muitas vezes antes de suas mães saberem que ele existiu. No seu caso, suas células liberaram sinais químicos que mostraram que você estava se desenvolvendo bem. E você foi ancorado no útero de sua mãe.
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Quatro semanas - A formação do rosto O formato de seu corpo, seus membros e suas feições mais reconhecíveis estão sendo formadas. Nos próximas semanas, o seu rosto se forma à medida que 14 estruturas diferentes se juntam para formar a base de intrincadas camadas de tecido. Leia também: Como é viver dentro de um submarino? Faces humanas têm a mesma estrutura, mas nenhuma é exatamente igual a outra. Cientistas acreditam que possa haver centenas de mudanças no seu DNA que, sutilmente, formam as suas feições. 11 semanas - Destro ou canhoto? Você começa a mexer seus membros na fase das 11 semanas. E começa também a dar preferência a um lado em detrimento do outro. Pode começar, por exemplo, a esticar um braço mais que o outro ou a sugar um dedo específico. Nove de 10 fetos se tornam destros - e um em 10 escolhe o lado esquerdo. Menos de 1% é ambidestro, ou seja, usa confortavelmente os dois lados. Sua opção também está ligada, claro, aos seus genes. 12 semanas - Impressão digital: uma em 7 bilhões À medida que você continua a se mover no útero, protegido pelo líquido amniótico, outro traços únicos estão se formando.As camadas de pele em volta dos
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dedos começa a enrugar, empurrando o líquido ao redor. Essa interação ajuda a moldar uma combinação única de arcos, espirais e loops da sua impressão digital. Mesmo gêmeos idênticos têm impressões digitais levemente diferentes. No final de 17 semanas, você tem um conjunto de 10 impressões digitais que vão te diferenciar das outras sete bilhões de pessoas no mundo. 14 semanas - Sistema imunológico e afinidade com outras pessoas Com o seu corpo tomando forma, você também vai desenvolvendo um sistema imunológico único. Com 14 semanas, você produz o chamado antígeno leucocitário humano (HLA, na sigla em inglês), que ajuda o seu sistema imune a reconhecer bactérias e vírus. Existem milhares de combinações possíveis de HLAs - que foram herdados de seus pais. Uma teoria sugere que as proteínas HLA podem mudar seu aroma para outros adultos e que nós escolhemos um parceiro sexual com uma composição muito diferente de HLA, ou seja, de cheiro diferente. Portanto, o seu sistema imunológico desenvolvido antes do nascimento pode ter alguns efeitos surpreendentes na vida adulta. 15 semanas - O quanto o seu cérebro é masculino? Nesse estágio, você já tem genitália masculina ou feminina, definida por uma dose de testosterona na oitava semana. Agora, uma segunda dose ajuda a formar seu cérebro. Um feto masculino recebe uma grande carga de testosterona, criada em seu testículo. Já o feto feminino recebe uma dose bem menor, vinda da glândula suprarrenal. Assim, aspectos da sua personalidade são conectados ao seu cérebro. Exposição a altos níveis de testosterona pode contribuir a um comportamento “mais masculino”, como assumir riscos.
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Leituras X O
Poligrota
É verdade matemática que ninguém pódi negá, que essa história de gramática só serve pra atrapaiá. Inda vem língua estrangêra ajudá a compricá. Meió nóis cabá cum isso pra todos podê falá. Na Ingraterra ouví dizê que um pé de sapato é xu. Desde logo já se vê, dois pé deve sê xuxu. Xuxu pra nóis é um legume que cresce sorto no mato. Os ingrêis lá que se arrume, mas nóis num come sapato. Na Itália dizem até, eu não sei por que razão, que como mantêga é burro, se passa burro no pão. Desse jeito pra mim chega, sarve a vida no sertão, onde mantêga é mantêga, burro é burro e pão é pão. Na Argentina, veja ocêis, um saco é um paletó. Se o gringo toma chuva tem que pô o saco no sór. E se acaso o dito encóie, a muié diz o pió: ‘’Teu saco ficô piqueno, vê se arranja ôtro maió’... Na América corpo é bódi. Veja que bódi vai dá. Conheci uma americana doida pro bódi emprestá. Fiquei meio atrapaiado e disse pra me escapá: Ói, moça, eu não sou cabra, chega seu bódi pra lá! Na Alemanha tudo é bundes. Bundesliga, bundesbão. Muita bundes só confunde, disnorteia o coração. Alemão qué inventá o que Deus criou primêro. É pecado espaiá o que tem lugar certêro. No Chile cueca é dança de balançá e rodá. Lá se dança e baila cueca inté a noite acabá. Mas se um dia um chileno vié pro Brasir dançá, que tente mostrá a cueca pra vê onde vai pará. Uma gravata isquisita um certo francês me deu. Perguntei, onde se bota? E o danado respondeu. Eu sou home confirmado, acho que num entendeu, Seu francês mar educado, bota a gravata no seu! Pra terminar eu confirmo, tem que se tê posição. Ô nóis fala a nossa língua, ô num fala nada não. O que num pode é um povo fazê papér de idiota, dizendo tudo que é novo só pra falá poligrota... (Autor desconhecido) NE; Enviado por Antonio Pinho, de Lisboa, Portugal
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Culinária
Os Cearenses na Cozinha de Brasília
Bar dos Cunhados Pedro Prado e Paulo Prado Donos (Hidrolândia) . Garçons: Raimundo Vieira(Viçosa do Ceará), Edmilson Bezerra,(Poranga), Johnson de Souza e Raimundo Pacheco (Santa Quitéria). CLN 115 BL B lj 21- Asa Norte 70772520Tel(61) 3274-7805. Bar dos Cunhados no Tênis do Iate Clube Damázio Prado (Hidrolândia) arrendatário – 3379 88763 - Setor de Clubes Esportivos Norte Trecho 2 Conj 4 -70800-120 Bar dos Cunhados Veleiro no Iate Clube Antonio Prado (Hidrolandia) arrendatário 3329 8761 e 3323 4207 Bartolomeu SHCS Quadra 409 bloco C loja 06 Asa Sul 70257-180 - 3442 1169 Chefe de Cozinha: Manoel Facundo de Almeida (Boa Viagem), Maitre e sommelier: José Felismino(Cintra Netro) (Fortaleza), Cozinheiros: Francisco Leonardo Nascimento (Bela Cruz) e Jose Alex Facundo de Almeida (Boa Viagem) Beirute Sul Proprietário Francisco Martins (Ipu) SCLS109 Bloco”A” Loja 2/4 – Asa Sul /3244 1717 Beirute Norte Maitre Bartolomeu Martins (f.cearense, Brasília) Coco Bambu – Frutos do Mar Gerente Geral Eilson Studart (Fortaleza) SCES Trecho 02, Conjunto 36, Parte CÍcone Parque/ 70200-002 Tel3224 5585 Brasília Shoping SCN Qd 05 BL.A , 70715-900 Tel 3038.1818 Baby Beef Rubaiyat - Brasília Maitres: José Itamar Ferreira Gomes (Acaraú) , Silva (Ubajara) e Manoel Adilson Rodrigues (Jijoca), Garçons: Luis Neto Alves Sobrinho (Acopiara) e Antenor Neto Rodriges (Ibiapina), bar-men: Doniseti Ferreira Chaves (Ibiapina), Hernandes Freitas (Jijoca) e Gleison Ferreira da Silva (São Benedito), Recepcionista Viviane Bezerra da Silva (Ipueiras). SCES – Setor de Clubes Esportivos Sul, Trecho 1, lote 1 A - Asa Sul - Tel 61. 3443.5000 Dom Francisco SCS 402 Bloco B Loja 09, 3224 1634 3226 1816 Gerente: Wilton Melo (Ipu); maitre : Valdemir Alves Souza (Sobral); garçon: Evandro Magalhães (Santa Quitéria) Dom Francisco ASBAC SCES Trecho 02 Conj 3226 2005 3224 8429 3223 5679 Garçons: Iran Matos (Independência), Antonio Melo (Independência) Antonio José Barbosa (Monsenhor Tabosa). Elisimar Barbosa Oliveira (Monsenhor Tabosa); barman Francisco Ricardo Ferreira Gomes (Nova Russas); cozinheiros: Romário Vieira Barreto (Tauá) Francisco das Chagas Gomes (Nova Russas) e Francisco Dermival dos Santos (Nova Russsas). Dona Graça Maitre – Carlos Ângelo Veras (Viçosa do Ceará) Vila Planalto, Acampamento Pacheco Fernandes Rua 07 casa 15 Vila PlanaltoTel 3032 1062 - 70804-270 Forneria Parole Maitre Antonio Carlos de Souza (Guaraciaba do Norte); garçon: José Gerardo de Azevedo (Guaraciaba do Norte); cozinheiros Juvêncio Fernandes Neto (Tauá), pizzaiolo Sinobilino Bezerra Neto (Tauá) e Adinaldo Fernandes Bezerra (Tauá). QI 9/10 Comércio Local Loja 39 Lago Norte - 3368 3337 Gero Gerente: Célio Freitas (Hidrolândia)
SHIN C04 Lote A Loja 22 Térreo Iguatemi 3577 5522 8110 0209 Galeteria Beira Lago Proprietário João Miranda Lima (Ipueiras) Gerente José Afonso Miranda Lima (Ipueiras). Maitre: Raimundo ,Chaves de Carvalho (Nova Russsas) garçons: Helio Martins de Melo (Nova Russsas) e Antono Alcimario (Pereiro(, churrasqueiro: Valdemar Araújo de Souza ; serviços gerais: Joaquim Rodrigues Ferreira (Nova Russas) SCES Trecho. 02 conjunto 33, ao lado do PIER 21 Ki Filé Maitre – Maitre,Roberto Cavalcante (f.Cearense), Chefe de Cozinha, RaimundoCavalcante (Sobral). Gerente Eduardo Vasconcelos (f.Cearense), garçons: Francisco Souza (Sobral) e Raimundo Mourão (Nova Russas), cozinheiros Alessandro Loyola (Sobral) e Francisco Ferrreira (Granja) 405 Norte, bloco A - lojas 55/65/69 - (61)3274-6363 Libanus Proprietário Narciso Martins (Ipu) SCLS 206, Bloco “C”,loja 36 – Asa Sul / 3244 9795 Moqueca do Chefe 404 Norte, Bloco B, Loja 2 3201 5204 Dono e Maitre – Francisco Holanda (Cascavel) Moranguim Chefe de Cozinha Francisco da Silva (Icó) SHIN QI2, Área Especial, Quiosque 14., Lago Norte/21947641 Em frente a loja do Pão de Açucar. New Koto (comida japonesa) SQS 212 loja 20 - 3346 9668 Garçons: Francisco Olavo Aprigio, Francisco Antônio Souza, Gelinaldo Brito e Genildo Brito, todos de Guaraciaba do Norte, José Wilson (Boa Viagem), cozinheiro José Aurélio (Sobral), sushiman Joao Carlos Nascimento e o ajudante dele, Eridam Lopes e o ajudante de cozinha Francisco Alan, todos de Guaraciaba do Norte Oxente Carne de Sol: Q 04, Conjunto J ite , Vila Buritis, Planaltina DF, 3389, 4005 - Copeiro Francisco das Chagas Aguiar (Sobral); -Pizzaiolo Narcelio Oliveira da Silva (Crateus); Cozinheira Edilza Maria (Fortaleza), ajudante de cozinha José Dalmir do Nascimento Sousa Prado(Sobral), -ajudante de cozinha Francisco Tadeu Prado Nascimento Sousa ( Sobral); Copeiro Manoel Bezerra Aguiar de Araujo ( Sobral) Pizzaria Primu’s Grill Dono: Chico Élcio (Sobral) - Quadra 4. Conj, A Lt 60 – 9627 6430 Planaltina - 73.300-000; Praliné SCLS 205 Bloco A – Loja 03 – ASA Sul 70.235-510 – 3443 7490, 3443 7090 Garçons – Antonio Viana (Crateús), Jose Osmar Gabalia (Sobral), Francisco Edmar Alves de Souza (Ipueiras) . Caixa: Eliane Paiva (Groaíras) Recanto do Norte Donos: Eudes Braga Mesquita e Antônia (Toinha) Celeste Jorge Mesquita (Santa Quitéria) 409 Norte , Bloco B, Loja 65 – Tel 3271 8722 Taperas Restaurante Maitre – Francisco Tadeu de Oliveira (Iguatu) Sobreloja do Garvey Palace HotelTel 33 28 4265 Trindade Maitre Luciano Rodrigues (São Benedito) Chefe de Cozinha - Francisco Alves (Acaraú) SHCS Quadra 105, Bloco D Conjunto 35 0 Asa Sul/ 73.344-000 - Tel 3242 4039 Verde Perto Proprietário Carlos Pontes (Nova Russas) EPTG Chácara 56 sentido Taguatinga-Guará (ao lado do Posto de Polícia) 3567 8217
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Voluntários da Casa do Ceará foram homenageados no Dia do Voluntariado
José Carlos de carvalho e esposa Lenira – Presidente do Conselho Fiscal da casa do Ceará, Antonia Lucia Guimarães – Superintendente da Casa do Ceará, Aldanilce Pereira de Lima – Agente Pastoral da Saúde da Igreja Nossa Senhora das Graças, Rosa Holanda– esposa do Dr. Aldemir Holanda, Ivete Magalhães – representando o Presidente Dr. Osmar Alves de Melo e Aldemir Holanda.
Todo o dia é dia de parabenizar os voluntários, mas 28 de agosto é um dia muito especial, é o dia Nacional do Voluntário, instituído pela Lei de 7.352, de 28 de agosto de 1985. Acredita-se que mais 35 milhões de brasileiros que escolheram fazer a diferença para pessoas e comunidades. Em sinal de gratidão e reconhecimento aos voluntários, A CASA DO CEARÁ EM BRASÍLIA, prestou uma homenagem, no salão de atividades da Pousada, ornamentado pela funcionaria Eloisa Marques do Nascimento com música ao vivo ao som de violão da cantora de MPB Sara Magal, uma apresentaçãoa de dança flamenca e cigana com o Professor Rafael Cortez, Marlete Queiroz e Erika Brulon da escola de dança Flamenca, homenagem esta aos voluntários pela sua colaboração e dedicação aos idosos moradores da Pousada Crysantho Moreira da Rocha.
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Idosos residente da Pousada
Voluntários Presentes no evento: • Rafael Cortez – Professor de Dança Flamenca acompanhado pelas dançarinas Marlete Queiroz e Erika Brulon. • Sara Magal – Cantora de MPB. • Romualdo Brito – professor de violão. • Gilson Moura de Aguiar e Aziza do CVV- Centro de Valorização da Vida • Dr. José Aldemir Holanda – Psicólogo e e Membro do Conselho Fiscal da Casa do Ceará. • Dr. José Eduardo Fatori – Acupunturista e Psicanalista. • Carlos Roberto Juvêncio e Maria Angélica dos Reis – da Igreja Nossa Senhora da Consolata. • Maristela Araújo - Igreja Nossa Senhora da
Consolata. Aldanilce Pereira de Lima – Agente Pastoral da Saúde da Igreja Nossa Senhora das Graças. • Creche Paula Frassinetti - representando a Irmã Deolinda Farias Dias estava presente a Assistente Social Oslima Ribeiro de Lima, Marileia Souza e Soeni Maria Cogo Meurer. • EMATEC – Curso Profissionalizante de Massoterapia e estética fácial, representado pela Coordenadora Marta Menezes Dourado da Fonseca e professor Tiago. Marcaram presença no evento: • Maria Áurea Magalhães (Fortaleza), Diretora de Promoção Social; José Carlos de Carvalho (Itapipoca) e esposa Lenira – Presidente do Conselho Fiscal da casa do Ceará; Ivete Alves de Melo – representando o Presidente Dr. Osmar Alves de Melo e Rosa Holanda – esposa do Dr. José Aldemir Holanda, Antonia Lucia Guimarães – Superintendente da Casa do Ceará
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• Dança Flamenca