Revista Diz Aí Comunidade 18

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Fonte foto internet

Por - Sheila Castro

Foi-se o tempo em que o glamour inatingível das passarelas ditava os rumos da moda de cima para baixo. Mundo afora, as periferias mostram que pouco importa o tamanho da grife o negócio é ter estilo. Tênis, bonés, joias e calças largas. Quando o assunto é moda e periferia em Nova York, basicamente estamos falando da cultura hip-hop. Marginalizado em seus primórdios, o estilo do gueto foi aos poucos se tornando dominante e não é exagero dizer que hoje influencia meio mundo. Ainda que o hip-hop tenha tomado conta das ruas de toda Nova York, é na periferia que as novas tendências seguem surgindo. Não dá para falar de looks urbanos sem mencionar uma das maiores cidades do mundo. Quem caminha pelas ruas de São Paulo se impressiona com o amálgama de estilos que formam o avesso do avesso do avesso do avesso. E a diversidade pulsa ainda mais forte na periferia. A galera se vira com o que tem e, lançando mão da criatividade característica dos brasileiros, expressa no modo de se vestir toda a potência existente onde o filho chora e a mãe não vê. Aquele papo de funk ostentação pouco se criou pelas favelas e periferias do Rio de Janeiro. Para quem é dos morros e subúrbios cariocas, o estilo que pega mesmo é o chavoso. O nome deriva da expressão ―chave de cadeia‖ – ou seja, a molecada com uma certa propensão a arrumar problema. O termo foi ressignificado para um lance mais positivo: mostrar que os ―chavosos‖ são os que se vestem bem, que se destacam na favela montando um visual chamativo e colorido mesmo com pouca grana no bolso. De preferência com meia na canela, é claro. 20

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