Luca Bassani
C A M P E O N AT O PA U L I S TA D E D R I F T
Adrenalina sobre quatro rodas
Sérgio Hanazono
Com os meus pais, fui ao Japão em 1994. Tinha apenas 14 anos de idade. Eles foram na condição de dekasseguis – brasileiros, descendentes de japoneses, que se estabelecem naquele país para trabalhar. Ao acompanhá-los, ainda com pouca idade, no começo procurei estudar o idioma japonês. Depois, com 18 anos, comecei a trabalhar. Em 1998, o Drift já era uma febre no Japão e, como já gostava desse esporte a motor, procurei me aproximar, conhecer os carros de tração traseira, aprender a pilotar e também sobre mecânica, até associar-me à liga D1 Grand Prix Japan. Foram necessários 10 anos até chegar a este ponto. Até então, tudo que havia feito não passava de um sonho. Quem sabe um dia pudesse estruturar um campeonato no Brasil. Nesse intervalo, conheci a Fernanda Kise, minha mulher, que se engajou no projeto. Foi ela, na realidade, quem deu o acabamento final. Assim, estudamos todo o procedimento de importação, formamos 10 pilotos, estruturamos uma oficina e passamos a realizar shows de drift a partir de 2008. Mais quatro longos anos até sair do papel o 1º Campeonato Paulista de Drift, um sonho realizado. E agora podemos almejar muito mais.
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DRIFTeditorial
DS Brasil Series – 1º Campeonato Paulista de Drift – Editado pela Textofinal de Comunicação Integrada [3849-8633]. Editor: Koichiro Matsuo. Redação: Isabella Sih, Juliana Sih e Priscilla Santos.
Sonho realizado
DRIFThistória ... ...
Origem nipônica Ao pé da letra, drift quer dizer “à deriva”. No esporte a motor, porém, drift significa pilotar um carro em alta velocidade, quase o tempo todo “andando” de lado. Nesta modalidade esportiva, destacam-se aqueles pilotos que conseguem demonstrar suas habilidades técnicas e muita agilidade na condição de absoluto controle sobre as máquinas. O drift nasceu no Japão nos anos 70, por meio do lendário piloto Keiichi Tsuchiya, conhecido mundialmente como “the drift king” [o rei do drift], responsável pela notoriedade internacional desse esporte a motor. Keiichi, aliás, é uma
unanimidade. Pilotos e apaixonados por drift entendem que, até hoje, não surgiu um “drifter” capaz de superá-lo. Foi ele também, ao lado de Daijiro Inada, dono da revista Uption, uma das maiores publicações especializadas em drift do mundo, quem criou a liga “D1 Grand Prix Japan”, primeiro campeonato oficial da modalidade no mundo, que originou o surgimento de várias ligas independentes na Europa, Estados Unidos e agora no Brasil. A dupla foi responsável ainda pelo Campeonato Mundial de Drift.
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Conheça os pilotos do Campeonato Paulista de Drift
Trinta e três carros importados e oito nacionais compõem o 1º Campeonato Paulista de Drift. Para que você os conheça, um breve curriculum de cada um deles.
SÉRGIO HANAZONO CARRO 01 ➢ Aprendeu o drift
importados
nas montanhas do Japão durante 12 dos 14 anos que viveu naquele país. Sérgio, 31 anos, presidente da empresa e professor da escola da DS. Hanazono é ainda diretor de drift da FASP – Federação de Automobilismo de São Paulo e atualmente pilota um Toyota Mark II 110.
FLAVIO SEKI CARRO 02 ➢ Conhecido nas pistas como Didi, o
piloto Flavio Seki Hideyoshi, de 30 anos, nascido em Castinlho, no interior de São Paulo (SP), tem vasta experiência quando o assunto é andar de lado. Morou no Japão por 12 anos e foi por lá, ao absorver a cultura nipônica, que conheceu a modalidade. “Foi paixão. O que mais me impressiona é a precisão do esporte, ao fazer uma ultrapassagem, acertar o ângulo de entrada”, conta.
CESAR URNHANI CARRO 03 ➢ Famoso por sua performance como piloto e comentarista do programa Auto Esporte/TV Globo, Urnhani, de 44 anos, conheceu o Drift pela televisão. Na época já andava de lado, mas não sabia que estava praticando a modalidade. Para ele, ter a habilidade de colocar o carro para “andar” de lado, escorregando e praticando um verdadeiro “balé” no asfalto é o lado mais prazeroso do drift. Residente em Paulínia (SP), Cesar acredita que o Campeonato Paulista de Drift veio em uma boa hora.
MARCO BLASUTTA CARRO 04 ➢ O piloto italiano
GUILHERME WINAND CARRO 09 ➢ Mais conhecido como “Francês”, o piloto Guilherme Rebouças Winand, ingressou no esporte neste ano, durante a 1a Etapa do Campeonato Paulista de Drift, em Piracicaba. Desde então, só vem elevando seu nível técnico e aprendendo a cada etapa com os competidores. Nascido em São Paulo (SP), Winand tem boas perspectivas para temporada. “Meu objetivo este ano é aprender com os pilotos mais experientes para daqui um tempo, brigar de igual para igual”, diz.
HELIO FAUSTO CARRO 10 ➢ O piloto Helio acredita no 1º Campeonato Paulista de Drift para atingir a profissionalização da categoria. Helinho compete a bordo de um BMW M3 Turbo, com 380 cavalos de potência. O profissional com 15 anos de carreira, que passou pela Stock Car, criou a equipe BSB Brasília há 5 anos. “O desafio da “derrapagem controlada do carro” fez da paixão de criança uma realidade”, ressalta.
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Blasutta participou da 2ª etapa. Experiente, competiu a bordo de um Toyota Chaser, de 400 cavalos. O italiano começou no drift há cinco anos ao encarar o Campeonato Italiano (National Italian Championship). Em 2010/2011, Marco treinou ao lado da equipe Team Orange, no Japão, e atualmente conta com certificação para atuar como treinador na modalidade.
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CARRO 11 ➢ Além da música e da arte de interpretar, Filipe Kartalian Ayrosa Galvão, 21 anos, é apaixonado por automobilismo. O cantor e ator Fiuk pilota um Nissan SkyLine R34, azul. “Quando assisti, pela primeira vez, às manobras de drift em filmes, fiquei maluco para conhecer os carros de perto. Fui atrás e conheci o pessoal da Drift Show, com quem fiz alguns treinos, em sessões reservadas. Testei e me apaixonei por esse esporte a motor”, conta.
MARCIO “CABEÇA” CARRO 12 ➢ Piloto experiente
em outras modalidades de esporte a motor, Marcio Vieira, 34 anos, conhecido por “Cabeça”, é um novato no drift, que só apreciava por meio de vídeos japoneses da liga “D1 Grand Prix Japan”. Este ano, Cabeça teve a oportunidade de estrear no esporte na etapa inaugural de Piracicaba (SP). “Com o Campeonato Paulista de Drift, o Brasil começou com o pé direito em organização, estrutura e, sem dúvida, já ficou marcado na história do automobilismo brasileiro”, afirma.
DIEGO SHIMAZAKI CARRO 14 ➢ Nascido em Marília (SP), o piloto Diego tem apenas 26 anos e muitos quilômetros rodados nas pistas de drift. Durante sete anos, praticou a modalidade no Japão, onde residiu por 20 anos. Tornou-se profissional no assunto e, hoje, dono de veículos da Equipe DS Alexandria, faz parte do time que anda na ponta e lidera no Campeonato Paulista de Drift.
FLAVIO MATSUSHITA CARRO 15 ➢ Nascido em Goioere (PR), Flavio,
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39 anos, conheceu o drift no Japão onde residiu por 25 anos. Nesta época, era piloto de arrancadão até conhecer o esporte. Para ele, o drift é a modalidade mais didática e técnica que existe no automobilismo. Reside na Argentina, onde é piloto profissional e disputa campeonatos também em países sul-americanos.
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MAURO FUKITA CARRO 17 ➢ Fukita tem 27 anos e se apaixonou pelo drift durante o período que morou na terra do sol nascente. De volta ao Brasil em 2011, vem integrar a equipe da DS, da qual seu irmão Michel já fazia parte. Mauro pilota um Nissan Silvia S13 Prata.
RAFAEL NASCIMENTO CARRO 21 ➢ O filme Velozes de Furiosos, lançado em 2001, foi o grande responsável por Rafael, conhecido como Rafinha, acelerar nas pistas de drift. No ano passado, estreou com seu próprio veículo, um Nissan Skyline R33, em um show realizado pela DS. Para ele, a iniciativa da DS Brasil Series em fazer um Campeonato abre as portas para a modalidade no Brasil.
LUCIANO SHIRATORI CARRO 25 ➢ Foi no Japão,
onde morou por 11 anos, que o piloto Shiratori, 40 anos, não só conheceu o drift como praticou durante oito anos e conquistou títulos e colocações importantes em campeonatos regionais no país nipônico. A bordo de seu Toyota Mark II, Luciano demonstra confiança e excelente desempenho ao executar as manobras, com alto nível de precisão.
RAFAEL MAEOKA CARRO 28 ➢ Achou impossível realizar as manobras deste esporte a motor nos vídeos da Best Motoring e, assim, resolveu tentar nas pistas de kart em Santos (SP). “Adorei, uma emoção incrível”, expressa Rafael, 25 anos, impressionado pelo domínio necessário sobre o carro, exigido no drift.
JONATHAN NUNES CARRO 31 ➢ Pertencente a equipe Drift Santa Catarina, o piloto Jonathan, de 29 anos, residente em Blumenau (SC), se apaixonou pelo drift após ter a sua primeira aula com a equipe da DS. “O que seria brincadeira, virou uma paixão. Me surpreendi com o estilo de andar com o carro solto, da necessidade de precisão nas curvas. Incrível!”, comenta. Sua estreia no 1o Campeonato Paulista de Drift foi na segunda etapa, em Franca (SP).
CESAR TAKEMURA CARRO 32 ➢ Desde os 9 anos de idade, Cesar acumula experiência como espectador e piloto nas pistas de drift. Conheceu o esporte assistindo aos carros andando de lado nas pistas de montanha no Japão. Hoje, com 26 anos, Takemura leva na bagagem campeonatos nipônicos e ainda foi escalado para arbitrar as duas primeiras etapas do Paulista de Drift, promovido pela DS. Na prova seguinte, deixou de avaliar os competidores e partiu para disputar com eles.
MASAMI TAKAMORI CARRO 35 ➢ O paulistano Masami, ao morar oito anos no Japão, não perdeu a oportunidade de conhecer o drift de perto. Nas pistas, o que mais impressiona Takamori é a adrenalina que a modalidade proporciona. Também conhecido como “Bola”, o piloto de 31 anos desfila pelas pistas brasileiras a bordo de seu Nissan Silvia S14 há 10 meses.
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de 20 anos, teve seu primeiro contato com o drift por meio da tela do vídeo game. No entanto, sua paixão foi de fato despertada quando viu de perto os carros da DS Brasil Series, andando de lado pela primeira vez no início do ano, em Piracicaba (SP). “Hoje, fazer parte do time da DS é um sonho realizado”, diz.
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THIAGO BORTOTO CARRO 36 ➢ Aos 13 anos, Thiago Bortoto Pinheiro Martins,
MARCELO “BODÃO” CARRO 38 ➢ O piloto Marcelo Junior dos Santos, conhecido por Bodão, de 34 anos, sempre foi um apaixonado por automóveis e pilotar um carro de drift, para ele, é sinônimo de adrenalina. “Gosto do poder e do domínio que exercemos sobre o automóvel”, diz. Nascido em Marília (SP), Bodão morou no Japão por 13 anos e foi por lá que conheceu a modalidade.
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LUIZ “GUY” CARRO 43 ➢
RODOLFHO CUNHA CARRO 47 ➢ Da equipe Cobra
Drift, Rodolfho teve incentivo de um grande amigo para conhecer de perto o significado de drift e os grandes desafios que a modalidade proporciona. Residente em Brasília/DF, Cunha não poupa esforços para melhorar cada vez mais seu veículo e seu nível técnico sobre a máquina.
A bordo de um Nissan Skyline R33, o piloto Wagner Luiz de Almeida, conhecido por Guy, aplica toda sua técnica para domar o veículo e fazer o melhor traçado. Nascido em Sorocada (SP), iniciou em 2009, em um show de drift em Paulínia (SP), com a equipe da Drift Show.
WILLIAN GOBATTO CARRO 51 ➢ Nascido em
Birigui (SP), o piloto Gobatto conheceu o drift em sua forma mais orginal: no Porto de Nagoya, no Japão, país onde residiu por 13 anos. E quando se deparou com um esporte que foge dos padrões, já que segundo ele, o carro vai pra direita enquanto o volante pra esquerda, decidiu aprender.
MICHEL FUKITA CARRO 53 ➢ Michel, 29 anos, aprendeu o esporte nas montanhas durante o período que morou no Japão. Com 6 anos de experiência no drift, Fukita atualmente pilota o carro Toyota Mark II 90.
MARCELO CONSERVANI CARRO 66 ➢ Faz dois
anos que o piloto nascido em Votorantim (SP), José Marcelo, de 35 anos, acelerou e praticou a modalidade pela primeira vez e não mais parou. Definitivamente, pois logo foi melhorando o desempenho de seu veículo, um Toyota Suarer, de 300 cavalos, dotado de turbo intercooler. Conservani disputou pela primeira vez no Autódromo de Piracicaba (SP), no início do ano, e vem elevando o nível técnico a cada etapa.
DIEGO HIGA CARRO 69 ➢ O
piloto Diego, 16 anos, usou o kartódromo perto de sua casa, em Santos (SP), para se aperfeiçoar na modalidade. Para ele, a paixão pelo drift está no sangue e poder, no Brasil, competir é uma grande satisfação, ainda mais com o alto nível dos campeonatos da Drift Show.
MARCELO YOSHIMOTO CARRO 77 ➢ O piloto Marcelo,
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de 38 anos, conheceu o drift no Japão durante os 16 anos que morou no Oriente. Yoshimoto pratica a modalidade há 14 anos. Além de fazer parte da equipe Drift Show a bordo de um Toyota Mark II, ele é preparador dos carros.
CLAUDIO KISE JÚNIOR CARRO 88 ➢ Claudinho, como
é conhecido, 24 anos, é um dos jovens pilotos da escola Drift Show. Conheceu e aprendeu a gostar de drift por meio de vídeos, especialmente do campeonato japonês. Quando os organizadores trouxeram os primeiros carros, Kise, passou a “driftar”. Em sua opinião, o Campeonato Paulista de Drift é a iniciativa mais importante para o crescimento e consolidação do esporte no Brasil, que se mostra cada vez mais popular.
GUSTAVO TAGAMI CARRO 73 ➢ LUCAS FERNANDO DE PAULO CARRO 89 ➢ Lucas, de 23 anos, era só um telespectador dos campeonatos de drift até conseguir realizar seu sonho de ter um carro próprio e poder disputar com as feras da modalidade que estão no Brasil. A bordo do seu Skyline, estreou nas pistas em junho de 2012, na 3a etapa do Campeonato Paulista, em Paulínia (SP).
TIAGO ROMANO CARRO 99 ➢ Ele foge dos padrões e por isso marca forte presença a bordo de seu Nissan 350 Z nas pistas brasileiras. O piloto, mais conhecido como Tiaguinho, é um exemplo de perseverança. Conheceu o drift por meio da internet, recurso que utilizou para absorver toda parte teórica de como pilotar uma máquina e fazer o carro andar de lado. A parte prática veio com o auxílio da DS Drift Show. Hoje, Romano disputa com louvor os pódios dos campeonatos.
“JUBA” NISHIMURA CARRO 174 ➢ De longe, Elson
Massaghi Nishimura Junior, 32 anos, é o piloto mais simpático e popular do Campeonato Paulista de Drift. Para “Juba”, como é conhecido, não tem tempo feio. Ele é reconhecido como um dos pilotos mais hábeis da categoria, embora pratique drift há somente dois anos.
importados
nacionais
SANDRO FREITAS CARRO 229 ➢
AMYL OHARA CARRO 1000 ➢
WILSON JÚNIOR CARRO 07 ➢ Wilson,
39 anos, conhecido como “Grandão”, ingressou no drift neste ano e aprendeu a driftar com amigos na pista de Boituva com cones imitando manobras de vídeos. “Meu objetivo este ano é aperfeiçoar e chegar ao final do campenato entre os 3 primeiros lugares”, complementa.
MARCELO RODRIGUES CARRO 13 ➢ Marcelo, o Tuba, 42 anos, da equipe Livia Racing, conheceu o drift na cidade de Toyokawa, no Japão. Tuba “corre” com um Chevette amarelo, devidamente preparado. Desde 2007, ele pratica drift. Para ele, “simplesmente apareceu no Brasil alguém de raça e coragem com um único objetivo: organizar um campeonato, o que não é fácil por se tratar de Brasil”.
PANTELIS LEDAKIS CARRO 17 ➢ Nasceu em Sobradinho
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RODRIGO MEIRELES CARRO 78 ➢
cio
(DF) e foi através da internet que viu o drift pela primeira vez. Na ocasião, Pantelis, ficou encantado e começou a fazer apresentações da modalidade, porém de baixa velocidade. Hoje, dono de um Omega da Stock Car, Pantelis prevê crescimento pessoal e profissional participando do DS Brasil Series.
O piloto goiano Meireles subiu no degrau mais alto do pódio em sua estreia na categoria Nacional, com o seu Chevrolet Omega, na 2ª etapa realizada em Franca (SP). Rodrigo conheceu a modalidade esportiva por meio de filmes na internet e durante uma exibição da Drift Show em Brasília. Em dezembro do ano passado, ele decidiu “experimentar” e gostou.
MÚCIO EUSTÁQUIO CARRO 100 ➢ Múcio realiza em Brasília, há 20 anos, manobras radicais com automóveis. E, para ele, migrar para o drift foi o caminho natural para sua profissionalização na modalidade. Começou em 2009, durante um show e não mais parou. Conquistou o posto mais alto do pódio na etapa de Paulínia (SP).
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FAMERSON CORDEIRO CARRO 173 ➢ A paixão do filho João Vitor Cordeiro, de 9 anos, é o que motiva o piloto e pai, Famerson, de 37 anos, a encarar as pistas e praticar com amor o esporte. Há dois anos, Famerson trocou o burnout pelo drift incentivado pelo filho que sonha disputar os campeonatos nipônicos.
DANILO “BOSS” CARRO 179 ➢ Danilo Cesar Santana, de 32 anos, define o drift como uma modalidade séria que só se aperfeiçoa com quilometragem rodada. Danilo Boss, como é conhecido, ingressou nas pistas em 2012, em Boituva (SP), e até hoje disputa na categoria Nacional a bordo de um Omega CD.
“KIKO” MOTTA CARRO 302 ➢ Entusiasta do automobilismo brasileiro, Marcus Lemos Motta, 30, nascido no Rio de Janeiro (RJ), começou a sua carreira no Kart aos 12 anos. Atualmente, Kiko Motta como também é chamado, se dedica ao drift e mostra, na prática, sua experiência a bordo de um carro preparado para “andar de lado”.
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As máquinas do drift No segundo semestre de 2012, a Drift Show – empresa que fundou a DS Brasil Series, responsável pelo 1º Campeonato Paulista de Drift – vai trazer do Japão mais 12 carros de tração traseira, com o objetivo de ampliar a competição e o número de pilotos para a temporada do próximo ano. O novo lote de carros japoneses soma-se às atuais 32 unidades já existentes no País, hoje compostas de modelos como Nissan Silvia [S13, S14 e S15], Nissan 350Z, Nissan Skyline [R33, R34 e GTR], Nissan 180SX, Toyota Chaser, Toyota Mark II [90, 100 e 110], Toyota Soarer, BMW Série 3 e BMW M3.
Carros japoneses e europeus trazem sob o capô motores cujas potências variam de 300 hp a 550 hp, todos turbinados, bicos injetores esportivos, filtro esportivo, bomba injetora esportiva, intercooler, radiador esportivo, embreagem esportiva de cerâmica, suspensões especiais, rodas esportivas de 17” ou 18” e pneus com perfis de 225/45/17 a 255/45/18.
de máquinas e pilotos, na categoria Nacional a competição ainda tem poucos carros e pilotos. Por este motivo, os organizadores estudam a possibilidade de abrir o campeonato a carros nacionais modificados, ou seja, originais com tração dianteira adaptando-os para tração traseira. “Temos vários carros nacionais modificados”, afirma Hanazono.
“Na realidade, na prática do drift não há uma correlação direta entre potências de motores como no automobilismo convencional. Mas, sem dúvida, os propulsores mais fortes têm mais chances no processo de aproximação ou de ´desgarramento´ do oponente”, explica Sergio Hanazono, para quem o sistema de frenagem é tão importante quanto à motorização. “De qualquer maneira, o drift é emocionante porque sobressaem, acima dos itens técnicos dos carros, as habilidades do piloto”, enfatiza.
Apesar do reduzido número de competidores na categoria Nacional, os carros brasileiros não ficam muito atrás. Houve clara evolução entre a 1ª e a 3ª etapa, quanto à preparação dos motores e também dos pilotos.
Por conta do regulamento do Campeonato Paulista de Drift, registrado junto à FASP – Federação de Automobilismo de São Paulo, que exige carros com tração traseira originais, enquanto na categoria Importados há número apropriado
Nessa categoria, a temporada conta com Chevette, mas com motor de Opala de 3.0 litros, turbinado, que gera 300 hp; Omega com motor de 3.0 litros, cujas potências variam de 300 hp a 410 hp; Maverick, motor V8, de 420 hp; e até um Omega Suprema com potência próxima a 600 cv.
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As técnicas Driftar é levar seu carro além dos limites, fazer o carro deslizar de lado, manter e controlar a derrapagem. É preciso equilibrar a velocidade e o ângulo de entrada nas curvas para que o carro atinja o ponto limite entre estar de lado e “rodar”. Na sequência, algumas técnicas do drift. Mas sempre é bom ressaltar que quaisquer manobras devem ser executada em locais apropriados e controlados. Jamais em ruas ou avenidas. Power over – é o drift por aceleração. É só usar a aceleração para deixar seu carro de lado. Para fazer isso, acelere bastante e vire totalmente o volante para esquerda ou para direita. Tente girar o carro em círculos no mesmo lugar, isso vai ajudá-lo a treinar. Side – Utiliza-se o freio de mão. Se você estiver numa reta, o carro irá girar rapidamente. Se você já estiver no drift, usando o freio de mão irá travar as rodas traseiras, aumentando o ângulo do drift. Lembre-se que o ângulo baseia-se no tempo que você segura o freio de mão. Se você segurar por muito tempo, pode acabar girando. Acertar um drift de frenagem lateral depende do travamento das rodas traseiras. Tente misturar a frenagem lateral com aceleração . Braking – Entre em alta velocidade, solte o acelerador e freie! Segure um pouco e volte ao acelerador. Se você não fizer corretamente, o carro vai rodar. Pisando no freio faz o peso do carro mudar para a dianteira abruptamente. Isso faz a traseira perder tração e começar a girar. Esse é o mais difícil.
Acel off – É exatamente o que parece, para essa técnica , você precisa soltar o acelerador para fazer o carro rodar. Entre em uma curva mais rápido do que deveria. Garanta que o acelerador esteja pressionado. Quando estiver pronto para virar, solte o acelerador, nesse momento o carro deve girar com a suspensão traseira ficando mais leve (a transferência de peso ocorre como no drift por frenagem, só que mais sutil). Vire na direção contrária e aproveite. Você pode unir essa técnica com outras, como a de redução de marcha pra aumentar a distância do drift ou o ângulo. Use isso para grandes driftS e para acertar o ângulo. Feint [ou pêndulo] – Trata-se de uma técnica que os drifters aprenderam com corridas de rally. Entre na curva por dentro ao invés de entrar por fora. Isso te dá mais espaço para fazer Feint drift. Em lugar de virar para o “canto” da curva, vire para fora e logo volte para dentro. Fazendo isso, você carrega um dos lados do carro e joga o peso para o lado desejado. Vire na direção contrária quando sentir a traseira saindo. Se estiver tendo problemas, solte o acelerador no momento em que volta para a curva. Manji – O Feint é muito útil para o Manji drift. Encontre uma boa reta e ganhe velocidade. Quando estiver rápido, vire para um lado, solte o acelerador (isso fará a traseira rodar rapidamente) e vire para o outro lado pisando no acelerador
simultaneamente. Quando o carro girar para o outro lado, repita o procedimento soltando o acelerador e virando para a primeira direção. Um jeito fácil de pensar nisso é (liga, desliga, liga, desliga). Solte o acelerador virando para um lado, acelere virando para o outro. Lembre-se, essa técnica é muito difícil, até mesmo para profissionais. Dirt drop – Isto é feito deixando sair os pneus traseiros fora da pista (na sujeira) para manter ou ganhar o ângulo de drift sem poder ou velocidade perdedora e para ajustar-se para a curva seguinte. Somente permissível nas pistas sem barreiras e alinhadas com sujeira ou outros materiais que posam perder a tração. Clutch kick – Kicking, pise rapidamente na embreagem dentro da curva sem tirar o pé do acelerador. Use esta técnica para ajustar o ângulo do drift, muito utilizado quando há necessidade de um ajuste muito rápido na trajetória. Choku dori – Técnica utilizada principalmente depois de viradas longas, diminuir bruscamente a marcha do carro e executar drift por redução de marcha. O carro está jogado em um Feint e, balançando para trás, a outra maneira em velocidades muito elevadas, quando o condutor usar o Braking manter a linha dos carros e estender à tração.