COMUNIDADE RESIDENCIAL INTERGERACIONAL

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Trabalho de Graduação em Arquitetura e Urbanismo _ Silvan Barbosa de Lima _ UNIP Marquês

e se morássemos

todos juntos?



Universidade UNIP - Marquês Faculdade de Arquitetura e Urbanismo Plano Urbanístico da Área de Intervenção e Proposta Projetual de Moradia Social Compartilhada no Bairro da Bela Vista/Bixiga Silvan Barbosa de Lima - RA B5671G-0 Orientador Prof. Rafael Ayres Dias São Paulo Jun/2020


“Aos meus pais, Pedro e Nair, que na sua origem humilde, encontraram forças para enfrentar cada desafio que a vida impôs, e superaram inúmeras dificuldades para que eu pudesse chegar até aqui. Essa vitória é de vocês.”


[ agradecimentos] Aos meus pais, Pedro e Nair, meus exemplos na vida, por todo amor, carinho e dedicação, pois sem eles não teria conseguido essa vitória. Aos meus irmãos e familiares, pelo apoio incondicional e pelo amor que nos une. Aos meus queridos Paulo Henrique e Juraci, minha fonte de inspiração pelas suas trajetórias, pela presença e cuidado, fundamentais na minha vida e na minha história. Aos meus colegas de sala pela amizade, companheirismo, madrugadas acordado nas vésperas de entregas e pelas boas risadas que demos juntos. Aos meus professores, desde a minha primeira educadora, Dª Zezita (in memorian), que me ensinou a ler e escrever, gratidão infinita pela dedicação e pelo empenho com que exercem a sua sagrada profissão. A todos os professores da UNIP, cuja sabedoria transmitida pelos seus ensinamentos me formaram Arquiteto. Um agradecimento especial ao Prof. Rafael Ayres Dias, que através de sua orientação fez toda a diferença no resultado desse trabalho.


[ resumo]

04

Este material de pesquisa acadêmica visa estudar e compreender o perímetro proposto para implantação de um projeto de Habitação Intergeracional Compartilhada em um terreno no Bairro do Bexiga/Bela Vista, na região central da cidade de São Paulo. Através do entendimento do tecido urbano, a elaboração dessa proposta visa integrar a cidade ao conjunto habitacional, atendendo a necessidades gerais e/ou específicas, incluindo a elaboração de um plano de massas e um projeto urbano que possa somar a este conjunto, revisando conceitos e trazendo contemporaneidade ao ato de morar. As questões de sociabilidade e sustentabilidade dão o tom a todo o trabalho, e relembram a profunda necessidade do cidadão de conviver em comunhão e compartilhar o espaço coletivo.


[ abstract] This academic research material aims to study and understand the proposed perimeter for a Shared Intergenerational Housing project on a plot of land in the neighborhood of Bexiga / Bela Vista, in central region of SĂŁo Paulo. Through the understanding of the urban web, the elaboration of this proposal aims to integrate the city into the housing development, meeting general and / or specific needs, including the elaboration of a masterplan and an urban project that can add to this complex, reviewing concepts and bringing contemporaneity to the act of living. The questions of sociability and sustainability set the tone for all work, and recall the deep need of citizens to live in communion and share the collective space.

05



“Menos é mais.” Mies Van Der Rohe


[ sumário ]

1 2

apresentação

3

proposta urbana

diagnósticos

Introdução................................................................................................................12 Localização..............................................................................................................13 Vista Aérea do Perímetro...................................................................................15 Linha do Tempo..............................................................................................18,19 Evolução Urbana.............................................................................................20,21 Equipamentos Públicos.......................................................................................22 Índices Urbanísticos.............................................................................................23 Hipsometria.............................................................................................................24 Clima, Ventos e Hidrografia..............................................................................25 Uso e Ocupação.....................................................................................................26 Cheios e Vazios.......................................................................................................27 Densidade Demográfica.....................................................................................28 Vulnerabilidade Social.........................................................................................29 Classificação Viária................................................................................................30 Transporte Público, Ciclovias e Metrô............................................................31 Zoneamento............................................................................................................32 Patrimônio Tombado...........................................................................................33 Áreas Verdes............................................................................................................34 Legislação.................................................................................................................35 Relatório Fotográfico......................................................................................36,37 Justificativa..............................................................................................................40 Projeto Urbano.......................................................................................................41 Plano de Intervenção...............................................................................42,43,44


4

fundamentação do tema

5

estudos de caso

6

estudo de viabilidade proposta projetual

7

8 bibliografia

Escolha do Tema..............................................................................................48,49 Conceito e Justificativa...................................................................................50,51 Habitação Social no Brasil.............................................................................52,53 Referências Projetuais....................................................................................54,55

Nanterre....................................................................................................................58 Capitol Hill................................................................................................................62 Lourmel......................................................................................................................66 Tabela Comparativa..............................................................................................70 Justificativa...............................................................................................................71 Índices Construtivos.............................................................................................75 Volumetrias e Croquis..........................................................................................75 Proposta Projetual.............................................................................................78,79 Inserção Urbana.......................................................................................................80 Projeto Arquitetônico...................................................................................81 a 97 Fluxograma...............................................................................................................98 Setorização................................................................................................................99 Intenção Projetual........................................................................................100,101 Aspectos Gerais.........................................................................................102 a 108 Materialidades.......................................................................................................109 Atitudes Ecológicas..............................................................................................110 Bibliografia....................................................................................................115 a 117



1

[ apresentação]


[ introdução ] O presente trabalho tem por finalidade estudar e compreender o perímetro demarcado inserido no distrito do Bexiga/Bela Vista, situado na região central do município de São Paulo, que abrange os bairros do Morro dos Ingleses e Bixiga. Possui 2,6 Km² e a sua população, conforme o Censo 2010 era de 69.460 habitantes. Dentro de seus limites estão localizadas algumas das mais importantes atrações paulistanas – como o lendário bairro do Bixiga, com suas cantinas, teatros e festas populares, e o Museu de Arte de São Paulo. O distrito é atendido pela Linha 2-Verde do metrô e futuramente será também coberto pela Linha 6-Laranja. A Bela Vista apresenta um grande contraste social, tendo famílias de classe média alta no Morro dos Ingleses, nas proximidades da Av. Paulista, e famílias de classe média na região chamada de Bixiga. O bairro, que recebeu um grande número de imigrantes italianos na segunda metade do século XIX e início do século XX, hoje mistura raças e crenças, e é o lar de uma das mais famosas escolas de samba do Carnaval: a Vai-Vai. Realiza um dos mais tradicionais e antigos eventos de rua de São Paulo, a Festa de Nossa Senhora de Achiropita, que acontece em todos os finais de semana do mês de agosto. Em 2019 foi realizada a 93ª edição da festa. Partindo dos diagnósticos demonstrados a seguir, foi possível efetuar os levantamentos necessários para a proposição de uma série de diretrizes para a implantação de um plano de massas e um projeto de intervenção para o perímetro.


[ localização] BOM RETIRO SANTA CECÍLIA

REPÚBLICA CONSOLAÇÃO

SÉ SÉ

BELA VISTA LIBERDADE

Área do Projeto

CAMBUCI

N Fonte: Google Maps Imagem manipulada pelo autor

13


Pontos de interesse / Marcos na paisagem

1 2 3 4 5

Comunidade Residencial Praça 14 Bis MASP Hosp. Beneficência Portuguesa Vila Itororó

6 Shopping Paulista 7 Hospital Santa Catarina 8 Centro Cultural Vergueiro

9 Praça Dom Orione 10 TV Gazeta / Fund. Cásper Líbero 11 Shopping Frei Caneca 12 SESC Paulista 13 Shopping Cidade de São Paulo 14 Hospital Alemão Oswaldo Cruz

14


[ vista aĂŠrea + pontos de interesse ] 11

2

1

3

5

9

13 10

4 14

7 12

6 8



2

[leitura urbana]


[ linha do tempo ] 1

2

Uma parte da Sesmaria foi comprada por Antonio Soares Calheiros e Abreu, o Antonio Bixiga.

<

século XVI

Os imigrantes italianos começam a chegar ao Bixiga.

1878 1794

18

Antonio José Leite Braga, então proprietário, começa a lotear sua chácara.

7

4

1897

5

A região do Bixiga passa a se chamar oficialmente como Bela Vista.

As vilas e cortiços passam a predominar na região.

1890

O território era conhecido como Sesmaria do Capão, de propriedade de Antonio Pinto, tabelião em Santos.

6

3

1922

1908 1910

1900

Os loteamentos passam a formar as ruas principais do bairro, como a Santo Amaro, a Treze de Maio e a Rui Barbosa.

8

Figura 1: Detalhe da planta da Cidade de São Paulo (1881). Figura 2: Família Antonio Prado em 1900. Foto: Acervo de família. Figura 3: Cortiço antigamente localizado na Rua Major Diogo, 114 Figura 4: Vista do Belvedere do Trianon, onde hoje se localiza o MASP. Figura 5: Igreja Nossa Senhora de Achiropita, localizada na Rua 13 de Maio.

Construção dos Arcos do Bixiga na Rua Jandaia.

9

A Paróquia Nossa Senhora de Achiropita é reinaugurada na Rua Treze de Maio.

1926

Inauguração da Vila Itororó.

10

Figura 6: Detalhe do mapa Histórico de 1895. Figura 7: Anúncio de vendas de lotes no Bexiga. Figura 8: Vista do Largo do Bexiga (circa 1862). Figura 9: Arcos do Bixiga, vistos da Rua Jandaia. Figura 10: Palacete principal da Vila Itororó.


[ linha do tempo ] 11

12

Inauguração da Escola de Samba Vai-Vai.

13

Inauguração do Cine Rex, atual local do Teatro Záccaro.

1935 1930

1947

Começa o desfile do Bloco dos Esfarrapados.

17

Figura 11: Desfile da Vai Vai (print da tela do documentário do YouTube) Figura 12: Cine Rex, onde funcionou também o Teatro Záccaro, atualmente fechado. Figura 13: Foto do TBC (Teatro Brasileiro de Comédia). Figura 14: Teatro Oficina. Figura 15: Vista aérea da Radial Leste.

Inaugurada a Ligação Leste-Oeste, onde o Viaduto Julio de Mesquita forma um novo limite no bairro.

1969

1955 1958

1948

Canalização do Córrego do Saracura, em função da construção da Av. Nove de Julho.

15

Inauguração do Teatro Oficina, que teve uma intervenção de Lina Bo Bardi.

Inauguração do TBC (Teatro Brasileiro de Comédia)

1940

16

14

Ampliação da Av. Rui Barbosa e construção da Praça Dom Orione.

18

2002 o futuro...

1971

Inauguração da Av. Vinte e Três de Maio, sobre o Córrego Itororó canalizado.

19

Promulga-se o tombamento de inúmeras edificações e elementos como Patrimônio Histórico pelo COMPRESP.

20

Figura 16: Imagem de Fundo de Vale onde se localizava o Córrego Saracura. Figura 17: Imagem do desfile do Bloco dos Esfarrapados. Figura 18: Vista da Praça Dom Orione. Figura 19: Vista aérea da construção da Av. 23 de Maio. Figura 20: Conjunto de edificações tombadas na R. Maria José.

19


[ evolução urbana] 1

4

5

2017

2000

1980

2

6

1950

1930

3

1910

7

20

Fig.1: Igreja N.Sra. de Achiropita da Rua 13 de Maio. Fig.2: Vista da Av. 9 de Julho em direção ao centro. Fig.3: Predio de Paschoal Gazineo, nas esquinas da Ladeira do Ouvidor e São Francisco (fotografia circa 1910). Fig.4: Escadarias do Bixiga, que liga a Rua dos Ingleses à Rua 13 de Maio. Fig.5: Rua Jandaia, onde se localizam atualmente os Arcos do Bixiga. Fig.6: Vista do Largo São Manuel, atual Praça 14 Bis. (circa 1930) Fig.7: Foto tomada do Alto do Triano em direção ao centro.

1895


[ um breve histórico do Bixiga ] C

onhecido como um dos mais tradicionais bairros da cidade de São Paulo, o bairro do Bixiga é compreendido pelo perímetro formado pelas ruas Major Diogo, Avenida Nove de Julho, Rua Sílvia e Avenida Brigadeiro Luís Antônio, no distrito da Bela Vista, embora sua delimitação possa ser motivo de polêmica dependendo da fonte. Os primeiros registros referentes ao Bixiga são de 1559, e dão conta de uma grande fazenda chamada Sítio do Capão, cujo dono era o português Antonio Pinto (Capão é uma porção de mato isolado no meio do campo). Décadas mais tarde o local passou a se chamar Chácara das Jabuticabeiras, devido ao grande número dessas árvores frutíferas existente nas imediações. Em 1820, o terreno foi adquirido por Antonio “Bexiga” (que era chamado assim por ter cicatrizes da doenca da variola no rosto, caracterizada pela presença de “bexigas”), que permaneceu proprietário até a sua morte, em 1857. Em outubro de 1878, o jornal Província de São Paulo anunciava o loteamento de vários terrenos da Chácara do Bexiga, pertencente a Antônio José Leite Braga. O loteamento foi inaugurado solenemente com a presença do Imperador D.Pedro II, que visitava a cidade de São Paulo. A chácara foi comprada por Thomas Luis Alvares, que começou o processo de arruamento e lotização do bairro. Em 23 de Junho desse ano, o jornal da Província de São Paulo anunciava na primeira página: “Vendo por propostas todas as matas dos terrenos do Bexiga pertencentes a A.J.L. Braga e Companhia”. Estava dada a largada para o nascimento do bairros mais emblemático da capital: o Bixiga. Como tinha feito isso de maneira rápida e desordenada, o resultado foram lotes de vários tamanhos e para todos os bolsos. Seu intento era formar, o mais rapidamente possível, um novo bairro para a cidade paulistana. Nessa época a capital já experimentava o crescimento com a chegada dos imigrantes; a maioria dos estabelecidos era de italianos calabreses, que não quiseram aceitar a missão de colher café no interior e se interessaram pelos terrenos, aproveitando os preços baixos e para lá se mudaram em bando. Depois vieram os portugueses e os espanhóis, além dos escravos recém libertos que já habitavam essa região. A área era rodeada de ruas estreitas com 60 palmos de largura e aclives que lembravam bem as pequenas aldeias da Itália. Olhando um mapa da região é possível ver com bastante clareza a diferença entre o arruamento da Bela Vista, com ruas confusas, estreitas e tortuosas, e o arruamento do Jardim Paulista (feito posteriormente), quadrado e linear. Esses imigrantes logo perceberam na nascente metrópole a falta de mão-de-obra especializada. Lá Foram eles: sapateiros, artesãos, padeiros, quitandeiros, e tudo o mais que era exigido por um simples meio de sustento. O Bixiga cresceu lentamente, sempre dominado pela dualidade de idiomas( português e italiano). Aliás, em algumas ruas do bairro o italiano era muito mais falado do que a língua pátria. Quando não era uma das duas, era a junção de ambas – que o compositor Adoniram Barbosa eternizou em centenas de canções. Mesmo ele não sendo do bairro é considerado como seu símbolo. O Bixiga deixou de ser Bixiga através de um decreto municipal de dezembro de 1910. A partir de então nascia a Bela Vista. Pouco mudou: o povo continuaria a chamar o lugar de Bixiga, com “I”.

Apesar das transformações decorrentes do tempo, dos viadutos, edifícios e tráfego intenso, o Bixiga ainda preserva, nos dias atuais, algo da essência dos seus primeiros habitantes, os imigrantes italianos da Calabria. Conforme relata Domingos Ricardo Chiappetta, historicamente o Bairro do Bixiga foi inaugurado com o nome de Bela Vista, e também recebe o nome de Bexiga, origina-se de três denominações, sendo a data instituída o dia primeiro de outubro como: o Dia da fundação do bairro do Bixiga, conforme é comemorado anualmente e consta do Calendário Oficial de Eventos da Cidade de São Paulo, da Câmara Municipal. A primeira hipótese de denominação do bairro foi como Estalagem do Bixiga, que teria se transferido para a Chácara do Bixiga, e em seguida para o bairro, formado pelos imigrantes italianos; a segunda hipótese: teria sido oriundo de um MATADOURO que existia no final da atual rua Humaitá, onde se vendiam ou davam bexigas de boi e de porco; a terceira: porque os portadores de varíola (Bexiga) se refugiavam na Chácara do Bixiga). O Bairro do Bixiga é particularmente querido, visto congregar uma expressiva maioria de descendentes de imigrantes italianos, famosos por sua alegria contagiante e suas festas de rua ou salão, principalmente a de Nossa Senhora Achiropita. No ano passado, o Bixiga comemorou 130 da chegada dos imigrantes. Chiappeta destaca figuras tradicionais do Bixiga, como Adoniran Barbosa cantor e compositor, que tem rua com seu nome no bairro. Além disso, há a tradicional Banda do Candinho, com suas mulatas, Rainha e Princesas; a Escola de Samba Vai-Vai, com seus ensaios na G.R.C.E.S. e comemorações de vitórias do Carnaval nas ruas do Bixiga, com o Mestre Tobias e, naturalmente, as Cantinas e pizzarias, algumas 24 horas, servindo os indefectíveis Brodos. Enfim o Bixiga, mesmo transformado por Viadutos e tráfego intenso, conserva o espírito dos Imigrantes Italianos, hoje acrescido dos Portugueses, Espanhóis, assinala Chiappetta.

O compositor Adoniram Barbosa (1910-1982), símbolo do “italianismo” do bairro.

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[equipamentos pĂşblicos ]

22

N Fonte: Google Earth e Google Street View + levantamento em campo Base cartogrĂĄfica: Geosampa + Google Earth

Fonte: Geosampa; Google Maps e Google Earth www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/desenvolvimento/abastecimento/feiras_livres/onde_encontrar/index.php


[ leitura urbana]

N

200 m

Fonte: Google Earth e Street View + levantamento em campo Base cartogrรกfica: geosampa + Google Earth

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[ diagnóstico da área ]

Hipsometria

Nas áreas intensamente urbanizadas e pouco vegetadas, ocorre a elevação nas médias de temperatura e a redução da umidade relativa do ar, contribuindo para que haja maior atração das partículas em suspensão e consequente aumento significativo da poluição do ar.

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0

100m 200m

500m

N

Temperatura Média 34° C 33° C 33,5° C 32° C 31,5° C 31° C 30° C


[ diagnóstico da área ]

Clima / Ventos / Hidrografia Nos grandes eixos é onde a velocidade do vento supera os 28 km/h. A densidade nesses eixos se dá na vertical proporcionando a melhor circulação de vento, já que no nível da rua existem mais espaços em aberto. Próximo ao Viaduto Júlio de Mesquita Filho onde se encontra maior densidade demográfica, a circulação de vento chega a 6,5 Km/h. A direção predominante dos ventos é de 17° ao norte, podendo sofrer variações durante o decorrer do dia.

12:00 Hrs dia 06/09/2019

Mapa de ventos (km/h)

0

100m 200m

500m

N

28 Km/h 23,5 Km/h 19 Km/h 14,5 Km/h 10 Km/h 6,5 Km/h

Hidrografia Sub bacia Córrego Saracura Pequeno

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[ diagnóstico da área ]

Uso e Ocupação Com bordas bem definidas, a região próxima à Grota do Bixiga possui uma significativa quantidade de residências onde se exerce algum tipo de trabalho artesanal, que potencializa o viés comercial da regiao. Aliada a uma robusta rede de comércio e serviços, a área possui ainda um grande potencial de ocupação.

Comércio e Serviços Equipamentos Públicos Residências e Comércios/Serviços

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Indústrias e Armazéns Resid. Ver�cal Médio/Alto Padrão 0

100m 200m

500m

N

Praça / Canteiro Sem Predominância Demarcação do perímetro


[ diagnóstico da área ]

Cheios e Vazios Com uma ocupação bastante evidente, encontramos poucos espaços vazios, porém existe na região uma quantidade bastante expressiva de imóveis sem uso e muitos em péssimas condições, especialmente na área de intervenção, e que exige uma atenção maior da Prefeitura com relação a estes imóveis.

Vazios Cheios 0

100m 200m

500m

N

Demarcação do Perímetro

27


[ diagnóstico da área ]

Densidade Demográfica

Na região ao sul do perímetro, próximo à Região da Avenida Paulista, um dos centros financeiros da capital, a ocupação não é tão densa devido à existência de grande quantidade de escritórios e comércio. Porém, quanto mais se percorre a área noroeste, percebe-se um maior adensamento que em grande parte é originado pela predominância de edifícios residenciais, num novo fenômeno de valorização da área causado pelo crescimento de ofertas do setor imobiliário.

Senso Demográfico 0 a 9.200

9.201 a 14.600 14.601 a 20.700

28

20.700 a 35.100 0

100m 200m

500m

Mais de 35.101

N

Demarcação do Perímetro


[ diagnóstico da área ]

Vulnerabilidade Social As áreas mais ao norte do perímetro, que se situam ao longo do Viaduto Julio de Mesquita Filho (Radial Leste), são áreas bastante degradadas e necessitam uma atenção especial do poder público vigente, pois ali concentra-se a maior parte da população em situação de rua e também a parcela menos privilegiada dos moradores do bairro. Próximo à Av. 23 de Maio também há ocorrência desse tipo de moradia precária.

LEGENDA CORTIÇO FAVELA BAIXÍSSIMA VULNERABILIDADE VULNERABILIDADE MUITO BAIXA VULNERABILIDADE BAIXA SEM CLASSIFICAÇÃO

0

100m 200m

500m

N

Fonte: GEOSAMPA, 24/08/19 17:04:31 SEADE 2010

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[ diagnóstico da área ]

Classificação Viária A principal via arterial é a Radial Leste, que neste trecho é formada por viadutos. Representa uma barreira pois os baixios dos mesmos são áreas degradadas e com muitos moradores em situação de rua. Outras vias arteriais que cortam a área são: a Av. Brigadeiro Luiz Antonio, Av. Paulista, Av. Nove de Julho e a Rua Rui Barbosa. Devemos citar também o trecho mais próximo ao centro da cidade da arterial Av. 23 de Maio, que faz parte do Corredor Norte-Sul, tão importante quanto a Radial, que faz a ligação Leste-Oeste.

30

0

100m 200m

500m

N


[ diagnóstico da área ]

Transporte Público + Ciclovias + Metrô A região é muito bem servida de transporte público, através de uma sifgnicativa rede de ônibus. O metrô cobre suas extremidades com um fluxo de passageiros intenso, e há um plano de ser adicionada mais uma linha, a 6-Laranja. Existem apenas duas ciclovias na região, uma na subida da Rua Martiniano de Carvalho e a da Avenida Paulista.

0

100m 200m

500m

N

31


[ diagnóstico da área ]

Zoneamento De acordo com o Zoneamento, grande parte da área é território de transformação urbana que tem como objetivo promover o adensamento construtivo e populacional, e adequar o uso do solo à oferta de transporte público coletivo. As áreas de territórios de qualificação buscam a manutenção de usos não residenciais existentes, estímulo das atividades produtivas e a diversificação de usos. Sendo as áreas de ZEIS destinadas á moradia digna para a população de baixa renda, e regularização de assentamentos precários e irregulares, promovendo novas Habitações de Interesse Social e Habitações de Mercado Popular a serem dotadas de equipamentos sociais e de boa infraestrutura.

32

0

100m 200m

500m

ZEU – Zona de Eixo de Estruturação e Transformação Urbana ZEIS 3 – Zona Especial de Int. Social ZEIS 5 – Zona Especial de Int. Social ZM – Zonas Mistas ZC – Zonas de Centralidades Praça / Canteiro

N

Demarcação do perímetro


[ diagnóstico da área ]

Patrimônios Tombados A quantidade de edifícios de interesse histórico é enorme, justamente devido a sua área ter acompanhado a evolução da cidade de São Paulo, e a sua proximidade com o centro. Em sua grande maioria, são casas isoladas ou conjunto de casas que datam do início da ocupação do bairro, e que possuem ainda preservadas suas características, devido à própria tradição dos moradores em manter viva a sua história.

0

100m 200m

500m

N

Edificações/Lotes Tombados

33


[ diagnóstico da área ]

Áreas Verdes

Na Bela Vista e no centro de São Paulo, a escassez de áreas verdes é bastante evidente. Os próprios moradores encampam batalhas por mais áreas verdes. Uma das iniciativas mais notórias é o movimento pela implantação do Parque do Bixiga, que ainda segue indefinida. Na subprefeitura da Sé, a média de área verde por habitante é de apenas 6 metros quadrados. O menor índice da cidade pertence ao Itaim Paulista, na zona leste, com 2,11 metros por habitante.

34

0

100m 200m

500m

N


[ diagnóstico da área ]

Ju lh o

Hipsometria

Nas áreas intensamente urbanizadas e pouco vegetadas, ocorre a elevação nas médias de temperatura e a redução da umidade relativa do ar, contribuindo para que haja maior atração das partículas em suspensão e consequente aumento significativo da poluição do ar. Av e

1,49%

ni da

ZM

ZEIS-5

Av e

Pa ul ist a

ni da

3,39%

5,56% ZC

8,23% ZEIS-3

81,32% ZONEAMENTO 0

100m 200m

500m

N

ZEU

ZEIS-3

ZC

ZEIS-5

ZM

ZEU

35


[ relatório fotográfico ] io

Ru aM

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Ca rrã o

Fotos tiradas pelo autor em 14/10/2019. Imagem aérea central coletada em Google.com


[ relatรณrio fotogrรกfico ]

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3

[ proposta urbana]


[ projeto urbano ] “A cidade é um livro de pedra. ” Walter Benjamin (1892 – 1940) Aprender a ler uma cidade e compreender seu funcionamento, desvendando suas engrenagens e vislumbrando seu potencial transformador, é a atribuição do urbanismo contemporâneo. Com base nessas premissas e debruçando-se com o olhar crítico sobre a área do perímetro selecionado, verificamos a necessidade de promover o adensamento populacional desta região, devido à característica atual de um numero baixo de moradores por lote, em edificações de médio e baixo gabarito. Sendo assim, a implantação de uma série de medidas visa trazer mais moradores ao local, promovendo o lazer, a qualidade de vida e a segurança dos habitantes da área. Devido à sua proximidade do centro da cidade e boa oferta de transporte e equipamentos públicos como escolas, hospitais, centros de cultura e uma relevante quantidade de comércio e serviços, aliados à história e tradição do lugar, o potencial de requalificação da área é bastante promissor. As medidas adotadas nessa proposta buscam equilíbrio entre as duas tendências: a do encortiçamento – transformação dos espaços habitáveis em cortiços – e à gentrificação – valorização imobiliária de usos particulares. Esta delicada zona de intersecção entre essas duas possibilidades exige de seus planejadores uma atenta observação de seus efeitos sobre o perímetro, provocando o manejo cuidadoso de iniciativas que equalizem as singularidades do local com os problemas urbanos tão característicos presentes nas grandes cidades. O mote deste trabalho visa promover uma maior interação social através do sistema de espaços livres, incrementar a mobilidade urbana visando a integração entre os variados meios de locomoção, requalificação de calçamento e vias, arborização e mobiliário urbano, sempre respeitando as características históricas e valorizando-as.


[ projeto urbano ] Diretrizes 1 2

5

3 4

3

5

3

3

3

3

3

5

5 1 2

1 2

5

4

5 3

5 3

5

3

5

3

5 4

5

3 5

Medidas de Moderação de Tráfego Implantação de chicanas e faixas alternadas Estender as calçadas e o meio fio Implantação de travessias elevadas Calçamento Urbano Criação de ruas compartilhadas Alteração de pisos para pisos com permeabilidade Adensamento Demolição de cortiços e galpões em desuso Criação de Habitações de Interesse Social Criar conexões para pedestres entres as quadras de maior extensão Infraestrutura para Bicicletas Alargar os canteiros centrais da via Implantar faixas de ciclovias nos canteiros centrais Espaços Livres Criação de praças Implantar mobiliários urbanos nas praças Implantar equipamentos de ginasticas nas praças Criação de quadras esportivas e pistas de skate nas praças Distribuir containers pelas praças para serviços educacionais e de apoio social. Implantação de novas iluminação pública.

Área de Intervenção do Projeto

5

5 5

0

100m 200m

5

500m

N

41


[ projeto urbano ] Medidas de Moderação de Tráfego 1 • A Chicanas e faixas alternadas – Desvios e alternâncias

A

B

C

2

D

D

42

entre faixas de estacionamento, estendendo o meio fio para formar percursos em “S” reduzindo assim a velocidades dos veículos. • B Extensão do Meio Fio – Extensão das calçadas que reduzem a distância de travessias do pedestre, quando estendida a uma faixa de estacionamento ou nas esquinas podem reduzir a velocidade de veículos oferecendo proteção aos pedestres. Essas expansões criam espaços que podem ser usados para a instalação de mobiliários urbanos. • C Travessias Elevadas – Elevações de vias por meio da extensão do nível da calçada através da rua, similares a lombadas, forçam os condutores a trafegar em velocidade mais baixa nas áreas de travessias de pedestres, aumentando assim a sua segurança.

E

Calçamento Urbano

• D Vias Compartilhadas – Vias onde todos os usuários transitam livremente, sem as destinações e sinalizações entre as áreas de pedestres, ciclistas e veículos, forçando todos os usuários utilizar as via em conjunto. As vias são planejadas para pequeno tráfego de veículos e alto fluxo de pedestres e ciclistas, sendo essencial a redução da velocidade da circulação de automóveis, garantindo a segurança dos outros usuários. • E Pisos Permeáveis – Estrutura que evita o rápido e indesejado acúmulo de volumes de água acima da superfície do piso, por permitirem passagem de água. Proporcionam impacto ambiental positivo com prevenção de enchentes, e recarregando o lençol freático. Feito com blocos de material poroso intertravado, que permitem o rápido escoamento.


[ projeto urbano ] 3

Adensamento

• Cortiços e galpões em desuso – Esses ambientes tornam a área muito densa e promovem condições ruins de moradia e poucas áreas verdes. Propor a demolição dessas áreas seria a maneira mais eficiente de revitalização da área. • Habitação de Interesse Social – Com a demolição de cortiços e de edifícios degradados surgem novos espaços permitindo implantar novas habitações de interesse social. Verticalizando as edificações aumentará o número de habitantes por metro quadrado, além de aumentar a qualidade de vida dos moradores. • Conexões entre Quadras – Por conta das quadras serem muito extensas, a intenção da demolição também serve para propor permeabilidade dos pedestre entre as quadras, além de abrir espaços livres para criação de áreas verdes, trazendo interação social, e mais arborização à área.

4

Infraestrutura para Bicicletas

• Implantação de Ciclovias – Aumentar o percurso de ciclovias incentivando a população a utilizar meios de transporte alternativo, com a expectativa de diminuir o transporte individual. A ciclovia será ligada com a da Av. Brigadeiro Luís Antônio, e à da Av. Paulista. • Alargamento dos Canteiros Centrais – Tem o intuito de incluir a ciclovia e a proteção dos ciclistas e pedestres.

43


[ projeto urbano ] A

B

5

Espaços Livres

• A Iluminação – Quando instaladas de maneira uniforme, proporciona uma melhor visão noturna aos pedestres, ciclistas e motoristas, melhorando sua percepção de conforto e segurança. A iluminação incentiva a população a permanecer nestes espaços e os torna mais convidativos, intensificando a vigilância natural das ruas.

C

D

• B Equipamento Social - Implantação de Containers portuários em desuso, transformado em módulos flexíveis, permitindo múltiplas ações no espaço público. • C Implantação de Mobiliários Urbanos – Com materiais sustentáveis, os mobiliários incentivam a permanência dos usuários local, trazendo conforto e revitalização visual ao local.

• D Praças – Entre as conexões entre quadras, implantar praças de diversos usos, para promover áreas de lazer e interação social.

Referências 1) RUAS COMPARTILHADAS. Referência: Guia Global de Desenhos de Rua – SENAC SÃO PAULO, 2018 2) TRAVESSIAS ELEVADAS. Referência: Guia Global de Desenhos de Rua – SENAC SÃO PAULO, 2018 3) CHICANAS E FAIXAS ALTERNADAS. Referência: Guia Global de Desenhos de Rua – SENAC SÃO PAULO, 2018

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4) ALARGAMENTO DAS CALÇADAS. Referência: Calçadas, especificações técnicas da Prefeitura de São Paulo Link:https://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/subprefeituras/calcadas/index.php?p=37136 5) PISO DRENANTE. Link: https://lajlucas.com.br/piso-drenante-ou-permeavel-a-solucao-sustentavel-para-sua-obra/ 97% de permeabilidade, resistente a tráfego de veículos, atérmico, antiderrapante

6) PISO LISO DE CONCRETO ARMADO REFERÊNCIA: MARQUISE DO IBIRAPUERA Imagem retirada do site: https://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/comunicacao/noticias/?p=108793 7) IMPLANTAÇÃO DE CICLOVIA NO CANTEIRO CENTRAL REFERÊNCIA: AVENIDA PAULISTA, São Paulo Imagem retirada do site: http://vadebike.org/2015/06/ciclovia-paulista-conquista-dos-ciclistas-inauguracao/ 8) HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL Referência: SEHAB HELIÓPOLIS, São Paulo Imagem retirada do site: https://www.archdaily.com.br/br/625377/sehab-heliopolis-biselli-katchborian-arquitetos 9) ILUMINAÇÃO PÚBLICA Referência: Guia Global de Desenhos de Rua – SENAC SÃO PAULO, 2018


45



4

[ fundamentação do tema]


[ e se morรกssemos tema e justificativatodos juntos? ]

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Senior] [ análise 1 -Cohousing cohousing senior

A população brasileira ganhou 4,8 milhões de idosos desde 2012, e manteve a tendência de envelhecimento dos últimos anos, superando a marca dos 30,2 milhões em 2017, segundo o IBGE. Essa tendência do aumento do número de idosos é decorrente tanto do aumento de expectativa de vida pela melhoria das condições de saúde no mundo todo, quanto pelo fato da taxa de fecundidade, pois o número médio de filhos por mulher vem caindo, também de acordo com dados do IBGE. No entanto, o mercado da construção civil não acompanha tal mudança e essa população carece de edificações residenciais, comerciais ou institucionais realmente adequados para suas necessidades, que podem agregar também características da arquitetura voltadas para o cuidado da saúde, apresentando especificidades cuja compreensão diferenciada faz-se necessária. Após um período de pesquisas sobre o tema, e analisando o contexto social brasileiro, percebi que ainda há lacunas a serem preenchidas nas propostas de projeto que visam contemplar esse grupo social, e que há uma defasagem na quantidade existente, principalmente na questão da Habitação de Interesse Social. Diante dessas observações, e também por questões pessoais, escolhi esse tema como razão desse estudo, que me é muito caro e estimado, e espero que possa um dia dar minha contribuição nessa discussão de um assunto tão pungente na sociedade.

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[ iniciativas públicas ]

2000 Total: 14.536.029 8,5% da população.

Vila dos Idosos Pari - São Paulo - SP

População Total: 169.799.170

2010 Total: 20.590.599 10,8% da população.

República da Melhor Idade Cambuci - São Paulo - SP

População Total: 190.732.694 Fonte: IBGE (Sinopse de Resultados do Censo 2010)

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Vila Dignidade 18 Municípios do Estado de São Paulo

Existem muitos residenciais particulares para a terceira idade, e em sua grande maioria são em amplas edificações residenciais ou condomínios adaptados para essa finalidade. Poucas exceções são geridas pelo poder público como a louvável iniciativa da Vila dos Idosos, no Bairro do Pari, cujo projeto é considerado um modelo, a problemática República da Melhor Idade, no Cambuci e o programa Vila Dignidade voltado a idosos de baixa renda, presente em 18 municípios do estado de São Paulo, segundo o CDHU. Porém, um conceito criado na década de 70 na Europa, modernizado e adaptado à contemporaneidade, ganha cada vez mais adeptos ao redor do mundo e traz consigo uma ideologia de comunidade e sustentabilidade, ideais cada vez mais buscados em nossa sociedade.


[ análise 1 - cohousing senior ] Características de uma Cohousing: 1. Projeto intencional de criação de uma vizinhança cooperativa e solidária. 2. Utilização dos preceitos do Desenho Universal em todas as residências privadas e nas edificações e áreas compartilhadas. 3. Moradores envolvidos desde o início, no projeto de criação e gestão de sua comunidade e na operação/manutenção das dependências e áreas comuns. 4. Administração não hierárquica / decisões tomadas por consenso (respeito às opiniões divergentes).

Palavra Chave: COMPARTILHAMENTO

COHOUSING

Um projeto integrado de Arquitetura e Sociedade que tem por objetivo promover a qualidade de vida e a saúde dos moradores através da maximização da: Interação social Participação Solidariedade e apoio mútuo Cidadania ativa Respeito ao meio ambiente

Canadá Quayside Village - Esta opção em Vancouver conta com 19 casas, além de um projeto cheio de elementos ambientais para deixar a comunidade sustentável --como material de construção reciclado, reciclagem e até reaproveitamento da água. A proposta do espaço é encorajar um senso de comunidade e conexões entre os moradores....

Califórnia Wolf Creek Lodge - Este conjunto nos EUA aceita pessoas com mais de 50 anos desde 2012. A ideia é equilibrar a vida pessoal com o coletivo, em um espaço compartilhado que conta com cozinha gourmet, sala de estar, lavanderia e quarto de hóspedes. Existem casais, solteiros e idosos e a interação frequente entre os vizinhos... Suécia O Färdknäppen é um prédio com intuito de criar uma comunidade em Estocolmo. Os 43 apartamentos não são exclusivamente para idosos e o ambiente promove encontros para cozinhar e compartilhar refeições, cuidar dos jardins, fazer trabalhos domésticos e lazer na biblioteca ou sala de marcenaria...

A velhice não precisa ser triste...

Aspectos Ecologicamente Sustentáveis Consumo consciente - Utilização de materiais certificados Economia de água - Reutilização/Captação de água pluvial Economia de energia - Conservação / Geração Paisagismo consciente– Árvores e arbustos floríferos e frutíferos Compostagem de resíduos Reciclagem de materiais Produção de alimentos orgânicos


[ análise 2 - habitação social no Brasil ] A primeira vez em que a questão da habitação entrou em pauta no país foi na década de 1880, mas não foi discutida como problema habitacional, mas sim como uma questão de saúde pública. A explosão demográfica causada pelo intenso fluxo migratório campo-cidade, veio resultar numa multidão de trabalhadores mal alojados, em condições insalubres e a falta de higiene e conforto ambiental levou essa massa à epidemia de doenças, transformando “a questão sanitária uma prioridade para o governo, justificando seu controle sobre o espaço urbano e a moradia dos trabalhadores, por meio do Código de Posturas do Município de São Paulo, que definiam gabaritos, desenho, dimensões, cubagem e equipamentos sanitários”. (BONDUKI, 1998). O setor imobiliário, operado até então exclusivamente pela iniciativa privada, era constituído em sua imensa maioria de casas de aluguel, já que os trabalhadores assalariados não possuíam condições financeiras de adquirir seus terrenos e nem de construir suas próprias casas. Ainda não existia na época, nenhum sistema de financiamento para o setor. Sendo assim, difundiram-se várias modalidades de habitação, sendo as mais comuns as vilas, as casas geminadas e os cortiços. O processo nacional-desenvolvimentista da chamada “Era Vargas”, em 1930, mudou o modo como a questão da habitação era encarada. A habitação começa a ser vista como condição básica para reprodução da força de trabalho. A iniciativa privada seria incapaz de enfrentar o problema, tornando inevitável a intervenção do Estado. (BONDUKI, 1998). Surgiram então, os IAP´s – Institutos de Aposentadoria e Pensões, que após o decreto 1.749 de 1937, assumiram a responsabilidade pelo financiamento das construções. Segundo BONDUKI, os institutos foram, de fato, essenciais para a viabilização das incorporações imobiliárias. Seus financiamentos possibilitaram o intenso processo de verticalização e especulação imobiliária que tomou conta da cidade. Em 1942, o governo congelou todos os aluguéis por intermédio da Lei do Inquilinato, como medida para incentivar tal modalidade entre o proletariado. A medida foi adotada em vários países europeus e latino-americanos desde a Primeira Guerra e era um duro golpe aos proprietários de casas de aluguel. (BONDUKI, 1998). Como efeito, gerou desestímulo aos donos desses imóveis a alugarem seus cômodos.

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Complexo de cortiços formado pelo Navio Parado, Vaticano, Geladeira e Pombal, entre as ruas Japurá, Santo Amaro e Jacareí, na região do Bexiga. A foto, provavelmente, é anterior à 1940, quando foi construído o Edifício Japurá, projetado por Eduardo Kneese de Mello. Pela imagem, percebe-se a grande dimensão arquitetônica dessa habitação que, possivelmente, abrigava uma grande quantidade de moradores (BONDUKI, Nabil G. Origens da habitação social no Brasil – Arquitetura Moderna, Lei do Inquilinato e Difusão da Casa Própria. São Paulo: Estação Liberdade/FAPESP, 1998, 2ª ed., p. 55).

Edifício Japurá. Eduardo Kneese de Mello IAP, 1950 Implantado na mesma localização do “Navio Parado” - para a elite, símbolo da promiscuidade e precariedade da moradia popular - a obra do IAPI trouxe modernidade e renovação, mas significou a expulsão de parte da forte comunidade de negros e italianos que ocupava e dava vida ao bairro do Bexiga. (BONDUKI, Nabil G. Origens da habitação social no Brasil – Arquitetura Moderna, Lei do Inquilinato e Difusão da Casa Própria. São Paulo: Estação Liberdade/FAPESP, 1998, 2ª ed., p. 171).

O auge da crise habitacional ocorreu durante a Segunda Guerra Mundial e nos anos seguintes, devido ao financiamento de edifícios de luxo com recursos previdenciários, a especulação imobiliária e o congelamento de aluguéis, juntamente com o crescimento da atividade econômica que levou ao intenso movimento de migração interna e o processo de urbanização. Num clima de carência generalizada de produtos de primeira necessidade e a falta de moradias gerou enorme descontentamento popular, que repercutiu na imprensa, nos discursos políticos e nas propostas governamentais. (BONDUKI, 1998) Visando resolver o problema, Getúlio Vargas propõe a unificação dos IAP´s e a criação do Instituto de Serviços Sociais do Brasil (ISSB), que universalizaria os serviços da previdência social a todos os habitantes e ampliaria os serviços assistenciais, superando o corporativismo que até então limitava o atendimento. (BONDUKI, 1998). Os programas chegaram a ser decretados, porém, devido à deposição do presidente Vargas, nunca foram executados. Era um problema insolúvel. O então presidente Eurico Gaspar Dutra criou a Fundação da Casa Popular (FCP), instituída em maio de 1946. O anteprojeto da FCP compreendia os elementos fundamentais para uma reforma da atuação do Estado no setor. Centralização da gestão, fontes permanentes de recursos e uma visão abrangente que buscava articular a produção de moradia com o desenvolvimento urbano. (BONDUKI, 1998).


No entanto, a FCP sofreu grande rejeição por parte de vários grupos sociais, apesar de ter sido implementada de fato. A descentralização da política habitacional e regras sobre empréstimos que garantiriam a aquisição de recursos baratos e contínuos para sua viabilização foram algumas das importantes modificações que o decreto sofreu até a sua implantação. Os programas sociais só voltariam a ter força no período da ditadura militar. O Dispositivo institucional estabelecido em 1964 retomou, completou e modificou os projetos elaborados pelas administrações anteriores. (SACHS, 1990). Página 109. Com o intuito de articular os objetivos políticos, sociais, econômicos e ideológicos do regime militar, foram instituídos então o Sistema Financeiro da Habitação (SFH) e o Banco Nacional da Habitação (BNH).

Entre o término da ditadura militar e o governo FHC, houve uma fase marcada pela Constituição de 1988 que distribuiu a responsabilidade em relação à habitação para as três esferas do poder executivo, sendo que uma delas, o municipal ficou responsável pelo Plano Diretor, que regulamenta a política de expansão urbana, e que resulta em diversas experiências. Uma fase de atomização de experiências, com grande heterogeneidade, marcada pela diversidade de iniciativas, mas pouco articulada em decorrência da ausência de uma política nacional. (BONDUKI, 1998). A Secretaria de Política Urbana, criada em 1996, divulga o documento da Política Nacional de Habitação. Esse documento previa a criação de programas de financiamento pelo FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço) e de urbanização em áreas precárias. As alterações promovidas, embora à primeira vista pudessem expressar uma renovação na maneira como a questão da habitação passou a ser tratada pelo governo federal, [...] de fato não conseguiram alavancar uma nova política e acabaram por gerar um conjunto de efeitos perversos. (BONDUKI, 1998).

Durante o governo Lula, foi criado o Ministério das Cidades, em 2003, que tentou implantar o Sistema Nacional de Habitação de Interesse Social (SNHIS) e o Fundo Nacional de Habitação de Interesse Social (FNHIS), com a intenção de sustentar os Planos Locais de Habitação de Interesse Social (PLHIS). Os planos seriam os responsáveis por definir claramente as necessidades habitacionais de cada município, bem como apresentar uma estratégia para enfrenta-las (RUFINO, 2015). Durante o Plano de Aceleração do Crescimento (PAC), a questão habitacional passou de uma política social para uma política econômica, devido à crise e o enfraquecimento do Ministério das Cidades. Em substituição ao BNH, veio o Programa Minha Casa Minha Vida (PMCMV). Uma importante novidade em relação às práticas do BNH, [...] era a preocupação com a produção para as rendas inferiores: 400 mil unidades (40% da meta) deveriam ser destinadas a famílias com renda até 3 salários mínimos [...] (RUFINO,2015) Segundo Rufino, entretanto, a aplicação do PMCMV desmobilizou uma boa quantidade de programais locais de qualidade, pois estes atendiam mais adequadamente e possuíam especificidades regionais. “Programas habitacionais específicos e adequados às realidades locais que porventura existiam foram desmobilizados para “fazer rodar” o PMCMV, em função do montante de recursos disponíveis, da lógica privada de produção, da agilidade e facilidade para que municípios e estados construam “casas populares” em seus territórios. [...] Um programa habitacional que atende primordialmente aos interesses do setor privado, sem os vínculos necessários com uma política urbana e fundiárias que lhe dê suporte, estimula, com efeito de seu próprio êxito, o aumento de preço dos imóveis da cidade e tem gerado péssimas inserções urbanas, correndo o risco de cristalizar, na velocidade alucinante das contratações, novos territórios de guetificação e segregação social” (RUFINO, p.419)

¹ GENTRIFICAÇÃO: CONCEITO O termo gentrificação é a versão aportuguesada de gentrification (de gentry, “pequena nobreza”), conceito criado pela socióloga britânica Ruth Glass (1912-1990) em London: Aspects of Change (1964), para descrever e analisar transformações observadas em diversos bairros operários em Londres. o termo refere-se a processos de mudança das paisagens urbanas, aos usos e significados de zonas antigas e/ou populares das cidades que apresentam sinais de degradação física, passando a atrair moradores de rendas mais elevadas. Os “gentrificadores” (gentrifiers) mudam-se gradualmente para tais locais, cativados por algumas de suas características - arquitetura das construções, diversidade dos modos de vida, infraestrutura, oferta de equipamentos culturais e históricos, localização central ou privilegiada, baixo custo em relação a outros bairros -, passando a demandar e consumir outros tipos de estabelecimentos e serviços inéditos. A concentração desses novos moradores tende a provocar a valorização econômica da região, aumentando os preços do mercado imobiliário e o custo de vida locais, e levando à expulsão dos antigos residentes e comerciantes, comumente associados a populações com maior vulnerabilidade e menor possibilidade de mobilidade no território urbano, tais como classes operárias e comunidades de imigrantes. Estes, impossibilitados de acompanhar a alta dos custos, terminam por se transferir para outras áreas da cidade, o que resulta na redução da diversidade social do bairro. ALCÂNTARA, Maurício Fernandes de. 2018. "Gentrificação". In: Enciclopédia de Antropologia. São Paulo: Universidade de São Paulo, Departamento de Antropologia. Disponível em: <http://ea.fflch.usp.br/conceito/gentrificação>

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[ referências projetuais] [durham central parking cohousing ]

Localizada na área central de Durham, Carolina do Norte (EUA), é um grupo de indivíduos e famílias que vivem em comunidade e compartilham desde ferramentas e equipamentos até idéias e experiências. Conhecido como Durham Coho, foi inaugurada no final do verão de 2014 e atualmente conta com 36 membros. Estão muito bem localizados a uma curta distância do Farmers 'Market, Carolina Theatre, da biblioteca, da YMCA, restaurantes, lojas, parques e a apenas alguns quilômetros da Universidade de Duke e de seu famoso Centro Médico. Quase metade de Durham Coho oferece espaços comunitários compartilhados para pequenos e grandes grupos, refeições semanais, arte, lavanderia, jardins e terraços ao ar livre. Vinte e quatro condomínios privados que variam em tamanho de 78m² a 158m² fornecem espaço interno e varandas. Corredores amplos, muita luz do dia, um deck no telhado e espaço para jardins. Entre seus moradores, estão profissionais médicos, jurídicos e financeiros, cientistas, professores, acadêmicos, assistentes sociais, músicos, autores publicados, artesãos e artistas. Arquitetos: Fitch Architects & Community Design + Weinstein Friedlein Architects


[ referências projetuais] [ färdknäppen]

O complexo está localizado no centro de Estocolmo, na Suécia, foi construído como Cohousing Senior há 25 anos. É composto por 43 apartamentos com 1, 2 ou 3 quartos, um pequeno jardim e um terraço. Atualmente, existem 56 inquilinos. Há uma recepção muito grande, que pode ser usada como uma sala de reuniões. Há um corredor com caixas postais que também funciona como espaço para reuniões, sala de jantar comunitária, lavanderia, cozinha, 2 salões (salas multifuncionais) e escritório bem equipado, inclusive com copiadora, além de várias oficinas e salas de armazenamento. Embora existam muitas atividades compartilhadas, elas valorizam sua privacidade. Em Fardknappen, eles acreditam que são "inventores sociais", explorando como viver ao lado de outras pessoas tentando fazer coisas que seriam impossíveis se morassem sozinhas.



5

[estudos de caso]


[ nanterre]

Habitação Coletiva em Nanterre, França. Arquitetura: MaO architectes + Tectône. Ano de Construção: 2015 Área: 1.580m² Localização: 14 Rue Ampère, 92000 Nanterre, França Equipe de Projeto: Fabien Brissaud, Philippe Dat Sénac Engenharia Civil e Estrutural: EGSC Engenharia Ambiental: RFR éléments

Residência Cooperativa Projeto realizado em conjunto com os futuros habitantes do edifício, esta obra é o primeiro experimento contemporâneo de moradia social participativa na França. Dois grandes blocos unidos por uma passarela oferecem uma conexão carregada de simbolismo. A sala comum compartilhada de 60m², o ateliê de bricolagem, o bicicletário coberto, as hortas e o terraço comum são os pontos fundamentais onde se exerce diariamente o conceito de cohousing. Fonte: <https://www.archdaily.com.br/br/790510/co-residencia-nanterre-mao-architectes-plus-tectone>


1_ Armazenamento de Resíduos Domésticos 2_ Sala de DIY 3_ Armazenamento flexível para bicicletas ou carrinhos / área de recreação 4_ Sala coletiva. 5_ Cozinha compartilhada 6_ Lavanderia compartilhada 7_ Oficina coletiva de manutenção e depósito 8_ Jardim e horta compartilhada 9_ Terraço coletivo.

PRIVADO

PRIVADO

CIRCULAÇÃO

CIRCULAÇÃO

Térreo

Primeiro Andar

59


60

PRIVADO

PRIVADO

CIRCULAÇÃO

CIRCULAÇÃO

Segundo Andar

Terceiro Andar


Inserção Urbana

Corte Longitudinal

Inserida numa área de desenvolvimento misto, este edifício acompanha o gabarito médio, que é de 4 pavimentos. Porém, destaca-se pelo aspecto formal, que utiliza espessos tijolos térmicos (25cm) e uma estrutura de madeira laminada e zinco natural para a cobertura. A carpintaria exterior é de madeira pintada e laqueada nas portas de correr. As varandas são de aço galvanizado e estão compostas por finos tubos soldados com uma base conformada por uma placa galvanizada. O conjunto possui um desenho que valoriza o conforto térmico e a insolação. Os edifícios estão direcionados principalmente ao sul, leste e oeste, otimizando o ganho de luz solar.

Ao sul e a oeste as fachadas são perfuradas com aberturas grandes, criando uma espécie de galeria que contribui para o ganho de calor passivo no inverno e para manter o conforto térmico no verão. O princípio da fachada, que compreende a celebração das grandes molduras das janelas, persianas e varandas, é racional e pode se adaptar para criar uma variedade de modelos. Isto mantem a ordem dos espaços públicos, enquanto cria variações em função dos usos interiores das moradias. A passarela é um lugar que simboliza a conexão entre os dois edifícios. Esta passarela é uma das fortes características do projeto, já que, domina o jardim e a sala comum, o que permite aos residentes interagir de uma maneira muito natural. Os acessos estão desenhados como espaços de convivência de grande tamanho, áreas onde os residentes podem se reunir e desfrutar do seu uso.

Corte Transversal

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[capitol hill ]

Habitação Coletiva em Seattle, USA. Arquitetura: Schemata Workshop. Ano de Construção: 2015 Área: 1.580m² Localização: 14 Rue Ampère, 92000 Nanterre, França Equipe de Projeto: Fabien Brissaud, Philippe Dat Sénac Engenharia Civil e Estrutural: EGSC Engenharia Ambiental: RFR éléments

O Capitol Hill Urban Cohousing, também conhecido como CHUC, é um edifício de uso misto no próspero bairro de Capitol Hill em Seattle. Embora sua aparência física possa ser de um projeto típico, urbano, de uso misto, a inovação está no processo de desenvolvimento que a levou a bom termo. O objetivo coletivo final do edifício - conforme determinado pelos futuros moradores - era a construção de uma comunidade que nutre tanto o indivíduo quanto a família.


11,88m

Piso Térreo CIRCULAÇÃO ÁREA DE APOIO ESCRITÓRIO

32,60m

Com a comunidade como foco do esforço de design, foi dada ênfase particular à forma como a arquitetura poderia facilitar uma maior interação social entre os moradores. Enquanto os modelos tradicionais de acomodação suburbana são tipicamente estendidos ao longo de um caminho de circulação de pedestres, nesse contexto urbano, a circulação é empilhada em torno de um pequeno pátio.

11,88m

Todas as casas têm proximidade física e vistas para este pátio, para que os residentes tenham um senso de conexão com a atividade residente que ocorre na comunidade.

1º Piso

PRIVADO LAZER / CULTIVO

CIRCULAÇÃO ÁREA COMUNITÁRIA ÁREA DE APOIO

11,88m

32,60m

3º e 4º Pisos PRIVADO CIRCULAÇÃO

32,60m

63


4º Piso 11,88m

PRIVADO

LAZER / CULTIVO CIRCULAÇÃO

32,60m

No CHUC, os quatro andares superiores compreendem nove casas, cada uma com cozinha e espaço de convivência completos, e 2 a 3 quartos, além do espaço compartilhado de amenidades internas e externas. O espaço comercial no nível da rua abriga o escritótio de arquitetura do Schemata Workshop. O tamanho das unidades varia entre 80 a 120m², e permitiu uma personalização limitada para atender às preferências pessoais entre as famílias. A Common House (sala comunitária) está localizada no segundo andar do edifício, diretamente ao lado do pátio externo. Ela produz refeições para 30 pessoas e uma grande cozinha simplifica a preparação de refeições grandes. Também estão incluídas aqui lavanderia comum e uma sala de estar que pode ser facilmente fechada e usada como suíte de hóspedes.

11,88m

5º Piso CIRCULAÇÃO

O uso de energia e água é otimizado por meio de extensivas estratégias passivas e integradas, incluindo paredes externas R-34, janelas de fibra de vidro com painel triplo, uma caldeira central de alta eficiência para uso doméstico de água e circulação ao ar livre / com condições climáticas. Embora o orçamento da construção fosse pequeno, foi dada ênfase ao conforto térmico e acústico nas residências, utilizando estratégias de energia passiva e otimizada.

32,60m

20,42m

As casas compactas têm plantas baixas abertas para penetração da luz do dia e todas têm ventilação cruzada.

Corte Longitudinal CIRCULAÇÃO

ÁREA DE APOIO PRIVADO

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vista superior da horta comunitária

Inserção Urbana

vegetação cultivada

Um jardim na cobertura fornece produtos para os residentes do CHUC e um restaurante nas proximidades, além de servir como um projeto de cultivo sustentável para o bairro.

65


[ lourmel ]

Habitação Coletiva em Paris, França. Arquitetura: TVK. Ano de Construção: 2015 Área: 11.500m² Localização: 88 Rue de Lourmel, 75015 Paris, França Equipe de Projeto: Sophie Euscheler, Pierre Alain Trévelo & Antoine Viger-Kohler, Aliette Chauchat, Victor Francisco, Felix Tönnis, Marta Blazquez, Léonard Cattoni, Vincent Hertenberger, Hee-Won Jung, Rozenn lagrée

Situado no coração de uma grande quadra contínua no bairro Front de Seine, o projeto consta de vários programas. O conceito geral da implantação é a ideia de uma paisagem construída. O projeto é composto por dois edifícios cuja presença única e forte faz com que se complementem e equilibrem entre si. Os volumes compactos e esculpidos do edifício da esquina são visíveis em seus quatro lados e anunciam os outros dois edifícios dentro do bloco. É composto por 30 habitações sociais e uma loja. Fonte: <https://www.archdaily.com.br/br/776571/casas-na-rue-de-lourmel-tvk>


O edifício oeste, que contém o asilo, o centro diurno e a creche, é uma superposição horizontal de folhas luminosas de vidro esmaltado. A materialidade do edifício leste é importante pois proporciona luz e reflexos para seus residentes e usuários. O edifício leste, que contém as unidades habitacionais e o asilo, é um volume mais esbelto e escultural, revestido em madeira.

Térreo 0

1 Piso 5m

10m

20m

0

5m

10m

20m

66


Para dar compacidade ao edifício, densificar o terreno e ressaltar sua posição na rua, os espaços exteriores foram relocados por um terraço comunitário na cobertura acessível para todos os residentes. As habitações possuem grandes janelas de vidro que criam uma relação privilegiada com a luz do sol exterior, uma reminiscência de edifícios tradicionais parisienses. A envolvente de vidro autoportante dá às fachadas monocromáticas unidade e luminosidade.

0

5m

10m

20m

0

5m

10m

20m

68


0

5m

10m

20m

Inserção Urbana

Ainda diferente e mais urbano em aparência, encontra-se no mesmo espírito que os edifícios no centro da quadra. O tratamento dos níveis superiores dá à construção de oito pavimentos sua silhueta muito específica.

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[ tabela comparativa]

70


71



6

[ estudos de viabilidade ]


[ estudos de viabilidade ] Local escolhido dentro da área de intervenção.

N Inserção Urbana. Parte da quadra entre as ruas Maria José e Major Diogo. Rua Major Diogo

Rua Maria José

Rua Cons. Carrão

As Zepecs (Zonas Especiais de Preservação Cultural) são porções de território destinadas à preservação dos bens de valor histórico, artístico, arquitetônico, arqueológico e paisagístico. Ao integrare uma Zepec, esses territórios tornam-se patrimônios culturais. As Zepecs-BIR (Bens Imóveis Representativos) são bens de valor arquitetônico ou histórico. Dentro dessa categoria estão igrejas, edifícios históricos e casas bandeiristas, entre outros. A Zepec-BIR oferece ao proprietário a possibilidade de obter recursos, vinculados à conservação do imóvel, por meio da TDC (Transferência do Direito de Construir). Ou seja, o potencial construtivo de sua propriedade (que equivale a uma vez a área do terreno para imóveis de até 500 m²) pode ser vendido para construtoras usarem em terreno apto a ser verticalizado. Fonte: http://patrimoniohistorico.prefeitura.sp.gov.br/index.php/378/

parâmetros construtivos Área Total do Terreno:.............................. 5.115,82m²

N Área a ser demolida (Galpões) Área de ZEPEC (BIR)..................... Fora da Operação Urbana Centro ZEIS 3 Qualificação Ambiental PA5

arrão Rua Cons. C

Taxa de Ocupação:...................................... 70% - 3.581,07m² CA Máximo:................................................... 4 CA Utilizado:................................................. 2,35

N

go Rua Major Dio

Rua Maria José

Área Permeável:.......................................... 0,25 - 1.278,95m² Área Construída Computável:............... 20.463,28m² Área Ocupada:............................................ 1.206,44m² Gabarito de Altura: ................................... n/a Recuos:........................................................... n/a


[ volumetrias ]

[croquis]

75



7

[ proposta projetual ]


[ proposta projetual ]

Comunidades Residenciais Senso de Comunidade "Um sentimento de pertencimento, de que cada membro é importante para o outro e para o grupo, uma fé compartilhada que as necessidades dos membros serão satisfeitas através do seu compromisso de estarem juntos” (McMillan & Chavis, 1986)

78

No mundo em que habitamos é cada vez menos possível viver em segurança. Mas existe um lugar onde estamos a salvo das ameaças externas e que nos aconchega: a comunidade. E ela precisa ser intergeracional,multicultural e diversa. Precisa ser pautada no respeito e na compreensão de que cada um é um universo, e eles devem coexistir pacificamente. Essa é a chave para o convívio dos próximos séculos.


[ e se morรกssemos todos juntos? ] Comunidade Residencial Intergeracional


[ inserção urbana]


[ implantação] Rua Major Diogo

762

Rua Conselheiro Carrão

763

764 765

766

767

768

769

N

1

5

10

20

Rua Maria José

770

81


[ plantas ]

N

N

82

SUBSOLO BLOCO A + TERREO BLOCO C

TERREO BLOCO A + MEZZANINO BLOCO C

0

0

1

2

5

10

1

2

5

10


[ plantas ]

N

N

ANDARES TIPO BLOCO A, B e C - DO 1º AO 10ª 0

1

2

5

10

COBERTURAS BLOCO A, E e C + PROJEÇÃO CAIXAS D’ÁGUA 0

1

2

5

10

83


[ cortes] Caixa D’Água 808,60

Cob.Circ. Vert 803,70

11º Cobertura 801,00

10º Pavto. 798,30

9º Pavto. 795,60

8º Pavto. 792,90

7º Pavto. 790,20

6º Pavto. 787,50

5º Pavto. 784,80

4º Pavto. 782,10

3º Pavto. 779,40

2º Pavto. 776,70

1º Pavto. 774,00

Térreo 770,05

Subsolo 767,05

84

CORTE LONGITUDINAL BLOCO A 0

1

2

5

10


[ cortes] Caixa D’Água 808,60

Cob.Circ. Vert 803,70

11º Cobertura 801,00

10º Pavto. 798,30

9º Pavto. 795,60

8º Pavto. 792,90

7º Pavto. 790,20

6º Pavto. 787,50

5º Pavto. 784,80

4º Pavto. 782,10

3º Pavto. 779,40

2º Pavto. 776,70

1º Pavto. 774,00

Térreo 769,05

CORTE LONGITUDINAL BLOCO B 0

1

2

5

10

85


[ cortes] Caixa D’Água 806,90

Cob.Circ.Vert. 802,40

11º Cobertura 799,70

10º Pavto. 797,00

9º Pavto. 794,30

8º Pavto. 791,60

7º Pavto. 788,90

6º Pavto. 786,20

5º Pavto. 783,50

4º Pavto. 780,80

3º Pavto. 778,10

2º Pavto. 775,40

1º Pavto. 772,70

Mezzanino 769,55

Térreo 766,05

86

CORTE LONGITUDINAL BLOCO C 0

1

2

5

10


[ cortes] Caixa D’Água 808,60

Caixa D’Água 808,60

Caixa D’Água 806,90

Cob.Circ. Vert 803,70

Cob.Circ. Vert 803,70

Cob.Circ.Vert. 802,40 11º Cobertura 801,00

11º Cobertura 801,00

11º Cobertura 799,70 10º Pavto. 798,30

10º Pavto. 798,30

10º Pavto. 797,00 9º Pavto. 795,60

9º Pavto. 795,60

9º Pavto. 794,30 8º Pavto. 792,90

8º Pavto. 792,90

8º Pavto. 791,60 7º Pavto. 790,20

7º Pavto. 790,20

7º Pavto. 788,90 6º Pavto. 787,50

6º Pavto. 787,50

6º Pavto. 786,20 5º Pavto. 784,80

5º Pavto. 784,80

5º Pavto. 783,50 4º Pavto. 782,10

4º Pavto. 782,10

4º Pavto. 780,80 3º Pavto. 779,40

3º Pavto. 779,40

3º Pavto. 778,10 2º Pavto. 776,70

2º Pavto. 776,70

1º Pavto. 774,00

1º Pavto. 774,00

2º Pavto. 775,40

1º Pavto. 772,70

Térreo 770,05

Mezzanino 769,55

Térreo 769,05

Térreo 766,05

CORTE TRANSVERSAL BLOCO A

CORTE TRANSVERSAL BLOCO B

CORTE TRANSVERSAL BLOCO C

0

0

0

1

2

5

10

1

2

5

10

1

2

5

10

87


[ fachadas] norte

88


[ elevações]

89


[ fachadas] sul

90


[ elevações]

91


[ fachadas] leste

92


[ fachadas] oeste

93


[ elevaçþes]

leste

94

oeste


[ plantas ] Apto Tipo A - 1 Dormitório - 40,5m² Apto Tipo B - 1 Dormitório - 31,3m² Apto Tipo C - 2 Dormitórios - 49,2m² Apto PNE - 1 Dormitório - 53m² Apto Tipo D - 2 Dormitórios ou 1 Dormitório c/ Sala Ampliada - 40,4m²

PLANTA TIPO BLOCO A

0

1

2

5

10

95


[ plantas ] Apto Tipo B - 1 Dormitório - 31,3m² Apto Tipo C - 2 Dormitórios - 49,2m²

96

PLANTA TIPO BLOCO B

0

1

2

5

10


[ plantas ] Apto Tipo A - 1 Dormitório - 38,2m² Apto Tipo B - 1 Dormitório - 28,4m² Apto Tipo C - 2 Dormitórios - 46,7m² Apto PNE - 1 Dormitório - 59m²

PLANTA TIPO BLOCO C

0

1

2

5

10

97


[ fluxograma] Sanitários Vestiários e Depósito Sala Comunal Varandas Comunais

Solário

Solário

Restaurante Coletivo Circulações Vert. e Horiz.

Circulações Vert. e Horiz.

Unidades Habitacionais Bloco A

Unidades Habitacionais Acessos

Bloco B Quitanda

Acessos

Praça Central

Biciclet.

Bloco C

Unidades Habitacionais Circulações Vert. e Horiz.

Oficina

Administração Lavanderia Coletiva

Conservatório Musical

Acessos

Lojas

Trabalho Colaborativo Horta Brinquedoteca

98

Brinquedoteca


[ programa de usos e compartilhamentos] ÁREAS PRIVATIVAS Unidades Habitacionais Apto Tipo A Apto Tipo B Apto Tipo C Apto Tipo D Apto PNE

Caracterís�cas Espaço de Uso Privado dos Habitantes Espaço de Uso Privado dos Habitantes Espaço de Uso Privado dos Habitantes Espaço de Uso Privado dos Habitantes Espaço de Uso Privado dos Habitantes

ÁREAS DE USO COMUM AOS HABITANTES E ADMINISTRAÇÃO Acessos Hall do Bloco A Uso Privado dos Habitantes e Visitantes Hall do Bloco B Uso Privado dos Habitantes e Visitantes Hall do Bloco C Uso Privado dos Habitantes e Visitantes Circulação Escadarias e Elevadores Bloco A Uso Privado dos Habitantes e Visitantes Escadarias e Elevadores Bloco B Uso Privado dos Habitantes e Visitantes Escadarias e Elevadores Bloco C Uso Privado dos Habitantes e Visitantes Rampas de Acesso aos Blocos Uso Privado dos Habitantes e Visitantes Administração e Serviços Escritório Administra�vo Secretaria central. Local para armazenamento do material de Depósito manutenção e limpeza das instalações. Ves�ário Área de Operação dos Funcionários das instalações. Quadros de Luz, Água, Manutenção de Elevadores, Áreas de Manutenção etc... USO COMPARTILHADO E PÚBLICO Uso Compar�lhado Oficina Cole�va

Cozinha Cole�va Sala Comunal Área Externa Lavanderia Cole�va Quitanda Colabora�va Varandas Comunais Horta Comunitária Solário Jardim Comunitário Bicicletário Brinquedoteca Espaço de Trabalho Colabora�vo Uso Público Lojas Praça (Áreas de Parada)

Local para a�vidades manuais e artesanais e compar�lhamento de ferramentas e máquinas de uso simples (furadeiras, parafusadeiras, etc.) Área para preparo de refeições cole�vas com aproveitamento da produção da própria horta comunitária. Local de descanso e permanência dos moradores com pequena biblioteca cole�va. Local aberto para convívio. Área de uso cole�vo com maquinas de lavar e secar Loja colabora�va onde é comercializada a produção da horta comunitária. Pequenas áreas onde se pode pra�car o convívio social. Local des�nado a produção de frutas e legumes. Local de descanso e permanência dos habitantes. Área de cul�vo de flores e plantas, temperos, etc. Local des�nado a estacionamento de bicicletas. Área reservada a uso das crianças e seus cuidadores, com livros, jogos e brinquedos de uso compar�lhado. Local dotado de mesas, instalações elétricas e wifi des�nado a este �po de trabalho. Área comercial de uso misto. Locais de parada com arborização e mobiliário urbano acessível.

Áreas Compartilhadas Acessos / Circulação Área Residencial

99


[ intenção projetual]

100

conservatório musical


Documentos originais cedidos pela proprietária do imóvel.

A residência do nr. 168 da Rua Major Diogo, cujo projeto original data de 1916, apesar de não ser um imóvel integrante da lista do casario do Bixiga tombados pelo Conpresp - Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo, é um dos mais icônicos e representativos exemplos de uma época em que o morar tinha um significado diferente do atual. O imóvel, originariamente pertencente a Manuel Monteiro Bertolo, possui uma área de 202,16m², e está no perímetro da área de intervenção proposta. A escolha da inclusão deste imóvel como intenção projetual, vem do desejo de preservação de parte da história do bairro, de tradições culturais musicais muito fortes, e por ser a música um fator de integração social muito forte e sempre presente em todas as culturas, correspondendo ao conceito do projeto, que é incluir, sem diferença de raça, credo ou sexo, promovendo a comunhão através de objetivos em comum. A intenção é integrá-lo no projeto, restaurando-o e criando um anexo que viria a ser o Conservatório Musical e batizá-lo com o nome de Adoniram Barbosa, homenageando o mais famoso representante da musicalidade do bairro. Segundo o teórico austríaco Alois Riegl (1858-1905), a sensação de ver uma edificação que possuía um uso e que passou a não tê-lo mais pode proporcionar um súbito sentimento de destruição violenta. E no caso dos edifícios que já conhecemos sem uso, a falta de uma atividade humana não é tão perturbadora (como as ruínas de um castelo medieval, ou de um templo romano), distinguindo, dessa forma, as obras mais antigas das mais recentes, e de modo semelhante, as obras mais suscetíveis a serem utilizáveis ou não (RIEGL, 1990, p. 60). Baseado nesse conceito, de que a melhor maneira de preservar um bem histórico é lhe atribuindo uso, faz parte do conceito desse projeto o restauro desse patrimônio. Hoje, esse imóvel pertence a Yara Silvia Tucunduva, que gentilmente cedeu a documentação original da época para composição deste trabalho, e está empenhada em restaurá-lo com recursos próprios.

101


[ aspectos gerais]

Acesso ao Bloco C

Varandas Comunais - Bloco B 1ยบ ao 10ยบ andar

Lorem ipsum

Acesso ao Bloco B

103

Fachada e Acesso ao Bloco A


[ aspectos gerais] componentes do telhado verde

Horta Comunitรกria Horta Comunitรกria - Terraรงo Bloco C

104


[ aspectos gerais]

Acessos Bloco C - Praça

Solário - Bloco B

Quitanda - Praça

Aspectos das Rampas de Meio nível


[ proposta projetual ]

As praças internas, lugar de convívio e compartilhamento.

106


[ proposta projetual ]

Cozinha Compartilhada - Sala Comunal

Ă rea de ConvivĂŞncia Externa


[ proposta projetual ]

o esforço

vencer

ínim is com m e ív n s e d os

8,33%

108


[ materialidades]

Guarda Corpo em Tubo Metálico Quadrado com Pintura Eletrostática Piso Flutuante de Concreto Drenável.

Painéis de Madeira Sintética

Iluminação Balizadora em Aço Cortein

Sinalização em placas de aço Cortein com recortes a laser.

109

Portas em Alumínio com Pintura Eletrostática Aço Corten (Epóxi).

Concreto Polido


[ atitudes ecológicas]

cisternas de reuso de água painéis fotovoltaicos Pergolado em madeira sintética

Pisos em concreto drenante.

Passivhaus é um selo alemão que certifica o desempenho energético de edifícios. É aplicado aos edifícios novos, cujo consumo de energia é inferior ou igual a 15 kWh/m²/ano. O consumo total é calculado em energia primária e deve ser inferior a 120 kWh/m²/ano. Fonte: Pequeno Manual do Projeto Sustentável. Jourda, Françoise-Heléne Ed. Gustavo Gili, 2012.

109


[ proposta projetual ]

111

“A arquitetura é a criação reflexiva de espaços.” _Louis Kahn


112



8

[ bibliografia]


[ bibliografia] ALCÂNTARA, Maurício Fernandes de - "Gentrificação". In: Enciclopédia de Antropologia. São Paulo: Universidade de São Paulo, Departamento de Antropologia. São Paulo, 2018. Disponível em: <http://ea.fflch.usp.br/conceito/gentrificação> BEZERRA, Jéssica Bittencourt; BORGES, Amadja Henrique. Cohousing. Um velho conceito para uma nova forma de morar. Arquiteturismo, São Paulo, ano 20, n. 231.03, Vitruvius, out. 2019 <https://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquiteturismo/13.145/7330>. BONDUKI, Nabil G. - Origens da Habitação Social no Brasil: Arquitetura Moderna, Lei do Inquilinato e Difusão da Casa Própria, Estação Liberdade, FAPESP, São Paulo, 1998. D’ARC, Hélene R. e MEMOLI, Maurizio - Intervenções Urbanas na América Latina: Viver no Centro das Cidades, Editora SENAC, São Paulo, 2012.

SITES CONSULTADOS Calçadas, especificações técnicas da Prefeitura de São Paulo Link:https://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/subprefeituras/calcadas/index.ph p?p=37136 https://lajlucas.com.br/piso-drenante-ou-permeavel-a-solucao-sustentavel-para-sua-obra/ 97% de permeabilidade, resistente a tráfego de veículos, atérmico, antiderrapante http://basilio.fundaj.gov.br/pesquisaescolar/index.php?option=com_content&view=articl e&id=1138%3Aadoniran-barbosa-o-patrono-do-samba-paulista&catid=35%3Aletra-a&Ite mid=1 https://www.cohousing.ca/communities/bc/quayside-village/

FELDMAN, Sarah - Vila Itororó: Uma História em Três Atos, Inst. Pedra, São Paulo, 2017

http://www.wolfcreeklodge.org/

LAKATOS, Eva Maria, Fundamentos da Metodologia Científica, Atlas, São Paulo, 1991.

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MOLINA, Rita de Cássia Monteiro Pires, Análise Arquitetônica dos Residenciais Assistidos para Idosos e Cadeirantes na Região Metropolitana de São Paulo, (Dissertação de Mestrado apresentada ao IPT-SP), São Paulo, 2009.

http://www.prefeitura.sp.gov.br/gestaourbana

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IBGE - Sinopse por Setores - <https://censo2010.ibge.gov.br/sinopseporsetores/>

SACHS, C. - São Paulo: Políticas Públicas e Habitação Popular. - EDUSP, São Paulo, 1999 SCHNECK, Sheila. Formação do Bairro do Bexiga em São Paulo: Loteadores, proprietários, construtores, tipologias edilícias e usuários. 2010. 283 págs. (Dissertação de Mestrado em História e Fundamentos da Arquitetura e do Urbanismo) – USP, São Paulo, 2010 . VINAGRE, Andréa Pedrosa - Residencia para Terceira Idade, Artigo para a Revista On-Line ESPECIALIZE - IPOG, João Pessoa, 2016.

118

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SEADE - <http://www.seade.gov.br/> http://www.cdhu.sp.gov.br/web/guest/programas-habitacionais/provisao-de-moradias/pr ograma-vila-dignidade

Este trabalho utiliza imagens de Royalty Free através do Google Imagens e do Google Earth.


[ bibliografia] FONTES DAS IMAGENS Capa: https://br.freepik.com/fotos-gratis/equipamentos-maos-tomada_907993.htm (Imagem livre de direitos autorais). Pág. 13:

Pág. 15: Pág. 18:

Pág. 19:

<https://commons.wikimedia.org/wiki/File:SP-S%C3%A9.GIF> Mapa da cidade de São Paulo <https://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/upload/Cambuci_web_1392059145.pdf> Subprefeitura Sé (ima gem manipulada pelo autor). Geosampa - distrito da Bela Vista(imagem manipulada pelo autor) Google Earth - detalhe da quadra (imagem manipulada pelo autor) Google Earth - vista aérea do bairro da Bela Vista (imagem manipulada pelo autor) Fig.1,3,6,8 - SCHNECK, Sheila. Formação do Bairro do Bexiga em São Paulo: Loteadores, proprietários, construtores, tipologias edilícias e usuários. 2010. 283 págs. (Dissertação de Mestrado em História e Fundamentos da Arquitetura e do Urbanismo) – USP, São Paulo, 2010 . Fig.2: <http://wp.clicrbs.com.br/memoria/2015/07/20/140-anos-deimigracao-italiana-a-saga-de-andrea-marcon/?topo=35> Fig.4: <https://spcity.com.br/serie-avenida-paulista-belvedere-ao-masp-exposicao -fotografica-virtual/?amp_markup=1> Fig.5: <http://pigtagram.com/hashtag/Achiropita> Fig.7: <http://www.portaldobixiga.com.br/historia/terrenos-no-bixiga/> Fig.9: <https://acervo.estadao.com.br/noticias/lugares,bixiga,7414,0.htm> Fig.10: <https://spcity.com.br/vila-itororo-um-lugar-unico-e-cheio-de-historias/> Fig.11: Impressão de tela do “YouTube” Documentário “Vai-Vai 80 Anos” disponivel em <https://youtu.be/8VTB7IX6S5M> Fig.12: <http://www.saopauloantiga.com.br/teatro-zaccaro/> Fig.13: <http://www.portaldobixiga.com.br/wp-content/uploads/2019/05/TBC.jpg> Fig.14: <http://www.historianet.com.br/conteudo/default.aspx?codigo=716> Fig.15: <http://vivatatuape.com.br/portal/2018/01/06/tatuape-antigo-fotos-eimagens-que-fizeram-a-historia-do-tatuap/avenida-radial-leste-na-altura-do-tatuape -em-1970-1355411593091_500x500/ > Fig.16: - SCHNECK, Sheila. Formação do Bairro do Bexiga em São Paulo: Loteadores, proprietários, construtores, tipologias edilícias e usuários. 2010. 283 págs. (Dissertação de Mestrado em História e Fundamentos da Arquitetura e do Urbanismo) – USP, São Paulo, 2010. Fig.17: <http://www.portaldobixiga.com.br/bloco-esfarrapado-o-bloco-mais-antigo -de-sao-paulo/> Fig.18: <https://saopaulosao.com.br/conteudos/outros/3360-o-bexiga-e-suaorigem-multicultural.html> Fig.19: <https://br.pinterest.com/pin/129548926764486553/?lp=true> Fig.20: Imagem retirada do Google Street View (Casas tombadas na R. Maria José).

Pág. 20:

<http://basilio.fundaj.gov.br/pesquisaescolar/index.php?option=com_content&view =article&id=1138%3Aadoniran-barbosa-o-patrono-do-samba-paulista&catid= 35%3Aletra-a&Itemid=1>

Pág. 22 a 35: Imagens retiradas do Google Earth, manipuladas digitalmente pelo autor. Pág. 36 e 37: Imagem central retirada do Google Earth, manipuladas digitalmente pelo autor. Fotos das fachadas da quadra feitas pelo autor. Pág. 42 a 44: Fontes das imagens identificadas na pág. 44. Pág. 48 e 49: <https://www.gutmicrobiotaforhealth.com/en/gut-microbiota-exceedingly -healthy-elderly-people-100-years-old-similar-healthy-30-year-olds /gut_microbiota_elderly_young> Pág. 50:

<http://www.pe.senac.br/cuidador-de-idoso-esta-em-alta-no-mercado-de-trabalho/> <https://www.hypeness.com.br/2017/09/vila-dos-idosos-propoe-novo-conceito-demoradia-para-terceira-idade-em-sp/> <http://deangeloimprensacdhu.blogspot.com/2015/09/blog-post_15.html> <http://www.cdhu.sp.gov.br/web/guest/programas-habitacionais/ provisao-de-moradias/programa-vila-dignidade> Print de tela do Google Maps.

Pág.51:

<https://www.cohousing.ca/communities/bc/quayside-village/> <http://www.wolfcreeklodge.org/> <http://fardknappen.se/>

Pág.52:

Fig. 1 - BONDUKI, Nabil G. - Origens da Habitação Social no Brasil: Arquitetura Moderna, Lei do Inquilinato e Difusão da Casa Própria, Estação Liberdade, FAPESP, São Paulo, 1998. Fig. 2 - <https://www.arquivo.arq.br/edificio-japura>

Pág. 53:

<https://diariodegoias.com.br/brasil/38263-governo-amplia-para-r-9-000-limite-de -renda-do-minha-casa-minha-vida>

Pág. 54 e 55: Arquivos do acervo pessoal do autor. Pág. 58 a 61: <https://www.archdaily.com.br/br/790510/co-residencia-nanterre-mao-architectes -plus-tectone> Pág. 62 a 65: <https://www.schemataworkshop.com/chuc> Pág. 66 a 69: <https://www.plataformaarquitectura.cl/cl/768923/vivienda-en-rue-de-lourmel-tvk /55775f93e58eceaa2a00017d-housing-in-rue-de-lourmel-tvk-photo

119


[ e se morรกssemos todos juntos? ]



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