Experiencia mea nov e dez 2013

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nov.dez.’13


Propriedade: #DRE#Educação Artística#DSEAM#

Direção Geral Carlos Gonçalves e Paulo Esteireiro Coordenação Editorial Filipa Silva Coordenação Gráfica e Capa Silvano Rodrigues Paginação Silvano Rodrigues e Marta Caires Colaboradores

Carlos Gonçalves Miguel Vieira Paulo Esteireiro Paula Rodrigues Rui Mimoso Produção DSEAM


Disco de vinil é uma mídia desenvolvida no início da década de 1948, um material plástico (normalmente cloreto de polivinila, ou PVC), usualmente de cor preta tornando obsoletos os antigos discos de goma-laca de 78 rotações - RPM (rotações por minuto) -, que até então eram utilizados. Os discos de vinil são mais leves, maleáveis e resistentes a choques, quedas e manuseio (que deve ser feito sempre pelas bordas). Mas são melhores, principalmente, pela reprodução de um número maior de músicas - diferentemente dos discos antigos de 78 RPM - (ao invés de uma canção por face do disco), e, finalmente, pela sua excelência na qualidade sonora, além do atrativo de arte nas capas de fora. O

O disco de vinil possui forma espiralada que discos da borda externa horário. Trata-se de uma mecânica. Esses sulcos agulha vibrar. Essa sinal elétrico. Este mente amplificado e (música).

micro-sulcos ou ranhuras em conduzem a agulha do tocaaté o centro no sentido gravação analógica, são microscópicos e fazem a vibração é transformada em sinal elétrico é posteriortransformado em som audível

A partir do final da década de 1980 e início da década de 1990, a invenção dos compact discs (CD) prometeu maior capacidade, durabilidade e clareza sonora, sem chiados, fazendo os discos de vinil ficarem obsoletos e desaparecerem quase por completo no fim do Século XX. No Brasil, artistas que pertencem a grandes gravadoras, gravaram suas músicas em LP até 1997, e aos poucos, o bom e velho vinil saía das prateleiras do varejo fonográfico. Alguns audiófilos ainda preferem o vinil, dizendo ser um meio de armazenamento mais fiel que o CD.


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DSEAM#

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Duas reedições da AREArtística, dois bons exemplos da qualidade da educação artística ao nível regional

por Paulo Esteireiro

A Associação Regional de Educação Artística reeditou recentemente duas edições, publicadas originalmente em 2007: o CD «É Natal outra vez», do Coro Infantil da DRE/Educação Artística, e o manual de iniciação à guitarra «Brincar a tocar 1 – de corda em corda». São duas edições que obtiveram um importante sucesso nos últimos anos – por esse motivo foram agora reeditadas na altura do Natal –, sendo dois bons exemplos da qualidade da educação artística ao nível regional. O CD “É Natal outra vez” «É Natal outra vez» foi editado pela primeira vez em 2007. Quem está atento ao meio musical madeirense e nacional tem, naturalmente, conhecimento da enorme qualidade do Coro Infantil da DRE/Educação Artística, que conta com a direção artística da maestrina Zélia Gomes. O Coro Infantil da DRE/Educação Artística foi constituído em outubro de 1987, na dependência da Secretaria Regional de Educação. Atualmente, é composto por 60 crianças com idades compreendidas entre os 7 e os 13 anos. Desde a sua constituição, vem participando em inúmeras atuações de caráter sóciocultural, organizadas por entidades públicas e privadas, bem como em programas de rádio e televisão, salientando-se a participação anual no Festival da

Canção Infantil da Madeira, onde faz o suporte coral de todas as canções concorrentes. Participou em vários encontros e festivais de coros infantis e juvenis da Madeira e Porto Santo. Nesta coletânea, encontram-se várias músicas regionais, nacionais e estrangeiras, que têm como tema comum uma data festiva com uma enorme tradição popular na região: o Natal. É de destacar a enorme qualidade das vozes: desde a afinação, passando pela excelente escolha dos solistas, até à conjugação de timbres. Importa ainda dizer que este CD está bastante atrativo em termos de design gráfico. Se não o adquiriu na época natalícia que passou, aqui fica um exemplo de uma prenda diferente, de qualidade, regional e que enriquecerá, certamente, o sapatinho de qualquer lar. «Brincar a tocar 1 – de corda em corda» «Brincar a tocar 1 – de corda em corda» é o manual de iniciação à guitarra adotado para o ensino deste instrumento na Direção de Serviços de Educação Artística e Multimédia (Funchal) e no projeto Crescer com a Música (Lisboa). A motivação para esta edição surgiu da inexistência de um manual de iniciação à guitarra que, por um lado, fosse constituído por canções conhecidas cantadas em português e que, por outro lado,


organizasse as melodias de forma progressiva, de modo a permitir aos alunos aprender as notas das cordas da guitarra sequencialmente. Assim, neste manual, os alunos aprendem a tocar melodias populares e divertidas em todas as cordas da guitarra, começando na corda mais aguda e caminhando progressivamente por todas as cordas até à mais grave. Daí o nome do livro: «Brincar a tocar 1 – de corda em corda». O manual é acompanhado de um CD com 46 playbacks, que permitem ao aluno tocar as melodias com um acompanhamento harmónico, facilitando assim a sua aprendizagem em casa. As principais canções do manual têm sempre dois playbacks: um no andamento original da canção e outro num andamento mais lento, para permitir ao aluno tocar com o acompanhamento, mesmo quando ainda não domine a música na perfeição.


Danรงas da Madeira Divulgadas em Congresso Internacional por Carlos Gonรงalves


Danças da Madeira Divulgadas em Congresso Internacional

O Governo Regional da Madeira, através da Secretaria Regional de Educação e Recursos Humanos, divulgou as danças da Madeira no Congresso Internacional «A Música no Espaço Luso-Brasileiro: Um Panorama Histórico». O congresso decorreu nos dias 7, 8 e 9 de novembro, na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, sendo organizado por centros de investigação de Portugal e do Brasil: o Centro de Estudos de Sociologia e Estética Musical (FCSH-Universidade Nova de Lisboa) e o Grupo de Pesquisa Estudos Interdisciplinares em Ciências Musicais (Universidade Federal de Pelotas – Rio Grande do Sul). A participação da Madeira neste congresso foi

protagonizada pelo Doutor Paulo Esteireiro, da Direção Regional de Educação (Serviços de Educação Artística e Multimédia), que realizou uma comunicação intitulada de «Danças no Espaço Atlântico (1821-1930): o caso da Ilha da Madeira». Danças da Madeira Em investigações recentes realizadas sobre a música instrumental na Madeira, foi possível observar que as danças ocuparam um lugar de destaque no repertório musical do século XIX e primeira metade do século XX. O repertório encontrado é influenciado maioritariamente pelas danças europeias, mas


começam igualmente a surgir danças de origem americana, embora nem sempre seja fácil de concluir se estas influências vieram diretamente da América ou se vieram via Europa. Certo é que muitos dos tipos de danças observados são comuns a outras regiões e países do espaço atlântico, tais como os Açores, Cabo Verde ou Brasil. As danças que chegaram até aos nossos dias são compostas e arranjadas musicalmente para diferentes instrumentos e constituições instrumentais – piano, machete (braguinha), viola, agrupamentos de bandolins, bandas e pequenas orquestras de salão –, sendo possível encontrar um repertório variado constituído por valsas, polcas, quadrilhas,

mazurcas, contradanças, danças com indicações geográficas (africana, espanhola, turca, pastoril, etc.), one steps, maxixes, tangos, entre outros. A enorme proporção de danças no contexto do repertório encontrado permite concluir que este tipo de música instrumental era a mais executada nos convívios sociais e privados do Funchal. A sua importância tornou-se tão central que passou a fazer parte da educação da sociedade urbana madeirense, sendo frequente encontrar referência a colégios que ensinavam as crianças e jovens a dançar. Parte deste repertório foi recuperado recentemente e executado no âmbito da Coleção


Madeira Música, sendo divulgado junto das escolas da Região Autónoma da Madeira, no âmbito do Projeto «Iniciativas da Componente Regional do Currículo». Entre os números da Coleção Madeira Música que contêm danças destacam-se os seguintes volumes: «Bailes do Funchal no século XIX» (n.º 2 da coleção), «A Música para piano na Madeira» (n.º 3), «O Machete Madeirense» (n.º 4), «O Bandolim na Madeira» (n.º 5) e «A música para viola» (n.º 7).

Paulo Esteireiro é Chefe da Divisão de Investigação e Multimédia da Direção de Serviços de Educação Artística e Multimédia. É licenciado, mestre e doutorado em Ciências Musicais pela Universidade Nova de Lisboa. Tem colaborado como divulgador e crítico musical em vários periódicos, tais como a revista espanhola Ópera Actual (2000-2012), o Jornal de Letras, Artes e Ideias (2000-2007), o Diário de Notícias da Madeira (2005-2010) e o Jornal da Madeira (20102013). Foi autor e coordenador da série documental Músicos Madeirenses para a RTP-Madeira (12 documentários). Entre as suas publicações destacam-se «Uma História Social do Piano», «Músicos Interpretam Camões», «50 Histórias de Músicos na Madeira» e «Regionalização do Currículo de Educação Musical». É coordenador da Coleção Madeira Música, série editorial que publicou sete CD-Rom com obras musicais históricas madeirenses. Tem escrito artigos para várias revistas científicas e participado com comunicações em encontros especializados em Portugal, Polónia, Brasil, Estónia, Itália e Escócia. Foi assistente da ESE de Setúbal (2008-2012) e da ESE de Bragança (2002-2005), sendo atualmente professor adjunto do ISCE (2008-2013). Leccionou na Escola Profissional de Música de Almada e foi Director Pedagógico da Academia Musical da Ilha Graciosa. Foi professor de guitarra na Academia Musical LAQ, na Foco Musical e no Gabinete Coordenador de Educação Artística.


Vidioteca

http://youtu.be/bBz3HcaUjcg


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