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Photo Poche Número 1 Novembro de 2014 Equipe
Diagramação Capa
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Ana Carolina da Silveira Caio Brito Gustavo Lima Pedro Faria Miguel Chikaoka
Texto
Gustavo Lima
Edição
Ana Carolina da Silveira
08 14 20 26 32 38 42 48 54 62
Abdias Pinheiro Alberto Bitar Ari Souza Bárbara Freire
Geraldo Ramos Guy Veloso Janduari Simões Luiz Braga
Cláudia Leão
Mariano Klautau
Daniel Cruz
Miguel Chikaoka
Dirceu Maués
Octávio Cardoso
Eduardo Kalif Elza Lima Flavya Mutran
Paula Sampaio Shirley Penaforte Walda Marques
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Pequena História da Fotografia Paraense A história da fotografia paraense se confunde com a própria história da fotografia no mundo. Com uma economia muito forte que contava com o auge do ciclo da borracha, Belém, capital do estado do Pará, conseguiu seus primeiros registros fotográficos apenas duas décadas depois do invento da fotografia feito por Nicéphore Niépce em 1826, sendo oficialmente anunciada em 1839. O estado do Pará, sempre foi uma região de grande atração para os estrangeiros, seja pelo imaginário da cidade, por motivos econômicos, por motivos pessoais ou até mesmo para o turismo. Foi e ainda é assim. Em 1867 chega a Belém o fotógrafo Felipe Augusto Fidanza. Pouco se sabe de sua vida e formação antes da chegada no Brasil. No ano de chegada, Felipe, com cerca de 20 anos, já se estabelece como fotógrafo em seu estúdio Fidanza & Companhia e faz seu primeiro trabalho: registrar os preparati-
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vos para a visita de D.Pedro II à cidade. A partir daí, se estabelece em Belém e dá início à uma onda de fotógrafos na cidade. Estabelecidos, os estúdios passam a fazer parte da vida de Belém. Retratos de diversas pessoas de diversas classes sociais. Outra forma que ficou bastante popular foram as fotografias de lugares públicos que eram publicados em forma de cartões-postais. É nesse cenário que a fotografia passa a se tornar parte da vida dos paraenses. Já familiarizado com esse mundo das imagens, no início do século XX, intensifica-se a relação com a fotografia. A prática sai dos estúdios fotográficos comerciais e começa a invadir o núcleo familiar e o cotidiano das pessoas fazendo com que anônimos encontrem na fotografia um meio de registro. Desse convívio, surge também, uma busca da utilização da fotografia como expressão pessoal, ou seja, um olhar
próprio para o cotidiano da cidade. Surge então, no Pará, o movimento fotoclubista. O Foto Clube Pará surge por volta de 1955 quando Fritz Liebdman se reunia com seus amigos que gostavam de fotografar e que eram: Amilcar Leão, Moacir Moraes, Gratuliano Bibas, Serra Freire, Alselm Pitman, Francisco Bacelar, Raimundo Moura e outros. Em 1958 o grupo resolve se organizar o clube e elege a primeira diretoria presidida por Moura. A partir de então o grupo se reunia semanalmente para mostrar a produção fotográfica feita durante a semana e para conversas a respeito das fotografias apresentadas. Em 1962, com o crescimento do grupo e com reformulações constantes o grupo filia-se à Confederação Brasileira de Fotografia e Cinema. Com isso, o número de atividades do grupo aumentou muito através de cursos, palestras, exposições e muitas outras coisas. Na década de 80 uma grande efervescência cultural agita o país devido à abertura política feita sob o governo de João Batista Figueiredo. Em Belém não foi
diferente, a comunidade artística natal também foi influenciada e começou a discutir mais uma vez seu papel na sociedade. Em 1980, Miguel Chikaoka, desembarca em Belém onde inicia seu trabalho fotográfico. Em 1984 Miguel funda a FotoAtiva, um espaço para a iniciação à prática, reflexão e difusão da fotografia. Várias oficinas se sucederem e sucedem juntamente com uma série de atividades em grupo que culminaram em fotovarais, projetos de documentação e muitos outros fins. Foi nesse ambiente que grandes nomes como Alberto Bitar, Cláudia Leão, Elza Lima, Mariano Klautau Filho, Patrick Pardini, Paula Sampaio, Sinvall Garcia e Walda Marques surgiram. Esses fotógrafos, juntamente com Luiz Braga, deram uma visibilidade muito importante e grande a fotografia produzida na região. Todos esses nomes figuram em exposições e coleções espalhadas pelo Brasil e pelo mundo. O estado do Pará percebeu cedo seu fundamental papel na fotografia brasileira. Ao longo de todos os anos nunca duvidou do potencial que lá residia, que viu tanto no trabalho documental quanto
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no trabalho de cunho artístico. Considerou a fotografia uma fonte e soube experimentá-la e foi adaptando-a à vanguarda de seu tempo. Com tudo isso, o Pará consolidou-se como um dos grandes celeiros do Brasil e do mundo em relação a produção fotográfica já realizada.
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Abdias Pinheiro
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Alberto Bitar
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Ari Souza
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Bรกrbara Freire
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Clรกudia Leรฃo
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Daniel Cruz
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Eduardo Kalif
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Elza Lima
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Guy Veloso
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Janduari Sim천es
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Luiz Braga
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Mariano Klautau Filho
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Miguel Chikaoka
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Octรกvio Cardoso
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Paula Sampaio
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Shirley Penaforte
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Walda Marques
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ReferĂŞncias
http://www.culturapara.art.br/fotografia_hist.htm http://culturapara.art.br/fotografia.htm