ARTIGO
Politécnica Revista do Instituto Politécnico da Bahia Fundado em 1896 Ano 6 Edição Trimestral Junho de 2013 ISSN 1809 8169
17-E
Sustentabilidade na construção civil: avaliação da emissão de CO2 em edificações e mitigação Desenvolvimento de um robô Scara didático Cidades sustentáveis: 1exigência do século XXI EU PENSO ASSIM
O erro de Damásio Considerações sobre manutenção e reabilitação de sistemas de revestimento de fachadas
SUMà RIO Editorial  .......................................................................Påg.3 Expediente.....................................................................Påg.4 Sustentabilidade  na  construção  civil:  Avaliação  da  emissão  de  CO2  em  A@Eł?=žËAO A IEPEC=žK -šC Desenvolvimento  de  um  robô  Scara  didåtico  ............................Påg.10 E@=@AO OQOPAJPšRAEOĥ ATECà J?E= @K OÀ?QHK 55& -šC O  erro  de  Damåsio..........................................................Påg.19 Consideraçþes  sobre  manutenção  e  reabilitação  de  sistemas  de  revestimento  de  fachadas  ..................................................Påg.23
2 POLITÉCNICA
EDITORIAL A  Diretoria  do  IPB  pretende  em  2014,  ou  ainda  no  corrente  ano,  vol- tar  a  publicar  a  Revista  PolitÊcnica  tambÊm  em  formato  impresso. O  presente  número,  ainda  em  meio  eletrônico,  trata  de  diferentes  as- pectos  da  engenharia,  desde  robó- tica  atÊ  cidades  sustentåveis  e  as- pectos  importantes  da  construção  FLYLO WRGRV FRP XP YLpV GH ¿ORVR¿D tema  muito  mais  comum  inserido  em  engenharia  do  que  imagina- mos.  Os  artigos  com  enfoque  em  construção  civil  predominam,  enfo- que  tanto  na  escala  individual  como  coletiva.
(P ÂżORVRÂżD R SHQVDPHQWR KXPD- no,  voltado  para  solução  de  pro- blemas,  tem  por  objetivo  analisar  qualquer  problema  frequentemente  com  base  em  cinco  perguntas  fun- damentais,  todas  tambĂŠm  bĂĄsicas  em  um  projeto  de  engenharia.  NĂŁo  hĂĄ  nenhuma  intenção  em  desenvol- ver  o  assunto,  mas  deixar  uma  base  para  cada  leitor  pensar,  e  ele  prĂł- prio  debater  e  desenvolver  os  diver- sos  temas  que  se  lhe  apresentam  num  projeto. A  primeira  pergunta  refere-Âse  à  natureza  do  problema:  (1)  O  que?  Qual  Ê  o  problema?  Essa  pergunta  tem  por  objetivo  desenvolver  o  tema  ou  assunto  e  saber  do  que  se  tra- ta;Íž  (2)  Como?  Para  investigar  e  analisar  como  o  problema  ocorre,  como  Ê  sua  natureza  e  como  uma  determinada  so- lução  proposta  deve  ser  avaliada  e  como,  ou  em  que  cir- cunstâncias,  poderĂĄ  produzir  os  resultados  esperados  ou  QHFHVViULRV 4XDQGR" $ ÂżP GH DYDOLDU VH VH WUDWD GH um  aspecto  permanente  ou  se  sua  ocorrĂŞncia  depende  de  circunstâncias  especiais  e  quais  sĂŁo  essas  circunstâncias;Íž  (4)  Onde?  Onde  o  problema  ocorre?  No  prĂłprio  produto,  na  pessoa  que  utiliza  o  produto,  no  ambiente?  (5)  Por  quĂŞ?  Por  que  o  problema  existe  ou  aparece?  Qual  sua  origem? Â
3 POLITÉCNICA
Por  que  uma  determinada  solução  Ê  a  melhor? Esperamos  que  a  revista  PolitĂŠcnica  atue  como  estĂmulo  à  publicação  de  artigos,  ao  debate  de  problemas  de  en- genharia,  com  inserção  mais  ampla  da  engenharia  na  so- ciedade  e  venha  a  incluir  artigos  de  estudantes  de  pĂłs- -Âgraduação  e  de  especialização. Sylvio  de  QueirĂłs  Mattoso Coordenador  da  Revista
EXPEDIENTE REVISTA E COMPOSIÇÃO DA DIRETORIA - 2012-2013 INSTITUTO POLITÉCNICO DA BAHIA Fundado em 1896 REVISTA POLITÉCNICA FUNDADOR Prof. JOSÉ GOES DE ARAÚJO COORDENADOR Prof. SYLVIO DE QUEIRÓS MATTOSO
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4 POLITÉCNICA
ARTIGO
Manu Dias /SECOM Bahia
Sustentabilidade na construção civil: Avaliação da emissão de CO2 AI A@Eł?=¾ËAO A IEPEC=¾»K Jardel Pereira Gonçalves1;; Francisco Gabriel Santos Silva2 paredes de concreto, avaliando as emissões de CO2 associadas Dayana Bastos Costa3 às duas obras. Abstract: The aim of this study is to assess the sustainability of two social housing projects with the same physical characteristics, but built with different structural typologies, masonry concrete blo- ck and concrete walls, evaluating the CO2 emissions associated with the two works.
Keywords: Sustainability, Emissions, Civil Construction.
Resumo: O objetivo deste trabalho é avaliar a sustentabilidade de dois empreendimentos habitacionais de interesse social com mesmas características físicas, mas construídos com tipologias estruturais diferentes, alvenaria estrutural de blocos de concreto e
INTRODUÇÃO
5 POLITÉCNICA
Palavras-chave: Sustentabilidade, Emissões, Construção Ci- vil.
A indústria da construção civil é uma das maiores consu- midoras de matérias-primas naturais, sendo responsável
ARTIGO por  um  consumo  em  torno  de  50%  dos  recursos  naturais  utilizados  pelo  homem  (AGOPYAN  e  JOHN,  2011).  A  uti- lização  desses  recursos  naturais  se  dĂĄ  principalmente  na  SURGXomR GH FLPHQWR H QR EHQHÂżFLDPHQWR GH DJUHJDGRV aço,  cerâmica,  pedra  britada  e  areia,  visando  à  execução  GDV HGLÂżFDo}HV $ LQG~VWULD GD &RQVWUXomR &LYLO DOpP GH consumir  grandes  quantidades  de  recursos  naturais  nĂŁo  re- novĂĄveis,  emite  para  atmosfera  gases  tais  como  CO,  CH4,  SO2,  NOx,  NO2  e  CO2.  Alguns  estudos  mostram  que  a  in- dĂşstria  de  cimento  gera  aproximadamente,  1  t  de  CO2  por  tonelada  de  clĂnquer  correspondendo  entre  5  e  8%  do  total  emitido  anualmente  para  atmosfera  (Shuzo  et  al.,2005).  No  Brasil,  levando-Âse  em  consideração  as  caracterĂsticas  de  sua  matriz  energĂŠtica,  Toledo  Filho  et.  al.  (2007),  utilizando  dados  de  1999,  calcularam  que  para  cada  tonelada  de  ci- mento  produzido  0,67  ton.  de  CO2  Ê  gerada.  Assim,  o  Brasil  para  uma  produção  anual  de  38  milhĂľes  de  toneladas  de  cimento  Portland  (comum)  tem-Âse  a  liberação  de  25,46  mi- lhĂľes  de  toneladas  de  CO2.  O  elevado  consumo  de  combustĂveis  fĂłsseis  tem  gerado  fortes  impactos  ambientais  nas  emissĂľes  de  carbono,  o  que  tem  levado  a  busca  de  tecnologias  limpas  para  a  produção Â
de  energia,  que  diminuam  as  emissĂľes  e  que  visem  o  uso  PDLV HÂżFLHQWH GH UHFXUVRV QDWXUDLV H GH HQHUJLD $*2- PYAN  e  JOHN,  2011) No  que  se  refere  à s  emissĂľes  oriundas  do  processo  logĂsti- FR GRV PDWHULDLV XP GRV JUDQGHV HQWUDYHV SDUD D HÂżFLrQFLD do  transporte  de  materiais  no  Brasil  se  deve  ao  fato  de  que  o  principal  meio  de  transporte  se  dĂĄ  no  modal  rodoviĂĄrio,  que  promove  elevado  consumo  de  combustĂvel  e  conse- quentemente  altos  teores  de  emissĂľes  de  CO2,  por  conta  GD EDL[D HÂżFLrQFLD GRV PRWRUHV PRYLGRV D yOHR GLHVHO 6H- gundo  Schaeffer  (2010),  esta  forma  de  transporte  corres- ponde  a  mais  de  90%  do  total  de  emissĂľes  associados  aos  transportes. Muitas  ferramentas  podem  ser  utilizadas  para  fundamen- tar  as  açþes  que  visem  a  sustentabilidade  da  construção,  dentre  as  quais  se  pode  citar  a  AnĂĄlise  do  Ciclo  de  Vida  $&9 TXH SHUPLWH PDSHDU H TXDQWLÂżFDU DV HPLVV}HV DV- sociadas  dos  materiais,  e  a  gestĂŁo  sustentĂĄvel,  que  norteia  os  processos  de  gerenciamento  da  produção  e  uso  dos  ma- WHULDLV H WpFQLFDV HPSUHJDGDV QD HGLÂżFDomR SHUPLWLQGR R planejamento  das  açþes  mitigadoras  em  todas  as  fases  da  construção. Manu Dias /SECOM Bahia
6 POLITÉCNICA
ARTIGO ANĂ LISE  DO  CICLO  DE  VIDA  (ACV) $ $QiOLVH GR &LFOR GH 9LGD $&9 p GHÂżQLGD SHOD ,62 “compilação  e  avaliação  de  entradas  e  saĂdas  (de  matĂŠrias  primas  e  recursos  energĂŠticos)  e  impactos  ambientais  po- tenciais  de  um  produto  atravĂŠs  de  seu  ciclo  de  vidaâ€?.  É  uma  forma  para  a  condução  de  uma  anĂĄlise  de  impactos  am- bientais.  Neste  contexto  encontra-Âse  o  que  se  pode  chamar  de  Energias  -ÂEmbutida  Inicial,  Operacional  e  de  Descons- trução. “$ (QHUJLD (PEXWLGD ,QLFLDO p GHÂżQLGD FRPR R FRQMXQWR GRV LQVXPRV HQHUJpWLFRV GLUHWRV H LQGLUHWRV XWLOL]DGRV SDUD HUJXHU D HGLÂżFDomR ´  (TAVARES,  2006).  Nesta  fase,  a  ex- tração,  a  utilização  de  matĂŠria-Âprima  para  os  materiais,  o  transporte  das  matĂŠrias  para  fĂĄbricas,  o  transporte  dos  produtos  acabados  para  obras  e  a  energia  gasta  na  obra.  -i D (QHUJLD 2SHUDFLRQDO p GHÂżQLGD FRPR IRUPD GH VXSULU determinadas  necessidades.  Incluem-Âse  aqui  as  fases  de  reforma,  e  o  transporte  dos  materiais  utilizados  para  esse  ¿P $ (QHUJLD GH 'HVFRQVWUXomR HVWi UHODFLRQDGD DRV SUR- cessos  de  demolição,  e  desmontagem  alĂŠm  dos  processos  de  transporte  de  produtos  para  reciclagem  ou  reaproveita- mento  destes,  estando  associadas  à  energia  consumida  na  HWDSD ÂżQDO GR FLFOR SRU GHVFDUWH GHSRVLomR RX UHFLFODJHP (TAVARES,  2006).
temas  da  sustentabilidade,  incluindo  a  gestĂŁo  de  energia  e  emissĂľes,  que  estĂĄ  diretamente  vinculado  a  emissĂľes  de  CO2 (VSHFLÂżFDPHQWH D PHWRGRORJLD %5(($0 p DTXHOD que  trata  das  emissĂľes  de  CO2 QDV HGLÂżFDo}HV GH IRUPD mais  explĂcita,  devido  a  uma  forte  polĂtica  na  Inglaterra  para  GHVHQYROYLPHQWR H UHIRUPD GH HGLÂżFDomR YLVDQGR HPLVVmR de  zero  carbono,  tambĂŠm  chamada  de  casas  passivas  por  meio  do  CĂłdigo  de  Casas  SustentĂĄveis  (&RGH IRU 6XVWDQDL- EOH +RPHV).  O  CĂłdigo  de  Casas  SustentĂĄveis  ('(3$57- 0(17 )25 &20081,7,(6 $1' /2&$/ *29(510(17,  FODVVLÂżFD DV KDELWDo}HV HP VHLV QtYHLV GH D sendo  que  o  nĂvel  4  Ê  atualmente  o  nĂvel  mandatĂłrio  de  construção  e  o  nĂvel  6  Ê  o  mais  elevado,  consideradas  as  casas  passivas. Â
Com  relação  à  gestĂŁo  da  energia,  a  metodologia  AQUA  tem  preocupaçþes  como:  (a)  redução  do  consumo  de  energia  por  meio  da  concepção  arquitetĂ´nica;Íž  (b)  uso  de  energias  UHQRYiYHLV ORFDLV SRU PHLR GD GHÂżQLomR GH SRUFHQWXDO GH cobertura  das  necessidades  energĂŠticas  usando  energias  locais  de  origem  renovĂĄvel;Íž  (c)  redução  do  consumo  de  energia  primĂĄria  nĂŁo  renovĂĄvel  (CEP)  por  meio  do  estu- do  tĂŠrmico  do  nĂvel  de  consumo  de  energia  para  controle  de  temperatura  interna  (FUNDAĂ‡ĂƒO  CARLOS  ALBERTO  VANZOLINI,  2010).  Outra  iniciativa  importante  no  Brasil  Ê  o  PROCEL  EDIFICA,  que  tem  a  intenção  de  promover  o  XVR UDFLRQDO GD HQHUJLD HOpWULFD HP HGLÂżFDo}HV REMHWLYDQGR LQFHQWLYDU D FRQVHUYDomR H R XVR HÂżFLHQWH GRV UHFXUVRV QD- GESTĂƒO  SUSTENTĂ VEL  NA  CONSTRUĂ‡ĂƒO  CIVIL WXUDLV iJXD OX] YHQWLODomR HWF QDV HGLÂżFDo}HV UHGX]LQ- Diferentes  metodologias  nĂŁo  obrigatĂłrias  de  avaliação  am- do  os  desperdĂcios  e  os  impactos  sobre  o  meio  ambiente,  biental  de  construçþes  sustentĂĄveis  foram  desenvolvidas  tornando  os  edifĂcios  mais  sustentĂĄveis  (MINISTÉRIO  DE  pelo  mundo  que  fornecem  um  conjunto  de  normas  e  guias  MINAS  E  ENERGIA,  2009). de  boas  prĂĄticas  visando  minimizar  os  impactos  ambientais  FDXVDGRV SHOD HGLÂżFDomR GXUDQWH VHX FLFOR GH YLGD TXH Dentro  deste  contexto,  este  trabalho  avaliou  a  sustentabili- devem  ser  parcialmente  ou  completamente  atendidas  para  dade  de  dois  empreendimentos  habitacionais  de  interesse  TXH XP HPSUHHQGLPHQWR SRVVD VHU FHUWLÂżFDGR FRPR XPD social,  realizados  em  Salvador,  com  åreas  semelhantes,  construção  sustentĂĄvel.  Exemplos  destas  metodologias  sĂŁo  PDV FRP WLSRORJLDV HVWUXWXUDLV GLVWLQWDV RQGH VH TXDQWLÂżFRX o  LEED  -  /HDGHUVKLS LQ (QHUJ\ DQG  (QYLURQPHQWDO 'HVLJQ,  e  analisou  as  emissĂľes  de  CO2  associadas  das  duas  obras  BREEAM  -  %XLOGLQJ 5HVHDUFK (VWDEOLVKPHQW (QYLURQPHQ- H GHÂżQLUDP VH Do}HV PLWLJDGRUDV WDO $VVHVVPHQW 0HWKRG HQWUH RXWURV PpWRGRV HVSHFtÂżFRV de  cada  paĂs  como  NABERS  e  GREEN  STAR  na  AustrĂĄlia,  GREEN  GLOBES  em  Canada,  CASBEE  -  &RPSUHKHQVLYH METODOLOGIA  $VVHVVPHQW 6\VWHP IRU %XLOGLQJ (QYLURQPHQWDO (IÂżFLHQF\  e  Foram  realizados  estudos  em  dois  empreendimentos  habi- HQE  -  +DXWH 4XDOLWp (QYLURQQHPHQWDOH  na  França.  No  Bra- tacionais  de  interesse  social,  com  caracterĂsticas  fĂsicas  se- sil,  foram  desenvolvidas  as  metodologias  AQUA  –  Avaliação  melhantes,  mas  construĂdas  com  sistemas  estruturais  dis- da  Qualidade  Ambiental  (adaptado  da  HQE)  e  o  Selo  Casa  WLQWRV $ HGLÂżFDomR A  foi  executada  com  alvenaria  estrutural  Azul  da  Caixa  EconĂ´mica  Federal. de  blocos  de  concreto,  este  empreendimento  compreende  As  metodologias  mencionadas  acima  tratam  de  diversos  18  blocos,  com  um  total  de  780  apartamentos,  sendo  18 Â
7 POLITÉCNICA
ARTIGO apartamentos  de  um  quarto  com  årea  de  38m2  e  762  apar- Onde:  tamentos  de  dois  quartos  com  årea  de  45m2,  constituindo  EmissĂľes  MT1,j  =  emissĂľes  de  CO  devido  à  utilização  do  produto  j  na  2 uma  årea  total  construĂda  de  45.918,87  m2 $ HGLÂżFDomR B  HGLÂżFDomR HP WRQHODGDV GH &22;Íž  possui  sistema  estrutural  de  paredes  de  concreto  com  4  blo- QTj  =  quantidade  de  produto  j  necessĂĄria  na  obra,  em  toneladas;Íž  cos  com  12  e  16  pavimentos  (dois  de  cada),  um  total  de  448  apartamentos  de   divididos  em  2   e  3  quartos  com  årea  de  48,34m2   e  58,71m2  respectivamente  vide  Figura  6,  consti- tuindo  uma  årea  total  construĂda  de  41.915,88  m2.  .Foram  realizadas  visitas  nas  obras  e  por  meio  da  anĂĄlise  da  curva  ABC,  foi  levantado  o  quantitativo  dos  materiais,  e  extraĂdos  apenas  os  materiais  objetos  deste  estudo:  cimento,  areia,  brita,  argamassa,  cerâmica  e  aço.  A  partir  destas  informa- çþes  foram  calculadas  as  emissĂľes  de  CO2  dos  materiais.
)(3M IDWRU GH HPLVVmR GH &2 GHYLGR j XWLOL]DomR GR SURGXWR M QD HGL¿- cação,  em  toneladas  de  CO2.
APRESENTAĂ‡ĂƒO  DOS  RESULTADOS  E  DISCUSSĂƒO
Os  dados  obtidos  na  curva  ABC  estĂŁo  apresentados  na  Ta- EHOD 2EVHUYD VH TXH D HGLÂżFDomR % WHP FRQVXPR FLPHQ- WR DUHLD EULWD DoR H DUJDPDVVD PXLWR VXSHULRUHV j HGLÂżFD- ção  A,  isso  ocorre  devido  à  tipologia  estrutural  da  obra  B  ser  de  parede  de  concreto,  o  que  eleva  o  consumo  de  cimento  e  materiais  associados.  O  cĂĄlculo  da  geração  de  CO2  das  A  metodologia  adotada  para  o  cĂĄlculo  das  emissĂľes  foi  o  HGLÂżFDo}HV HVWXGDGDV HVWmR DSUHVHQWDGRV QD 7DEHOD GHVHQYROYLGR SRU &RVWD QD TXDO p IHLWD D TXDQWLÂż- Tabela  1  –  Resumo  dos  materiais  da  curva  ABC cação  das  emissĂľes  de  CO2  geradas  na  produção  e  trans- EDIFICAĂ‡ĂƒO  A EDIFICAĂ‡ĂƒO  B porte  dos  materiais  da  construção.  Este  estudo  utilizou  o  item unidade Total  (ton) Total  (ton) nĂvel  bĂĄsico  da  metodologia  de  Costa  (2012),  pois  devido  kg 283,76 5.168,43 j LQVXÂżFLrQFLD GH GDGRV DOXVLYRV DRV SURFHVVRV LQGXVWULDLV Cimento m3 1476,95 26.533,78 e  transporte  dos  materiais  estudados.  O  cĂĄlculo  efetuado  Areia Brita m3 542,07 7.702,39 utilizou  a  Equação  1. EmissĂľes  MT1,j=  QTj  x  FEPj                                                     (Eq.  1)
Cerâmica
und
336,68
175,20
Aço
kg
81,93
791,10
Argamassa  de  assenta- mento Â
kg
15,89
109,67
Tabela  2  –  Cålculo  da  geração  de  CO2 (GL¿FDo}HV $ H %¹ PpWRGR GH &267$
EDIFICAĂ‡ĂƒO  A Item
QTj  (ton)
FEPj
t  CO2  (1bloco)
EDIFICAĂ‡ĂƒO  B t  CO2
QTj Â
(18 Â blocos)
(ton)
FEPj
t  CO2
t  CO2
 (1bloco)
(4 Â blocos)
Cimento
283,76
0,652
185,01
3.330,23
5.168,43
0,652
3.370
13.479,27
Areia
1476,95
0,086
127,02
2.286,32
26.533,78
0,086
2.282
9.127,62
Brita
542,07
0,086
46,62
839,12
7.702,39
0,086
662
2.649,62
Cerâmica
336,68
0,187
62,96
1.133,25
175,20
0,187
33
131,05
Aço
81,93
1,845
151,16
2.720,87
791,10
1,845
1.460
5.838,31
Argamassa  de  assentamento Â
15,89
0,159
2,53
45,46
109,67
0,159
17
69,75
-Â
-Â
575,29
-Â
-Â
7.824
Total
Nota-Âse,  na  Tabela  2,  que  o  valor  total  de  emissĂľes  para  a  PRV UHVSHFWLYDPHQWH QD HGLÂżFDomR $ WRQ &22/m2  e  na  HGLÂżFDomR % p FHUFD GH WUrV YH]HV R YDORU HQFRQWUDGR QR B  0,74  ton.CO2/m2  ,  valor  3  vezes  superior  em  B. estudo  de  caso  1,  quando  se  avalia  a  emissĂŁo  por  unidade  Esses  resultados  indicam  que  a  tipologia  estrutural  de  pa- de  apartamento: D HGLÂżFDomR $ FRQWpP WRQ GH &22  e  rede  de  concreto  promove  mais  emissĂľes  de  CO  do  que  a  2 D HGLÂżFDomR % WHP WRQ GH &22,  portanto  cinco  vezes  tipologia  de  alvenaria  estrutural  de  blocos  de  concreto.  Mos- maior  em  B.  Ao  analisar  as  emissĂľes  por  m2  construĂdo  te- trando  que  Ê  necessĂĄrio  que  na  fase  de  planejamento  da Â
8 POLITÉCNICA
ARTIGO obra,  deve-Âse  realizar  um  estudo  mais  detalhado  sobre  a  estrutura  do  empreendimento  nĂŁo  apenas  nos  aspec- WRV ÂżQDQFHLURV PDV WDPEpP QRV LPSDFWRV DPELHQWDLV DVVRFLDGRV GH IRUPD TXH D HGLÂżFDomR VH HQTXDGUH HP parâmetros  de  sustentabilidade  ambiental,  principalmen- WH REUDV FRP ÂżQDQFLDPHQWRV S~EOLFRV
AÇÕES  MITIGADORAS $o}HV PLWLJDGRUDV SRGHP VHU DGRWDGDV D ¿P GH VH UH- duzir  os  impactos  ambientais  oriundos  das  emissþes  de  CO2  do  setor  da  indústria  da  construção  civil,  dentre  as  quais  se  destacam: x
x
Açþes  estruturantes  na  infraestrutura  logĂstica  com  fomento  ao  uso  de  mecanismos  de  transportes  dos  materiais  menos  poluentes  tais  como  o  aquaviĂĄrio  e  o  ferroviĂĄrio.
CONCLUSĂ•ES  A  partir  das  emissĂľes  associadas  aos  materiais  utilizados  nos  estudos  de  caso  avaliados  pode-Âse  concluir  que  a  obra  cons- truĂda  com  paredes  de  concreto  possui  valor  de  emissĂŁo  de  CO2  por  metro  quadrado  construĂdo  superior  em  3  vezes  a  obra  construĂda  alvenaria  estrutural  de  blocos  de  concreto.  AlĂŠm  disso,  açþes  mitigadoras  podem  ser  tomadas  de  forma  que  a  sustentabilidade  ambiental  da  construção  seja  alcançada.
GestĂŁo  sustentĂĄvel  da  construção,  focada  no  conhecimento  da  ACV  dos  materiais  utilizados,  uso  de  tĂŠcnicas  construtivas  menos  impactantes  e  planejamento  com  foco  em  redução  de  perdas,  gerenciamento  dos  resĂduos  gerados  e  busca  de  soluçþes  ecolĂłgicas.
E-Âmails  de  contato: Â
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'H¿QLomR QD IDVH GH SURMHWRV GR VLVWHPD HVWUX- tural  mais  sustentåvel,  cujos  materiais  e  tÊcnicas  utilizadas  sejam  menos  impactantes;͞
2  -  CETEC-ÂUFRB/  Centro  Interdisciplinar  de  Energia  e  Ambiente  /UFBA   -  neam.ufrb@gmail.com
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Escolha  de  materiais  que  possuam  menos  im- pactos  ambientais,  sustentĂĄveis  e  acima  de  tudo  que  sejam  reciclĂĄveis  de  forma  que  seu  ciclo  de  vida  possa  ser  estendido. Â
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Substituição  parcial  ou  total  dos  materiais  que  possuem  fator  de  emissĂŁo  elevado,  tal  como  o  ci- mento,  onde  se  podem  utilizar  resĂduos  de  outras  indĂşstrias,  sem  comprometer  o  seu  desempenho. Utilização  de  processos  construtivos  racionaliza- dos,  fundamentados  na  construção  enxuta,  com  controle  e  transparĂŞncia  dos  processos,  incorpo- ração  de  melhoria  contĂnua  no  processo  de  pro- dução  e  redução  de  perdas. 8WLOL]DomR GH FHUWLÂżFDo}HV DPELHQWDLV FRPR ferramenta  de  seleção  e  controle  dos  materiais  e  tĂŠcnicas  construtivas,  de  forma  a  calcular,  ava- liar  e  reduzir  cargas  ambientais  causadas  por  um  edifĂcio  ao  longo  de  uma  vida  útil  assumida. Elaboração  de  um  inventĂĄrio  nacional  de  emis- sĂľes  da  indĂşstria  da  construção  civil,  que  englo- EH WRGR R VHWRU H TXH SHUPLWD LGHQWLÂżFDU H PD- pear  os  produtos  e  processos  mais  impactantes. Açþes  governamentais  para  a  regulação  do  se- tor  da  construção,  com  foco  na  sustentabilidade  ambiental,  usando  como  ferramenta  de  controle  RV ÂżQDQFLDPHQWRV S~EOLFRV
9 POLITÉCNICA
1  -  Escola  PolitÊcnica  da  UFBA  /Centro  Interdisciplinar  de  Energia  e  Ambiente  /UFBA   -  jardelpg@gmail.com
3  -  Escola  PolitĂŠcnica  da  UFBA  /Mestrado  em  Engenharia  Ambiental  e  Urbana  /UFBA  -  dayanabcosta@gmail.com REFERĂ&#x160;NCIAS  $*23<$1 9 -2+1 9 0 2 GHVDÂżR GD VXVWHQWDELOLGDGH QD FRQVWUXomR FLYLO SĂŁo  Paulo:  Editora  Blucher,  2011.  5  vol. &267$ % / GH & 4XDQWLÂżFDomR GH HPLVV}HV GH &22  geradas  na  produção  de  materiais  utilizados  na  construção  civil  no  Brasil.  Dissertação  (mestrado)  â&#x20AC;&#x201C;  UFRJ/COPPE/Programa  de  Engenharia  Civil,  2012.  Rio  de  Janeiro. DEPARTMENT  FOR  COMMUNITIES  AND  LOCAL  GOVERNMENT.  Code  for  Sustainable  Homes:  Technical  Guide.  Novembro,  2010. FUNDAĂ&#x2021;Ă&#x192;O  CARLOS  ALBERTO  VANZOLINI.  Referencial  TĂŠcnico  de  Certi- ¿FDomR (GLItFLRV +DELWDFLRQDLV 3URFHVVR $48$ YHUVmR ISO  International  Organization  for  Standardization.  ISO  14040/2006:  Envi- ronmental  management  -  Life  cycle  assessment  -  Principles  and  framework.  Genebra,  2006. 0,1,67e5,2 '( 0,1$6 ( (1(5*,$ (WLTXHWDJHP GH (ÂżFLrQFLD (QHUJpWLFD GDV (GLÂżFDo}HV SCHAEFFER,  Roberto.  Redução  de  emissĂľes:  opçþes  e  perspectivas  para  o  Brasil  nos  setores  de  energia,  transporte  e  indĂşstria.  Fundação  brasileira  para  o  desenvolvimento  sustentĂĄvel.  (FBDS),  Rio  de  Janeiro/RJ.  2010. SHUZO,  M.  et  al.  Architecture  for  a  Sustainable  Future.   Edited  by  Architec- tural  Institute  of  Japan  (AIJ)  Published  by  Institute  for  building  Environment  and  Energy  Conservation  (IBEC).  2005. 7$9$5(6 6 ) 0HWRGRORJLD GH DQiOLVH GR FLFOR GH YLGD HQHUJpWLFR GH HGLÂż- caçþes  residenciais  brasileiras.  Tese  (Doutorado  em  Engenharia  Civil).  Uni- versidade  Federal  de  Santa  Catarina,  Santa  Catarina,  2006. TOLEDO  FILHO,  Romildo  Dias;Íž  GONĂ&#x2021;ALVES,  Jardel  Pereira;Íž  Americano,  B.  B.;Íž  FAIRBAIRN,  Eduardo  Miranda  Rego.  Potential  for  use  of  crushed  waste  calcined-Âclay  brick  as  a  supplementary  cementitious  material  in  Brazil.  Ce- ment  and  Concrete  Research,  v.  37,  p.  1357-Â1365,  2007.
ARTIGO
Desenvolvimento  de  um  robĂ´  Scara  didĂĄtico Victor  Ben-ÂHur Alexandre  Aguiar  Andrea  Bitencourt Justino  Medeiros Grupo  de  Pesquisa  em  Sistemas  MecatrĂ´nicos  â&#x20AC;&#x201C;  GSAM Instituto  Federal  de  Educação,  CiĂŞncia  e  Tecnologia  da  Bahia  â&#x20AC;&#x201C;  IFBA  â&#x20AC;&#x201C;  Salvador,  Bahia,  Brasil. Abstract:  This  article  aims  to  present  the  project  development  of  a  SCARA  manipulator,  robot  with  prismatic  and  rotational  joints,  integrated  with  a  didactic  manufacturing  cell,  which  methodol- ogy  prioritized  the,  reliability,  functionality  and  cost  optimization.  Its  control  is  done  by  the  Arduino  Duemilanove,  a  microcontrolled  open-Âsource  platform.  This  work  is  destined  to  qualify  students  in  automation  and  related  areas,  and  has  been  used  in  laboratory  work  at  classes  in  the  Instituto  Federal  da  Bahia.
Resumo:  Este  artigo  apresenta  o  desenvolvimento  do  projeto  de  um  robô  manipulador  SCARA,  robô  com  juntas  rotacionais  e  prismåtica,  integrado  a  cÊlula  de  manufatura  didåtica,  cuja  meto- GRORJLD SULRUL]RX D FRQ¿DELOLGDGH IXQFLRQDOLGDGH H RWLPL]DomR GH custos.  Seu  controle  Ê  realizado  por  uma  plataforma  micropro- cessada  e  RSHQ VRXUFH,  o  Arduino  Duemilanove.  Este  trabalho  Ê  destinado  à TXDOL¿FDomR GRV HVWXGDQWHV GH DXWRPDomR H iUHDV relacionadas,  a  partir  de  sua  aplicação  nas  aulas  tÊcnicas  do  Ins- tituto  Federal  da  Bahia.
Keywords  :  Manipulator,  SCARA,  Arduino,  Didactic  manufac- turing  cell Palavras-Âchave  :  0DQLSXODGRU 6&$5$ $UGXLQR &pOXOD GH manufatura  didĂĄtica.
1. Â
Introdução
A  robĂłtica  Ê  um  campo  da  ciĂŞncia  recente,  em  constan- te  desenvolvimento  (Angelo,  2007),  que  envolve  diversas Â
ĂĄreas  do  conhecimento,  tais  como  a  engenharia  elĂŠtrica,  mecânica,  computação  e  a  matemĂĄtica.  A  sua  aplicação  em  indĂşstrias  e  serviços  vem  crescendo  consideravelmen- te,  como  apresentado  pela  IFR  (,QWHUQDWLRQDO )HGHUDWLRQ RI 5RERWLFV).  Contudo,  a  sua  principal  aplicação  estĂĄ  relacio- nada  aos  processos  de  produção  industrial,  como  a  indĂşs- tria  automobilĂstica. De  acordo  com  a  norma  10218/1992  da  ISO  (,QWHUQDWLRQDO 2UJDQL]DWLRQ IRU 6WDQGDUGL]DWLRQ),  um  robĂ´  manipulador  Ê  uma  mĂĄquina  manipuladora,  com  vĂĄrios  graus  de  liberda- de,  controlada  automaticamente,  reprogramĂĄvel,  multifun- FLRQDO TXH SRGH WHU EDVH Âż[D RX PyYHO SDUD XWLOL]DomR HP aplicaçþes  de  automação  industrial.  Este  trabalho  apresen- WD R GHVHQYROYLPHQWR GH XP URE{ PDQLSXODGRU GH EDVH Âż[D Desde  sua  primeira  aplicação  em  ambiente  industrial  em  1951  (Panse,  2012),  tem  sido  crescente  a  aplicação  dos  robĂ´s  manipuladores,  tais  como  montagem  em  linhas  de  produção,  soldagem,  corte  e  transporte.  O  seu  grande  nĂş- PHUR GH DSOLFDo}HV H VXD Ă&#x20AC;H[LELOLGDGH SRGHQGR UHDOL]DU operaçþes  diferentes  sem  necessidade  de  pausas  no  pro- cesso  de  produção)  permitiu  que  os  manipuladores  fossem  integrados  à s  cĂŠlulas  de  manufatura. A  necessidade  de  otimizar  os  processos  industriais  le- vou  ao  desenvolvimento  das  cĂŠlulas  de  manufatura,  atravĂŠs  dos  conceitos  da  Tecnologia  de  Grupo.  Nela,  as  atividades  sĂŁo  padronizadas  e  realizadas  em  con- junto  (Hyer  &  Wemmerlov,1984),  assim  o  ciclo  de  fabri- FDomR H WUDQVSRUWH p UHGX]LGR VLPSOLÂżFDQGR R FRQWUR- le  da  produção  e  custos  de  produção  (Groover,1987).  Neste  contexto  de  expansĂŁo  da  robĂłtica  e  sua  integração  com  cĂŠlulas  de  manufatura,  torna-Âse  necessĂĄrio  aprimo- rar  o  ensino  da  automação  e  controle  industrial,  atravĂŠs  de  ferramentas  interdisciplinares,  tais  como  robĂ´s  didĂĄ- ticos  e  cĂŠlulas  de  manufatura  didĂĄticas,  ferramentas  de  HQVLQR HÂżFLHQWH VHJXQGR %DOFK $ )LJXUD DSUH- senta  um  modelo  baseado  em  (CURZEL  et  al.,2006)  que  encontra-Âse  em  desenvolvimento  no  Grupo  de  Pesquisa  em  Sistemas  MecatrĂ´nicos  (GSAM)  do  Instituto  Federal  da  Bahia.
Figura  01  Projeto  da  cÊlula  de  manufatura  didåtica.
10 POLITĂ&#x2030;CNICA
ARTIGO 2. Â
SCARA
As  principais  caracterĂsticas  necessĂĄrias  para  um  sistema  GH PRQWDJHP DXWRPDWL]DGR VmR DOWD SURGXWLYLGDGH Ă&#x20AC;H[L- ELOLGDGH H GHVWUH]D 3DUD DWHQGHU HVVDV HVSHFLÂżFLGDGHV muitos  modelos  robĂłticos  foram  propostos,  contudo  tais  modelos,  por  vezes,  nĂŁo  possuĂam  resposta  rĂĄpida,  nĂŁo  eram  simples  ou  realizavam  apenas  determinadas  tarefas  (Milutinovi  e  Potkonjak,1990). O  modelo  do  manipulador  robĂłtico  SCARA  (6HOHFWLYH &RP- SOLDQW $UWLFXODWHG 5RERW $UP)  foi  desenvolvido  em  1979  pela  universidade  de  Yamanashi,  no  JapĂŁo,  como  forma Â
GH VXSHUDU WDLV GHÂżFLrQFLDV HP SURFHVVRV GH PRQWDJHP Apesar  de  inicialmente  ser  considerado  um  modelo  para  XPD DSOLFDomR HVSHFLÂżFD WDO PRGHOR VH SRSXODUL]RX FRPR apresentado  por  Stone  e  Kurfess  (2005).  Sua  estrutura,  DSUHVHQWDGD SHOD ÂżJXUD D p FRPSRVWD SRU GXDV MXQWDV paralelas  rotacionais  e  uma  junta  prismĂĄtica  conectada  ao  efetuador,  e  permite  uma  alta  precisĂŁo,  velocidade  e  re- petitividade,  essenciais  para  montagens  mecânicas  e  ele- trĂ´nicas. Entretanto,  seu  espaço  de  trabalho,  conjunto  de  todos  os  pontos  possĂveis  de  serem  atingidos  por  um  ponto  de  refe- rencia  do  efetuador  (Gupta  e  Roth,  1982),  Ê  limitado  a  4Ę&#x152;/Ăą em  que  L  Ê  o  comprimento  de  cada  elo,  como  apresentado  QD ÂżJXUD E
                                   (a)                                                                               (b) Figura  02  â&#x20AC;&#x201C;  SCARA.  (a)  Estrutura  mecânica  (b)  Volume  de  trabalho:  Vista  lateral  e  superior(Craig, 2004)
3. Â
Resultados
A  construção  do  robĂ´  SCARA  requer  conhecimentos  em  mĂşltiplas  åreas  da  engenharia,  o  que  torna  o  seu  processo  de  desenvolvimento  uma  tarefa  complexa.  A  metodologia  utilizada  neste  trabalho,  baseada  em  Archilla  (2008),  priorizou  D FRQÂżDELOLGDGH IXQFLRQDOLGDGH H RWLPL]DomR GH FXVWRV 'HVVD IRUPD R SURMHWR IRL GLYLGLGR HP HWDSDV FRPR PRVWUD D Figura  03. Figura  03  â&#x20AC;&#x201C;  Fluxograma  de  metodologia.  Adaptado  de  Archilla  (2007)
11 POLITĂ&#x2030;CNICA
ARTIGO O  robĂ´  SCARA  projetado  serĂĄ  integrado  a  uma  cĂŠlula  de  manufatura  didĂĄtica,  para  realizar  o  transporte  e  montagem Â
GH SHoDV 3DUD LVVR IRUDP SURSRVWDV DOJXPDV HVSHFL¿FD- çþes,  apresentadas  pela  tabela  01:
7DEHOD (VSHFL¿FDo}HV GR SURMHWR Tamanho  do  1°  Elo
500mm
Tamanho  do  2°  Elo
280mm
Tamanho  do  3°  Elo
250mm
Tamanho  da  cremalheira
400mm
Ă&#x201A;ngulo  mĂĄximo
270°
$ SDUWLU GDV HVSHFLÂżFDo}HV GD WDEHOD H GR SURMHWR FRQ-Â FHLWXDO DSUHVHQWDGR SHOD ÂżJXUD D IRL GHVHQYROYLGD D PD-Â
triz  de  princĂpio  de  soluçþes  para  o  robĂ´,  apresentada  pela  ¿JXUD
Figura  04  â&#x20AC;&#x201C;  Matriz  de  princĂpio  de  soluçþes Partindo  da  melhor  solução  encontrada,  o  projeto  mecânico  foi  desenvolvido  atravĂŠs  do  VRIWZDUH 6ROLGZRUNV,  o  elĂŠtrico  por  meio  do  3URWHXV  e  o  de  controle  com  o  VRIWZDUH $UGXLQR 2 SURMHWR PHFkQLFR GHVHQYROYLGR p DSUHVHQWDGR SHOD ÂżJXUD D H D YLVWD H[SORGLGD SHOD ÂżJXUD E $ ÂżJXUD F DSUHVHQWD R SURWyWLSR GR URE{ 6&$5$ GHVHQYROYLGR
(a) Â
                                                         (b)                                                (c)
Figura  05  â&#x20AC;&#x201C;  SCARA.  (a)  Projeto  mecânico  (b)  Vista  explodida  do  projeto  (c)  ProtĂłtipo  do  robĂ´
12 POLITĂ&#x2030;CNICA
ARTIGO (IHWXDGRU O  órgĂŁo  terminal  do  robĂ´  Ê  o  elemento  mais  crĂtico  em  sis- temas  robĂłticos,  pois  sua  estrutura  depende  de  diversas  es- SHFLÂżFDo}HV GR URE{ WDLV FRPR R YROXPH GH WUDEDOKR GHVH- jado,  o  objeto  manipulado  e  a  tarefa  realizada,  alĂŠm  de  ser  a  estrutura  responsĂĄvel  em  interagir  com  o  ambiente  em  que  o  robĂ´  se  encontra.  Desta  forma,  existem  diversos  modelos  GH HIHWXDGRUHV TXH SRGHP VHU FODVVLÂżFDGRV HP JDUUD RX ferramenta.  As  garras  sĂŁo  utilizadas  para  transportar  obje- WRV H DV IHUUDPHQWDV SDUD PRGLÂżFDU XP REMHWR O  modelo  de  efetuador  escolhido  foi  a  garra  de  dois  dedos,  pois  o  robĂ´  deverĂĄ  transportar  objetos  com  superfĂcies  la- WHUDLV SODQDV %XVFDQGR XP VLVWHPD FRPSDFWR H HÂżFLHQWH a  garra  desenvolvida  utiliza  duas  engrenagens  conectadas Â
(a) Â
Ă s  suas  hastes,  uma  destas  ligada  ao  servomotor.  Quan- do  acionado,  o  servomotor  transmite  o  movimento  para  as  hastes,  que  realizam  o  movimento  de  abertura  ou  fecha- mento  da  garra.  Para  determinar  se  o  objeto  foi  correta- PHQWH SHJR SHOD JDUUD Âż[DUDP VH GXDV FKDYHV ÂżP GH FXU- so  na  garra. 2 SURMHWR GR HIHWXDGRU p DSUHVHQWDGR QD ÂżJXUD D H R SURWyWLSR GHVHQYROYLGR QD ÂżJXUD E 2 FRPSULPHQWR GH sua  base  Ê  de  100mm,  sua  largura  mĂĄxima  Ê  de  110mm  e  mĂnima  de  98mm,  e  a  abertura  mĂĄxima  da  garra  Ê  de  50mm.  Para  a  estrutura  da  garra  utilizou-Âse  alumĂnio,  e  para  confecção  das  engrenagens  foi  utilizado  nylon,  devido  D DOJXPDV SURSULHGDGHV ItVLFDV FRPR EDL[R SHVR HVSHFtÂż- co,  boa  resistĂŞncia  à  fadiga,  resistĂŞncia  a  impactos  e  facili- dade  na  usinagem,  e  baixo  custo. Â
                                        (b)
Figura  06  â&#x20AC;&#x201C;  Efetuador  desenvolvido.  (a)  Projeto  do  efetuador  (b)  Efetuador  montado &RQWUROH O  controle  do  robĂ´  foi  desenvolvido  de  forma  a  garantir  a  realização  de  tarefa  autĂ´noma  prĂŠ-Âprogramada,  ou  realiza- da  remotamente  via  MR\VWLFN 2 Ă&#x20AC;X[RJUDPD GD SURJUDPDomR desenvolvida  Ê  DSUHVHQWDGR SHOD ÂżJXUD 3DUD R FRQWUROH realizado  remotamente,  inicialmente  sĂŁo  analisadas  as  po-Â
siçþes  atuais  dos  servomotores,  pois  Ê  necessĂĄrio  saber  a  posição  atual  antes  de  enviar  o  comando  para  movimenta- omR (P VHJXLGD XP ÂżOWUR PHOKRUD D TXDOLGDGH GDV OHLWXUDV GDV SRVLo}HV 3RU ÂżP VHUi OLEHUDGD D LQWHUDomR GR KRPHP com  a  mĂĄquina,  onde  o  usuĂĄrio  irĂĄ  controlar  a  posição  dos  servomotores  atravĂŠs  do  MR\VWLFN.  O  cĂłdigo-Âfonte  foi  desen- volvido  em  C,  atravĂŠs  da  plataforma  didĂĄtica  Arduino. InĂcio
Joystick
Forma  de  controle
Inicializar  variåveis (Servo  e  Joystick)
Pos.  Servo  =  Pos  Joystick
SIM
Decrementa  Servo
Ação  PrĂŠ-Ââ&#x20AC;? definida
Ler  posiçþes  (Servo  e  Joystick)
NĂ&#x192;O
SIM
Filtro  de  correção Leitura  dos  servos Pos.Servo  >  Pos  Joystick
NĂ&#x192;O
Incrementa  Servo
Figura  07â&#x20AC;&#x201C;  Fluxograma  Programação
13 POLITĂ&#x2030;CNICA
AutomĂĄtico
ARTIGO O  Arduino  Ê  uma  plataforma  desenvolvida  em  2005,  baseada  nos  micro  controladores  Atmel  AVR,  e  nos  princĂpios  de  KDUGZDUH  e  VRIWZDUH  livres.  Por  ser  uma  SODWDIRUPD GH EDL[R FXVWR H LQWHUIDFH DPLJiYHO VLPSOLÂżFD a  criação  e  prototipagem  de  projetos  eletrĂ´nicos.  Dos  diversos  modelos  do  Arduino,  o  utilizado  para  o  projeto  IRL R 'XHPLODQRYH UHSUHVHQWDGR QD ÂżJXUD D TXH SRVVXL 14  pinos  de  entrada/saĂda  digitais,  6  entradas  analĂłgicas,  32KB  de  memĂłria  Ă&#x20AC;DVK  destinada  para  o  armazenamento Â
de  cĂłdigo,  2KB  de  SRAM  e  1KB  de  EEPROM.  Dos  14  pinos  digitais  existentes,  seis  podem  ser  utilizados  como  JHUDGRU GH 3:0 R TXH R WRUQD HÂżFD] SDUD FRQWUROH GH servomotores. Para  o  robĂ´,  montou-Âse  uma  versĂŁo  VWDQGDORQH  do  Arduino,  utilizando  o  seu  microcontrolador,  o  Atmega  328.  O  MR\VWLFN DSUHVHQWDGR SHOD ÂżJXUD E IRL LQWHJUDGR j YHUVmR VWDQGDORQH  e  contĂŠm  todo  o  sistema  de  controle  do  robĂ´. Â
     (a) Â
                                                         (b)
Figura  08  â&#x20AC;&#x201C;  Sistema  de  controle.  (a)  Arduino  Duemilanove  (b)  Joystick  do  SCARA  4.  ConclusĂŁo
Neste  trabalho  abordou-Âse  a  construção  de  um  robĂ´  6&$5$ GLGiWLFR GHVWLQDGR j TXDOLÂżFDomR GRV HVWXGDQWHV de  automação  do  Instituto  Federal  da  Bahia.  O  robĂ´  GHVHQYROYLGR VH PRVWUD HÂżFLHQWH SDUD D VXD DSOLFDomR EMAILS:  vbenhur@ieee.org;Íž  alexandreaguiar@ifba.edu.br;Íž  andreabiten- court@ifba.edu.br;Íž  justino@ifba.edu.br
didĂĄtica,  e  integração  com  a  cĂŠlula  de  manufatura  que  se  encontra  em  desenvolvimento. Como  trabalho  futuro,  espera-Âse  analisar  e  implementar  diversas  formas  de  controle  de  trajetĂłria,  para  assim  GHWHUPLQDU D PDLV HÂżFLHQWH XWLOL]DomR GH VHQVRUHV SDUD obtenção  de  informaçþes  sobre  o  ambiente,  e  realizar  a  integração  do  robĂ´  com  a  cĂŠlula  de  manufatura  didĂĄtica. DidĂĄtica  para  o  Ensino  de  Engenharia,  COBENGE  -  Congresso  Brasileiro  de  Ensino  de  Engenharia  pp.  1 Gupta,  K.C.  e  Roth,  B.,  1982,  â&#x20AC;&#x153;Design  considerations  for  manipulator  work- spaceâ&#x20AC;?,  ASME  Jnl  of  Mechanical  Design,  Vol.  104,  pp  704-Â711.
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Stone   e  Kurfess,  T.  R.  (2005).Robotics  And  Automation  Handbook,  New  York,  chapter  1,  p.  16.
ARTIGO
Cidades sustentáveis: exigência do século XXI Fernando Alcoforado1
O crescimento desordenado das cidades
A cidade tornou-se o principal habitat da humanidade. Pela primeira vez na história da humanidade, mais da metade da população está vivendo em cidades. Esse número, atual- mente 3,3 bilhões de pessoas, deve ultrapassar a marca dos 5 bilhões em 2030. No começo do século XX a popu- lação urbana não ultrapassava 220 milhões de pessoas. O acesso a emprego, serviços, equipamentos públicos e a um Keywords: The uncontrolled growth of cities. Sustainable cities. maior bem-estar econômico e social é o seu maior atrativo How to build sustainable cities. para todos os que para ela se dirigem. Grande parte dos Palavras-chave: O crescimento desordenado das cidades. problemas ambientais globais tem origem nas cidades, o Cidades sustentáveis. Como construir cidades sustentáveis. TXH ID] FRP TXH GL¿FLOPHQWH VH SRVVD DWLQJLU D VXVWHQWDEL- Abstract: this article aims to highlight the problems faced by cities worldwide in the contemporary era, its environmental degradation and the need for its transformation into sustainable cities Resumo: este artigo tem por objetivo mostrar os problemas enfrentados pelas cidades do mundo na era contemporânea, sua degradação ambiental e a exigência de sua transformação em cidades sustentáveis.
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ARTIGO lidade  ao  nĂvel  global  sem  tornĂĄ-Âlas  sustentĂĄveis  (BEAU- JEU-ÂGARNIER.  1980).  A  criação  das  cidades  e  a  crescente  ampliação  das  åreas  urbanas  tĂŞm  contribuĂdo  para  o  crescimento  de  impactos  ambientais  negativos.  No  ambiente  urbano,  determinados  aspectos  culturais  como  o  consumo  de  produtos  industrializados  e  a  necessidade  da  ågua  como  recurso  QDWXUDO YLWDO j YLGD LQĂ&#x20AC;XHQFLDP QR PRGR FRPR VH DSUHVHQWD o  ambiente.  Os  costumes  e  hĂĄbitos  no  uso  da  ågua  e  a  produção  de  resĂduos  pelo  exacerbado  consumo  de  bens  materiais  sĂŁo  responsĂĄveis  por  parte  das  alteraçþes  e  impactos  ambientais.  A  maior  parte  das  cidades  em  todo  o  mundo  cresce  de  forma  desordenada,  caĂłtica.  O  crescimento  descontrolado  das  cidades  no  Brasil  e  no  mundo  ressalta,  muitas  vezes,  a  falta  de  planejamento  urbano  gerando  impactos  irreversĂveis  nesses  territĂłrios,  TXH VH UHĂ&#x20AC;HWHP QD VXD TXDOLGDGH DPELHQWDO 2 SURFHVVR GH XUEDQL]DomR RFRUUHX GH IRUPD VLJQLÂżFDWLYD SULPHLUDPHQ- te  nos  paĂses  do  continente  europeu,  com  o  surgimento  e  desenvolvimento  das  indĂşstrias  durante  o  sĂŠculo  XVIII.  A  partir  de  1950,  esse  processo  tomou  grandes  proporçþes  em  escala  global.  O  processo  de  industrialização  se  expan- diu  por  vĂĄrios  paĂses,  atraindo  cada  vez  mais  pessoas  para  as  cidades.  PorĂŠm,  a  urbanização  sem  um  devido  planeja- mento  tem  como  consequĂŞncia  vĂĄrios  problemas  de  ordem  ambiental  e  social.  O  inchaço  das  cidades,  provocado  pelo  acĂşmulo  de  pessoas,  e  a  falta  de  uma  infraestrutura  ade- quada  gera  transtornos  para  a  população  urbana.  Alteraçþes  ambientais  fĂsicas  e  biolĂłgicas  ao  longo  do  tempo  PRGLÂżFDP D SDLVDJHP H FRPSURPHWHP HFRVVLVWHPDV As  alteraçþes  ambientais  ocorrem  por  inumerĂĄveis  causas,  muitas  denominadas  naturais  e  outras  oriundas  de  intervençþes  antrĂłpicas,  consideradas  nĂŁo  naturais.  Ă&#x2030;  fato  que  o  desenvolvimento  tecnolĂłgico  contemporâneo  e  as  culturas  das  comunidades  tĂŞm  contribuĂdo  para  que  HVVDV DOWHUDo}HV QR H GR DPELHQWH VH LQWHQVLÂżTXHP especialmente  no  ambiente  urbano.  Atualmente  a  maior  parte  das  pessoas  habita  ambientes  urbanos. ,PSDFWRV VLJQLÂżFDWLYRV QR DPELHQWH RFRUUHP HP UD]mR GRV modos  de  produção  e  consumo  nos  espaços  urbanizados.  Poluiçþes,  engarrafamentos,  violĂŞncia,  desemprego,  etc.,  sĂŁo  aspectos  comuns  nas  cidades.  A  poluição  das  åguas  p FDXVDGD SULQFLSDOPHQWH SHOR ODQoDPHQWR GH HĂ&#x20AC;XHQWHV LQ- dustriais  e  domĂŠsticos  sem  o  devido  tratamento.  A  poluição  atmosfĂŠrica  Ê  um  grande  problema  detectado  nas  cidades,  isso  ocorre  devido  ao  lançamento  de  gases  tĂłxicos  na  at- PRVIHUD 2 LQWHQVR Ă&#x20AC;X[R GH DXWRPyYHLV H DV LQG~VWULDV VmR
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os  principais  responsĂĄveis  por  esse  tipo  de  poluição.  Outros  problemas  ambientais  decorrentes  da  urbanização  sĂŁo:  impermeabilização  do  solo,  poluição  visual,  poluição  sonora,  alteraçþes  climĂĄticas,  chuva  åcida,  ausĂŞncia  de  sa- neamento  ambiental,  falta  de  adequada  destinação  e  tra- tamento  dos  resĂduos  sĂłlidos,  efeito  estufa,  entre  outros.  A  IDOWD GH XP SODQHMDPHQWR XUEDQR HÂżFD] FRPSURPHWH D TXD- lidade  de  vida  da  população  urbana.  O  crescimento  desor- denado  das  cidades  gera  a  ocupação  de  locais  inadequa- dos  para  moradia  pelas  populaçþes  de  baixa  renda,  como  åreas  de  elevada  declividade,  fundos  de  vale,  entre  outras.  A  acelerada  urbanização  e  crescimento  das  cidades,  especialmente  a  partir  de  meados  do  sĂŠculo  XX  promoveram  PXGDQoDV ÂżVLRQ{PLFDV QR 3ODQHWD PDLV GR TXH TXDOTXHU outra  atividade  humana.  A  população  do  Brasil  apresenta  a  mesma  tendĂŞncia  mundial  de  ocupação  ambiental,  ou  seja,  opta  pelo  ecossistema  urbano  como  lar.  A  transformação  do  Brasil  de  paĂs  rural  para  urbano  ocorreu  na  dĂŠcada  de  1960  segundo  um  processo  predatĂłrio  em  essĂŞncia,  com  acentuada  exclusĂŁo  social  de  classes  da  população  menos  privilegiada  que  por  nĂŁo  terem  condiçþes  de  aquisição  de  terrenos  em  åreas  urbanas  estruturadas  ocupam  em  sua  maioria,  terrenos  que  deveriam  ser  protegidos  para  preservação  das  åguas,  encostas,  fundos  de  vale  entre  outros. No  Brasil,  dados  apresentados  pelo  Instituto  Brasileiro  de  *HRJUDÂżD H (VWDWtVWLFD ,%*( LQGLFDP TXH PDLV de  80%  das  pessoas  sĂŁo  moradores  urbanos  devendo  atingir  85%  nos  prĂłximos  vinte  anos.  Esse  crescimento  dos  centros  urbanos  tem  levado  a  uma  acentuada  queda  da  qualidade  de  vida  e  a  um  crescimento  dos  problemas  sociais  e  dos  desequilĂbrios  ambientais,  agravados  pelas  mudanças  estruturais  recentes  na  dinâmica  capitalista.  Este  fato  torna  uma  exigĂŞncia  trabalhar  com  os  princĂpios  da  sustentabilidade  incorporados  à  gestĂŁo  urbana,  focalizando  questĂľes  como  a  redução  dos  nĂveis  de  pobreza;Íž  criação  de  postos  de  trabalho;Íž  implantação  de  sistemas  de  saneamento,  educação  e  saĂşde;Íž  adequação  do  uso  do  solo  urbano;Íž  controle  de  poluição;Íž  recuperação  ambiental;Íž  utilização  de  fontes  de  energia  limpa;Íž  combate  à  violĂŞncia  urbana;Íž  proteção  do  patrimĂ´nio  histĂłrico  e  ambiental,  entre  outros. Â
ARTIGO A  exigĂŞncia  de  cidades  sustentĂĄveis  e  como  FRQVWUXt ODV QR 6pFXOR ;;, Ă&#x2030;  nas  cidades  que  as  dimensĂľes  social,  econĂ´mica  e  ambiental  do  desenvolvimento  sustentĂĄvel  convergem  mais  intensamente,  fazendo  com  que  se  torne  necessĂĄrio  que  sejam  pensadas,  geridas  e  planejadas  de  acordo  com  o  modelo  de  desenvolvimento  sustentĂĄvel  que  tem  por  objetivo  atender  as  necessidades  atuais  da  população  da  Terra  sem  comprometer  seus  recursos  naturais,  legando- RV jV JHUDo}HV IXWXUDV 6LJQLÂżFD GL]HU TXH R PRGHOR GH desenvolvimento  sustentĂĄvel  nas  cidades  deve  ser  adotado  objetivando  a  compatibilização  dos  fatores  econĂ´mico  e  social  com  o  meio  ambiente.  O  que  caracteriza  uma  cidade  sustentĂĄvel?  Ă&#x2030;  o  direito  da  população  à  terra  urbana,  à  moradia,  ao  saneamento  ambiental,  à  infraestrutura  urbana,  ao  transporte  e  aos  serviços  pĂşblicos,  ao  trabalho  e  ao  lazer,  para  a  atual  e  as  futuras  geraçþes.  Cidades  sustentĂĄveis  sĂŁo  cidades  que  possuem  uma  polĂtica  de  desenvolvimento  econĂ´mico  e  social  compatibilizado  com  o  meio  ambiente  natural  e  construĂdo.  Cidades  sustentĂĄveis  tĂŞm  como  diretriz  o  ordenamento  e  controle  do  uso  do  solo,  de  forma  a  evitar  a  degradação  dos  recursos  naturais.  Uma  cidade  sustentĂĄvel  deve  ter  polĂticas  claras  e  abrangentes  de  saneamento,  coleta  e  tratamento  de  lixo;Íž  gestĂŁo  das  åguas,  com  coleta,  tratamento,  economia  e  reuso;Íž  sistemas  de  transporte  que  privilegiem  o  transporte  de  massas  com  qualidade  e  segurança;Íž  açþes  que  preservem  e  ampliem  åreas  verdes  e  uso  de  energias  limpas  e  renovĂĄveis;Íž  e,  sobretudo,  administração  pĂşblica  transparente  e  compartilhada  com  a  sociedade  civil  organizada. A  busca  por  uma  sociedade  economicamente  viĂĄvel,  socialmente  justa  e  ambientalmente  saudĂĄvel  conduz  ao  esforço  de  compreensĂŁo  das  novas  dinâmicas  que  regem  o  espaço  urbano,  que  possibilitem  a  construção  de  polĂticas  articuladas  cujo  objetivo  seja  a  qualidade  de  vida,  a  produtividade,  a  preservação  do  meio  ambiente  H D LQFOXVmR VRFLDO 2 JUDQGH GHVDÂżR p SHQVDU HP WRGDV as  partes  relacionadas  à  construção  de  uma  cidade  de  forma  sistĂŞmica,  englobando  aspectos  econĂ´micos,  sociais  e  ambientais.  O  desenvolvimento  sustentĂĄvel  sĂł  serĂĄ  alcançado  nas  cidades  se  houver  a  cooperação  entre  cada  um  dos  seus  habitantes,  as  organizaçþes  pĂşblicas  e  privadas  do  setor  produtivo,  as  organizaçþes  da  Sociedade  Civil  e  os  governos  em  todos  os  seus  nĂveis  com  base  em  polĂticas  de  responsabilidade  socioambiental  delineadas  por  eles. Â
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Cidades  sustentĂĄveis  sĂŁo  cidades  que  possuem  uma  polĂtica  de  desenvolvimento  econĂ´mico  e  social  compatibilizado  com  o  meio  ambiente  natural  e  construĂdo.  Cidades  sustentĂĄveis  tĂŞm  como  diretriz  o  ordenamento  e  controle  do  uso  do  solo,  de  forma  a  evitar  a  degradação  dos  recursos  naturais.  Uma  cidade  sustentĂĄvel  deve  ter  polĂticas  claras  e  abrangentes  de  saneamento,  coleta  e  tratamento  de  lixo;Íž  gestĂŁo  das  åguas,  com  coleta,  tratamento,  economia  e  reuso;Íž  sistemas  de  transporte  que  privilegiem  o  transporte  de  massas  com  qualidade  e  segurança;Íž  açþes  que  preservem  e  ampliem  iUHDV YHUGHV H XVR GH HQHUJLDV OLPSDV H UHQRYiYHLV HQÂżP administração  pĂşblica  transparente  e  compartilhada  com  a  sociedade  civil  organizada. Na  Êpoca  atual  em  que  os  problemas  do  aquecimento  global  podem  levar  à  catĂĄstrofe  planetĂĄria,  toda  cidade  tem  que  ter  um  plano  de  adaptação  à s  mudanças  climĂĄticas,  principalmente  aquelas  sujeitas  a  eventos  extremos.  Cidades  costeiras,  por  exemplo,  devem  ter  planejamento  contra  a  elevação  previsĂvel  do  nĂvel  dos  oceanos,  devem  se  preocupar  com  deslizamentos  em  encostas,  enchentes,  etc.  resultantes  da  inclemĂŞncia  das  chuvas.  (QÂżP GHYHP WHU Ă&#x20AC;H[LELOLGDGH H DGDSWDELOLGDGH jV QRYDV exigĂŞncias  climĂĄticas.  Ă&#x2030;  preciso  redesenhar  o  crescimento  urbano  das  cidades  de  forma  a  integrĂĄ-Âlo  com  o  ambiente  natural,  recuperar  suas  praias  e  seus  rios  hoje  bastante  comprometidos  com  o  lançamento  de  esgotos,  para  que  a  cidade  nĂŁo  receba  uma  resposta  hostil  do  ambiente  natural. Â
ARTIGO Os  planos  diretores  de  desenvolvimento  urbano  das  cidades  devem  revitalizar  seu  centro  antigo  com  a  recuperação  dos  imĂłveis  em  estado  de  arruinamento  e  de  seus  logradouros  SDUD TXH VH WRUQHP HVSDoRV GH FRQYLYrQFLD SDFtÂżFD H confortĂĄvel  para  seus  habitantes,  dotar  todos  os  locais  de  boa  infraestrutura  urbana  compatĂvel  com  as  necessidades  de  sua  população  e  promover  a  formação  e  manutenção  GH EDLUURV DXWRVVXÂżFLHQWHV SDUD HYLWDU D H[SDQVmR XUEDQD desordenada  de  seu  territĂłrio.  Os  planos  diretores  de  desenvolvimento  urbano  devem  dar  prioridade  ao  adensamento  e  desenvolvimento  urbano  no  interior  dos  espaços  construĂdos  e  à  recuperação  dos  ambientes  degradados.  As  åreas  de  risco  indevidamente  ocupadas  pelas  populaçþes  de  baixa  renda  devem  ser  reurbanizadas  ou,  quando  nĂŁo  for  possĂvel,  promover  a  relocação  de  seus  habitantes  com  a  construção  de  novas  unidades  habitacionais.  SĂŁo  todos  grandes  projetos  que  exigem  vultosos  recursos  que  criam  atividades  geradoras  de  emprego,  renda  e  bem-Âestar  para  a  população. O  planejamento  do  desenvolvimento  das  cidades,  da  distribuição  espacial  de  sua  população  e  das  atividades  HFRQ{PLFDV GR 0XQLFtSLR H GR WHUULWyULR VRE VXD LQĂ&#x20AC;XrQFLD deve  evitar  e  corrigir  as  distorçþes  do  crescimento  urbano  e  seus  efeitos  negativos  sobre  o  meio  ambiente.  Em  toda  cidade  deve  ser  adotado  um  planejamento  estratĂŠgico  de  longo  prazo  com  base  no  desenvolvimento  sustentĂĄvel. Â
Clube  de  Engenharia  da  Bahia  (1992/1993),  Presidente  do  IRAE  -  Instituto  RĂ´mulo  Almeida  de  Altos  Estudos  (1999/2000)  e  Diretor  da  Faculdade  de  Administração  das  Faculdades  Integradas  Olga  Mettig  de  Salvador,  Bahia  (2003/2005).  Ă&#x2030;  atualmente  professor  universitĂĄrio  e  consultor  de  organismos  pĂşblicos  e  privados  nacionais  e  internacionais  nas  åreas  de  planejamento  estratĂŠgico,  planejamento  empresarial,  planejamento  regional  e  planejamento  de  sistemas  energĂŠticos.  Foi  articulista  de  diversos  jornais  da  imprensa  brasileira  (Folha  de  S.  Paulo,  Gazeta  Mercantil,  A  Tarde  e  Tribuna  da  Bahia),  publicando  artigos  versando  sobre  economia  e  polĂtica  mundial  e  brasileira,  questĂŁo  urbana,  energia,  meio  ambiente  e  desenvolvimento,  ciĂŞncia  e  tecnologia,  administração,  entre  outros  temas.  Ă&#x2030;  autor  dos  livros  Globalização  (Editora  Nobel,  SĂŁo  Paulo,  1997),  De  Collor  a  FHC-  O  Brasil  e  a  Nova  (Des)ordem  Mundial  (Editora  Nobel,  SĂŁo  Paulo,  1998),  Um  Projeto  para  o  Brasil  (Editora  Nobel,  SĂŁo  Paulo,  2000),  Globalização  e  Desenvolvimento  (Editora  Nobel,  SĂŁo  Paulo,  2006),  Bahia-  Desenvolvimento  do  SĂŠculo  XVI  ao  SĂŠculo  XX  e  Objetivos  EstratĂŠgicos  na  Era  Contemporânea  (EGBA,  Salvador,  2007),  Aquecimento  *OREDO H &DWiVWURIH 3ODQHWiULD 3 $ *UiÂżFD H (GLWRUD Salvador,  2010),  The  Necessary  Conditions  of  the  Economic  and  Social  Development-  The  Case  of  the  State  of  Bahia  (VDM  Verlag  Dr.  MĂźller  Aktiengesellschaft  &  Co.  KG,  SaarbrĂźcken,  Germany,  2010),  e  AmazĂ´nia  SustentĂĄvel-  Para  o  progresso  do  Brasil  e  combate  ao  aquecimento  JOREDO 9LHQD (GLWRUD H *UiÂżFD 6DQWD &UX] GR 5LR 3DUGR SĂŁo  Paulo,  2011)   entre  outros.  Possui  blog  na  Internet  (http://fernando.alcoforado.zip.net)
EMAIL  â&#x20AC;&#x201C;    falcoforado@uol.com.br 1  â&#x20AC;&#x201C;  Fernando  Alcoforado,  Doutor  em  Planejamento  Territorial  e  Desenvolvimento  Regional  pela  Universidade  REFERĂ&#x160;NCIAS  BIBLIOGRĂ FICAS de  Barcelona,  Graduado  em  Engenharia  ElĂŠtrica  pela  UFBA  -  Universidade  Federal  da  Bahia  e  Especialista  ALCOFORADO,  Fernando.  Aquecimento  global  e  catĂĄstrofe  planetĂĄria.  Santa  Cruz  do  Rio  Pardo:  Viena em  Engenharia  EconĂ´mica  e  Administração  Industrial  *UiÂżFD H (GLWRUD pela  UFRJ  -  Universidade  Federal  do  Rio  de  Janeiro,  foi  %($8-(8 *$51,(5 - *HRJUDÂżD 8UEDQD /LVERD )XQGDomR &DORXVWH Gulbenkian,  1980. SecretĂĄrio  do  Planejamento  de  Salvador  (1986/1987),  PLANETA  SUSTENTĂ VEL.  A  primeira  cidade  sustentĂĄvel  do  mundo.  Vice-ÂPresidente  da  ABEMURB  â&#x20AC;&#x201C;  Associação  Brasileira  das  DisponĂvel  no  website  Entidades  Municipais  de  Planejamento  e  Desenvolvimento  http://planetasustentavel.abril.com.br/noticia/cidade/urbanismo-Âchina- sustentabilidade-Âcidade-Â494285.shtml>. Urbano  (1986),  SubsecretĂĄrio  de  Energia  do  Estado  da  WWF  BRASIL.  O  que  Ê  desenvolvimento  sustentĂĄvel?  DisponĂvel  no  we- Bahia  (1988/1991),  Diretor  de  Relaçþes  Internacionais  da  bsite  ABEGĂ S  -  Associação  Brasileira  das  Empresas  Estaduais  de  GĂĄs  Canalizado  (1990/1991),  Coordenador  do  Programa  http://www.wwf.org.br/natureza_brasileira/questoes_ambientais/desenvol- vimento_sustentavel/>. Nacional  do  DendĂŞ-  PRONADEN  (1991),  Presidente  do Â
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ARTIGO
O  erro  de  Damåsio Adinoel  Motta  Maia
Abstract:  this  article  begins  by  considering  the  compromise  of  the  engineer  with  creation,  sort  of  imitating  the  Creator  of  the  Universe  by  the  using  a  method  like  an  alchemy  secret  by  repeating  the  experience  that  enables  him  to  innovating  and  discovering;͞  an  en- gineering  is  proposed  in  which  materials  and  procedures  cannot  refuse  the  Cartesian  method  and  must  build  their  conscience  tak- ing  geometry,  mathematics,  chemistry  and  physics  as  the  basis  of  it,  independently  of  the  neural  structure  or  system.
Resumo:  este  artigo  começa  abordando  o  compromisso  do  enge- nheiro  com  a  criação,  imitando  o  Criador  do  Universo  e  utilizando  o  mĂŠtodo  como  o  segredo  alquĂmico  da  repetição  da  experiĂŞncia  o  capacita  a  inovar  e  descobrir;Íž  propĂľe  uma  engenharia  em  que  os  ma- teriais  e  os  procedimentos  nĂŁo  prescindem  do  mĂŠtodo  cartesiano  e  devem  se  estruturar  na  consciĂŞncia  como  base  da  geometria,  da  ma- temĂĄtica,  da  quĂmica  e  da  fĂsica,  independente  da  estrutura  neural.
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Keywords:  the  need  to  think  theoretically,  mathematical  prin- ciples  at  the  base  of  engineering,  Psychic  considered  till  the  creation  of  the  photon,  Physics  after  the  creation  of  the  pho- WRQ 5HQp 'HVFDUWHV DW WKH EDVH RI H[LVWHQFH DQG PHWKRG engineering  as  method  (of  work),  the  mistake  made  by  the  neurologist  who  did  not  see  conscience  outside  the  brain,  en- gineering  that  extrapolates  the  brain  and  explores  or  probes  conscience  that  is  outside  it.   Palavras-Âchave:  a  necessidade  de  pensar  teoricamente,  os  princĂpios  matemĂĄticos  na  base  da  engenharia,  a  PsĂquica  DWp D FULDomR GR IyWRQ D )tVLFD DSyV D FULDomR GR IyWRQ 5HQp 'HVFDUWHV QD EDVH GD H[LVWrQFLD H GR PpWRGR D HQJHQKDULD HQTXDQWR PpWRGR R HUUR GR QHXURORJLVWD TXH QmR YLX D FRQV- FLrQFLD IRUD GR FpUHEUR D HQJHQKDULD TXH H[WUDSROD R FpUHEUR e  sonda  a  consciĂŞncia  fora  dele.
Introdução  e  objetivo Genericamente,  engenhar  Ê  processar  dados  com  o  obje- WLYR GH FULDU (VSHFLÂżFDPHQWH FRQWXGR HQJHQKDULD p DOJR mais:  Ê  o  conjunto  dos  procedimentos  tĂŠcnicos  aplicados Â
ARTIGO com  a  consciĂŞncia  de  se  chegar  a  mĂŠtodos,  estruturas  e  cujo  diâmetro  mede,  por  exemplo,  meio  milĂmetro,  no  qual  mecanismos,  no  propĂłsito  de  promover  resultados  na  pro- imaginamos  estar  esse  ponto,  um  dos  inĂşmeros  que  ali  se  dução  bĂĄsica  de  energia,  transporte  e  abrigo. encontram,  lado  a  lado,  cada  um  com  diâmetro  zero.  Sem  dimensĂŁo  e  com  massa  unitĂĄria1,  um  ponto,  qualquer  ponto,  NĂŁo  se  faz  engenharia,  portanto,  sem  uma  base  teĂłrica  e  mantĂŠm-Âse  eternamente  na  sua  posição.  Fora  desta,  exis- um  procedimento  lĂłgico,  conduzidos  por  algum  mĂŠtodo  que  WH XPD LQÂżQLGDGH GH RXWURV SRQWRV WmR SUy[LPRV TXH VH possa  ser  registrado  em  linguagem  precisa,  seja  literĂĄria  ou  fossem  mais  prĂłximos,  seriam  um  sĂł.  Assim  â&#x20AC;&#x201C;  atenção!  â&#x20AC;&#x201C;  o  matemĂĄtica,  desde  que  com  esta  se  cumpram  as  diversas  que  dĂĄ  qualquer  dimensĂŁo  ao  espaço  nĂŁo  Ê  a  soma  dos  etapas  da  indução  e  da  dedução.  Ă&#x2030;  exatamente  isso  que  se- seus  pontos,  porque  esta  Ê  sempre  zero,  mas  a  soma  dos  para  o  engenheiro  do  feitor,  ambos  envolvidos  num  mesmo  intervalos  entre  eles,  por  menor  que  sejam  estes2.  Assim,  o  projeto  ou  numa  mesma  obra,  atĂŠ  trabalhando  no  mesmo  espaço  tem  trĂŞs  dimensĂľes  medidas  cartesianamente  se- espaço  fĂsico  e  ao  mesmo  tempo,  mas  separados  por  uma  gundo  trĂŞs  direçþes  ortogonais  e  uma  quarta  dimensĂŁo  re- enorme  massa  de  consciĂŞncia  dos  princĂpios  da  concepção  presentada  pela  duração,  que  chamamos  â&#x20AC;&#x153;tempoâ&#x20AC;?.  O  tempo  DWp RV ÂżQV GD H[HFXomR H R IXQFLRQDPHQWR GR TXH VH SUR- p D GXUDomR GD FRQVFLrQFLD GD H[LVWrQFLD Âą WDPEpP LQÂżQLWH- duz. simal  â&#x20AC;&#x201C;  do  intervalo  entre  duas  posiçþes  de  duração  â&#x20AC;&#x153;zeroâ&#x20AC;?,  de  modo  que  assim  pulsante  â&#x20AC;&#x201C;  existo  agora,  nĂŁo  existo,  Enganam-Âse,  assim,  aqueles  que  buscam  um  diploma  de  existo  em  seguida...  â&#x20AC;&#x201C;  hĂĄ  um  intervalo  que  se  soma  e  forne- HQJHQKDULD FRP R ~QLFR REMHWLYR GH TXDOLÂżFDU VH SDUD WmR ce  a  duração  em  que  se  mantĂŠm  na  sua  posição. somente  chegar  a  vias,  terminais,  edifĂcios  ou  mĂĄquinas,  seja  o  que  for,  como  mero  feitor,  cumprindo  normas  e  acei- EstĂĄ  difĂcil?  Insistamos.  NĂłs  insistimos  durante  algumas  dĂŠ- tando  processos,  sem  competĂŞncia  para  alterĂĄ-Âlos  sem  co- cadas,  atĂŠ  engenhar  esta  estrutura  da  consciĂŞncia  e  chegar  locar  em  risco  suas  estruturas  e  seus  objetivos.  Normas  sĂŁo  à  existĂŞncia  a  partir  do  Nada,  concluindo  ser  este  o  tijolo  concebidas  para  feitores.  Engenheiros  tambĂŠm  as  utilizam  com  o  qual  foi  feito  o  Universo3.  O  que  Ê  importante  para  o  como  suportes  e  roteiros,  mas  capacitados  a  alterĂĄ-Âlas,  com  propĂłsito  deste  artigo  Ê  que  a  existĂŞncia  â&#x20AC;&#x201C;  seja  lĂĄ  do  que  for  responsabilidade,  se  isso  for  necessĂĄrio,  na  cultura  dos  pro- â&#x20AC;&#x201C;  nada  mais  Ê  do  que  uma  composição  cartesiana  da  cons- cedimentos,  em  busca  do  melhor  benefĂcio,  do  menor  custo  ciĂŞncia  de  diversas  posiçþes  pontuais,  que  se  estruturam  e  do  maior  rendimento,  visando  a  perfeição  e  atĂŠ  a  inven- geometricamente  em  tetraedros  (quatro  pontos),  que  se  ção. juntam  linear  ou  esfericamente,  formando  ondas  ou  partĂcu- las,  isto  Ê,  estruturas  posicionais  de  consciĂŞncia  pura  cuja  NĂŁo  farĂĄ  isso,  sem  duvida,  sem  conhecer  e  aplicar  o  mĂŠto- duração  â&#x20AC;&#x201C;  tempo  â&#x20AC;&#x201C;  proporciona  relaçþes  que  Isaac  Newton  do,  mas,  sobretudo  sem  ousar  alterĂĄ-Âlo  onde  e  como  isso  se  escreveu  assim: apresente  como  substrato  do  objetivo  maior,  da  realização  inovadora,  daquilo  que  empurra  a  humanidade  para  frente  e  F  =  m(e/t)² transforma  a  inteligĂŞncia  em  sapiĂŞncia.  NĂŁo  Ê  por  outro  mo- tivo  que  se  costuma  dizer  que  Deus  Ê  Engenheiro.  NĂŁo  um  Sendo  â&#x20AC;&#x153;mâ&#x20AC;?  a  quantidade  de  consciĂŞncia  â&#x20AC;&#x201C;  de  tetraedros  simples  engenheiro  de  produção,  certamente,  mas  aquele  (massa)  â&#x20AC;&#x201C;  â&#x20AC;&#x153;eâ&#x20AC;?  a  distância  percorrida  pela  consciĂŞncia  ao  outro,  maior,  de  criação. mudar  de  posição  entre  dois  tetraedros  e  â&#x20AC;&#x153;tâ&#x20AC;?  a  duração  da  consciĂŞncia  nessa  mudança  de  posição,  tudo  isso  assim  3RGHPRV DVVLP DÂżUPDU TXH (QJHQKDULD p *HRPHWULD HOHYD- relacionado  produzindo  uma  força  de  atração  entre  os  te- da  à  enĂŠsima  potĂŞncia.  Cada  um  de  nĂłs,  engenheiros,  sabe  traedros  a  formar  essa  estrutura,  que  cresce  com  o  aumen- qual  o  valor,  desse  â&#x20AC;&#x153;eneâ&#x20AC;?,  nĂŁo  necessariamente  o  mesmo  to  da  â&#x20AC;&#x153;massaâ&#x20AC;?  dessa  consciĂŞncia.  Tudo  isso  em  contĂnua  para  todos.  Partimos  do  conceito  do  ponto,  que  existe  na  evolução  na  medida  em  que  essa  estrutura  tambĂŠm  cresce  potĂŞncia  zero.  O  ponto,  sabemos  todos,  nĂŁo  tem  dimensĂŁo,  em  complexidade.   Sendo  mas  apenas  posição.  Evidentemente,  nĂŁo  tem  massa  e  sĂł  existe  como  consciĂŞncia.  ConsciĂŞncia  da  sua  posição.  Se  e/t  =  v, nĂŁo  houvesse  essa  consciĂŞncia  nele,  nĂŁo  existiria.  Ă&#x2030;  evi- dente  que  estamos  entrando  na  abstração  matemĂĄtica,  que  SRGHPRV DÂżUPDU TXH D IRUoD GH DWUDomR DXPHQWD QD PH- encaramos  como  disciplina  psĂquica.  Se  optĂĄssemos  pelos  dida  em  que  o  nada  evolui  em  massa  (quantidade  e  com- 4 FDPLQKRV GR FiOFXOR LQÂżQLWHVLPDO SDUD H[SORUDU RV HVSDoRV plexidade  de  consciĂŞncia)  e  em  que  a  velocidade  diminui ,  euclidianos  ou  nĂŁo-Âeuclidianos  nĂŁo  atingirĂamos  nossos  ob- de  modo  que,  ao  descer  atĂŠ  a  velocidade  de  300  mil  quilĂ´- jetivos  didĂĄticos  para  introduzir  esta  proposta,  assim  restrin- metros  por  segundo,  a  partĂcula  formada  pelos  tetraedros  gindo-Âa  a  bem  poucos  leitores  e  talvez  condenando-Âa  ao  de  consciĂŞncia  produz  luz  e  essa  explosĂŁo  de  luz  â&#x20AC;&#x201C;  sĂł  de  abandono.  Ă&#x2030;  mais  trabalhoso  malhar  com  aparelhos  menos  luz  â&#x20AC;&#x201C;  manifesta-Âse  com  a  criação  do  fĂłton,  que  continua  VRÂżVWLFDGRV PDV DVVLP SRGHPRV DWLQJLU PHOKRUHV H PDLV evoluindo  em  busca  de  mais  massa  e  menor  velocidade,  5 amplos  resultados  na  apresentação  de  algo  tĂŁo  novo  que  surgindo  partĂculas  livres  de  â&#x20AC;&#x153;quase-ÂmatĂŠriaâ&#x20AC;?  e  em  segui- da  as  formadoras  do  åtomo,  assim  surgindo  a  matĂŠria.  As  exige  doses  cavalares  de  paciĂŞncia,  digamos,  alquĂmica.  experiĂŞncias  em  execução  nos  aceleradores  de  partĂculas,  4XDQGR PDUFDPRV XP ÂłSRQWR´ FRP D SRQWD ÂżQD GR OiSLV com  o  objetivo  de  quebrĂĄ-Âlas,  estĂŁo  comprovando  ainda  no  num  papel,  na  realidade  estamos  desenhando  um  cĂrculo  campo  da  FĂsica  â&#x20AC;&#x201C;  ao  qual  se  resume  hoje  a  CiĂŞncia  â&#x20AC;&#x201C;  que Â
20 POLITĂ&#x2030;CNICA
ARTIGO elas  crescem  em  velocidade  quando  decrescem  em  massa.  Os  fĂsicos  ainda  nĂŁo  perceberam  que  sua  busca  levarĂĄ  a  partĂculas  com  velocidades  superiores  à  da  luz,  mas  aĂ Â suas  massas  sĂŁo  inferiores  à s  do  fĂłton  e  nĂŁo  mais  obedecem  à s  leis  da  FĂsica,  mas  à s  duas  leis  da  PsĂquica  â&#x20AC;&#x201C;  a  da  atração  e  a  da  evolução  â&#x20AC;&#x201C;  que  geram  o  que  jĂĄ  se  começa  a  chamar  de  â&#x20AC;&#x153;PDWpULD HVFXUDâ&#x20AC;?  e  â&#x20AC;&#x153;energia  escuraâ&#x20AC;?6.  Quando  a  FĂsica  ad- mitir  a  necessidade  de  trabalhar  com  sua  companheira  â&#x20AC;&#x201C;  a  PsĂquica  â&#x20AC;&#x201C;  todos  os  mistĂŠrios  e  singularidades  da  chamada  Mecânica  Quântica,  provavelmente  estarĂŁo  explicados.
Dedução  sobre  Descartes SĂł  agora  posso  chegar  ao  propĂłsito  deste  artigo.  Fazer  jus- tiça  ao  cientista  RenĂŠ  Descartes,  atĂŠ  hoje  nĂŁo  reconheci- do  como  tal  porque  sua  MatemĂĄtica  e,  particularmente  sua  Geometria,  foram  jogadas  no  seio  da  LĂłgica,  como  Filoso- ¿D SRGHQGR GRUDYDQWH VHU DFROKLGDV QR FDPSR GD 3VtTXLFD a  ciĂŞncia  dos  fenĂ´menos  cujas  velocidades  sĂŁo  superiores  à  da  luz.  Em  verdade,  assim  como  Newton,  Descartes  era  um  mĂstico  dedicado  nĂŁo  sĂł  à  meditação,  mas  igualmente  à  experimentação,  reconhecendo  o  valor  do  processo  alquĂ- mico  de  insistir  em  incansĂĄveis  repetiçþes,  numa  e  noutra,  atĂŠ  surgir  a  revelação. Nenhuma  tecnologia,  nenhuma  engenharia,  pode  ocorrer  VHP D DSOLFDomR GR PpWRGR FLHQWtÂżFR 1D EDVH GH WRGD GHV- FREHUWD FLHQWtÂżFD HQFRQWUD VH D 7HRULD TXH SDUWH GR UDFLRFt- nio  lĂłgico,  cujo  resultado  deve  ser  escrito  para  ser  submetido  j YHULÂżFDomR H[SHULPHQWDO Âą LVWR p &LrQFLD Âą SRGHQGR HVVH registro  ser  feito  por  escrito,  quer  literariamente  (no  idioma  do  pesquisador),  quer  matematicamente.  A  dedução,  seja  literĂĄ- ria,  seja  matemĂĄtica,  Ê  essencial  ao  processo  de  formulação  das  propostas  a  serem  submetidas  ao  crivo  da  experiĂŞncia,  que,  repetida  e  oferecendo  sempre  o  mesmo  resultado,  com- SURYD D KLSyWHVH FRQÂżUPD D WHRULD H HVWDEHOHFH D YHUGDGH Este  Ê  o  mĂŠtodo,  que  continua  sendo  o  de  Descartes,  ape- VDU GR ODERUDWyULR FLHQWtÂżFR GR QHXURORJLVWD SRUWXJXrV $QWy- nio  R.  DamĂĄsio  levar  a  considerĂĄ-Âlo  em  erro7,  erradamente.  O  erro  de  DamĂĄsio  Ê  um  tĂpico  exemplo  de  que  o  laboratĂłrio  FLHQWtÂżFR Âą FRPR TXDOTXHU IHUUDPHQWD Âą VHQGR PDO XWLOL]DGR pode  provocar  mais  estrago  do  que  conserto.  O  trabalho  FLHQWtÂżFR GH 'DPiVLR p PHULWyULR H FRQGX]LGR FRP H[WUHPR cuidado  em  laboratĂłrio,  mas  nĂŁo  escapa  ao  compromisso  da  ciĂŞncia  moderna  com  a  ideologia  materialista  que  sĂł  vĂŞ  metade  do  Universo,  aquela  onde  os  fenĂ´menos  ocorrem  em  velocidades  abaixo  (e  igual)  à  da  luz.  O  que  ele  consi- dera  errado  em  Descartes  Ê  justamente  aquilo  que  nos  leva  à  outra  metade,  alĂŠm  (ou  aquĂŠm)  da  FĂsica,  lugar  do  que  estamos  propondo  ser  o  da  PsĂquica,  campo  de  estudo  dos  fenĂ´menos  que  ocorrem  em  velocidades  superiores  à  da  OX] WHQGHQGR SDUD YDORU LQÂżQLWR DamĂĄsio  começa  sua  crĂtica  a  Descartes  justamente  na- quilo  que  o  faz  citado  universalmente:  sua  frase  â&#x20AC;&#x153;Je  pense,  donc  je  suisâ&#x20AC;?  â&#x20AC;&#x201C;  em  francĂŞs  â&#x20AC;&#x201C;  e  â&#x20AC;&#x153;Cogito,  ergo  sumâ&#x20AC;?  â&#x20AC;&#x201C;  em  la- tim,  traduzida  corretamente  para  o  portuguĂŞs,  como  â&#x20AC;&#x153;Penso, Â
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logo  existoâ&#x20AC;?.  HĂĄ  uma  sutil  diferença  entre  os  verbos  SER  e  EXISTIR,  que  os  ingleses  e  franceses  nĂŁo  percebem,  por  terem  um  único  verbo  para  SER  e  ESTAR,  assim  unidos  QXP ~QLFR VLJQLÂżFDGR (;,67,5 1yV TXH QRV FRPXQLFD- mos  com  a  lĂngua  portuguesa  â&#x20AC;&#x201C;  o  caso  de  DamĂĄsio  â&#x20AC;&#x201C;  se- paramos  e  ganhamos  com  isso,  na  busca  da  verdade,  mas  perdemos  a  necessĂĄria  noção  de  que,  para  EXISTIR,  nĂŁo  basta  SER.  Ă&#x2030;  necessĂĄrio  tambĂŠm  ESTAR.  Como  vimos  aĂ Â atrĂĄs,  um  ponto,  nĂŁo  tendo  dimensĂŁo,  sĂł  existe  porque  tem  posição.  Sem  ela,  ele  nĂŁo  existe  porque  Ê  aquilo  que  o  torna  um  ENTE,  um  ser  geomĂŠtrico.  Mais  importante  Ê  que  Descartes  viu  a  necessidade  de  uma  consciĂŞncia  para  existir,  ou  seja,  para  marcar  sua  posição.  2 HUUR GH 'DPiVLR RULXQGR WDOYH] GD VXD UHĂ&#x20AC;H[mR QD OtQ- gua  portuguesa,  consiste  na  ideia  de  que  se  possa  estar  em  algum  lugar,  sem  ser  coisa  alguma,  isto  Ê,  sem  ter  a  consciĂŞncia  disso,  o  que  o  teria  levado  a  admitir  que  se  possa  existir  sem  pensar.  DaĂ,  a  ideia  de  que  o  pensamen- to,  a  consciĂŞncia,  nĂŁo  Ê  inerente  à  existĂŞncia,  sendo  en- contrada  apenas  no  cĂŠrebro,  como  um  procedimento  â&#x20AC;&#x201C;  um  fenĂ´meno  â&#x20AC;&#x201C;  que  ele  estuda,  pesquisa  e  conhece  profun- damente,  encontrando  respostas  que  o  fazem,  neurologi- camente,  produtor  da  consciĂŞncia.  O  erro  de  DamĂĄsio  Ê  justamente  este,  porque  ainda  mais  precisamente  do  que  o  IH] 'HVFDUWHV SRGHPRV DÂżUPDU WRPDQGR FRPR HYLGrQFLD que  EXISTO,  LOGO  PENSO.  NĂŁo  se  pode  existir  sem  pen- sar  porque  Ê  a  consciĂŞncia  da  posição  dos  pontos  em  todo  o  Universo  que  os  estrutura,  em  conjuntos  geomĂŠtricos  de  consciĂŞncia,  formadores  da  massa,  que  cresce  com  o  tem- po  â&#x20AC;&#x201C;  duração  da  consciĂŞncia  â&#x20AC;&#x201C;  ao  diminuir  a  velocidade,  conforme  jĂĄ  vimos.
ARTIGO Base  da  teoria  de  DamĂĄsio Escreveu  DamĂĄsio:  â&#x20AC;&#x153;Existimos  e  depois  pensamos  e  sĂł  pensamos  na  medida  em  que  existimos,  visto  o  pensamen- to  ser,  na  verdade,  causado  por  estruturas  e  operaçþes  do  serâ&#x20AC;?.  Este  Ê  o  ponto.  Como  neurologista,  encarando  a  Psi- cologia  com  o  seu  campo  meramente  biolĂłgico,  material,  fĂsico,  AntĂłnio  DamĂĄsio  limita-Âse  ao  seu  laboratĂłrio,  traba- lhando  com  o  cĂŠrebro,  que  Ê  o  resultado  da  lei  da  evolu- omR GHVGH TXH TXDWUR SRQWRV LQÂżQLWHVLPDOPHQWH SUy[LPRV formam  um  tetraedro  e  tĂŞm  consciĂŞncia  disso,  porque  um  ponto  nada  mais  Ê  do  que  pura  consciĂŞncia  de  posição,  cuja  duração  cria  o  tempo,  assim  completando  o  espaço  tetradimensional,  que  Albert  Einstein,  apressadamente  cha- mou  de  espaço-Âtempo,  como  se  o  tempo  nĂŁo  fosse  parte  do  espaço,  apenas  uma  duração  que  se  associa  a  trĂŞs  dire- çþes  da  consciĂŞncia.  Evidentemente,  Einstein  estava  limita- do  à  realidade,  que  Ê  relativa  e  nĂŁo  existe  para  velocidades  acima  daquela  do  fĂłton,  que  surgiu  numa  explosĂŁo  de  luz,  na  sua  evolução  para  partĂculas  de  maiores  massas  e  me- nores  velocidades,  isto  Ê,  o  mundo  da  energia  e  da  matĂŠria,  jogando  o  valor  da  velocidade  da  luz  na  equação  de  Newton  e  restringindo-Âa  apenas  a  essa  realidade,  campo  da  FĂsica,  ignorando  totalmente  a  base  de  tudo,  a  PsĂquica,  que  agora  estamos  propondo,  para  completar  o  quadro  do  Universo. Trago  este  tema  a  debate  para  mostrar  que  o  â&#x20AC;&#x153;Erro  de  DamĂĄsioâ&#x20AC;?  Ê  o  de  limitar  sua  neurologia  à  FĂsica,  ignoran- do  serem  os  neurĂ´nios  da  Psicologia  um  produto  da  PsĂ- quica,  como  tudo  o  mais.  Estamos  trazendo  este  exemplo  PDJQtÂżFR SHOD DOWD FDSDFLGDGH GR SHVTXLVDGRU $QWyQLR 5 DamĂĄsio  e  da  sua  elevada  qualidade  como  cientista  da  ma- tĂŠria,  para  que,  no  nosso  campo,  da  Engenharia,  tambĂŠm  façamos  a  necessĂĄria  revisĂŁo  e  comecemos  o  aprofunda- mento  do  estudo  dos  materiais  de  construção  e  dos  proce-Â
dimentos  em  projetos  e  obras,  enfatizando  mais  a  QuĂmica  e  a  MatemĂĄtica,  respectivamente,  aprofundando-Âas  em  di- reção  à  PsĂquica,  com  o  objetivo  de  melhor  dialogarmos  com  os  materiais  e  fazermos  nĂŁo  apenas  neles,  mas  com  HOHV D DOTXLPLD GD WUDQVIRUPDomR TXH QRV SHUPLWD DÂżUPDU nĂŁo  apenas  que  Deus  Ê  Engenheiro,  mas  tambĂŠm  que  os  engenheiros  podem  ser  deuses,  quer  na  criação,  quer  na  construção. Â
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REFERĂ&#x160;NCIAS  BIBLIOGRĂ FICAS DAMĂ SIO,  AntĂłnio  R.  O  Erro  de  Descartes.  SĂŁo  Paulo:  Companhia  das  Letras,  1996. DESCARTES,  RenĂŠ.  Discurso  do  MĂŠtodo.  SĂŁo  Paulo:  Parma,  1983. MAIA,  Adinoel  Motta.  A  Cruz  dos  Mares  do  Mundo:  Morte  no  Museu  de  Arte  Sacra.  Salvador:  Amme,  2011. MAIA,  Adinoel  Motta.  Humanidade:  Uma  ColĂ´nia  no  Corpo  de  Deus.  SĂŁo  Paulo:  Melhoramentos,  1981. 0$,$ $GLQRHO 0RWWD Âł7HRULD 8QLÂżFDGD GR 8QLYHUVR´ 5HYLVWD GR ,QVWLWXWR *HRJUiÂżFR H +LVWyULFR GD %DKLD
PENROSE,  Roger.  A  Mente  Nova  do  Rei:  Computadores,  Mentes  e  as  Leis  da  FĂsica.  Rio  de  Janeiro:  Campus,  1991.
1  â&#x20AC;&#x201C;  A  massa  da  unidade  de  consciĂŞncia,  ou  seja,  a  quantidade  de  consciĂŞncia  correspondente  apenas  a  posição  de  um  ponto,  sem  dimensĂŁo.  Assim  um  tetraedro,  que  Ê  formado  por  quatro  pontos  adjacentes,  teria  massa  quatro  vezes  maior  que  a  de  um  ponto.  Dois  tetraedros  unidos  por  suas  bases,  mais  um  ponto,  cinco  unidades  de  consciĂŞncia,  massa  cinco.  E  assim  por  diante.
2  â&#x20AC;&#x201C;  Ă&#x2030;  fundamental  compreender  que  a  consciĂŞncia  nĂŁo  Ê  um  atributo  fĂsico,  mas  o  fator  determinante  da  existĂŞncia  de  uma  posição,  sem  R TXDO HVWD QmR RFRUUHULD DVVLP Âż[D SHUPDQHQWH LQGLYLGXDOL]DGD H GH PRGR TXH FULD j VXD YROWD RV LQWHUYDORV LQGLVSHQViYHLV D HVVD existĂŞncia  nas  trĂŞs  direçþes  do  espaço.  A  aceitação  desse  fundamento  como  evidĂŞncia  Ê  indispensĂĄvel  à  concepção  do  pensamento  como  uma  atualidade  â&#x20AC;&#x201C;  duração  da  consciĂŞncia  (tempo)  igual  a  zero  â&#x20AC;&#x201C;  que  se  repete  igualmente  â&#x20AC;&#x201C;  nĂŁo  mais  em  direção,  mas  em  dura- ção  â&#x20AC;&#x201C;  determinando  intervalos  tĂŁo  pequenos  que  se  fossem  menores  nĂŁo  existiriam.
3  â&#x20AC;&#x201C;  9HU D Âł7HRULD 8QLÂżFDGD GR 8QLYHUVR´ LQGLFDGD QD ELEOLRJUDÂżD PDV SRGHQGR VHU DFHVVDGD QR *RRJOH GLJLWDQGR VH R WtWXOR DVVLP entre  aspas.
4  â&#x20AC;&#x201C;  4XDQGR ÂłW´ WHQGH SDUD ]HUR ÂłY´ WHQGH SDUD LQÂżQLWR 1HVVH SURFHVVR QD PHGLGD HP TXH R WHPSR GXUDomR GD FRQVFLrQFLD DXPHQWD a  velocidade  cai.
5  â&#x20AC;&#x201C;  9HU +XPDQLGDGH XPD &RO{QLD QR &RUSR GH 'HXV QD ELEOLRJUDÂżD 6  â&#x20AC;&#x201C;  1RV DSrQGLFHV GR URPDQFH $ &UX] GRV 0DUHV GR 0XQGR YHU ELEOLRJUDÂżD HYLGHQFLD VH D UHODomR HQWUH D )tVLFD H D 3VtTXLFD GH modo  que  o  campo  daquela  estĂĄ  para  o  desta  como  o  estudo  da  Fisiologia  estĂĄ  para  o  da  Psicologia.  A  Psicologia,  no  entanto,  sendo  uma  disciplina  ainda  restrita  à  estrutura  neural  no  ser  humano,  tambĂŠm  ainda  Ê  parte  da  Biologia,  que  estĂĄ  no  campo  da  FĂsica.
7  â&#x20AC;&#x201C;  Ver  o  livro  O  Erro  de  Descartes,  que  obteve  sucesso  mundial,  sem  contestação  atĂŠ  este  momento.
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ARTIGO
Consideraçþes  sobre  manutenção  e  reabilitação  de  sistemas  de  revestimento  de  fachadas Eng.  Adailton  de  Oliveira  Gomes Enga &pOLD 0DULD 0DUWLQV 1HYHV
Resumo:  A  presente  comunicação  tĂŠcnica  aborda  a  questĂŁo  da  manutenção  de  fachadas,  destacando  o  uso  de  materiais  tanto  tradicionais  quanto  inovadores,  e  alerta  para  a  necessidade  da  manutenção  como  forma  de  promover  o  prolongamento  da  vida  ~WLO GDV HGLÂżFDo}HV 5HVXPLGDPHQWH GHVFUHYH FDUDFWHUtVWLFDV da  manutenção  corretiva,  que  Ê  realizada,  algumas  vezes,  jĂĄ  em  carĂĄter  de  recuperação  â&#x20AC;&#x201D;  quando  as  manifestaçþes  patolĂłgicas  FRPSURPHWHP SHOR PHQRV D HVWpWLFD GD HGLÂżFDomR ² H UHVVDOWD as  vantagens  da  manutenção  preventiva,  apesar  de  ser  esta  uma  SUiWLFD PHQRV IUHTXHQWH (P VHJXLGD SDUD D GHYLGD YHULÂżFDomR do  estado  fĂsico  do  sistema  de  revestimento  das  fachadas,  indica  a  avaliação  pĂłs-Âocupação  como  procedimento  usual,  relacionan- do  as  atividades  da  vistoria  e  os  dados  a  serem  obtidos.  Trata  da  revitalização  do  sistema  de  revestimento,  planejada  como  for- PD GH UHFXSHUDU VHX GHVHPSHQKR RX GH LQVHULU D HGLÂżFDomR QR contexto  contemporâneo  de  salubridade  e  beleza,  descrevendo Â
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os  principais  serviços  a  serem  executados,  e  estabelecendo  os  critĂŠrios  para  avaliação  do  sistema  de  revestimento  original,  cu- jas  observaçþes  sobre  o  estado  fĂsico  atual  indicam  as  formas  de  intervenção  a  serem  feitas.  Finalmente,  reforça  a  necessidade  de  manutenção  do  sistema  de  revestimento  em  fachadas,  ressaltan- do  a  importância  de  seguir,  nas  intervençþes,  o  projeto  e  os  pro- FHGLPHQWRV HVSHFtÂżFRV SDUD FDGD HGLÂżFDomR Abstract:  This  paper  relates  to  research  performed  on  façades,  the  use  of  traditional  and  new  materials  relating  to  the  same,  and  its  maintenance  requirements.  In  summary,  it  presents  how  to  perform  corrective  maintenance  on  façades,  which  is  sometimes  performed  to  recover  the  building  in  cases  where  its  degradation  affects  the  aesthetics  of  the  building,  as  well  as  the  advantages  of  preventive  maintenance.  It  also  presents  the  evaluation  to  be  per- formed  after  the  occupation  of  the  building  as  routine  procedure.  It  shows  how  to  improve  the  covering  of  the  façade,  either  to  correct  performance  issues  or  for  aesthetic  reasons,  describing  how  to  evaluate  the  original  façade  in  order  to  provide  the  best  interven- tion  option.  Finally,  reinforces  the  need  for  system  maintenance  coating  facades,  emphasizing  the  importance  of  following  the  inter- YHQWLRQV WKH SURMHFW DQG WKH VSHFLÂżF SURFHGXUHV IRU HDFK EXLOGLQJ
ARTIGO 1. Â INTRODUĂ&#x2021;Ă&#x192;O
cação  com  sistema  de  revestimento  constituĂdo  de  camada  de  argamassa  com  acabamento  decorativo  em  pintura,  cuja  decisĂŁo  Ê  substituir  a  pintura  por  pastilha  cerâmica. Â
$V IDFKDGDV FRQWULEXHP VLJQLÂżFDWLYDPHQWH SDUD GHÂżQLU R VWDWXV GD HGLÂżFDomR 0XLWD DWHQomR VH Gi j GHÂżQLomR GH materiais  e  detalhes  arquitetĂ´nicos  das  fachadas  na  fase  de  projeto,  uma  vez  que  sua  aparĂŞncia  faz  parte  da  comer- cialização  e  do  interesse  de  propriedade  da  unidade,  de  natureza  habitacional  ou  comercial,  ou  destaca  o  edifĂcio  FRPR XPD PDUFD FDUDFWHUtVWLFD TXH LGHQWLÂżFD D HPSUHVD QR mercado  imobiliĂĄrio.
2. Â CONSIDERAĂ&#x2021;Ă&#x2022;ES Â SOBRE Â MANUTENĂ&#x2021;Ă&#x192;O Â Â DE Â FACHADAS
Para  o  acabamento  de  fachadas,  a  indĂşstria  da  constru- ção  civil  sempre  oferece  novos  materiais  ou  a  possibilida- de  de  novos  usos  de  materiais  convencionais,  que  vĂŁo  se  incorporando  à  lista  dos  tradicionais.  Ă&#x20AC;s  inovaçþes  tecno- lĂłgicas  ou  de  materiais,  soma-Âse  tambĂŠm  a  ousadia  dos  SURÂżVVLRQDLV TXH EXVFDP GHVWDFDU PDWHULDLV RX IRUPDV SDUD FULDU REUDV DWUDHQWHV H VLJQLÂżFDWLYDV (P UHODomR DRV novos  PDWHULDLV SRGH VH H[HPSOLÂżFDU D RIHUWD WDUGLD GRV polĂmeros  nos  últimos  25  anos  do  sĂŠculo  XX  â&#x20AC;&#x201D;  quando  os  polĂmeros  chegaram  à  construção  civil,  como  material  principal  ou  como  auxiliar  â&#x20AC;&#x201D;  tais  como  as  colas  e  resinas  que  se  agregam  aos  materiais  tradicionais  no  sentido  de  melhorar  seu  funcionamento  e  permitir  novos  usos.  Em  relação  ao  destaque  de  materiais  tradicionais,  vale  citar  a  engenhosidade  do  arquiteto  Fernando  Peixoto,  cujo  uso  das  FRUHV IRUWHV FRQWUDVWHV H JUDÂżVPRV PDUFDP DV IDFKDGDV construĂdas  com  revestimentos  cerâmicos  de  muitos  edifĂcios  em  Salvador.  Ele  tem  hoje  alguns  seguidores  cujos  projetos  valorizam  o  aspecto  da  cidade.  Em  todo  o  mundo,  encontram-Âse  inĂşmeros  edifĂcios  que  sĂŁo  destaques  por  suas  fachadas,  seja  pelo  material  de  acabamento,  pela  composição  de  cores,  seja  pela  forma.   As  fachadas,  no  entanto,  assim  como  as  demais  partes  do  edifĂcio,  necessitam  de  cuidados  para  conservar  ou  prolon- gar  sua  vida  útil1.  As  funçþes  relativas  ao  seu  desempenho,  que  garantem,  entre  outras  exigĂŞncias,  a  vedação  e  estan- queidade  da  parede,  precisam  ser  asseguradas  permanen- temente  pelos  materiais  empregados  e  pelos  procedimen- tos  de  execução. DaĂ Â surge  a  necessidade  de  manutenção2,  de  carĂĄter  pre- ventivo  ou  corretivo,  e,  à s  vezes,  de  sua  reabilitação,  que  pode  ser  feita  nĂŁo  somente  no  intuito  de  promover  o  pro- longamento  de  sua  vida  útil,  mas  tambĂŠm  como  forma  de  atualização  ao  novo  gosto  arquitetĂ´nico.  Esta  Comunicação  TĂŠcnica  aborda  brevemente  a  manuten- ção  de  fachadas  com  sugestĂľes  sobre  como  proceder  para  LGHQWLÂżFDU DV LQWHUYHQo}HV QHFHVViULDV DOpP GD H[SRVLomR de  caso  referente  à  revitalização  do  sistema  de  revestimen- to  de  fachadas,  com  indicação  das  atividades  e  critĂŠrios  para  avaliação  da  argamassa  do  sistema  de  revestimento.  3DUD D H[SRVLomR GH FDVR XVD VH R H[HPSOR GH XPD HGLÂż-Â
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Os  sistemas  de  estrutura,  alvenaria  de  vedação  e  revesti- mento,  que  constituem  basicamente  a  envoltĂłria  do  edifĂcio,  devem  apresentar  caracterĂsticas  compatĂveis  entre  si,  com  o  objetivo  de  cumprir  suas  funçþes  e  atender  aos  requisitos  de  desempenho3.  Mesmo  com  a  garantia  das  caracterĂsti- cas  intrĂnsecas  de  cada  material  e  sua  tĂŠcnica  de  aplicação,  o  comportamento  da  envoltĂłria  do  edifĂcio  resulta  da  com- patibilidade  entre  os  sistemas  que  a  compĂľem. As  inovaçþes  tecnolĂłgicas  de  cada  sistema,  que  natural- mente  ocorrem  na  construção  de  edifĂcios,  nem  sempre  consideram  as  caracterĂsticas  de  outros  sistemas  que  inte- ragem  com  ele.  As  interfaces  podem  ser  fontes  constantes  de  desperdĂcios,  retrabalhos  e  patologias,  quando  a  elas  nĂŁo  se  aplicam  os  cuidados  devidos. O  edifĂcio  Ê  constituĂdo  por  diferentes  tipos  de  materiais  que  envelhecem  ou  se  deterioram  pela  ação  de  agentes  que  afetam  de  maneira  desfavorĂĄvel  seu  desempenho.  A  degra- dação  dos  materiais  de  construção  estĂĄ  relacionada  com  a  ação  das  intempĂŠries,  dos  agentes  biolĂłgicos,  de  esforços,  de  incompatibilidade  entre  eles  e  de  fatores  de  uso.  Sua  du- rabilidade  estĂĄ,  portanto,  vinculada  à  manutenção  do  edifĂcio. Existem  basicamente  dois  tipos  de  manutenção:  -  a  manu- tenção  corretiva,  mais  tradicional,  cujo  conceito  se  confun- de  com  o  de  recuperação,  hĂĄ  muito  vem  sendo  realizada  sob  pena  de,  em  longo  prazo,  os  danos  decorrentes  da  ne- gligĂŞncia  continuada  se  tornarem  irreparĂĄveis;Íž    -  a  segunda,  a  manutenção  preventiva,  de  conceito  e  ado- ção  mais  recentes,  visa  ao  controle  das  atividades  de  ins- peção  com  o  intuito  de  prever  futuras  intervençþes,  assim  como  corrigir  falhas  incipientes  que  venham  a  comprometer  a  vida  útil  do  sistema  de  revestimento.  Pela  pouca  evidĂŞn- FLD GD VXD QHFHVVLGDGH DLQGD p FRPXP TXH ÂżTXH HP VH- gundo  plano,  o  que  implica  posteriormente  custos  maiores  de  recuperação,  quando  as  manifestaçþes  patolĂłgicas  se  LQWHQVLÂżFDP As  atividades  de  manutenção  do  sistema  de  revestimentos  de  fachada  sĂŁo,  portanto,  essenciais  para  garantir  o  estado  ItVLFR GR HGLItFLR SRLV YLVDP UHFXSHUDU GHÂżFLrQFLDV UHODWL- vas  ao  seu  desempenho,  estendendo  sua  vida  útil,  uma  vez  que: 1*  materiais  assentados  sobre  argamassas  normalmente  SHUGHP VXD FDSDFLGDGH GH DGHUrQFLD VH KRXYHU LQÂżOWUDomR de  ågua,  pois  alteraçþes  fĂsicas  ou  quĂmicas  ocorrem  nos  produtos  à  base  de  cimento  em  presença  de  ågua  e  de  agentes  atmosfĂŠricos  procedentes  do  meio  marinho  ou  de  outras  fontes  agressivas;Íž
ARTIGO 2*  as  cidades  localizadas  ao  longo  da  orla  marĂtima  sofrem  a  ação  da  nĂŠvoa  ou  do  spray  marinho  que  Ê  lançado  pela  brisa.  A  superfĂcie  do  revestimento  torna-Âse  mais  úmida,  fa- cilitando  o  depĂłsito  de  partĂculas  poluentes  existentes  no  ar.  AlĂŠm  disso,  os  materiais  que  constituem  as  fachadas  GDV HGLÂżFDo}HV SRGHP VRIUHU DOWHUDo}HV ItVLFDV TXtPLFDV decorrentes  da  ação  deste  meio  agressor,  reduzindo  o  seu  desempenho. As  fachadas  dos  edifĂcios  e  as  estruturas  de  concreto  apa- rente  estĂŁo  sujeitas  à  degradação  por  diversos  agentes.  6XD PDQXWHQomR SUHYHQWLYD JHUDOPHQWH p PDLV HÂżFLHQWH H de  menor  custo  que  a  corretiva,  e  proporciona  o  controle  das  condiçþes  de  durabilidade  dos  materiais,  da  sua  estan- queidade  e  do  aspecto  estĂŠtico. Conhecidos  os  aspectos  relativos  à s  intervençþes  nos  sis- temas  de  revestimento  das  fachadas,  a  tomada  de  decisĂŁo  para  realização  dos  procedimentos  necessĂĄrios  à  manuten- ção  requer  do  proprietĂĄrio/usuĂĄrio  a  plena  consciĂŞncia  da  sua  importância,  uma  vez  que  as  açþes  envolvem  planeja- mento,  tempo  e  custos,  fatores  que  podem  levar  a  negligen- ciar  as  providĂŞncias  adequadas. Programar  inspeçþes  periĂłdicas  no  sistema  de  revestimen- to  â&#x20AC;&#x201D;  juntas  de  movimentação,  rejuntamento,  pintura,  estado  GR HPERoR FDPDGD ~QLFD ² SDUD LGHQWLÂżFDU LQtFLR GH SDWR- logias  e  realizar  imediatamente  as  manutençþes  corretivas  assegura  extensĂŁo  da  vida  útil  ao  sistema  de  revestimento  e  preservação  da  estĂŠtica  das  fachadas. 352&(',0(1726 3$5$ 0$187(1dÂ2 35(9(17,9$ E  CORRETIVA  Ă&#x2030;  importante  estabelecer  as  condiçþes  e  procedimentos  para  manutenção  e  reparos  dos  sistemas  de  revestimento  em  fachadas  durante  a  vida  útil  do  edifĂcio,  por  meio  da  avaliação  pĂłs-Âocupação.  Para  isto,  Ê  necessĂĄrio  estabelecer  a  periodicidade  da  vistoria  para  cada  sistema  GH UHYHVWLPHQWR H[LVWHQWH QR HGLItFLR H GHÂżQLU D OLVWD GH YHULÂżFDo}HV SDUD DWUDYpV GH RFRUUrQFLDV SDWROyJLFDV DYDOLDU o  desempenho  desses  sistemas.  A  Tabela  1  apresenta  a  relação  de  requisitos  de  desempenho  e  as  correspondentes  manifestaçþes  patolĂłgicas  mais  frequentes  no  sistema  de  revestimento  com  a  camada  de  argamassa. 2 HVWDGR ItVLFR GR VLVWHPD GH UHYHVWLPHQWR p YHULÂżFDGR YLVXDOPHQWH H FRP DX[tOLR GD OLVWD GH YHULÂżFDo}HV LGHQWLÂżFD se,  para  cada  requisito,  a  ocorrĂŞncia  de  manifestaçþes  patolĂłgicas  e  outras  particularidades.  As  atividades  da  vistoria  consistem  em: x Localizar  as  ocorrĂŞncias  em  planta  e  por  pavimento,  TXDQWLÂżFDGDV HP iUHD H VH SRVVtYHO LGHQWLÂżFDU DV VXDV causas  provĂĄveis.  x Indicar,  se  necessĂĄrio,  a  realização  de  ensaios  ou  parecer  de  especialistas  para  avaliar  ocorrĂŞncias  patolĂłgicas.   AlĂŠm  disso,  a  avaliação  pĂłs-Âocupação  de  cada  perĂodo  deve  indicar:  x estado  fĂsico  atual;Íž x os  serviços  de  manutenção  e  correção  efetuados Â
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anteriormente,  se  for  o  caso;Íž x SDUHFHU VREUH D HÂżFLrQFLD GHVVHV VHUYLoRV Em  função  dos  aspectos  observados  na  vistoria  e  de  ensaios  e  pareceres  elaborados,  avalia-Âse  o  estado  fĂsico  dos  sistemas  de  revestimento,  estabelecendo,  se  necessĂĄrio,  intervençþes  para  corrigir  ou  prever  danos.  O  relatĂłrio  deve  conter  informaçþes  sobre  o  estado  fĂsico  do  sistema  de  revestimento  do  edifĂcio,  as  manifestaçþes  patolĂłgicas  observadas  e  as  açþes  recomendadas.  &RQWUROH UHJLVWUR H RXWUDV REVHUYDo}HV Ă&#x2030;  fundamental  o  registro  de  toda  intervenção  realizada  no  edifĂcio  que  tenha  relação  com  os  sistemas  de  revestimento.  As  intervençþes  efetuadas,  tanto  pelo  Cliente  como  pela  Construtora,  devem  ser  assinaladas  em  planta,  por  pavimento,  e  registradas,  a  exemplo  de: x manutenção  preventiva  â&#x20AC;&#x201C;  limpeza  das  fachadas,  WUDWDPHQWR GH ÂżVVXUDV UHMXQWDPHQWR GDV SDVWLOKDV HWF x repintura;Íž x UHSDURV Âą WLSR H TXDQWLÂżFDomR x ampliaçþes. Recomenda-Âse  manter  atualizado  o  arquivo  dos  registros  da  avaliação  pĂłs-Âocupação  periĂłdica  com  resultados  de  ensaios  e  pareceres  tĂŠcnicos,  se  realizados,  bem  como  o  resultado  de  intervençþes  executadas  em  função  de  reparos  recomendados. NĂŁo  existe  ainda  estabelecida  uma  frequĂŞncia  adequada  para  a  periodicidade  das  vistorias.  Sugere-Âse  que  se  estabeleça,  junto  à  Construtora,  o  compromisso  da  realização  da  primeira  inspeção,  no  primeiro  ano,  quando  as  deformaçþes  sĂŁo  mais  acentuadas.  Posteriormente,  D FDGD GRLV DQRV GXUDQWH D YLGD ~WLO GD HGLÂżFDomR $V vistorias  poderĂŁo  ser  procedidas  pela  mesma  empresa  ou  RXWUD GR VHWRU FRPSHWHQWH QD iUHD e UHFRPHQGiYHO GHÂżQLU previamente  a  responsabilidade  pelas  inspeçþes  de  forma  a  evitar  futuros  desgastes  entre  Cliente  e  Construtora. 4.  REVITALIZAĂ&#x2021;Ă&#x192;O  DO  SISTEMA  DE  REVESTIMENTO Os  serviços  de  intervenção  para  restauração  ou  revitalização  da  integridade  de  sistema  de  revestimento  de  edifĂcios  sĂł  devem  ser  executados  apĂłs  a  elaboração  de  projeto  e  procedimentos,  que  necessitam  visar,  principalmente,  a  eliminação  das  patologias,  independente  de  suas  origens. No  sentido  de  revitalizar  a  estĂŠtica  das  fachadas,  o  sistema  de  revestimento  original  dos  edifĂcios,  que  Ê  constituĂdo  da  camada  de  argamassa  e  acabamento  decorativo  â&#x20AC;&#x201D;  cerâmico  ou  pintura  â&#x20AC;&#x201D;  Ê  substituĂdo  parcial  ou  LQWHJUDOPHQWH GH IRUPD D LQVHULU D HGLÂżFDomR QR FRQWH[WR contemporâneo  de  salubridade  e  beleza. O  novo  sistema  de  revestimento  compreende  a  camada  de  argamassa,  jĂĄ  existente  devidamente  restaurada,  e  o  acabamento  decorativo  previsto.  A  mudança  do  acabamento  GHFRUDWLYR VLJQLÂżFD D LQWURGXomR GH HOHPHQWRV DSURSULDGRV ao  novo  material  empregado. Â
ARTIGO Conforme  informado  anteriormente,  este  estudo  de  caso  trata  da  substituição  do  acabamento  decorativo  em  pintura  por  pastilha  cerâmica.  Por  isso,  no  novo  sistema  de  revestimento  devem  ser  executadas  juntas  de  movimentação4  â&#x20AC;&#x201D;  que  dividem  toda  a  årea  de  revestimento  HP SDLQpLV SUHGHÂżQLGRV ² H MXQWDV GH DVVHQWDPHQWR5  entre  as  peças  cerâmicas.  A  nova  camada  de  argamassa,  antes  denominada  camada  única,  passa  a  ser  tratada  como  emboço. AlĂŠm  disso,  como  se  trata  de  um  sistema  de  revestimento  jĂĄ  existente,  Ê  necessĂĄrio  proceder  à  avaliação  da  camada  de  argamassa,  substituindo  ou  recuperando  partes  onde  KRXYHU DOJXPD GHÂżFLrQFLD O  serviço  deve  ser  executado  com  base  em  um  projeto  HVSHFtÂżFR TXH HVWDEHOHFH D ORFDOL]DomR GDV MXQWDV GH movimentação  e  indica  outros  elementos  e  reparos  necessĂĄrios  para  o  desempenho  do  novo  sistema  de  revestimento,  determinados  de  acordo  com  as  normas  e  outras  recomendaçþes  para  revestimento  de  fachadas. 4.1  Serviços  a  serem  realizados  no  sistema  de  revestimento  original 2 HVTXHPD DSUHVHQWDGR QD ÂżJXUD PRVWUD DV HWDSDV do  processo  de  reabilitação  do  sistema  de  revestimento  das  fachadas,  que  consiste  em  restaurar  a  camada  de  argamassa  e  substituir  totalmente  o  acabamento  existente  (pintura),  por  pastilhas  cerâmicas. 4.2  Procedimentos O  procedimento  para  reabilitação  do  sistema  de  revestimento  inicia-Âse  com  a  remoção  total  da  pintura  do  sistema  de  revestimento  original.  A  continuidade  do  serviço  consiste  em:  x YHULÂżFDU R HVWDGR GD FDPDGD GH DUJDPDVVD H[LVWHQWH atravĂŠs  de  observação  visual  e  teste  de  percussĂŁo;Íž x remover  a  argamassa  nos  locais  onde  estiver  fragilizada,  ou  apresentar  som  chocho,  quando  percutida,  LVWR p DSUHVHQWDU HVWDGR FUtWLFR LGHQWLÂżFDGR FRQIRUPH apresentado  na  tabela  1;Íž x preparar  e  limpar  a  base  de  revestimento;Íž x WUDWDU DV ÂżVVXUDV SURYHQLHQWHV GD DOYHQDULD RX GD ligação  alvenaria-Âestrutura  de  concreto;Íž x WUDWDU DV ÂżVVXUDV GHFRUUHQWHV GD UHWUDomR GD argamassa,  nos  locais  onde  a  camada  de  argamassa  apresenta  estado  aceitĂĄvel;Íž x SUHSDUDU D DUJDPDVVD HVSHFLÂżFDGD x aplicar  a  argamassa  para  executar  o  novo  emboço;Íž  ou x aplicar  argamassa  polimĂŠrica  para  regularizar  a  superfĂcie  da  camada  de  argamassa  remanescente,  se  for  o  caso;Íž x assentar  e  rejuntar  as  pastilhas  cerâmicas;Íž x executar  as  juntas  de  movimentação  nos  locais  LQGLFDGRV QR SURMHWR HVSHFtÂżFR SDUD UHDELOLWDomR GR sistema  de  revestimento  das  fachadas. Para  a  substituição  da  camada  de  argamassa  removida,  deve-Âse  usar  argamassa  que  seja  compatĂvel  com  a  existente.  De  modo  geral,  na  regularização  da  superfĂcie  do  emboço  Ê  usada  argamassa  polimĂŠrica,  industrializada.  Considera-Âse  regularização  do  emboço  a  execução  de Â
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uma  camada  de  argamassa  de  atĂŠ  1  cm  sobre  a  camada  de  argamassa  remanescente  apĂłs  a  remoção  da  pintura  do  sistema  de  revestimento  original  e  de  pequenas  intervençþes,  tais  como  a  remoção  de  torrĂľes  soltos  ou  de  pulverulĂŞncia. $V SDVWLOKDV FHUkPLFDV VmR Âż[DGDV DR HPERoR FRP argamassa  colante  e  rejuntadas  com  argamassa  de  uso  HVSHFtÂżFR &ULWpULRV SDUD DYDOLDomR GD FDPDGD GH DUJDPDVVD original Para  avaliar  o  estado  fĂsico  da  camada  de  argamassa  remanescente  apĂłs  a  remoção  de  pintura,  adota-Âse  a  observação  visual,  a  passagem  da  colher  de  pedreiro  sobre  a  superfĂcie  e  o  teste  de  percussĂŁo,  usando  os  critĂŠrios  indicados  na  tabela  2. 3DUD LGHQWLÂżFDU R UHFRQKHFLPHQWR GDV FRQGLo}HV GR HVWDGR fĂsico  da  camada  de  argamassa  original,  adotar  os  seguintes  conceitos: )LVVXUD SRU UHWUDomR GD DUJDPDVVD Âą  conjunto  de  aberturas  curtas  e  descontĂnuas  na  superfĂcie  da  argamassa,  sem  GLUHFLRQDPHQWR GHÂżQLGR IRUPDQGR GHVHQKRV DOHDWyULRV )LVVXUD GHYLGR j GHÂżFLrQFLD GD DOYHQDULD Âą  abertura  contĂnua  na  superfĂcie  da  argamassa,  geralmente  no  sentido  vertical  ou  inclinado;Íž )LVVXUD QD OLJDomR GD DOYHQDULD FRP D HVWUXWXUD GH FRQFUHWR â&#x20AC;&#x201D;  abertura  contĂnua,  localizada  ao  longo  do  encontro  entre  essas  partes;Íž 3XOYHUXOrQFLD Âą  pequenas  partĂculas  sĂłlidas  soltas,  sem  ligação  entre  elas,  removĂveis  pela  passagem  da  mĂŁo;Íž 7RUU}HV VROWRV Âą  conjunto  de  partĂculas  ligadas  por  coesĂŁo,  que  se  desprende  facilmente  da  camada  de  argamassa  quando  raspado  com  a  colher  de  pedreiro;Íž $GHUrQFLD GHÂżFLHQWH Âą uniĂŁo  comprometida  entre  a  camada  GH DUJDPDVVD H D EDVH LGHQWLÂżFDGD SHOD HPLVVmR GH VRP cavo,  ou  chocho,  durante  o  teste  de  percussĂŁo  com  um  pequeno  martelo;Íž 'HVDJUHJDomR Âą presença  de  material  frĂĄgil  que  se  desmancha  com  facilidade  quando  raspada  com  a  colher  de  pedreiro. 5.  CONSIDERAĂ&#x2021;Ă&#x2022;ES  FINAIS A  intenção  desta  Comunicação  TĂŠcnica  foi  apresentar  DOJXPDV UHĂ&#x20AC;H[}HV VREUH RV WHPDV PDQXWHQomR H revitalização  de  sistemas  de  revestimento  em  fachadas,  destacando  a  importância  das  atividades  da  manutenção  preventiva,  e  distinguindo  as  atividades  de  manutenção  e  de  revitalização  que,  algumas  vezes,  se  confundem,  embora  correspondam  a  diferentes  objetivos  e  açþes.  O  desempenho  adequado  do  sistema  de  revestimento  de  fachadas  nĂŁo  depende  apenas  de  um  bom  projeto  e  da  execução  correta,  mas  tambĂŠm  da  forma  como  Ê  tratado  durante  sua  vida  útil.  O  revestimento  cerâmico  pode  ser  FRQVLGHUDGR DOWDPHQWH GXUiYHO PDV LVWR QmR VLJQLÂżFD D desobrigação  das  atividades  de  manutenção  de  carĂĄter  preventivo  ou  corretivo.  As  tintas,  por  sua  vez,  sĂŁo  materiais  que  exigem  renovação  periĂłdica,  mas  que  quase  sempre  Ê  prorrogada,  uma  vez  que  implica  principalmente  custos,  nem  sempre  previstos  por  aqueles  que  devem  assumi-Âlos.
ARTIGO Por  outro  lado,  Ê  importante  buscar  instruçþes  para  realização  das  atividades  de  modo  a  evitar  comprometimentos  futuros,  como,  por  exemplo,  o  uso  de  åcidos  e  bases  fortes  na  limpeza,  que  podem  gerar  patologias  quando  nĂŁo  sĂŁo  devidamente  empregados.  Destaca-Âse,  assim,  a  importância  de  um  plano  de  manutenção  corretamente  concebido  que  pode  prevenir  o  desenvolvimento  de  patologias  que,  por  sua  vez,  exigem  açþes  mais  intensas  e  custosas  no  seu  tratamento.
Agradecimento Os  autores  agradecem  à  Enga  Ana  Helena  Hiltner  por  suas  valiosas  sugestĂľes  e  cuidadosa  revisĂŁo  do  texto. Â
CurrĂculos Adailton  de  Oliveira  Gomes,  engenheiro  civil,  mestre  em  Engenharia  Ambiental  Urbana,  projetista  de  sistema  de  revestimento  de  fachadas,  consultor  em  tecnologia  de  HGLÂżFDo}HV WLWXODU GD HPSUHVD $* &RQVXOWRULD SURIHVVRU Quanto  à  revitalização  do  sistema  de  revestimento  de  aposentado  da  Escola  PolitĂŠcnica  da  UFBA,  membro  da  fachada,  reforça-Âse  a  necessidade  de  seguir  o  projeto  e  equipe  do  CETA  â&#x20AC;&#x201D;  Centro  TecnolĂłgico  da  Argamassa  da  SURFHGLPHQWRV HVSHFtÂżFRV SDUD FDGD FDVR GH PRGR D HYLWDU Escola  PolitĂŠcnica  da  UFBA.  problemas  ao  invĂŠs  de  buscar  soluçþes  para  recuperação  do  sistema.  CĂŠlia  Neves,  engenheira  civil,  mestre  em  Engenharia  $PELHQWDO 8UEDQD FRQVXOWRUD HP WHFQRORJLD GH HGLÂżFDo}HV Ă&#x2030;  sempre  importante  ressaltar  que  os  serviços  de  titular  da  empresa  CN  Consultoria,  pesquisadora  aposentada  manutenção  ou  de  revitalização  implicam  custos  elevados,  do  CEPED  â&#x20AC;&#x201C;  &HQWUR GH 3HVTXLVDV H 'HVHQYROYLPHQWR  da  QHP VHPSUH SODQHMDGRV SHORV XVXiULRV GD HGLÂżFDomR TXH 8QLYHUVLGDGH GR (VWDGR GD %DKLD coordenadora  da  Rede  devem  assumir  as  devidas  despesas.  7HUUD%UDVLO  coordenadora  do  Projeto  de  Investigação  3527(55$ +$%<7(' &<7(' Mi ÂżQDOL]DGR PHPEUR ( ÂżQDOPHQWH UHVVDOWD VH D QHFHVVLGDGH GH SODQHMDU do  Conselho  Consultivo  da  Rede  Ibero-ÂAmericana  fachadas,  cujo  acesso  seja  facilitado  à s  açþes  de  limpeza,  PROTERRA.  CurrĂculo  completo  em  http://lattes.cnpq. manutenção  e  inspeção  detalhada,  com  total  segurança  e  br/4056186394947507. facilidade.
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ARTIGO
1  â&#x20AC;&#x201C;  Corresponde  ao  intervalo  de  tempo,  que  sob  determinadas  condiçþes,  começa  num  dado  instante,  regularmente  entrada  ao  serviço  ou  função  e  termina  quando  a  taxa  de  avarias  se  torna  inaceitĂĄvel  ou  quando  o  bem  Ê  considerado  irreparĂĄvel  no  contexto  operacional,  tĂŠcnico  ou  econĂ´mico.
2  â&#x20AC;&#x201C;  Conjunto  de  revisĂľes  e  operaçþes  normais  na  conservação  de  um  bem. 3  â&#x20AC;&#x201C;  Corresponde  ao  comportamento  de  um  elemento  durante  a  sua  utilização,  que  pode  ser  entendido  como  o  resultado  do  equilĂbrio  dinâmico  que  se  estabelece  entre  o  elemento  e  o  meio.
4  â&#x20AC;&#x201C;  Espaço  regular  na  camada  do  revestimento,  cuja  função  Ê  subdividi-Âlo  para  aliviar  tensĂľes  provocadas  pela  movimentação  da  base  H GR SUySULR UHYHVWLPHQWR HYLWDQGR R DSDUHFLPHQWR GH ÂżVVXUDV H GHVFRODPHQWRV
5  â&#x20AC;&#x201C;  Espaço  regular  entre  duas  peças  cerâmicas  adjacentes  do  revestimento
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NOTÍCIAS
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os dias 04 e 05 de junho o Instituto Politécnico da Bahia realizou, em conjunto com a UFBA, CIENAM e Mestrado em Engenharia Ambiental da UFBA mais uma edição do evento Construção Mais Sustentável. O evento busca difundir conceitos e práticas construtivas relativas aos temas que envolvem a sustentabilidade na Construção Civil, e contou com o apoio das seguintes empresas e instituições: CIVIL, ODEBRECHT Infraestrutura, CBIC – Câmara Brasileira da Indústria e Construção, Caramelo Arquitetura e Associados LTDA, SINDUSCON–BA, Comunidade da
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o período de 15 a 18 de julho próximo, o Instituto Politécnico da Bahia, juntamente com o CETA – Centro Tecnológico da Argamassa da Escola Politécnica da UFBA – e a Comunidade da Construção Salvador-BA, promove a IX Semana Pensando em Argamassa com as propostas de contribuir para a transformação das práticas construtivas tradicionais em tecnologia apli-
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Construção e Prêmio Odebrecht. Durante os dois dias do evento, 227 inscritos puderam assistir a diversas palestras proferidas por Marcella Saade – UNICAMP, o Arquiteto Antonio Caramelo, o Engenheiro Thales de Azevedo Filho e a Mestre em Ciências Natasha Thomas, o Professor Romildo Dias Toleto Filho – COPPE – UFRJ, a Engenheira Diana Paes – Odebrecht Infraestrutura e Rafael Cardos Valente – CIVIL LTDA., além de participar dos minicursos “Canteiro de Obra de Baixo Impacto Ambiental” e “Certificado Ambiental”, ambos ministrados pela Doutora Clarice Degani.
cada à construção civil e de divulgar as melhorias tecnológicas. O evento, que se destina a todos aqueles que atuam na área de construção civil e têm interesse em adquirir novos conhecimentos relativos à temática, acontece no Auditório Leopoldo Amaral da Escola Politécnica da UFBA. Os interessados poderão efetuar sua inscrição através do site http://www.nst.ufba.br/.
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