Ano XIII - Setembro-Outubro / 2010 - nº 83
Órgão Informativo do Sindicato dos Médicos do Distrito Federal - N° 83
2
S e t e m b r o
/
O u t u b r o
2 0 1 0
E d i t o r i a l
Um bom exemplo para o país Ainda são fortes as marcas que os recentes escândalos envolvendo políticos da cidade - mais preocupados em se locupletar com dinheiro público e esquemas espúrios provocam nos cidadãos da capital do país. Porém, aos poucos, Brasília vem reagindo e dando a sua resposta, resgatando a imagem de respeito e progresso que mais combina com os que moram aqui. Os médicos deram um grande exemplo neste sentido, ao comparecerem em massa para escolher os mandatários que vão conduzir os destinos deste sindicato para o próximo triênio. Novamente, cada colega, em sua individualidade, deu sua parcela de contribuição para que fosse realizado o maior pleito eleitoral da categoria desde a fundação desta instituição. Poderíamos, desestimulados com tantas mentiras e máscaras que caíram em tão pouco tempo, simplesmente deixar de exercer o mais nobre gesto de votar e escolher, abrindo mão do fundamento elementar da democracia, que tanto se lutou para ser implementado plenamente em nosso país. Mais do que isso, os médicos tiveram a liberdade para fazer a escolha que melhor representa o seu projeto de futuro e dizer nas urnas, o que espera que o seu sindicato faça em favor dele e de sua profissão. O grito mais forte que ecoou do voto proferido, foi pelo desejo de continuar a ver a classe médica unida, trabalhando junto, em favor de nossa coletividade. Os 73% que levaram os colegas membros da Chapa 1 – Médicos Unidos a serem os eleitos por seus pares, dizem também que o futuro de novas conquistas, prescinde de um passado de experiência e conhecimento dos gestores pelas causas que a categoria mais almeja. E além do mais, que a responsabilidade e a verdade sejam colocadas acima de tudo, demonstrando que para se estar no poder, não vale qualquer artifício, artimanha ou subterfúgio. Os médicos podem ser uma minoria dentro do escopo populacional do país, mas demonstram que não estão dispostos a ser ludibriados ou enganados por propostas que aparecem de tempos em tempos nas campanhas eleitorais. Sabem, quando necessário, colocar o coletivo acima do individual, pois descobriram que juntos sempre se faz mais. Aprenderam não só com os longos anos de estudos nos bancos escolares, mas com o diaa-dia dos hospitais, que uma situação de adversidade precisa de trabalho e não palavras. Aí estão diversos elementos que deveriam ser observados pela outra fatia maior da população, anestesiada por promessas, enganada por mentiras, contida por esmolas. Pessoas mantidas isoladas na sua solidão, dor e inexistência. Muitas delas com o voto e a alma vendidas em troca de um pouco de sobrevivência. Talvez esta seja uma feliz coincidência, em termos as eleições para o Sindicato dos Médicos do Distrito Federal, este ano tão próxima das eleições majoritárias que elege desde o presidente da República até os membros da nova Câmara Legislativa do Distrito Federal. Mostramos à população em geral que é possível fazer boas escolhas e que estas nos levem sempre na direção do progresso, da evolução, do bem-estar. Uma arma contra os políticos pequenos de alma, mas de ganância grande, incrustados nos mais diversos segmentos da sociedade, dispostos a fazer qualquer coisa para obter êxitos pessoais. Parabéns aos médicos por darem tamanha contribuição ao resgate da cidadania e à imagem de nossa querida cidade. Vamos Juntos! R e v i s t a
M é d i c o
3
S u m á r i o
Entrevista
Gutemberg Fialho Presidente eleito
Jurídico
Precatório: malha fina
10
6
Presidente Dr. Marcos Gutemberg Fialho da Costa Vice Presidente Dr. Gustavo de Arantes Pereira Secretário Geral Dr. Emmanuel Cícero Dias Cardoso 2º Secretário Dr. Jomar Amorim Fernandes Tesoureiro Dr. Gil Fábio de Oliveira Freitas 2º Tesoureiro Dr. Olavo Gonçalves Diniz Diretor Jurídico Dr. Antônio José Francisco P. dos Santos Diretor de Inativos Dr. José Antônio Ribeiro Filho Diretora de Ação Social Drª. Olga Messias Alves de Oliveira Diretora de Relações Intersindicais Drª. R aquel Carvalho de Almeida Diretor de Assuntos Acadêmicos Dr. Lineu da Costa Araújo Filho Diretora de Imprensa e Divulgação Drª. Adriana Domingues Graziano Diretor Cultural Dr. Jair Evangelista da Rocha Diretores Adjuntos Dr. Antônio Geraldo, Dr. Cantídio, Dr. César Neves, Dr. Dimas, Dr. Diogo Mendes, Dr. Tamura, Dr. Vicente, Dr. Tiago Neiva. Conselho Editorial Drª. Adriana Graziano, Dr. Antônio José, Dr. Gil Fábio Freitas, Dr. Gutemberg Fialho, Dr. Gustavo Arantes, Dr. Diogo Mendes, Dr. José Antônio Ribeiro Filho. Editor Executivo Alexandre Bandeira - RP: DF 01679 JP Jornalista Vítor Ferns - RP: 0007637/DF Diagramação e Capa Pedro Henrique Corrêa Sarmento Fotos Gustavo Lima e Divulgação Projeto Gráfico e Editoração Strattegia Consulting Anúncios +55 (61) 3447 - 9000 Gráfica Alpha Gráfica SindMédico/DF Centro Clínico Metrópolis SGAS 607, Cobertura 01, Cep: 70.200 - 670 Tel.: (61) 3244 - 1998 Fax.: (61) 3244 - 7772 sindmedico@sindmedico.com.br www.sindmedico.com.br Os artigos assinados são de responsabilidade exclusiva de seus autores.
Capa
Saúde & Democracia
Itinerante
8
Aconteceu
11
Balanço do projeto
Vida Médica Ópera & Música Clássica
Regionais
19
Sindicais
22
Berçário do Gama
2 ª etapa da GAM
5
Artigos
26
21
Opinião - 5 Estratégia - 21 Vinhos - 28 Literárias - 30
4
14
50 anos de HBDF
28
30
O p i n i ã o
Nova gestão, novos caminhos. Gustavo Arantes, Vice-presidente do SindMédico-DF
Assim que teve início a apuração dos votos desta ultima eleição, começou a ficar bastante clara a preferencia da classe médica pela Chapa 1- Médicos Unidos. Ao final constatamos que este apoio se dera de maneira maciça, pois havíamos sido eleitos com 73% dos votos válidos. Esta foi a maior votação que uma chapa recebeu até hoje, e a eleição com maior número de votantes da história do sindicato dos médicos. Terminada a apuração, comecei a pensar na importância desta vitória e na imensa responsabilidade que temos perante os colegas que votaram no grupo. Estejam certos de que não mediremos esforços para continuarmos fazendo jus à confiança de vocês. Dirigir o Sindicato dos Médicos é um constante desafio, em razão dos inúmeros problemas que afligem a todos os médicos envolvidos com a profissão. Não só os que militam atendendo aos setores públicos (que não só da Secretaria de Saúde), mas aos da medicina privada, aos colegas residentes, e aos demais serviços onde hajam médicos atuando. Um novo sindicato faz-se necessário a partir das novas realidades que se apresentam. Há muitos anos a Secretaria de Saúde do DF é o nosso grande empregador. No entanto, o sucateamento de suas unidades hospitalares, os desmandos administrativos de alguns dos seus gestores, somados aos baixos salários, principalmente para os que estão em início de carreira, foram tornando cada vez menos interessante um emprego na mesma, fato facilmente constatado com a queda do número de médicos dispostos R e v i s t a
M é d i c o
a aceitar assumir uma vaga de trabalho na instituição. Hoje, cerca de 20% dos profissionais atuam exclusivamente na medicina privada. Este fato por si só fez com que criássemos a diretoria de Medicina Privada, para atuar exclusivamente atendendo a estes colegas. A criação de novos serviços médicos em diversos setores públicos mostrou a necessidade de ampliarmos a cobertura aos médicos não ligados a Secretaria de Saúde. Os médicos residentes, cada vez mais importantes dentro do contexto de saúde atual, também terão uma atenção especial. É o sindicato permanentemente se adequando as novas necessidades. Em maio deste ano fizemos uma série de palestras e outros eventos, onde abordamos nossa preocupação com a saúde dos profissionais médicos, e o que poderíamos fazer para melhorar a atenção com os que diariamente vivem cuidando dos outros, muitas vezes, sem dar a devida atenção a si mesmo. Este projeto teve o nome de ”Cuidando do Cuidador”. Pretendemos continuar investindo nesta área, já que a julgamos de vital importância para toda a classe médica. É o sindicato cuidando da saúde do cuidador. Somos um dos maiores sindicatos Médicos do país pelo número de filiados, quase 50% dos médicos em exercício são sindicalizados. Porem, mais de 25% dos nossos filiados estão aposentados, e a nossa idade media é de 50,7 anos. O sindicato está envelhecendo. Precisamos sensibilizar
os médicos jovens a se filiarem, não só para que possam usufruir dos nossos serviços, mas também trazer para dentro da instituição os questionamentos tão comuns aos mais jovens. O mesmo diria em relação às colegas médicas, cada vez mais importantes na nossa vida profissional. Não se trata de separar-nos por sexo ou idade, mas sim, de unirmo-nos. Quanto mais unidos, mais fortes. e maiores as perspectivas de êxito em nossas lutas. O sindicato dos médicos, nestes pouco mais de trinta anos de existência contabiliza inúmeras conquistas, mas reconhecemos que ainda há muito por fazer. É o sindicato crescendo, e se fortalecendo. Os diversos serviços que prestamos ao nosso sindicalizado entre eles, o jurídico, contábil, convênios, planos de saúde, UTI Vida, Escola de Informática e etc, precisam manter-se em constante aperfeiçoamento. É importantíssimo que recebamos dos colegas as críticas e os elogios que se fazem necessários, para continuarmos no caminho que melhor atende aos interesses da nossa base. O voto de confiança que recebemos agora é um sinal claro de aprovação ao que vem sendo feito, mas isto não nos deixa “deitados em berço esplêndido”, muito pelo contrário, nos estimula, já que “um filho seu não foge a luta”, a galgar novos rumos em busca de novas conquistas e vitórias. Esperamos continuar contando como apoio e colaboração de todos. Afinal, o sindicato somos nós, e quanto mais unidos, mais fortes seremos.
5
E n t r e v i s t a
Os desafios do próximo triênio
Mesmo com uma vida sindical médica que soma mais de uma década, Marcos Gutemberg Fialho da Costa assumirá, pela primeira vez, um mandato pleno de presidente do Sindicato dos Médicos do Distrito Federal, após ter vencido as eleições do dia 1º. de Setembro com 73% dos votos, mostrando que a classe médica aprova sua atuação à frente da instituição. A esmagadora maioria de votos porém, não é motivo de conforto, pelo contrário, em suas metas de trabalho, novas e maiores conquistas estão no foco da futura gestão.
Revista Médico - O que demonstra esta ampla maioria de votos no último pleito para o sindicato? Gutemberg – Que existe hoje uma grande sintonia entre o que deseja o médico e como atua o sindicato em favor deste desejo. E mais, que essa parceria é muito importante para continuarmos em um caminho positivo de solidificar nossa base e mostrar para todos, que unidos podemos fazer sempre mais.
6
programa de nossa próxima gestão. Podemos destacar a reformulação do PCCS, com diminuição drástica do número de referências, permitindo que o médico de início de carreira tenha não só uma melhor remuneração, mas uma progressão de carreira mais rápida. Outro desafio é atender melhor aos médicos que atuam na iniciativa privada e os que estão no setor público, mas fora da estrutura da Secretaria de Saúde do DF.
risórios. Isso tem que ser enfrentado com a união das entidades médicas, mobilização da categoria, fiscalização e exigência do cumprimento das resoluções do CRM e CFM, que proíbem a negociação dos honorários sem a participação dos médicos. Neste sentido, o sindicato está pronto para a luta.
Revista Médico - Quais serão as principais metas a partir de novembro?
Revista Médico – Neste contexto estão os baixos honorários médicos pagos pelos planos de saúde. Isso tem solução?
Revista Médico – O sindicato passou dois anos com o projeto SindMédico & Você, que levou de maneira itinerante a instituição para dentro dos hospitais e centros de saúde. Qual a importância e o futuro deste projeto?
Gutemberg – Apresentamos um compromisso de campanha que agora passa a ser
Gutemberg – Com a cartelização, os planos de saúde querem nos impor valores ir-
Gutemberg – Se tornou um instrumento valioso da atuação sindical. Uma experi-
S e t e m b r o
/
O u t u b r o
2 0 1 0
Gutemberg Fialho - Presidente eleito do SindMédico-DF
ência de sucesso, que foi incorporada definitivamente às nossas ações, de forma a aproximar a instituição de sua base, subsidiando o sindicato na definição do seu plano de ação e que deve continuar e ser aperfeiçoado sempre.
Revista Médico – Acabou que a GAM virou personagem na campanha eleitoral, com sua oposição desqualificando o cálculo da mesma, com objetivo de obter vantagens eleitorais. Isto teve algum impacto?
Revista Médico - Qual o posicionamento do SindMédico quanto a proposta de criação da carreira médica de estado? Gutemberg – Também uma de nossas bandeiras da próxima gestão que vai permitir que o médico exerça com tranqüilidade a sua profissão, com salários adequados, formação médica continuada, plano de crescimento profissional e condições dignas de trabalho.
Gutemberg – Pela esmagadora maioria obtida nas urnas, o médico disse que não aceita a irresponsabilidade, a aventura, a mentira e o oportunismo do voto a qualquer custo. Coube a nós simplesmente esclarecer como se dá o processo de incorporação. O que a oposição não compreendeu é que a GAM não é uma conquista do sindicato, mas de toda classe médica e atacá-la é ir contra o colega que se beneficia dela. Fica aí o aprendizado.
Revista Médico - Qual a participação do sindicato na mobilização pela aprovação do Ato Médico pelo Congresso Nacional?
Revista Médico – Por falar em eleição, qual será o relacionamento do SindMédico-DF com o futuro Governo do Distrito Federal?
Gutemberg – Temos uma posição estratégica privilegiada por estarmos na capital do país. Isto nos permite participar ativamente, juntos com as demais entidades médicas, mobilizando a categoria, esclarecendo a sociedade e conquistando o apoio parlamentar necessário para a sua aprovação no Senado, a exemplo do que ocorreu na Câmara Federal.
Gutemberg – Como afirmamos sempre, institucional e pragmático. Quando as ações corresponderem aos anseios da classe, apoiaremos. Quando não, refutaremos. O sindicato sabe seu papel de se manter como uma força política defensora dos interesses dos médicos, independente para poder cobrar e lutar pelo que deseja a nossa coletividade.
Revista Médico - Na sua visão, qual a principal conquista da atual gestão?
Revista Médico – Que demandas existem diante do futuro governador?
Gutemberg – São duas: a consolidação da união das entidades médicas, iniciada na gestão do Dr. Cesar Galvão; e a incorporação da GAM, que permitu a conquista da estabilidade jurídica no nosso vencimento, sem o risco de corte ou diminuição da gratificação e o impacto no cálculo das demais gratificações e vantagens, que tomam o salário-base como parâmetro.
Gutemberg – Esperamos que o próximo governo coloque realmente a Saúde como prioridade. Nisso, enumeramos a questão salarial e melhores condições de trabalho como aspectos fundamentais para fixarmos o médico na rede pública de atendimento, além da recuperação do parque hospitalar e a reversão de todo o processo de terceirização de unidades e serviços médicos.
R e v i s t a
M é d i c o
E n t r e v i s t a
Revista Médico – Porque continuar a combater a terceirização? Gutemberg – Os exemplos praticados em outras unidades da federação revelam que ela é uma porta de entrada para a corrupção, empreguismo e exclusão da população mais necessitada. Além do mais, já se mostrou um péssimo exemplo aqui em Brasília também, com desvio de recursos e insumos do Distrito Federal para outros estados, deixando nossa população ainda mais desassistida. Revista Médico – Para finalizar, o que pode ser feito para fortalecer a atuação dos médicos nos próximos anos? Gutemberg – Temos que ampliar a nossa participação junto à Câmara Legislativa do DF, pois sem voz e sem voto, vamos continuar afastados do centro das decisões. O médico precisa entender que não pode ser usado para satisfazer interesses alheios a classe médica e que deve usar a sua força, o seu poder de multiplicação, de formador de opinião, para ser o condutor desse processo e não passageiro.
“o médico disse que não aceita a irresponsabilidade, a aventura, a mentira e o oportunismo do voto a qualquer custo”
7
I t i n e r a n t e
O Sindicato Itinerante esteve em 67 unidades de saúde do DF O projeto iniciado em maio de 2009 levou o SindMédico-DF a 12 hospitais e 55 Centros de Saúde. Em todas as cidades, os médicos sanaram dúvidas e suas demandas com o sindicato, no próprio local de trabalho. No ano passado, os hospitais foram o foco do sindicato Itinerante, em 2010, as
visitas foram aos Centros de Saúde. A maioria das dúvidas foram de ordens salariais e de temas vigentes em cada época. A partir de setembro do ano passado, a maioria das dúvidas eram em relação ao acordo salarial referente a incorporação da GAM, que seguiu como a mais procurada
também em 2010. Durante os atendimentos, os médicos faziam questionamentos de ordens pessoais e trabalhistas. E também utilizavam a oportunidade para conhecer melhor os produtos e serviços oferecidos pelo SindMédico-DF .
Problemas identificados com a classe O projeto foi além do propósito de tratar das necessidades dos médicos. Com a presença da comissão do sindicato nas unidades, foram identificados problemas estruturais, como:
FALTA DE EQUIPAMENTOS, MATERIAIS E MÉDICOS – em Planaltina-DF, por exemplo, em dois Centros de Saúde não haviam médicos no período da
tarde, e faltavam materiais básicos como a espátula utilizada para exame de prevenção ginecológica. INFORMATIZAÇÃO – o projeto de informatização já está implantado em alguns Centros de Saúde, que serviu de base para detectar os problemas gerados pela falta do planejamento, como: a falta de papel, cartucho e energia que interrom-
peram o atendimento; e a ausência de um projeto ergonômico para garantir a saúde dos profissionais. Para todos os problemas coletados pelo sindicato foram tomadas as devidas providências para buscar sanar as dificuldades. Os processos foram encaminhados para os órgãos responsáveis com a posição em relação aos problemas da instituição.
Avaliação e continuação do projeto Os médicos aceitaram bem o projeto. Na segunda fase, os profissionais já aguardavam a presença do sindicato nas unidades e repercutiam inclusive sobre as fotos publicadas no site e na revista do SindMédico-DF, com os depoimentos dos médicos avaliando a ação. Para o presidente do sindicato, Gutemberg Fialho, as oportunidades de
8
contato direto com os médicos e as estruturas das unidades foram de grande valia. “Os médicos se adaptaram a cultura de receber o sindicato e nós vimos na prática a realidade de cada local. O resultado do projeto foi sucesso entre os profissionais, que sempre destacavam que por falta de tempo, não podiam comparecer a sede da instituição com
frequência”, avaliou Gutemberg. Com esse retrospecto o projeto não pode parar. A agenda para o ano de 2011 já esta sendo preparada. A partir do balanço final de 2009 e 2010, a equipe do sindicato irá buscar aperfeiçoar a dinâmica do sindicato Itinerante para melhor atender o médico no seu local de trabalho.
S e t e m b r o
/
O u t u b r o
2 0 1 0
F 贸 r u m
R e v i s t a
M 茅 d i c o
9
J u r í d i c o
Lista preferencial para adiantamento de precatórios O Distrito Federal é a primeira unidade da federação a pagar o adiantamento dos precatórios preferenciais, de acordo com a Emenda Constitucional nº 62 de 2009. A emenda determina que portadores de doenças graves e idosos maiores de 60 anos (a partir de dezembro de
2009, data da edição da emenda 62/2009) tenham a preferência. As pessoas que estão na lista de prioridade poderão receber um adiantamento da dívida de até R$ 15 mil, por volta de 30 salários mínimos, e continuará na fila até receber o restante que lhe é de direito.
No entanto, para entrar na lista preferencial é preciso requerer à justiça. No caso dos médicos, o SindMédico-DF está disponibilizando formulário próprio para que seja feita a solicitação. Para mais informações entre em contato com o sindicato, no número 3244-1998 (Raquel).
Assessoria prepara defesa contra a malha fina A maioria dos médicos ficaram na malha fina da Receita Federal referente ao processo do precatório 449/94. O formato da declaração orientada pelo escritório de advocacia Riedel foi ques-
tionado pela Receita Federal. Para resolver a contradição, a Riedel já está tomando as providências legais e jurídicas. A defesa também irá atuar contra os descontos indevidos cobrados pela Receita.
Aprovada a devolução do IR sobre os juros do precatório Foi aprovado o ajuizamento de ação para devolução do IR cobrado sobre os juros do precatório, o STF entende que é indevida a cobrança. Segundo estudos elaborados pela Advocacia Riedel, os valo-
res podem chegar a R$ 200 mil reais. O assunto foi tratado na última reunião relativa ao precatório 449/94. O pagamento deste precatório foi uma conquista diante de uma causa antiga da ca-
tegoria médica. O governo já pagou mais de R$ 200 milhões em precatórios, e cerca de mil servidores foram contemplados de 2006 a 2010. Contudo ainda há servidores que aguardam a indenização.
ÃO HÁ NADA E P A R A N Ó S NR D A V ID A D E C O M O C U ID A IE N T E S . N O S S O S PA C
orosamente o , cumprem rig JK r D e a íli Bras as, através Os Hospitais todas as etap em ra gu Se todos Cirurgia Protocolo de e em detalhes ico que confer rg rú os Ci t is en kl drasticam te de um Chec , diminuindo ia rg ru ci ra a rtante pa a os itens de um peradas. Impo es in s õe aç re e cientes, pois níveis de risco a de seus pa nç ra gu se a ento para passo no mom sua carreira e areza em cada cl s ai der m po r ra de rantia além de ge o é a sua ga ol oc ot pr ico. se rg ecklist Cirú da cirurgia, es qüilidade. Ch an tr da to eza em todas trabalhar com detalhes. Cert es or en m s a ao Mais seguranç . as etapas
H O S P I TA L B R A S Í L I A - Te l e f o n e : ( 6 1 ) 3 7 0 4 9 0 0 0 / S H I S Q I 1 5 C o n j . G – L a g o S u l H O S P I TA L D R . J K - Te l e f o n e : ( 6 1 ) 3 3 1 5 1 0 0 0 / Q M S W 0 4 L o t e 0 1 – S u d o e s t e S e
1 0
t e m b r o
/
O u t u b r o
2 0 1 0
A c o n t e c e u
Festividades marcaram os 50 anos do Hospital de Base O Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF) comemorou 50 anos. A data foi celebrada por uma série de eventos que iniciaram no dia 10/09 com uma sessão solene no Plenário da Câmara dos Deputados. Entre as atividades foram realizadas caminhada, inaugurações, estudos científicos, apresentações musicais e homenagens. Os servidores ativos e aposentados marcaram presença nas comemorações. Após os quatro quilômetros de caminhada no Parque da Cidade, na manhã do domingo (12/09), o quarteto de jazz Toccata realizou apresentação musical no Jardim da Solidariedade no HBDF. O espaço foi revitalizado e recebeu mais apresentações musicais. As programações continuaram no dia seguinte com um culto ecumênico, apresentação
do coral do HBDF, inauguração da placa comemorativa e shows musicais. O diretor cultural do SindMédico-DF, Jair Evangelista, participou de algumas palestras. O aniversário também foi um período de ensino continuado, com estudos científicos realizados na XXIX Semana de Estudos Técnico-Administrativos. A Capela Santa Eulália inaugurada em 1984 durante a gestão do vice-presidente do SindMédico-DF, Gustavo Arantes, passou por uma revitalização e foi reinaugurada com uma missa celebrada pelo arcebispo de Brasília, Dom João. Palestras, apresentações musicais e um momento de conhecimento histórico sobre as residências médicas e suas contribuições para o HBDF também marcaram as comemorações. O encerramento das
festividades começou com a premiação aos servidores e a inauguração da nova galeria de diretores. Alguns profissionais aposentados também foram homenageados, entre eles, Gustavo Arantes, que recebeu medalha em reconhecimento ao período em que foi diretor do HBDF. Para fechar em grande estilo a semana de comemorações foi realizado o Luau do Cinquentão, um sarau com talentos do próprio hospital, show com Thais Moreira e DJ Tuy. A agenda extensa de programações demonstra a importância do HBDF na história de Brasília, e o hospital realmente tem muito a comemorar, pois há diversas especialidades clínicas que são referências em âmbito nacional.
Diversas atividades cívicas, religiosas, culturais e sociais marcaram as festividades dos 50 anos do HBDF
Congresso debate a saúde do homem Com o tema “Atenção à Saúde do Homem”, na noite de 4 de agosto foi aberto o II Congresso de Urologia do DF, junto com a II Jornada de Enfermagem em Urologia do DF realizados no Centro de Atividades Culturais e Científicas da Associação Médica de Brasília (AMBr). Dentre as atividades do evento, o presidente do SindMédico-DF, Gutemberg Fialho (foto ao lado), ministrou aula sobre Direito Médico. O Congresso também contou com a participação do presidente da AMBr, Dr. Lairson Rabelo; do presidente da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), Dr. Modesto Jacobino; do presidente da SBU/DF, Dr. Diogo Mendes; do coordenador da Área Técnica de Saúde do Homem do Ministério da Saúde, Dr. Baldur Schubert; da presidente do Coren-DF, Dra. Eloiza Sales Correia; e da coordenadora da II Jornada, enfermeira Rosângela Corrêa Castro.
R e v i s t a
M é d i c o
1 1
A c o n t e c e u
Novas perspectivas para a carreira de perícia médica Aracajú sediou o XVIII Congresso Brasileiro de Perícia Médica para debater as novas perspectivas da área. O evento foi realizado de 08 a 11 de setembro e o SindMédico-DF foi representado pelo presidente Gutemberg Fialho. O congresso teve a participação de cerca de 500 médicos de todo país. Na programação foram realizadas mais de 40 atividades científicas, entre cursos, mesas redondas, conferências,
palestras, painéis, júri simulado e apresentação de trabalhos. Com o tema Perícia Médica: novas perspectivas, o congresso nacional contou com a presença de palestrantes do Brasil e do exterior para tratar de assuntos da atualidade. O evento foi uma oportunidade para os médicos trocarem experiências, conhecerem outros campos de atuação e saber como aprimorar o trabalho.
Brasília sedia congresso da SOGIA
O XI Congresso Brasileiro de Obstetrícia e Ginecologia da Infância e da Adolescência, presidido por José Domingues dos Santos Júnior, foi sediado em Brasília, no período de 11 a 14/08. O presi-
dente do SindMédico-DF, Gutemberg Fialho, participou da mesa de abertura do evento, que discutiu temas relativos a saúde das mulheres. O evento realizado pela Sociedade Brasileira de Obstetrícia e Ginecologia da Infância e Adolescência (SOGIA) discutiu os desafios, como: o exercício da sexualidade que demanda cuidados e proteções específicas; as DST’s; a anticoncepção e a contracepção de emergência e outros aspectos da saúde sexual e reprodutiva; a prevenção da gravidez e também da sua reincidência; a vivência de violência sexual que vem sendo cada vez mais revelada e os avanços na área de diagnósticos; além da abordagem cirúrgica por via endoscópica.
Como a atenção à saúde da criança e do adolescente tem crescido nos últimos anos e a implementação no Sistema Único de Saúde - SUS ainda é um desafio, o congresso trabalha a ampliação da rede e a qualificação dos nossos profissionais. Outros temas também foram abordados, como: obesidade, transtornos alimentares, acne, puberdade precoce e tardia, vacinação de HPV, transtorno de déficit de atenção e hiperatividade e na ginecologia, síndrome de ovários policísticos e síndrome metabólica, tumores ovarianos e patologias mamárias na infância e adolescência. O próximo evento será em São Paulo, no ano de 2012.
Encontro Nacional discutiu a atuação feminina nas entidades médicas O I Encontro Nacional de Mulheres das Entidades Médicas ocorreu em Recife, no dia 10 de setembro. A diretora de Assuntos Intersindicais, Raquel Almeida, representou o SindMédico-DF no encontro organizado pelo Sindicato dos Médicos de Pernambuco (Simepe), Conselho Regional de Medicina de Pernambuco (Creme-
pe), Associação Médica de Pernambuco (AMPE) e Federação Nacional dos Médicos (Fenam). O evento contou com a presença de médicas de vários estados do país, que discutiram a situação da formação e do trabalho da mulher na Medicina, além de sua participação nas Entidades Médicas e na política brasileira.
Congresso debate a medicina da Região Norte O I Congresso do Sindicato Médico de Rondônia (SIMERO) discutiu a realidade do médico e da saúde da Região Norte, nos dias 10 e 11 de setembro. O diretor jurídico do SindMédico-DF, Antônio José, discursou sobre a responsabilidade civil
1 2
do médico. O evento, que foi em Porto Velho, também debateu outros temas, como: a formação e residência médica; mercado de trabalho; saúde pública; saúde suplementar; direito e saúde médica; além de discussões sobre a atuação do sindicato
no estado e ainda a posse da nova diretoria do Simero. O congresso contou com a participação da Federação Nacional dos Médicos (Fenam) e o apoio da Associação Médica de Rondônia e Conselho Regional de Medicina do Estado. S e t e m b r o
/
O u t u b r o
2 0 1 0
A c o n t e c e u THE NATURAL CHOICE
VOCÊ CONHECE A WIDEX?
TM
A ESCOLHA NATURAL
TM
A Widex é a mais inovadora empresa de aparelhos auditivos do mundo. Com sede na Dinamarca e presença global há mais de 50 anos, foi a primeira empresa a lançar aparelhos auditivos com tecnologia 100% digital e está presente no mercado brasileiro desde 1961. A preocupação mundial com a perda auditiva vem crescendo nos últimos anos inclusive no Brasil e a Widex tem criado novas soluções audiológicas buscando minimizar as dificuldades auditivas e trazer melhor qualidade de vida às pessoas, apresentando várias opções de design discreto e inovador. Em todas as fases da vida, ao primeiro sinal de perda auditiva é importante a consulta com um médico otorrinolaringologista. Em caso de necessidade do uso de aparelho auditivo procure a Widex e um de nossos fonoaudiólogos estará à sua disposição.
Você merece o melhor, merece Widex!
Há médicos do corpo e “médicos da alma”. Felizes são aqueles que, como você, conseguem reunir as duas profissões. Feliz dia do médico! 18 de Outubro - Homenagem da Widex Brasília ao Dia do Médico. W I D E X B R A S Í L I A - C E N T R O AU D I T I V O E S C U TA R E SEPS 714/914 - Bloco E E d . Ta l e n t o - S a l a s 2 0 6 a 2 0 8 e 3 0 7 - C E P: 7 0 . 3 9 0 - 1 4 5 - B r a s í l i a - D F Te l / f a x : ( 6 1 ) 3 3 4 5 - 2 5 3 0 w w w. e s c u t a r e . c o m . b r
APARELHOS AUDITIVOS DE ALTA DEFINIÇÃO
A ABORL-CCF adverte: o médico é o único profissional habilitado a receitar o uso de aparelhos auditivos. Ao perceber qualquer problema, procure seu médico otorrinolaringologista.
R e v i s t a
M é d i c o
1 3
C a p a
Médicos confirmam união da classe nas urnas Com 73% dos votos, a Chapa 1 – Médicos Unidos venceu as eleições do SindMédico-DF para o próximo triênio. Os médicos de Brasília proporcionaram a maior eleição já vivida na história do Sindicato dos Médicos do Distrito Federal e escolheram com enorme maioria dos votos os integrantes da Chapa 1 – Médicos Unidos para continuar a trajetória de conquistas vividas pela categoria nos últimos anos. A chapa encabeçada por Gutemberg Fialho recebeu 73% dos votos, enquanto a encabeçada por Leonardo Rodovalho obteve somente 27% das indicações. Numericamente, a diferença foi de 1.654 votos para o grupo vencedor, contra 613 da Chapa 2. Ou seja, mais de mil votos separando um e outro, demonstrando que as propostas apresentadas, que o estilo de se fazer campanha e a trajetória e o trabalho já demonstrado pelos integrantes da Chapa 1, em nome dos médicos, foram essenciais para que os colegas
Faixas misturam questões trabalhistas e religiosidade
1 4
fizessem sua escolha. Para Gutemberg Fialho a diferença dos votos não significou que foi uma campanha fácil, pelo contrário. A disputa eleitoral deixou claro que a Chapa 1 tinha que não só se posicionar como a melhor opção para representar e defender o médico, mas de também defender o sindicato contra interesses externos à classe médica. Isto ficou muito mais evidente no próprio dia da eleição, onde a Chapa 2 trouxe para boca de urna os fiéis de Rodovalho, os cabos eleitorais de um candidato a deputado distrital envolvido na Caixa de Pandora e flagrado nas filmagens de Durval Barbosa por receptação de dinheiro, bem como integrantes de Centrais Sindicais e outros sindicatos não médicos que estavam inclusive retirando dos hospitais, materiais de campanha da Chapa 1. “Nessa eleição, nosso slogan por Médicos Unidos virou na verdade uma missão, de manter a classe unida e forte contra pessoas que nada tem a ver com medicina se apropriassem desta, que é hoje, a grande casa do médico”, ilustrou Gutemberg. Esta defesa se refletiu muito no episódio que envolveu a incorporação da Gratificação de Atividade Médica (GAM) aos salários dos médicos. Uma conquista histórica da categoria obtida no ano passado após intensa mobilização da classe, que foi deturpada e alterada para vender uma falsa imagem aos médicos de que ela estava
Gutemberg Fialho, Presidente eleito
errada. “Quiseram seduzir os colegas pelo bolso, mas esqueceram que os médicos sabem fazer conta e não são facilmente iludidos por fantasias”, completou Gutemberg. Para o atual e futuro presidente, porém, o momento é de continuar a olhar para frente. Existem novas e ambiciosas proposições para a classe médica que confiou em peso o seu voto, para que se possa caminhar juntos em busca de novas conquistas. Entre elas a reformulação do Plano de Carreira Cargos e Salários (PCCS), com o intuito de reduzir drasticamente o número de referências, tornando a carreira mais atrativa com ascensões mais rápidas; e a criação da Comissão de Honorários Médicos, para cuidar da remuneração paga pelos convênios e planos de saúde aos colegas da iniciativa privada.
S e t e m b r o
/
O u t u b r o
2 0 1 0
C a p a
APURAÇÃO - 2.304 médicos estiveram no dia 01 de setembro nos 23 pontos de votação distribuídos em todo o Distrito Federal. Ainda no mesmo dia, às 20h, iniciou a apuração dos votos no auditório do SindMédico-DF. O acesso ao auditório era restrito à comissão eleitoral e aos representantes nomeados pelas chapas. Os candidatos, junto às suas equipes, acompanhavam a apuração do lado de fora. À medida que os votos eram aferidos os resultados parciais foram projetados no telão. As duas primeiras urnas apuradas ditaram a tônica de toda a apuração. A urna do Hospital de Base teve o maior número de votos válidos no total de 280, sendo que, 213 votos foram para a Chapa 1 e 67 para a Chapa 2. A urna que ficou na sede do Sindicato teve 253 votos, destes 217 foram para a Chapa 1, contra 33 para a Chapa 2. Antes da meia-noite, com cerca de 80% das urnas apuradas, a Chapa 1 - Médicos Unidos já estava matematicamente eleita. Contudo, a apuração apenas finalizou por volta de 1h, do dia 02/09. A última urna apurada foi a do Hospital Brasília, na qual a Chapa 1 teve 111 votos contra 22 da concorrente. No resultado final, a Chapa 1 teve 1.654 votos e a Chapa 2 terminou com 613.
Fiscalização assegurou a contagem dos votos
Bancada de médicos distritais não evolui Apesar do extenso número de médicos que se candidataram neste pleito – cinco federais e 16 distritais, a bancada de médicos não registrou nenhum crescimento. Nas eleições passadas foi eleito um candidato, Dr. Charles, pelo PTB, que desta vez, mesmo tendo uma expressiva votação acima de 14 mil votos, não conseguiu uma das duas cadeiras destinadas à coligação, dentro das regras das eleições proporcionais estabelecidas pela Justiça Eleitoral. O candidato é o primeiro suplen-
R e v i s t a
M é d i c o
te de sua aliança. A médica eleita desta vez para o posto de distrital foi a deputada Arlete Sampaio (PT), com mais de 26 mil votos. Roberto Lucena (PR) obteve mais de 10 mil votos, mas como no pleito anterior, ficou na segunda suplência de seu partido para assumir uma vaga na Câmara Legislativa do DF. Para apresentar as candidaturas o SindMédico-DF abriu uma área em seu site para apresentação dos médicos sindicalizados que disputaram as eleições, além de
enviar para a casa e hospitais, encarte com fotografias, nomes, números, partidos e coligações a fim de que o colega conhecesse todos eles. A avaliação feita pela instituição e de que no cômpito geral os médicos são ótimos candidatos, utilizados pelos partidos como puxadores de votos, mas de maneira fragmentada, não conseguem obter número suficiente para ampliar uma bancada de representatividade da categoria nos parlamentos local e federal.
1 5
C a p a
Entidades discutem com candidatos ao GDF o futuro da saúde A situação da rede pública de saúde no Distrito Federal é tão preocupante que as entidades médicas se uniram para discutir com os candidatos médicos das coligações mais viáveis ao Governo do Distrito Federal (GDF) a saúde que Brasília deseja, no intuito de elaborar propostas para resgatar a rede de atendimento e a credibilidade dela junto à sociedade. Para isso o candidato a governador pela coligação Novo Caminho, Agnelo Queiroz (PT) e o vice na chapa da Coligação Brasília Renovada, Jofran Frejat (PR), estiveram presentes, respectivamente nos dias 22 e 24 de setembro, no auditório da Associação Médica de Brasília para apresentarem seus projetos para a área da saúde e receberem uma carta compromisso assinada pelo Conselho Regional de Medicina (CRM-DF), pelo Sindicato dos Médicos do Distrito Federal (SindMédicoDF), Conselho Federal de Medicina (CFM) e pela AMBr, contendo 25 proposições da classe, para melhoria da Saúde do DF. Agnelo falou sobre suas principais propostas para a área da Saúde, como: reconstruir o SUS do DF; dar acesso a população a um serviço de qualidade; restaurar e modernizar redes de atendimento; e
1 6
construir Unidades de Pronto Atendimento em todas as regiões administrativas. Assim como, a valorização dos profissionais e a contratação através de concursos públicos. “Caso ganhe, firmo o compromisso de no dia 1 de janeiro, começar a mexer na saúde, quero chegar com idéias fixas, já planejadas. No início do governo irei assumir como Secretário de Saúde”, afirmou ele. Jofran Frejat, por sua vez, destacou o projeto Cidade da Saúde, que seria
um centro universitário desenvolvido e um pólo de especialidades com tratamentos de excelência. “Essa iniciativa dará um salto em qualidade na saúde do DF. E podemos recuperar o prestígio que já tivemos, onde tínhamos orgulho em dizer que éramos servidores da saúde”, analisou ele. O candidato lembrou ainda que o atendimento primário tem que ser sanado nos Centro de Saúde e com o programa Saúde da Família, que deverão ter condições de prestar um atendimento de qualidade.
Agnelo e Frejat apresentaram suas propostas para a Saúde do Distrito Federal
S e t e m b r o
/
O u t u b r o
2 0 1 0
C a p a
Presidentes entregam propostas para futuros governos Ao final da apresentação dos projetos das coligações para a pasta da Saúde no DF, os presidentes e representantes das principais entidades médicas entregaram a Carta Resgate da Saúde de Brasília, contendo mais de vinte tópicos tidos como sugestões e reivindicações da classe médica que venham propiciar melhorias significativas na rede de atendimento da capital do país. Entre os pontos que se pode destacar desta carta, estão o fim da terceirização dos serviços públicos de saúde com a reversão imediata dos que estão em vigência na Secretaria de Saúde; a reformulação do Plano de Carreira, Cargos e Salários (PCCS), com a redução dos números de referência; manutenção da equiparação salarial entre médicos da ativa e inativos; viabilização de folhas suplementares pendentes desde de 2002; cumprimento do mandado de injunção de determina a contagem diferenciada do tempo insalubre para efeito de aposentadoria; extensão imediata das 40 horas para médicos da radiologia, radioterapia e medicina nuclear; e revogação da lei 4.352/2009 que instituiu a taxa de coleta de lixo hospitalar para as empresas de saúde. O documento foi lido tópico a tópico para os candidatos médicos ao governo e aberto para que cada um fizesse suas considerações. Agnelo Queiroz, da coligação Novo Caminho comentou que as propostas apresentadas fariam parte do seu plano de governo e na mesma ocasião assinou em baixo dando seu compromisso com a classe médica para cumprimento das medidas. Jofran Frejat, da Coligação Brasília Renovada, preferiu estudar melhor as medidas e se comprometeu a posteriormente convidar os presidentes de entidades e debater tópico a tópico cada item de sugestão elaborados pelas entidades médicas. Para o presidente do Sindicato dos Médicos do DF, Gutemberg Fialho, a iniciativa do evento foi muito positiva, pois o
R e v i s t a
M é d i c o
cenário de que a saúde venha ser prioridade é possível, dado que os dois candidatos convidados na ocasião para o evento, são justamente aqueles que estão disputando o segundo turno, com a forte preocupação de que a Saúde de Brasília seja resgatada.
“Agora os médicos conhecem os projetos de cada candidato e vão poder ajudar a eleger aquele programa que melhor representa o sentimento da categoria por melhoria e investimentos na rede de atendimento à população” ilustrou.
1 7
I t i n e r a n t e
1 8
J u l h o
/
A g o s t o
2 0 1 0
R e g i o n a i s
SindMédico-DF promove reunião entre a Unidade de Cardiologia de Taguatinga e SES/DF A Unidade de Cardiologia do Hospital Regional de Taguatinga (HRT) tratou de suas demandas diretamente com o Subsecretário da Atenção à Saúde, José Carlos Quinaglia, em reunião realizada no auditório do SindMédico-DF. Também estavam presentes o presidente do Sindicato dos
Médicos do DF, Gutemberg Fialho, e o Conselho Gestor do HRT/Saúde. Na pauta da reunião haviam questões importantes para o HRT e para a população, como o déficit de médicos na unidade e a contratação dos médicos concursados. Na oportunidade, foram au-
torizados: horas extras a escalação de três plantonistas noturnos; contratação de quatro novos médicos na última chamada pela SES, o que ainda não aconteceu; e o fluxo de pacientes do SAMU para a unidade PSHRT, que continua ocorrendo com apenas um plantonista.
Entidades Médicas preparam mobilização sobre planos de saúde Para debater o tema A Relação entre os Médicos e os Planos de Saúde, o Conselho Regional de Medicina de São Paulo (CREMESP) organizou um seminário na sede do conselho, com representantes das entidades médicas de todo país. O encontro ocorreu no dia 20 de agosto e a necessidade de revitalizar o Movimento Médico para se posicionar perante à sociedade diante destes desafios foi um dos destaques do debate. No evento, também foi
divulgado a Campanha de Mobilização na Semana do Médico, que se consolidará em Brasília, com data prevista para 26 de outubro. Entre os aspectos tratados foram debatidos: a falta de critérios para contratos, reajustes e descredenciamento; e o desequilíbrio entre o aumento para os usuários e o pagamento para os médicos. Dentre os palestrantes, estiveram presentes outros representantes de entidades médicas, como o
presidente da Federação Nacional dos Médicos (FENAM), Cid Carvalhaes, o segundo vicepresidente do Conselho Federal de Medicina (CFM), Aloísio Tibiriçá, e o 1º tesoureiro da Associação Médica Brasileira (AMB), Florisval Meinão. O SindMédico-DF foi representado pela diretora de relações intersidicais, Raquel Almeida. Para realizar o "Cálculo do Valor Real de sua Consulta" acesse o site da Associação Paulista de Medicina: www.apm.org.br.
SindMédico-DF leva reivindicação dos neonatologistas do HRG à Secretária de Saúde Os neonatologistas do Hospital Regional do Gama (HRG) solicitaram ao Sindicato uma intermediação com a Secretaria de Estado de Saúde (SES). Os médicos reclamam da relação da Secretaria com o berçário do hospital, os neonatologistas têm o sentimento de que a atual situação do berçário do hospital não está sendo visto como deveria. No dia 22 de setembro, em reunião com a secretária de saúde, Fabíola Aguiar, o
presidente do SindMédico-DF, Gutemberg Fialho, tratou de assuntos relativos à saúde do Distrito Federal. Neste encontro foi levado à Secretária a reivindicação dos neonatologistas do HRG. A Secretária declarou não ter conhecimento dos problemas levantados no documento, mas se comprometeu em realizar uma reunião com a coordenação da neonatologia do HGR para tomar ciência das reivindicações dos profissionais.
O documento discorre principalmente sobre a falta de médicos suficientes no berçário do HRG, que realiza mais de oito mil partos por ano, com apenas dez médicos. Os médicos reclamam que dos 13 médicos aprovados no último concurso, nenhum foi lotado na unidade do Gama. Os profissionais também relatam casos de pedidos de transferências com permuta entre outros hospitais da rede que já duram mais de um ano.
Painel de votação do Ato Médico no DF O Projeto de Lei (PL 7.703/06), que popularmente ficou conhecido como Ato Médico (aprovado em 21/10/2009), trata da regulamentação do exercício da medicina no país. O projeto foi alvo de grande polêmica, por abordar questões que não eram abalizadas desde 1931, após essa data, por exemplo, surgiram várias profissões no âmbito da saúde como nutricionistas e psicólogos. O Distrito Federal compareceu na votação com seis deputados, o único que votou contrário ao Ato Médico foi Rodrigo Rollemberg (PSB/DF). O projeto também
R e v i s t a
M é d i c o
visa a proteção dos pacientes contra os profissionais que exercem funções além do que a sua formação permite. A proposta determina que somente os médicos poderão escrever diagnósticos e prescrever tratamentos. Os profissionais de psicologia, odontologia e nutrição, dentre outras especialidades, não estão incluídos no texto e, portanto, continuam mantendo suas competências específicas. Diversos países já elaboraram suas legislações sobre as competências dos profissionais de saúde, visto que muitas
SAIBA QUEM VOTOU “SIM” E “NÃO” AO ATO MÉDICO NO DF
categorias se diferenciam da medicina nas últimas décadas e agora reivindicam especificações de funções.
1 9
I t i n e r a n t e
Parabéns, Doutor,
Responsável Técnico: Dr. Sandro Pinheiro Melin – CRMDF 12388
por dedicar sua vida para salvar a de outras pessoas. É tempo de reconhecer e agradecer quem dedica a vida para cuidar dos outros. 18 de Outubro – Dia do Médico. Uma homenagem do Exame Medicina Diagnóstica. Planejado para você, médico.
Central de Atendimento: 4004 3883 www.laboratorioexame.com.br 2 0
S e t e m b r o
/
O u t u b r o
2 0 1 0
A l e x a n d r e
B a n d e i r a
E s t r a t é g i a
Game Over 2010 Consultor de Estratégia e Marketing
Sabe aquela expressão: “- Puxa, o ano já acabou!”. Acredite, é verdade! Lógico que vão ter pessoas afirmando que ainda falta um trimestre para 2010 se acabar por completo. O fato é que em termos corporativos, quase tudo que você poderia fazer por sua empresa, para ter impacto ainda este ano, já era. Os últimos três meses do ano devem lhe servir para fazer basicamente duas coisas. Primeiro avaliar o ano que passou (ou está passando); segundo para planejar o próximo que está por vir. Assim, se 2010 foi bom por para os seus negócios, comemore! Senão, “desligue os aparelhos” que ainda estão mantendo-o quase vivo (ou quase morto) e siga em frente. Nada de chorar ou ficar lamentando, pois o jogo de 2011 deve ser totalmente novo. Em ambas as situações acima, extraia o máximo de aprendizado para amplificar o que deu certo e corrigir o que deu errado. Pois, você não vai querer repetir os equívocos que lhe fizeram, por ventura, perder 2010. Isto tem que ser feito imediatamente. Não deixe para planejar o futuro da sua empresa junto com a contagem regressiva do Réveillon, quando você estará
separando caroços de romãs, pulando sete ondas na praia ou fazendo qualquer outra simpatia para ter um ano novo de muita prosperidade. O tempo de sua vida é diferente do tempo de sua empresa. Mudanças pessoais podem ser tomadas da noite para o dia. Mudanças corporativas são mais lentas,
“uma das melhores qualidades de uma empresa é sua capacidade de antecipação” pois dependem de inúmeros fatores, que vão além de sua simples vontade. Apesar do que, recomendamos que até mesmo o planejamento pessoal seja feito também com certa antecedência. Os próximos 90 dias de 2010, por incrível que parece, podem definir o sucesso ou o fracasso de seu negócio em
2011. Quem estiver melhor preparado para quando for dada a largada do novo ano, sem dúvida irá colher os melhores frutos, diante de que quem só se preocupou com este instante, no momento em que ele chegou. É por isso que uma das melhores qualidades de uma empresa é sua capacidade de antecipação. Observem que o próximo ano muitas novidades estão por vir. Novos governos, novos legisladores e novas perspectivas econômicas. Elementos que podem tornar 2011 fascinante para poucos, ou simplesmente aterrador para muitos. Enfim, chegou a hora de você se sentar à mesa deste novo jogo, preparar suas fichas, encarar os competidores sem medo e fazer as suas apostas. Desejamos que consiga, já, empreender um ótimo planejamento, para implementação no dia 1º de Janeiro, de modo que o game over se restrinja somente a 2010, e não leve com ele, a sua empresa. Feliz 2011!
Contato com a Coluna consultorio@strattegia.com.br www.twitter.com/StrattegiaSaude
S i n d i c a i s
SindMédico-DF defende que a gestão do HRSM seja absorvida pela SES/DF
HRSM tem contratos questionados pela secretaria
A Secretaria de Estado de Saúde do DF (SES) está revendo todos os contratos terceirizados, com uma atenção especial ao contrato de gestão do Hospital Regional de Santa Maria (HRSM). A organização social Real Sociedade Espanhola de Beneficência (RSEB) recebe cerca de 14 milhões por mês para gerenciar o hospital há mais de um ano. Mesmo antes do início do funcio-
namento do HRSM, o SindMédico-DF não apoiou este modelo de gestão. A terceirização foi realizada sem licitação pública, com contratações questionáveis de funcionários e subcontratações de outras empresas para executar determinadas especialidades. Após um ano, o resultado dessa terceirização apresenta uma série de falhas, como foi destacado na imprensa local nos últimos meses. No mês de agosto, o Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF) apresentou um relatório que aponta uma série de irregularidades no hospital. Antes da divulgação do relatório do Tribunal, o órgão ligado ao Ministério da Saúde, Departamento Nacional de Auditoria do SUS (DENASUS), também já havia solicitado uma au-
ditoria dos serviços prestados pela RSEB. O governo decidiu suspender temporariamente o repasse de recursos à Organização Social. O hospital ficou sob ameaça de suspensão dos atendimentos. Contudo, no dia 27/08, a Secretária de Saúde, Fabíola Aguiar, garantiu em entrevista coletiva a continuidade dos mesmos. Para debater assuntos relativos à saúde pública do DF e se posicionar sobre esses acontecimentos, no dia 22/09, o presidente do SindMédico-DF, Gutemberg Fialho, e o vice, Gustavo Arantes, se reuniram com Fabíola Aguiar, que confirmou que a SES está revendo todos os contratos terceirizados. O SindMédico-DF apóia a revisão dos termos e as auditorias públicas relativas aos serviços prestados pela RSEB. O Sindicato espera que a gestão do HRSM seja reestruturada pelo GDF e reforça o posicionamento contrário à terceirização integral dos serviços públicos. O SindMédico-DF continuará atuando para que todos questionamentos sobre a gestão do HRSM sejam bem esclarecidos.
Credenciamento de médicos peritos terceirizados no INSS Descumprindo a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), o INSS já divulgou os editais para a contratação temporária de médicos terceirizados, o que retalia o movimento grevista da perícia médica. O órgão utilizou como pla-
taforma a decisão judicial da 19ª Vara de Justiça Federal de São Paulo, que permitiu a contratação. A Associação Nacional dos Médicos Peritos da Previdência Social (ANMP) entrou com um pedido junto ao
Conselho Federal de Medicina (CFM), para que a entidade tome as medidas cabíveis contra os médicos que aceitarem a contratação terceirizada, pois o movimento grevista tem o apoio de todas as entidades médicas.
Reunião debate a situação dos médicos peritos Na última semana de agosto foi realizada uma reunião com os médicos peritos, no auditório do SindMédico-DF. Na oportunidade, foi colocado em pauta a junção da Associação de Medicina Legal com a Sociedade Brasileira de Perícia Mé-
2 2
dica, um debate sobre a carreira de estado, e o plano de cargos e salários para os novos médicos. Estiveram presentes na reunião a presidente da Associação Brasiliense de Medicina do Trabalho (ABRAMT), Rosyla-
ne Rocha, e o vice-presidente da Sociedade Brasiliense de Perícia Médica (SBPM), Salvador Varella. O presidente do SindMédicoDF, Gutemberg Fialho, também participou da reunião que busca benefícios para a carreira de médicos peritos.
S e t e m b r o
/
O u t u b r o
2 0 1 0
S i n d i c a i s
Segunda etapa da Incorporação da GAM no seu bolso Está no contra-cheque e na sua conta-corrente, a nova parcela de incorporação da Gratificação de Atividade Médica (GAM) ao vencimento básico. Esta é uma conquista histórica da classe médica, que ano-
a-ano está dando mais segurança ao seu salário e ampliando consistentemente os valores pagos à categoria. Para ilustrar como o processo de incorporação funciona, a Revista Médico preparou o infográfico a seguir:
1. Seu contra-cheque hoje é composto basicamente do salário base (azul), da GAM (verde) e de outras vantagens e gratificações (cinza) calculadas percentualmente com base no salário. No processo de incorporação da gratificação, tudo que está em verde deverá passar para azul.
3. Em setembro de 2009, parte da GAM foi convertida em salário, passando a equivaler a 180% do vencimento base. Além disso, foi concedido um aumento de 5,5% a título de correção monetária. O salário então passou a ser maior e impactar as gratificações recebidas pelos médicos.
2. Antes de setembro de 2009 a GAM correspondia a 230% do salário. Ou seja, uma enorme gratificação e um salário bem pequeno.
4. Agora em setembro de 2010, nova parcela da GAM foi incorporada, tornando ela exatamente do tamanho do salário. E como
5. No ano que vem o processo se encerra com a incorporação plena da GAM, que vai prover um salário mais digno para o médico, e com efeito direto nas gratificações impactadas por ele.
A diretoria do SindMédico-DF explica que a incorporação da GAM é um processo simples de transferência de recursos mas com grande impacto na vida do médico, pois passa a contar com um salário muito mais justo e aumento na
receita individual, por conta das gratificações que são calculadas por este novo salário. Para o presidente do sindicato, Gutemberg Fialho, esta medida é uma conquista importante dos médicos que vai de encontro a melhorar a remunera-
ção da categoria. “Queremos agora fazer uma revisão do PCCS, de modo a que o serviço público comece a voltar a ser atraente para os profissionais em início de carreira e seguro para os que já estão no topo dela”, complementa.
R e v i s t a
M é d i c o
em 2010, novo aumento entre 5,5% e 6% será concedido em favor do médico. Com novo valor do vencimento base, as gratificações calculadas por meio dele também subiram substancialmente.
2 3
E s p e c i a l
Uma comemoração tão nobre como a classe médica merece Começou a contagem regressiva para o maior evento social médico da capital federal. No próximo dia 06 de novembro acontecerá a 5ª. Edição do Prêmio SindMédico, que tradicionalmente vai agraciar os médicos que mais se destacaram ao longo do ano em seis categorias diferentes. A grande atração deste ano será o show do artista Dudu Nobre, considerado um dos principais sambistas da nova geração da música brasileira. Para tamanho espetáculo, foi escolhido como palco o salão de eventos do Grande Oriente do Brasil, que novamente vai acomodar mais de dois mil convidados, consolidando a marca que
torna o Prêmio SindMédico na maior concentração de profissionais ao longo do ano. Para a diretora de imprensa e comunicação, Adriana Graziano, que cuida da organização do projeto, o evento a cada ano vem se aperfeiçoando para cada vez mais receber o colega com o maior conforto e alegria. “é uma superprodução que mobiliza mais de uma centena de profissionais, preocupados em, a cada ano, surpreender o médico e solidificar essa marca de reconhecimento e admiração que o prêmio se tornou”, ilustra. Este ano as festividades que envolvem o aniversário do Sindicato dos
Médicos do DF tem um novo ingrediente: a posse da diretoria que vai comandar os destinos da instituição pelos próximos três anos. Segundo o presidente do SindMédico-DF, o momento não poderia ser melhor, pois depois da enorme vitória obtida nas urnas recentemente, nada melhor que consagrar este a opinião dada pela classe médica, com uma posse que acontecerá junto dos médicos, na principal festa feita para a categoria. “Será um marco para podermos consolidar este especial compromisso de sempre trabalharmos em favor do médico, diante do profissional médico”, comparou.
HISTÓRIA – O Prêmio SindMédico surgiu em 2006 com o objetivo de ser uma comemoração do aniversário do sindicato, mas com o principal foco de que fosse uma celebração ao melhor desempenho que o médico de Brasília faz pelo exercício de uma Medicina de qualidade. Junto com isso, a instituição decidiu também presentear toda a coletividade com um momento especial próximo de celebridades e artistas de renome nacional. Dessa forma a primeira edição contou com uma palestra do jogador de basquete Oscar. No ano seguinte foi convidado o jornalista Alexandre Garcia. Nessa edição o evento já passava dos mil convidados, demonstrando a sedução que o evento gerou sobre a classe médica. Em 2008 a atração foi o músico Ed Motta, que estava lançando seu novo CD comemorando 20 anos de carreira. No ano passado o evento ganhou novo endereço para receber melhor o médico e contou com o espetáculo do artista Jorge Aragão, que não deixou ninguém parado com o primeiro show no Brasil, depois da turnê que o músico e banda fizeram na Europa. Para 2010, Dudu Nobre preparou um repertório especial, de forma a fazer todos os convidados dançarem até de madrugada. A organização do evento lembra que os convites são gratuitos e limitados, mediante retirada na sede do sindicato em horário comercial.
Show Vip com Dudu Nobre 2 4
S e t e m b r o
/
O u t u b r o
2 0 1 0
R e v i s t a
M é d i c o
2 5
V i d a
M é d i c a
U m a fon te re n ova d o ra d e e n e rg i a s
Um momento de bem-estar, terapia e elevação espiritual. Tudo que o médico precisa como válvula de escape para a longa agenda de compromissos diários. E para alcançar esse momento não é preciso muito, apenas selecione uma boa música clássica e desfrute de acordes que são capazes de trazer benefícios para mente e o corpo. Devidos a estes benefícios, alguns médicos escutam e apreciam a música clássica desde sempre, como temporizou o radiologista Gil Fábio Freitas, quando perguntado desde quando aprecia o gênero musical. Mineiro de Belo Horizonte, filho de pianista e primo cantor de ópera, ele acredita que ali começou sua grande paixão por ela. “A música entrou na minha vida muito cedo. Quando criança, nas reuniões familiares meu primo cantava, assim a música esteve sempre presente”, recordou Gil Freitas. Hoje a música clássica auxilia no dia-a-dia do radiologista, que também divide o tempo com atividades empresariais, entre outros compromissos. Uma boa seleção musical na companhia de um vinho especial recarrega as energias do apreciador casto dos dois temas. Para Gil Freitas, a música pode ajudar o médico a renovar as energias e manter a mente tranquila para agir com bom discernimento nos momentos decisivos. Pesquisas científicas, já comprovaram os benefícios que a música clássica e instrumentais suaves podem proporcionar, inclusive como auxílio em tratamentos de algumas doenças. Em São Paulo, o programa Músicas nos Hospitais, promovido pela Associação Paulista de Medicina, leva música instrumental para as internações e proporciona momentos de conforto aos pacientes, além de incentivar novos músicos. Outro grande apreciador do gênero é o patologista Hélcio Luiz Miziara, que também começou a ouvir música clássica na infância, incentivado pelos pais, tios e primos, que escutavam e lhe presenteavam com discos de compositores clássicos. “A música sempre foi uma paixão, durante a infância comecei a estudar piano, mas não durou muito tempo”, contou Miziara.
2 6
Para muitos estudiosos, a música clássica funciona como pano de fundo nos momentos de leitura. No caso de Miziara, este costume o acompanhou durante o período universitário. “Quando ainda estava estudando medicina na UnB costumava escutar música clássica para estudar os textos médicos”, recordou o patologista. O médico lembra que sempre acompanhava as apresentações da faculdade de música. Hoje, está sempre escutando no carro, consultório e durante os momentos de descanso, que são sempre marcados com Vivaldi, um de seus compositores favoritos. Além da música clássica o médico tem como paixão a ópera. Uma característica dos apreciadores do segmento é o estudo sobre a história dos músicos e das composições. Com o passar dos anos, Gil Freitas, começou a estudar sobre música clássica, comprou livros e sempre que pode vai a espetáculos no Brasil e no exterior. Entre seus compositores preferidos destacamse Puccini e Mozart. “A opera é uma música bem trabalhada, hoje com consumo de massa muitas vezes se perde a qualidade musical que tínhamos antigamente”, analisou Gil Freitas. O ginecologista, Lúcio Campello, é mais do que um apreciador e conta que a música entrou na sua vida por influência familiar. “Lá em casa todo mundo já nasce enrolado em papel de partitura”, brincou Campello. O médico tem a música como instrumento de meditação e escuta sempre em momento de descanso, “para apreciar a música tem que prestar atenção, se escutar dirigindo é perigoso bater o carro”, alerta. Os seus compositores favoritos de música clássica instrumental são Mozart e Bach, as óperas prediletas são de compositores italianos e franceses.
S e t e m b r o
/
O u t u b r o
2 0 1 0
V i d a
M é d i c a
História da Música Clássica Música clássica é o nome dado à principal variedade de música produzida ou enraizada nas tradições da música secular e litúrgica ocidental, que abrange um período amplo que vai aproximadamente do Século IX até o presente, e segue cânones preestabelecidos no decorrer da história da música. As normas centrais desta tradição foram codificadas entre 1550 e 1900, intervalo de tempo conhecido como o período da prática comum. Segundo o Dicionário Grove de Música, música erudita é fruto da erudição e não das práticas folclóricas e populares. O termo é aplicado a toda uma variedade de músicas de diferentes culturas, e que é usado para indicar qualquer música que não pertença às tradições folclóricas ou populares. Devido à composição extremamente diversificada de formas, estilos, gêneros e períodos históricos que geralmente são denominados “música clássica”, é uma tarefa complexa listar características que possam ser atribuídas a todas as obras deste gênero. Existem, no entanto, características que a música clássica tem e que poucos (ou até mesmo nenhum outro) estilos de música apresentam.
História da Ópera
Dr. Lúcio Campello
Ópera é um gênero artístico que consiste no drama encenado com música. O drama é apresentado utilizando os elementos típicos do teatro, tais como: cenografia, vestuários e atuação. No entanto, a letra da ópera (conhecida como libreto) é cantada em lugar de ser falada. Os cantores são acompanhados por um grupo musical, que em algumas óperas podem ser uma orquestra sinfônica completa. Os cantores e seus personagens são classificados de acordo com seus timbres vocais. Os cantores masculinos classificam-se em baixo, baixo-barítono (ou baixo-cantor), barítono, tenor e contratenor. As cantoras femininas classificam-se em contralto, mezzosoprano e soprano. Cada uma destas classificações tem subdivisões, por exemplo: um barítono pode ser um barítono lírico, um barítono de caráter ou um barítono bufo, os quais associam a voz do cantor com os personagens mais apropriados para a qualidade e o timbre de sua voz. (Fonte: História com dados Wikipedia)
Dr. Gil Fábio
R e v i s t a
M é d i c o
2 7
D r. G il Fá b io a F re i ta s
V i n h o s
Vinhos e Histórias Vinhos
VINHOS DO MUNDO
Nesse artigo continuaremos com a indicação de vinhos, de acordo com o seu custo e a sua qualidade, indicaremos também a região de onde o vinho é proveniente classificando os em quatro níveis;
Legenda
VINHOS BRANCOS
CA - Campeão OC - Ótima Compra EC - Excelente Compra BC - Boa Compra AP - Aprovado
2 8
A degustação destes vinhos (mais de 2 mil títulos entre tintos e brancos) exigiu grandes cuidados, a começar pela escolha dos degustadores. Foram escolhidos conhecedores de respeitada experiência em provas, especialistas, sommeliers, integrantes de confrarias e enófilos formando um grupo de 55 convidados, somando-se ao grupo de degustadores regulares da revista GULA. foram também consideradas as notas indicadas por tradicionais revistas como a WINE SPECTATOR, (WS), ROBERT PARKER, (RP), REVISTA DECANTER, (DE), GAMBERO ROSSO e outros . Passaremos então a enumerar os vinhos que desta vez não serão apenas o da Toscana. Mas também de outros países.
BRASIL - AURORA CHARDONNAY 2005(BC) (M). BRASIL. - CASA VALDUGA DUETTO CHARDONNAY, RIESLING 2004(BC) BRASIL. - VINÍCOLA PACERI CHARDONNAY 2005(OC) SERRA DO MARATI TANGARA, BRASIL. - AURORA VARIETAL GEWURZTRAMINER 2005(BC), SERRA GAUCHA, BRASIL.
ARGENTINA - TAHUANTINSUYU TORRONTÉS 2009 (AP) (M). - ALMA NEGRA VOGNIER 2009 (OC) (M)
S e t e m b r o
/
O u t u b r o
2 0 1 0
V i n h o s
FRANÇA - ALTERA 2001 (OC) SCHRODER& SCHYLER, LANGEDOC-ROUSSILLON.(M) - BLASON TIMBERLAY 2003 ROBERT GIRALD (OC).(CF) - BEAU RIVAGE 2002 BOREI MANOUX(BC) BORDEAUX.(S) - BORDEAUX 2003 MAISON SICHEL (BC) BORDEAUX.(LP) - BOUCHES DU RHÔNE 2004 MASON DUBOIS (BC).((CF) - COTES DU VENTOUX 2004 LA VIELLE FERME (BC).(T) - GRAND MERLOT 2004 GCF (BC). SUL DA FRANÇA (MAD)
ATÉ 35 DÓLARES
VINHOS TINTOS
ARGENTINA - AMANCAYA 2008 (BC) WS=89 - UXMAL ALTO CABERNET SALVIGNON 2009 (BC) - UXMAL MALBEC 2007(AP)(M) - ALAMOS MALBEC SAFRA 08(EC) (M) WS= 90 PONTOS, REGIÃO MEN DOZA, BOA EXPRESSAO DA UVA MALBEC, AROMAS FRUTADOS , CHOCOLATE E FLORAL, NA BOCA MACIO E FÁCIL DE BEBER. - ALAMOS CABERNET SALVIGNON SAFRA 08 (EC) (M) RP=88 PONTOS, REGIÃO DE MENDOZA, AROMA FRUTADO, CONSISTENTE, TANINOS MADUROS, DIRETO E BEM FEITO, MANTENDO SEMPRE REGULARIDADE. - ALTOS LAS HORMIGAS SAFRA 2005 (OC) (M).
BRASIL - CASA VALDUGA DUETTO CABERNET SAVIGNON-MERLOT 01(CA)(M). APRESENTA TRAÇOS DE CAFÉ TORRADO, FRUTAS MADURAS. NA BOCA UM BOM CORPO E TANINOS AMIGÁVEIS. - ANTICUARIO 2002(OC) (M). SERRA GAUCHA CHATEAU LACAVE. - AURORA RESERVA CABERNET SAVIGNON SAFRA 2000(OC)(M). - CASA DE AMARO MERLOT 2004 (OC) (M). FLORES DA CUNHA. - VALLONTANO TANNAT 2005 (OC) (M). VALE DOS VINHEDOS. - VALONTANO RESERVA TANNATI 2007 (OC) (M). VALE DOS VINHEDOS. - DAL PIZZOL MERLOT 2004(OC) (M). SERRA GAÚCHA. - CASA VALDUGA NATURELLE TINTO SUAVE 2005(BC) (M). SERRA GAÚCHA.
PARCERIA:
R e v i s t a
M é d i c o
2 9
L i t e r á r i a s
D r.
E v a l d o
A l v e s
d e
O l i v e i r a
Medicina em Prosa Medicina CIÊNCIA NOÉTICA. O futuro da cura ou ferramenta do terror?
“Na verdade, os pensamentos dos mortais são tímidos e nossas reflexões incertas; porque o corpo corruptível torna pesada a alma e, tenda de argila, oprime a mente que pensa”. Livro da Sabedoria – Bíblia.
Recentemente formulada como ciência, os objetivos e as metas perseguidos pela Ciência Noética já foram alvo de estudo pelas mais diversas correntes filosóficas, e fazem parte das tradições esotéricas das religiões. Derivada do grego nous, que significa mente - a alma racional -, inteligência ou formas intuitivas de conhecimento; uma compreensão global, completa e instantânea de qualquer questão sem o intermédio da articulação pela linguagem, equivalente ao insight moderno ou ao conceito de intuição. Tem foco especial no campo da ciência, saúde mente-corpo, psicologia, artes, ciências da cura, ciências sociais e espiritualidade. Na medicina, responderia a questões como o papel da mente na saúde e no processo de cura. Segundo Platão, a noética era a mais elevada atividade mental possível. Tanto para Platão como para Aristóteles, nous expressava a dimensão do divino no processo da busca pelo conhecimento. Para Viktor Frankl, fundador da Logoterapia, “Homem e animais são constituídos por uma dimensão biológica, uma dimensão psicológica e uma dimensão social; contudo, o homem se difere deles porque faz parte de seu ser a dimensão noética”. Diversas perguntas permanecem ainda sem respostas definitivas e comprovações cientificas. O Instituto de Ciências Noéticas, na Califórnia, recebe financiamento de todo o mundo para estudar, dentre outros assuntos, como funciona o mecanismo da intuição, a relação entre o poder de criação e o potencial mental ainda não desenvolvido, bem como o papel das experiências extrassensoriais na vida das pessoas. Foi criado pelo astronauta Edgar Mitchell, tripulante da Apolo 14, em 1973. Estuda o poder da mente humana, baseado em antigos conhecimentos que, em outros tempos, pertenciam à magia, ao misticismo, à alquimia e à religião. Os estudos indicam que o pensamento pode ser quantificado, por ter uma massa mensurável. Dessa forma, a ideia teria uma massa, e essa massa exerceria uma força de gravidade que
3 0
poderia atrair massas iguais. De tal modo que se muitas pessoas se concentrarem no mesmo pensamento, as ocorrências desse pensamento passam a se consolidar em uma só, e a massa acumulada começa a aumentar. Recentemente descobriu-se que meditações e preces coletivas produzem uma energia altamente ordenada, e capaz de alterar o mundo físico. Em outras palavras, descobriu-se que a intenção humana é capaz de afetar o mundo; que o pensamento direcionado pode alterar, entre outras coisas, a direção em que os peixes nadam em um aquário e as reações químicas do corpo humano. Em síntese, o pensamento humano pode transformar o mundo físico, e essa capacidade pode ser incrementada por meio da prática. E fica a pergunta: um razoável número de pessoas reunidas - com o pensamento concentrado - poderia alterar o funcionamento de um equipamento eletrônico? Em O Símbolo Perdido, da Editora Sextante, Dan Brown discute, entre outras coisas, algumas questões da Ciência Noética, despertando e renovando em todos nós o interesse por esse fabuloso mundo ainda desconhecido das forças da mente humana. Seria a confirmação científica do poder da egrégora - já conhecida pelos antigos gregos -, da magia e da alquimia? Os estudos de Paracelso sobre a energia gerada pela imposição das mãos estariam nesse amálgama de comprovações? Na Grécia Antiga, o processo de cura se dava em uma asclépia, onde a pessoa era induzida ao sono pelo poder de algumas ervas – ritual de passagem -, e no dia seguinte despertava com as orientações de cura, feitas pelo próprio Asclépio. Aqui, um grupo de pessoas reunidas em torno de um único pensamento: a cura. Haveria uma Medicina Noética, ou uma Psicologia Noética? Seria prudente que as nações responsáveis criassem seus Institutos de Ciências Noéticas -, antes que esses conhecimentos caiam em mãos erradas. Se é que já não estão.
S e t e m b r o
/
O u t u b r o
2 0 1 0
Pense em um laboratório moderno, acolhedor, com atendimento humano e extremamente qualificado e que não para de investir em inovação tecnológica e talentos.
Fonte: Revista Top of mind – Jornal de Brasília
Obrigado pela confiança.
Laboratório Sabin, pela 8a vez consecutiva, TOP OF MIND, categoria Laboratórios Clínicos, com 61% de lembrança. Mais uma vez o Laboratório Sabin se orgulha de ser o primeiro que vem à cabeça das pessoas. Esse resultado reforça o compromisso e o investimento em nossos processos de qualidade nas áreas técnica e tecnológica, além da valorização de uma equipe capacitada a oferecer o que os clientes necessitam e apreciam. Obrigado pela lembrança.
www.sabinonline.com.br 3329-8000