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Benefícios obtidos para a classe médica resultam em elevada aprovação do Sindicato.
Ano XVI - Edição nº 100
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ISSN 2177460-9
LOCOMOTIVA DE CONQUISTAS
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Uma fórmula muito simples O Sindicato dos Médicos do Distrito Federal chega aos seus 35 anos fazendo uma reflexão importante sobre sua história e a relação com os médicos da capital do país ao longo desta longa e exitosa trajetória. Sobretudo no momento atual, quando apagamos mais uma velinha do bolo comemorando a chegada do Novo Plano de Carreira Cargos e Salários (PCCS) e consolidando a credibilidade desta instituição junto à classe médica de Brasília. O sentimento é o de compreender o que dá certo nessa relação, em vez apenas de nos satisfazermos com os elevados índices de aprovação que a entidade mantém perante aos colegas. Interessa-nos muito mais dominar os conceitos das causas que nos trouxeram até aqui do que as consequências de ter chegado aonde estamos hoje. Nesse processo, concluímos que a essência da nossa atuação se assentou na opção pela simplicidade: trabalhar em favor do médico, com o médico. Pode parecer uma conclusão muito óbvia e até mesmo elementar. Afinal, que outra função deveria ter um sindicato de médicos que não atuar em defesa do médico? Porém, vamos propor outra indagação para demonstrar como isso não é assim tão óbvio. Quantas entidades, associações, sindicatos ou instrumentos da sociedade civil organizada, espalhadas Brasil afora, você acha que estão a serviço de outros interesses como partidos, governos, grupos de pressão e de mobilização social? Quer outra indagação ainda mais provocativa? Quantas reportagens vemos nos noticiários em que entidades de classe condenam seus próprios pares para ficar bem com a mídia e com a sociedade? Por sermos um sindicato de médicos estamos sempre prontos a cumprir nosso lema de representar e defender o médico. É por isso que, sempre que necessário, levantaremos nossa voz e nosso aparato para que colegas não sejam crucificados publicamente e de maneira antecipada. Fizemos com muito orgulho uma opção pela fórmula mais simples de trabalhar por nossos sindicalizados. Preservar esse ordenamento nos permitiu não só nos tornamos uma instituição forte, mas também consolidar uma classe igualmente poderosa, capaz de enfrentar os maiores desafios, e ainda assim, acumular conquistas tanto em quantidade como em qualidade. Aprendemos que não precisamos nos curvar a terceiros para obter o respeito da sociedade, dos veículos de imprensa e dos agentes públicos no debate sobre os interesses de nossa classe. Ao deixar de compreender isso, perderíamos o respeito de nossos próprios pares. Podemos concluir, depois de três décadas e meia, que fizemos a opção pelo caminho certo. Não pense, no entanto, que a fórmula simples não demanda muito esforço. São diversas as pressões e tentações que aparecem rotineiramente para desvirtuar nosso caminho. Porém, é muito maior o nosso sacerdócio. As montanhas que escalamos só nos levam ao desejo de alcançarmos o topo de outras maiores ainda. O ano de 2013 nos ensinou que, além de sermos fortes profissionalmente – ao ponto de construirmos conquistas como a do Novo PCCS –, precisamos também ocupar o palco do debate sociopolítico, principalmente depois que o governo federal decidiu utilizar a classe médica como bode expiatório para tentar melhorar os seus indicadores de aprovação, com vistas à reeleição em 2014. Se esse for nosso próximo desafio, estamos prontos para fazer frente a ele.
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STRATTEGIA / Patrocínio Ouro:
Patrocínio Prata:
Apoio:
Organização:
HOSPITAL ORTOPÉDICO E MEDICINA ESPECIALIZADA
S u m á r i o
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Entrevista
Deputado federal Eleuses Paiva
Fórum
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Mais Médicos é aprovado no Congresso Nacional Presidente Dr. Marcos Gutemberg Fialho da Costa Secretário Geral Dr. Emmanuel Cícero Dias Cardoso 2º Secretário Dr. Jomar Amorim Fernandes Tesoureiro Dr. Gil Fábio de Oliveira Freitas 2º Tesoureiro Dr. Carlos Fernando da Silva Diretor Jurídico Dr. Antônio José Francisco P. dos Santos Diretor de Inativos Dr. José Antônio Ribeiro Filho Diretora de Ação Social Drª. Olga Messias A. de Oliveira (licenciada) Diretor de Assuntos Acadêmicos Dr. Lineu da Costa Araújo Filho Diretora de Imprensa e Divulgação Drª. Adriana Domingues Graziano Diretora Cultural Drª. Lilian Suzany Pereira Lauton Diretor de Medicina Privada Dr. Francisco Diogo Rios Mendes Diretores Adjuntos Dr. Antônio Evanildo Alves, Dr. Antônio Geraldo da Silva, Dr. Baelon Pereira Alves, Dr. Cantídio Lima Vieira, Dr. Cezar de Alencar Novais Neves, Dr. Eloadir David Galvão, Dr. Flávio Hayato Ejima, Dr. Maurício Cotrim do Nascimento (licenciado), Dr. Tiago Sousa Neiva, Dr. Vicente de Paulo Silva de Assis Conselho Fiscal Dr. Fernando Américo Rozzante de Castro, Dr. Francisco da Silva Leal Júnior, Dr. Gustavo Carvalho Diniz, Dr. Regis Sales de Azevedo Conselho Editorial Drª. Adriana Graziano, Dr. Gil Fábio Freitas, Dr. Gutemberg Fialho Editor Executivo Alexandre Bandeira - RP: DF 01679 JP Produção de conteúdos Azimute Comunicação Diagramação e Capa Strattegia Consulting Projeto Gráfico e Editoração Strattegia Consulting Gráfica Charbel Anúncios +55 (61) 3447-9000 Tiragem 11.000 Exemplares SindMédico/DF Centro Clínico Metrópolis SGAS 607, Cobertura 01, Cep: 70.200 - 670 Tel.: (61) 3244-1998 Fax.: (61) 3244-7772 sindmedico@sindmedico.com.br www.sindmedico.com.br Os artigos assinados são de responsabilidade exclusiva de seus autores.
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Jurídico
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Sindicais
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Informe-se sobre precatórios
Cinemédico é sucesso de crítica
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Capa Conquistas elevam grau de satisfação com o Sindicato
Aconteceu
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Especial
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Suplementar
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Novos conselheiros assumem o CRM/DF
Ponto eletrônico
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Diretor da ANS sai pela porta dos fundos
Regionais
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SindMédico na Cidade recomeça visitas
Vida Médica
Famílias médicas
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Artigos Opinião - 7 Estratégia - 21 Vinhos - 28 Literárias - 30
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O império contra-ataca Dra. Adriana Graziano
Entre 1902 e 1906, o Brasil era reconhecido mundialmente como um país rico. Vivia-se o auge do ciclo da borracha sob o governo de Rodrigues Alves. Também era reconhecido por ter uma das capitais mais insalubres do mundo, o Rio de Janeiro. Aproveitando a abundância de recursos, o então presidente promoveu as reformas urbana e sanitária capitaneadas respectivamente pelo prefeito Pereira Passos e pelo diretor-geral da Saúde Pública, Oswaldo Cruz, que também promoveu uma revolução no combate às epidemias de então. Esse corajoso passo dado pelo estadista, há pouco mais de uma década do fim do Império, rendeu um descontentamento que culminou com a Revolta das Vacinas e um título até hoje festejado pela capital fluminense: Cidade Maravilhosa. Mais de século depois da Declaração da Independência, os elementos que compunham o cenário daquela reforma voltam a aparecer: um governo com arrecadação invejável, um país onde grassam epidemias decorrentes de condições de vida inadequadas e a necessidade de investimento em desenvolvimento sanitário. No país das maravilhas tropicais, a revolta ressurge pela falta de investimentos na saúde. Diferente do estadista Rodrigues Alves, os atuais governantes não dão um passo adiante nessa questão, mas ensaiam dois para trás. Essa triste realidade se mostrou na resistência à aprovação da regulamentação da Emenda Constitucional 29, a qual isentou a União de aumentar os investimentos na saúde. Apesar do clamor popular, dos municípios e dos estados, o governo manobrou para não aumentar a participação federal no financiamento da saúde quando a presidente Dilma Rousseff vetou mais de uma dezena de artigos na regulamentação da emenda. No entanto, a voz da sociedade civil não se calou e voltou ao Congresso Nacional, na forma do Projeto de Lei de Iniciativa Popular (PLP) 321/2013, que prevê aplicação de 10% da Receita Bruta da União (RCB) em ações de saúde. E o governo Dilma Rousseff se arma para rechaçar a reivindicação da sociedade representada por mais de 2 milhões de cidadãos que assinaram o projeto. As ministras Ideli Salvati, de Relações Institucionais, e Miriam Belchior, do Planejamento, já foram ao Parlamento para transmitir o sonoro e solene NÃO de Dilma Rousseff.
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A adoção dessa proposta implicaria 0 incremento de pouco mais de um quinto dos 10% da RCB no orçamento da saúde em 2014: R$ 8,5 bilhões. Esse valor é praticamente a metade dos gastos do governo e isenções concedidas pelo governo federal em favor dos planos de saúde. Pior que não destinar recursos suficientes para o financiamento das ações do Sistema Único de Saúde (SUS), ao longo dos últimos 12 anos, o governo federal deixou de investir R$ 94 bilhões, segundo levantamento feito pelo Conselho Federal de Medicina (CFM). O mesmo levantamento aponta que, somente no ano passade R$ 13 bilhões deixaram de ser aplicados. Esse é um triste recorde histórico que, segundo membros da Frente Parlamentar da Saúde, é ainda mais grave, pois verbas enquadradas na rubrica restos a pagar, sem indicação de uso, deixados para este ano mostram um desinvestimento real de mais de R$ 17 bilhões. Ou seja, além de investir pouco, o governo Dilma não sabe gastar. Assusta o fato de que, diante do clamor popular e das queixas dos prefeitos, que até um ano atrás pediam mais dinheiro, o governo tenha tramado e vendido como solução imediata para os problemas da saúde o programa Mais Médicos, que em larga medida vai permitir que parte das prefeituras substituam os médicos já contratados por bolsistas sem vínculo trabalhista, sem diploma válido e com registro profissional provisório. Nesses casos, temos que reconhecer que vai sobrar mais dinheiro para essas municipalidades. Mas é esse o financiamento da saúde que queremos? Ex-ministro da saúde do governo Lula, José Gomes Temporão aponta o erro da gestão de Dilma Rousseff, que promove, nas palavras do sanitarista, a “americanização” da saúde, com uma perda de controle dos gastos e, em futuro próximo, a derrocada final do conceito da universalidade que sempre norteou o SUS. Hoje, a demanda por mais recursos é insuficiente para mudar a cara da saúde no Brasil. Também precisamos de governantes com a coragem de um Rodrigues Alves e de gestores com a competência e a dedicação de um Oswaldo Cruz. A reforma sanitária de que o país precisa não vai ocorrer se não começar pelos palácios e ministérios da República. Adriana Graziano é diretora de Divulgação e Imprensa do Sindicato dos Médicos do Distrito Federal
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O cúmulo da incompetência Dois motivos principais motivaram a criação do programa Mais Médicos: incompetência administrativa e interesse eleitoral. É o que denuncia o deputado federal Eleuses Paiva nesta entrevista exclusiva à Revista Médico. Paiva é médico, mestre em medicina nuclear, autor de diversos projetos em defesa dos médicos e da saúde pública e coordenador da área de saúde do Partido Social Democrático, o PSD. O deputado tem como bandeiras lutar por mais recursos para o Sistema Único de Saúde (SUS), criar a carreira de Estado para médicos e regular a obtenção de diplomas e a entrada de médicos estrangeiros no país e garantir a oferta de serviços de saúde e hospitais públicos de qualidade à população.
Revista Médico – Os recentes golpes contra os médicos na esfera política se devem a uma mobilização incipiente ou os interesses na área da saúde são muito fortes? Eleuses Paiva – Vamos falar do momento atual. Não resta dúvida de que o Mais Médicos é um projeto montado por um marqueteiro (João Santana), que já tinha feito isso anteriormente na Venezuela, portanto, é de marketing eleitoral. Os diagnósticos de falta de médicos no serviço público e a concentração deles nos grandes centros são corretos e têm sido apontados pelas entidades médicas há mais de 15 anos. Porém, nesta década e meia nenhuma política de recursos humanos foi adotada pelos governos para que essa situação fosse alterada. Eles pegaram uma avaliação feita pela equipe de marketing da presidente, na qual 78% dos brasileiros desaprovam a gestão da saúde do governo Dilma. Daí, resolveram pegar o médico e exorcizá-lo, como culpado pelo caos da saúde. Eu acho isso perigoso para eles, porque, nas pesquisas de opinião pública, a figura do médico e a do bombeiro são as que têm maior credibilidade. Portanto, desconstruir essa figura pode ter um efeito rebote. Em algum momento a situação vai vitimizar o médico e isso vai se virar contra o governo. Eles estão com medo disso.
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Revista Médico – E como o senhor avalia a mobilização da categoria? Eleuses Paiva – A maioria dos médicos tem cinco ou mais empregos, trabalha até tarde da noite, reclamando do que está acontecendo, mas não se reúne nem se organiza para mudar esse estado de valores. Pelo que vemos que estão tentando fazer com a profissão médica, talvez eles se conscientizem da importância de se aglutinar em torno das entidades de classe. As três áreas – conselhal, associativa e sindical – têm papel fundamental na construção do futuro da medicina. Revista Médico – Como estão as relações na chamada “bancada médica” depois dos vetos à Lei do Ato Médico e do Mais Médicos? Eleuses Paiva – Eu não sei se tem uma bancada médica aqui na Casa. Tem alguns direcionados ao setor da saúde como meta legislativa. Outros não obrigatoriamente. Muitos vieram com outras propostas entre as quais a saúde não é prioritária. Mas neste momento, cabe a nós, da área da saúde, superar as diferenças para unir a bancada. Se houver desunião em função de partido e de outros objetivos, não conseguimos nada. A bancada está relativamente unida porque a postura (do governo Dilma) de exorcizar o médico acabou tornando a bancada
mais unida hoje do que era há dois anos. É claro que a força dos partidos é determinante para ajudar ou atrapalhar isso. Revista Médico – O Mais Médicos foi criado para alavancar a reeleição da presidente Dilma ou para a eleição do ministro Alexandre Padilha ao governo de São Paulo? Eleuses Paiva – Acho que para as duas coisas. Primeiro para criar uma cortina de fumaça para esconder que o ministro é incompetente – com uma desaprovação de 78% da população, é altamente incompetente. Para a presidente Dilma, o valor também é incontestável. Mas tem algo que considero mais sério e já fiz uma consulta à Comissão de Ética para estudarmos se cabe representação contra o ministro por mentir em audiência pública do Congresso Nacional. Em três vezes que esteve no Congresso, nós questionamento o ministro Alexandre Padilha sobre a questão da vinda dos médicos cubanos e ele negou, disse até que havia uma conspiração contra ele. Essa mentira é uma manobra política clara. Revista Médico – O senhor pode explicar essa manobra? Eleuses Paiva – Se constasse na Medida Provisória, o convênio com a OPAS (Organização Pan-Americana de Saúde) – que criou condições diferenciadas para a partiE d i ç ã o
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Entrevista com o deputado federal Eleuses Paiva.
cipação dos médicos cubanos no programa – daria oportunidade aos parlamentares para opinar, colocar emendas e alterar o texto. Mas o convênio só foi apresentado uma semana depois, quando acabou o prazo para a apresentação de emendas, para que o Congresso não pudesse se debruçar sobre o assunto. Como deputado, a única coisa que posso fazer é pedir a abertura de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) sobre a OPAS. Fora isso, não há jeito de poder atuar e o TCU (Tribunal de Contas da União) também não pode entrar. Aí se abre um leque de suposições sobre motivação nas quais eu não quero crer, como um suposto retorno do dinheiro para uso em campanhas eleitorais. Estamos tentando averiguar o porquê do pagamento antecipado de três anos do convênio. Essas coisas levantam suspeição, primeiro pela mentira, depois o convênio em que ninguém pode mexer e então o pagamento adiantado sem motivo. São várias situações que, eu não tenho dúvida, criam um desconforto entre os parlamentares. Revista Médico – O vínculo do Mais Médicos à Ebserh (Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares), cuja constitucionalidade está sendo questionada, é motivo para mais preocupação? Eleuses Paiva – Não é uma coisa única. Há várias outras situações sendo colocadas. Uma delas é discriminação em que os médicos são colocados nesse convênio com a OPAS: diferente dos outros, que se enquadram na Medida Provisória, os cubanos não têm direito de trazer família, não podem abrir conta bancária, têm o passaporte retido e são obrigados a ir para as localidades que lhes são impostas. Por que esses profissionais vão se sujeitar a esse tipo de trabalho? Há uma série de atitudes discriminatórias contra esses médicos que eu acho que as entidades médicas têm de olhar com cuidado. Revista Médico – A relação de trabalho deles é ainda mais precária que a dos demais... Eleuses Paiva – Esse projeto não vem para resolver o problema da saúde. Primeiro porque é um projeto de três anos. Também não é possível alguém achar que
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vai resolver criando bolsa de estudo – o vínculo empregatício é zero. Que governo do mundo resolveu um problema de recursos humanos dessa magnitude com um programa de bolsa de estudos sem férias, sem décimo terceiro (salário), sem vínculo, sem garantia? Como é que o governo acha que um brasileiro vai pegar a família, levar para uma cidade de dois mil habitantes, ficar sujeito a uma bolsa, sem vínculo, e, daqui a três anos, receber um “muito obrigado”, sem receber fundo de garantia, férias, nada? Não é para dar certo, tem que ter outros objetivos.
Então, na verdade, o ministro da Saúde deixou de gastar R$ 17,4 bilhões do orçamento de 2012. Para mim isso traduz incompetência. Quando começamos a abordar isso, veio o Mais Médicos. O Padilha foi questionado e disse que não gastou porque os municípios foram incompetentes para
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gastar. Depois, com o Mais Médicos, o culpado ficou sendo o médico.
Revista Médico – Ao mesmo tempo em que procura facilitar a vinda de profissionais de outros países para o Brasil, o governo Dilma se esforça para facilitar a participação do capital estrangeiro na saúde. Qual a sua análise?
Eleuses Paiva – A questão não gira em torno do profissional. É uma grave preocupação para quem defende o Sistema Único de Saúde (SUS) essa tentativa de passar gradativamente a saúde para o setor privado. Talvez a universalidade, em algum
momento, possa vir a ser questionada. Vejo isso como uma postura de começar a pensar em um modelo futuro. Revista Médico – O Projeto de Lei 259, do senador Flexa Ribeiro (sobre financiamento da saúde), é a próxima cartada do governo na flexibilização da saúde suplementar? Eleuses Paiva – Deveria se abrir uma discussão muito grande sobre como está o setor privado de saúde no país. Eu não vejo por parte das empresas, nem das próprias entidades médicas. Não houve clareza para analisar esse assunto. Os médicos têm que definir uma posição sobre esse assunto e também os órgãos de defesa do consumidor. Será que isso (a abertura para o capital estrangeiro) é bom para o nosso país? Revista Médico – Existe uma expectativa por uma CPI da saúde que nunca sai. Assuntos pendentes, como a Ebserh, subfinanciamento e dinheiro que deixa de ser investido, são tratados de forma fragmentada. Qual é a dificuldade em abrir a caixa preta da saúde? Eleuses Paiva – Nos últimos 15 anos, a participação do governo nos gastos com saúde caiu de 60% para 40%. Sabemos que, nos últimos 16 anos, entre o orçamento da saúde aprovado no Congresso e o que é executado, deixaram de ser aplicados 2% a 3%, o que é muito dinheiro (mais de R$ 2 bilhões). Uma semana antes das manifestações públicas, em junho, em uma reunião pública, o TCU nos informou (à Frente Parlamentar da Saúde) que, dos R$ 92 bilhões alocados para a saúde pelo Congresso Nacional no ano de 2012, houve um recorde negativo: R$ 9,1 bilhões não foram executados, ou seja, quase 10%. Além disso, ficaram R$ 8,3 bilhões como restos a pagar para este ano que não têm objeto, ou seja, não tem jeito de pagar. Então, na verdade, o ministro da Saúde deixou de gastar R$ 17,4 bilhões do orçamento de 2012. Para mim isso traduz incompetência. Quando começamos a abordar isso, veio o Mais Médicos. O Padilha foi questionado e disse que não gastou porque os municípios foram incompetentes para gastar. Depois, com o Mais Médicos, o culpado ficou sendo o médico.
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Mais Médicos é aprovado no Congresso Nem “acordo” imposto ao CFM foi respeitado na promulgação da lei pela presidente da República
Reunidos na sede da Federação Nacional dos Médicos (Fenam), em Brasília, líderes de sindicatos de médicos das diversas regiões reafirmaram não endossar o acordo feito entre o governo e o Conselho Federal de Medicina (CFM) para facilitar a aprovação do projeto de lei de conversão do deputado Rogério Carvalho (PT/SE) à Medida Provisória 621, que instituiu o programa Mais Médicos. No dia 9 de outubro, o assunto foi encerrado com a votação de 13 destaques – emendas e proposições apreciadas em separado, após a aprovação de uma matéria legislativa. A federação pretende sugerir alterações na lei, mesmo depois de promulgada. A criação da carreira nacional de médicos, incluídos os estrangeiros, seria um dos objetos da barganha com o CFM. Outros pontos negociados foram a eliminação da proposta de criação do Fórum Nacional de Ordenação de Recursos Humanos na Saúde; a definição de limite de quatro anos de permanência de intercambistas estrangeiros dentro do programa (três anos com possibilidade de renovação de contrato por mais um); a obrigatoriedade de aprovação em exame de revalidação de diploma para os formados no exterior que decidirem ficar no país após o fim do contrato; e a garantia de avaliação dos cursos de Medicina com aplicação de exames periódicos. Nem as emendas aprovadas no Congresso tornariam o Mais Médicos uma
política de saúde minimamente decente. E o veto parcial da presidente comprovou que o governo não tem intenção nenhuma de fazer concessões à classe médica. Emendas e costuras – Destaque aprovado pelos deputados do PSDB excluiu do texto principal do Projeto de Lei de Conversão a criação do Fórum Nacional de Ordenação de Recursos Humanos na Saúde, que enterraria de uma vez por todas a pretensão de ser a Conferência Nacional de Saúde um guia para orientar a política de saúde no país – um organismo democrático que não cabe mais na nova ordem. Outra emenda aprovada permite que profissionais médicos aposentados participem do Programa Mais Médicos. Ela havia sido apresentada na comissão mista do Congresso pelo senador Vital do Rego (PMDB/ PB) e tinha sido rejeitada pelo deputado Rogério Carvalho Isso foi o que sobrou, depois das aglutinações de propostas semelhantes, de mais de 600 emendas e destaques apresentados ao texto original da MP 621. Entre os destaques rejeitados estão a concessão aos profissionais brasileiros participantes do programa os direitos trabalhistas da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) – proposição feita pelo deputado Luiz Mandetta (DEM/MS). Outro foi o que propunha retirar da MP a atribuição dada ao Ministério da Saúde de conceder o registro provisório ao médico estrangeiro participante do programa.
Promessas vazias, desmandos e equívocos A Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) – que tem a constitucionalidade questionada – e o Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA) poderão conceder bolsas e ressarcir despesas no âmbito do programa Mais Médicos. Os médicos estrangeiros serão dispensados do pagamento de taxas para emissão de documentos do serviço de migração. A quantidade de médicos estrangeiros no Mais Médicos não poderá ser maior que 10% dos médicos brasileiros com inscrição definitiva nos conselhos regionais de medicina. O Sistema Único de Saúde (SUS) terá cinco anos para dotar as unidades básicas de saúde com qualidade de equipamentos e infraestrutura. A Advocacia-Geral da União (AGU) representará judicial e extrajudicialmente os profissionais designados para a função de supervisor médico e de tutor acadêmico. Quando houver uma vaga por graduado, o primeiro ano de residência médica deverá ser em Medicina Geral de Família e Comunidade.
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Cristovam estende a mão a Dilma Enquanto aspectos de legalidade e constitucionalidade de partes do Mais Médicos são questionados, o Projeto de Lei do Senado (PLS) 168/2012, de autoria do senador Cristovam Buarque (PDT/DF), veleja de vento em popa para instituir a obrigatoriedade do serviço civil para médicos recém-formados cujos cursos tenham sido custeados com recursos públicos. A proposta determina o trabalho obrigatório, por dois anos, em municípios com menos de 30 mil habitantes ou em comunidades carentes de regiões metropolitanas. No dia 2 de outubro, depois de tramitar pela Comissão de Educação, o PLS foi en-
viado à Comissão de Assuntos Sociais (CAS), onde será apreciada em caráter terminativo. O movimento sindical médico mantém posição contrária à do senador. “O Estado tem a obrigação de se fazer presente em todo o território e de forma plena. Assim sendo, tem que proporcionar mão de obra adequada para as necessidades das comunidades e não apenas estudantes para suprir a insuficiência estatal. “E isso vale para todas as áreas, pois não é só de médicos que as localidades carentes estão precisando”, enfatiza o presidente do SindMédico-DF, Gutemberg Fialho.
Avaliação a longa distância
Quem vai pagar a conta?
O Projeto de Lei do Senado (PLS) nº 399, de 2011, do senador Roberto Requião (PMDB/PR), que propõe a facilitação da revalidação e o reconhecimento automático de diplomas concedidos por instituições de ensino superior estrangeiras “de reconhecida excelência acadêmica”, também caminha a passos largos no Senado. Foi aprovada pelas comissões de Relações Exteriores e Defesa Nacional e de Educação, no dia 26 de setembro, e logo será apreciada na de Cultura e Esporte, na qual a decisão é terminativa.
Enquanto o que serve aos interesses imediatos do poder vai de vento em popa, outros projetos vão para a geladeira e só devem sair de lá quando o Planalto mandar. É o que ocorre com a comissão temporária, instituída em 14 de março deste ano, para debater e propor soluções para o financiamento do sistema de saúde do Brasil (e que deveria entregar um relatório em 90 dias). Na 9ª reunião, em 11 de setembro, decidiu pelo adiamento da entrega do relatório e, desde então, nunca mais se reuniu. O calendário já consumiu mais de 200 dias.
Medicina no dia a dia Contraponto à campanha de desmonte da reputação dos profissionais médicos brasileiros pela equipe da presidente Dilma Rousseff e do ministro Alexandre Padilha – ambos de olho nas eleições de 2014, – a edição no 7 da revista Congresso em Foco traz um perfil da clínica-geral Firma Amélia Garcez de Lucena, que atua na Diretoria Regional de Saúde de Ceilândia. No texto Vida de Médica, escrito na primeira pessoa, ela fala de sua experiência em 20 anos de trabalho no serviço público de saúde, de dedicação e solidariedade aos pacientes. R e v i s t a
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Firma destacou que o papel do médico vai além da atenção à saúde. O médico é um apoio ao paciente, que, muitas vezes, procura o serviço de saúde para sentir que existe alguém que o acolhe. Na reportagem, Firma comenta as dificuldades que existem no trabalho e as críticas frequentes que o Sistema Único de Saúde (SUS) recebe. A revista Congresso em Foco é produzida pela equipe do site jornalístico de mesmo nome (www.congressoemfoco.com.br), o mais bem avaliado na cobertura jornalística do Congresso Nacional.
Visão do SindMédico-DF Não muda em nada a posição da classe médica em relação ao programa Mais Médicos: o programa é uma medida eleitoreira e ineficaz. Pior ainda: a equipe da presidente Dilma Rousseff usou de todos os artifícios possíveis para passar à população a ideia de que os médicos são os culpados pela (eterna) crise na saúde. Sobre o acordo que facilitou a aprovação da MP 621, é necessário frisar que o Conselho Federal de Medicina (CFM) negociou com a faca no pescoço, devido à ameaça de substituição do conselho por uma agência reguladora. Diante dos desmandos e do autoritarismo do governo Dilma Rousseff, era certo o veto parcial à proposta que passou no Parlamento – uma carreira médica nacional não faz parte dos planos deste governo. O cenário para a facilitação do exercício da medicina sem a renovação de diplomas segue em paralelo à imposição da MP 621, bem como o serviço civil obrigatório. Na surdina, a discussão sobre a abertura do mercado de saúde para o capital estrangeiro segue para logo ser anunciada em dias mais calmos. A questão para o governo não é o aprimoramento do sistema de saúde brasileiro, são os resultados da economia. E a área da saúde movimenta um volume imenso de dinheiro no mundo inteiro. O que se vê é um processo em curso de desregulamentação da medicina e a desconstrução do Sistema Único de Saúde (SUS). A resposta a esses ataques deve vir pelo posicionamento político da classe médica em defesa da profissão e do SUS. É um desafio que se põe à nossa frente e as eleições do próximo ano devem refletir o descontentamento da categoria, tanto pelo voto contrário à reeleição da presidente Dilma Rousseff, quanto pela eleição de médicos para a defesa da saúde e da medicina nas instâncias do Legislativo.
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Justiça manda emitir precatórios referentes a tíquete alimentação O SindMédico-DF obteve resultado favorável na ação de execução de 2007 referente aos tíquetes alimentação de 1.564 médicos sindicalizados e que totaliza valor superior a R$ 20 milhões. O desembargador relator do processo, Silvânio Barbosa dos Santos, determinou a expedição de precatórios com as devidas requisições de pequeno valor (RPV), que permitem o pagamento prioritário. Em breve, a lista dos beneficiados estará disponível no site do Sindicato.
Compensação de dívidas com o GDF em precatório da URP de 1988 Depois de recentemente ter mandado pagar as requisições de menor valor dos precatórios referentes à URP de 1988, o Tribunal de Justiça do DF e Territórios mandou expedir os precatórios dos demais participantes da ação coletiva iniciada por meio do Sindicato.
Assessoria jurídica conquista prêmio A Advocacia Riedel, que presta assessoria jurídica ao SindMédico-DF, conquistou Prêmio de Competitividade para Micro e Pequenas Empresas 2012 (MPE Brasil), concedido pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), nas categorias Serviço e Inovação. Esse prêmio é concedido anualmente (no ano subsequente à apuração), em âmbito nacional e estadual, a micro e pequenas empresas que se destacam por suas práticas de gestão. A Riedel foi a primeira empresa de seu segmento de atividade a conquistar o reconhecimento do Sebrae.
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É praxe nesses casos que os governos apresentem relações de dívidas dos credores de precatórios com a fazenda pública. O Governo do Distrito Federal (GDF) apresentou uma relação de cerca de 400 nomes de médicos participantes do grupo que teriam algum registro de débito a quitar com a Secretaria
de Fazenda. Funcionários do Sindicato estão fazendo contato telefônico com esses médicos para que verifiquem a existência dessas pendências. Em caso de discordância é necessário contestar as dívidas e apresentar documentação que comprove a inexistência delas, para que seja anexada ao processo.
Justiça vai mandar cumprir o Mandado de Injunção 836 Está nas mãos do Juiz Álvaro Luís Ciarlini mandar cumprir a decisão referente à execução provisória por meio da qual o Sindicato requer o imediato cumprimento do Mandado de Injunção 836, que manda ser feita a contagem diferenciada de tempo de trabalho em
condições insalubres para fim de aposentadoria para os médicos do Distrito Federal. Nessa ação, o Sindicato pede a responsabilização por crime de desobediência e aplicação de multa pelo descumprimento de decisão judicial.
Gratificações sobre remuneração de férias e licenças A Diretoria Jurídica do Sindicato alerta os sindicalizados de que o pagamento do Adicional de Insalubridade também é devido nos períodos de férias e licenças previstas em lei. Há casos em que esse direito tem sido desrespeitado, por isso, é necessária atenção na conferência dos contracheques nesses períodos. Da mesma forma, o não pagamento da Gratificação de Atividade de Ensino
(GAE) aos médicos cedidos à Fundação de Ensino e Pesquisa em Ciências da Saúde (Fepecs) deve ser denunciado para que o Sindicato possa tomar as medidas administrativas e, caso necessário, judiciais para cobrar da Secretaria de Saúde o pagamento devido. O médico prejudicado deve procurar a secretária da assessoria jurídica, Raquel, no telefone 3244-1998.
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S i n d i c a i s
Comédia foi a terceira atração do Cinemédico Pela terceira vez no ano, o Cinemédico, realizado no Cinemark do Pier 21, foi um sucesso. O evento ocorreu no dia 29 de agosto e os médicos assistiram à comédia “Gente Grande 2”, que conta a história de quatro amigos que voltam a morar na mesma cidade depois de muito tempo e têm que lidar com situações cotidianas da vida adulta no mesmo ambiente em que cresceram. Antes do início do filme, o presidente do SindMédico-DF, Gutemberg Fialho, comentou a grande participação dos médicos
sindicalizados e de suas famílias nos eventos promovidos pelo Sindicato neste ano. “Vejo aqui muitos rostos novos, e já tivemos que alugar uma sala maior do que a do último filme, o que significa que o evento é um grande sucesso”, comentou. A atividade tem boa receptividade entre os participantes. Vindo do Rio de Janeiro, o cirurgião plástico Djalma Martins Lima, por exemplo, reconhece o valor da iniciativa. “Estou vindo pela primeira vez. Achei a proposta muito interessante e válida.
Gustavo Lima
É bom saber que ainda existe um Sindicato que seja realmente atuante, que pense no bem-estar do médico”, declarou.
Brasilmed fecha acordo salarial No dia 4 de outubro, o presidente do SindMédico-DF, Gutemberg Fialho, recebeu representantes da diretoria e médicos da Brasilmed Auditoria Médica e Serviços S/S Ltda. para tratar do acordo coletivo para o período de 2013 e 2014. Os representantes da empresa destacaram os acordos anuais são necessários para a participação em concorrências públicas para prestação de serviços. Esse é o nicho de mercado ao qual se dedicam.
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Gutemberg solicitou que os médicos do corpo clínico participassem da reunião. “A Brasilmed tem buscado o Sindicato para formalizar os acordos, mas são os médicos que devem procurar o SindMédico para lutar pelas suas reivindicações”, instou aos médicos presentes. Considerada a capacidade de competitividade da empresa e manutenção da empregabilidade, o SindMédico-DF negociou reajuste acima da proposta inicial da empresa.
Questionado pelos médicos, Gutemberg explicou que o adicional de insalubridade praticado no setor privado é indexado ao salário mínimo, diferente do que ocorre no setor público. “Hoje, o salário do médico na Secretaria de Saúde do Distrito Federal está sendo atraente para quem está empregado na iniciativa privada”, apontou o presidente do Sindicato.
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Nos trilhos da parceria entre conquistas e satisfação Uma década de fortes benefícios obtidos para os médicos de Brasília colocou no topo a aprovação do trabalho do SindMédico-DF em favor da categoria. A reformulação do Plano de Carreira, Cargos e Salários (PCCS), com diminuição do número de referências para ascensão funcional de 25 para 18 padrões e o realinhamento do piso salarial para atração novos médicos são as mais recentes conquistas, mas vem de longe a estruturação do Sindicato dos Médicos do Distrito Federal (SindMédico-DF) para chegar ao estágio de organização e ao patamar de realizações acumulados em 35 anos de história. Nos anos mais recentes, entre a implantação do primeiro PCCS exclusivo da carreira médica, em 2004, até agosto de 2009, os reajustes salariais representaram um terço
do ganho salarial acumulado com a incorporação da Gratificação de Atividade Médica (GAM) e o Novo PCCS. Com a incorporação, os valores das gratificações de insalubridade, titulação e movimentação agora aumentam em proporção direta a um único vencimento. “Agora, com a implantação do novo PCCS, é que vemos o real efeito da incorporação da GAM: os reajustes são iguais para todas as rubricas que compõem o salário total. O ganho é maior”, aponta o presidente do Sindicato, Gutemberg Fialho. Além das questões salariais, a direção da entidade tem lutado pelos direitos da
classe médica por meios administrativos, políticos e judiciais. Boa parte do esforço da atividade sindical é aplicado a cobrar direitos da categoria que são desrespeitados, garantir a permanência dos que são reconhecidos e recuperar benefícios perdidos por uma razão ou outra. “A política dos sucessivos governos em relação ao servidor público de carreira tem sido sempre tentar cortar os benefícios e vantagens próprios do exercício de atividade pública”, explica Fialho. O resultado dessa atuação voltada para o médico tem colocado a instituição sindical no topo da aprovação junto à classe
“Dois para lá, dois para cá” Em 2011, o governo Agnelo Queiroz passou a aplicar a resolução do GDF de 2009, a qual determinava a aplicação do teto salarial à soma dos salários dos servidores com dois vínculos no serviço público - primeiro no GDF e, depois, cruzando os dados de emprego local com informações de emprego no âmbito federal. Com o esforço do Sindicato, em 7 de junho, a Secretaria de Administração Pública (SEAP) editou a Instrução Normativa no 100, em cumprimento à decisão da ministra Eliana Calmon, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), a qual determinou a separação dos vínculos para aplicação do teto. A decisão final sobre a questão será tomada pelo STF.
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Aprovação Geral
Médicos com menos de 40 anos
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O respeito aos direitos trabalhistas, desde a escalada neoliberal da década de 1980, tornou-se uma dança complicada, na qual os governos se julgam coreógrafos incontestes. O SindMédico-DF determina os próprios passos. Exemplo disso, em 2013, foi a reconquista do direito à licença para acompanhamento de padrasto ou madrasta, ascendente, descendente, enteado e colateral consanguíneo ou afim até o segundo grau civil, que havia sido restringido desde que entrou em vigor o Regime Jurídico do Servidor do Distrito Federal (Lei Complementar no 840 de 2011). A Lei Complementar 862, de 25 de março de 2013, corrigiu a injustiça. O Sindicato também se empenhou em corrigir o equivoco na aplicação da Portaria 145, de 11/08/2011, que proibiu os plantões de mais de 12 horas. Depois da assinatura do acordo coletivo com a Secretaria de Estado de Saúde do Distrito Federal (SES/DF), em 30 de agosto, foi publicada a portaria no 228, de 2 de setembro, que regulamentou a jornada de plantão de 18 horas para médicos. Na Justiça, o Sindicato também obteve importantes vitórias. Em junho de 2009, a então ministra do Supremo Tribunal (STF) Ellen Gracie deu parecer favorável ao Mandado de Injunção (MI) 837, que garantiu a contagem diferenciada de tempo de trabalho em condições insalubres para médicos no serviço público federal – cumprido mediante regulamentação do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. Da mesma forma, o então ministro Carlos Ayres Britto fez o mesmo julgamento referente ao MI 836, que previa a mesma coisa para médicos servidores do GDF – nesse caso, somente em abril de 2011, o governo começou a cumprir o mandado, com frequentes interrupções. O Sindicato continua apelando à Justiça para que a sentença seja cumprida.
Médicos do setor privado
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C a p a médica. Anualmente, o Instituto Vox Populi realiza pesquisa de satisfação para o SindMédico-DF, que serve como balizadora da gestão e formulação de políticas para a categoria. No último levantamento aferido este ano, o índice de aprovação do Sindicato junto a sua base chegou a 78,3%. Esse indicador cresceu exatos 10% desde 2009, quando a primeira aferição foi realizada. Dois pontos precisam ser ressaltados nessa análise. O primeiro é que, ainda em 2009, o índice de aprovação já era considerado elevado e, segundo, que a pesquisa de 2013 foi aplicada entre os meses de abril e maio, muito antes da aprovação da principal conquista dos últimos anos: o Novo PCCS, que ocorreu agora em setembro, com pagamento no contracheque de outubro. Ao longo desse período de transformações que o sindicato trouxe para a vida pessoal e profissional dos médicos, alguns paradigmas foram derrubados. O primeiro
deles diz respeito a atuação sindical para os médicos mais jovens. Em 2009, enquanto à aprovação geral do Sindicato junto à classe médica era de 68,3%, esse indicador entre os médicos mais jovens (com menos de 40 anos) era de 60,3%. Hoje, enquanto a avaliação geral passou para 78,3%, entre essa faixa estaria de colegas, o indicador passou para 75%. Ou seja, com esses indicadores mais próximos, o pensamento de toda a classe médica se mostra mais uniforme, quebrando a barreira entre os mais experientes e os mais jovens. O segundo paradigma derrubado é de que o Sindicato é de médicos da Secretaria de Saúde do DF. Isso se revela também por meio da pesquisa Vox Populi, na qual o grupo de médicos da iniciativa privada tem índice de aprovação do Sindicato de 86,4%, maior que a avaliação geral da aferição. Isso é fruto das atividades que o Sindicato dos Médicos do DF vem desenvolvendo na clínica privada, por meio de manisfetações, embates contra planos de saúde
e contra a cartelização do mercado privado de medicina nas mãos de poucos grupos econômicos. Nos últimos anos, o SindMédico-DF liderou as atividades da Comissão Distrital de Honorários Médicos (CDHM), em parceria com as demais entidades médicas locais, que discutiu contratos e melhorias dos honorários pagos pelos convênios aos médicos, com a majoração dos valores de consulta e demais referenciais de procedimentos.
Outras conquistas e realizações do SindMédico-DF desde 2009: 2009
Campanha “A Saúde de Luto”, que garantiu a incorporação da GAM em três parcelas.
2010
Manutenção do pagamento da Gratificação por Condições Especiais de Trabalho (GCET) para médicos lotados nos centros de saúde do Núcleo Bandeirante e do Recanto das Emas.
2011
Primeiro Dia de Alerta aos Planos de Saúde Em abril, junto com o Conselho Regional de Medicina do DF (CRM/DF) e da Associação Médica de Brasília (AMBr) Criação da Comissão Distrital de Honorários Médicos (CDHM). Desde então, o SindMédico-DF tem sido protagonista na condução dos assuntos referentes à saúde suplementar e comandado protestos e manifestações do setor. Garantia aos de legistas da Polícia Civil do DF do direito de acumular vínculos com horários compatíveis.
2012
I Seminário sobre o Sistema de Saúde Suplementar do DF. Mais de uma centena de médicos e familiares receberam valores
referentes ao precatório 727/96, do grupo do doutor Ernani Kuhn. Impedimento de unificação das escalas da pediatria e da neonatologia no Hospital Regional de Santa Maria. Proposta para atualização da CBHPM. A proposta prevê realinhamento de honorários para cirurgiões auxiliares – 100% do porte do ato para o primeiro auxiliar, 70% para o segundo e 50% para os demais, além do fim de honorários diferenciados para atendimento prestado a paciente em enfermaria. Defesa da cobrança direta de honorários de disponibilidade para obstetras em caso de livre escolha do médico que realizará o parto pela paciente. O CRM/DF e o CFM deram pareceres favoráveis a essa conduta.
2013
Parecer da Procuradoria Geral do DF (PGDF) favorável à admissibilidade da acumulação de dois contratos com carga horária de 40 horas para médicos legistas que também têm vínculo empregatício na SES/DF. Decisão liminar contra a suspensão de pagamento do adicional de insalubridade nos períodos de férias e licenças previstas em lei. Reconhecimento de erro na cobrança de Imposto de Renda suplementar sobre valores referentes às cessões do precatório 449/94 pela Receita Federal. 1 7
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A c o n t e c e u
Parlamentares destacados O presidente do SindMédico-DF, Gutemberg Fialho, e o secretário de Assuntos Políticos, Carlos Fernando, compareceram à entrega do Prêmio Congresso em Foco, no dia 30 de setembro. A premiação anual é concedida aos parlamentares que tiveram atuação destacada, escolhidos por meio de votação púbica via internet e por jornalistas setoristas das casas legislativas federais. Uma das lideranças com forte atuação na defesa da regulamentação da carreira médica e contra a Medida Provisória 621, o deputado Ronaldo Caiado (DEM/ GO) foi um dos indicados como melhor
parlamentar de 2013. Veja mais sobre a premiação no site Congresso em Foco, canal recomendado para informação e formação de consciência política. O deputado brasiliense Reguffe foi outro agraciado.
Festa no HBDF Evento realizado em 11 de setembro marcou a comemoração dos 53 anos do maior hospital do Distrito Federal. Atualmente, são 3,5 mil os servidores que atuam pela saúde de milhares de pessoas que, diariamente, passam pela unidade de saúde. A eles o SindMédico-DF estende sua saudação, tanto pelo marco do aniversário, quanto pela superação diária das dificuldades para prestar atendimento adequado aos pacientes.
AMBr solidária
Reconhecimento de mérito A médica Alba Mirindiba foi uma das agraciadas pelo Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região (TRT10) com a Ordem do Mérito de Dom Bosco (no grau cavaleiro), oferecida para destacar as personalidades que prestaram relevantes serviços à Justiça do Trabalho. Alba foi indicada pela presidente e grã-mestra do conselho da comenda, desembargadora Elaine Vasconcelos, pelos demais membros do conselho e também pelos desembargadores do TRT10.
Novos conselheiros tomam posse O presidente do SindMédico-DF, Gutemberg Fialho, e o diretor adjunto Francisco Leal prestigiaram a posse dos novos membros do Conselho Regional de Medicina do Distrito Federal (CRM/DF), presididos por Martha Zappalá. Eles assumiram a gestão, pelo quinquênio de 2013 a 1018, em sessão solene realizada na noite de quarta-feira, dia 16 de outubro, às 20h, no auditório do Memorial JK.
Mais de 50 crianças assistidas pela creche Anjo da Guarda receberam brinquedos doados por associados à Associação Médica de Brasília (AMBr) e uma festa realizada no clube, no dia 12 de outubro. No Dia da Criança Solidário, que teve a segunda edição este ano, as famílias dos doadores também participaram das atividades lúdicas promovidas pela associação.
Congresso da SBCCP Gutemberg Fialho e Carlos Fernando também prestigiaram a abertura do XXIV Congresso Brasileiro de Cirurgia de Cabeça e Pescoço, realizado no Royal Tulip Brasília Alvorada Hotel, na noite de 18 de setembro. Evento de sucesso, o congresso foi organizado pela equipe regional da Sociedade Brasileira de Cirurgia de Cabeça e Pescoço (SBCCP) no DF: Cláudio Netto Estrella Marina Azzi Quintanilha e Achilles Alves de Levy Machado, José da Costa e Silva Filho e Maria Auxiliadora da C. Neto Estrella.
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Novidades no Santa Marta
O Hospital Santa Marta inaugurou, no início de setembro, o Centro de Treinamento Juscelino Kubitschek, sede do Instituto Santa Marta de Ensino e Pesquisa (Ismep), para realização de conferências, palestras, estudos de casos clínicos, cursos de capacitação e atualização técnica para
as diversas áreas da assistência e de gestão em saúde, incluindo pós-graduação. Na pós-graduação, o Santa Marta se tornou o primeiro hospital privado do DF a oferecer programas de residência médica em quatro especialidades: anestesiologia, clínica médica, medicina intensiva e neonatologia.
Posses na AMeB Seis novos titulares tomaram posse na Academia de Medicina de Brasília (AMeB) no dia 17 de setembro: Augusto Cesar de Farias Costa, Etelvino de Souza Trindade, José João Ferraroni, Osório Luís Rangel de Almeida, Simônides da Silva Bacelar e o diretor adjunto do Sindicato dos Médicos do Distrito Federal (SindMédico-DF), Antônio Geraldo da Silva. Durante a cerimônia de posse, o presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM), Roberto D’Ávila, proferiu uma palestra com o tema Humanidade e Prática Clínica. Nessa mesma ocasião, foi feita uma homenagem póstuma ao ex-presidente da AMeB, acadêmico Sérgio da Cunha Camões.
Exame comemora avanços A diretora de Divulgação e Imprensa do SindMédico-DF, Adriana Graziano, representou a entidade na inauguração do serviço de diagnóstico por imagem na unidade do laboratório Exame da Asa Sul. Recebidos pelos diretores médicos Adília Segura e Marcelo Canuto, os convidados participaram de coquetel e de recital do pianista Walter Asvolinsque.
Além de equipamentos modernos, o Exame investiu na criação de um ambiente agradável para os pacientes, que não se restringe à arquitetura de interior e mobiliário. Uma das novidades no serviço é o equipamento do Cinema Vision, sistema de entretenimento que pode ser utilizado durante os exames de ressonância.
Melhorias nos honorários O presidente do Sindicato dos Médicos do Distrito Federal, Gutemberg Fialho, foi um dos palestrantes no XVIII Congresso Paulista de Obstetrícia e Ginecologia, realizado pela Sociedade de Obstetrícia e Ginecologia do Estado de São Paulo (Sogesp). Realizado entre os dias 5 e 7 de setembro o evento reuniu mais de 6,5 mil médicos. O tema abordado por Gutemberg foi O que o movimento sindical tem feito para a melhoria dos honorários na saúde suplementar. O secretário de Assuntos Políticos, Carlos Fernando, também participou das atividades programadas pela Sogesp.
Obituário
O SindMédico-DF lamenta informar o falecimento da patologiasta Glória Jabur Bittar Oton, ocorrido no final de agosto. Ao expressar solidariedade pela perda a familiares e amigos, a diretoria da entidade destaca o empenho profissional e a relevância dos serviços prestados à comunidade pela Dra. Glória.
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Informática burocrática “Como não houve melhora alguma significa que o problema não era com os médicos e não será resolvido somente com o controle de ponto. Toda a estrutura e organização administrativa estão erradas. Não será colocando a culpa nos médicos que a população terá um serviço de saúde pública no mínimo razoável”
João Flávio Bezerra*
Hoje, o principal problema diz respeito ao saldo do banco de horas. No caso de débito pelo servidor, a solução é simples: ou ele compensa em trabalho até o fim do mês subsequente à apuração ou o tempo não trabalhado é descontado de seu contracheque. No caso de o servidor ter crédito, deve haver compensação em folga ou redução na jornada de trabalho, dentro do mesmo prazo previsto na situação anterior. É o que prevê a Portaria no 31, de 2 de março deste ano. No entanto, o direito do servidor é condicionado ao interesse do serviço e à autorização da chefia imediata. Isso envolve uma dose de subjetividade que vai da qualidade da relação com os subordinados ao tempo e à disposição necessários para os registros de justificativa para a ausência nos horários normais de escala de trabalho. “No quadro atual de falta generalizada de médicos, tem sido comum que médicos que trabalham além de seu horário de escala percam seus registros em banco de horas ao final de dois meses”, aponta Gutemberg. Deixar de formalizar a situação e conceder a compensação pode render processo administrativo contra as chefias e trabalhistas contra a secretaria. Por outro lado, exercer o direito sem a autorização formal das chefias pode render processo contra o médico por abandono de plantão. “É uma situação difícil em que são colocados os médicos e as chefias, mas o Sindicato vai cobrar dos gestores o respeito aos direitos dos médicos sindicalizados”, garante o presidente do SindMédico-DF.
Cidney Martins
Trinta e dois terminais de ponto eletrônico começaram a funcionar no Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF) na segunda-feira, 4 de março deste ano. O objetivo alegado, depois de meses de esquivas sobre a responsabilidade sobre os problemas no sistema de saúde pública, era controlar com mais rigor o horário de trabalho dos médicos, então apontados como os vilões da saúde pública no DF – recurso ao qual os governos recorrem pelo menos a cada quatro anos. Segundo o então secretário de Transparência, Carlos Higino, havia também a intenção de “coibir fraudes” na prestação de horas extras – como se fossem os servidores e não os gestores os responsáveis pelo controle dos registros. Oito meses depois, o Sistema de Registro Eletrônico de Frequência (Sisref) ainda apresenta dificuldade para servidores e gestores.
“Temos alertado o secretário de Saúde de que o sistema não pode ser tão rígido a ponto de criar dificuldades para a condução do trabalho ou prejuízo aos médicos”, afirma o presidente do Sindicato dos Médicos do Distrito Federal, Gutemberg Fialho. Porém, coordenado pela subsecretária de Gestão do Trabalho e da Educação em Saúde, Maria Natividade Gomes da Silva Teixeira Santana, o processo de implantação e gestão do ponto eletrônico tem sido dispendioso, burocrático e inflexível. Uma série de problemas tem ocorrido na trajetória da implantação do sistema. Entre eles pode-se citar a dificuldade de interface do Forponto (o sistema de ponto informatizado) com o TrakCare, a falta de conectividade entre unidades de saúde e o próprio fato de que o sistema não está implantado em todos os locais de trabalho.
Ponto eletrônico em números O gasto inicial da Secretaria de Estado de Saúde do DF (SES/DF) com a implantação de solução integrada de controle de ponto eletrônico e controle de acesso foi de R$ 6.362.170,64, contratada a Task Sistemas de Computação S/A. Para a implantação do Sisref no Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF) foram gastos mais R$ 79.837,76, por serviços de infraestrutura para instalação, pagos à Control Teleinformática Ltda. Anúncio feito pelo secretário de Administração Pública, Wilmar Lacerda, dá conta de que se pretende gastar R$ 25 milhões para estender a utilização do ponto eletrônico a todos os servidores do Governo do Distrito Federal (GDF). *Comentário à reportagem Implantação de ponto eletrônico em Hospital de Base completa um mês, publicada na página eletrônica do Correio Braziliense, em 2 de abril deste ano.
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Onde está o marketing? Consultor de Estratégia e Marketing
É muito bom quando o desejo se encontra com a oportunidade. Eu explico! Em decorrência do artigo anterior, onde tratei da provocação de “quando acaba o marketing”, recebi diversos comentários e dúvidas sobre o tema. Entre elas, em particular, de uma pessoa que relatava a dificuldade de enxergar que tipo de marketing se enquadrava melhor no seu tipo de negócio. Essa foi a deixa para que eu viesse a tratar neste espaço dedicado a negócios no segmento de saúde, sobre um dos textos mais importantes da ciência do marketing; leitura obrigatória por quem quiser se aventurar neste mercado. Estou falando do artigo “Miopia em Marketing”, escrito por Theodore Levitt e publicado pela primeira vez na Harvard Business Review em julho-agosto de 1960. A título de curiosidade, Levitt era alemão erradicado nos EUA, professor de Administração de Empresas na própria Universidade de Harvard, e criador da famosa Teoria dos 4Ps do Marketing (Praça, Produto, Preço e Promoção), que muitos afirmam, equivocadamente, ser Philip Kotler o pai da mesma. Mas o que levou este artigo, escrito há mais de meio século, ser tão premiado e relevante até os dias de hoje? A simples lição de que as empresas se preocupam muito mais em colocar o foco em seus produtos, do que se preocuparem primeiramente com seus clientes. No próprio texto que escrevi no artigo anterior, citei no quarto paR e v i s t a
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rágrafo já esta fundamental lição, para que as pessoas possam entender melhor a relação dos seus negócios com a disciplina do marketing. Ao mudarmos o olhar sobre “o que nós fazemos”, para “quem fazemos”; não importa se somos um hospital, uma laboratório ou um consultório ginecológico; começamos a passar a enxergar como o marketing pode nos ajudar a desenhar as conexões necessárias para ligar o empreendimento ao mercado consumidor.
“Tudo tem
origem e fim no cliente
”
Tudo tem origem e fim no cliente. Se é assim, existem duas lições que você precisa aprender. A primeira é conhecer quem é o seu cliente. Não estamos falando de saber o nome da pessoa que é atendida por ti, mas sim, qual o perfil dela. Onde mora, trabalha, costumes, hábitos, gostos, etc. A segunda lição é entender os motivos que a levam consumir de você. O que sua empresa tem de bom, do que ele não gosta ou reclama, o que você faz que transmite segurança e confiabilidade. Esse exercício vai lhe balizar sobre que perfil de cliente o seu empre-
endimento atrai e porque ele assim o faz. É a partir daí que o seu composto de marketing vai ser estruturado, como uma peça de alfaiataria, que só serve ao seu negócio. Por isso reafirmo tanto que não adianta copiar o que seu concorrente faz. Primeiro porque ele pode não saber o que está fazendo e tanto ele quanto sua empresa, sofrerem por não atingir o objetivo desejado. Segundo, porque ele pode saber o que está fazendo e você repetir um modelo que só dá certo para o empreendimento dele. Novamente, sua empresa sairá perdendo. O composto de marketing feito exclusivamente para o seu empreendimento, vai equalizar tanto o que você faz bem, o mercado alcançado, a relação de custo-benefício para aquisição de seus produtos e serviços e a forma como o seu negócio se comporta para amplificar sua melhor imagem no mercado e angariar mais clientes que se apresentem com o mesmo perfil daqueles que já estão em sua carteira. Assim, não só você passará enxergar onde está o seu marketing, mas também os consumidores que considerarão sua proposta mercadológica como a ideal para suprir as necessidades deles.
Contato com a Coluna consultorio@strattegia.com.br www.twitter.com/StrattegiaSaude
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Suplementar
Comissão de ética é leniente com irresponsabilidade ministerial Relatório da Comissão de Ética Pública da Presidência da República recomendou a demissão do então diretor de Fiscalização da Agência Nacional de Saúde (ANS), Elano Figueiredo. O ex-diretor teria omitido a informação (pública e notória) de que, como advogado, defendeu interesses de operadoras de plano de saúde contra a ANS. Figueiredo pediu exoneração do cargo antes de ser convidado a se retirar. A comissão não se pronunciou sobre a motivação ou leniência de quem indicou Figueiredo para o cargo, uma vez que a situação era de conhecimento público mais de um ano antes da nomeação do advogado para o cargo. O relator do processo disciplinar, Mauro Menezes, considerou que o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, “foi ludibriado” pelo ex-diretor. Segundo o presidente do colegiado, Américo Lacombe, o que levou à recomendação de exoneração foi a omissão e não o fato de Figueiredo ter advogado contra a ANS.
Informe aos Médicos Oncologistas Decisão do Cade sobre a Incorporação da Acreditar pela Rede D’Or
a) Suspensão imediata das práticas indevidas propostas pela decisão do Cade, com multa diária de R$ 15 mil acumulável até R$ 300 mil por evento notificado e abertura de processo administrativo. b) Em caso de reincidência, multa diária de R$ 50 mil a R$ 1 milhão. c) Possibilidade de revisão do acordo de incorporação em caso de duas violações praticadas.
Telefone: (61) 3244.1998 - sindmedico@sindmedico.com.br
Operadoras se armam contra punições da ANS As operadoras de planos de saúde estão se armando para se insurgirem contra as punições que têm sido determinadas pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). No dia 20 de setembro,
o Instituto Brasileiro do Direito de Saúde Suplementar (IBDSS) reuniu representantes de algumas das principais operadoras de planos privados de assistência à saúde em um curso cujo objetivo foi analisar os
meios de proteção administrativa e judicial que poderão ser utilizados pelas operadoras contra decisões proferidas pelo órgão regulador, principalmente na fixação de penalidades.
ACADEMIA DE MEDICINA DE BRASÍLIA EDITAL DE INSCRIÇÃO DE CHAPA À ELEIÇÃO DA DIRETORIA EXECUTIVA E CONSELHO FISCAL DA ACADEMIA DE MEDICINA DE BRASÍLIA – AMeB – BIÊNIO 2014-2016 A Presidente da Academia de Medicina de Brasília, em atenção ao que estabelece o Artigo 29 do seu Regimento Interno, comunica que a inscrição de chapas para concorrer à eleição da Diretoria Executiva e Conselho Fiscal para o biênio 2014-2016 dar-se-á no período de 02 a 14 de novembro de 2013. A eleição será realizada no dia 26 de novembro de 2013 às 18:30 horas em primeira convocação e 30 minutos após com qualquer número dos acadêmicos presentes, com término às 20:00 horas, no Auditório Tito Figuerôa, situado, no SGAS 607 – Edifício Metrópolis, Cobertura 01 – Brasília – DF, sendo a apuração dos votos realizada em seguida.
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INFORME PUBLICITÁRIO
A inscrição das chapas deverá ser feita por requerimento à Diretoria Executiva, em formulário próprio, à disposição dos interessados na Secretária da Academia de Medicina de Brasília, das 8h30 às 12h30 horas, de segunda a sexta feira, subscrito por todos os componentes aos respectivos cargos, ou acessado para impressão no site: http://www.academiamedicinadebrasilia.org.br/ Só poderão concorrer aos cargos de Diretoria Executiva e do Conselho Fiscal os membros titulares que atendam aos preceitos estatutários e regimentais. Brasília – DF, 02 de outubro de 2013. E d i ç ã o
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Acad. Janice M. Lamas Presidente
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Ação itinerante recomeçou em outubro
Cidney Martins
O Sindicato dos Médicos do Distrito Federal (SindMédico-DF) retomou o projeto SindMédico na Cidade na tarde de 7 de outubro. O presidente do Sindicato, Gutemberg Fialho, e o secretário de Assuntos Políticos, Carlos Fernando, visitaram o Hospital Regional de Ceilândia (HRC) para conversar com os médicos sobre a reformulação do Plano de Carreira, Cargos e Salários (PCCS), as condições de trabalho naquela unidade de saúde e a necessidade de se sindicalizar para aumentar a força de negociação da categoria. Os médicos do HRC receberam material informativo sobre o PCCS, explicando detalhadamente as alterações salariais. Quem
tinha alguma dúvida sobre sua evolução funcional aproveitou para conferir em qual referência passou a ser enquadrado e o aumento a que fez jus. Para dirimir qualquer dúvida, o Sindicato preparou e está distribuindo uma cartilha com explicações e as novas tabelas de vencimento – tudo detalhado. A realização imediata de concurso público é uma das ações indispensáveis para mudar o cenário de sobrecarga de trabalho atual. O novo PCCS evita a saída dos médicos que estão na rede pública, mas ainda é preciso trazer mais profissionais para atender à população. “Agora, os salários também são atrativos para quem ingressar no serviço público”, destacou Gutemberg Fialho. O fortalecimento da base sindical é um dos aspectos enfatizados nesta edição do SindMédico na Cidade. Falta de pessoal continua sendo o mais sério problema do HRC. Há algum tempo, faltavam, por exemplo, clínicos trabalhando nos finais de semana. Alguns profissionais se sentem desmotivados. As macas espalhadas pelos
corredores mostram uma situação que também não muda no HRC: o crescimento constante das populações das cidades do Entorno. O ortopedista João Vicente Silva destacou que Águas Lindas é a cidade que mais demanda atendimento na cidade. “Ceilândia tem uma situação que também merece atenção especial do governo: a estrutura física do Hospital Regional está muito defasada em relação ao cresci-
mento demográfico”, aponta o presidente do SindMédico-DF. Criado há 32 anos, o HRC ganhou o tamanho atual pela construção de novas alas e “puxadinhos”.
Concurso é necessidade urgente para o Hospital de Base
Na tarde de 14 de outubro, a unidade visitada pela equipe do SindMédico-DF foi o Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF). O presidente Gutemberg Fialho e o secretário de Assuntos Políticos, Carlos Fernando, visitaram os médicos na emergência e no centro cirúrgico. As áreas de internação do Hospital de Base continuam insuficientes para tantos pacientes. Esse mesmo problema existe no centro cirúrgico, onde pacientes continuam sendo internados na sala de recuperação. A realização de cirurgias eletivas e emergenciais no mesmo centro cirúrgico é um problema que não tem previsão de resolução. A pro-
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metida criação de novo prédio voltado para ortopedia e trauma poderia ser a solução, mas não tem data para se tornar realidade. Para os médicos abordados por Gutemberg e Carlos Fernando, a melhoria de condições de trabalho passa, necessariamente, pela renovação do quadro de servidores médicos. Até agora, as contratações têm sido insuficientes apenas para a reposição de aposentados e demitidos. No centro neurocardiovascular, por exemplo, embora tenham ocorrido mudanças positivas, a necessidade de pessoal é inegável. O presidente do Sindicato dividiu com membros da equipe do HBDF a preocupação
com o prazo para realização de concurso e admissão de novos médicos antes do período restritivo do ano eleitoral. O Ministério Público tem cobrado o fim das contratações temporárias, o que torna o cenário mais obscuro. “Na verdade, essas contratações foram objeto de um Termo de Ajuste de Conduta (TAC) para atender à necessidade do Hospital Regional de Samambaia, no início da atual gestão”, explicou Gutemberg. Para ele, o corte imediato dos contratos temporários poderia inviabilizar o funcionamento de setores e unidades de saúde inteiras. “É necessária a realização urgente de concurso e que seja feito um processo de transição que não prejudique o atendimento à população”, apontou.
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Vocação e amor à profissão e superação de adversidades ensinamentos que passam de pai e mãe para os filhos. Não são raros os exemplos disso entre as famílias de médicos. Muitas horas de trabalho e plantões nos finais de semana são constantes, mas o amor à profissão é fonte de inspiração e de motivação para os filhos de quem se dedica à medicina. A despeito do tempo curto para curtir os filhos, muitas vezes, os pais médicos têm uma realização extra, que é descobrir neles a vocação para o exercício da medicina.
Preocupação com o futuro O cirurgião pediátrico César Galvão já se aposentou, mas a missão de levar saúde à população foi transmitida à geração seguinte: já no segundo grau, o filho César Gustavo decidiu cursar Medicina. O
pai não influenciou a escolha, mas afirma que sente satisfação por ter o filho exercendo a “Arte Médica”. Ele teme, porém, pelas decisões tomadas pelo governo que podem prejudi-
car os profissionais de saúde: “Eu me sinto muito preocupado com os atuais rumos de acontecimentos que estão afligindo a classe médica brasileira. Como será o futuro dos jovens médicos?”, questiona.
O exemplo é o amor à profissão Para o cirurgião geral José Luiz Mestrinho, 66, saber que um herdeiro também quis ser médico é “a sensação do dever cumprido”. O filho Bruno Vilalva, 30, passou no vestibular tanto para Medicina quanto para Engenharia da Computação, mas escolheu o primeiro curso sem interferência do pai: “Se o influenciei, foi no exemplo de ser médico com dedicação e amor à profissão”, garante. O cirurgião deu conselhos, entretanto, quando o filho precisava escolher sua especialização: Bruno pensou em ser cirurgião como o pai, mas acabou se tornando urologista. Hoje, José Luiz se orgulha de perceber que as dificuldades da profissão não impediram o filho de seguir seu caminho, já que ele “entendeu que o exemplo a ser seguido seria mais gratificante do que as intempéries dos plantões e a ausência da família”.
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Luiz Mestrinho, Renata Verna (nora), Danúzia (esposa) e Bruno Vilalva (filho)
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Sem interferência paterna Para Guaraci Beleza, 54, a satisfação veio em dobro: o filho Matheus Cabral, de 23 anos, está se formando em Medicina e já avisou que quer se especializar em ginecologia e obstetrícia, mesma área do pai. Já a filha Thaiana Cabral, 21, está no terceiro semestre do curso e decidiu que quer ser pediatra. Guaraci diz que isso é um sonho realizado, mas que não interferiu na escolha dos filhos. “Eu nunca falei, eles foram vendo, e quiseram ser médicos”, afirma.
Matheus Cabral (filho), Guaraci Beleza, Thaiana Cabral (filha) e Ananda Cabral (filha – não é médica, faz Jornalismo e Direito)
Família completa Na casa de Elisa de Carvalho, a profissão é uma só. Tanto ela quanto o marido, José Eduardo Trevizoli, são médicos especializados na área de gastroenterologia e hepatologia. A diferença fica por conta dos pacientes: enquanto Elisa atende crianças e adolescentes, José Eduardo se volta aos adultos. Os dois se conheceram ainda na faculdade, e se casaram durante a residência. Para a médica, isso não é necessariamente uma fonte de benefícios, mas “ter afinidades e viver desafios semelhantes facilita a compreensão e pode trazer ajuda mútua para o crescimento profissional e pessoal”. As duas filhas do casal decidiram seguir o exemplo dos pais: Isadora de Carvalho faz residência em pediatria, enquanto Natália de Carvalho já fez residência em clí-
Natália de Carvalho(filha), José Eduardo Trevizoli (marido), Elisa de Carvalho e Isadora de Carvalho (filha)
nica médica e, agora, é residente na mesma área em que os pais atuam. Para a mãe, essa
troca de experiências pode facilitar a convivência familiar.
Pai modelo O ginecologista e obstetra Artur da Rocha, 52, não esconde a felicidade ao ver que a filha Clarissa Carvalho quis seguir a mesma profissão que a sua: “Eu me sinto orgulhoso, satisfeito. Medicina é um curso difícil, exige muita dedicação, muito esforço. Isso continua durante a vida de exercício profissional”. Artur fica ainda mais contente porque a filha, que está fazendo residência, também optou por trabalhar com ginecologia e obstetrícia. Ele diz que essa escolha foi uma surpresa, mas acredita que “os pais são exemplos para os filhos, têm que ser modelos”. R e v i s t a
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Clarissa Carvalho (filha), Artur da Rocha e o filho
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Vinhos e Histórias O vinho no Império Romano Está sendo realizada, na Sicília, uma experiência para descobrir como era o vinho tomado no ápice do Império Romano, há mais de 2,3 mil anos. A qualidade da produção vinífera italiana é unanimidade entre especialistas e apreciadores de vinho. Barolos, Barbarescos, Chiantis e Brunellos de Montalcino, entre outros, estão no topo do que de melhor é produzido no mundo. A tradição vem de longe, da época em que os etruscos dominavam a hoje Toscana e produziam vinho à maneira grega. A produção, no entanto, era pequena. Apenas em 800 a.C, com a vinda de colonizadores gregos à ilha da Sicília, a viticultura começou a se expandir no que hoje é a Itália. Arqueólogos da Universidade de Catânia plantaram parreiras utilizando técnicas antigas. A uva escolhida é a nerellomascalese, equivalente à da época. O cultivo está sendo feito sem agroquímicos, com ferramentas romanas e mudas amarradas com bengalas e vassouras. A fermentação será feita em potes de terracota, que depois serão impermeabilizados com cera de abelha e enterrados no solo. A primeira colheita está prevista para daqui a quatro anos e a produção esperada é de 70 litros. Para reproduzir as técnicas antigas, foram utilizaram textos como o Geórgias, de Virgílio, que traz poemas sobre agricultura
e vida rural no Império Romano, e obras de Columella, que elaborou, no século I a.C., um guia de produção agrícola que foi utilizado até o século XVII. O primeiro autor que descreveu com detalhes a viticultura foi o senador romano Catão, autor da obra DGAgri Cultura. O vinho produzido no Império Romano era, na maior parte, doce, devido à maior capacidade de conservação. A colheita das uvas era tardia e o suco (mosto) era fervido para se obter um vinho mais forte e açucarado. Outra maneira utilizada para adoçar a bebida era acrescentar mel. De maneira geral, o vinho também era temperado com especiarias como hortelã, pimenta, açafrão ou pétalas de rosas. Foi apenas no início do século XVIII que os viticultores italianos começaram a investir com seriedade na qualidade de sua produção. Um dos pioneiros na busca por um vinho de ponta foi o barão Bettino Ricasoli. Logo após as guerras napoleônicas, o barão herdou uma propriedade familiar na Toscana e percorreu França e Alemanha para estudar o cultivo de videiras. Foi um dos primeiros produtores do novo Chianti Classico, unindo três variedades de uvas: sangioveto, canaiolo e malvasia. Um excelente vinho italiano atual leva o nome do famoso barão: é o Barone Ricasoli Rocca Guicciarda Chianti Classico Riserva DOCG. Vale experimentar!
branco doce, e sim os tintos das variedades cabernet sauvignon e merlot. E por falar em mulheres, outro estudo, este da Universidade de Florença, na Itália, mostrou que mulheres que tomam ao menos uma taça de vinho por dia têm
a vida sexual mais ativa. Os médicos que aplicaram a pesquisa consideram a hipótese de que os componentes químicos do vinho podem aumentar o fluxo sanguíneo nas zonas erógenas do corpo, estimulando a função sexual.
Bebida de mulher Pesquisa da Consultoria Nielsen realizada na Califórnia mostrou que, ao contrário do imaginário popular, as mulheres bebem mais vinho do que os homens – 55% contra 45%. O estudo também mostrou que as mulheres não preferem vinho
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PRIMUM NON NOCERE
Residente do último ano de cirurgia, o Dr. Paulo Angel já estava contando as horas para terminar seu plantão em um hospital privado de Fortaleza, em meados da década de 1980. De repente, um veículo surgiu com quatro pessoas, vítimas de mais um acidente de carro naquele dia. Juntos, pai, esposa, filho e filha. Uma família de norte-americanos. Os quatro ocupantes foram vítimas de um acidente automobilístico no interior do estado e removidos para Fortaleza sem atendimento prévio. Dos quatro, a filha de 13 anos sofrera as piores lesões. Tratava-se de um gravíssimo trauma na face. A mãe, ao chegar, explicou ao médico residente que havia encontrado o olho direito da moça no assoalho do carro e não tinha noção do paradeiro do olho esquerdo. Levada às pressas ao centro cirúrgico, logo foi localizado o olho esquerdo. Encontrava-se na cavidade nasal. Com a fratura do piso do assoalho da órbita, o olho fora atirado para baixo, alojando-se na cavidade nasal. O nervo óptico parecia íntegro. A equipe cirúrgica rapidamente providenciou a devida recolocação do olho esquerdo no lugar, efetuando-se os procedimentos necessários, na sequência do atendimento. No sétimo dia do pós-operatório, uma surpresa: após a retirada do tampão do olho, a paciente falou: - Estou vendo uma luz pelo meu olho esquerdo! Dias depois, chegou um avião-UTI dos Estados Unidos com o objetivo de levar a moça e sua família para a Pensilvânia. Os familiares insistiram para que o Dr. Angel os acompanhasse até Harrisburg, capital do estado da Pensilvânia. Mala arrumada às pressas, foram todos para a aeronave. O médico residente brasileiro não poderia levar sua mala pessoal, pois o peso da carga do avião já havia completado. Ele teria que viajar sem sua mala, apenas com a roupa do corpo. E roupa para um clima de cerca de trinta graus Celsius. Na sombra. Ao pousar em Harrisburg, a temperatura local era de três graus, e o Dr. Angel vestido com a roupa que saíra de Fortaleza.
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Ao sair do avião, o prefeito da cidade o esperava para uma reunião. Logo, ofereceram-lhe um casaco. Um grupo de médicos aguardava o brasileiro. Em um pequeno auditório, os chefes dos Serviços de Neurologia, Oftalmologia e Cirurgia Plástica, acompanhados de seus médicos residentes e internos, não escondiam sua ansiedade com a apresentação do Dr. Angel. O Chefe da Cirurgia Plástica, um coreano, sentou-se à mesa e convidou o médico brasileiro a explicar os procedimentos cirúrgicos oferecidos à paciente no Brasil. Logo após a apresentação dos slides pelo Dr. Angel, o chefe da Cirurgia Plástica criticou o atendimento realizado em Fortaleza. Na sua opinião, deveria ter sido feita uma abordagem cirúrgica em tempo único. – Doutor – falou o Dr. Angel –, é muito fácil criticar agora, na tranquilidade de uma sala. Naquele momento, estávamos diante de uma moça de 13 anos, e com a certeza da perda do olho direito. Em nossa conduta, levamos em conta a preservação da função, em detrimento do resultado estético, que poderá ser abordado na sequência do tratamento. Houve um certo desconforto entre os médicos no auditório. Os chefes dos serviços de oftalmologia e neurologia, com um movimento de cabeça, sinalizaram sua concordância com a conduta dos médicos de Fortaleza. Depois de alguns segundos de silêncio, o médico coreano pediu desculpas pelas críticas. Um ano depois, a família da moça telefonou para o Dr. Angel comunicando que a menina estava participando de um time de basquete da escola, com uma prótese no olho direito e a visão do olho esquerdo recuperada. Um caso de alta gravidade. Uma conduta arriscada. Um resultado satisfatório. Riscos envolvem todos os procedimentos realizados em um paciente, especialmente se o atendimento é de urgência. E Hipócrates bem o sabia. Primum non nocere. Antes de tudo, não causar dano.
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AQUI VOCÊ, CLIENTE, ESTÁ SEMPRE EM PRIMEIRO LUGAR.
O Laboratório Sabin orgulha-se de ter alcançado mais uma conquista tão importante. Durante o AACC - Annual Meeting & Clinical Lab Expo 2013 da American Association for Clinical Chemistry, o mais importante congresso de medicina laboratorial do mundo, a biomédica e pesquisadora do Laboratório Sabin, Dra. Júlia Vasques, recebeu a medalha de primeiro lugar, na categoria Divisão de Patologia Molecular, pela apresentação oral de trabalho científico. O evento aconteceu em Houston, no estado do Texas, Estados Unidos. O trabalho intitulado “Inibição de nucleases mediada pelo EDTA protege DNA livre de células de degradação ex-vivo em amostras de sangue” foi desenvolvido com a colaboração de outros profissionais do Sabin, orientados pelo pesquisador da área de Biologia Molecular, Dr. Gustavo Barra, e com apoio do Núcleo de Apoio à Pesquisa do laboratório, o NAP. Geralmente, o AACC recebe mais de 5 mil resumos de trabalhos de pesquisadores do mundo inteiro. Em 2013, apenas 906 foram selecionados, sendo 86 do Brasil e destes, oito do Laboratório Sabin com oportunidade para apresentação oral de três. Uma vitória da equipe Sabin, que confirma o constante investimento do laboratório em tecnologia, atualização e pesquisa. Vamos continuar trabalhando para que possamos alcançar cada vez mais conquistas como essas para o nosso país.
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Assessoria Científica: 61 3329 8028 www.sabinonline.com.br
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RT: Dra. Sandra Soares Costa, CRF 402 – DF
MAS NO CONGRESSO AMERICANO, QUEM FICOU EM PRIMEIRO LUGAR FOI O SABIN.