Revista Sindipi Nº 29

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Revista

julho/agosto de 2008 - Ano VI - Número 29

Eu sou da pesca

mobiliza setor pesqueiro

Entrevista Alcantaro Corrêa Presidente da Fiesc

Pescado congelado

Reunião técnica do emalhe

Garopaba

e muito mais


Marcello Sokal

Wagner Mezoni

ÍNDICE Editorial....................................................................................................................4 Palavra do Presidente ..........................................................................................7 Entrevista - Alcantaro Corrêa, presidente da Fiesc..............................................8 Especial - Pescado congelado..............................................................................12

Especial - pescado congelado Daniela Maia

Entidade - Movimento Eu sou da pesca..............................................................16 - Encontros e eventos...........................................................................18 Pesquisa - Comércio e industrialização do pescado cultivado..........................22 Pesquisa - Processos oxidativos avançados........................................................24 Emalhe - Reunião técnica discute propostas para modalidade..........................26 Empresa que Faz - TWB e sua revolucionária embarcação................................30 Crédito Pesqueiro - As novas regras para o plano agrícola e pecuário.........33

Educação - Aprendendo com a pesca Alan Pedro

Educação - Projeto Aprendendo com a Pesca......................................................34 Perfil - Do mar de Florianópolis para a China..........................................................36 Turismo - Garopaba: viva esta natureza..............................................................38 Exposição - O mar e a pesca como fonte de inspiração..................................42 Artesanato - Pele de peixe vira moda......................................................................43 Livro - Vidas do azul................................................................................................44

Turismo - Garopaba Bambu Editora

Gastronomia - Atum no arado e tainha escalada...............................................46 Eventos - Feincartes................................................................................................48 Mensagem - Dalai Lama........................................................................................50

Livro - as belezas do mundo azul A Revista Sindipi é uma publicação do Sindicato das Indústrias da Pesca de Itajaí e Região Diretoria do Sindipi: Dario Luiz Vitali (Presidente); Giovani Genázio Monteiro (Vice-Presidente); Márcio Andriani (Tesoureiro)- Departamento Jurídico: Marcus Vinícius Mendes Mugnaini(OAB/SC 15.939)- Sede: Rua Lauro Muller, 386, Centro, Itajaí, Santa CatarinaCep:88301-400; e mail: sindipi@sindipi.com.br- Fone: (47)3247-6700 site: www.sindipi.com.br. Coordenação Editorial: Dario Luiz Vitali. Jornalista Responsável: Daniela Maia (SC.01259-JP); Colaboração: Marília Massochin; Designer Gráfico: Geraldo Rossi; Direção Comercial: SINDIPI; Fotografia: Marcello Sokal. Impressão: Gráfica Coan - Circulação: setor pesqueiro nacional, profissionais do setor, parlamentares, imprensa. As matérias jornalísticas e artigos assinados na Revista Sindipi somente poderão ser reproduzidos, parcial ou integralmente, mediante autorização da Diretoria. A Revista Sindipi não se responsabiliza por conceitos emitidos em artigos assinados. Eles não representam, necessariamente, a opinião da revista.

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Foto capa: Marcello Sokal


EDITORIAL

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CNI, Alcantaro Corrêa. Também vamos compartilhar com o leitor a iniciativa educacional em Itajaí, do Projeto Aprendendo com a Pesca, que leva às crianças das escolas públicas de Itajaí informações sobre a pesca através de palestras, visitas e materiais didáticos, trabalhando o tema de forma interdisciplinar, fazendo um resgate da cultura pesqueira. No destaque desta edição, uma reportagem que mostra a busca do setor pela regulamentação do pescado congelado e a concorrência desleal do pescado importado. Na editoria crédito pesqueiro, o financiamento para os proprietários de pequenas embarcações pesqueiras. Como em todas as edições, preparamos matérias que destacam a arte, a gastronomia e a cultura do Brasil. Um abraço e boa leitura,

Marcello Sokal

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mar, acreditar, fazer, viver seus sonhos e construir alicerces. Esta frase com palavras do mestre budista Dalai Lama é a nossa receita para você, amigo leitor. E inspirada nela, desenvolvemos a capa da Revista que é um convite a ação. O movimento Eu sou da Pesca, lançado em Itajaí, é a primeira ação motivacional e de pertencimento, é o acreditar e defender a importância de toda atividade pesqueira. Além desta matéria inédita, viajamos pelo universo da pesquisa, com contribuições preciosas dos doutores Alex Augusto Gonçalves e Marília Oetterer que abordaram temas sobre aplicação de ozônio; comercialização e industrialização do pescado cultivado, respectivamente. Rumo ao turismo, um passeio ao litoral sul catarinense, Garopaba. Vale a pena conferir a entrevista do presidente da Fiesc e vice-presidente da

Daniela Maia Editora comunicacao@sindipi.com.br dmassessoria@terra.com.br

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PALAVRA DO PRESIDENTE

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rezados aasociados e amigos! Já se foram 6 meses desde o início da nossa gestão a frente desta entidade de classe. Já se faz necessário, fazermos uma análise de nossas ações e continuarmos atentos na solução de nossas inúmeras demandas. O setor vive um momento de mudanças, são inúmeras as possibilidades abertas a partir daí. Inicialmente fica difícil dimensionar todas as conseqüências disso, o que sabemos é que o setor como um todo, está com maior visibilidade. O pescado está cada vez mais presente em nosso hábito alimentar. Proteína de alto valor nutricional é recomendada pela classe médica e por todas aquelas pessoas, que gravitam em torno de estudos na busca de melhor qualidade de vida. Finalmente o brasileiro despertou para esta opção alimentar, que se tornou indispensável para todos nós. Agora, precisamos continuar trabalhando fortemente, para criar um ordenamento, que possa dar sustentabilidade e longevidade para a atividade como um todo. Precisamos mostrar organização para podermos colher os resultados oriundos destas mudanças. É louvável e cabe aqui registrar a atuação de nossas câmaras setoriais. Composta de pessoas engajadas e comprometidas com a atividade que desenvolvem. Não vou aqui citar nomes, pois poderia por esquecimento, cometer alguma injustiça. E a mudança da SEAP, para ministério, ou seja: Ministério da Pesca, poxa! Já tínhamos um endereço, agora com certeza, este endereço ficará mais importante e sem nenhuma sombra de dúvidas, ganharemos muito com isso. Sabemos da luta, que toda a equipe da SEAP, capitaneada pelo já nosso “Ministro” Gregolin, fizeram neste sentido. Agora, mais do que nunca, o setor precisará de muita união, para juntos enfrentarmos o amanhã.

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Serão tempos difíceis, porém também sabemos que, o que nos acalenta, é saber que nosso povo é corajoso, destemido e que não fugirá a seus compromissos. Com isso, poderemos colher juntos os frutos deste trabalho, onde buscando nas lições do passado, poderemos plantar no presente e se Deus quiser, colher no futuro. Dario Luiz Vitali Presidente do Sindipi

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ENTREVISTA

O olhar industrial de Alcantaro Corrêa Fotos:divulgação Fiesc

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aciocínio lógico e perspicácia são algumas das qualidades de Alcantaro Corrêa. Desde agosto de 2005 na presidência do Sistema Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc), o engenheiro mecânico e de segurança do trabalho, formado pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e Fundacentro, Alcantaro desempenha suas funções com habilidade. A linguagem e a segurança são transmitidas diretamente nas ações que desempenha para o setor industrial catarinense. Corrêa possui uma vasta experiência profissional. No seu currículo constam as presidências da Electro Aço Altona S.A (1994 até abril de 2008), do Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e do Material Elétrico, ambas de Blumenau; vice-presidente da Confederação Nacional da Indústria, membro dos Conselhos Deliberativo da ACIB, de Administração do Hospital Santa Isabel, de Blumenau e também do Conselho Temático Permanente de Responsabilidade Social. Além de todas estas funções, também já foi professor da Escola Técnica Federal de Florianópolis e do curso de economia da FURB.

Revista Sindipi − Qual a importância do associativismo empresarial no mercado competitivo? Alcantaro − O associativismo é fundamental porque os empresários de toda uma região podem atuar em conjunto e trocar informações. Isso leva a um poder de representação muito maior e, assim, eles são ouvidos e conseguem resultados muito mais expressivos do que se atuassem de forma isolada. Revista Sindipi − Como o senhor avalia o setor pesqueiro catarinense? Alcantaro − A cadeia pesqueira catarinense é forte, empregando diversas pessoas em 470 estabelecimentos. Somos o primeiro produtor de pescado do Brasil, respondendo por 15% da produção nacional. Na pesca extrativa marinha a participação aumenta para um quarto do total nacional. No ano passado exportamos US$ 28 milhões em peixes, crustáceos e moluscos, com destaque para países como Espanha, Itália e Portugal. São números que não deixam dúvidas sobre a importância desse setor. Contudo, há desafios a enfrentar, pois muitas empresas ainda precisam aprimorar suas atividades. Além disso, a cadeia pesqueira precisa de maior atenção do governo federal. A secretaria de pesca precisa olhar mais para o setor e fazer menos politicagem. Soube há poucos dias que há uma forte intenção de se criar uma câmara para o setor na FIESC. Se isso ocorrer será muito positivo, pois pode promover a união dos empresários, aproveitando o conhecimento das pessoas que atuam neste setor para que as questões comuns sejam discutidas, buscando soluções para os problemas do setor. Revista Sindipi − Como está posicionada Santa Catarina no ranking das exportações em nível nacional? Alcantaro − No momento ocupamos a nona posição, com vendas externas de US$ 3,3 bilhões de janeiro a maio deste ano.

Revista Sindipi − Quais são as sugestões para o crescimento das empresas industriais catarinenses diante do atual cenário econômico? Alcantaro - Continuar fazendo investimentos necessários em suas operações, nos equipamentos e, principalmente, nas pessoas. Ou seja, mantendo o foco na gestão do negócio. Para que haja crescimento tem que haver um domínio, um controle da tecnologia de gestão. Isso vale para empresas de qualquer setor e é disso que depende o desenvolvimento e a perenidade da companhia. Mas faço questão de ressaltar: as empresas não devem cuidar apenas da parte produtiva ou da comercial. As relações humanas são decisivas para o sucesso ou fracasso de uma empresa.

Revista Sindipi − Quais as alternativas para uma empresa se manter no mercado com poder de competitividade? Alcantaro - Tem que estar inovando o tempo todo e de uma forma ampla, em todos os aspectos da gestão da empresa. Isso significa buscar matérias primas novas ou com custos mais competitivos em qualquer parte do mundo, buscar conhecimento e tecnologia, incorporar novos equipamentos para ampliar a produtividade. Ou seja, temos que ser competitivos em nível global. As empresas não podem mais olhar apenas para o mercado local ou nacional. Quando olhamos o mercado de forma global percebemos que ele é enorme e que há de-

... as empresas não devem cuidar apenas da parte produtiva ou da comercial. As relações humanas são decisivas para o sucesso ou fracasso de uma empresa. Revista Sindipi - Qual a expectativa de crescimento das indústrias catarinenses? Alcantaro − Elas crescem de forma natural graças ao aprimoramento e aos investimentos realizados nos últimos anos, tanto no parque fabril, quanto na área comercial e, logicamente, na gestão de uma forma geral. Mas a indústria catarinense, pela sua diversificação, pelo seu grau de maturidade, já é vista com bons olhos pelos investidores ou pelo setor financeiro. Ou seja, nós somos percebidos como empresários sérios e corretos. E isso é fundamental para os nossos negócios e para viabilizar os novos investimentos necessários à expansão pretendida pelos industriais catarinenses.

manda para nossos produtos. Mas é necessário perseguir os nichos e as oportunidades que existem. Revista Sindipi − Qual a sua opinião a respeito da invasão de produtos importados, principalmente da China? Alcantaro − Esta é uma fase que, como tudo na vida, é cíclica. Acredito que dentro de dez anos toda esta configuração estará diferente, pois as coisas também estão mudando rapidamente na China, onde os custos, entre eles o da força de trabalho, estão subindo. A China precisa qualificar sua mão-de-obra e buscar cada vez mais qualidade para seus produtos. Tudo isso tem Revista Revista SINDIPI SINDIPI 9 9


um custo. À medida que eles vão buscando essas melhorias teremos outra realidade. E é importante considerar também que a China precisará trabalhar muito para atender sua demanda interna, o que tende a diminuir o impacto dela no mercado internacional no futuro. Tratase de um mercado enorme que, a exemplo da Índia, tem grandes demandas por produtos e serviços. E quem superar a fase atual de dificuldade terá oportunidades até de vender seus produtos aos chineses. Revista Sindipi − Na sua opinião qual a importância da atuação do Sindicato das Indústrias da Pesca de Itajaí e Região (Sindipi) no setor industrial? Alcantaro − O Sindicato das Indústrias da Pesca de Itajaí é um sindicato forte, organizado, com recursos, com uma sede própria grande, porque congrega muitos associados, desde pequenos até grandes empresários. É um sindicato que, na minha opinião, tem que ser respeitado, porque ele pode gerar muitos frutos para todos os seus filiados. A atuação do sindicado é muito interessante e com a nova gestão, que tenho acompanhado,

promove avanços e novas atitudes, fortalecendo o associativismo na sua região.

presas. Em paralelo, precisamos ver medidas como a anunciada política industrial virarem realidade.

Revista Sindipi − Quais as políticas públicas que, na sua opinião, poderiam garantir o desenvolvimento industrial?

Revista Sindipi − Quais as propostas da FIESC para os próximos anos? Alcantaro − A FIESC vai continu-

O Sindicato das Indústrias da Pesca de Itajaí é um sindicato forte, organizado, com recursos (...) na minha opinião, tem que ser respeitado, porque ele pode gerar muitos frutos para todos os seus filiados. Alcantaro − Precisamos implementar as reformas estruturais como a tributária e outras, como a política, a sindical e a trabalhista. Precisamos simplificar, desburocratizar, facilitar as atividades administrativas das em-

ar com o seu trabalho de defender os interesses da indústria, acompanhando, sugerindo e discutindo todas as questões importantes para o desenvolvimento do setor industrial. O Sistema FIESC, por meio de todas as suas entidades − que incluem também SENAI, SESI, IEL e CIESC − dá suporte aos empresários e aos trabalhadores do setor. Seguiremos investindo na promoção da qualidade de vida dos trabalhadores da indústria, na qualificação da força de trabalho e no estímulo à inovação, para que Santa Catarina possa ter uma indústria competitiva Revista Sindipi − Hoje em dia, compensa o industrial investir no mercado externo? Quais os riscos e quais os países são mais receptivos aos produtos brasileiros? Alcantaro − Nós produzimos manufaturados de primeira linha, que são aceitos em qualquer parte do mundo, desde que tenhamos condições de sermos competitivos, com preço e logística. Por meio do associativismo devemos enfrentar as questões estruturais que atrapalham a competitivida-

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de de todo o setor industrial, como a falta de infra-estrutura adequada e de uma carga tributária em sintonia com o que o Estado oferece em contrapartidas aos impostos que cobra. Mas, independentemente disso, o empresário catarinense deve buscar novos mercados, novos nichos e investir lá fora. Embora cada empresa e setor precise considerar a sua realidade e adequar suas estratégias a ela, devemos, sim, perseguir a inserção no mercado global. Isso cria referências para a empresa e obriga ela a buscar aperfeiçoamento constante. Temos em Santa Catarina exemplos de companhias, como a Embraco e a Weg, que, inclusive, possuem fábricas no exterior para ter acesso a mercados onde há restrição a entrada de importados. São exemplos importantes para o nosso setor industrial. Revista Sindipi − Nos últimos anos o que foi fundamental para o desenvolvimento das indústrias catarinenses? Alcantaro − O investimento em treinamento, em pesquisa, em desenvolvimento dos recursos humanos em todos os níveis das empresas, a bus-

ca por financiamentos para inovação e o estilo empreendedor para encontrar oportunidades em nível global. Revista Sindipi − Um dos grandes gargalos da indústria catarinense é o alto consumo de energia elétrica (maquinários, túnel de congelamento, esteiras etc), qual a sua sugestão para tentar amenizar essa situação? Já existe alguma ação da FIESC para minimizar os custos? Alcantaro − Do ponto de vista da oferta, não vemos, no curto prazo, problemas sérios com relação ao risco de falta do insumo. A FIESC monitora essa questão de perto, com atuação importante de sua Câmara de Assuntos de Energia, e tem atuado fortemente junto ao poder público para que não falte energia. No âmbito das empresas, cada área de operação deve fazer uma verificação na aplicação e utilização correta deste insumo, pois ele tende a ficar cada vez mais caro. Precisamos pensar cada vez mais no desenvolvimento sustentável de nossas empresas e para apoiá-las nesse sentido as entidades do Sistema FIESC, como SENAI e o IEL, possuem programas e consultorias que ajudam

as empresas a detectar oportunidades de redução de custos com energia e água, implantando a produção limpa. Estar atento a isso é, inclusive, uma questão de competitividade para as empresas. Revista Sindipi − Como o senhor avalia a carga tributária no Brasil, em comparação com os outros países? Alcantaro − Eu diria que o nosso problema não é o tamanho da carga tributária em si. Ela até não é tão alta se comparada com países de primeiro mundo como Suécia, Dinamarca, ou Finlândia. Mas a grande diferença é que lá existe um retorno do governo que garante ao cidadão segurança, educação e saúde de qualidade. São coisas que no Brasil ainda estão muito aquém daquilo que se espera. Por isso, quando avaliamos o que recebemos em troca dos impostos que pagamos, concluímos que a nossa carga tributária é, sim, muito elevada. Por isso queremos que a reforma tributária seja efetivamente feita e que ela preveja um teto para que não haja mais aumento de impostos no Brasil.

JOGO RÁPIDO Livro de cabeceira: “O Rio da Dúvida”, de Candice Millard, sobre a viagem de Theodore Roosevelt e Rondon pela Amazônia. Qualidades de um empreendedor: Transparência, acreditar no potencial dos seus colaboradores e delegar responsabilidades. A indústria no Brasil: é muito boa, mas poderia seria melhor se não tivéssemos tanta burocracia e intervenção por parte do governo. Incentivo do governo para a indústria catarinense: precisamos de infra-estrutura adequada − estradas, rodovias, portos, aeroportos − e tributação adequada. Juros no Brasil: são altíssimos e dificultam os investimentos das empresas. Frase ou mensagem: inovar diariamente, planejar sonhos que levem ao sucesso e persegui-los. Entrevista: Daniela Maia

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ESPECIAL

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Pescado nacional As indústrias de pescado do Brasil buscam uma regulamentação do procedimento da rotulagem do pescado congelado, sugerem mudanças em pontos de venda e lutam por espaço no mercado que sofre concorrência desleal.

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tajaí e região são destaques na captura e processamento de pescado, considerado nacionalmente o maior porto pesqueiro. Outro título de destaque no mercado é a produção de pescado congelado. O Estado representa 80% da produção nacional. A comercialização no mercado interno ocorre desde meados da década de 60. A cada ano, os empresários investem em mão-de-obra qualificada, equipamentos de última geração, lançam novos produtos procurando ir ao encontro com as inovações tecnológicas e sanitárias dentro das características geográficas nacionais (país continental com clima tropical). Se por um lado este panorama representa a modernidade da produção interna, por outro, há obstáculos que impedem a contínua melhora. O principal gargalo é a vinda de produtos importados, que concorrem de maneira desleal com os produtos nacionais, além da falta de uma regulamentação específica do pescado congelado. A inserção de pescado congelado importado em escala vultuosa, sem possibilidade do controle de qualidade, principalmente no tocante ao controle metrológico e do processo de glaciamento, gera produtos de baixa qualidade e com preço inferior, caracterizadores de concorrência desleal (em 12

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face da possibilidade de fracionamento ao varejo; já que é realizado a pesagem no momento em que o consumidor adquire, através de bandejas, os órgãos públicos, como o INMETRO, ficam impedidos de fiscalizarem). Outro obstáculo é que não há um regulamento que considere as peculiaridades do pescado congelado no sentido de sua apresentação ao consumidor através da rotulagem (há somente um regulamento de cunho exclusivamente técnico metrológico – Portaria Inmetro no 005, de 12.01.2006), cerceando a possibilidade de serem apresentadas melhores informações ao consumidor nas embalagens e nos rótulos dos produtos; a realização de campanhas de conscientização dos consumidores da importância do glaciamento no produto e do peso líquido drenado e campanhas de esclarecimentos ao consumidor das distinções dadas aos produtos nacionais em relação aos importados. Importante salientar que outros produtos de origem animal e ve-

getal industrializado e comercializado no país, já possuem legislação que possibilita a inserção de informações técnicas específicas na embalagem (rotulagem), gerando um preterimento em relação ao pescado congelado. Portanto, o intuito do Sindipi é poder difundir no mercado nacional e, principalmente ao consumidor, os termos técnicos inerentes ao pescado congelado, principalmente nas embalagens e rótulos dos produtos, como “peso líquido”, “peso líquido drenado”, “modo de descongelamento”, “conservação doméstica”, “o que é glaciamento”, dentre outros, sendo possível, salvo melhor entendimento, através de norma interna do próprio INMETRO. De acordo com o grupo de engenheiros da entidade, tal solicitação encontra respaldo na própria política e instrução do INMETRO, dentro do Programa de Análise de Produtos, em relação à rotulagem, conforme consta do site oficial do órgão. Segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comercio Exterior (figura1), há crescimento, na média de 20% ao ano, da importação do pescado congelado ao mercado nacional, atingindo, no ano de 2007, mais de duzentos mil de toneladas (200.989,96 toneladas).

Pescado importado IMPORTAÇÃO DE PESCADO

DESEQUILÍBRIO DO MERCADO

Podemos projetar estes dados seguindo a tendência de crescimento dos últimos anos para um valor em 2011 de aproximadamente 400.000 toneladas/ano (figura 2). Conforme o gráfico apresentado na figura 3, a venda de pescado congelado fracionado importado representa 87,70 % do mercado varejista. De acordo com os três gráficos, nítido está que quase 90% do mercado nacional é suprido pelo pescado congelado de origem importada. Além disso, o crescimento do volume dos produtos importados é permanente e se ampliará nos próximos anos. De acordo com as constatações, o pescado importado é vendido a preço inferior ao produto congelado nacional em face de burlar as obrigações sanitárias e de qualidade do produto ante uma lacuna na legislação de controle metrológico nacional.

TONELADA/ANO

250.000

200.000 150.000 100.000

50.000 0

2006

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Figura 1: Importações Brasileiras de Pescado TAXA MÉDIA DE CRESCIMENTO: 20 % ano

PROJEÇÃO IMPORTAÇÕES DE PESCADO TONELADA/ANO

500.000

400.000 300.000 200.000

100.000 0

2005

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2011

Figura 2: Projeção das importações brasileiras de pescado a uma taxa de crescimento de 20% ao ano

VENDAS DE PESCADO CONJELADO NO VAREJO 8,50%

3,80%

Importação à granel fracionado no varejo Nacional à granel fracionado no varejo Nacional embalado pela indústria

Figura 3: Vendas de pescado congelado nos principais supermercados do Brasil

87,70% Revista SINDIPI

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ESPECIAL

PROPOSTA DO SETOR PESQUEIRO

QUAL A EXPLICAÇÃO DISSO? Em alguns estabelecimentos varejistas é comercializado o produto importado, sendo glaciado no local, acondicionado em bandejas na presença do consumidor e rapidamente comercializado, sem que órgão de fiscalização INMETRO possa utilizar a metodologia atual de verificação de peso líquido. Por falta de informações nas embalagens a granel de peso líquido e peso líquido drenado, mostrando o percentual de glaciamento do fabricante, fica inviável para o INMETRO e consumidor comprovar efetivamente a origem e o peso drenado do produto. A título de exemplo, para proteger o consumidor dos riscos da comercialização do produto fracionado em bandejas, o Estado do Rio Grande do Sul, criou um Decreto Estadual nº 23.430, de 24 de outubro de 1974, Art. 455, § 2º, que proíbe a abertura das embalagens ou o seu fracionamento para a venda e Art. 465, Parágrafo IV – somente podem comercializar pescado quando previamente embalado e congelado em estabelecimento industrial de pescado licenciado e

Pesagem do produto no laboratório.

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com rotulagem indicativa de sua procedência, mantido permanentemente em dispositivo congelador destinado unicamente para alimento dessa natureza e tipo. Diante dessa situação, uma das alternativas da própria indústria nacional, com nítido interesse para o consumidor, é apresentar a diferença entre os produtos nacionais previamente embalados e os importados, sendo que a divulgação das informações nas embalagens e rótulos torna-se o meio mais rápido e seguro para tanto. Em função dos números levantados até aqui, constata-se uma concorrência desleal dos produtos importados em relação aos produtos nacionais, visto que a maior parte é comercializada em bandejas que não possuem as informações necessárias tais como:

peso líquido e peso líquido drenado; modo de descongelamento; conservação doméstica; O que é o glaciamento.

Se estas informações estivessem disponibilizadas nas embalagens os próprios consumidores estariam esclarecidos sobre o percentual de líquido de glaciamento dos produtos.

Causa e efeito dos prejuízos do setor de pescado congelado O setor pesqueiro nacional emprega aproximadamente 200 mil trabalhadores diretos (pescadores, manipuladores de indústria, motoristas, dentre outros), para suprir somente 10% do mercado nacional, enquanto o pescado importado abastece remanescentes 90%. Numa simples operação aritmética, havendo a perda de apenas 1% do mercado consumidor brasileiro da indústria nacional para o produto importado, significará a extinção de 20 mil pontos de trabalho, além do fechamento de dezenas de indústrias. Tal fato inserido à situação atual de que o crescimento do pescado importado está ocorrendo numa média anual de 20%, tem-se um quadro insustentável para o setor produtivo do pescado nacional. Além dos efeitos diretos e imediatos à indústria nacional do pescado, que é imediato, têm-se os prejuízos para a sociedade (perda de pontos de trabalho; perda de arrecadação tributária; desinformação ao consumidor; induzimento do consumidor ao equívoco, dentre outros). Assim, com o patamar atual da taxa do dólar norte-americano; com a importação crescente de pescado congelado de origem chinesa e do Mercosul; com a impossibilidade/falta de fiscalização do produto fracionado importado; com a impossibilidade do consumidor selecionar os produtos ofertados em face da falta de informações, contrariando o próprio Código de Defesa do Consumidor, haverá a quebra do setor produtivo nacional.

Sabe-se que há diversas ações políticas, econômicas e sociais que podem estancar e/ou reduzir tal desequilíbro (incentivo tributário; estímulo à indústria nacional; campanha oficial de divulgação do produto nacional, entre outros), porém, os representantes das indústrias nacionais entendem que dentre as diversas medidas, duas são possíveis e terão êxito mais rápido e com encargos reduzidos, como: A regulamentação do procedimento da rotulagem para o pescado congelado pré-embalado, agregando novas informações ao consumidor em face das peculiaridades do produto, a saber:

bem como sobre os riscos que apresentem). Outro ponto é instituir, através de norma administrativa do órgão correspondente, com abrangência nacional, com as restrições semelhantes à norma gaúcha constante do Decreto Estadual no 23.430 que proíbe o fracionamento de pescado congelado em pontos de venda, centros distribuidores, supermercados e semelhantes, no intuito de proteger o consumidor no aspecto qualitativo e quantitativo do produto exposto à venda, ou seja, somente poder comercializar pescado quando previa-

mente embalado e congelado em estabelecimento industrial de pescado licenciado e com rotulagem indicativa de sua procedência, mantido permanentemente em dispositivo congelador destinado unicamente para alimento dessa natureza e tipo. Outra iniciativa do Sindipi é investir em tecnologia e informações sobre a produção do pescado congelado de Santa Catarina. A proposta é a instalar um laboratório central para controle de glaciamento, atendendo a indústria local em um único espaço, com profissionais especializados.

peso líquido e peso líquido drenado; modo de descongelamento; conservação doméstica; O que é o glaciamento. De acordo com o Presidente do Sindipi, Dario Luiz Vitali, esta iniciativa garante maior competitividade em relação aos produtos importados, fortalece o mercado interno e agrega valor ao produto através do esclarecimento do consumidor, respeitando direito básico, nos termos do artigo 6º, inciso III, da Lei n. 8.078/1990 (a informação adequada e clara sobre os diferentes produtos e serviços, com especificação correta de quantidade, características, composição, qualidade e preço,

Parte do processo de beneficiamento do pescado.

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ENTIDADE

Eu sou da pesca mobiliza setor pesqueiro A pesca em Itajaí é palco da primeira ação motivacional do setor em SC. O movimento tem a proposta de resgatar a valorização das pessoas que trabalham neste segmento.

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movimento chamado “Eu sou da Pesca” tem a proposta de resgatar nos vários segmentos que são comprometidos com a atividade pesqueira, a auto-estima e valorização das pessoas que trabalham na pesca e para pesca, criando um sentimento de orgulho em Ser da Pesca. A primeira fase da campanha foi a distribuição de adesivos com a frase Eu sou da Pesca para veículos e frota de caminhões. Na segunda etapa trabalhadores das indústrias e pescadores receberão um pin de lapela com o símbolo do peixe. A proposta é demonstrar a grandeza da atividade, quantas pessoas fazem parte do setor e o orgulho de ser da pesca. A ação “Eu sou da Pesca” foi mo-

SAIBA MAIS SOBRE A PESCA: Em meados dos anos cinqüenta se inicia a pesca industrial em Itajaí. Um fator decisivo para o desenvolvimento da pesca na cidade foi o conhecimento trazido pelos açorianos na construção das embarcações e o surgimento de empresas que passaram a industrializar o pescado. Hoje Itajaí é considerado o maior pólo pesqueiro do Brasil. A pesca representa uma das expressões mais autênticas da cidade, e é responsável por um grupo de atividade estrategicamente comprometida com a segurança alimentar do país, que é o peixe, rico em nutrientes. O município também é destaque no complexo de captura, recepção e processamento de pescado. Assim como em toda atividade humana, a pesca nos seus vários aspectos possui características sui generis que só a ela cabe descrever, observar e sentir. Descrever como se pesca e captura atuns, corvinas, tainha, polvos, sardinhas, cações, camarões e outras espécies, por si só já é uma grande aventura no mundo do conhecimento. Observar os serviços e os produtos que envolvem e comprometem a atividade pesqueira é uma verdadeira viagem na história, desde a fabricação das embarcações, a utilização dos apetrechos, o conhecimento do mar, do

tivada por diversos fatores, entre eles, a não existência de um movimento único que representasse todo o setor pesqueiro e pessoas envolvidas diretas ou indiretamente com a pesca; o esquecimento nos últimos anos da pesca como uma das principais atividades econômicas de Itajaí; a atual crise do setor que devido principalmente as questões climáticas prejudicaram a pescaria em 2008 e a falta de estímulo de quem trabalha no setor. Esta é uma ação institucional e motivacional de pertencimento. Representantes de quatro Sindicatos (Sindipi- Sindicato das Indústrias da Pesca de Itajaí e Região; Sitrapesca- Sindicato dos Trabalhadores da Pesca de Itajaí e Região; Sitipi-Sindicato dos trabalhadores nas Indústrias de Pesca de Itajaí e Sinconavin- Sindicato da Construção Naval de Itajaí e Navegantes) são os idealizadores da ação. O Presidente do Sindipi, Dario Luiz Vitali, acredita que a ação faz um res-

gate da atividade pesqueira e mostra para quem trabalha no setor que cada um é responsável por fornecer alimento nutritivo e pelo desenvolvimento do município. Na avaliação do empresário da pesca e coordenador do movimento, Francisco Carlos Gervásio, acreditar e defender que a atividade pesqueira é importante para Itajaí, Santa Catarina, Brasil e o mundo, começa pelo dever de casa. “Assim, o termo “pensar globalmente e agir localmente” terá para nós outra derivação e muito mais importante que é “pensar localmente e agir localmente”. Nesta linha de raciocínio o Presidente do Sitrapesca, Jairo da Veiga acredita que o setor irá se fortalecer. “Só assim poderemos ganhar corpo e energia, ter orgulho e uma grande auto-estima para alçar vôos mais altos”, destaca. Para o Presidente do Sinconavin, Paulo Dutra, esta ação permitirá unir forças para entender e participar das mudanças do setor. “Se a pesca vai bem, a construção naval também vai

bem”, compara. O Presidente do Sitipi, Jotaci Leite, lembra que a pesca é a principal atividade econômica no município que gera emprego. O Secretário da Pesca, Antônio Carlos Momm, reforça que a mão-de-obra é o motor que move a pesca. “Pessoas motivadas, que acreditam na pesca, investem em qualificação e fazem carreira, contribuindo na qualidade do nosso peixe”, ressalta. O ato também tem o apoio da ACIN (Associação Comercial e Industrial de Navegantes) e CrediFoz (Cooperativa de Crédito da Foz do Rio Itajaí-Açu), Sepesca(Secretaria da Pesca de Itajaí) . Como participantes do movimento: os armadores de pesca, os pescadores profissionais, os comerciantes que atendem a necessidade do setor, os transportadores, os manipuladores de pescado, os trabalhadores de estaleiros navais, os pescadores artesanais e suas famílias, os industriais da pesca, ou seja, todos os envolvidos pela pesca e suas atividades.

Eu sou da pesca saber e conhecer de máquinas e motores, das técnicas de processamento e conservação, das formas de seleção do pescado, os transportes, mercado distribuidor e consumidor, o dia-a-dia de pescadores embarcados mostra uma atividade milenar exercida pelo homem contemporâneo como sendo algo a ser aprendido, estudado e acima de tudo, admirado. 16

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ENTIDADE

A Capitania dos Portos de Itajaí promoveu uma comemoração à Batalha Naval do Riachuelo. O presidente do Sindipi, Dario Luiz Vitali, marcou presença para prestigiar o evento. Em junho de 1865, a batalha marcou a vitória da marinha brasileira sobre a esquadra paraguaia durante a Guerra da Tríplice Aliança e teve como um de seus ícones o marinheiro Marcílio Dias. Com a batalha, o Brasil, Argentina, Uruguai e aliados da Tríplice Aliança passaram a controlar os rios da bacia platina até a fronteira com o Paraguai.

Da esquerda para a direita o delegado da Capitania dos Portos de Itajaí, capitão Edílson Vieira Salles, o coordenador do EPM-DelItajaí, capitão-de-corveta (RM1) Francisco Nicolau Izzo, Wilimar Keller, da empresa de Navegação Santa Catarina, Dario Luiz Vitali, presidente do Sindipi e o 1º Tenente Kascharowski, encarregado da Divisão de Segurança do Tráfego Aquaviário da DelItajaí.

Reunião com o coordenador geral de crédito do Profrota

Reunião com o Conepe Divulgação

Empresários e engenheiros das indústrias de pesca de Santa Catarina estiveram reunidos na primeira semana de junho na sede do Sindipi, com o presidente do Conselho Nacional da Pesca e Aqüicultura (Conepe), Fernando Ferreira. Na pauta da reunião foram abordados assuntos como: as tendências mundiais e importação de pescado, audiência com o Ministro da Pesca Altemir Gregolin.

Sindipi e Secretaria da Fazenda unidas no monitoramento de combustíveis A Secretaria de Estado da Fazenda, representada por seu diretor-geral, Nestor Raupp, recebeu a doação de notebook com software instalado que deverá fazer o monitoramento e controle de consumo de combustível das embarcações pesqueiras filiadas no Sindipi, Sindicato das Indústrias da Pesca de Itajaí e Região. O equipamento será destinado ao Grupo de Especialistas Setoriais de combustíveis e lubrificantes, na cidade de Joinville, onde deverá acompanhar o programa “controle do diesel marítimo com subvenção econômica”. O software, criado pela empresa Nuntec, destina-se a operacionalização e controle do sistema automatizado de gestão do programa, com monitoramento online. Para o presidente do Sindipi, Dario Vitali, este benefício está blindado para qualquer forma de manipulação ou adulteração das informações sobre o controle. Em síntese, quando um barco precisa abastecer com óleo diesel, o combustível só será liberado quando a embarcação for identificada pelo sistema, no momento do abastecimento. Caso contrário, o

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Proposta de defeso unificado

Superintendente Regional do Trabalho e Emprego de SC visita o Sindipi

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Na foto um grupo de armadores se preparando para o encontro da Câmara Setorial do Camarão Sete Barbas. Sob a coordenação de Nicácio Hermogenes Aparício, os armadores debateram as propostas de modificações para o Profrota.

Os armadores que integram o quadro associativo do Sindipi também participaram de uma reunião, em junho, com o presidente do Conepe Fernando Ferreira, na sede da entidade. Na ocasião, os armadores entregaram um documento pedindo o apoio do Conepe conforme as necessidades de cada câmara.

combustível não será liberado. Para o diretor-geral da Secretaria da Fazenda, Nestor Raupp, esta ação será mais uma grande colaboração do setor pesqueiro no controle do abastecimento. “Uma parceria que será muito valorizada no desenvolvimento das atividades do Grupo de Especialistas Setoriais em combustíveis e lubrificantes. Isto mostra o estreitamento das relações entre governo e entidades representativas, aliando confiança à segurança”, disse.

Coordenadores das Câmaras Setoriais do camarão rosa, sete barbas e peixes diversos estiveram reunidos na sede da entidade com Ivo da Silva, presidente da Federação dos Pescadores Artesanais de SC (Fepesc). Na reunião os coordenadores das câmaras fizeram uma proposta de defeso unificado para as espécies camarão rosa, sete barbas e peixes diversos. Segundo o presidente da Fepesc, o período solicitado para o defeso é de março, abril e maio. A proposta encaminhada para Brasília foi estudada com a categoria e compreende todas as modalidades de arrasto. Ivo da Silva destacou a importância da unificação para a categoria e também para a fiscalização, que encontra dificuldades em atuar por causa dos defesos diferenciados.

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O Sindipi em parceria com o Conselho Nacional de Pesca e Aqüicultura – CONEPE, realizou no dia 25/06, na sede do Sindicato, uma reunião sobre novas sugestões e propostas de alteração para o Profrota. Marcelo Burguez Pires, coordenador geral de crédito, veio de Brasília para falar aos associados do Sindicato sobre o programa. Neste dia, os filiados ao Sindipi debateram sobre os custos da modernização por frota, quais embarcações pretendiam modernizar, entre outras melhorias para o programa.

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Marcello Sokal

Batalha Naval

Em junho, Luiz Miguel Vaz Viegas, superintendente regional do trabalho e emprego do Estado de Santa Catarina e comitiva, foram recebidos por Dario Vitali, presidente do Sindipi, para conhecer a nova sede do sindicato. Revista RevistaSINDIPI SINDIPI 19 19


ENTIDADE

Os colaboradores do Sindipi fizeram uma homenagem ao presidente da entidade, Dario Luiz Vitali, na passagem do seu aniversário no dia 22 de julho, na sede do Sindipi. Familiares e associados também prestigiaram o aniversariante. Parabéns!

O deputado federal Valdir Collato (PMDB-SC) esteve reunido na sede do Sindipi, com a direção da entidade. Na conversa foram colocadas as propostas de ação para as indústrias de pesca e para os armadores, além das principais políticas de desenvolvimento do setor pesqueiro.

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O Presidente do Sindipi, Dario Luiz Vitali, a gerente de contas, Isolete Schmit Oliveira, o gerente geral da agência, Marcelo Lima de Bem, consultor da Credipesca, Claudionor Gonçalves e o coordenador da Câmara Setorial do camarão rosa, Joaquim Felipe Anacleto.

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A Câmara Setorial do cerco do Sindipi realizou um encontro com os armadores no último dia 18 de julho para debater sobre a IN nº171, de 9 de maio de 2008 que define normas para captura da tainha. A captura de corvina e os permissionamentos da frota de cerco também foram discutidos no encontro. Também participaram da reunião o diretor do Cepsul, Luiz Fernando Rodrigues e a oceanógrafa Daniela Occhialini, que falou da importância do apoio dos armadores no Projeto Isca-viva.

Crédito Promocional Pesca

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Reunião mensal do Sindipi Para manter o sindicato democrático e organizado, o Sindipi realiza mensalmente uma reunião para discutir diversos temas de interesse dos seus associados e de todo setor pesqueiro.

Festa da Tainha

INFORME CREDIFOZ especial com taxa de 5,2% a.m.Seguros *automóvel, *residência. *vida,*empresarial. Além de todos esses benefícios, você ainda participa da distribuição das sobras que é proporcional a sua movimentação financeira.Ou seja, quanto mais você trabalha com a cooperativa, maior seu retorno.Seja sócio dessa idéia e desfrute de todos esses benefícios. Credifoz. O cooperativismo ao seu alcance. Fone: (47)-3349-9085

Para confraternização e divulgação de um dos peixes mais tradicionais de SC, no dia 21 de junho a Secretaria da Pesca de Itajaí organizou a tradicional Festa da Tainha, sua 4ª edição. O Sindipi apoiou o evento e esteve presente entre as 32 barracas que apresentaram ao público os mais diversos pratos a base de tainha. De acordo com a Secretaria da pesca, foram consumidas cerca de nove toneladas. Comparado ao ano passado, o número de barracas e o consumo de peixe cresceram significativamente. Divulgação

Finalidade: Crédito destinado para custeio da pesca. Taxa: 2,05 % ao mês Prazo de Pagamento: 12 (doze vezes) prestações mensais fixas sem carência. Considerações: Crédito direto ao fornecedor, proporcionando ao armador melhor negociação de seus custos e maior prazo para pagamento. Para utilizar o armador deve procurar a Credifoz e se cooperar podendo assim usufruir de todas as vantagens oferecidas pela cooperativa: Linhas de crédito com condições e prazos especiais, acesso as melhores modalidades de aplicação, na Credifoz suas aplicações podem render até 102% do CDI.Conta Corrente sem manutenção e com tarifas reduzidas. Cheque

Em junho aconteceu a Assembléia Geral Ordinária do Sindipi. Na reunião foi apresentada e aprovada pelos associados a prestação de contas de 2007. Logo após, o presidente do Sindipi, Dario Luiz Vitali, colocou os assuntos como CCT 2008 Sitrapesca e a subvenção do óleo diesel marítimo na pauta da assembléia.

No dia 2 de julho comemoramos na sede do Sindicato o aniversário de Giovani Genázio Monteiro, vice-presidente do Sindipi.

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Pesca de cerco

Assembléia geral ordinária

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Deputado Valdir Collato no Sindipi

Marcello Sokal

Em reunião realizada no Sindipi, o banco Bradesco demonstrou interesse em atender os associados do Sindicato, através da aplicação do Crédito Rural nos financiamentos de custeio da atividade pesqueira.

Aniversários

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Crédito pesqueiro

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PESQUISA

Comércio e industrialização do pescado cultivado O Projeto desenvolvido por pesquisadores tem como proposta assegurar a sustentabilidade da atividade de cultivo de pescado de água doce e buscar ações para serem criados novos produtos que agreguem valor.

A

evolução da piscicultura brasileira é um fato e a possibilidade de crescimento é constatada pelo grande número de novos núcleos que vêm surgindo em todo o país. Criar o peixe não é mais problema, embora existam alguns gargalos de ordem genética, de manejo e alimentação, mas que pela alta competência dos pesquisadores e o bom investimento governamental em pesquisas devem ser sanados em curto prazo. Recentes alterações no mercado e a concorrência de outros países que também

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produzem a tilápia estão direcionando a produção para o mercado interno. Neste sentido, o Projeto Sustentabilidade do Sistema de Comercialização e Industrialização do Pescado Cultivado surgiu a partir de discussões ocorridas em diversos encontros de pesquisa e em contatos com fazendas de cultivo de água doce. O que se pode constatar é que serão necessárias ações para ajustar as etapas de produção com foco na qualidade do produto a ser obtido, tanto para o mercado interno como o externo. O objetivo é assegurar a sustentabilidade da

atividade de cultivo de pescado de água doce, visando a qualidade do produto comercial e buscando novas ações a serem sugeridas para elaboração de novos produtos que agreguem valor. Ações nas etapas de monitoramento da qualidade da água, da despesca, abate, tipos de corte, destino definido de aproveitamento de resíduos, manejo refrigerado, embalagens, rotulagem, conservação sob refrigeração e/ou congelamento já podem ser trabalhadas de imediato junto aos produtores, através do repasse da tecnologia gerada na universidade. As novas ações são as referentes ao consumidor, neste caso é necessário saber quais as formas de apresentação do produto, o grau de conveniência, os regionalismos e as várias novas possibilidades visando a gastronomia, como forma de aumentar o consumo brasileiro da tilápia e de peixes nativos. A produção qualificada permitirá a diversificação da produtos no mercado interno atendendo a vários nichos. Se as atividades da produção primária continuarem como estão, sem qualquer ação, e nada for feito para

o escoamento desta produção com qualidade, os gargalos já existentes levarão a um estrangulamento da atividade, por competição com preços de outras carnes ou de pescado importado. A qualidade e aproveitamento integral do pescado para obtenção de produtos e subprodutos estão sendo estudadas para as espécies tilápia, camarão, pintado e tambaqui como um dos projetos componentes do AquaBrasil, da Embrapa, onde a Esalq-USP atua como entidade parceira-colaboradora. É possível também atender a outras espécies, mediante necessidade e/ou solicitação dos piscicultores. Serão realizados pacotes tecnológicos, mediante avaliações feitas aos locais de produção: análise sensorial para detecção de off flavour do pescado, recomendações para depuração e acompanhamento no local da produção. Dentre as etapas do Projeto: instruções e normas para instalação de unidade de degustação treinada; análise de presença de algas e outros componentes; técnicas de imobilização pós-despesca, uso e higienização do gelo, abate;

procedimentos para comercialização do pescado na forma refrigerada em gelo; procedimentos para beneficiamento do pescado na forma de refrigerado em diferentes cortes, postas, filés, inteiros, eviscerados e sem cabeça; uso do resíduo para elaboração de silagem. Treinamento, cursos, handbooks, estabelecimento de equipamentos e custos, layout, rotulagem nutricional; procedimentos para beneficiamento do pescado na forma de congelado em diferentes cortes, postas, filés, inteiros eviscerados e sem cabeça; uso do resíduo para elaboração de silagem; treinamento, cursos, handbooks, procedimentos para elaboração de produtos do pescado a partir do minced – minced lavadosurimi, kamaboko, nuggets, empanados. Uso do resíduo para elaboração de silagem; procedimentos para elaboração de produtos do pescado a partir de subproduto, do minced lavado como carne reconstituída para fast food e sanduíches. Faz parte do pacote tecnológico, o desenvolvimento de pratos gastronômicos para a tilápia e o pintado a serem comercializados como produto congelado.

PROJETO

Título Sustentabilidade do sistema de comercialização e industrialização do pescado cultivado – intervenções emergentes para remediação e ações conseqüentes para agregar valor, com foco na tilápia (com possibilidade de expansão a espécies nativas) Projeto em andamento - CNPq: Edital Universal-2007-2009 na Universidade de São Paulo. Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz. Departamento de Agroindústria, Alimentos e Nutrição. Piracicaba, SP. Equipe Dra. Marília Oetterer (Coordenadora), Dra Carmen Castillo Contreras e Dr. Ernani Porto, do Departamento de Agroindústria, Alimentos e Nutrição da ESALQ-USP. Dr. José Eurico Possebon Cyrino, do Departamento de Zootecnia da ESALQ-USP. Dra. Maria do Carmo Bittencourt- Oliveira, do Departamento de Ciências Biológicas da ESALQ-USP. Doutorandas: Juliana Antunes Galvão, Lia Ferraz de Arruda Mestranda: Luciana Kimie da Silva.

SAIBA MAIS O grupo Tesco, um dos maiores distribuidores de pescado da Inglaterra estabeleceu que a partir de 2012 não comprará mais um quilograma de pescado sem o selo de sustentabilidade MSC (http://www. msc.org). O mesmo procedimento seguem as maiores processadoras de pescado, não comprando mais pescado sobre-explorado. O selo pode ser implantado sobre uma específica ou área específicas. Assim, em breve, a sustentabilidade da pesca deixará de ser uma questão de diferenciação, tornando-se uma questão de sobrevivência no mercado. O peso dado ao impacto ambiental na fabricação de produtos alimentícios pode ser medido pela determinação feita por algumas grandes empresas mundiais produtoras de alimentos e bebidas, no sentido de medir o carbono emitido na fabricação dos seus produtos, desde o estágio de matérias-primas e ingredientes utilizados, embalagem e descarte-reciclagem, e apresentar os dados no rótulo. A inovação tecnológica foi discutida pelo Departamento de Competitividade e Tecnologia da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo ( FIESP) e, conforme os dados levantados a falta de estrutura interna para pesquisa e desenvolvimento foi apontada como obstáculo à inovação. Dentre os produtos inovadores apresentados pelas grandes empresas processadoras de pescado, na SEAFOOD EXPO 2007, estão os da empresa Camamor que apresentou o camarão porcionado, tipo IQF e com a garantia de origem; a Potiporã com embalagem de 300g, com zíper; a Qualimar com as embalagens ATM e Skim Pack; a Netuno lançando camarão empanado e novas formas de embalagem e o estilo de vendas em novos centros de distribuição e a Cooperativa Unipesca focadas nos eixos estruturantes de responsabilidade ambiental, social e econômico lançando embalagem própria para microondas para o mercado interno. Revista SINDIPI

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PESQUISA

Processos Oxidativos Avançados Um projeto inédito no Brasil: aplicação de ozônio na aquacultura, processamento do pescado e no tratamento de água de lastro.

O

s Processos Oxidativos Avançados referem-se a um conjunto de procedimentos de tratamentos químicos projetados para remover materiais orgânicos e inorgânicos em águas residuais pela oxidação. Os contaminantes são oxidados através de diferentes reagentes: o ozônio (O3), a água oxigenada (peróxido de hidrogênio - H2O2), o oxigênio (O2), dióxido de titânio (TiO2)

em diferentes dosagens, seqüências, e combinações. Também podem ser utilizados em combinação com a luz UV, garantindo maior eficácia no processo. Nesse contexto, conhecendo a problemática do setor pesqueiro, no que se refere a uma padronização e garantia de higienização de equipamentos, superfícies de contato com o pescado, e propriamente o pescado, além de aprimorar seu conheci-

mento, o Dr. Alex Augusto Gonçalves (Coordenador do GI-Pescado) resolveu escrever um projeto, inédito no Brasil. Este foi submetido pelo governo brasileiro (total de 43 projetos) ao governo canadense, e apenas dois projetos foram aprovados, sendo que dentre eles, estava o projeto intitulado “Ozone Applications in Aquaculture, Seafood Processing and Ballast Water Treatment” (Aplicação de ozônio na aquacultura, processamento do pes-

cado e no tratamento de água de lastro), de sua autoria. Atualmente, o Dr. Alex Augusto Gonçalves encontra-se fazendo seu pós-doutorado na Dalhousie University (Halifax, Nova Scotia, Canadá) onde desenvolve um projeto multidisciplinar com os seguintes departamentos: Center of Water Resources Studies (Department of Civil Engineering), Canadian Institute of Fisheries Technology (Department of Food Science and Technology) e Department of Oceanography. O projeto envolve a aplicação de substâncias oxidantes (ozônio, UV, H2O2, TiO2, sozinho ou em combinações O3/UV, O3/TIO2, UV/TiO2) na aquacultura (sistemas de recirculação de água em tanques de cultivo, na larvicultura, no transporte

do peixe vivo, e na depuração de peixes e moluscos), no processamento do pescado e no tratamento de água de lastro de navios (um grande problema no Canadá e no mundo inteiro, incluindo o Brasil, conforme matéria publicada por ele na edição n° 25). Resultados preliminares serão apresentados na Reunião Regional da Rede Pan-Americana de Inspeção, Controle de Qualidade, e Tecnologia de Produtos Pesqueiros (FAO/INFOPESCA), em Guayaquil, Equador, nos dias 13 a 17 de outubro de 2008. Com certeza ele tem um grande interesse em aplicar essa tecnologia no Brasil, pois as três linhas de pesquisa estão em expansão e necessitam de inovação, mas também tem o interesse em permanecer no Canadá, caso seja de interesse ao governo canadense.

Alex Augusto Gonçalves Oceanólogo, Mestre em Eng. Alimentos, Doutor em Engenharia de Produção Faculty of Engineering, Dalhousie University - Canada alaugo@gmail.com

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EMALHE

Tartarugas, aves, tubarões e mamíferos

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pesca

Iniciou um grande debate por espaço nos mares. De um lado, o setor pesqueiro quer colaborar com ações sustentáveis, mas viáveis à pesca e do outro lado representantes de Centros de Pesquisa e de Projetos de Conservação.

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os dias 10 e 11 de julho deste ano aconteceu a II reunião técnica do Grupo Técnico de Trabalho da pesca de Emalhe – GTT Emalhe na Universidade Federal Rural da Amazônia, em Belém. Na pauta, diversas palestras: apresentação de recomendações para a conservação das tartarugas marinhas; aves marinhas; elasmobrânquios; mamíferos aquáticos; da sustentabilidade da atividade pesqueira; a minimização das capturas incidentais e recomendações para a gestão da atividade pesqueira.

Representando o Sindipi participaram do encontro, o vice-presidente, Giovani G. Monteiro, os armadores Manoel Francisco Cordeiro Neto, José Fonseca, José Carlos da Silva, Manoel Silvestre Marques, Celino J. dos Santos Filho e representando o Conepe (Conselho Nacional de Aqüicultura e Pesca), o oceanógrafo, Fernando Augusto Galheigo. Ressalta-se que, as propostas consolidadas pelo Grupo de Tartarugas, Aves, Tubarões e Mamíferos não atendem as necessidades do setor, sugerindo grande redução no comprimento das redes e criação de inú-

meras áreas de exclusão da pesca de emalhe em todo o litoral brasileiro. O Conepe através da assessoria do oceanógrafo Fernando Galheigo está levantando diversas informações sobre a Frota Permissionada e a Frota em Operação na modalidade de emalhe nas diferentes regiões do Brasil. A proposta é subsidiar as contra-argumentações do setor para a adequação das medidas de conservação, além de mostrar as necessidades operacionais das embarcações, as características geográficas locais, a segurança das operações embarcadas e a eficiência econômica das pescarias. Divulgação

O setor ainda vai discutir nos próximos encontros a revisão da Portaria 121-98 e a reformulação da IN Ibama nº 166/2007, em conformidade com a realidade das embarcações e com a capacidade de assimilação das medidas propostas sem inviabilizar seu retorno econômico. Outro benefício da participação do setor nestes Grupos Técnicos é de demonstrar para os órgãos de Governo e Entidades de Conservação da Biodiversidade, o comprometimento real do setor com a sua sustentabilidade, através do esclarecimento de suas atividades, demonstrando as reais dificuldades e principalmente, esclarecendo tecnicamente o modo de operação, dimensões, área de operação e o meio ambiente de operação das redes de emalhe. No final serão encaminhadas adaptações às propostas apresentadas pelos técnicos das entidades de conservação da fauna impactada pela atividade das redes de emalhe. Na avaliação do vice-presidente do Sindipi, Giovani G. Monteiro, a presença do Coordenador de Autorização e Uso e Gestão de Fauna e Conservação dos Recursos Pesqueiros do IBAMA/Brasília, José Dias Neto, nas reuniões de Itajaí (SC) e Belém(PA) foi essencial para os debates. “Além de promover uma reunião técnica de ordenamento de pesca de emalhe no litoral brasileiro, foi aberto um diálogo entre o setor produti-

vo e o Governo. Segundo Giovani, nos encontros, o coordenador José Dias assumiu compromissos com o setor produtivo, dizendo que a proposta para o emalhe representa a primeira fase do processo de discussões e que haverá espaço para outras argumentações, antes que alguma medida definitiva seja adotada. Ele ainda falou que nenhuma das propostas apresentadas estavam fechadas e que seriam disponibilizadas para discussão dentro dos grupos de interesse, para apresentação de contribuições e só então, as normas seriam definidas. Agende-se: de acordo com a programação, ficou definido que a reunião para estruturação dos três cenários básicos para avaliação das propostas, ocorrerá em Brasília entre os dias 5 e 6 /08 e que a disponibilização do relatório com as diretrizes deverá estar pronto até o dia 12/08. Nos dias 19 e 20 de agosto serão realizadas as reuniões regionais. Na coordenação da região Sudeste-Sul, Ana Maria Rodrigues do CEPSUL-ICMbio. Após estes encontros regionais, os três coordenadores terão uma reunião com Clemesson e um representante da SEAP nos dias 26 e 27/08. Os relatórios regionais serão disponibilizados até 03/09. A 3ª reunião do GTT ficou agendada para os dias 10, 11 e 12/09, em local ainda não escolhido.

FIQUE POR DENTRO DO QUE SERÁ DEBATIDO NOS PRÓXIMOS DIAS: Seguem abaixo algumas recomendações e propostas consolidadas do setor pesqueiro e do subgrupo “mamíferos aquáticos, tartarugas-marinhas e elasmobrânquios” de ações mitigadoras para a redução da captura incidental em redes de emalhar, considerando as modalidades de Pesca de Emalhe Industrial. Lembrando que a Constituição da República Federativa do Brasil – 1988, garante no § 1º do Art. 187, a participação efetiva do setor de produção pesqueira no planejamento e políticas públicas desta atividade primária.

Os armadores Manoel Silvestre Marques, José Carlos da Silva, Giovani G. Monteiro, Manoel Francisco Cordeiro Neto, o oceanógrafo Fernando Augusto Galheigo e os armadores José Fonseca e Celino J. dos Santos.

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II Reunião Técnica do Grupo Técnico de Trabalho da Pesca de Emalhe – GTT em Belém

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EMALHE

TÓPICOS DIVERGENTES:

TÓPICOS EM COMUM:

Proibição da Pescaria de Emalhe de Superfície Oceânico em 3 anos, ou seja, os barcos que operam hoje teriam que mudar de modalidade de pesca.

Opinião do setor

Limitar, nas águas sob jurisdição nacional, a utilização e ou o transporte de redes de emalhar de superfície cujo comprimento total não seja superior a 2.500 metros, e altura máxima não ultrapasse 20 metros;

Não há uma constatação em números que justifica a parada desta modalidade e nem tão pouco uma alternativa para os armadores que hoje operam na frota de emalhe de superfície, causando assim, um transtorno econômico e social (geração de empregos). As alternativas neste caso supõem-se que são poucas, uma é fazer a mudança para outra modalidade de pesca ou isenção de impostos para dar sustentação a esta mudança ou o pagamento de uma indenização como ocorreu com a pesca da lagosta.

Somente será permitido o transporte a bordo ou o desembarque de barbatanas em proporção equivalente ao peso das carcaças retidas ou desembarcadas. Ao final da cada viagem de pesca, todas as barbatanas retidas a bordo deverão ser desembarcadas, não sendo permitida a manutenção a bordo de barbatanas oriundas de uma viagem anterior. Os barcos operantes no emalhe de superfície deverão trazer as nadadeiras ou barbatanas dos cações aderidas ao corpo.

Redução progressiva do petrecho de pesca.

Proibir na mesma viagem, o uso e o transporte simultâneo de redes de emalhar, de superfície e fundo. Também fica obrigatório o recolhimento diário e ao final de cada viagem todos os petrechos de pesca deverão ser trazidos a bordo.

Opinião do setor Esta ação inviabiliza a pesca de emalhe em todo Brasil. A sugestão do setor é apresentar uma alternativa de tamanho coerente com a realidade para a sustentabilidade da pesca. A medida sugerida baseia-se no Relatório Técnico de Emalhe Brasileiro (IBAMA/CEPSUL 2006), onde nas páginas 13 e 14, segundo Sandro Klippel (IBAMA/RS) os barcos de emalhe chegaram a usar 30.000 metros de rede e conforme citado nas páginas 15 e 16, Fernando Niemeyer Fiedler (Tamar/IBAMA) e Jorge Eduardo Kotas (Cepsul/IBAMA) relatam que os barcos usam 25.928 metros de rede. De acordo com o coordenador da Câmara de Emalhe do Sindipi, a única solução é a redução hoje de mais de 20% do petrecho de pesca estabelecendo um limite máximo de 20.000 metros de comprimento a partir do ano de 2009. Vale ressaltar a Portaria conjunta nº 23 - Ibama-Seap, os barcos podem usar até mil redes, o que representa cerca de 50.000 metros de comprimento. Além da proposta do setor, hoje a pesca está investindo em pesquisas, como por exemplo, o acordo de cooperação Sindipi e Univali. No mês de julho deste ano, saíram dois barcos de emalhe de fundo com observadores técnicos para a constatação da captura ou não de tartarugas e cetáceos, além de comprovar a importância do tamanho da rede de emalhe para a sustentabilidade da pesca. Ainda há outra parceria entre Sindipi e Cepsul (ICMBio), onde um observador técnico efetuou um embarque em outra embarcação.

PETRECHOS E DEFESO - PROPOSTA DO SETOR CARACTERIZAÇÃO DA FROTA Artesanal: Boca aberta, com a possibilidade de guincho. Industrial: Cabinada e com porão, independente do tamanho. Emalhe de Superfície: Malhão e Costeiro (anchova e tainha) Necessidade urgente de um recadastramento da frota: Levantamento das embarcações; Não permissionar novas embarcações; Novo Modelo de Permissionamento, estabelecendo nomenclatura padronizada das permissões e efetivo controle do esforço de pesca

PETRECHO DE PESCA

Revisão da IN nº121, separando emalhe de superfície e fundo. Revisão da IN nº 166/07. Boca Aberta – limitação de 2.500m. Regulamentação regionalizada, adotando conceitos 28 Revista SINDIPI

locais históricos e culturais (ref: Reunião técnica emalhe 2006) Altura da rede: máximo de 4 metros (esticada) para emalhe de fundo. Superfície 20 metros no máximo Necessidade de avaliar a eficiência, os benefícios reais das medidas, e as alterações no estoque do recurso e no retorno econômico para o setor, com a adoção das medidas propostas, a médio e longo prazo.

As embarcações permissionadas para a pesca de emalhar não poderão levar panos reservas durante as viagens de pesca, e os panos danificados sem possibilidade de conserto deverão ser trazidos para terra sendo proibido seu descarte no mar. Fica definido um período de defeso anual de 90 (noventa) dias para toda a frota de emalhar de superfície (artesanal e industrial) das regiões Sudeste/Sul, compreendido entre os meses de outubro a dezembro, afim de garantir renovações dos principais estoques explotados pela atividade. Lembrando que este tópico é uma reivindicação há dois anos do setor pesqueiro que encaminhou ofícios através do Sindipi solicitando este defeso e que agora também é de comum acordo entre os armadores que representam a intersindical sul-sudeste. Fica definido um período de defeso anual de 60 (sessenta) dias para toda a frota de emalhar de fundo (artesanal e industrial) das regiões Sudeste/Sul, compreendido entre os meses de fevereiro a março, afim de garantir renovações dos principais estoques explotados pela atividade. Um defeso que também foi solicitado anteriormente pelo setor pesqueiro. Todas as embarcações permissionadas para a pesca de emalhar (artesanal e industrial) maiores de 12 metros são obrigadas a usar o Preps (Política Nacional de rastreamento de Embarcações Pesqueiras). Proibição de novas permissões para a modalidade de Rede de Emalhar de superfície e fundo.

ÁREAS E ÉPOCAS DE DEFESO

Proposta do Distanciamento de 2 milhas náuticas da linha de base. Sudeste Sul Defeso do Emalhe de superfície – outubro a dezembro Época de Defeso Fundo – fevereiro e março

MEDIDA MITIGADORA

Não perfiamento dos panos; Trabalhando com redes em parcelas de 2.500 metros, com intervalo de 15 metros entre parcelas e cada 5000 metros, intervalo maior de 50 metros.

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empresa que faz

Nova embarcação revoluciona

travessias marítimas no Brasil

O

s usuários de transportes aquaviários no Brasil, em especial das travessias litorâneas, ganharam mais um motivo para exigir qualidade dos prestadores de serviços. O fast ferry “Ivete Sangalo” será empregado na travessia Salvador – Itaparica, operada pela própria TWB S.A Construção Naval, Serviços e Transportes Marítimos, a partir de julho e mudará o padrão de serviço

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oferecido até então no Brasil, acrescentando ainda a alta tecnologia e a preocupação com o meio ambiente. Com projeto australiano, assinado pela SeaTransport Solutions e pelo projetista Stuart Ballantyne, um dos mais respeitados do mundo, o novo ferry boat é considerado um divisor de águas. Mostrará ao Brasil, como um todo, que é possível ter serviços de alta qualidade em travessias marítimas. Nesse contexto, segundo o dire-

tor presidente do Grupo TWB, Reinaldo Pinto dos Santos, ele não poderia ter sido pensado para outro local que não fosse a Bahia. Lá, há pouco mais de dois anos, o sistema de travessias enfrentou sua pior crise. “O Ivete Sangalo coroa todo o esforço da TWB, do Governo da Bahia e da Agência Reguladora de Transportes e Comunicações do Estado (Agerba) para a recuperação da travessia. O sistema já melhorou muito e vai melhorar ainda

Estaleiro TWB S.A, referência em projetos customizados e na aplicação do alumínio naval.

Divulgação

A TWB iniciou em Navegantes, SC, os testes de mar e o treinamento da tripulação do primeiro ferry boat construindo 100% em alumínio naval e com tecnologia dual fuel (gás natural e óleo diesel) do país.

Catamarã Ivete Sangalo

mais com a chegada da nova embarcação”, garantiu. O empresário já vem trabalhando na construção de uma segunda embarcação, do mesmo modelo, revolucionando completamente o transporte de passageiros e veículos nas travessias brasileiras. O investimento no Fast Ferry baiano é de mais de R$ 60 milhões e conta com o apoio do Fundo da Marinha Mercante e do Banco do Nordeste. O ferry Ivete Sangalo tem capacidade para transportar até 600 pessoas e 77 automóveis por viagem. A tecnologia dual fuel da embarcação foi desenvolvida em parceria entre a TWB, a Companhia de Gás da Bahia (Bahiagás) e a Petrobrás, com investimento de R$ 2 milhões. O novo sistema é resultante de uma ampla pesquisa sobre a substituição do óleo diesel pelo gás natural, do diretor do Instituto de Energia da Pontifícia Universidade Católica (PUC) do Rio de Janeiro e pós-doutorado pela Universidade de Purdue, Indiana (EUA), Sergio Leal Braga. Trata-se de uma inovação em termos de utilização para embarcações no Brasil, abrindo perspectivas animadoras, tanto em termos de mudanças em nossa matriz energética quanto no aspecto de redução de emissões. Espera-se uma

substituição da ordem de 70% do óleo diesel pelo gás natural. Quando contar com as duas novas embarcações a TWB espera deixar de consumir, por ano, cerca de 4 mil toneladas de óleo diesel. “A mudança representa economia e respeito ao meio ambiente e ao cidadão baiano”, continua Reinaldo.

Conjunto mais eficiente

O alumínio naval é outro diferencial da embarcação. O ferry-boat pesa cerca de 300 toneladas, enquanto uma embarcação do mesmo porte, construída em aço, passaria das 900 toneladas. O diretor técnico do Grupo TWB, Paul Kempers, avalia que a alta performance da nova embarcação vem do conjunto de tecnologias aplicadas na sua construção. Da associação do alumínio com os novos motores e o modelo da embarcação – um catamarã, que necessita ainda de muito pouco calado para operar (1,7 metros de profundidade). O Ivete Sangalo ainda conta com elevador para facilitar a acomodação dos automóveis e área vip para atender a quem deseja viajar com ainda mais conforto. Na Bahia, o ferry fará a travessia em cerca de 30 minutos,

enquanto as atuais embarcações em operação levam mais de uma hora para realizar o trajeto. Ele vai atracar em estruturas especialmente construídas pela TWB e que permitem o desembarque simultâneo de até quatro veículos por vez, o que deve reduzir as filas que se foram nos arredores dos terminais em dias de grande movimento.

A empresa

A TWB S.A surgiu em 1997 a partir da fusão das empresas Transbunker e Premolnavi S.A. A empresa mantém em Navegantes o Estaleiro TWB S.A, considerado referência em projetos customizados e especialista na aplicação do alumínio naval em embarcações. Tem sede em Guarujá-SP, onde mantém unidade de locação de embarcações e serviços aquáviários. Opera ainda a travessia Salvador-Itaparica, desde 2006, com concessão de 25 anos renováveis por mais 25 anos. No estado de São Paulo também administra o Terminal Pesqueiro Público de Cananéia e mantém a TWB S.A Fazenda Marinha, que domina a tecnologia de produção e cultivo do Bijupirá. Revista SINDIPI

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CRÉDITO PESQUEIRO

As novas regras para o Plano Agrícola e Pecuário A partir do dia 1º de julho iniciou a nova safra e todo o sistema de crédito rural sofreu adaptações para melhorar as normas de financiamento do agronegócio, onde a pesca está inserida.

O

Plano Agrícola desta safra contempla além das medidas de expansão do volume de recurso do crédito rural, o fortalecimento dos médios produtores no Programa de Geração de Emprego e Renda (Proger Rural). Neste programa se enquadram os proprietários de pequenas embarcações (Baleeiras) cuja receita bruta anual não ultrapassa R$ 250.000,00. O limite de financiamento por beneficiário passou de R$ 100.000,00 para R$ 150.000,00 e o juro permaneceu em 6,25% ao ano. A idéia é assegurar níveis adequados de apoio ao setor que permitam seu crescimento sustentável. Na linha de crédito de Custeio da Pesca, não houve alteração, isto é, continua valendo as normas publicadas em março/08 pelo Banco Central, que limita o financiamento em R$

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300.000,00 por beneficiário, com juros de 6,75% ao ano e prazo de reembolso em parcela única no final de 1 ano, enquanto que o Bradesco cobra em 4 parcelas trimestrais. Para atender as demandas do setor pesqueiro no que diz respeito à modernização da frota existente (equipagem, reforma, adaptação, petrechos de pesca, etc) a grande notícia é a publicação da Resolução 3.538 de 4/7/2008 do Banco Central que inclui a pesca na linha de crédito “Moderagro” (Programa de Modernização da Agricultura e Conservação de Recursos Naturais) do BNDES que tem o limite por beneficiário de R$250.000,00, juros de 6,75% ao ano e prazo de até 8 anos. A inclusão da pesca no Moderagro possibilitará ao setor pesqueiro o acesso um novo tipo de financiamento para investimento a longo, uma grande conquista do se-

tor.Esta mesma demanda de investimento do setor pesqueiro deverá ser atendida também pelo Profrota para a segunda etapa do programa, que está sendo avaliado e remodelado para os próximos 3 anos.

Claudionor Gonçalves Credipesca (47) 3247-6700 / (47) 8832-9903

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Daniela Maia

Daniela Maia

EDUCAÇÃO

Redescobrindo a pesca Uma proposta educacional que aproxima a pesca das crianças de forma interdisciplinar, trabalha o potencial criativo, resgata a tradição pesqueira e incentiva o consumo de peixe no maior pólo pesqueiro.

O

Projeto “Aprendendo com a Pesca”, da Secretaria Municipal da Pesca de Itajaí em parceria com a Secretaria de Educação e apoio do Sindipi, profissionais da pesca, Cepsul-ICMbio e outras entidades, torna-se um dos referenciais da ação educacional no Brasil. De acordo com o Secretário da Pesca Antônio Carlos Momm, a proposta é oportunizar as crianças e jovens do ensino fundamental das escolas públicas de Itajaí a desenvolver atividades pedagógicas com o tema pesca, oferecendo suporte de materiais, apresentação de palestras, entrevistas com pescadores, empresários e outros profissionais, promover aulas-passeio em indústrias pesqueiras, entrepostos de pescado, estaleiros e órgãos de pesquisa, além de estimular a realização

de trabalhos didáticos, o incentivo à leitura e premiações através de gincanas culturais. A Escola escolhida para o desenvolvimento do Projeto Piloto é a Escola Básica Municipal José Fernandes Potter, localizada no bairro Espinheiros em Itajaí. De acordo com o Secretário a Escola será um grande exemplo para toda a rede municipal da cidade e conseqüentemente para o Brasil. Segundo Momm, o Projeto será apresentado em vídeo e trabalhos desenvolvidos em sala de aula para a SEAP-PR para servir de base para outras cidades brasileiras. Nesta primeira etapa, entre os palestrantes, o pescador Dalmo Ludwig, os biólogos Patrícia Mancini, Gustavo Stahelin, Eloisa Pinto Vizuete, o oceanógrafo Agostinho Peruzzo, a nutricionista Tônia Heusi, entre outros.

Aula de cidadania: crianças aprendem sobre a carteira de pescador.

A primeira aula-passeio do projeto “Aprendendo com a Pesca” aconteceu na fábrica de embalagens da Gomes da Costa, onde os alunos participaram de uma palestra sobre a indústria, conheceram a linha de produção, degustaram produtos e ganharam brindes. Para Alberto Encinas, Presidente da Gomes da Costa, o projeto é de vital importância, pois integra o plano de ações de responsabilidade sócio-ambiental da empresa nas áreas de educação e desenvolvimento econômico regional. “A parceria com a comunidade é fundamental para o sucesso de todos”, afirma o presidente. No CEPSUL os alunos conheceram o barco pesquisa, laboratório e a analista ambiental Eloisa Vizuete mostrou algumas artes de pesca e apresentou diversas espécies de peixes, moluscos e crustáceos.

A empolgação dos alunos com o projeto chamou a atenção da professora de português Josiane Teixeira. “Os professores estão agregando os conteúdos ao tema da pesca”, ressalta. Logo no início, a professora pediu que os alunos pensassem em um mascote para o projeto. Edu da Silva, 12 anos, não mediu esforços e trouxe para a sala um camarão vivo. “Coloquei ele dentro desta garrafa e enchi de água da cachoeira”. Bigode foi eleito o mascote do Projeto “Aprendendo com a Pesca”. A diretora da Escola, Suzana Francisco Maria explica que o Projeto “Aprendendo com a Pesca” foi inserido dentro da proposta de trabalho do colégio neste bimestre, que tinha como eixo temático valorizar e conhecer a cultura e desenvolvimento do município de Itajaí. O Projeto permite a inserção de te-

Marcello Sokal Daniela Maia

Daniela Maia

Analista ambiental do Cepsul-ICMbio, Eloísa Pinto Vizuete, mostra as variedades de peixes, moluscos e crustáceos.

mas transversais nas diferentes áreas (Língua Portuguesa, Matemática, Ciências Naturais, História, Geografia, Arte e Educação Física). A proposta é auxiliar na execução deste trabalho interdisciplinar, oferecendo diversos meios de aprendizagem do universo pesqueiro, fazendo com que as crianças tenham acessos a informações que vão além do domínio do saber tradicionalmente presentes ao trabalho escolar, auxiliando no seu crescimento como cidadão participativo, reflexivo e autônomo. De acordo com a programação escolar do Projeto “Aprendendo com a Pesca” as palestras e aulas-passeio são realizadas uma vez por semana, geralmente às sextas-feiras e durante a semana são aplicadas diversas atividades. No final do Projeto será realizada uma apresentação aos pais e comunidade dos trabalhos desenvolvidos em sala de aula inspirados no tema pesca.

No cronograma escolar, visitas às empresas Gomes da Costa Embalagens, Vitalmar Pescados, Ipê Pescados, Neto Pescados, Marazul Pescados, JS Pescados, Estaleiro Felipe, Estaleiro Brandino, Rádio Costeira de Itajaí, Mercado Público de Itajaí e Barco-pesquisa Solancy do Cepsul. As atividades em cada turma são realizadas no período de quatro meses. De acordo com as atividades aplicadas pelas professoras Josiane Teixeira, Márcia Regina Martins, Gisele J. G. Martins e Claudete Pianezzer os alunos estão desenvolvendo ações que estimulam as habilidades e potenciais de cada criança como redações, lendas sobre o mar, elaboração de jogos interativos, elaboração de “cantinhos lúdicos de aprendizagem”; criação de histórias em quadrinhos, maquete, criação e a realização de receitas a base de peixes e frutos do mar, elaboração de murais, etc.

OS SEIS EIXOS DO PROJETO APRENDENDO COM A PESCA: 1- resgate da cultura pesqueira; 2- valorização da pesca; 3- estimular o interesse em trabalhar no setor pesqueiro; 4-difundir o conhecimento em torno do tema pesca nas áreas social, ambiental e econômica; 5- estimular o potencial criativo das crianças e o incentivo à leitura;

Alunos da terceira série tingindo a lula de azul

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Alunos da sétima série na linha de produção da GDC Embalagens

Visita ao barco-pesquisa Solancy, com orientações do comandante Dalmo Ludwig.

6- estimular o consumo de peixe; Revista SINDIPI

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PERFIL

Do mar de Florianópolis para a China O catarinense Bruno Fontes já está de malas prontas para navegar pela costa chinesa representando o Brasil nas olimpíadas de Pequim na classe laiser do iatismo.

O

mesmo mar que é fonte de emprego e renda para a indústria pesqueira é o quintal da casa de Bruno Fontes. Desde os 14 anos, o catarinense de Florianópolis se dedica ao iatismo . O esforço nos treinos puxados deu resultado. Bruno é um dos seis catarinenses que vão representar o Brasil nas olimpíadas 2008 em Pequim. Nas paredes do iate clube de Santa Catarina, na capital do Estado, as fotos são recordações do início da carreira. Aos 29 anos, o engenheiro sanitarista e ambiental, já havia chegado perto das grandes competições. Foi reserva do medalhista olímpico Robert Scheidt nos jogos panamericanos de Santo Domingo, na República Dominicana em 2003, do Rio de Janeiro em 2007 e das olimpíadas de Atenas em 2004. Faltava a meta prin-

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cipal, competir nos jogos olímpicos. “Meu pai sempre disse, você tem que se formar e eu sou engenheiro sanitarista e ambiental, formado pela Universidade Federal de Santa Catarina. Isso mais tarde vai me ajudar a conciliar com o iatismo. Eu pretendo fazer alguns projetos sociais ligados ao meio ambiente e trabalhar com crianças carentes. Quero usar o meu nome para conseguir isso.” A protegida baia de Jurerê no norte

da ilha, onde tudo começou foi essencial para os treinamentos que o levaram a classificação da pré-olímpica em fevereiro, mas, Bruno quis experimentar e conhecer os adversários. Viajou para a China no início de junho onde ficou por duas semanas. Em King Dow na costa norte chinesa, cidade que vai ser a sede das competições de vela, fez um reconhecimento das condições do mar, do vento e da infra-estrutura .

“TUDO QUE VIER VAI SER BEM VINDO, BRONZE, PRATA, MAS EU QUERO MESMO O OURO”

Catarinense Bruno Fontes representará o Brasil nas olimpíadas de Pequin.

VENTO E CULTURA DIFERENTES DO OUTRO LADO DO MUNDO A viagem à China serviu também para o velejador brasileiro conhecer a cultura, tão diferente do Brasil. Nas duas semanas que esteve na Ásia, sentiu saudade do arroz com feijão, mas experimentou no mercado de Pequim, as iguarias da culinária chinesa, conheceu os hábitos e os costumes do povo e até assistiu um casamento ao ar livre com direito a

banda típica e até bonecos no estilo dragão. Uma ambientação necessária para quem pretende estar bem preparado e trazer medalhas para o Brasil. “Foi muito importante porque era o momento de todos os competidores estarem lá. A lua também foi importante, porque a fase da lua é um fator importante nas condições do mar”.

É claro que o vento na China é diferente daquele típico vento sul de Florianópolis, que ajudou a empurrar o velejador para a lista dos melhores do país, mas Bruno vai com garra para garantir uma boa classificação. “É claro que o vento sul de Florianópolis ajuda, mas, tem que comer em mesas diferentes. O mar da China também vai facilitar”.

Texto: Almeri Cezino

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Marcello Sokal

TURISMO

Surf na Silveira

Praia da Silveira

Garopaba Viva esta Natureza!

G

aropaba guarda em seus costões as marcas deste tempo. Inicialmente foi habitada pelos sambaquianos, que há sete mil anos, viviam em plena harmonia com a natureza. Inscrições rupestres e oficinas líticas chamam a atenção de pesquisadores e visitantes. Os desenhos e gráficos misteriosos resistem ao tempo e desvendam toda uma cultura diante de nossos olhos. Na seqüência, o Mbya Guarani desfrutou deste pedaço de paraíso, que chamaram de Yvy Mara, ou A terra sem males. Mas isto só durou até a chegada dos europeus, que colonizaram a costa de Santa Catarina, no século XVII. A partir daí estes povos entraram em processo de extinção e transformações constantes. Garopaba só ganhou identidade própria em 1846, quando foi elevada à condição de freguesia. Varou os séculos como pacata vila de pescadores e agricultores artesanais, até a chegada dos primeiros turistas, nas décadas de 1960 e 70. Desde então a cidade de

Praia de Garopaba

menos de 15 mil habitantes transformou-se num dos principais roteiros turísticos do país. Considerada a Meca dos surfistas, e com uma infraestrutura capaz de acomodar mais de 150 mil visitantes no verão, com suas nove belas e exuberantes praias, a pequena Garopaba se transforma num movimentado paraíso à beira mar. Gamboa, Siriú, Preguiça, Silveira, Ferrugem, Barra, Ouvidor, Vermelha e a Praia de Garopaba impressionam pela preservação, clareza das águas e perfeição das ondas. Condições que deram à cidade o título de Capital Catarinense do Surf. Fotos: Alan Pedro

Praia da Ferrugem

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Praia do Siriú

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Praia da Vigia

Nos meses de inverno, boa parte dos hotéis, restaurantes e lojas fecham suas portas e Garopaba volta a lembrar a pacata vila de pescadores do passado. É tempo de celebrar a quermesse, pescar tainhas, observar as baleias Francas que buscam nossas águas calmas para amamentar seus filhotes, proporcionando um espetáculo único à beira mar. Distante 80 km ao sul de Florianópolis pela BR-1O1, Garopaba possui acesso totalmente asfaltado até o centro. A estrutura turística conta com chuveiros, painéis informativos, hotéis, pousadas, supermercados, farmácias, atendimento de saúde, guaritas salva-vidas. A Praia da Ferrugem, distante 6 km do centro, também oferece boas opções e concentra a movimentação noturna da tribo do surfe. Além das praias vale a pena visitar a Igreja Matriz de São Joaquim, o Morro do Ferraz (de onde se descortina uma bela vista da região), as lagoas do Siriú e da Encantada, as Cachoeiras do Macacu e as grandes dunas do Siriú, muito procuradas pelos praticantes de sandboard. A procissão marítima de Nossa Senhora dos Navegantes, realizada sempre na primeira semana de fevereiro, é mais uma das principais festas populares da cidade.

NOVE PRAIAS, NOVE ENCANTOS

Charmosas enseadas emolduradas por costões, com muita vegetação nativa e presença humana rarefeita são as caracte-

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Revista SINDIPI Centro histórico de Garopaba.

rísticas principais das nove praias de Garopaba. A praia-sede do município tem mar calmo e excelente condições para a prática de esportes aquáticos, como surf, windi, canoagem, mergulho, etc. A orla repleta de bares e restaurantes divide a paisagem com os grandes barracões de pesca artesanal. No costão Sul da baia fica a minúscula Praia da Preguiça, envolvida por vistosas casas de veraneio. A Silveira, a 2 km do centro é reduto de surfistas e de casas de veraneio. Na Praia do Siriú (7 km) a atração fica por conta das enormes dunas onde se

Praia de Garopaba

Bistrô do Cais

pratica sandboard; e a Gamboa (15 km do Centro), ainda preserva a rotina simples de uma vila de pescadores. No extremo Sul do município (14 km) ficam as praias Vermelha e Ouvidor, praticamente desertas e intactas.

CAPITAL DO SURFE

Com sete das suas nove praias apresentando boas condições para a prática do surfe, Garopaba ostenta o titulo de Capital Catarinense desta modalidade esportiva. Motivos que levaram boa parte das pousadas, lojas e bares a desenvolver em sua arquitetura e decoração um tom praiano de surfe com ares da jamaicanos, caribenhos e indianos. A onda da Praia da Silveira é apontada como uma das melhores do país. Durante a temporada, a noite se prolonga nos barzinhos da Praia da Ferrugem, fazendo a festa da colorida tribo do surfe.

outubro. E a plácida enseada de Garopaba é um dos seus locais de descanso prediletos. Durante a temporada de verão, o foco dos passeios de barco se transfere para a Ilha do Coral, paraíso dos mergulhadores, distante 45 minutos da costa de Garopaba. Então, se você ainda não conhece esse paraíso, não perca mais tempo. Na primeira oportunidade, venha a Garopaba e desfrute de toda a natureza exuberante ao seu redor. Qualidade de vida, riqueza de iguarias gastronômicas, segurança, paz e aconchego, isso é Garopaba. Texto: Fernando Bitencourt Adaptação: Lannes Osório

OBSERVAÇÃO DE BALEIAS

O turismo de observação de baleias está em pleno desenvolvimento em Garopaba, onde jovens empresas promovem programas de observação embarcada, em transportes especiais dotados de toda a segurança e guias especializados. Fugindo do inverno antártico as baleias Francas, que chegam a medir 18 metros e 60 toneladas, percorrem a costa catarinense sempre entre julho e

Quermesse: cortejo e missa do divino

RevistaSINDIPI SINDIPI 41 41 Revista


EXPOSIÇÃO

ARTESANATO

Pele de peixe vira moda

O mar e a pesca como fonte de inspiração Fotos: Marcello Sokal

Com criatividade e pinceladas precisas, o artista baiano e morador de Itajaí, Joel Salustiano Rocha expõe em seus quadros os encantos das paisagens marítimas.

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pintor Joel Salustiano Rocha, nascido em 27 de setembro de 1953, começou o seu caminho pelas artes muito cedo. Durante a infância, em Itajaí, gostava de brincar com as cores e desenhava um pouco de tudo. As artes já começavam a trilhar os caminhos do artista ainda criança. Com o tempo, o baiano de Esplanada, encontrou no impressionismo uma maneira de expor seus trabalhos. “Meu estilo é impressionismo, mas utilizo nas minhas telas um pouco de outras escolas. A pinta impressionista mostra uma realidade, mas é uma realidade apenas captada pelo próprio artista”, afirma Rocha. Como autodidata iniciou em 1970 seus trabalhos com a pintura. Formou-se em 1983, em Educação Artística pela Faculdade de Belas Artes de São Paulo. Atualmente é Pós-Graduado em Artes e Educação pela Univer42

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sidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), em Rio do Sul. No fim de 1989, decidiu voltar à Itajaí e viver com o que gostava realmente de fazer: pintar quadros. No início, montou o atelier na própria casa. Em 1994, com o reconhecimento do seu trabalho, conseguiu montar sua própria galeria, no centro de Itajaí. A fascinação pelo mar é uma das fontes de inspiração do artista. “O mar e a pesca são os meus temas favoritos. Gosto de observar o mar, sempre tive comigo este sentimento positivo do mar”, completa Joel ao falar sobre o tema.

Em agosto de 2004, mulheres e filhas de piscicultores da cidade de Mundo Novo, no Mato Grosso do Sul, decidiram organizar a Arts Fish. A idéia inicial, segundo a presidente da associação, Claci Bork, era aproveitar o couro do peixe para produzir artesanato. matéria prima utilizada para a confecção de bolsas, carteiras e ou-

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tros acessórios é conseguida através da Cooperativa dos piscicultores de Mundo Novo (Coopisc). Com o trabalho em conjunto, a família aumentou a renda com o valor agregado ao pescado, antes descartado pela Coopisc. Segundo a presidente da Arts Fish, a organização da associação garante o aproveitamento de 100% do pescado. O beneficiamento da pele do peixe é realizado através de um processo que envolve várias etapas de curtimento, sem uso de cromo. Para conservar melhor o couro e evitar agressões ambientais, são utilizados extratos taninos retirados de cascas de árvores como Barbatimão (Strypynodendron), Jatobá (Hymenaea courbaril) e Angico (Anadenanthera). A pele do pescado é um subproduto muito especial resultante da extração por ocasião da filetagem do peixe. “Através do beneficiamento da pele, ela alcança um alto valor comercial e uma ótima aceitação no mercado externo e interno”, acrescenta Clari Bork.

TRABALHOS JÁ REALIZADOS POR JOEL SALUSTIANO ROCHA Exposições: 21 exposições coletivas - 13 exposições individuais – 2 Salões de Artes. Obras em Espaços Públicos: Mural da Universidade da cidade de Itajaí - Câmara de vereadores cidade de Navegantes - Prefeitura Municipal de Navegantes - I Igreja Batista de Itajaí. Obras em Outros Países: Argentina - Uruguai - Costa Rica - Grécia - França - Estados Unidos da América. Expõe permanentemente na Galeria REMBRANDT ARTES, situada na Rua Marcílio Dias nº 76, sala 06 - na Cidade de Itajaí - Santa Catarina – Brasil.

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LIVRO

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zul: é como o nosso planeta se apresenta no espaço, pintado de mar, colorido pelas águas oceânicas que predominam na superfície da Terra. Aos olhos humanos, a água pura parece incolor, quando em pequenas quantidades. Mas, acumulada na superfície dos oceanos, a cor aparente do mar é dominada pelo azul causado por artifício próprio da molécula de água, na refração e reflexão seletiva da luz visível. Somando os efeitos da concentração de pigmentos orgânicos do plâncton e da matéria dissolvida ou particulada em suspensão na água, a cor do mar pode variar de lugar para lugar, desde os tons amarelo-esverdeados e marrons dos estuários e dos verde-azulados mais costeiros, até o azul profundo quase roxo do oceano aberto, em alto mar. O azul desértico dos oceanos tropicais. É desse azul profundo que trata o livro “Vidas do Azul”, focado nos

grandes vertebrados marinhos das águas azuis. A megafauna oceânica sobrevivente na atualidade, que domina as camadas superficiais do oceano Atlântico e margeia a plataforma continental e as ilhas isoladas do território marítimo sob a jurisdição do Brasil. Um guia lúdico de aproximação ao mundo submerso das tartarugas marinhas, baleias e golfinhos, tubarões oceânicos e outros grandes peixes pelágicos. Mundo geralmente pouco conhecido, distante e invisível à maioria das pessoas. Quem nos guia por ele são as melhores imagens capturadas pelas lentes subaquáticas do Projeto TAMAR / ICMBio ao longo dos últimos 25 anos de trabalho, obtidas principalmente ao largo da costa do Nordeste brasileiro

Olho de boi

megafauna oceânica, em suas rotas migratórias, e pelos pescadores de alto mar que os perseguem. Esses bancos pesqueiros são montanhas submersas que podem despontar como ilhas fora d’água, cuja topografia freqüentemente força o afloramento de águas profundas, ricas em nutrientes, em movimento vertical conhecido como ressurgência. Formam áreas de alta produtividade biológica, onde a cadeia alimentar baseada no plâncton se estabelece nas camadas superficiais do mar. Junto às margens dos continentes, as águas azuis oceânicas fluem carregadas pelas correntes movidas pelos ventos. Muitas vezes, avançam sobre as plataformas continentais, aproximando o azul profundo aos observadores mais atentos na praia. A água roxa dos pescadores artesanais do nordeste brasileiro traz consigo as tartarugas marinhas e os grandes peixes pelágicos para a safra dos peixes de passagem: albacoras, dourados, cavalas, agulhões... de setembro a março. As condições meteorológicas de verão permitem pescarias mais distantes da costa, na quebra da plataforma, nos “rebentões”, junto às “paredes” do talude. Alimento em fartura e recursos pesqueiros diversificados.

P vela

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Piraca

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Bambu Editora e Artes Gráficas Patrocinador oficial Projeto TAMAR/ICMBio: PETROBRAS

Edição ilustrada mostra a beleza dos oceanos tropicais e o mistério da natureza

Vidas do Azul

VIDAS DO AZUL

e nas ilhas oceânicas de Fernando de Noronha e Atol das Rocas. Região dominada por águas tropicais do Atlântico Sul, transportadas pela Corrente Sul Equatorial e pela Corrente do Brasil, caracterizadas pela pouca disponibilidade de nutrientes na zona iluminada próxima da superfície, o que limita a produção biológica no mar. Um deserto tropical azul, quente e salgado, quase desprovido de plâncton - os microorganismos flutuantes, à deriva, base alimentar da vida nas águas superficiais dos oceanos. Para sobreviver nessas águas, tanto os predadores vorazes, como os tubarões, golfinhos, atuns e espécies afins, quanto os grandes filtradores de plâncton, como as baleias e raias-jamanta, precisam viajar. Nadam constantemente à procura de alimento. São, em sua grande maioria, espécies altamente migratórias, muitas vezes cruzando os oceanos em busca de áreas seguras para reprodução e de zonas onde ocorrem maiores concentrações de alimento. As ilhas oceânicas e os montes submarinos constituem verdadeiros oásis de vida nos desertos azuis dos oceanos tropicais, freqüentemente visitados pelos eternos viajantes da

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GASTRONOMIA

Atum no arado Ingredientes

Ingredientes

1 kg de cebola 1 kg de tomate 3 maços de cheiro verde 1 lata de molho de tomate

Modo de preparar Tempere o atum com sal e tempero próprio para peixe. Deixe-o descansar por 1 ou 2 horas. Depois, coloque o peixe no arado e acrescente azeite de oliva, molho de tomate, cebola e tomate picados. Mexa até cozinhar bem. Quando estiver quase pronto acrescente o cheiro verde.

Sugestão Para incrementar a receita, pode-se acrescentar marisco, camarão e lula. Para 20 pessoas. Receita de Rodrigo Carlos da Silva

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Porção para 2 pessoas

Sérgio Vignes

500 gr de tainha 200 gr de farinha de mandioca 500 ml de água 300 gr de camarão 1 cebola pequena sal a gosto; alho a gosto salsa e pimenta a gosto 100 gr de batata palha

5 kg de atum limpo, em postas

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Tainha escalada com pirão e farofa de camarão

Modo de preparo:

Deixe a tainha de molho por 2 horas na água com 100 gr de farinha de mandioca. Em seguida, ferva por 15 minutos. Depois lavar na água fria e colocar na chapa bem quente. Descasque 150 gramas de camarões e grelhe junto com a tainha para decorar o prato. Enquanto isso, prepare o pirão e a farofa de camarão. Coloque a cebola, o alho e a manteiga para fritar na frigideira. Em seguida, flambe o restante dos camarões na frigideira e coloque aos poucos a farinha de mandioca e a batata palha mexendo sempre até formar a farofa de camarão. O pirão é feito com a água quente, sal, alho e salsa a gosto, misturando aos poucos a farinha de mandioca.

Obs: Procure comprar tainha fresca e abrir pelas costas do peixe, onde facilita tirar toda a espinha, onde ficará somente o filé da tainha. Após salgue levemente e expor 2 dias ao sol. Chef: Maurílio Nunes Filho

Restaurante Maurílio II Av. Prefeito Acácio Garibaldi São Thiago, 2420 - Praia da Joaquina Florianópolis, SC – 88062-600 Tel. (48) 3232-4317

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EVENTO

Mais de 70 mil pessoas visitam a Feincartes Pela primeira vez em Santa Catarina, a Feira Internacional de Cultura Artesanato e Decoração mostrou a arte de 17 países

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ela primeira vez Santa Catarina teve a oportunidade de conhecer em um mesmo local a arte e cultura de 17 países e 18 estados brasileiros. Assim foi a Feincartes – Feira Internacional de Cultura Artesanato e Decoração Artesanal, que aconteceu no Centro de Convenções de Florianópolis (Centrosul). Mais de 70 mil pessoas prestigiaram o evento que ocorreu de março à abril deste ano. A Feincartes foi uma promoção da Associação Cultural Cinearte, produção da empresa Guimarães e Mathias Feiras e Eventos, com apoio da Três Produtora, Fundação Nova Vida (FNV), Prefeitura de Florianópolis e Governo Estadual, através da Secretaria de Cultura, Esporte e Turismo. “Artesãos de países como Uganda, Marrocos, Paquistão, Rússia e muitos outros estiveram na Feincartes, evento que mostrou ser um grande aconteci-

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mento igual aos estados brasileiros em que a feira acontece”, destaca Maria Mathias, diretora da empresa Guimarães e Mathias Feiras e Eventos, responsável pela organização da Feincartes. Ela explica que há quatro anos a Feira é sucesso em Vitória (ES) e há dois anos em Salvador (BH) e Campo Grande (MS). “Agora os catarinenses mostraram o artesanato regional para o mundo e também conheceram o que de melhor existe lá fora”, completa Maria. O artista plástico, ceramista e escultor, João Dias, o “Dão”, que é Diretor de Cultura de Palhoça, ficou admirado com a diversidade da feira e ressaltou a importância do evento para Santa Catarina. “Essa feira é coisa de primeiro mundo, jamais nosso estado havia recebido tanta arte e cul-

tura diferentes”, afirma. Além de ter mais de 150 estandes de 17 países e 18 estados brasileiros, a Feincartes ofereceu ao público cursos artesanais gratuitos e apresentações culturais diversas. A próxima Feincartes de Santa Catarina já está garantida, será de 03 à 12 de abril de 2009, em Florianópolis.

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MENSAGEM

Foto Alan Pedro

Mensagem de Dalai Lama

“Só existem dois dias no ano que nada pode ser feito. Um se chama ontem e o outro se chama amanhã, portanto hoje é o dia certo para amar, acreditar, fazer e principalmente viver.” “Os homens perdem a saúde para juntar dinheiro, depois perdem o dinheiro para recuperar a saúde. E por pensarem ansiosamente no futuro esquecem do presente de forma que acabam por não viver nem no presente nem no futuro. E vivem como se nunca fossem morrer... e morrem como se nunca tivessem vivido.” “As melhores coisas da vida, não podem ser vistas nem tocadas, mas sim sentidas pelo coração.” “Se conseguirmos deixar de lado as diferenças, creio que poderemos nos comunicar, trocar idéias e compartilhar experiências com facilidade.” “Se o seu coração é absoluto e sincero, você naturalmente se sente satisfeito e confiante, não tem nenhuma razão para sentir medo dos outros.” “Se você quer transformar o mundo, experimente primeiro promover o seu aperfeiçoamento pessoal e realizar inovações no seu próprio interior.” “Fale a verdade, seja ela qual for, clara e objetivamente, usando um toque de voz tranqüilo e agradável, liberto de qualquer preconceito ou hostilidade.” “Se seus sonhos estiverem nas nuvens, não se preocupe, pois eles estão no lugar certo; agora construa os alicerces.”

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