Entrevista
A trajetória de uma
combativa militante Entrevista concedida a Liliane Machado e Antonio José (Tomzé) Vale da Costa Fotos: Renata Maffezoli/ANDES-SN Em entrevista concedida poucos dias após o término do seu mandato à frente da presidência do
ANDES-SN, no biênio de julho de 2012 a agosto de 2014, Marinalva Silva Oliveira, professora da UNIFAP com lotação atual na UFF, Volta Redonda, fala à Universidade e Sociedade sobre os momentos mais marcantes da sua gestão, que iniciou em plena greve (uma das maiores já realizadas pelas instituições federais de ensino no país). Refere-se com orgulho a outra de suas realizações no período, o Encontro Nacional da Educação (ENE), realizado no Rio de Janeiro em agosto de 2014, que se caracterizou pela rearticulação das lutas em defesa de uma educação pública e gratuita. Marinalva também relembrou sua trajetória de ativista, iniciada quando era caixa de uma instituição bancária privada, em Belém do Pará. Nessa época, ela tentava conciliar as tarefas de bancária e de estudante de psicologia e a de grevista, em luta por melhores condições de trabalho. Natural de Caravelas, Bahia, passou os primeiros anos de sua vida em Vitória da Conquista e transferiu-se para o Pará ainda muito jovem, acompanhando a família, que se estabeleceu no interior do Estado. Morou em pensionato, foi demitida do banco e, logo em seguida, iniciou a carreira de professora, profissão que conciliou com a realização dos estudos de mestrado e doutorado. Marinalva se define como uma pessoa indignada com o projeto de governo do Executivo Federal que, paulatinamente, segundo sua avaliação, vem desmantelando as universidades públicas brasileiras. Ao relembrar os momentos mais difíceis que vivenciou à frente de um dos maiores sindicatos do Brasil, ela diz que o espírito coletivo que move o ANDES-SN fez com que tudo fosse mais fácil de ser enfrentado e resolvido. Primeira vice-presidente da diretoria atual, Marinalva também é a encarregada das áreas de imprensa e divulgação. Leia a seguir a emocionante trajetória de nossa combativa sindicalista. 96
UNIVERSIDADE E SOCIEDADE #55