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Atualidade em foco
Atualidade em foco
Policiais reprimem com violência manifestantes no Centro do Rio de Janeiro
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Samuel Tosta/ADUFRJ SSind
A materialização da
violência do Estado
Asociedade brasileira vive diversas formas de manifestação da violência. Sabemos que algumas delas estão sob aquilo que denominamos violência simbólica, da qual uma de suas maiores expressões se dá no ambiente midiático. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), há três formas básicas de classificação da violência: a autoinfligida (quando a violência é cometida por uma pessoa sobre ela mesma), a interpessoal (quando ela é dirigida a outra pessoa ou pequenos grupos – família ou ambiente de trabalho) e a coletiva (quando é desencadeada pelo Estado, grupos terroristas e organizações econômicas sobre a sociedade).
Atualidade em foco
Momento em que bombas de gás são lançadas sobre os manifestantes no Paraná
Manifestação vira praça de guerra Para além das duas primeiras, percebe-se, cada vez mais, a inter-relação das organizações econômicas com a figura do Estado brasileiro, quando o aparato policial e repressivo é colocado abertamente, publicizado mesmo pela grande imprensa, como um braço dos interesses dos representantes do mercado. Tal postura, antes creditada a momentos políticos de ausência das liberdades – como nas ditaduras –, hoje é francamente utilizada em defesa dos interesses de oligopólios imobiliários, industriais e de serviços sociais anteriormente de responsabilidade e dever do Estado – saúde, educação, habitação e transporte público.
Batalhão de choque enviado pelo governador do Paraná Beto Richa chega para reprimir a manifestação dos professores
Policiais jogam spray de pimenta sobre manifestantes pacíficos no Paraná
Professora tenta se proteger dos gases em manifestação reprimida com violência em Curitiba
Manifestação de professores em Curitiba Vozes das ruas violência do Estado A materialização da
Atualidade em foco
Polícia bloqueia a entrada de professora no Ministério da Educação em Brasília
Foi exatamente sob o mote do transporte público que se registrou uma insurgência popular recente no país. Em junho de 2013, centenas de milhares de pessoas saíram às ruas de quase todas as capitais para protestar contra o aumento das tarifas de ônibus e metrô. Seguramente, não foi só esta a razão. Mas o que se presenciou foi a crescente participação do aparato policial, não apenas para provocar um sentimento de “vigilância simbólica” sobre a população, mas para desencadear ações repressivas do mais alto calibre, com bombas, cães, gás de pimenta, cassetetes e armas de fogo. Um verdadeiro campo de batalha. A imagem precisa de uma guerra civil. Tudo acentuado pela “neutralidade” e “independência” de uma grande imprensa, que, de fato, reforça a defesa dos interesses disfarçados do grande capital.
Samuel Tosta/ADUFRJ SSind
Manifestação pelo fim das UPPs no Rio de Janeiro Professor é impedido de participar de reunião em Belém
Dois anos depois, todas essas forças repressivas do Estado estão ainda mais difundidas. Ou permanecem semelhantes, como foi no final de abril de 2015, com o massacre aos professores em greve do Paraná, que se manifestavam em frente à Assembleia do Estado contra as alterações na política previdenciária impingida pelo governador Beto Richa, ou, de forma mais sutil, como no aparato policial montado para forçar a criação de sindicato “chapa branca”, bravamente resistido pelos docentes universitários de Belém, praticamente no mesmo instante (28 de abril). Também o Rio de Janeiro, São Paulo e Brasília continuam sendo palcos de atos de extrema repressão policial contra as populações pobres que lutam por moradia digna, transporte decente, alimentos e saúde acessíveis e emprego compatível com suas necessidades. Enfim, uma vida pacífica e desejosa de bons serviços públicos, como deve ser prestada por dever do Estado. Uma vida capaz de ser vivida por essas populações com direito a terem voz, de falarem e serem ouvidas, porque “paz sem voz não é paz; é medo”.
violência do Estado
Polícia cerca manifestação em São Paulo
Policiais atacam com violência manifestante em Brasília
A materialização da