editorial
Sair do imobilismo
Sergio Watanabe é presidente do SindusCon-SP, vicepresidente da CBIC e diretor da Fiesp Envie seus comentários, críticas, perguntas e sugestões de temas para esta coluna: presidente@ sindusconsp.com.br
Mesmo com a desaceleração de sua atividade, a construção civil registrou alguns indicadores positivos no primeiro semestre, em comparação com o mesmo período do ano anterior. O emprego com carteira assinada cresceu 1,35%, contratando-se mais 34 mil trabalhadores. A produção física de materiais subiu 1,81%. Os financiamentos imobiliários chegaram a um novo recorde histórico, de R$ 49,6 bilhões (+34%). Os lançamentos de empreendimentos imobiliários aumentaram em São Paulo e Rio de Janeiro, e as vendas de novos imóveis subiram nestas e em outras capitais. Mas as sondagens feitas com os empresários do setor denotam uma rápida deterioração de expectativas em relação ao desempenho das empresas, embora essas enquetes continuem registrando um relativo otimismo em relação ao futuro.
investimentos necessários ao incremento da atividade econômica. Alguns exemplos de medidas que os governos deveriam tomar: • elevar o grau de rigidez no controle das despesas de custeio; efetuar cortes onde ainda houver gorduras – e há muitas; • preferir a adoção dessa racionalização a elevar o endividamento; • onde for possível, reduzir alíquotas de tributos, especialmente aquelas que permanecem as mesmas desde antes do Plano Real; • licitar concessões de ampliação da infraestrutura com taxas de retorno atrativas e garantias de que não haverá mudança de regras no período de sua vigência; • em função da desvalorização do real, promover, onde for necessário, novas reduções em alíquotas do Imposto de Importação para insumos estratégicos cuja fabricação no Brasil esteja a cargo de oligopólios; • agilizar o licenciamento de projetos de novos empreendimentos, mobilizando recursos para informatizar e equipar adequadamente os órgãos públicos responsáveis; • rever Planos Diretores conjugando estímulos ao adensamento de áreas urbanas bem servidas por transporte público com incentivos para a instalação de novas empresas, o aumento da mobilidade urbana em áreas menos bem servidas e o incremento da oferta de habitação de interesse social; • estimular investimentos no aumento da produtividade, mediante incentivos tributários à modernização de métodos construtivos e ao treinamento e à qualificação e da mão de obra. Na atual conjuntura, os governos não podem nem devem claudicar. O Brasil agradece.
Os governos devem se contrapor à deterioração das expectativas As empresas percebem dificuldades crescentes nos negócios. Na atividade da construção, por exemplo, a escassez de mão de obra qualificada preocupa menos do que antes. Em compensação, cresce a apreensão com a demanda por obras, a concorrência, o acesso ao crédito e os custos trabalhistas. O empresariado não espera que no curto prazo se implementem as grandes reformas como a política, a tributária, a previdenciária e a do Judiciário. Mas os governos da União, dos Estados e das Prefeituras ainda podem tomar uma série de medidas para melhorar o ambiente de negócios. Com isso, seria possível reverter expectativas e estimular os
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sumário
Presidente Sergio Tiaki Watanabe
voz do leitor
CONFIANÇA NO FUTURO O projeto do Plano Diretor de São Paulo precisa equilibrar melhor a necessidade de mobilidade urbana da capital paulista com o desenvolvimento que a indústria imobiliária pode proporcionar aos seus habitantes. Maurício Bianchi Vice-presidente de Relações Institucionais do SindusCon-SP
RETIFICAÇÃO
Capa SINDUSCON-SP DISCUTE SAÍDAS PARA A INSEGURANÇA JURÍDICA.......... 6 • “Desoneração foi uma trapalhada” • Terceirização gera polêmica • Dúvidas no licenciamento ambiental • Desempenho: ônus da prova é do usuário • Plano Diretor causa apreensão no setor HABITAÇÃO............................................... 12 • SindusCon-SP questiona item do Plano Diretor • CTQ mostra ganhos de produtividade SINDUSCON-SP EM AÇÃO........................... 14 • Convênio Plantas On Line 2 é assinado • Seminário BIM focará perfil do profissional QUALIDADE............................................... 18 • Confira as novidades do Concrete Show RELAÇÕES INTERNACIONAIS...................... 21 • Missão do SindusCon-SP foi ao Japão RELAÇÕES CAPITAL-TRABALHO.................. 23 • Megasipat tem “esquenta” em São Paulo MEIO AMBIENTE........................................ 26 • Resíduos: propostas do SindusCon-SP aceitas • Guia de Emissões é divulgado no Greenbuilding • Recadastramento no Ibama tem prazo OBRAS PÚBLICAS...................................... 33 • SindusCon-SP rejeita RDC no lugar da 8.666
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Na reportagem “Ajuste no Caminho do Mercado” (edição 124, julho/13), foi Fabio Villas Bôas, diretor de Engenharia da Tecnisa e conselheiro do SindusCon-SP, quem destacou os exemplos do Bledzed, em Londres, e da Masdar City, em Abu Dhabi, como bairros que levaram a sério o desafio da sustentabilidade. Faltou informar que Villas Bôas também é coordenador do grupo de trabalho de Pós-Obra e Assistência Técnica do CTQ (Comitê de Tecnologia e Qualidade) do sindicato.
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REGIONAIS................................................ 34 • Ribeirão promove seminário sobre argamassa • Construção realiza happy hour em Bauru • Santos visita obras da Saipem • Regional apoia projeto de resíduos • Parceria em São José qualifica mulheres • Prudente faz curso sobre gestão de contratos • Maristela Honda recebe prêmio em Sorocaba
colunistas Conjuntura | Robson Gonçalves..............................5 Gestão da Obra | Maria Angélica Covelo Silva...........16 Empreendedorismo | Prof. Hamilton Pozo.............22
Vice-presidentes Cristiano Goldstein Eduardo May Zaidan Francisco Antunes de Vasconcellos Neto Haruo Ishikawa João Claudio Robusti João Lemos Teixeira da Silva Luiz Antonio Messias Luiz Claudio Minniti Amoroso Maristela Alves Lima Honda Maurício Linn Bianchi Odair Garcia Senra Paulo Rogério Luongo Sanchez Yves Lucien de Melo Verçosa Diretores Paulo Brasil Batistella (Jurídico) Salvador de Sá Benevides (Rel. Internacionais) Diretores das Regionais Eduardo Nogueira (Ribeirão Preto) Elias Stefan Junior (Sorocaba) Emilio Carlos Pinhatari (São José do Rio Preto) Luís Gustavo Ribeiro (Presidente Prudente) Márcio Benvenutti (Campinas) Renato Tadeu Parreira Pinto (Bauru) Ricardo Beschizza (Santos) Rogério Penido (São José dos Campos) Sergio Ferreira dos Santos (Santo André) Representantes junto à Fiesp Titulares: Eduardo Ribeiro Capobianco, Sergio Porto; Suplentes: João Claudio Robusti, José Romeu Ferraz Neto Assessoria de Imprensa Rafael Marko - (11) 3334-5662 Nathalia Barboza - (11) 3334-5647 Fabiana Holtz - (11) 3334-5701 Conselho Editorial Delfino Teixeira de Freitas, Eduardo May Zaidan, José Romeu Ferraz Neto, Maurício Linn Bianchi, Francisco Antunes de Vasconcellos Neto, Odair Senra, Salvador Benevides, Sergio Porto SUPERINTENDENTE José Luiz Machado editor responsável Rafael Marko REDAÇÃO Nathalia Barboza e Fabiana Holtz (São Paulo) com colaboração das Regionais: Ester Mendonça (São José do Rio Preto); Giselda Braz (Santos); Homero Ferreira (Presidente Prudente); Enio Machado, Elizânio Silva e Tatiana Vitorelli (São José dos Campos); Marcio Javaroni (Ribeirão Preto); Sabrina Magalhães (Bauru); Ana Diniz e Simone Marquetto (Sorocaba); Sueli Osório (Santo André); Vilma Gasques (Campinas). Secretaria: Antonia Matos Arte e diagramação Marcelo da Costa Freitas/Chefe de Arte PUBLICIDADE Vanessa Dupont - (11) 3334-5627 Pedro Dias Lima - (11) 9212-0312 Bruna Batista Avelino - (11) 3334-5659 Thiago Rodrigues - (11) 3334-5637 Vando Barbosa - (11) 97579-8834 Jéssica Schittini - (11) 96646-6525 André Maia - (21) 7834-5379 Eneida Cristina Martins - (11) 99942-7403 Hamilton Silva - (11) 7714-1148 ENDEREÇO R. Dona Veridiana, 55, CEP 01238-010, São Paulo-SP Central de Relacionamento SindusCon-SP (11) 3334-5600 CTP/ impressão: Pancrom Indústria Gráfica Tiragem desta edição: 15,9 mil exemplares
Gestão Empresarial | Maria Angelica L. Pedreti.......24 Jurídico | Rosilene Carvalho Santos.........................28 Marketing | Antonio Jesus de Britto Cosenza..............30 Marketing de Relacionamento | Rodolfo Zagallo...40 Saúde | Norma Araujo.........................................42 Soluções Inovadoras | João Heitzmann Fontenelle......44
Opiniões dos colaboradores não refletem necessariamente posições do SindusCon-SP noticias@sindusconsp.com.br www.sindusconsp.com.br facebook.com/sindusconsp twitter.com/sindusconsp youtube.com/sindusconspmkt Disponível na App Store e no Google Play
Construção da Carreira | Felipe Scotti Calbucci.....46
“O papel desta revista foi feito com madeira de florestas certificadas FSC e de outras fontes controladas.”
Co n j u n t u r a
O avanço do dólar
Robson Gonçalves é professor dos MBAs da FGV e consultor da FGV Projetos Envie seus comentários, críticas, perguntas e sugestões de temas para esta coluna: robson.goncalves@ fgv.br
Eu já disse em várias situações que, se fosse humilde, teria escolhido outra profissão. A arrogância é uma marca terrível dos economistas. Mas o cúmulo da arrogância acontece quando os economistas resolvem fazer previsões sobre o câmbio. E, de fato, duvido que algum de nós tenha previsto há meses a alta recente do dólar. Houve quem dissesse que seria “desejável” que o real estivesse mais desvalorizado. Mas desejos não são previsões. Uma vez que já estamos diante do fato consumado, a coisa muda de figura e já se pode especular sobre as consequências da alta do dólar. Minha visão pessoal é que estamos vivendo o retorno à normalidade. Não sem dor, não sem sofrimento. Mas, quando se discutia em janeiro se o dólar ficaria ou não abaixo de R$ 2, ali sim, vivíamos um cenário preocupante.
prolongam a agonia industrial. Até meados de agosto, a alta cambial já chegava a 20% no ano. Mas, como ela veio por etapas e na sequência das medidas de defesa comercial, muitas empresas já haviam ajustado sua cadeia de suprimentos e se preparado para o inevitável aumento dos custos de produção. Outras, por sua vez, calibraram seu mix de oferta, revertendo parcialmente a troca de produção por mera comercialização de importados. Do ponto de vista produtivo, portanto, a elevação cambial parece um processo altamente saudável. Ainda assim, restam algumas dúvidas e até alguns temores. A primeira se refere ao impacto sobre a inflação. A alta do câmbio tem impacto imediato sobre o preços no atacado. Com a economia em marcha lenta e o varejo apresentando sinais de retração, o repasse para os preços ao consumidor é uma incógnita. Mas, quis o destino que elevação do câmbio acontecesse justamente quando os preços dos alimentos estavam recuando, tanto no mercado interno quanto no mundial. Entre janeiro e agosto, a queda desses preços no atacado já havia chegado a 5%. A segunda inquietação se refere ao preço dos combustíveis. Em tempos de manifestações contra altas de 20 centavos nos preços das passagens de ônibus, como a Petrobras fará para repassar sua elevação de custos? A alternativa de descapitalizar a empresa como no passado é incômoda e imprópria. Nesse meio tempo, surge no horizonte o cenário eleitoral. Aprumar a aeronave quando a cabeceira da pista já está visível e bate aquele vento de cauda é coisa para pilotos experientes. Enquanto isso, nós, os passageiros, vamos nos benzendo discretamente.
Aterrissar quando bate o vento de cauda é coisa para piloto experiente A indústria nacional estava diante de um paradoxo. Muitas empresas estavam abrindo mão da produção e passavam a somente comercializar produtos importados, sobretudo da China. Os canais de distribuição eram o seu último recurso estratégico, o esqueleto de um organismo produtivo que morria, sufocado por custos elevados (isso não era, via de regra, culpa dos empresários) e por uma série de ineficiências (em parte, responsabilidade dos próprios industriais, sim). A resposta tímida do governo veio com a era das desonerações e da elevação dos impostos sobre a importação. Mas, quando o câmbio está fora do lugar, tudo isso pode ser apenas paliativo, remédios que não curam e somente
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Construção busca saídas para incerteza jurídica Fabiana Holtz e nathalia barboza
Com a proposta de discutir temas como desoneração, subcontratação, Norma de Desempenho, legislação ambiental, Plano Diretor e o novo Código Florestal, o SindusCon-SP promoveu em 29 de agosto o 1º Congresso Jurídico da Construção. Realizado no Teatro do Hotel Renaissance, o evento reuniu aproximadamente 220 pessoas em palestras e mesa redondas, mediadas por membros do Conselho Jurídico do sindicato. Na abertura do evento, Sergio Watanabe, presidente do sindicato, observou que não há espaço para amadores no setor. “A construção civil precisa ser executada por profissionais. Existem riscos que agregamos em nossa profissão que não são considerados. É preciso eliminar a informalidade”, afirmou, ao citar o desmoronamento ocorrido em São Mateus, como um alerta para essa questão. Ao falar sobre tributação e políticas públicas, Watanabe foi direto. “Por conta 6
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de ações do governo registramos um crescimento mais lento. Esse é o Brasil em que vivemos hoje”, disse, ao chamar de “trapalhada” a forma como foi implementada a política de desoneração para o setor. Na avaliação do diretor jurídico do sindicato, Paulo Batistella, a discussão promovida por eventos como esse é fundamental para avanços no setor. Presentes na mesa de abertura também estavam Alessandro Vedrossi, diretor executivo de Incorporação e Negócio da Brookfield, e Paulo Melo, diretor superintendente da Odebrecht Realizações Imobiliárias. Vedrossi iniciou sua palestra dizendo que faria algumas provocações. “Desafios; existem vários. Essa demanda ainda prosseguirá por muitos anos. Estamos vivendo um momento de amadurecimento”, afirmou, ao ressaltar que hoje as relações dentro do setor são muito mais complexas. Na avaliaFotos: Gabriel Pevide
Congresso reuniu 220 participantes no Hotel Renaissance
Desoneração foi o tema da mesa redonda composta por Zaidan, Oliveira, Navarro, Minichillo e Elisabeth
ção do engenheiro da Brookfield, a relação das construtoras com o entorno é um desafio enorme e não há uma solução simples ou óbvia. Com ênfase para a alta dos custos e outros problemas crônicos que precisam ser enfrentados pelo governo, Melo, da Odebrecht, afirmou que trabalhar hoje no Brasil está muito difícil. “O custo da mão de obra tem crescido mais do que a rentabilidade do setor. Com isso, vamos perdendo em competitividade”. Segundo ele, o país hoje não tem mercado financeiro para investimento em infraestrutura com capital privado. “Para atrair capital é preciso oferecer estabilidade de regras e retorno”, acrescentou. Tributação confusa Na primeira mesa redonda do Congresso, o tema Desoneração foi o foco do debate que reuniu Eduardo Zaidan, vice-presidente de Economia do SindusCon-SP; Carlos Henrique de Oliveira, chefe substituto da
Divisão de Tributação da Superintendência Regional da Receita Federal, e Elisabeth Lewandowski Libertuci, do Conselho Superior de Assuntos Jurídicos e Legislativos da Fiesp. Com mediação de Alexandre Tadeu Navarro e Marcos Minichillo, membros do Conselho Jurídico do sindicato, a discussão girou em torno das dificuldades criadas para a adesão ao sistema. “No meu entendimento, o que tem ocorrido são minirreformas tributárias. Vemos que a redução da carga, em muitos casos, acaba sendo apenas aparente”, ponderou Navarro, ao considerar que as medidas foram tomadas de maneira atabalhoada. Em sua defesa, Oliveira, da Receita Federal, afirmou que existe uma grande vontade do governo em acertar, mas ainda há um certo desconhecimento sobre o setor. Segundo ele, uma falha do novo sistema de tributação foi não ter dado ao contribuinte a opção de escolher entre adotar ou não a nova regra. Oliveira disse que precisou ler a normativa pelo menos
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Na abertura, Melo, Vedrossi, Watanabe e Batistella fizeram um balanço dos principais entraves
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três vezes para entender exatamente do que se tratava, reconhecendo que o texto é confuso. Na opinião de Zaidan, é preciso um batalhão de pessoas para se trabalhar dentro da lei, o que hoje é conhecido como o custo da conformidade. “Do jeito que foi feita, a desoneração beneficiou algumas empresas, mas prejudicou outras tantas e deixou diversas interrogações legais em aberto, além de criar dificuldades para o cálculo de diversos índices de reajuste dos contratos de construção”, resumiu, ao afirmar que o melhor e mais justo teria sido promover uma redução linear de contribuição previdenciária para todas as empresas do setor. Terceirização Com mediação de Renato Romano, do Conselho Jurídico do SindusCon-SP, a questão da terceirização foi o tema da mesa redonda que reuniu o vice-presidente de Relações Capital-Trabalho, Haruo Ishikawa; o desembargador Ricardo Tadeu Marques da Fonseca e o deputado federal Sandro Mabel (PMDB-GO), autor do projeto de lei 4.330/2004 – que regulamenta a terceirização de mão de obra. Polêmico, o tema suscitou um acalorado embate entre Fonseca e Mabel. Ao expor seu projeto, Mabel disse que o tem trabalhado para proteger o trabalha-
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dor terceirizado, oferecendo segurança jurídica para as duas partes (o empregador e o trabalhador), assegurando quais são as obrigações, regularizando a terceirização. “A lei procura deixar claro o que é terceirização”, disse. Contrário ao projeto, o desembargador Fonseca defendeu que o texto, se for aprovado como está, desencadeará uma perda salarial considerável, o que deve afetar o consumo. “Acredito que isso também irá esfacelar o conceito de categoria como se conhece hoje. Do ponto de vista patronal, haverá um esvaziamento”, observou Fonseca, que alertou para a precarização entre terceirizados. Mabel defendeu-se: “Nosso projeto não vai reduzir a massa salarial, muito pelo contrário. Vamos acabar com os picaretas ao estimular a especialização. Estamos falando em 15 milhões de trabalhadores que não tem seus direitos garantidos hoje”. De acordo com deputado, a falta de especialização gera maior gasto de material, elevando os custos e prejudicando a competitividade. Não convencido pelas palavras de Mabel, o desembargador reafirmou acreditar que as mazelas que vão se criar a partir da liberação indiscriminada da terceirização no médio e longo prazos são preocupantes. “Na minha avaliação, a economia existe para servir ao homem, e não o contrário”.
Debate com Fonseca, Romano, Ishikawa e Mabel rendeu um acalorado embate entre o desembargador e o deputado
Dúvidas na licença ambiental “Melhores cidades aumentam a demanda por moradia. Este é nosso insumo básico. Temos de procurar, de maneira mais assertiva e crítica, debater a questão da ocupação urbana.” Com este argumento, Francisco Vasconcellos, vice-presidente de Meio Ambiente do SindusCon-SP, falou sobre os impactos do Novo Código Florestal nos empreendimentos urbanos. Segundo ele, algumas questões ambientais permanecem. “Sabemos que as cidades são construídas de modo informal e que muitos dos problemas recaem sobre os que tentam cumprir as leis. Este conflito gera a maioria dos nossos problemas. E só a maturidade da sociedade vai resolvê-lo”, avaliou. “O problema é que, mesmo depois de o licenciamento ambiental obtido e das outras etapas cumpridas, a insegurança jurídica permanece”, comentou José Carlos Puoli, coordenador do Conselho Jurídico do SindusCon-SP. “O cenário está ainda mais restritivo, na busca de parâmetros que nem sempre são fáceis de alcançar”, reforçou. Puoli lembrou que, no Novo Código Florestal, o meio ambiente acabou sendo fracionado em dois: o meio natural e o urbano. “Temos de perceber que a nossa atividade traz, sim, impacto ao meio ambiente e ao ambiente urbano. A preocupação é com o futuro. Mas como evitar o esgotamento do meio ambiente? Trabalhar dentro da lei, no limite do possível, agrava ainda mais a insegurança, pela subjetividade que gera questionamentos dos fiscais. E efeitos cumulativos de uso de uma área podem trazer consequências não pensadas individualmente”, ponderou.
Pagar os custos A advogada Ana Claudia La Plata de Mello Franco, do escritório Milaré Advogados, lembrou que, desde sempre, as cidades se valeram das áreas sensíveis ao equilíbrio ambiental (beiras dos rios, próximas aos cursos d’água, e topos de morro). “O Código Florestal tenta evitar a ocupação irregular e evitar conflitos entre o direito à propriedade, moradia e meio ambiente. Nas questões das cidades, estamos dispostos a pagar estes custos?”, questionou. Segundo ela, o contrabalanço das ações jurídicas referentes aos cursos d’água em APPs (Áreas de Preservação Permanente) só será possível em casos concretos. “O respeito ao direito adquirido não pode ser violado. Que pelo menos se pense em indenização daquele que tem seu direito adquirido diminuído ou suprimido”, ponderou. Nas APPs, a lei alterou a referência de mensuração das faixas de proteção do curso d’água, causando dificuldades de interpretação. “É um conceito muito técnico que gerará subjetividades, sobretudo levando-se em conta as intermitências dos fluxos de água nas diferentes estações do ano ou em regiões muito diferentes”, explicou Ana Claudia. Para Puoli, por isto é necessário que o empreendedor invista na qualidade do projeto, abrindo mão da rapidez. “Não tem jeito. Para não perder anos com embargos judiciais, é preciso paciência nos levantamentos prévios”, disse. “Poderíamos fazer um licenciamento compartilhado, criar um elo de confiança com os técnicos e o Ministério Público”, sugeriu Vasconcellos.
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Ana Claudia, Puoli e Vasconcellos: insegurança jurídica permanece nas questões ambientais, mesmo após o novo Código
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Ônus da prova é do usuário A Norma de Desempenho é a maior autorregulamentação da qual se tem notícia. Nenhum outro setor ousou tanto quanto a construção civil. A afirmação é do coordenador do Conselho Jurídico do Secovi-SP, Carlos Pinto del Mar, que palestrou no 1º Congresso Jurídico do SindusCon-SP sobre a ABNT NBR 15.575 (Edificações Habitacionais – Desempenho). Segundo ele, a definição dos itens que precisam de manutenção –e os prazos nos quais elas devem ser realizadas–, com base no que determina a Norma de Desempenho, elimina boa parte da insegurança jurídica em relação às responsabilizações no caso de um problema em um imóvel. “Pelo menos acaba a insegurança em termos do que se espera do produto entregue, ainda que os prazos de vida útil sejam bem longos.” Del Mar lembrou que, se a elaboração de uma norma técnica é voluntária e dependente da iniciativa da sociedade, o seu cumprimento é obrigatório. “É um dever.” Segundo ele, “o atendimento às normas técnicas é uma presunção de regularidade e seu descumprimento traz desde a rejeição do produto pelo cliente até multas dos Procons, penhoras, graves reflexos na esfera criminal e a possibilidade de o cliente obter um abatimento do preço e indenizações. Segundo o advogado, a chave para que o construtor se cubra de cuidados contra possíveis alegações de responsabilidades perante a Justiça está na documentação e acompanhamento da manutenção do imóvel. “O ônus da prova é dos usuários”, sentenciou. Para ele, com o passar do tempo, não há como exigir o desempenho e a qualidade de um imóvel sem o cumprimento de um plano de manutenção. “O direito dos usuários (à qualidade), ao longo do tempo, depende da realização da manutenção. E, como os atos e fatos da manutenção são 10
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incumbências dos usuários, a manutenção é um fato constitutivo de seu direito.” Uma manutenção adequada, além de prevenir problemas, manter a qualidade do imóvel e dar condições para que a sua vida útil se confirme, “exclui o construtor de responsabilidades, caso a mesma não seja rigorosamente feita, provocando a culpa exclusiva da vítima”, disse Del Mar. Ele recomenda ainda que os registros das manutenções efetivamente realizadas sejam mantidos “para prover evidência da efetiva implementação destes serviços”. Fácil de entender Fabio Villas Bôas, coordenador da Comissão de Estudos de Revisão da Norma de Desempenho da ABNT e do Grupo de Trabalho de Pós-Obra do CTQ, debateu as implicações jurídicas da Norma com Carlos Del Mar e Olivar Lorena Vitale Junior, membro do Conselho Jurídico do SindusCon-SP. “A NBR 15.575 faz barulho na mídia porque é fácil de entender”. Para ele, a norma também “cria referência para a avaliação de unidades similares, equilibrando as relações de consumo. Para Olivar Lorena Vitale Junior, membro do Conselho Jurídico do Sindus Con-SP e coordenador do debate, “uma vez demandado um construtor, a defesa será a não existência de dano ou nexo causal”.
Olivar Vitale Jr. (ao centro) fala sobre as implicações jurídicas da Norma de Desempenho, ao lado de Del Mar (esq.) e de Villas Bôas
Plano Diretor causa apreensão O andamento dos trabalhos de revisão participativa do Plano Diretor Estratégico do Município de São Paulo também foi alvo das palestras do 1º Congresso Jurídico do SindusCon-SP. Ricardo Yazbek, vice-presidente do Secovi-SP, expôs detalhes do anteprojeto de lei que a Prefeitura apresentou à sociedade, estruturado em três estratégias: a otimização dos eixos de transporte coletivo; a macroárea de estruturação metropolitana; e a macroárea de redução de vulnerabilidades. A proposta usa vários instrumentos, como a transferência de potencial construtivo, outorga onerosa, Operações Urbanas, parcelamento, edificação e utilização compulsória. “A chamada cota de solidariedade é uma novidade, assim como a arrecadação de bens abandonados e a reordenação urbanística integrada. Haverá elevação de 20% na reserva de Zonas Especiais de Interesse Social, mas o que chama mais a atenção é o grande aumento do custo das outorgas onerosas”, afirmou Yazbek. Ele também destacou a limitação de vaga de garagem para novos lançamentos. “A cidade precisa de novos modelos de ocupação, mas a missão do mercado imobiliário é atender a demanda, que ainda exige vagas para seus automóveis”, comentou. Segundo Yaszbek, de janeiro de 2004 a junho de 2013, foram lançadas, na Região Metropolitana de São Paulo, 491 mil unidades com 1 milhão de vagas de garagem, para um aumento populacional de 1,3 milhão de habitantes. “Até 2022, a demanda será de 1,8 milhão de unidades por ano.” Ele questionou como acomodar as 30 mil unidades demandadas todo ano. “As cidades compactas são uma solução, assim como verticalizar e incentivar a mescla de uso”, apontou. Para Yazbek, a revisão do Plano Diretor
é uma ótima oportunidade de repensar ferramentas de planejamento urbano, como o coeficiente de aproveitamento máximo dos terrenos. “Enquanto em Denver (Colorado, EUA) o aproveitamento é de até 17 vezes, em Nova York, de 15 vezes e em Chicago e Hong Hong, de 12, em São Paulo o coeficiente não passa de 4.” A baixa densidade populacional, de 7,4 habitantes por km2, da cidade de São Paulo também contrasta com importantes lugares do mundo: Mumbai (Índia) tem 23 hab/ km2; Paris, 21,3 hab/km2. “O adensamento ao longo das grandes vias e a criação de polos de desenvolvimento autossustentáveis é uma das sugestões que já apresentamos ao prefeito Haddad”, informou Yazbek.
Yazbek: São Paulo tem um grande potencial de aproveitamento de terrenos ainda a ser explorado
Retroatividade Segundo Yazbek, tem causado dor de cabeça a disposição da Prefeitura em retroa gir a validação das leis relativas à Operação Água Branca. “Vamos, lealmente, para a Justiça. É uma questão de sobrevivência da indústria imobiliária”, comentou. Os vice-presidentes do SindusCon-SP Odair Senra (Imobiliário) e Mauricio Bianchi (Relações Institucionais) também participaram do debate. Para Bianchi, “regras claras e transparência evitam especulação. Não somos predadores. Lutamos para acabar com a sobreposição de poderes e atos de corrupção. Precisamos reinvidicar o aumento do coeficiente construtivo para São Paulo, e o Plano Diretor pode ajudar nisto”. Leia reportagem à pág. 12
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SindusCon-SP questiona item do Plano Diretor O presidente do SindusCon-SP, Sergio Watanabe, manifestou ao prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, a preocupação da indústria imobiliária com o item do anteprojeto do Plano Diretor que retroage a 31 de julho de 2013 os efeitos do mesmo. Segundo Watanabe, o item gerou grande insegurança junto às construtoras. Aquelas que estavam preparando seus terrenos para lançar empreendimentos imobiliários poderão ter seus projetos inviabilizados financeiramente, com a queda prevista
no anteprojeto, de 2 para 1 vez a área do terreno, do coeficiente de aproveitamento para construção. Outras construtoras que estavam por adquirir terrenos para futuras edificações interromperam as negociações. “Este é um detalhe do Plano Diretor”, limitou-se a comentar o prefeito, evitando entrar no mérito da questão. (Rafael Marko)
Observado pelo secretário municipal Simão Pedro, Watanabe manifesta preocupação a Haddad (dir.) sobre retroatividade
CTQ mostra ganhos de produtividade Soluções industrializadas, inovações em projetos e métodos construtivos e o treinamento da mão de obra têm contribuído para a elevação da produtividade na edificação de estruturas no Brasil. Foi o que mostrou o coordenador do CTQ (Comitê de Tecnologia e Qualidade) do SindusCon-SP, Jorge Batlouni, em seminário sobre habitação no Concrete Show, em agosto. Batlouni destacou a necessidade de incremento da produtividade, uma vez que os custos com a mão de obra subiram expressivamente nos últimos anos. Segundo ele, essa evolução já se fazia sentir. A produtividade na execução de um metro cúbico de estrutura de concreto, que vem aumentando nas últimas décadas, em 2008 era em média de 17 Homens/hora e hoje já chega está em cerca de 15 H/h. O coordenador do CTQ mostrou o emprego recente de novas soluções na execução dessas estruturas, como minigruas, mastros distribuidores de concreto e spiders. Ele também destacou a importância das Missões 12
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Técnicas do SindusCon-SP ao exterior para trazer inovações que elevam a produtividade. Minha Casa Ao abrir o seminário, a secretária Nacional da Habitação, Inês Magalhães, negou que o governo irá reajustar os valores pagos pelos imóveis da faixa 1 do Programa Minha Casa, Minha Vida. Segundo ela, a baixa produção para esta faixa no município de São Paulo seria um problema da capital paulista e não do MCMV, e só poderia ser mitigada por parcerias e mudanças no Plano Diretor. Ela anunciou que o Ministério está desenvolvendo diversas ações para estimular a produtividade e a inovação na construção de moradias, favorecendo a sustentabilidade e a durabilidade das edificações, bem como a redução do custo de sua manutenção futura. Também presente, o secretário estadual da Habitação, Silvio Torres, anunciou que em meados de setembro sairia o edital da PPP para a construção de 20,2 mil moradias na capital paulista. (RM)
Batlouni: missões técnicas do SindusCon-SP foram relevantes para conhecer mais inovações
S INDU S C O N - S P EM A Ç Ã O
SindusCon-SP e Prefeitura assinam convênio Plantas On Line 2 Foto: Arquivo Secovi-SP/Calão Jorge
Com a intenção de estimular e implementar ações conjuntas para o melhor funcionamento operacional da nova Secretaria Especial de Licenciamento (SEL), o SindusCon-SP firmou o convênio de cooperação Plantas On Line 2 com a Prefeitura do Município de São Paulo, em agosto. O documento foi assinado em parceria com a Asbea e o Secovi-SP. O convênio, que reúne associados das três entidades, pretende arrecadar R$ 2 milhões para auxiliar a Secretaria em estruturação de seu espaço físico, informatização e mobiliário. A reunião de formalização do convênio, que ocorreu na sede do Secovi-SP, contou com as participações de Sergio Watanabe, presidente do sindicato; Cláudio Bernardes, presidente do Secovi-SP; Eduardo Nardelli,
presidente da Asbea, e Paula Maria Motta Lara, secretária Municipal de Licenciamento. Ela apresentou sua equipe e ressaltou que já está disponível no site da secretaria o guia para aprovação de HIS e HMP (Habitação de Mercado Popular). (FH)
Bernardes, Nardelli, Paula Motta e Watanabe, durante evento para assinatura do convênio
Seminário BIM focará perfil do profissional Uma das atrações do 4º Seminário Internacional BIM – Modelagem da Informação da Construção, que o SindusCon-SP realizará em 24 de outubro, no Teatro Renaissance, em São Paulo, será a palestra “As competências necessárias para o profissional que atua no processo BIM”, ministrada por Bilal Succar, da BIM Excellence e presidente do grupo de trabalho do Instituto Australiano de Arquitetos para o Ensino do BIM. O SindusCon-SP também trará a experiência de uma das maiores empresas de engenharia e construção europeias, a portuguesa Mota-Engil. Outro tema importante é a implantação da ferramenta aos projetos de sistemas hidráulicos, elétricos e mecânicos, e sua integração com as demais especialidades. Christopher di Iorio, CEO da EngWorks (BIM Technology), dos EUA, deve ajudar a 14
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elucidar o que é preciso fazer. Mais uma vez, o seminário apresentará um panorama sobre os avanços já obtidos na implementação do BIM no Brasil por meio de três casos emblemáticos: da Matec Engenharia, sobre a implantação do BIM nos seus projetos; da Contier Anquitetura, sobre a aplicação do BIM no projeto do centro administrativo da Petrobras, em Santos; e da Sinco, sobre as potencialidades do processo BIM aplicado à estimativa de custos e planejamento de obras. Lúcio Soibelman, chefe do Sonny Astani Department of Civil and Environmental Engineering na Universidade do Sul da Califórnia, voltará ao Brasil para avaliar o estágio atual do BIM e discutir as necessidades de avanço para a implantação do processo BIM na construção civil brasileira. Informações e inscrições: (11) 3334-5600. (NB)
G E S T Ã O DA O B RA
Repensar a organização
Maria Angelica Covelo Silva é engenheira civil, mestre e doutora em engenharia, diretora da NGI Consultoria e Desenvolvimento Envie seus comentários, críticas, perguntas e sugestões de temas para esta coluna: ngi@ngiconsultoria. com.br
Muitas têm sido as considerações sobre o perfil e o conhecimento requeridos dos engenheiros de produção, de obra e muito se tem falado sobre a juventude dos engenheiros que estão nos canteiros e as consequências que a falta de experiência pode trazer do ponto de vista de riscos de engenharia. Mas muito pouco tem sido discutido sobre a adequação da estrutura organizacional clássica que se adota no mercado de construção diante das condições que se apresentam para a realização das obras. As necessidades atuais envolvem empreendimentos de grande porte, com prazos menores do que os de alguns anos atrás, sem que tenha havido mudança significativa de tecnologia que proporcione a industrialização necessária para reduzir prazos com segurança, com limitações logísticas impostas por restrições a acesso para carga e descarga, e uma série de outros fatores que aumentaram a complexidade de todo o processo produtivo.
engenheiro de obras tem que ser a tecnologia de construção com o comportamento dos materiais e componentes, a análise do projeto e a execução correta e totalmente aderente ao projeto, o controle tecnológico maior do que simplesmente a análise dos resultados de ensaios de concreto. Ao longo dos anos, sem este repensar da estrutura de conhecimentos e características dos profissionais requeridos, perdemos a essência da formação do engenheiro em meio a inúmeros controles de prazos e de custos e estamos vendo as obras sem ação técnica de fato sobre as fundações, estruturas, vedações, revestimentos etc. Focado na administração do contrato, o engenheiro passou muitas das suas antigas atribuições para profissionais que ainda não deveriam assumir tais responsabilidades, como estagiários e trainees. O engenheiro de obras responsável pela tecnologia de construção precisa conhecêla em profundidade, para ter capacidade de liderar a produção do ponto de vista do desempenho que esta edificação terá após concluída. A liderança tecnológica deve ser da construtora por meio desta equipe que está à frente da produção, e jamais se diluir entre os muitos fornecedores. O não exercício deste conhecimento (e a perda dele) é a chave para entender os vários problemas de não conformidade e qualidade vividos nos últimos anos, muito mais do que a falta de mão de obra operária qualificada. Está na hora de rever e mudar esta organização que certamente levará a se constatar a necessidade de reciclagem de conhecimentos e de distribuição de atribuições nos canteiros de obras.
Saber tecnológico do engenheiro é decisivo para a qualidade da obra Precisamos reavaliar a natureza das atividades e dos conhecimentos requeridos para todo o processo de execução da obra e com isso rever a estrutura organizacional e de atribuições. O processo requer conhecimentos e habilidades de uma variada gama, mas se pode notar que a natureza de necessidades requer uma estrutura organizacional em que o engenheiro não deve mais ser o único responsável técnico. Ele precisa contar com uma equipe que envolva diferentes formações como a formação em administração, logística, segurança, gestão ambiental. A essência do conhecimento do
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qualidade
Novidades concretas O Concrete Show South America 2013 apresentou em agosto as mais recentes inovações tecnológicas em máquinas, sistemas construtivos à base de cimento, serviços e outros sistemas. Entre as novidades está a Novatreliça, uma solução em aço galvalume para construir lajes. Segundo o fabricante, o material é três vezes mais resistente à corrosão que o aço galvanizado e pesa só 940 gramas por metro linear, 1/7 de uma vigota comum. A Novatreliça vai com espaçadores, fixados a cada 20 cm, que garantem o posicionamento e a uniformidade das armações de treliças. A Menegotti mostrou o projetor de argamassa MPA 150, que promete ganho de 800% em produtividade comparado ao método tradicional, projetando até 30 litros por minuto, a 20 m na vertical. Segundo o fabricante, outro diferencial são os dois dias de “entrega técnica” oferecidos para treinar as equipes no canteiro de obra. A Zoomlion Cifa apresentou sua linha de bombas lança. A maior delas (56X-6RZ) tem vazão máxima teórica de 180 m³/h e atinge 56 metros na vertical. O modelo tem abertura da lança em “Z”, três bombas hidráulicas independentes e painel de monitoramento em LCD. A auto bomba para concreto com mastro S58SX, da Schwing Stetter, alcança até 58 metros na vertical e promete vazão máxima de 164 m³/h. O grupo Astra lançou o duto de entulho da marca Japi, fabricado em polipropileno. Para obras de vários pavimentos, as peças têm encaixes que permitem aumentar o duto no tamanho desejado. Microcimento Para reforçar estruturas de concreto, a 18
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Holcim apresentou sua família Maxigrout, à base de microcimentos, para preenchimento de vazios para suporte estrutural, confecção de estruturas e reparos de pavimentos e pisos. Além dele, a Holcim promoveu o Sistema Microinjet, de injeção de calda coloidal de microcimento. Segundo a empresa, em pavimentos de concreto, o sistema restaura a capacidade de carga em base e sub-base granulares, estabiliza recalques diferentes em placas de concreto e corrige o bombeamento de finos e a formação de trincas e fissuras. O estande da Weber destacou o Contrapiso Autonivelante, sistema composto por argamassa cimentícia de autodesempenho, autoadensável e autoniovelante, monocomponente e bastante fluida, que permite ser bombeada. A Husqvarna, por sua vez, apostou no processo para polimento de pisos Hiperfloor, formado por máquinas e ferramentas diamantadas de última geração que desbastam o concreto e removem a nata superficial, expondo os agregados. Para a empresa, a solução é tendência nos EUA e no Brasil para pisos internos e externos e teria, entre outras, até as vantagens de economizar energia elétrica, pela propriedade de aumentar a reflexão da luz pelo polimento do piso, e de ter um ciclo de vida mais longo, pois o concreto pode ser renovado com um novo lixamento que remova a camada mais antiga e superficial. (Nathalia Barboza)
A auto bomba S58SX, da Schwing, alcança até 58 metros na vertical
Da Menegotti, a minigrua Elleva Max 500 tem lança telescópica extensível e carrega até 500 kg a 80 m de altura
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Foto: Gabriel Pevide
RELAÇÕES INTERNACIONAIS
Em primeiro plano, Watanabe, Fukushima e Aoki fazem reverência, em aula sobre etiqueta japonesa antes da viagem
SindusCon-SP foi ao Japão O cônsul geral do Japão em São Paulo, Noriteru Fukushima, em evento realizado no final de agosto no SindusCon-SP, desejou “grande sucesso” aos 30 membros da Missão Técnica que o sindicato levou àquele país em setembro. Fukushima destacou que a Missão encontraria um “ambiente econômico muito bom” em função da Abenomics, a política econômica implementada pelo primeiro- ministro Shinzo Abe. Ao agradecer o empenho do cônsul geral e equipe na realização da empreitada, o presidente do SindusCon-SP, Sergio Watanabe, destacou que a Missão traria “uma contribuição muito importante em tecnologia, inovação, processos construtivos e sustentabilidade ambiental” e teria também a oportunidade de “apreciar a cultura japonesa que tem, entre outras características, a sabedoria de como enfrentar dificuldades”. Watanabe elogiou Salvador Benevides, diretor de Relações Internacionais do SindusCon-SP, e o ex-superintendente do sindicato e diretor da Tecnum Engenharia, Sussumu Niyama, “que realizaram um belo trabalho para nos proporcionar uma Missão Técnica do mais alto nível”. Benevides, por sua vez, agradeceu ao cônsul e enfatizou o incentivo dado pelo presidente, pelo vice-presidente Administrativo e Financeiro, Cristiano Goldstein, e pela equipe do sindicato para a realização da viagem. Já Niyama apresentou a agenda técnica da Missão e também agradeceu ao cônsul e à Embaixada do Japão em Brasília pelo apoio dado, especialmente a Takeshi Inukai, secretário do Departamento Financeiro.
O evento contou com palestras sobre etiqueta japonesa, a cargo da pesquisadora Lumi Toyoda e da presidente da Blue Tree Hotels, a empresária Chieko Aoki. Participantes A Missão será liderada por Watanabe e, além de Benevides e Niyama, participarão os vice-presidentes Eduardo Zaidan, Haruo Ishikawa, João Lemos, Maurício Bianchi e Paulo Sanchez; os representantes do sindicato junto à Fiesp José Romeu Ferraz Neto e Sergio Porto; o diretor Jurídico, Paulo Batistella; o ex-presidente e conselheiro Artur Quaresma Filho e o 2º vice-presidente do Conselho Consultivo, José Batista Ferreira. Também integrarão a Missão os membros do Comitê de Tecnologia e Qualidade do SindusCon-SP Alexandre Luis de Oliveira, Fábio Ribeiro, Fernando Fernandes, Luiz Bueno, Luiz Lucio, Paulo Aridan Mingione e Renato Genioli Jr. Os demais participantes são: o presidente do Sinaenco-SP, José Roberto Bernasconi; o membro do Conselho Deliberativo da Abece, Francisco Graziano; o diretor da Abece, Virgílio Ramos; o vice-presidente da Ademi-RJ, Joaquim Andrade; o presidente do Conselho Consultivo da Asbea, Henrique Cambiaghi; o diretor presidente da Formaplan, Francisco Pigatto Neto; o sócio diretor da JDL, José Carlos Sampaio; o sócio diretor da Gesso New, Carlos Franck; o diretor de Operações da Interbusiness, Argemiro Villaça; e o editor de Notícias da Construção, Rafael Marko. A reportagem completa sobre a viagem sairá na próxima edição. (RM)
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empreendedorismo
Mire na logística
PROF. HAMILTON POZO é engenheiro, administrador, mestre, doutor e pós-doutorado em Administração, consultor, palestrante, autor e pesquisador da FACCAMP Envie seus comentários, críticas, perguntas e sugestões de temas para esta coluna: h.pozo@ faccamp.br
A redução dos custos representa um dos principais mecanismos para as empresas atingirem vantagem competitiva. Um número cada vez maior de companhias tem concentrado esforços na melhoria das atividades principais de sua atuação, enquanto outras investem no seu relacionamento na cadeia externa, para obter redução de custos ou diferenciação. Para superar estes desafios e se manter no mercado, algumas empresas buscam na logística e, principalmente, na cadeia de suprimentos o diferencial competitivo, com uma gestão voltada a otimizar recursos e reduzir custos. Planejam e coordenam suas ações de forma integrada, avaliando todo o processo desde o fornecimento da matéria prima até a certeza do perfeito atendimento ao cliente. As atividades de logística, envolvendo transporte, movimentação e armazenagem de produtos dentro e fora das empresas, geram elevados custos, afetando drasticamente o resultado financeiro.
conforme proposto abaixo. Transportes. Raramente os pequenos empresários consideram os custos com transportes de matérias primas e dos produtos adquiridos. Embora o fornecedor fale que não cobra o frete, esse custo está “embutido” no preço dos materiais comprados. Se você conseguir avaliá-lo, poderá identificar oportunidades de transporte colaborativo ou operações com frota dedicada em circuito fechado. Os custos com a entrega de produtos são mais facilmente obtidos, favorecendo também oportunidades de transportes colaborativos. Esta ação pode reduzir o custo final do produto em até 8%. Armazenagem. Separe os custos com armazenagem em quatro grupos: espaço físico, equipamentos de movimentação, material estocado e mão de obra operacional. Contabilize os gastos separadamente e analise o componente monetário de cada um deles. Constatará que o impacto da somatória desses valores (espaço físico, equipamentos, materiais estocados e a mão de obra para mantê-los) no custo de um produto é elevado e representa em torno de 10% a 15% do custo final. Quanto maior o estoque, maior o impacto desse custo no produto ou serviço e menor a rentabilidade da empresa. Motivo: muito dinheiro parado e muita necessidade de capital de giro, espaços caros sem gerar valor, muito investimento em equipamentos e muita gente para cuidar do estoque. Quando você consegue medir seus custos, visíveis e ocultos, melhorará seu controle e o resultado de sua gestão. Como dizem os americanos: what you measure is all you’ll get.
Reduzir os custos de armazenagem e transporte aumenta a competitividade A redução de custos logísticos constituise em um dos principais desafios do empresário, principalmente no setor de construção. Reduzir custos isoladamente parece fácil, mas a obtenção de melhores resultados e o aumento da produtividade operacional e do nível de serviço são uma tarefa árdua e complexa. Comece mensurando corretamente os custos, separando-os em quatro classes: transportes, movimentação, armazenagem e serviço ao cliente (customer service). Nesta edição, vamos discutir transportes e armazenagem. Faça uma análise detalhada de cada um deles e meça todos os seus componentes,
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Foto: Gabriel Pevide
RELA Ç Õ E S CAPITAL - TRA B AL H O
O ‘esquenta’ da Megasipat Pelo segundo ano consecutivo, a Megasipat (Mega Semana Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho) iniciou seu calendário com a versão voltada aos funcionários da sede e das Regionais do SindusCon-SP. Em 30 de agosto, eles se reuniram no Teatro do Seconci-SP para um dia inteiro de atividades, sob o tema central “Segurança e Saúde – Trabalhe com Esta Ideia”. Na 14ª Megasipat, o pessoal administrativo assistiu a palestras sobre dependência química e alcoolismo; saúde da mulher e do homem; dificuldades de comunicação auditiva; nutrição; ginástica laboral; ergonomia e posturas; violência doméstica e contra a mulher; e moradia segura. Eles tiveram ainda à disposição a realização de exames médicos, café da manhã, lanche, almoço e sorteio de brindes. Permeando as palestras e atividades, um grupo teatral animou os participantes enquanto os fazia pensar sobre temas cotidianos, problemas de relacionamento e hábitos comportamentais. O evento foi aberto com as boas-vindas do secretário-geral do Seconci-SP, Fernando
Costa. Nelson Matias, representante do Sintracon-SP (sindicato dos trabalhadores), destacou a importância da educação para a mudança da realidade do canteiro de obra. “Tudo na construção civil é mega”, disse Eduardo Ferreira Arantes, gerenteexecutivo de Qualidade de Vida do Sesi-SP, para quem “podemos ser também na saúde e segurança do trabalho”. Abílio Weber, diretor da Escola Orlando Lavieiro Ferraiuolo (Senai Tatuapé), reforçou o compromisso da entidade em “desenvolver as competências para a segurança”. Os vice-presidentes de Relações Capital-Trabalho e de Responsabilidade Social do SindusCon-SP, Haruo Ishikawa e Maristela Honda, agradeceram os parceiros e apoiadores e destacaram a prevenção como o caminho para melhorar a qualidade de vida dos trabalhadores do setor. “Temos a responsabilidade de fazer acontecer e vamos honrar esta camisa”, afirmou Maristela. (Nathalia Barboza)
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Grupo teatral pontuou as palestras da edição administrativa da Megasipat, que aconteceu no teatro do Seconci-SP, em São Paulo
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G E S T Ã O EMPRE S ARIAL
Conselhos X CEOs
Maria Angelica Lencione Pedreti é professora de Contabilidade e Finanças da FGV e mestra em Administração de Empresas; trabalha em Planejamento Estratégico Envie seus comentários, críticas, perguntas e sugestões de temas para esta coluna: maria.lencione@ fgv.br
Os conselhos de administração devem proteger os interesses das empresas, impedindo, por exemplo, que os CEOs se transformem em ditadores, administrando o patrimônio de acordo com seus interesses. Alguns conselhos, porém, cometem atos de corrupção gravíssimos. Segundo pesquisa feita com CEOs pela Harvard Business Review, eles próprios admitem que têm sido tímidos por temerem parecer presunçosos e provocar a ira dos conselhos contra sua administração. Os CEOs fazem cinco recomendações aos conselheiros: 1. Foquem mais nos riscos inerentes ao futuro da empresa. É compreensível que os conselhos se preocupem com riscos assumidos pela administração, mas a aversão a risco chega a limitar o potencial de crescimento sustentável das companhias, especialmente em casos como fusões e aquisições.
discussões e a empresa toda se beneficia disto. 4. Desafiem mais frequentemente e construtivamente a estratégia. Os CEOs esperam que as reuniões do conselho sejam um bom fórum para discutir como avançar, fazer todos pensarem se não há uma forma melhor de realizar algo pela empresa, agora e no futuro. Eles não desejam que seus projetos sejam aprovados sem um bom teste, sem serem analisados por diferentes pontos de vista e esperam este tipo de desafio dos conselhos. Obviamente, as críticas devem ser respeitosas e sempre construtivas. 5. Façam as sucessões perturbarem menos as operações, e não mais. É o caso quando o conselho perde a confiança na capacidade do CEO e o substitui, de surpresa, por intermédio de um processo confuso e sem a comunicação adequada desde sua origem, que muitas vezes culmina na substituição do profissional sem a completa compreensão do que realmente a motivou. Aí a empresa sofre, pois por algum tempo perde o rumo e depois perderá mais tempo para se reestruturar. Finalmente, a pesquisa trouxe três importantes conclusões: a) os CEOs não querem esvaziar o poder de seus conselhos; b) alguns conselhos não estão trabalhando tão bem como deveriam e simples ações sistemáticas poderiam incrementar sua atuação de forma relevante; c) as melhores parcerias de liderança são formadas onde há respeito mútuo, compromisso com o futuro da companhia, e fortes laços de confiança. Novamente, como destacamos na edição anterior de Notícias da Construção, trata-se de questão de caráter, pois significa simplesmente fazer o certo, mesmo que ninguém esteja olhando.
Veja o que executivos recomendam aos conselheiros das companhias 2. Façam sua lição de casa. O profissional que aceitou participar de um conselho deve vir preparado para as reuniões, compreender as operações, os trabalhos da empresa e a evolução do setor, muito mais do que simplesmente ler os resumos e relatórios enviados na semana anterior. O conselheiro deve estar sempre presente, como os conselheiros da Direct TV, citada na pesquisa, em que o CEO se relaciona com os conselheiros enviando relatórios extras e em teleconferências, quando necessário, independentemente da data das reuniões. 3. Tragam conhecimento amplo e relevante. Mais importante que ser uma celebridade, o bom conselheiro agrega seu conhecimento e perspectivas diferenciadas às
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MEI O AM B IENTE
Propostas do SindusCon-SP entram no Plano de Resíduos de São Paulo Todas as propostas apresentadas na 4ª Conferência Municipal do Meio Ambiente, no final de agosto, pelo presidente do SindusCon-SP, Sergio Watanabe, foram incorporadas no texto final do Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos da Cidade de São Paulo, e serão levadas às Conferências Estadual e Federal do Meio Ambiente. São as seguintes: • alinhar as Políticas Federal, Estadual e Municipal de Resíduos, integrando a gestão dos mesmos na cidade de São Paulo com aquelas feitas em sua Região Metropolitana. • estimular a implementação de aterros públicos e privados que possibilitem o correto manejo desses resíduos; • incluir no site da prefeitura a relação desses locais; • criar mecanismos que facilitem a gestão dos resíduos de forma transparente pelas construtoras, inclusive de forma que todo o gerenciamento possa ser feito on line pelos geradores, evitando-se assim distorções e riscos no processo; • adequar a classificação dos resíduos, compatibilizando-a com a Lista Nacional e a Resolução Conama 307, de modo a facilitar seu gerenciamento e a produção de indicadores; • estabelecer metas tangíveis e passíveis de medição; • iniciar o debate com os fabricantes de insumos da construção sobre logística reversa. O prefeito Fernando Haddad destacou a necessidade de combate aos cerca de 3.800 pontos de deposição irregular de entulho na cidade. Entre outros, também participaram da solenidade os secretários municipais Simão Pedro Chiovetti (Serviços), Ricardo Teixeira (Verde e do Meio Ambiente) e Chico Macena (Subprefeituras), além do 26
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presidente da Amlurb, Silvano Silvério. A técnica Juliana Almeida, do SindusCon-SP, representou o sindicato nos trabalhos do evento. Guia de Emissões O Guia Metodológico para Inventários de Gases de Efeito Estufa (GEE) na Construção Civil – Setor Edificações, produzido pelo SindusCon-SP, foi apresentado na 4ª edição do Greenbuilding Brasil, em agosto. A publicação é uma realização da vice-presidência de Meio Ambiente do sindicato e do seu Comitê de Meio Ambiente (Comasp). O consultor Ricardo Neuding, da ATA, palestrou sobre as recomendações, ferramentas e critérios propostos no guia. “Essa é apenas a primeira edição. Na prática, com o uso do guia teremos as indicações de como promover melhorias”, observou Neuding. Segundo ele, há bastante interesse das empresas que ainda não trabalham com esse tipo de inventário em introduzir a prática. “Dentro da indústria, as construtoras e incorporadoras têm potencial para liderar essa ideia. Os fabricantes de cimento e de aço, principais emissores de CO2 dentro do setor, já estão criando seus próprios movimentos de controle. Precisamos é de sinergia”, acrescentou. Neuding destacou que o guia recomenda incluir a fabricação de materiais no processo de seleção da construtora. (Fabiana Holtz e Rafael Marko)
Chiovetti, Haddad, Nei Maranhão (Ministério das Cidades), Teixeira e Watanabe, na 4ª Conferência Municipal do Meio Ambiente
Ibama: atenção ao prazo para recadastramento Desde o início de julho é preciso fazer no site do Ibama o recadastramento de pessoas físicas e jurídicas inscritas no Cadastro Técnico Federal de Atividades Potencialmente Poluidoras e Utilizadoras de Recursos Ambientais (CTF/APP). Publicada em abril no Diário Oficial da União (DOU), a Instrução Normativa nº 6 do Instituto inclui todas as construtoras –mesmo as que não trabalham com madeira nativa. Os inscritos que não cumprirem a determinação terão seu cadastro suspenso para averiguação e ficarão bloqueados nos sistemas geridos pelo Ibama, entre eles o Documento de Origem Florestal (DOF) e sistemas estaduais de gestão ambiental, como o Sisflora, sem prejuízo de outras
medidas cabíveis decorrentes de auditagem. Na página inicial do Ibama (http://www. ibama.gov.br/), o interessado deverá clicar na opção recadastramento CTF. Para finalizar a operação será necessário emitir um novo Comprovante de Inscrição. Recomenda-se a impressão dos dados. Devido aos problemas no acesso com o Explorer e Google Chrome, é recomendável o uso do Mozilla Firefox. É importante lembrar que o recadastramento não altera os prazos de entrega do Relatório Anual de Atividade ou do Ato Declaratório Ambiental (ADA). Para informações, entre em contato com a Gerência de Meio Ambiente através do e-mail gma@ fiemg.com.br . Confira os prazos em http:// goo.gl/dq0x69. (FH)
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JUR Í DIC O
Armadilha legal
Rosilene Carvalho Santos é assessora jurídica do SindusCon-SP, integrante de seu Conselho Jurídico e sócia do Escritório Romano Filho Advogados Envie seus comentários, críticas, perguntas e sugestões de temas para esta coluna: rcarvalho@ sindusconsp. com.br
A Medida Provisória (MP) 540/11, convertida na Lei 12.546/11, introduziu no ordenamento jurídico a desoneração da folha de pagamentos para vários setores produtivos. Em dezembro de 2012, a construção civil foi inserida na desoneração pela MP 601 (a qual caiu por decurso de prazo em maio de 2013) e foi reinserida em julho de 2013 pela Lei 12.844. A possibilidade de adoção de contribuição substitutiva à folha de pagamento encontra-se nos parágrafos 12 e 13 do art. 195 da Constituição, que ainda dispõem sobre a não cumulatividade dessa contribuição para alguns setores. Ao revisitarmos as razões da “reforma tributária” (Proposta de Emenda Constitucional 42/2003), verificamos que a não cumulatividade foi aprovada como regra, visando estimular o setor produtivo e evitar a tributação em cascata. Porém, a redação do texto constitucional levou a entendimentos diversos; para alguns, a não cumulatividade é imposição constitucional, e para outros, apenas uma faculdade.
teiros o recolhimento da contribuição de 2% sem interrupção entre a vigência da MP 601 e a publicação da lei. Para tanto, a empresa deveria antecipar os efeitos da desoneração mediante o recolhimento da contribuição de 2% sobre a receita bruta em julho de 2013, relativa aos fatos geradores de junho. Ocorre que a lei de desoneração foi publicada na edição extra do Diário Oficial da União de 19 de julho, que só circulou em 22 de julho, portanto, após a data do recolhimento da contribuição. Isso impediu a opção pela antecipação dos efeitos da desoneração. Face à inexistência de lei prevendo a desoneração na data do recolhimento, muitas empresas efetuaram o recolhimento da contribuição patronal de 20% sobre a folha de pagamento, quando já poderiam tê-lo feito sobre a receita se tivessem sido informadas a tempo. Neste caso, o que poderá ser feito? Até o início de setembro, a Receita Federal não havia baixado regulamentação ou orientação para o contribuinte. Uma alternativa para essas empresas seria realizar consulta à Receita Federal. Todavia, a Receita só poderá reconhecer o direito à antecipação para aqueles que recolheram 20% sobre a folha, se reconhecer que a publicação da lei não ocorreu de fato em 19 de julho. Dessa forma, a alternativa que resta às construtoras e suas subempreteiras beneficiadas pela desoneração é remeter a questão ao Judiciário, que deverá decidir se o recolhimento de 2% sobre a receita efetuado fora do prazo garante a antecipação dos efeitos da desoneração, ao declarar a existência ou não de relação relativa à contribuição de 20% sobre a folha de pagamento.
Imposição da desoneração implicará tributação em cascata na construção Na prática, a contribuição substitutiva é cumulativa para todos os setores inseridos na desoneração, sem considerar que a Constituição reconhece a necessidade de não cumulatividade para alguns setores. Certamente, a imposição de contribuição cumulativa para a construção implicará tributação em cascata e aumento da carga tributária de algumas empresas do setor. A Lei 12.844 foi editada de forma a possibilitar ao construtor e seus subemprei28
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VEM AÍ MAIS UM SEMINÁRIO DO SINDUSCON-SP
24 DE OUTUBRO
TEATRO RENAISSANCE realização
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Varejo digital
Antonio Jesus de Britto Cosenza é consultor de empresas e professor da EAESPFGV e da BBS Envie seus comentários, críticas, perguntas e sugestões de temas para esta coluna: cosenza@ cosenzaeassociados. com.br
Os varejistas no “mundo rico” estão sofrendo porque os consumidores compram mais itens on line, reporta The Economist. Nas empresas, as tecnologias de ruptura levam a novas formas de fazer negócios para não falirem. Isso aconteceu com a máquina de escrever, substituída por melhor tecnologia. O comércio de rua já sofreu com a vinda dos shoppings centers, mas se adaptou e sobreviveu oferecendo opções de compra mais convenientes pela proximidade dos locais de trabalho e de moradia das pessoas. O mesmo aconteceu com os hipermercados que se estruturaram para grandes compras mensais, longe das áreas de circulação de pessoas. As redes passaram a oferecer pequenas lojas de “vizinhança”, quase de conveniência, para acesso a produtos do dia a dia com conforto e rapidez.
Novas formas de fazer negócios não eliminam aquelas existentes Os shoppings centers estão se transformando mais em grandes centros de lazer para atrair os consumidores que, ao chegarem lá, são abordados por mensagens nos celulares com ofertas feitas pelas lojas próximas à sua localização de momento. Itens de consumo durável são adquiridos on line e as lojas de linha branca, eletrônicos e livros proporcionam “lazer” aos consumidores. Oferecem café, lanches, playgrounds, exposições e peças teatrais. Na Grã Bretanha e nos EUA, o número de lojas de rua está caindo. Os pontos de venda disponíveis para alugar aumentaram. Prevê-se que um quinto das lojas de rua na Inglaterra serão fechadas, eliminando mais de 300 mil empregos. Já o varejo digital não
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para de crescer, mas quem possui apenas o braço on line, como loja, cresce menos do que quem possui on e off line (21% e 29%, respectivamente, nos EUA). Além disso, o off é mais rentável que o on line, devido à logística envolvida neste. Há operações que permitem ao consumidor fazer a sua escolha on line, para sua conveniência e maior facilidade de comparação de preços, mas ele poderá retirar o produto em um dos pontos de venda físicos da empresa, o que o isenta de pagamento de frete. A “revolução digital” no varejo não extingue o comércio tradicional, apenas faz ele se ajustar aos novos tempos e às mudanças de comportamento do consumidor. Para negócios como itens de luxo, o comércio de loja de rua ou de shopping continuará. Ninguém comprará uma Ferrari on line e muito menos uma joia de U$ 60 mil, esperando que ela chegue em casa por portador ou Sedex. Roupas femininas são adquiridas on line, uma vez que a consumidora pode informar suas medidas e ver a roupa apresentada na tela em um manequim de sua conformação física. Apesar disso, a Inditex, da Espanha, dona da marca de moda Zara, abriu 482 lojas físicas em 2012, perfazendo um total de 6.009 em 86 países. Não esqueçamos de que a Inditex é a operação espanhola de maior sucesso operacional e financeiro. No Brasil, a própria Natura inicia a abertura de lojas físicas. As revoluções no mundo do business não são revoluções, mas evoluções. Nenhuma delas mata a forma anterior de fazer negócios. Os mercados livres continuam off e on line, as feiras livres vão muito bem, obrigado.
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treinamentos
de
outubro
2013
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bauru
santos
dias 7 a 10 noturno Cálculo para Negociações Imobiliárias
dia 16 Gestão de Resíduos e Processos para Certificação Ambiental Voluntária na CC
dia 11 Como Implantar o Programa de Participação nos Lucros e Resultados - PLR
dia 9 Procedimentos para Apuração do IRPJ, CSLL, PIS e COFINS na Construção Civil Lucro Real e Presumido Civil
dia 28 Controladoria, Administração dos Custos e Gestão Econômica
Campinas dia 14 Cruzamento de informações Fiscais DIPJ, DACON, DCTF, DIRF e DIMOB
dia 14 Controladoria, Administração dos Custos e Gestão Econômica
dia 16 Gerenciamento de Projetos
são José dos Campos dia 9 Gestão de Resíduos
dia 14 Formação de Preposto de Obra dia 21 Gestão Organizacional em Canteiro de Obra dia 29 Licitações de Obras e Serviços de Engenharia
são José do rio preto dia 7 Como Implantar o Programa de Participação nos Lucros e Resultados - PLR
santo andré dia 8 Técnicas de Liderança para Mestre de Obras
Mais informações: (11) 3334 5600 Acesse nosso site e conheça o conteúdo completo dos cursos: www.sindusconsp.com.br www.sindusconsp.com.br
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14ª
evento g r a t u it o
MEGA SEMANA INTERNA DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES DE TRABALHO 2013
vagas limitadas
caleNdário Setembro Dia 18, em Sorocaba (Sesi) Dia 20, em Ribeirão Preto (Sesi) Dia 25, em Santo André (Sesi-Mauá) Dia 27, em Bauru (Senai) outubro Dia 2, em São José do Rio Preto (Sesi) Dia 16, em Presidente Prudente (Sesi) Dia 23, em Campinas (Senai) Dia 30, em São José dos Campos (Sesi) Novembro Dia 6, em Santos (Sesi) Dia 7, em Mogi das Cruzes (Sesi) Dia 28, em São Paulo (Senai-Tatuapé) iNformaçõeS e iNScriçõeS: (11) 3334-5600 ou sindusconsp@sindusconsp.com.br acesse www.sindusconsp.com.br/megasipat e conheça a programação www.sindusconsp.com.br
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O B RA S P Ú B LICA S
SindusCon-SP quer concorrência O setor de obras públicas precisa continuar mobilizado contra o RDC (Regime Diferenciado de Contratações) e impedir que ele simplesmente tome o lugar da Lei 8.666 (Lei de Licitações e Contratos). Esta é uma das posições que o vice-presidente de Obras Públicas do SindusCon-SP, Luiz Antônio Messias, defende, na atual revisão da Lei 8.666 pelo Senado. Segundo o vice-presidente, o RDC introduziu incertezas nas licitações públicas. “O regime retira a transparência do processo licitatório, ao não divulgar os valores de referência atribuídos pelo governo às obras. E, ao permitir que a mesma empresa elabore o projeto executivo e o realize, levanta dúvidas sobre a qualidade da obra e abre a possibilidade de a concorrência ser dirigida, pelo administrador público inescrupuloso, com a antecipação de informações a determinado
licitante. Desta forma, somente esta empresa teria o tempo necessário para trabalhar o projeto.” Messias também chama a atenção de que, no RDC, a permissão para a realização de lances adicionais pelos licitantes após a entrega das propostas cria mais dois problemas: licitações de obras por preços que se mostrem inexequíveis posteriormente, e planilhas irreais de custos, já que estas precisarão ser adaptadas ao preço final ofertado pelo ganhador, gerando dificuldades na execução e no gerenciamento da obra. No RDC, o vice-presidente também considera problemático o julgamento pelo melhor preço, antes da habilitação técnica. Outro ponto relevante é assegurar que obras e serviços de engenharia não sejam licitados por pregão eletrônico. (Rafael Marko)
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Messias: RDC não pode substituir a Lei 8.666
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Ribeirão promove seminário sobre argamassa Como parte do ciclo de palestras técnicas desenvolvido para incentivar a troca de experiências e conhecimento, a Regional Ribeirão Preto promoveu em agosto o seminário Racionalização do Sistema de Revestimento de Argamassa. Com o objetivo de apresentar e discutir procedimentos, materiais e equipamentos para a racionalização do revestimento de argamassa, o evento reuniu associados, engenheiros, construtores, projetistas na FAAP Ribeirão. Os palestrantes falaram sobre: “Racionalização do Sistema de Revestimento de Argamassa”; “Argamassa Industrializada no Brasil: Passado, presente e futuro”; “Planejamento e Produção de Revestimento” e “Sistemas de Mecanização”. (Márcio Javaroni)
Evento atraiu associados, engenheiros, construtores e projetistas
Palestra aborda normatização de esquadrias Com a participação de cerca de 100 pessoas, a Regional Ribeirão Preto promoveu a palestra “Esquadrias para edificações - Como atender a norma de desempenho das edificações ABNT NBR 15.575-4”. Ministrada pela engenheira Fabíola Rago Beltrame, consultora técnica da Afeal (Associação Nacional de Fabricantes de Esquadrias de Alumínio), a palestra aconteceu na FAAP Ribeirão e foi promovida em parceria com a Orca Esquadrias de Alumínio. O evento contou com a participação do diretor da Regional Eduardo Nogueira, o diretor adjunto Fernando Junqueira, além do diretor-presidente da Orca, Orlando Colucci. (MJ)
Happy hour da construção em Bauru A Regional Bauru realizou em agosto o Happy Hour da Construção, um encontro de empresários, funcionários e parceiros do setor. “Não queríamos uma reunião de trabalho, mas uma festa mesmo, um churrasco informal, um momento de descontração em um ambiente onde as pessoas pudessem se conhecer melhor, trocar ideias, se divertir um pouco e, principalmente, estreitar laços de amizade”, comentou o diretor da Regional, Renato Parreira. Segundo ele, o evento superou as expectativas e deve ser repetido em breve. “Este foi apenas o 1º Happy Hour da Construção e, se depender de nós, outros encontros virão e se tornarão uma tradição para o setor. Aqui, todos os amigos são bem-vindos”, completou. 34
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O evento foi patrocinado pela Abecg Academia, Brisot Consultoria & Treinamento, FS Consultores e Instituto da Construção. (Sabrina Magalhães)
Confraternização reuniu cerca de 40 empresários e parceiros
Santos visita obras da Saipem A Câmara Setorial de Petróleo & Gás, na qual o SindusCon-SP é representado pelo diretor da Regional Santos, Ricardo Beschizza, visitou as instalações da Saipem no Guarujá. Um dos maiores grupos de engenharia e obras da área de petróleo e gás no mundo, a Saipem acaba de chegar à Baixada Santista e ainda conclui suas instalações na Avenida Maria de Oliveira Chere, onde ocupa uma área de 340 mil metros quadrados. A mais nova integrante do Complexo Industrial e Naval de Guarujá, a unidade de
Construção da Saipem será feita em duas etapas
produção da Saipem atenderá à Petrobras como fornecedora de suas plataformas de petróleo e gás da Bacia de Santos. A base da Saipem é a primeira instalação de apoio à Bacia de Santos na região e está sendo instalada em duas etapas. A primeira envolve a construção da base logística de suporte à montagem de dutos submarinos de gás. A segunda fase inclui a instalação do Centro de Tecnologia e Construção Subsea, onde serão construídos os equipamentos empregados na operação dos dutos. A estimativa é que no empreendimento, realizado em parceria com o governo do estado e Prefeitura de Guarujá, sejam criados 950 empregos diretos e outros 4 mil indiretos. A empresa garante que priorizará profissionais locais na hora da contratação. Na visita, Beschizza também representou o Secovi e a Assecob – entidades da construção civil. (Giselda Braz)
Regional apoia projeto de resíduos Fruto de parceria entre SindusCon- SP, Cetesb e Secretaria de Estado do Meio Ambiente, até o final do ano Santos terá implantado um projeto piloto para descarte de resíduos da construção. De acordo com o diretor da Regional, Ricardo Beschizza, que participou da última reunião preparatória, a iniciativa será realizada de forma experimental em Santos e poderá fornecer as diretrizes para que o programa seja implantado nacionalmente. “Esse mecanismo permitirá o acompanhamento e a coleta de dados de forma eletrônica em todos os pontos, desde os locais de origem desses materiais até sua
destinação final”, diz Beschizza, Segundo ele, serão identificados todos os geradores, transportadores, áreas de destinação e de reciclagem, facilitando a identificação de locais onde há descarte irregular. Com esse novo processo, as empresas geradoras (construtoras) ficarão obrigadas a contratar as transportadoras de resíduos que atuam legalmente e terão como verificar se o serviço foi feito corretamente. A proposta é que, no futuro, sejam criados mecanismos para controlar também o pequeno gerador de entulho, responsável pela produção de 70% dos resíduos sólidos da construção nas cidades. (GB)
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Prudente: curso explica gestão de contratos Como parte do compromisso de contribuir para a capacitação de seus associados, a Regional Presidente Prudente promoveu em julho um curso de atualização em gestão de contratos públicos com foco na construção civil. Ministrada pelo consultor Ademar Venâncio, a aula forneceu detalhes sobre o processo de contratação na administração pública, as características principais, cláusulas essenciais e complementares e cuidados na formatação dos custos e preços: reflexos financeiros na construção. O programa também abordou a impossibilidade jurídica de recebimento definitivo, pagamentos, análise e interpretação de plani-
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lha de custos e custos obrigatórios e legais, aplicação de penalidades, recebimento do objeto como forma de controle do serviço de fiscalização de obras e rescisão de contratos administrativos: prazos, termos de recebimento, providências e formalização. Na avaliação do diretor da Regional, Luiz Gustavo Ribeiro, que participou do curso, Venâncio ofereceu um excelente panorama geral sobre os contratos públicos. Com relação aos problemas enfrentados pelo setor, Ribeiro considera que a revisão da Lei 8.666 é indispensável para combinar a agilização das licitações, “com preços justos e qualidade nas obras”. (Homero Ferreira)
Segundo Ribeiro, (1º à esq.), curso traçou um bom panorama geral sobre a gestão de contratos públicos
Parceria em São José qualifica cem mulheres Parceiro da Regional São José dos Campos desde 1998, o Centro Dandara tem desenvolvido diversos trabalhos com mulheres em situação de violência, sempre em parceria com os movimentos sociais feministas. A entidade tornou-se referência para as mulheres da região devido às suas ações de promoção aos direitos humanos, combate à violência e estímulo à prática do exercício de cidadania. Exemplo disso é o Programa ‘Rodas de Mulheres’, ação que promove palestras de sensibilização em escolas, universidades e associações em comunidades carentes. Ainda oferece atividades internas, como orientação jurídica para mulheres em situaSegundo o Dandara, a mulher costuma ser mais econômica e preocupada com os detalhes
ção de violência e atendimento psicológico. Outra ação inovadora promovida pelo Centro Dandara é o projeto “Colher de Pedreira: Mulher na Construção Civil”, que já formou cem mulheres. O SindusCon-SP é o principal parceiro do Dandara nessa atividade que conta ainda com o apoio de outras associações e do terceiro setor. Segundo a diretora executiva do Centro Dandara, Sandra Faria Batista, por muito tempo a instituição tinha esse projeto como objetivo. “Após muita conversa, decidimos buscar parcerias para a implementação do projeto e neste momento tivemos contato com o SindusCon-SP, que de imediato acreditou e apostou na grandiosidade e inovação da proposta. A mulher é muito detalhista, econômica e engajada naquilo que faz”, afirma. As ex-alunas estão atuando como autônomas na área da construção civil, fazendo reformas e construindo para uso próprio. Além disso, a instituição mantém contato com construtoras para possíveis inserções no mercado. Ainda de acordo com a coordenadora, a notícia se espalhou e a procura pelo curso se intensificou. No momento, as mulheres que já participam do projeto terminaram o módulo de pedreira revestidora, ministrado pelo Senai, e o curso de qualificação social conduzido pelo Centro Dandara. Nesse módulo, as mulheres são apresentadas a temas como direitos humanos, cidadania, meio ambiente, ética e segurança do trabalho. (Elizâneo Silva)
C l a ss i f i c a d o s
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regionais
Maristela Honda recebe Prêmio Baltasar Fernandes Foto: Paula Caires
Reservado aos empresários, autoridades políticas e cidadãos que contribuíram para o desenvolvimento de Sorocaba, em 2013 o Prêmio Baltasar Fernandes foi concedido à vice-presidente de Responsabilidade Social do SindusCon-SP, Maristela Honda. Promovida pelas emissoras Cacique de Rádio e pela 24ª Subsecção da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), a premiação realizada em agosto no auditório da Biblioteca Municipal fez parte das comemorações pelo mês do aniversário da cidade. Feliz e emocionada, Maristela Honda, agradeceu a homenagem inesperada. “Tudo o que eu faço é para contribuir com o desenvolvimento da cidade, pensando principalmente na qualidade de vida das pessoas, foi uma noite muito agradável”.
Com o tema ‘Sorocaba Ontem, Hoje e Amanhã’, a programação contou com palestras que mostraram as etapas de evolução da cidade e a apresentação do grupo Viola Caipira São Gonçalo, de Votorantim. (Lívia Camargo)
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Personalidade sorocabana, o advogado Oswaldo Duarte prestigia Maristela Honda na entrega do prêmio
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marketing de rel acionamento
Postura idônea
RODOLFO ZAGALLO é presidente do Grupo ZAZCOMM. e fundador do C3 – Clube da Construção Civil. Atua há 15 anos no mercado de comunicação e marketing Envie seus comentários, críticas, perguntas e sugestões de temas para esta coluna: rodolfo@ zazcomm.com.br
Vamos imergir mais no relacionamento com o cliente, fidelizando-o à nossa empresa de forma coerente e eficaz. Para tanto, precisamos focar em três principais pilares: Compromisso, Emoção e Resposta Imediata. E uma só ferramenta pode resolver isso, um CRM poderoso! Atualmente, as pessoas falam que têm um CRM, mas só dispõem de uma base de dados. Vejamos cada pilar e a função do verdadeiro CRM: 1 - Compromisso: quando você vende algum produto ou serviço, compromete-se com qualidade e prazos. Assuma o compromisso de manter seu cliente informado. 2 - Emoção: o pós-venda começa na entrega do produto, sendo primordial você estar “presente” neste momento tão importante, quando o investimento se materializa.
Saiba como fidelizar seu cliente de uma forma coerente e eficaz 3 - Resposta Imediata: esteja disponível para resposta em menos de 48 horas, é um prazo aceitável para você atender a qualquer demanda, boa ou ruim. Alguns exemplos: Ação incorreta – o cliente compra um produto seu e espera recebê-lo dentro do prazo; se a mercadoria não for entregue neste período, ele ficará insatisfeito com o atraso e a falta de informação. O resultado será: futuros pagamentos cancelados e a perda de um cliente. Quando ele receber a mercadoria dentro do prazo, mal olhará para o produto e em pouco tempo esquecerá onde o comprou. Você só ligará após 30 dias para saber se 40
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ele tem novos negócios, pois seu sistema de visitas “apitou”, mas ele não se lembrará de você e muito menos do seu produto. Ação correta – caso a entrega do produto vá atrasar, seu CRM o informará três dias antes, e você ligará para o cliente comunicando esse desconforto e já avisando o novo prazo de entrega. Envie no dia seguinte uma mensagem: “Desculpe pelo desconforto, estou à disposição para qualquer necessidade”. O resultado será um cliente satisfeito com a atenção da sua empresa, e impressionado com a qualidade e compromisso. Após o cliente receber o produto, ligue para ele no intervalo médio de 2 horas perguntando se está tudo de acordo, e se coloque à disposição para ajudar em outras oportunidades. É interessante conhecer bem seu cliente e ter seu CRM pensado one to one, perguntar sobre a futura viagem dele e desejar-lhe bom voo, perguntar sobre os filhos e família, sem ser invasivo. O resultado será uma pessoa satisfeita e surpresa pela sua atenção; ele se sentirá o cliente mais importante da sua empresa e se lembrará de você, que mexeu com a emoção dele. Lembre-se de estar sempre disponível, procure responder as dúvidas dele em até 48 horas, e caso falte algo no produto enviado ao cliente, antecipe-se e o informe sobre o ocorrido, já especificando o novo prazo de entrega e o bonificando na próxima compra. O resultado será o cliente satisfeito que irá querer comprar novamente consigo para colher o benefício dado pelo seu “erro”. Conclusão: a relação transparente e direta com seu cliente é a melhor forma de fazer um pós-venda; mesmo se ocorrerem problemas, você sairá ganhando se tiver uma postura idônea e informações coerentes com respostas rápidas.
PREVEN Ç Ã O E S A Ú DE
Motivos de afastamento
NORMA ARAUJO é médica, mestre em Saúde Pública, doutora em Ciências pela USP e superintendente do Iepac/Seconci-SP Envie seus comentários, críticas, perguntas e sugestões de temas para esta coluna: comunicacao@seconcisp.org.br
No segundo semestre de 2012, o Seconci-SP lançou um Estudo Epidemiológico sobre os Motivos de Afastamento dos Trabalhadores da Construção Civil, identificando as causas, segundo a Classificação Internacional de Doenças (CID). Agora esse trabalho foi ampliado, trazendo as informações processadas no período de janeiro a dezembro de 2012.
Os meses com o maior número de atestados foram, na ordem, março, maio, abril e outubro, representando 56,7% do total. Os com menor número foram janeiro e fevereiro. As especialidades que geraram mais de sete dias de afastamento foram a Neurologia e a Reumatologia, refletindo a complexidade das doenças diagnosticadas nas duas áreas. No âmbito geral, as doenças que mais geraram afastamento foram as relacionadas aos problemas do sistema osteomuscular, como dores nas costas e juntas e as inflamações de ombro e tendões (ver gráfico acima). Este estudo permite a identificação das chamadas oportunidades de intervenções em saúde. O Seconci-SP dispõe de Programas de Ações Personalizados com medidas de promoção de saúde, prevenção e recuperação de doenças e agravos que levaram ao maior número de afastamento dos funcionários em cada empresa, podendo, desta forma, contribuir para elevar os padrões de saúde e segurança no trabalho.
Maioria dos casos são de dores nas costas e inflamações nas juntas Foram estudados os atestados médicos emitidos na sede do Seconci-SP e com duração máxima de 15 dias – aqueles cujos afastamentos trazem ônus para as empresas. Em 2012, foram realizados, na Unidade Central, 93.152 atendimentos médicos assistenciais e odontológicos, envolvendo os trabalhadores de empresas da construção. Eles geraram 3.926 atestados médicos, correspondendo a apenas 4,21% do total dos atendimentos realizados. Em mais de 60% dos atestados, o tempo máximo de afastamento foi de um dia. O total de atestados englobou cerca de 560 empresas. Identificou-se que 54,1% deles foram emitidos para trabalhadores na faixa etária de 30 a 49 anos, o que é bem representativo do que se observa nas obras.
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S O LU Ç Õ E S IN O VAD O RA S
Choque térmico JOÃO HEITZMANN FONTENELLE é arquiteto (FAU-USP), mestre em engenharia civil (Poli-USP) e pequisador do IPT em sistemas inovadores e ensaios de durabilidade. Envie seus comentários, críticas, perguntas e sugestões de temas para esta coluna: jhfonte@ipt.br
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Uma habitação é, para a maioria das pessoas, o bem mais precioso que se adquire na vida. É pois natural desejar que esta edificação dure o maior tempo possível, mantendo o desempenho de seus sistemas. Temos o histórico do que provavelmente poderá acontecer com materiais tradicionais depois de 10, 20 ou 50 anos. Mas desconhecemos o processo de deterioração de novos materiais e sistemas construtivos, bem como sua manutenção durante a vida útil. Estes produtos precisam ser analisados e ensaiados de modo a comprovarem expectativas e anteciparem o que podem se tornar com o tempo, prevendo-se como será sua manutenção. Para prever o comportamento futuro de um sistema, ensaios acelerados de envelhecimento aumentam a frequência da ocorrência de agentes que provoquem deterioração. Um desses ensaios é o de ação de calor e choque térmico, aplicado a sistemas de vedação vertical e de cobertura. O ensaio em sistemas de vedação vertical, em paredes de fachadas estruturais ou de fechamento, objetiva verificar o potencial para suportar as variações atmosféricas em situação normal de uso. O agente deteriorante é a variação da temperatura da superfície da parede, considerado o caso mais extremo caracterizado como “choque térmico” – a variação brusca de temperatura da face da parede. Esta situação acontece quando, após um dia ensolarado, a fachada é atingida por chuva repentina. Apesar de parecer simples, este ensaio aborda aspectos nem sempre avaliados, tais como dilatação térmica, retração e expansão em função da variação do teor de umidade dos materiais que compõem o sistema. Esta
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negligência pode ser justificada pelo fato de que, nos sistemas convencionais de pequenas habitações, estas variações encontram-se “balanceadas” pelas dimensões dos componentes e pela composição e características das argamassas de assentamento (juntas) e dos revestimentos. A simples alteração das dimensões dos componentes, mesmo que constituídos pelos mesmos materiais aplicados nos sistemas convencionais, pode resultar na necessidade de se repensar os mecanismos de acomodação das variações dimensionais em situação de uso. Este ensaio tem gerado resultados significativos e às vezes inesperados, trazendo desafios ao desenvolvimento de soluções para os sistemas inovadores, de forma a preservar seu comportamento no tempo. Esses resultados são fissuras ou descolamentos que ocorrem na face dos sistemas de vedações verticais e que podem comprometer a estanqueidade à água, a estética e a durabilidade do sistema. Mesmo não se considerando a deterioração do corpo de prova durante o ensaio um resultado conclusivo, a probabilidade do aparecimento do problema em uso é muito grande. Caso contrário, porém, não significa necessariamente que não haverá problemas em obras concluídas. Ensaio com aspersão sobre a parede
De que modo esse processo pode contribuir para melhorar o desenvolvimento de sistemas inovadores? Esta questão pode ser respondida diferentemente pelos dois lados envolvidos: os institutos de avaliação técnica e as empresas proponentes de tecnologia de sistemas inovadores. Do ponto de vista dos institutos, à medida que um ensaio demonstra-se significativo, torna-se maior a justificativa para seu aprimoramento, objetivando mais precisão e clareza de seus resultados. Em função da aplicabilidade do ensaio, as instituições de avaliação, mediante pesquisas internas ou em parceria com setores acadêmicos, devem se certificar se os parâmetros adotados são os mais adequados para acelerar a deterioração, entendendo como este mecanismo ocorre em situação de uso. As instituições também devem investir em equipamentos para melhorar a precisão dos parâmetros definidos e dos registros dos resultados obtidos, reduzindo a possibilidade de erro. Do ponto de vista da empresa que investiu na tecnologia do material ou do sistema, o resultado não deve ser visto só pelo lado negativo, mas como um mecanismo que ofereça maior segurança para o construtor e o proponente de novos sistemas. Pode existir um sentimento de frustração pelo resultado inesperado e a necessidade de reorganização de cronograma e de novos investimentos na busca de soluções. De outro lado, o ensaio cumpriu seu objetivo, “acelerar” a deterioração. Obter um resultado insatisfatório e precisar promover melhorias no sistema para ensaiá-lo nova-
mente é muito mais econômico do que ter de corrigir centenas de edifícios habitacionais que venham a apresentar problemas patológicos. As empresas também deveriam ser favoráveis a ensaios mais precisos e rigorosos, pois diminuiriam seus riscos. Conforme prescreve a NBR 15.575, assegurar o desempenho do edifício durante a sua vida útil prevista em projeto é responsabilidade da construtora executora junto com o proponente da tecnologia. Quanto maior o rigor desses ensaios, menor será o risco de problemas futuros. Além disso, uma resposta de não conformidade de um sistema neste ensaio pode servir como indutor de desenvolvimento de inovações no mesmo, as quais podem resultar em aprimoramentos não somente capazes de atender satisfatoriamente a novos testes de choque térmico, mas produzirem sistemas mais confiáveis, contribuindo para o avanço tecnológico e o incremento da competitividade da construção no Brasil.
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Imagens com câmara termográfica: a) parede após o aquecimento; b) no início da aspersão de água
Monitoramento e registro das temperaturas da parede; mais abaixo, painel radiante e segmento de parede com os termopares na face externa
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C O N S TRU Ç Ã O DA CARREIRA
Visão estratégica
Felipe Scotti Calbucci é graduado em Comunicação Social e gerente de Property & Construction da Michael Page, com foco em recrutamento de gerentes e diretores para construtoras e incorporadoras Envie seus comentários, críticas, perguntas e sugestões de temas para esta coluna: felipecalbucci@ michaelpage.com.br
Nesta época do ano, muitas empresas estão iniciando ou até mesmo concluindo o seu planejamento orçamentário para 2014. Uma das áreas que mais costuma sofrer para justificar seus investimentos é a de RH (Recursos Humanos). E o motivo é simples: é difícil traduzir em números o retorno deste capital. Contudo, está mais do que comprovado o ganho obtido pelas empresas que posicionam sua área de pessoas como estratégica dentro da organização. Quanto vale ter seus funcionários motivados, bem treinados e alinhados com a cultura da empresa? Qual o valor gerado por uma equipe acima da média de mercado? Não há um indicador objetivo de curto prazo para tal avaliação. Talvez apenas pela evolução dos resultados da empresa no médio prazo será possível medir o retorno em ter uma equipe bem alinhada e competente, um time com o mesmo nível de comprometimento do dono da empresa.
de profissionais de RH de outros mercados migrando para incorporadoras e construtoras com o objetivo de trazerem novas práticas. A discussão sobre investimento em pessoas sempre será delicada e muitas vezes o curto prazo falará mais alto. Por isso, é muito recomendável ter uma pessoa forte na área, capaz de desafiá-lo e fazê-lo refletir, para que você possa tomar a melhor decisão equilibrando curto, médio e longo prazos. Vejamos alguns exemplos de empresas com culturas diferentes e nas quais o departamento de RH faz a diferença. A Natura é um dos maiores casos de sucesso no que diz respeito ao tema, tendo como filosofia o equilíbrio entre vida pessoal e profissional. Sua crença: pessoas felizes produzem melhores resultados. Esta é a estratégia do conselho de administração da companhia, traduzida pelos executivos de RH por meio de ações voltadas à integração dos funcionários, facilidades para as mulheres com filhos pequenos e sustentabilidade em geral. Outro exemplo vencedor e de cultura diferente: a AmBev, onde a estratégia é criar o sentimento de “dono” em todos os funcionários, por meio de compensação financeira alta atrelada ao resultado do negócio e a possibilidade de ser sócio para executivos sêniores. Neste caso, o papel do RH é traduzir os objetivos da empresa em métricas, criando metas claras e um sistema de bonificação sustentável. Por estes exemplos, percebemos que a área de RH é aquela que possibilita estender a cultura do dono/sócio para toda a empresa, pois esta é a soma de todas as pessoas que ali trabalham.
Um líder forte no RH ajuda a equilibrar curto e longo prazos Não existe melhor segurança do que ter a certeza de que sua área comercial não perderá negócios, sua obra será entregue na qualidade e prazo esperados, não haverá distorções entre real e orçado e por aí em diante. Não há como garantir que haverá sempre sucesso nestes fatores, mas é de se esperar que uma equipe mais competente terá maiores chances de realizar estes objetivos. O mercado de construção está cada dia mais profissional e muitas empresas já investem em pessoas tanto quanto em ativos, inclusive considerando sua equipe um de seus ativos mais valiosos. Reparo um movimento 46
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SindusCon-SP: inovar, desenvolver e construir um Brasil cada vez melhor
RAzõeS PARA ASSoCiAR-Se Ao SinduSCon-SP • sindicato atuante na defesa, promoção e desenvolvimento do setor • representação política junto aos governos federal, estaduais e municipais • ampla rede de relacionamento profissional • assessoria jurídica • representação nas principais regiões administrativas do estado • representação nas negociações sindicais e trabalhistas • orientação sobre Saúde e Segurança no Trabalho (SST) • condições especiais para eventos e treinamentos • acesso exclusivo às informações do setor • informações estratégicas, pesquisas e dados do setor para tomadas de decisões • elevação de escolaridade, capacitação profissional, qualidade de vida e centro de atividades através do Sesi - Senai-SP • manuais técnicos sobre tecnologia, inovação e meio ambiente • Conlicitação - informação sobre licitações no estado de S. Paulo • CompraCon-SP filiação automática à Associação de Compras da Construção Civil
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