Alguns poemas

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Sincero Amar-te, é o corpo que me deixa ser o assuão frio que te renega o vício de respirar, para que o sempre seja só mais um segundo a sentir o bem querer do calor exasperante do teu sorriso,... vem para aqui, onde tudo é mais fácil que um sorriso dado em troca de dois suspiros sinceros, somos um, mais fácil que todas as únicas certezas do universo escondidas na face oculta da lua que nos alumia, e tudo se resume a querer-te mais que o desejo me quis algum dia dar a mim....

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(Ainda mais) sincero Disseste que me querias no que restasse deste fio de luar, com a noite menos indistinta de toda a criação finita a embalar o que prometessemos, prometer, prometi-te compromisso com este segundo multicolor que vivemos, esperando que o próximo nada seja menos fugidio do que nos habituámos a respeitar, devotos ao frio com sopros cálidos de medo, juntámo-nos nesta minudência de universos projectados além desta rotina de esperanto escrita,... espera-nos o que sozinhos nem aceitámos que pudesse existir ao amanhecer cantado assim....

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Tão insidiosa pessoa deixei-me aqui não estar, adorando este compromisso de falta de ética que é o de sobrevalorizar tudo o que parece não se ver, mas está de facto à frente da compreensão sobreposta em ciclos,... percebi-o aqui nas soluções aquosas de insidiosa pessoa onde manipulo os dias que atropelam os minutos,... sapateiro dos teus passos inseguros, calcorreio o que prometi naquela noite de estanho derretido que se transformou em amor, depois oferecido nas bandejas frias da madrugada em que te toquei sem estar lá,... o sozinho do teu ser, assenta- bem nestas circunstâncias que não descrevo, mas pressinto,... tão insidiosa pessoa que sou não consegue

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fazer mais nada que não filmar tudo isto em ciclos intermináveis....

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Ser livre (poema de alfabeto) Abraços são profissões Belas de querer Consentimentos expressos De um amor Evasivo e pleno de Futilidades próprias de Gotas de orvalho a Hibernar em Indicas condições da Jovialidade anexa à Luz. Raios que Martirizaram sem Nada mais Oferecer em troca que Pensamentos místicos, Tudo a Que têm direito os Rasteiros da Séria condição humana. Temos assim a Unica e possível Via de solução. Xilofones dourados a Zombar do desejo de ser livre....

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Um raio de sol para perceber o que é amar nunca te quis no plano do cetim, dos rostos quando amanhecem encostados ao sol que nos assalta a casa para tirar a mal feita percepção de conformismo,.... penso-te como ontem, aliás como para o sempre onde te quero perfeita no correr dos dias a desfiar-me na imperfeição que carrego...

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Fazemos não sei fazer de mim o que impossível é à sombra de necessidades vãs,.... releio as fáceis coisas que nos seguem naquelas tardes de estanho, os momentos subtis de anseio com névoa para ungir a alma que chora,... se somos para tratar o que doente arrasta-se na lama dos desiludidos de afago, faz de nós qualquer coisa com sonhos díspares e juntos com seiva de amor,... espero por suster o que tu achares coisa comezinha, momento sem sentido do labor de luxúria que és, coberto da fuligem dourada dos dias que correm.....

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Rendilhado de amor para passar uma tarde os dias abraçam-me com os porquês dos momentos em que me vejo sem os teus abraços,... se sim, quando os tenho, é porque me sinto feliz na directa proporção do céu que encontro nas pequenas frestas dos minutos que me tornam imortal no teu respirar... se não, se é a vida, com o correr tépido do que temos de fazer para por cá continuar que me afasta de ti, brinco triste com a tristeza sem som,... os pedidos expressos do murmurar do amor, aligeiram os minutos que são séculos,... e se vestem de segundos dos primeiros sons com que me imortalizei no momento em que o teu sorriso soprou-me vida...

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Esperançoso faz lá o que sabes com a razão podre que vendes, isso, diz mal do mundo lactente, o que já cheira mal, com as coisas a dormirem nos intervalos dos argumentos pobres dos inergúmenos, preciso de mais precisas descrições do que ainda ninguém percebeu de ti, ver-te a fazer meneios doces de ironia, e brincos ímpares com retalhos do crepitar do fogo, do expoente explosivo de ti.... faças mesmo o que sabes, eu desenhado, nem explicado sou melhor que o que desejas...

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O que faz rir num contexto de fome e desespero eu sou daquelas pessoas que guarda tudo o que o faz rir num cantinho esquecido,... vejamos por partes o que me diverte,... soluços, ver pessoas encavacadas a enxotar para debaixo do tapete os restos de aerofagias, apenas porque as acham bonitas e penteadinhas com cheiros angelicais,... inconsequências, consequentes faltas de processos de auto-defesa, traduzidos no 'desculpe, não fiz por mal',... e ao finalizar isto, que se avance com as perspectivas de morte ao voltar da esquina,... vi um filme há muitos anos em que o rapazinho acabava o romance com a imagem

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de uma mulher, depois de tropeçar e cair para dentro de um precípicio,... se bem me lembro o jovem chamava-se oportunidade,... nome estranho para quem é um fóssil que repousa no museu dos fechados e que não sonham....

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Fado do tempo que corre à senhora mais menina da esquina menos feminina deste mundo que já foi homem, tornaste são o suspiro entre o meio do genitivo composto de fim de semana, tardam meios de te ter, fábulas para esquecer, resguardos improvisados e desnortes com sal de morte, ao final de um dia destes, parecido com o de anteontem, e ansioso pelo que vem, resguardado do pó dos segundos que, juntos, fazem muros de horas, lamento-me de que embora, tenha assim o minuto perdido, de ao dizer a mim mesmo, que sou preciso para terminar o conjunto, de dois dedos de rima com um de impoluto desejo.....

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Feérico desnível fruto do apaziguamento da criança que ruge, levantaram-se do chão as dúvidas de um homem classificado,.... ordenaram-se princípios de racionalidade por cores mortiças, e o sonho descarnou, infectou, desnutriu,... sonora paz, distinto sentir, foi um tumulto dos roídos de espírito que polvilham o núcleo do planeta,... o dia ressuscitou depois de um longo arroto de todos os capitéis dos monumentos que contam,... cláusulas postas em chaga porque o homem, recusa esmagar as insensibilidades deste pedregulho.....

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Dois anos para dizer que o sol é o intervalo do doce da tua boca, sem afirmar que luar defende hesitações na descrença do correr de água dos dias, no postulado do ser em vez do querer em tiras de cetim diáfano, apostar na aposta como solução para a falta do inventivo, de tudo um pouco é o nada feito milhão, como seres aberrantes defendem castrações perfumadas, defendo-te a ti, porque dois anos, são a vida descolorida e a saber bem, quando se cansa de saber mal.....

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Reformados não somos tão poucos assim que nem nos reste discernimento, sôfrega batelada de nada é o que é, depreendo que nos reste o arrastamento pelos bicos das mesas de esplanada, a mirar tetas, a mirar cus, seremos poucos quando fecharem as ruas do sofrimento neoplásico, meninos de ranho fácil ganharão nesse dia, as esquinas melancólicas serão balizas dos vossos berlindes, lençóis brancos amarelecidos, sim, irá de assoar nesses trapos pois as velhas desleixadas merecem, até lá, seremos cada vez menos, os senhores de clemência misturada com fortuna, as almas centrípetas que se portam pior que gatos em lutas jónicas... com os próprios rabos, em suma, os controlos remotos de fugida, (epitáfio de punheteiros, na minha linguagem) para o fim ficam os sonhos,

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nunca feliz soma de nadas, é como os chamo, odeio-os.....

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O seguinte poema não presta tolos versos, prenhos de sexo, falta de senso, para me cuidar e desmembrar,.. poema a meio, frete ou cheiro a centeio, de virgem apurada, enamorada de tolos, com chuva a cair, trovões sem sorrir,... noite de medos fáceis, inspiração agarrada a flatulências ocasionais, faros de anormais,... para acabar sem o sim, só de não disparado e já morto, para fazer o que se espera, disto que se assemelha, a poema semi-torto, com raíz ecuménica, para no fim dizer, que sós somos todos, mesmo quando para dentro,

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restam-nos ovos, podres ovos de sonhos reflexos, e medonhos....

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Matriarca foi um assento de pouco relento, onde a vi, Minha mãe dá-me colo, mostra que o mundo é um caroço de pêssego,... plantado num bosque que despe pele de gente, Não quer comer, recusa chorar, só quer florir,... aconchego de só, pessoa que chora fui no olhar dela, rangeu, bateu, floriu ela que sabe, ela que nota,... desdissemos o que feliz foi, brincámos só para o tempo sorrir, com as frivolidades nossas, com o embalo de nunca mais ver.....

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Mortal, até amanhã acordou estremunhado, cansado, por menos que isso, doía ao mundo o regaço,... inefável, queria ter simples dores de parto, um homem a dizer de si, o que o mundo odiava pois escapava ao senso comum, das longas noites de fazer nada, e hoje,... a ser o dia depois de ontem, e sem querer que o amanhã venha, estava estremunhado, desejoso do mal, queria tolerância, risos descarnados, malandros frisados a rir com a possível ignorância de ser sacana e angelical ao mesmo tempo,..

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arredado, de tudo quanto contava para as pessoas, arrastava-se por aqui, e por ali catava, do chão, dos chãos das existências cadenciadas, beatas dos que sucedidos, mais ou menos bem, limpavam-se às limpezas do amanhã que se desfaz em suores inconsequentes,... foi-se deitar arrependido, enfadado, por menos que um sopro de vida, deixou-se enlear no que desenhado, não dá mais que dois suspiros, e uma vontade de matar pictórica e real....

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Mulher de prioridades indefinidas era uma chuva que escrevia a cores as palavras do desejo canoro, e ela dúbia, de mundo reprimido debaixo dos pés,.... sentia sorverem-lhe a força para ainda lamentar mais o amor, descreveu-se de forma tragicamente redundante, e a nuvem mais à mão serviu para que escrever, se tornasse o encontrar de pessoas no deslizar da maior perfídia que o tempo deixava de comer para matar ainda mais,...

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Psicodrama na área aventurosa do poema, esboçado está o focinho das coisas inaudíveis, sendo que por caudal frio da criatividade entende-se a insegurança do poeta, pelo menos com a má reacção de quem vê como um insulto esta queda de água de frustrações literárias,.... e por aventuroso o poema terá o cheiro, é de experimentar leitura sucinta, com um final de dia experimentalista e frustrante no sentido menos falacioso do termo......

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Blasé forma de chorar fizemo-nos fortes tão somente por nada ser mais fraco que deixar assim de esperar novas manhãs de antanho, tudo e menos que nada do que resta assim mesmo em dias de chuva beijada, será por fracos sonhos, desnortes assim para coleccionar à luz dos dias que correm debaixo da ponte da infância desmobilizada, escrita está a memória de quem parte para voltar se o medo permitir.....

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São sempre os porquês que mais me lixam Do que se apresenta ao branco da incerteza, resta pouco de quem se fez uno com este cenário que já foi de certezas... deserto por sentir o incerto, Falacioso, por incapaz de abraçar unas certezas,.. não crio nada,... só regurgito pequenos poços de verve retórica, tudo me diferencia do que já me fez único.. pictorizo, para escapar às conjecturas, lamento todos os países de pequenas rugas que criei no sorriso fresco do mundo à sombra... sem conseguir, sequer produzir, desníveis mesmo que imperfeitos de loucura colorida e descontrolada....

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Face Face, plena de vezes geradas de fé, com tudo e sem nadas, paz assim de sonhos, guerra em fogo finto, dupla face, mês para os ses, dos anos escapados, assim, por dedos de zês, em passo de velho, com morte de pêndulo, na face....

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Pessoas que amam pessoas pessoas que amam pessoas, são as pessoas menos azuladas, tomam banho, despem piloros, têm hérnias quando comem tremoços, e o mundo gira, sem perdões incongruentes, porque nem se importa,.... pessoas que desprezam pessoas, choram com o fado mais brejeiro, porque se importam, querem convergências, pulam com meninos simpáticos, e depois, assinam um cheque, em moeda maldita, para abater rebentos,.... pessoas que amam pessoas, são bolas de naprons tricotados, a balouçar nas patinhas de um gato, para um fim que pede reflexão, porque o mundo está pintado a lápis de cera...

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Ser se escrevo sombras, que se minhas não são, desmilitarizam o que sobrou da psicose que tu descambaste em quadros dadaistas,.... se pelo menos fados são mulheres de xaile roto a chorar plenipotenciárias uniões com remansos desconhecidos,... estes verbos teus nunca hão-de ser, meus com a sorte desfeita serão se o fundilho do medo quiser,.... fosse eu calamidade do que os dias chovem, tu meus ses comerias, tão específica, tão desejosa de mim seres,...

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Manifesto anti-mau poeta Colossal, fenómeno, de rés má e psicótica,... poetastro, façanhudo exemplo de quando o latente se despenha nu, em mar de explosões,... pecado, pecadilho sonso, redilho que enredilha o que insonsa a sopa do pobre,... declaro nulo o que liga pobreza ao senso de elogiar pedaços de ti,.... glaucos sons de impérvios caminhos, fazem de paz o que se desfaz, no que rodeia, do que te faz, das coisas más

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alcatraz,... silêncios, concertos de sons estúpidos, considera brinde o desprezo que sai do alto da sapiência que nunca tive.....

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Tele-escola Se o tino não me falha já tinha aprendido a ler-me, desenhei de um trago as curvas do mundo, com as aparas do carvão fiz povos às cores,.... gente que olhasse o passado com ar frívolo, desnudando mulheres pela maldade de o fazer, e esperar em troca o declínio das estações, e o benfazer das rugas traçadas a sangue,.... todos os dias me faço mal, habito em oceanos de aldeias desertas, e continuo sem entender, se a terra tem alma,... ou se sou eu o mapa-mundo dos equívocos....

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Tricotado e despercebido vês-me em silêncio, tricotado de ti, de mão na ambiência de fulgor que nos rodeou,.... adoro o que sorris para mim em dia de alegria, vês-me em silêncio, mas e o que somos de madrugada?,... não te interrogam os sopros alados de luxúria que nos levam de mansinho ao que sofregamente desprezámos?,... deixei de mansas perguntas ao sol,.... pedi por menos soluções inconformadas,... só me vejo em silêncio, rasga-me, para tricotar ser o verbo com que me decompões....

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