23-02-06 Porthal

REDE PÚBLICA VAI TER PROFESSOR AUXILIAR Recém­lançado, o Programa Ler e Escrever, da Prefeitura Municipal de São Paulo, que visa a melhoria da qualidade de ensino nas escolas da rede municipal, vai também proporcionar uma importante experiência a estudantes de 8 universidades da cidade. É que a ação principal desse programa é colocar nas classes de 1o. ano do Ensino Fundamental, professores auxiliares – estagiários ­ que vão ajudar no processo de alfabetização dos 68.600 alunos da rede.

O Instituto Singularidades, localizado no bairro de Pinheiros, terá 40 alunos participando desse programa. Essa equipe passará por uma formação para aprofundar seus conhecimentos na concepção teórica colocada no programa e terá também o acompanhamento contínuo do corpo docente da faculdade.

Assim, falando a mesma língua do professor de classe, esses auxiliares poderão também fazer intervenções que causem impacto na melhoria da leitura e escrita. Durante os 10 meses de duração do contrato de estágio, os universitários receberão uma ajuda de custos no valor de R$ 320,00, mais auxílio transporte.

“Com um forte eixo de atuação na melhoria da escola pública, o Singularidades pretende, participando desse programa, que seus alunos ainda como aprendizes, tenham um contato com a realidade escolar o que, com certeza, vai promover o crescimento desses futuros profissionais”, diz Ivaneide Dantas da Silva, professora do Instituto Singularidades e Coordenadora do Projeto.

“Muito mais do que a remuneração, os universitários ganham também muita experiência. Será uma oportunidade muito boa para eles que experimentarão uma relação entre a teoria e a prática, pensando na educação no espaço em que ela mais precisa de atenção”, finaliza.

O Instituto Singularidades – Faculdade de Curso Normal Superior reconhecida pelo MEC com nota A – situada na zona oeste da capital, representa a concretização de sonhos de muitos jovens da periferia. Com mais de 230 alunos, essa escola é dirigida pela educadora Gisela Wajskop, uma das responsáveis pela elaboração dos PCNs (Parâmetros Curriculares Nacionais) do Governo anterior. “Mais de 60% dos alunos dessa faculdade são oriundos de comunidades carentes de São Paulo”, conta a diretora.