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SEXTA-FEIRA, 24 de março de 2006 - Seja bem-vindo ao novo site da Revista IN!

Programa Ler e Escrever da Prefeitura de São Paulo De um lado a melhoria na qualidade da educação das escolas municipais, de outro, a concretização do sonho de várias estudantes do Curso Normal Superior do Instituto Singularidades, em São Paulo Edição: 172 / Data: 23/3/2006

Com tantos pontos positivos, foi lançado pela prefeitura o Programa Ler e Escrever, que através de parcerias com algumas universidades paulistas, disponibilizou alunos universitários para atuarem diariamente como auxiliares de classe na rede municipal. Mas se para as crianças o benefício será enorme, para os auxiliares, é o começo de uma nova vida. No Instituto Singularidades, 60% dos alunos são oriundos da periferia de São Paulo, e cursam a faculdade, graças a várias parcerias que o Instituto mantém com ongs, empresas que atuam no terceiro setor e programas governamentais. “ A participação neste Programa é muito importante para meus alunos, que além de receberem pelos serviços prestados ao município, estarão pondo em prática todo aprendizado que tiveram e continuam tendo, na Faculdade. Faz muito bem para a auto-estima deles, que pela primeira vez, estão podendo trabalhar na profissão para a qual estão sendo formados”, diz orgulhosa a diretora e educadora do Instituto Singularidades, Gisela Wajskop. Segundo ela, grande parte de seus alunos trabalhava como doméstica, faxineira e etc. E é com esse orgulho, que a aluna Thaís Carvalho quer comemorar este início de 2006. Estudante do último ano do Curso Normal Superior do Instituto Singularidades, a universitária é uma das estagiárias que ajudarão no processo de alfabetização dos 68.600 alunos da rede municipal de ensino. Assim como suas 39 colegas que se engajaram no projeto, Thais passou por uma formação específica e agora já está colocando em prática o que aprendeu. E o melhor, vai receber por isso. A prefeitura vai pagar um salário a cada estagiário no valor de R$ 320,00, mais um auxílio transporte. “As expectativas em torno desse projeto são grandes. Além de estar aprendendo muito, vou participar de um processo que vai melhorar o ensino no meu país. Para mim isso representa um sonho se realizando”, confessa Thaís. Os auxiliares serão a “sombra” do professor da classe. Estarão ali fazendo intervenções junto ao “professor regente”, em completa sintonia com ele e com as crianças. Para tanto, ele será fixo em uma só sala durante os dez meses que durará o contrato de estágio.”Isto permite um comprometimento e o acompanhamento do processo, tanto das crianças como dos estagiários”, diz Ivaneide Dantas da Silva, professora do Singularidades e Supervisora do estágio. O Instituto Singularidades – Faculdade de Curso Normal Superior reconhecida pelo MEC com nota A – situada na zona oeste da capital, representa a concretização de sonhos de muitos jovens da periferia. Com mais de 230 alunos, essa escola é dirigida pela educadora Gisela Wajskop, uma das responsáveis pela elaboração dos PCNs (Parâmetros Curriculares Nacionais) do


Governo anterior, e eterna batalhadora da democracia na educação brasileira. Há dois anos formando professores, Gisela comemora. “Todos que aqui estudaram e formaram, estão empregados na área”. Crédito da notícia: Cecília Galvão


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