O Sintufsc convoca a todos para participarem da assembleia geral que serĂĄ realizada nesta quinta-feira, dia 31/07, Ă s 14 horas, no Hall da reitoria.
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s trabalhadores e trabalhadoras da UFSC elegeram a atual diretoria para um mandato de três anos (2013-2016) com 66% dos votos válidos, tendo a chapa 1 obtido mais que o dobro dos votos da chapa 2. Não custa lembrar que na última eleição a categoria optou por essa direção e por um modo de coordenar o sindicato e o movimento. Uma gestão plural, pautada na diversidade de pensamento e de formação, mas de convergência nas ações que busquem manter as conquistas atuais e garantir mais vitórias para a categoria, além de um sindicato próximo do trabalhador. A outra chapa, composta majoritariamente por integrantes de gestões passadas, propunha outro modo de gestão e coordenação, baseado no que chamam de “sindicato de lutas”, mas que não passa de uma política sectária, autoritária e denuncista, motivada pela arrogância e “superioridade moral e revolucionária” de seus membros. A categoria optou pelo sindicalismo que dialoga e constrói vitórias, que lança mão de mobilizações e ações diretas quando se faz necessário, basta lembrar da derrubada do ponto eletrônico em 2010, das discussões e ações sobre a jornada de trabalho no início da gestão dessa Reitoria em setores espeexemplo, foram fechadas as 3 rótulas o dia todo, mesmo sob ataque de uma minoria de estudantes que não compreendem a luta dos trabalhadores. Foi quando se construiu uma grande e forte greve da Fasubra, em aliança com outras categorias dos servidores federais, que arrancou do governo o segundo maior volume de recursos aplicados num acordo de greve naquele ano e até hoje, o qual deve-se ressaltar, não foi o melhor, mas amenizou as perdas pro-
Discurso x Conquista E o lado de lá o que conquistou? Desde a greve de 2012 vem se construindo com a pauta das 30 horas, querendo se promover e se apropriar dela, desconsiderando toda vitória do passado recente. Enquanto tocávamos a greve, eles se reuniam e articulavam com a reitoria um grupo de trabalho para promover um estudo sobre a jornada de 30 horas. Após 9 meses liberados do setor de trabalho montaram uma chapa para o Conselho Universitário e pouco tempo depois uma parte montou uma chapa pra direção do sindicato. Sim, uma parte, pois no meio do caminho tinha uma pedra e decepções com a Reifosse rompida.
Entenda o estado de alerta e o que houve até aqui -
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Porém, mesmo com brigas e divergências, se juntaram todos em apoio a Chapa 2 e mesmo assim foram derrotados de forma acachapante. Durante a greve de 2014, esse grupo se valeu de maiorias circunstanciais, mobilizando através de promessas e discurso fácil, trabalhadores que não estavam em greve para participar do comando de greve e de assembleias, esse mesmo grupo continuou com sua política e transformou uma frágil greve nacional, por melhorias salariais, na carreira e nos benefícios, em uma greve local, para desgastar a diretoria do sindicato e a Reitora, com a qual estavam juntos até as eleições para o CUn, mas se decepcionaram e agora querem o acerto de contas a qualquer custo, inclusive às custas das 30h já conquistada, inclusive do patrimônio do sindicato e até do seu salário. Quem não se lembra do descaso com que tratavam a possibilidade do sindicato tomar uma multa de 200 mil por dia? Para eles, nada interessa, apenas querem palanques para fazer sua política, desgastar a direção e a Reitora, exqueridinha. Montaram uma comissão de negoda greve disseram que conquistaram vitórias, mas o que aconteceu depois da greve e depois da resolução que foi apresentada pra Reitora? Após um relatório de 400 páginas, várias resoluções, atos teatrais e muita postagem em rede social o que se tem de vitória concreta? Conquistou-se as
30h para todos? Até o assunto do ponto, que estava morto por conta de uma grande vitória da categoria poucos anos atrás, voltou à tona. A direção do sindicato, que esteve na greve, nos comandos e assembleias, nunca deixou de encaminhar o que a maioria aprovava, mesmo que essas maiorias fossem constituídas com não grevistas. Vários de seus membros denunciavam essas práticas, além das votações, em geral, apertadas, demonstrarem claramente que as posições “vitoriosas”, com trabalhadores não grevistas, não eram a opinião da maioria do movimento, de fato.
Atacar o sindicato? Mas e agora? Nesse momento esse mesmo grupo de oposição, que até ontem era aliado da Reitoria e que perdeu recentemente as eleições da APG e não conseguiu voltar ao DCE, busca desesperadamente sair do isolamento jogando toda força na disputa do SINTUFSC. Caluniam nas redes sociais e destilam autoritarismo, tentando imputar a essa direção, que sempre foi independente, uma suposta relação com a gestão. Essa direção nunca foi contra a greve interna e nem contra nenhuma greve, sempre esteve e está disposta e preparada para a luta, mas
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Acordo com quem cara pálida?
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Diante desses fatos novos a diretoria do bleia para o hall da Reitoria, mantendo a data (31/07) para garantir a maior mobilização possível e também buscar terminar a agenda de reuniões já solicitadas.
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não vai agir de rompante, movida pelas disputas eleitorais do sindicato e da UFSC. É preciso ter responsabilidade, construir um movimento massivo e forte, não há espaço para voluntarismos, pra experiências e construções, pois a conjuntura é arriscada e desfavorável, com Reitoria/ governo, sociedade, parte da comunidade acadêmica e judiciário em posições antagônicas, contrárias, à visão do movimento sobre o tema 30h. É preciso pensar: Que greve vamos ter? Uma greve como a última, dividida, que não conseguiu nem fechar as rótulas o dia todos como em 2012? Uma greve de atos esporádicos que ao terminar as pessoas voltavam ao trabalho e que quando chamava atos contundentes ficavam apenas alguns colegas, os mesmos aguerridos de sempre, inclusive a maioria os valorosos aposentados? Uma greve que prometeu ocupar a Reitoria por tempo indeterminado, mas que não fez nada além de tomar café na antessala da Reitora? Ofereceu-se sonho e colheu-se pesadelo. Durante o estado de alerta o que a oposição do sindicato construiu? Qual era seu principal alvo? Toda sua mobilização foi para atacar a direção do sindicato, quando nossa adversária, nesse ponto, é a administração central. É preciso tomar cuidado com os discursos fáceis e opor-
tunistas daqueles que, na aparência, pretendem lutar pelo direito dos trabalhadores, mas que, na verdade, somente querem o aparelho.
O estado de alerta foi importante, colocou a categoria novamente no caminho da mobilização, rompendo com debate entre nós, atingindo gestores e diretores de centro, desmascarou a Reitora, que num dia faz discurso bonito, mas no dia seguinte publica uma portaria discriminatória e policialesca em clara posição de revanchismo pós-greve contra os técnicos, querendo mostrar “ter pulso” e municiando chefias com instrumentos formais para continuar promovendo o assédio e o escárnio com uma categoria que ajuda a sustentar e construir essa universidade. O próximo passo é mostrar que, caso continuem aplicando uma legalidade seletiva e atacando aos TAEs, a categoria não se furtará à luta incisiva e poderá construir uma greve interna como nunca vista antes, pois nossa luta não é só pelas 30h, lutamos contra todas as formas de opressão e por uma universidade verdadeiramente democrática, acessível a todos e todas.