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Ano XXVI | nº 1191 10 a 16 de setembro de 2012 Tiragem desta edição: 24.000 exemplares
Tilápia
A rainha da piscicultura Eleições: hora de reivindicar
índice
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Piscicultura
Bob, o pioneiro
Piscicultura
A rainha
Eleições
O homem que venceu os preconceitos contra a tilápia
Ações dos Sindicatos
12 Safra
Quando o engenheiro de pesca Robert Gordon Hickson chegou ao Paraná em 1981, com a incumbência de implantar a criação comercial de tilápias no Estado, a primeira grande dificuldade foi a descrença dos produtores que viam na tilápia apenas uma “isca” para a pesca esportiva. Isso o fez lembrar de uma história familiar, quase uma lenda urbana entre os Hickson. A história era contada pelo avô de “Bob” e remonta ao início da década de 50 do século passado, em Liverpool, a histórica cidade inglesa berço dos Beatles. O avô Hickson tinha um funcionário, o senhor McCartney, que tinha um filho, Paul. Sempre que perguntava ao empregado sobre o filho, o velho McCartney, num muxoxo lamentava “sei não, isso não vai dar em nada, ele só pensa em música”. O menino que “não ia dar em nada” virou o Paul McCartney dos Beatles, a banda inglesa mais famosa do mundo. Trinta anos depois dessa história, Robert Gordon Hickson, o “Bob” enfrentava, com as tilápias, a mesma descrença do velho McCartney. A exceção de uns poucos solidários, a maioria dos produtores rurais na região de Toledo (540 km a oeste de Curitiba) eram claros: “a produção de tilápias não ia dar em nada”. Com dupla nacionalidade – filho de pai inglês e mãe pernambucana- hoje aos 56
Tem praga na plantação
16 Café
18
Pela Internet
Avicultura
Pedido a Brasília
20 Balanço
Safra 2011/2012
21 Código Penal
Proposta Obscena
22 JAA
Jovem diferente
23 Abastecimento
Explicações da Petrobrás
24 Consecana
A 150ª Reunião
25 Leite
A caminho do Brejo
26 Via Rápida
Piores, Buraco Azul, Cunhado, etc
28 30
Clima Primavera de Chuvas
31
Lineu Filho
Cursos DC, Posse, Olericultura, Turismo, etc
Notas
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o das tilápias Por José Maschio
Festival e encontro de negócios
Milton Dória
a no Paraná.
anos, Robert Gordon “Bob” Hickson, que ainda cultiva o sotaque nordestino, lembra com ironia das desconfianças iniciais da década de 80 com relação à produção comercial de tilápias, já com importância econômica no Paraná. “O avanço foi enorme nos últimos 30 anos, mas ainda estamos uns outros 30 anos atrasados com relação ao frango, por exemplo”, analisa Bob. Segundo ele, a cadeia da tilápia ainda tem muito a crescer no Paraná, tanto em desenvolvimento tecnológico para a exploração de uma proteína barata e saudável, quanto em termos de produtividade por área. E olha que a produtividade média
O SISTEMA FAEP/SENAR-PR em parceria com SENAC-PR nos realizará a Semana Gastronômica e de Estudos da Tilápia2012, nos dias 21 a 29 de setembro O evento busca incentivar o consumo de produtos paranaenses, colaborando com produtores de todo o estado. Os parceiros estão convidando para o Encontro de Negócios entre produtores, associações e cooperativas de Tilápia, e supermercados, restaurantes, bares, peixarias de Curitiba e região, que ocorrerá no dia 24 de setembro de 2012, Esse evento foi idealizado para promover e alavancar a economia da cadeia produtiva, através da realização de negócios. E facilitará o contato direto de empresas fornecedoras e o departamentos de compras de grandes corporações, com interesses afins ou complementares. Programação do Encontro de Negócios 9hs30 – Abertura 10hs – Mesa redonda: “Tilápia: da produção a alta gastronomia” 11h30 – Almoço - restaurante do SENAC PR 13h – Encontro de Negócios. Data: 24 de setembro de 2012 Horário: 0930h às 1600h Local: Rua André de Barros, 750 - Restaurante Escola Curitiba – Paraná
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Piscicultura já está em torno de 25 toneladas por hectare. Bob afirma, no entanto, que é possível ultrapassar uma produção de 30 toneladas por hectare com avanços no manejo. A tilápia hoje já é produzida no sistema de integração no oeste do Paraná, graças a iniciativa pioneira da Copacol (Cooperativa Agroindustrial Consolata), de Cafelândia, e que possui um frigorífico em Nova Aurora. Além de uma série de pequenos abatedouros e frigoríficos na região.
Se a piscicultura hoje está profissionalizada e com uma cadeia que envolve produtores especializados na produção de alevinos até terminadores ( que criam os peixes para o abate), o início foi cheio de tentativas e erros. O primeiro percalço foi com a adaptação dos primeiros exemplares de tilápia trazidos por Bob, do Nordeste para o Paraná. A primeira leva de peixes era composta por 84 tilápias da variedade nilótica e 79 da hornorum. A ideia era utilizar machos hornorum com fêmeas nilóticas para a produção de híbridos mais produtivos. No primeiro inverno que os peixes enfrentaram foi doloroso. “Sobraram umas poucas nilóticas e apenas um macho hornorum. Foi preciso recomeçar a partir deste macho”, lembra Hickson. Hickson lembra ainda de outros projetos frustrados com as tilápias, como o de rizipiscicultura (consorciação do cultivo de arroz com tilápias na várzeas alagadas) e o da instalação de criadouros de suínos sobre os tanques dos peixes. “Foi um período de experimentação, mas a partir de 1983, quando surgiram os primeiros produtores de alevinos no setor privado, a tecnologia para a produção de tilápias deslanchou no Paraná”, afirma Hickson. Resolvida a questão da produção, Bob lembra que foi preciso ir atrás da qualificação dos produtores interessados na criação
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Começo difícil
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de tilápias e, mais importante, formar o hábito do consumo do peixe entre a população.
SENAR-PR e festivais Segundo Bob, o SENAR teve participação importante nestas duas etapas. Em 1992 o próprio Bob foi o instrutor que qualificou a primeira turma de instrutores em piscicultura do SENAR. “A partir daí tivemos um salto na qualificação do produtores”, afirma. Foi também com a ajuda do SENAR que surgiram os festivais da tilápia, no restaurante do SENAC em Curitiba, que ajudaram a popularizar o suo da tilápia como alimentação. Hoje, no oeste paranaense, o filé de tilápia faz parte do cardápio da merenda escolar na maioria dos municípios.
Ex-executivo da Sadia investe pesado na piscicultura
Pesque-pague Outra contribuição de Bob, “o inglês” para a piscicultura brasileira foi ter trazido para o Brasil, no final da década de 80 do século passado, o hábito dos pesque- pague no meio rural brasileiro. Em uma viagem técnica à Alemanha, Hickson viu que os pesque-pague faziam sucesso entre o povo alemão e trazia retorno aos produtores. De volta a Toledo, convenceu o produtor Ciro Hans a transformar sua propriedade em um pesque-pague. O sucesso foi imediato e logo se transformou, na década de 90, em uma febre nacional. Hoje o setor de pesque-pague está estabilizado no Brasil, como mais uma alternativa de renda para o produtor rural, especialmente aqueles próximos a centros urbanos.
No início deste mês a repórter Lílian Cunha, do jornal “O Estado de São Paulo” contou a expectativa de grandes negócios com peixes, através do empresário Pedro Furlan Uchoa Cavalcanti, bisneto de Attilio Fontana, fundador da Sadia. Ele sempre esteve envolvido com o agronegócio e com a criação de frangos. Antes da fusão com a Perdigão, que formou em 2009 a BRF, foi por três anos executivo da controladoria, do marketing e de vendas da Sadia. Em 2006 deixou o emprego e comprou 100 hectares de terra em Sorriso (MT), construindo tanques para criar tilápias, pintados, tambaquis e outros pescados. “Decidi replicar no pescado o modelo que a Sadia usava para o frango”, disse Cavalcanti, presidente da Nativ Pescados, uma das maiores empresas de criação de peixes de água doce em tanques artificiais do País. Em Sorriso, a Nativ, que foi fundada em 2006, tem 300 funcionários (dos quais 70% são ex-Sadia) e 90 hectares de lâmina d’água, a medida que expressa o tamanho dos tanques de criação de peixe. “Ainda somos pequenos, mas queremos ser a BRF dos pescados”, afirmou o empresário ao “Estadão”. Os planos são ambiciosos: com faturamento de R$ 30 milhões em 2011, a empresa quer chegar a R$ 43 milhões este ano, a Boletim Informativo do Sistema FAEP nº 1191 | Semana de 10 a 16 de setembro de 2012 | 5
O modelo Sadia também foi empregado no abate. Ele adotou o abate helal, exigido pelos árabes, porque o abate é feito o mais rápido possível para que o animal sofra menos.
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R$ 100 milhões em 2013 e, até 2018, multiplicar por 12 atual receita e movimentar R$ 550 milhões. Como? Aliando a estratégia de copiar a gestão da Sadia com um empurrãozinho financeiro de um fundo internacional. “Até novembro deveremos anunciar esse novo parceiro”, diz Cavalcanti. As diferenças entre o frango e os peixes, diz ele, estão antes do abate. Enquanto a ave não leva mais que 45 dias para atingir seu peso máximo, o peixe precisa de seis a 12 meses, conforme a espécie. O modelo Sadia também foi empregado no abate. Ele adotou o abate helal, exigido pelos árabes, porque o abate é feito o mais rápido possível para que o animal sofra menos. Com o peixe, a filosofia é parecida. Cavalcanti pesquisou como poderia tornar o processo menos doloroso. “Resfriamos a água entre 2°C e 0°C. Nessa temperatura, o peixe fica em estado de sonolência e morre com menos sofrimento”, explica o empresário. “Isso também deixa a carne mais branca, mais leve.” Até dezembro, segundo Cavalcanti, a Nativ, que tem 24 produtos diferentes, planeja lançar mais dez. O brasileiro está comendo mais peixe, tanto que o consumo per capita aparente passou de 7 quilos em 1996 para 9,7 quilos em 2010”, Mas para que haja escala de mercado, esse número precisa continuar crescendo. A produção global de Tilápia mais do que dobrou na última década, passando de 1,5 milhões de toneladas em 2003 para 3,2 milhões de toneladas em 2010.
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Piscicultura
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Ao longo do rio Paranapanema, mais de 100 municípios do Norte e Noroeste do Paraná, podem produzir milhares de toneladas de peixes. O potencial se concentra principalmente na bacia formada pela represa Capivara, na divisa com o Estado de São Paulo. De olhos nesta oportunidade de renda, 25 proprietários rurais participaram no início deste mês do curso Cultivo Avançado de Tilápia em Tanques-rede, promovido pelo SENAR-PR, no Sindicato Rural de Londrina. Eles estudam a possibilidade de investir no empreendimento que pode chegar a R$ 380 mil na implantação do criatório, mais um capital de giro em torno de R$ 700 mil (a base de cálculo é para um estabelecimento que produza 360 toneladas/ano). O retorno de parte desse capital – entre 10% e 20% do total investido – começa a ser contabilizado após oito meses, quando entra no mercado a primeira “colheita”. O retorno chegou a ser maior antes da recente alta nos preços da ração, conforme projeção do professor e engenheiro agrônomo Fernando Kubitza,
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que atua na área de consultoria há 25 anos. Ele deixa claro que é possível implantar um projeto de tanques-rede com menos investimento, dependendo da meta estabelecida pelo empreendedor. Dos participantes do curso, 12 já estão no ramo; todos eles se inspiraram em cursos de empreendedorismo realizados pelo SENAR-PR, segundo Luiz Henrique, diretor da Associação Norte Paranaense de Aquicultores (ANPAQUI), parceira na realização do curso. O potencial de renda é forte, a demanda é crescente – garante o professor Fernando Kubitza – mas ressalva que o mercado é competitivo e a rentabilidade hoje está mais apertada e exige produção de escala, com eficiência na gestão técnica. O curso versou sobre planejamento – na implantação e na parte operacional; manejo, uso racional dos recursos, manejo sanitário e planilha de custo. Em aula prática na Estação de Piscicultura da UEL, os alunos do curso aprenderam a identificar parasitos e adotar medidas preventivas contra doenças. O professor disse que os tanques-rede oferecem vantagem sobre os tradicionais tanques escavados; o primeiro dispensa a necessidade do espaço na propriedade, enquanto o segundo modelo, o escavado, depende da escolha de um local com condições de solo, topografia e disponibilidade de água. O tanque-rede até pode ser considerado inclusivo porque dá oportunidade a investidores que não tenham sítio ou fazenda, conforme o professor. Sobre a demora na concessão de licença ambiental para implantar o tanque-rede, o professor foi incisivo: “Muitos piscicultores não conseguem a licença ambiental porque os técnicos (dos órgãos encarregados de avaliar o impacto ambiental) geralmente desconhecem a atividade e por isso não possuem parâmetro para avaliar os pedidos de concessão de áreas nos reservatórios públicos. Assim, na dúvida, acabam por protelar a concessão da licença”. Muitos produtores se queixam da demora, principalmente no
O tanque-rede até pode ser considerado inclusivo porque dá oportunidade a investidores que não tenham sítio ou fazenda.
Paraná. O pioneiro na criação de tilápias Robert Gordon Hickson informou que a legislação federal permite a atividade em tanques redes, nos rios e lagos, “acima (à montante) do reservatório de Itaipu, em parques aquícolas e mediante um plano de bacia”. No caso, em rios afluentes do rio Paraná, como o Paranapanema. Sobre o montante a ser investido, alguns empreendedores acham ser possível baratear o custo inicial”. É o caso da empresária Creusa Maria Leonhardt, produtora de alevinos. Ela entende que o custo simulado durante as aulas projeta uma instalação moderna e adequada, mas é possível implantar um tanque-rede com um orçamento mais modesto. Para mais informações técnicas, os interessados podem procurar o SENAR-PR ou o site www. acquaimagem.com.br ou o email do professor: fernando@acquaimagem.com.br
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Eleições
Urna aberta, cumpramEleições de 7 de outubro e a atuação dos Sindicatos
O escritor Monteiro Lobato, no século passado, celebrizou a frase: “ou o Brasil acaba com a saúva ou a saúva acaba com o Brasil”. As saúvas continuam azucrinando a vida dos produtores em todo o país - no Paraná muito mais na região noroeste, mas se o Brasil não acabou, criou-se e vem se ampliando outra praga que atua como fungo no dinheiro público: a corrupção. Está aí o exemplo do mensalão em julgamento pelo Supremo Tribunal Federal (STF). O melhor remédio para eliminar esse formigueiro de corruptos e corruptores acontece a cada dois anos no país. As eleições para vereadores e prefeitos que ocorrem no próximo dia 7 de outubro nos 5.564 municípios, dos quais 399 no Paraná, permite a sociedade escolher de forma consciente, crítica e exigente. Ulysses Guimarães, o “Senhor Diretas” e condutor da Constituição de 1988 dizia que é nos municípios que a democracia se fortalece e se consolida. De fato, a proximidade entre o eleitor e os candidatos permite uma participação direta da sociedade, que acompanha e cobra a execução de serviços e políticas públicas. É nos municípios que os programas federais e estaduais de geração de emprego e renda, justiça social, educação, saúde, qualidade de vida e sustentabilidade ambiental se desenvolvem, mesmo que os recursos repassados não sejam suficientes para tal fim. Aliás, prefeitos de 259 das 399 cidades paranaenses (65% dos municípios do estado) afirmam que a queda nos repasses do Fundo de Participação Municípios (FPM),
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Por Hemely Cardoso
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foi provocada pela desaceleração da economia e pela desoneração de impostos e vai prejudicar o fechamento de contas do mandato. O mesmo estudo indica que 162 (41%) preveem que vão deixar despesas descobertas (sem os recursos correspondentes em caixa) para os sucessores que serão eleitos em outubro. Os números fazem parte de uma pesquisa divulgada ontem pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM), em Brasília. A maioria absoluta dos municípios paranaenses tem sua economia baseada na agropecuária e agroindústria, mas o produtor tornou-se um cidadão “rurbano”. Tira seu sustento e da sua família no campo, mas é no meio urbano que seus maiores problemas são resolvidos , ou quase. Estradas vici-
-se as promessas Os Sindicatos nas eleições Veja alguns exemplos dessa atuação
Curiúva
NÚMEROS O número de candidatos em todo o Estado, segundo dados do Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) Prefeito: 1.051 Vice-Prefeito: 1.081 Vereador: 29.275
nais, transporte e melhores escolas, habitação adequada, saúde, são temas recorrentes nas eleições. Nesse sentido os Sindicatos Rurais tem um papel importante de ouvir seus associados e a comunidade e exercer o papel de sugerir, discutir e exigir a partir do próximo ano o cumprimento das promessas feitas na atual campanha eleitoral.
Em Curiúva, no norte paranaense, com 13.924 habitantes, segundo dados do IBGE, pela primeira vez o sindicato rural apresentou sugestões aos dois candidatos a prefeito do munícipio. Como ocorre na maioria dos municípios em todo o Estado, a economia de Curiúva gira em torno da agropecuária. A atividade madeireira é o carro-chefe do setor. Segundo o presidente do Sindicato Rural, Luiz André Boranelli, os dois candidatos foram chamados para uma reunião e discutiram o plano de governo ao setor agrícola. Durante o encontro, em dois blocos, com a duração de uma hora e meia para cada candidato, foram feitas 16 perguntas relacionadas à agropecuária. “Questionamos como será feita a conservação das estradas para o escoamento da produção, se vamos ter uma Secretaria de Agricultura atuante, como vai ser feito o transporte rural, por exemplo”, explicou Boranelli. Acrescentou que a ideia é ouvir e discutir propostas com o prefeito eleito para acrescentá-las ao plano plurianual. “Eu acredito que logo após a eleição já estaremos fazendo uma reunião”, observou.
Toledo Em Toledo (119.000 habitantes IBGE 2010), região Oeste do Estado, o sindicato também já teve uma conversa com os dois candidatos a prefeito. Neste ano, diferente do que ocorre normalmente durante o peBoletim Informativo do Sistema FAEP nº 1191 | Semana de 10 a 16 de setembro de 2012 | 9
Eleições
O sindicato não faz política partidária, mas desenvolve atos políticos. Com os cursos do PDS e Desenvolvimento Comportamental (DC), os produtores desenvolveram projetos voltados as suas comunidades.
ríodo das eleições, de acordo com o presidente do Sindicato, Nelson Roberto Paludo, há 12 anos no cargo, o Programa de Desenvolvimento Sindical (PDS) foi fundamental para o setor rural apresentar suas reivindicações. “Dentro do PDS, a gente entendeu que não basta apenas fazer a proposta, ela precisa ser fundamentada. Dessa forma, as reinvindicações realmente mostram as necessidades do produtor rural”. Segundo Paludo, o sindicato não faz política partidária, mas desenvolve atos políticos. Com os cursos do PDS e Desenvolvimento Comportamental (DC), os produtores desenvolveram projetos voltados as suas comunidades. “Ao final do curso, eles fazem um trabalho e entregam aos candidatos para que as propostas sejam inclusas no plano de governo”, disse.
Ivaiporã Seguindo o exemplo de Toledo, o Sindicato Rural de Ivaiporã, no Centro-Sul do Estado, com uma população de 31.679 habitantes, segundo o IBGE, apresentou algumas sugestões aos três candidatos a prefeito do município. As propostas começaram a ser desenhadas ao longo de 2010, quando se formou a primeira turma do PDS, e foram concluídas no primeiro semestre deste ano. “Não podemos deixar de apresentar as reivindicações do sindicato que foram formuladas junto aos produtores e mostrar aos candidatos
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a viabilidade dessas propostas”, justificou o diretor-secretário Marco Antônio Esquiçato. Na avaliação dele, não basta elaborar uma sugestão, ela deve ser especifica e detalhada. “Não adianta eu pedir para arrumar uma estrada, por exemplo, se eu não especificar o tamanho do trecho ou a localização”, explicou, destacando que os sindicatos devem apoiar, cobrar e fiscalizar as obras do Executivo. Entre as propostas apresentadas, o sindicato sugeriu a indicação de um secretário da Agricultura com total conhecimento sobre a atividade agropecuária, além de quais projetos que serão desenvolvidos pela pasta. Entre elas: • Programa do PIA; • Criação de um secador de café comunitário e melhorias no acesso ao Distrito de Jacutinga, • Mais atenção na questão da avicultura, atividade leiteira e principalmente na conservação de estradas rurais; • Assessoria da prefeitura com agrônomo contratado ou da própria Emater, para associações de produtores rurais na compra de insumos, para a obtenção de descontos; • Melhoria da estrada que liga o Distrito de Jacutinga até o Rio Ivaí (Banco de Areia); • Mais treinamentos para nossos jovens, produtores rurais, trabalhadores rurais e até para os patrulheiros da prefeitura.
Educação • Conservação dos veículos de transporte Escolar, trocando-os sempre que necessário pela segurança de nossas crianças; • Mais atenção às crianças da zona rural, acompanhando sempre como anda suas
escolas rurais e atenção com esses alunos; • Disponibilização de sinal de internet para a zona rural e a acessibilidade de todos à rede mundial de computadores, a exemplo de outros municípios do Paraná.
Saúde • Implantação de mini-postos de saúde nos distritos do município, com médicos, enfermeiros e atendentes devidamente capacitados para atender a comunidade; • Ambulância nos distritos periodicamente para atender a comunidade; • Medicamentos apropriados para atender a comunidade, evitando assim seu deslocamento até a cidade.
Arrecadação • A Prefeitura deve firmar convênio com a Receita Federal para processamento e cadastramento de ITR pelo município, aumentando a arrecadação do município; • Criação de uma comissão para administração e aplicação dos recursos do ITR na própria atividade;
Castro No município que concentra a maior produção de leite no país (180 milhões de litros em 2010) e com uma população rural de 18 mil habitantes (IBGE 2010), o Sindicato Rural de Castro está promovendo encontros com os quatro candidatos a prefeito do município. Segundo o vice-presidente, Eduardo Medeiros Gomes, toda quarta-feira é dia de café-da-manhã no sindicato, para que os produtores possam discutir ideias com os candidatos. De acordo com ele, os temas foram elencados pelos produtores e depois as propostas desenvolvidas. Para isso, contrataram um técnico da Emater que sistematizou
o conjunto de propostas voltadas para estradas rurais e meio ambiente. Entre as sugestões de plano de governo, o sindicato apresentou aos candidatos a criação do Conselho Municipal de Usuários de Estradas Rurais; a nova estrutura organizacional para a Secretaria de Transportes e a criação de um Plano Municipal de Desenvolvimento e Manutenção de Estradas Rurais. Nas questões de meio ambiente, o sindicato sugere: reforçar a área de meio ambiente da Secretaria da Agricultura; reforçar o fundo municipal de Meio Ambiente com recursos do ICMS Ecológico; implantar programa de remuneração por serviços ambientais; desenvolver programa de gerenciamento das microbacias de Castro, com ênfase no rio Iapó; defender, junto aos órgãos ambientais o direito da utilização das áreas de várzeas sistematizadas e consolidadas no município e fortalecer o conselho Municipal de Sanidade Animal e Vegetal. “O que é importante? O compromisso do candidato e definir o que vai defender e fazer quando for eleito. Há o risco de as propostas não serem executadas, só que vai ficar claro que o compromisso foi firmado na sede do sindicato, na presença dos produtores”, avaliou Gomes.
“O que é importante? O compromisso do candidato e definir o que vai defender e fazer quando for eleito. Há o risco de as propostas não serem executadas, só que vai ficar claro que o compromisso foi firmado na sede do sindicato, na presença dos produtores”.
Programa de Desenvolvimento Sindical - PDS Criado em 2007, o Programa de Desenvolvimento Sindical (PDS), em parceira com Sebrae, tem como objetivo principal fortalecer o trabalho desenvolvido pelo sindicato rural. Através de treinamentos a dirigentes, gestores sindicais e produtores rurais, a estrutura do curso está fundamentada nas seguintes ferramentas: abordagem sobre a participação política e a estrutura do poder no município, Estado e país; elaboração do plano plurianual pelos novos prefeitos; como a instituição pode participar e colaborar na elaboração do plano que vai direcionar a atuação do poder Executivo nos próximos quatro anos e fiscalizar a atuação municipal, por exemplo, nas questões relacionadas à educação, transporte, orçamento, infraestrutura, etc. Ao longo do ano passado 1.010 pessoas participaram do PDS somando 66 turmas em todo o Estado.
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safras
Poderia ser Fotos: Divulgação
Bons preços na soja, no milho e no trigo trouxeram boas novas aos produtores nos últimos dias. No entanto, existem lavouras em más condições e alguns produtos colhidos não apresentam qualidade capaz de gerar uma boa e esperada. O milho safrinha substituiu grandes espaços do trigo neste ano, mas alguns produtores estão sofrendo perdas com esta cultura. Na região oeste, próxima ao Lago de Itaipu, Cévio Mengarda, produtor em Marechal Cândido Rondon constatou o ataque de percevejos e principalmente doenças fúngicas e um pior desenvolvimento inicial da lavoura de milho safrinha. Isso ocorreu devido à estiagem e a pouca quantidade de água no solo ocasionou tais ataques. Com o clima seco, a aplicação de fungicidas foi praticamente desnecessária durante o desenvolvimento vegetativo. Após a geada de junho - o primeiro prejuízo daquelas lavouras, veio um período de muita chuva proporcionando o desenvolvimento de doenças, como ferrugens (Ferrugem Polissora, Comum e Branca). Nesse estágio, devido à altura da planta, tornou-se inviável o controle químico em muitas lavouras. Ocorreram ainda problemas de germinação na espiga e de Podridão de Giberela – grãos ardidos. No extremo oeste, em fase final de colheita, a produtividade varia entre 95 sc/ha e 25 sc/ha, segundo Mengarda. No Paraná já foram colhidos 72% do milho safrinha, segundo a Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (SEAB) e do restante a ser colhido, 98% estão em fase de maturação. Em comparação à safrinha passada, houve um aumento de área em 20% (335.874 ha). Para o produtor Getúlio Ferrari Júnior, de Campo Mourão, a surpresa é negativa com o milho safrinha. “As lavouras estão com produtividade abaixo do esperado e com baixa qualidade de grãos, o que resulta em desconto no preço pago ao produtor”,,
Clima facilita ação de pragas em algumas regiões Por Leandro Alegransi, engenheiro-agrônomo do DTE/FAEP
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diz Ferrari. Segundo ele, a média de produtividade dificilmente ficará acima de 80 sacos por hectare naquela região. Todos esses problemas estão influenciando negativamente os preços pagos aos produtores rurais, porque os descontos estão ocorrendo em cima dos bons preços atuais.
Os perigos Para Ivo Carlos Arnt Filho, presidente da Comissão de Cereais, Fibras e Oleaginosas da FAEP, o plantio em vários períodos pode
melhor
trazer problemas para o cultivo do milho. “A falta de um período sem cultivo eleva a quantidade de inóculos de várias doenças fúngicas”, diz Arnt Filho, “já se observa o aumento de doenças fúngicas no milho”. Ele explica que com o plantio em vários meses do ano, o resultado é uma grande propagação de esporos, com alta incidência dessas doenças e perdas por milho ardido. O produtor rural e engenheiro agrônomo Daniel Alfredo Rosenthal, de Rolândia, norte do Paraná, enfrenta problemas com a lavoura de trigo, em situação ruim comparada às de milho safrinha. O trigo plantado no final de março e início de abril foi o mais afetado pelas doenças fúngicas, brusone e giberela e estão com baixa produtividade e qualidade. Já quem plantou trigo na segunda quinzena de abril está em condições melhores, com produtividade razoável, mas em alguns casos com problemas na qualidade, como PH (peso hectolitro) abaixo de 78. Para Rosenthal, o Norte do Paraná estará encarando outra considerável diminuição na área cultivada de trigo na próxima safra. Essa situação é favorecida pelas más condições das lavouras deste ano, pelas boas lavouras de milho safrinha na região e pela forte promoção ao cultivo de milho no inverno. “O cultivo unicamente de milho no inverno é um risco para o produtor rural, o risco de geada é constante, assim como o de preços baixos no caso de grande oferta de milho num mesmo período”, afirma ele.
Norte Pioneiro, Guarapuava e Sudoeste No Norte Pioneiro, Aristeu Kazuyuki Sakamoto, presidente do Sindicato Rural de Cambará, informou que já estão ocorrendo pedidos de indenização para o Proagro nas lavouras de trigo. “A chuva acima do normal, antes da estiagem de agosto, favoreceu a entrada das doenças fúngicas Boletim Informativo do Sistema FAEP nº 1191 | Semana de 10 a 16 de setembro de 2012 | 13
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safras
brusone e giberela”, revela. Em Guarapuava, a adubação nitrogenada não pode ser aplicada em muitas lavouras de trigo por falta de umidade no solo, segundo o produtor rural Anton Gora, o que implica na qualidade industrial da farinha. “De maneira geral as lavouras de trigo estão boas, mas para a cevada a situação está mais complicada com a grande incidência de oídio devido ao clima seco, a falta de produtos eficientes no controle químico e falta, em estoque, dos produtos existentes para controle nos fornecedores”, relata Gora. Em contrapartida, o clima seco favorece as lavouras de canola, que estão muito boas. Na principal região produtora de trigo do estado, Ponta Grossa, as perdas são de 5% das lavouras, gerando perdas de 20 a 22 mil toneladas e de R$ 15 milhões, aproximadamente. Os dados foram divulgados pelo “Jornal da Manhã”, baseado em informações do Núcleo Regional da SEAB. Esse resultado negativo é devido à estiagem e à incidência de oídio nas lavouras. João Conrado Schmidt, produtor rural em Ipiranga, diz que a produção não é mais o que se esperava até 15 de agosto.
Controle biológico apresenta bons resultados com o uso de Trichodermasp.
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No Sudoeste, a estiagem também está prejudicando o trigo, resultando nos mesmos problemas de produtividade e doenças. A estiagem também afetou as pastagens e as lavouras de aveia e de azevém. As informações são do presidente do Sindicato Rural de Coronel Vivida, Celso Stedile. A aplicação de defensivos químicos é prejudicada quando realizada com clima seco (umidade relativa do ar baixa) e com isso diminui a eficiência do controle químico pela maior evaporação da calda (água + ingrediente ativo). A ferrugem asiática sempre é uma preocupação no cultivo da soja. Com a implantação do vazio sanitário em 12 estados produtores de soja e no Paraguai, o trabalho vem mostrando resultados positivos. Apesar de a safra passada ter deixado menos inóculos que as outras, a atenção não deve ser dispensada. Essa é uma doença muito agressiva pela eficiência na produção e na dispersão dos esporos, gerando focos de incidência em pouco tempo. Os focos podem ser acompanhados no site www.consorcioantiferrugem.net, bem como várias informações sobre a doença.
Fotos: Divulgação
A doença do mofo branco
De olho na soja A preocupação para esta safra é a baixa ocorrência de geadas fortes, que contribui para a manutenção das plantas hospedeiras da ferrugem asiática e para plantas “guaxas” de soja. Outro ponto é que neste verão poderá ocorrer a influência do El Niño, resultando em precipitação acima do normal (clima quente e úmido), favorecendo a doença. Outra doença que vem requerendo cuidados é o mofo branco (Sclerotinia sclerotiorum). É uma doença que vem ganhando campo nas lavouras de soja, feijão, girassol, canola e é muito influenciada pelo clima para que ocorra. Muitas lavouras de milho darão lugar às de soja em todo estado. No momento da compra dos insumos (momento de decisão do produtor para o que vai plantar), o preço estava mais favorável à soja do que ao milho na Bolsa de Chicago. Outro fator é a “super safrinha”, que poderia derrubar os preços do milho para a safra de verão. Para quem vai cultivar milho, a preocupação está voltada para as doenças fúngicas, principalmente com as ferrugens: polissora, comum e branca. As cultivares resistentes às doenças estão colaborando para o cultivo de milho, além das transgênicos (controle de lagartas e resistência ao herbicida glifosato), que a cada ano aumentam a participação das áreas de milho. O ideal é que seja mantida a rotação de culturas nas lavouras, pois isso garante vários benefícios ao sistema produtivo, principalmente os ligados a sanidade vegetal.
Controle cultura é primordial e com destaque para as sementes: utilização de sementes certificadas e de procedência conhecida, pois as sementes são um veículo importantíssimo na disseminação do patógeno e os micélios do patógeno podem estar externamente ou internamente. Experimentos apresentaram dados de 0,25% de contaminação nas sementes com o fungo, aparentemente é um número insignificante. Porém, fazendo um cálculo simples, pode se observar a relevância deste número: 0,25% de ocorrência em sementes x 300.000 sementes por hectare (densidade) = resultam em 750 focos por hectare, pois sementes que não germinam são focos primários. Sementes com micélios são fontes primárias da doença, assim como aquelas que não germinam são uma fonte de escleródios (também focos primários). Rotação de culturas é indispensável. Palhada densa e distribuída uniformemente resulta num bom controle – palhada de aveia tem bom resultado. Espaçamento X população de plantas para melhorar a insolação e aeração no “baixeiro” das plantas. Controlar plantas daninhas hospedeiras. Evitar trânsito de máquinas e equipamentos entre talhões e propriedades (colheita terceirizada). Controle Químico para áreas com ocorrência: o primeiro passo é o tratamento de sementes, o segundo é a alicação preventiva de produtos específicos na floração e com intervalo de sete dias. > Informações do Encontro Internacional do Mofo Branco (julho 2012).
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Ideia
De acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a safra 2012/13 será de 50,4 milhões de sacas.
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“Café D
O cafezinho do campo
Arquivo pessoal
Aos 31 anos, formado em processamento de dados com pós-graduação em Teleinformática Frideberth Conrado Dela Coleta, 31 anos, trocou a área de informática pela agricultura. Há seis anos ele assumiu a propriedade da família de 145 hectares no município de Ribeirão Pinhal e Abatiá no norte pioneiro do Estado e se transformou em produtor de grãos e café. Para se especializar na produção agrícola tem buscado os cursos do SENAR-PR. E foi após a conclusão do curso Negócio Certo Rural, que ele começou a vender café diretamente ao consumidor pela internet. Para isso Coleta lançou há pouco mais de dois meses o site www.galeriadocafe.com.br onde comercializa cafés classificados, acessórios para preparação, degustação e receitas. No primeiro mês não vendeu nada, mas no segundo mês foram comercializados 35 quilos de café para Passo Fundo-RS, São Paulo capital, Curitiba, Londrina e Ribeirão do Pinhal-PR. A expectativa é que no terceiro mês as vendas alcancem 80 quilos. Pelo site é possível escolher o tipo de café desejado. Por exemplo, o café Extra Forte Torra e Moído (500 g) custa R$ 7,00 e o interessado escolhe o tipo de envio (normal ou Sedex). “O curso abriu as portas para a questão gerencial da lavoura de café. Percebi que precisava encontrar outras formas de comercialização diferente da cooperativa. O site está só no começo quero incluir outros produtos como máquinas de café expresso, louças e artesanato local que valorizam o serviço de café”, completa. A produção de café na família de Coleta é uma tradição há quatro gerações, mas ele continua investindo para aumentar a produtividade da lavoura e o valor agregado ao produto. “Durante o curso fiz um planejamento a curto e médio prazo e uma das metas é conseguir a certificação Fair Trade, que assegura um preço dife-
Frideberth Conrado Dela Coleta já fez pelo SENAR-PR voltados à produção de café 20 cursos, num total de 386 horas
renciado à produção”, conta. Para conseguir a certificação Fair Trade (preço justo) o primeiro passo é o agricultor estar ligado a uma cooperativa. Coleta é associado da Cooperativa de Produtores de Cafés Certificados e Especiais do Norte Pioneiro do Paraná (Cocenpp) através do Núcleo Municipal de Produção. Este núcleo está em processo de formação e conta com aproximadamente 15 cafeicultores
Digital”
Previsão de R$ 26 milhões para divulgação do café no exterior
o vendido pela internet
Propaganda é a alma do negócio
em Ribeirão do Pinhal. Nas cidades próximas como Abatiá, Ibaiti, Ribeirão Claro e Jacarezinho já existem núcleos formados há mais tempo. “Estou com 70% do processo de certificação concluído. A certificação garante um produto de boa procedência e a rastreabilidade deixa claro que tipo de bebida o consumidor está tomando. Estou adotando novas práticas na propriedade tentando atingir consumidores mais exigentes que de certa forma, valorizam o trabalho do agricultor e também a qualidade do produto que está sendo consumido”, completa. Além da certificação, Coleta quer aumentar a média de produtividade nos 36 hectares onde produz café, de 40 sacas para 55 a 65 sacas. Ele investiu 70 mil reais em um projeto de irrigação dos cafezais e está substituindo alguns pés de café. Também vai investir em um segundo projeto de despolpador. “Este projeto envolve a aquisição de vários equipamentos (lavador, despolpador), elevação de terreiros de secagem são mais R$ 80 mil. O retorno financeiro começa quatro anos após a implantação”.
O setor privado, em parceria com o governo, começará uma campanha de marketing para promover o café brasileiro dentro e fora do país. Com um custo estimado em R$ 26 milhões para o período de 2013 a 2016, a campanha vai divulgar o produto por meio do slogan “Brasil, País do Café”. O objetivo será agregar valor ao grão de olho nos eventos esportivos que serão realizados no país, como a Copa, em 2014, e a Olimpíada, em 2016. Segundo o jornal ”Valor Econômico” a campanha pretende “vender” o Brasil como o país do café, assim como já foi feito com a caipirinha anos atrás. Toda a estratégia a ser desenvolvida estará atrelada a quatro pilares principais: diversidade, origem, qualidade e sustentabilidade. Nesse contexto, serão destacados que o país produz quase todos os tipos de cafés que o mercado deseja, em razão das condições naturais favoráveis ao cultivo, como clima e solo, e também à infraestrutura disponível para o processamento do grão. O acordo foi costurado, em Brasília, na sede do Ministério da Agricultura . Os representantes das entidades do setor se juntaram ao secretário executivo da pasta, José Carlos Vaz, e ao diretor do Departamento do Café, Edilson Alcântara, para avaliar conceitos e posicionamento do plano de marketing para os cafés do Brasil. “Nosso objetivo é organizar o setor e dar força para que o consumo continue crescendo nos próximos anos”, disse o diretor do Departamento do Café (DCAF), Edilson Martins Alcântara, subordinado à Secretaria de Produção e Agroenergia do Ministério da Agricultura.
O consumo per capita no país é estimado em 83 litros por ano, segundo a Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic).
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O Sistema FAEP, a Secretaria da Agricultura e do Abastecimento (Seab), o Sistema Ocepar e o Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Estado do Paraná (Sindiviapar) encaminharam, no último dia 5 de setembro, a autoridades em Brasília (*) documento solicitando medidas para aliviar a crise na avicultura provocada pelos altos preços do milho e da soja. O documento lembra que a atual conjuntura ameaça a sustentabilidade da avicultura, atividade de grande importância econômica e social para o Paraná, que responde por 27% da produção nacional. Esse cenário “coloca em risco a normalidade do abastecimento do mercado interno, com reflexos negativos para a política de contenção da inflação e do padrão alimentar da população”, relata. Em 2011 foram exportadas 1 milhão de toneladas, gerando um Valor Bruto da Produção da ordem de R$ 5,4 bilhões, envolvendo 19 mil produtores, 60 mil postos de trabalhos diretos e cerca de 600 mil indiretos no Paraná. Com a elevação dos custos de produção, a indústria e, consequentemente, os produtores integrados, passaram a enfrentar uma frágil situação financeira, sendo frequente o apelo por medidas de apoio à atividade, especialmente de recomposição do capital de giro, expõem. “Mesmo assim, pode-se afirmar que o setor avícola é viável”, argumentam.
As medidas • Linha de Crédito para Capital de Giro para as indústrias (Integrações): abertura de linha de crédito, com taxa de juros de 5,5% ao ano, com prazo de reembolso de até 72 meses, aos moldes da linha Programa de Capitalização de Cooperativas Agropecuárias (PROCAP-AGRO). para viabilizar a continuidade das atividades dos abatedouros neste período de crise. • Implementação e adequação de linhas de cré-
Fernando Santos
Crise
Em 2011 foram exportadas 1 milhão de toneladas, gerando um Valor Bruto da Produção da ordem de R$ 5,4 bilhões, envolvendo 19 mil produtores, 60 mil postos de trabalhos diretos e cerca de 600 mil indiretos no Paraná.
dito para aquisição de empresas: edição de normativo para adequação das linhas de crédito para aquisição de empresas ainda ativas, para evitar a paralisação das atividades e, em consequência, a ausência de renda, de produtores integrados e empregados na indústria que encerrou suas atividades. A medida pretende facilitar a aquisição ou fusão de empresas, antes de eventual insolvência. • Prorrogação de dívidas de investimento de produtores e indústrias: prorrogação dos financiamentos já contratados, parcelas vencidas ou vincendas em 2012, para pagamento um ano após a última parcela prevista no contrato, condicionada à garantia de que a indústria mantenha os contratos com os integrados, viabilizando renda. • Apoio para a compra de milho: é preciso baratear o milho sem afetar o preço ao produtor, subvencionando parte do preço ou garantindo o acesso ao produto, a exemplo do que ocorre nos Estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina.
Assinam o documento: Norberto Anacleto Ortigara, secretário da Agricultura; Ágide Meneguette, presidente da FAEP; João Paulo Koslovski, Presidente do Sistema OCEPAR e Domingos Martins, Presidente do SINDIAVIPAR. Encaminhado aos Ministros da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Fazenda, Planejamento e Casa Civil
18 | Boletim tim Informativo do Sistema FAEP nº 1190 1191 || Semana Semanade de10 3 aa916dedesetembro setembrodede2012 2012
A produção brasileira de grãos na safra 2011/12 deverá alcançar 165,92 milhões de toneladas, contra 162,80 milhões de toneladas na safra 2010/11.O aumento foi de 3,09 milhões de toneladas. Já a área plantada tem estimativa de 50,86 milhões de hectares contra 49,87 milhões de hectares da safra 2010/11. É o que apontam os dados do décimo segundo levantamento de safras divulgado pela CONAB. A produção total de milho (safra verão mais safrinha de inverno) soma 72,7 milhões de toneladas, ou seja, uma elevação de 26,7%, equivalente a 15,3 milhões de toneladas. Vale ressaltar a produção de milho 2ª safra, totalizando um recorde de 38,8 milhões de toneladas, com crescimento de 73% sobre a safra 2010/11 (22,4 milhões de toneladas). O Paraná, principal produtor de milho tem produção estimada em 16,9 milhões de toneladas e produtividade acima da média nacional, prevista em 5.634 quilos por hectare. Para o milho 1ª safra, a produção prevista é de 6,5 milhões de toneladas e produtividade média de 6.729 quilos por hectare. Já o milho 2ª safra tem previsão de 10,3 milhões de toneladas e produtividade média de 5.105 quilos por hectare. A cultura da soja tem estimativa de produção de 66,3 milhões de toneladas, uma queda de 12% ou 8,9 milhões em relação à safra 2010/11, resultado da estiagem que atingiu a região Sul do país. A produtividade ficou em e 2.651 kg por hectare contra 3.115 da safra 2010/11. A produção paranaense na safra 2011/2012 tem previsão de 10,9 milhões de toneladas e uma produtividade de apenas 2.453 quilos por hectare contra 3.360 quilos por hectare obtidos na safra 2010/11. A Conab trabalha com uma produção para o feijão de 2,9 milhões de toneladas (as três safras), inferior à produção passada, que foi de 3,73 milhões de toneladas. O Paraná, principal produtor, deverá produzir apenas 677,9 mil toneladas, com produtividade média de 1.408 quilos por hectare. Quanto ao trigo, a produção brasileira está prevista em 5,2 milhões de toneladas e uma produtividade média 2.773 quilos por hectare. A produção
Arquivo
balanço
Gilda M. Bozza – Economista – DTE/FAEP brasileira deverá cair 9,8% em relação à safra anterior (5,78 milhões de toneladas). O Paraná, hoje segundo produtor nacional, atrás do Rio Grande do Sul, tem previsão de produzir 2,12 milhões de toneladas e uma área plantada de 760,4 mil hectares, a menor área dos últimos 37 anos. A redução de área no Paraná foi de 27% sobre a área plantada na safra anterior (1,04 milhão de hectares). No próximo dia 9 de outubro, a CONAB divulgará a 1ª estimativa para a safra de grãos 2012/13. Boletim Informativo do Sistema FAEP nº 1191 | Semana de 10 a 16 de setembro de 2012 | 19
O fechamento de indústrias e os cortes na produção têm ocasionado diversas consequências aos produtores rurais integrados resultando na não obtenção de renda.
O presidente do Sistema FAEP, Ágide Meneguette, encaminhou aos Ministérios da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Planejamento, e da Fazenda, no último dia 6 de setembro, ofício solicitando a urgência da inclusão dos avicultores integrados na resolução nº 4.131 do Conselho Monetário Nacional (CMN), prorrogando as operações de custeio e investimento. A resolução nº 4.131, publicada em 6 de setembro de 2012, autoriza a prorrogação e renegociação de operações para produtores não integrados da atividade avicultura. No entanto, a atividade no Paraná é desenvolvida praticamente por 100% de produtores integrados. A fragilidade das indústrias diante da elevação dos custos tem causado a redução da produção em pelos menos 10% com cortes de produção e redução de turnos de trabalho segundo União Brasileira de Avicultura (Ubabef). Além da redução de produção, muitas indústrias no Paraná estão encerrando suas atividades. O fechamento de indústrias e os cortes na produção têm ocasionado diversas consequências aos produtores rurais integrados resultando na não obtenção de renda. São comuns os apelos dos produtores relatando falta de pagamento, apesar da entrega da produção, e a não entrega de alimentação para as aves.
Custeio e investimento com prazo de 10 anos O Conselho Monetário Nacional (CMN) autorizou, no último dia 6 de setembro, pela resolução nº 4.134, a prorrogação de custeio e investimento
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Arquivo
No alvo
para os municípios da Região Sul, afetados pela estiagem na última safra de verão. A resolução nº 4.134 autoriza a renegociação das operações de custeio da safra 2011/12 com prazo de reembolso de até dez anos com o vencimento da primeira parcela para até um ano após a data de formalização da renegociação.
Governo reduz juros para 2,5% no financiamento de máquinas agrícolas O Conselho Monetário Nacional (CMN) autorizou, no último dia 6 de setembro, através da resolução nº 4.132, a redução da taxa de juros das operações de investimento para aquisição de máquinas e implementos agrícolas. A taxa de juros do Programa de Sustentação do Investimento (BNDES PSI) passa a vigorar, entre 1º de setembro a 31 de dezembro, com o valor de 2,5% ao ano. A partir de janeiro de 2013 a taxa de juros sobe passando para 7,3% ao ano.
Renê Dotti abandona Comissão do Código Penal e cita MST
Fotos: Divulgação
Legislação
Um dos principais redatores do anteprojeto do Código Penal, o jurista paranaense René Dotti abandonou a Comissão constituída em novembro de 2011, por entender que ela cedia a interesses políticos, a grupos de pressão e a corporações profissionais. Ele apontou diversos artigos do anteprojeto que, em sua opinião, misturam conceitos jurídicos com modismos doutrinários e concessões ideológicas. Em um artigo assinado no jornal Gazeta do Povo (“O Projeto Sarney do novo Código Penal”) e em editorial de O Estado de São Paulo (“Anteprojeto Polêmico”), que abordou suas críticas, o titular de Direito Penal da Universidade Federal do Paraná apontou propostas absurdas do anteprojeto e a “rapidez inusitada na tramitação– no Senado Federal, do Projeto de Lei 236, de 2012, que institui o novo Código Penal”. Os dois textos nos jornais abordam uma audiência publica no Instituto Brasileiro de Ciências Criminais (IBCCrim), onde criminalistas de diversas orientações doutrinárias foram unânimes na rejeição do texto proposto pela Comissão criada por Sarney. Alguns chegaram a classificar o anteprojeto como “obsceno” e a maioria afirmou que, se for convertido em lei, ampliará significativamente o número de presos no País. A pressa, segundo os criminalistas serviria “para atender às conveniências de senadores do PMDB”.
Exlusão inconstitucional do MST Na audiência pública Dotti afirmou que a comissão teria acolhido as pretensões do Movimento dos Sem-Terra (MST), retirando os movimentos sociais
do rol de possíveis autores de crimes de terrorismo. “Essa exclusão é inconstitucional. Por que não dizer isso abertamente? O MST tem proposta altamente social, sem dúvida alguma. Nada contra o MST como instituição, mas, sim, quando ele comete algum crime”, disse. Respeitado no país e no exterior, Dotti cita outra distorção absurda no texto. Trata-se do artigo 394 do projeto, que prevê o crime de “deixar de prestar assistência ou socorro, quando possível fazê-lo, sem risco pessoal, a qualquer animal que esteja em grave e iminente perigo, ou não pedir, nesses casos, o socorro da autoridade pública”. A pena é de um a quatro anos. E a omissão de socorro a criança abandonada ou extraviada ou a pessoa inválida ou ferida é punida com a prisão de um a seis meses ou multa (art. 132). Em síntese: no caso de criança abandonada ou pessoa ferida, a pena mínima é de um mês ou multa; em relação a qualquer animal, é de um ano – 12 vezes superior! “É elementar que a proteção aos animais é uma demonstração de sensibilidade humana reconhecida e apoiada pela sociedade e pelos poderes públicos, como ocorre com a Lei n.º 9.605/1998, que dedica uma seção aos crimes contra a fauna puníveis com prisão e multa. O problema é a absoluta falta de critério do malsinado projeto”, lembrou Dotti. O jurista e ex-ministro da Justiça ,Miguel Reale Júnior, classifica o texto do anteprojeto como “vergonhoso para a ciência jurídica e não tem conserto”. O IBCCrim lançou um manifesto, pedindo a suspensão da tramitação do anteprojeto do Código Penal
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Quando um instrutor do SENAR–PR entra em uma sala para conversar com alunos do Programa Jovem Agricultor Aprendiz (JAA) a dúvida quase sempre é a mesma: como abordá-los e tornar o assunto interessante, a ponto de atrair a atenção de todos? São alunos quietos, participativos e agitados no mesmo grupo. Cada um com uma história de vida. Mas há fórmulas que ajudam a estabelecer a ordem nesse panorama e, inclusive, até motivar aqueles que estão mais dispersos no primeiro contato. É o que mostraram aos instrutores o professor de matemática, psicólogo e mestre de educação Marcos Meier e o escritor e jornalista especializado em agronegócio brasileiro, Richard Jakubaszko, durante o evento de Atualização dos Instrutores do Programa Jovem Agricultor Aprendiz, em Foz do Iguaçu, em agosto. Foram dois dias de capacitação para 80 instrutores. Aliás, é Meier quem passa uma dica importante para motivar os agricultores aprendizes quando o assunto é a sucessão familiar. “Para permanecer na propriedade, o jovem agricultor não quer ser uma cópia da mãe ou o pai. O jovem quer ser diferente. Isso acontece também dentro de uma sala de aula”, lembra o psicólogo, ao falar sobre um tema muito trabalhado em cursos do JAA.
Questionador “O assunto me inspirou a trabalhar com vínculos afetivos. Também como trabalhar a liderança perante o grupo e como trabalhar os sentidos dos participantes para melhorar a aprendizagem”, avalia a instrutora do SENAR-PR, Francieli Cristina Grings. Partindo deste raciocínio, cabe ao instrutor conduzir e mostrar as vantagens da formação profissional e pessoal do jovem que opta em permanecer no campo. Tudo com exemplos do cotidiano, como fez Meier em sua explanação. O
Sistema FAEP
JAA
O psicólogo mostra que mesmo com o mundo globalizado, cheio de tecnologias e ofertas convidativas da vida urbana, um jovem pode sim administrar uma propriedade e ainda desenvolver outras atividades paralelas do seu gosto e aptidões.
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psicólogo mostra que mesmo com o mundo globalizado, cheio de tecnologias e ofertas convidativas da vida urbana, um jovem pode sim administrar uma propriedade e ainda desenvolver outras atividades paralelas do seu gosto e aptidões. “O jovem é muito questionador, quer arriscar e quer aprender”, emenda Meier, durante palestra assistida por mais de 80 instrutores da Região Oeste do Estado. Cabe ao instrutor perceber, conversar e descobrir tais aptidões. “Aprendemos que precisamos entender primeiro o comportamento dos jovens para depois preparamos a nossa metodologia de ensina com base no grupo que temos em mãos”, lembra Mary Silvia Cobra Ferro, instrutora do SENAR-PR em Londrina. Meier enfatiza que é bem provável que distante do meio rural, esse adolescente seja apenas mais um na multidão. No entanto, isso pode ser bem diferente se ele souber gerenciar uma propriedade rural, por exemplo. “Ele se destaca no meio urbano também como um empreendedor”, afirma.
Divulgação
Abastecimento
Em resposta a matéria publicada no BI 1190 “A ameaça do diesel”, baseada em documento encaminhado pelo presidente do Sistema FAEP, Ágide Meneguette, em 28 de agosto, à Presidente da República, a Petrobras respondeu quatro dias depois. O documento solicitava providências sobre o desabastecimento de óleo diesel no Paraná e o diretor de Abastecimento da estatal, José Carlos Cosenza encaminhou ofício (*) com as seguin-
(*) O ofício que responde ao presidente do Sistema FAEP foi encaminhado com cópia para o gabinete pessoal da Presidência da República e ao gabinete do Ministro de Estado de Minas e Energia.
tes considerações: Inicialmente cumpre assinalar que a expansão da atividade agrícola no Paraná, a exemplo do que ocorre em todo o país, é fator que tem repercutido em substancial elevação na demanda de óleo diesel, cujas vendas nesse Estado deverão atingir novo recorde no corrente mês – com expectativa de superar em 6% o registrado em agosto de 2011. Tal crescimento associado ao fator sazonalidade e à complexidade de toda cadeia de suprimento – que abrange produtores, importadores, distribuidores, transportadores revendedores, retalhistas (TTRs) e postos de revenda -, pode eventualmente acarretar dificuldades pontuais no abastecimento do produto. Importa ressaltar que a disponibilidade de uma bem dimensionada frota de caminhões – ou seja, suficiente capacidade de transporte para transferência do produto desde os pontos de fornecimento da Petrobras até os locais de consumo – representa um desafio que os setores de distribuição e de revenda precisam equacionar, no sentido de evitar a ocorrência dos eventuais problema pontuais . No que concerne aos volumes de óleo diesel contratados com as companhias distribuidoras para a entrega no Paraná em agosto de 2012, enfatizamos que foram plenamente atendidos pela Petrobras, sem registro algum de descontinuidade até o momento. E mais: além das entregas previstas para a Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), foram ofertados volumes adicionais no terminal de Paranaguá, para fazer face ao aumento da demanda do produto nesse Estado no corrente mês. Para setembro, a Petrobras acatou todas as solicitações de óleo diesel das companhias distribuidoras, motivo pelo qual acreditamos que não ocorrerá problema no atendimento da demanda do produto, na expectativa de que os volumes pedidos (e aceitos) também contemplam a necessidade de formação ou de reposição de estoques do segmento distribuição – responsável pela capilarização do produto até os revendedores e a alguns consumidores finais.
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consecana-pr
á reunião do Consecana Paran Em agosto realizou-se a 150ª erciais entre o setor rural e agrícola
transparência nas relações com Há 12 anos e 5 meses trazendo
RESOLUÇÃO Nº 06 - SAFRA 2012/2013 Os Conselheiros do Consecana-Paraná reunidos no dia 30 de agosto de 2.012 na sede da Alcopar, na cidade de Maringá, atendendo os dispositivos disciplinados no Capítulo II do Título II do seu Regulamento, aprovam e divulgam o preço do ATR realizado em agosto de 2.012 e a projeção atualizada do preço da tonelada de cana-de-açúcar básica para a safra de 2012/2013, que passam a vigorar a partir de 01 de setembro de 2.012. Os preços médios do Kg do ATR, por produto, obtidos no mês de agosto de 2.012 conforme levantamento efetuado pelo Departamento de Economia Rural e Extensão da Universidade Federal do Paraná, são apresentados a seguir: PREÇO DO ATR REALIZADO EM AGOSTO/2012 | SAFRA 2012/2013 - PREÇOS EM REAIS À VISTA PREÇO DOS PRODUTOS - PVU - SEM IMPOSTOS Produtos AMI AME EAC - ME EAC - MI EA-of EHC - ME EHC - MI EH-of Obs: 1) EAC - ME+MI+of EHC- ME+MI+of
Mês Acumulado Mix Preço Mix Preço 0,59% 46,98 0,46% 47,22 57,72% 46,97 53,12% 46,08 2,92% 1.450,90 3,12% 1.381,86 8,87% 1.257,21 12,40% 1.285,72 0,07% 1.288,55 0,08% 1.240,32 7,31% 1.198,19 5,82% 1.277,03 22,29% 1.054,96 24,74% 1.116,56 0,23% 1.113,88 0,26% 1.151,33 11,86% 29,83%
1.305,10 1.090,51
15,61% 30,82%
1.304,71 1.147,14
PREÇO LÍQUIDO DO ATR POR PRODUTO Produtos AMI AME EAC - ME EAC - MI EA-of EHC - ME EHC - MI EH-of Média Obs: 1) EAC - ME+MI+of EHC- ME+MI+of
Mês Acumulado Mix Preço Mix Preço 0,59% 0,5327 0,46% 0,5354 57,72% 0,5347 53,12% 0,5245 2,92% 0,5105 3,12% 0,4862 8,87% 0,4423 12,40% 0,4523 0,07% 0,4533 0,08% 0,4364 7,31% 0,4399 5,82% 0,4689 22,29% 0,3874 24,74% 0,4100 0,23% 0,4090 0,26% 0,4227 0,4857 0,4825 11,86% 29,83%
0,4592 0,4004
15,61% 30,82%
0,4590 0,4212
PROJEÇÃO DE PREÇO DA CANA-DE-AÇÚCAR - MÉDIA DO ESTADO DO PARANÁ - SAFRA 2012/2013 - PREÇOS EM REAIS À VISTA PREÇO DOS PRODUTOS - PVU - SEM IMPOSTOS Produtos AMI AME EAC - ME EAC - MI EA-of EHC - ME EHC - MI EH-of
MIX Média 0,93% 50,87 54,30% 47,38 2,10% 1.380,87 11,24% 1.301,99 0,04% 1.240,32 4,77% 1.237,06 26,50% 1.129,89 0,11% 1.151,33
PROJEÇÃO PREÇO FINAL DA CANA BÁSICA R$/TON 121,9676 Kg ATR PREÇO BÁSICO PIS/COFINS TOTAL
CAMPO 53,75 - 53,75
ESTEIRA 60,04 60,04
PREÇO LÍQUIDO DO ATR POR PRODUTO Produtos MIX Média AMI 0,93% 0,5768 AME 54,30% 0,5394 EAC - ME 2,10% 0,4858 EAC - MI 11,24% 0,4581 EA-of 0,04% 0,4364 EHC - ME 4,77% 0,4542 EHC - MI 26,50% 0,4149 EH-of 0,11% 0,4227 Média 0,4922
Maringá, 30 de Agosto de 2012 ANA THEREZA DA COSTA RIBEIRO Presidente PAULO ROBERTO MISQUEVIS Vice-Presidente
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Bovinocultura
Por Maria Silvia Digiovani, engenheira-agrônoma do DTE/FAEP
Arquivo
O acompanhamento dos preços do leite ao produtor e dos custos de insumos mostram que a situação dos produtores de leite piorou de 2011 para 2012. Especialistas avaliam que o cenário atual é crítico tanto para os produtores quanto para as indústrias. Os preços da soja e do milho, ingredientes básicos da dieta dos animais, dispararam, além da pressão do varejo que vem se abastecendo com produtos importados mais baratos que os nacionais. O gráfico abaixo mostra que os preços médios recebidos pelos produtores paranaenses de leite desde o mês de maio de 2012 são inferiores aos valores recebidos nos mesmos meses de 2011.
Ao mesmo tempo, dados divulgados pela Scot Consultoria mostram que o preço do farelo de soja no Paraná subiu 137,2% de agosto 2011 para agosto de 2012, passando de R$ 586,00 por tonelada para R$ 1.390,00. O acompanhamento dos custos de produção realizados pelo Centro de Pesquisas Econômicas da Esalq (Cepea) aponta o Paraná como o Estado que apresentou a maior alta no custo de produção de leite no mês de junho. Considerando o período de junho 2011 a julho 2012, o custo operacional efetivo aumentou em 11%. O gráfico mostra que no mesmo período o preço do leite caiu 5,3%.
Os motivos Uma explicação para esse comportamento dos preços pode ser a entrada de produtos importados, principalmente leite em pó e queijos, a preços abaixo que os nacionais, dificultando a comercialização das indústrias a preços mais remuneradores. Forçada pelo varejo a vender por preços menores, as indústrias tem que baixar o preço pago pela matéria prima. A desaceleração da economia brasileira também está influenciando os preços. Há indícios de que os brasileiros estão reduzindo suas compras e os lácteos entram no pacote. Dados do Serasa apontaram que em maio de 2012 a inadimplência das pessoas físicas atingiu o maior patamar desde janeiro de 2009, o que provoca diminuição no consumo das famílias. Analistas do CEPEA constataram desaquecimento do consumo de lácteos nos níveis varejista e atacadista. No Paraná já há notícias de proprietários de vacas de alta produção reduzindo o fornecimento de ração e consequentemente a produção. Esse é um recurso extremo empregado pelo produtor, já que é praticamente a única manobra da qual ele pode lançar mão nesse momento para reduzir seus custos, dada a sua condição de tomador e não de formador de preços. Sem expectativa de melhores dias no curto prazo, esse recurso deve se repetir em muitas propriedades. As consequências não serão boas para ninguém.
Boletim Informativo do Sistema FAEP nº 1191 | Semana de 10 a 16 de setembro de 2012 | 25
Buraco Azul
Piores O telefone celular foi escolhido a segunda pior invenção humana em pesquisa realizada pela publicação Focus, da BBC. A publicação inglesa ouviu 4.164 pessoas no Reino Unido. Cerca de 17% dos entrevistados apontaram os celulares como pior invenção. O telefone só perdeu para o quesito “armas”, considerado a pior invenção humana por 35% dos entrevistados.
Há 60 milhas ao largo do continente de Belize é este incrível ‘fenômeno’ conhecido como um buraco azul – Great Blue Hole. Existem numerosos buracos-azuis em todo o mundo, mas nenhum é tão grande e bonito como este. À superfície o furo forma um círculo perfeito é de 1/4 milha de largura, a profundidade no meio alcançando 145 metros. Obviamente, o buraco é um enorme sucesso entre os mergulhadores.
Importância de um cunhado Um homem sentiu-se mal e levado para a urgência de um hospital particular administrado por freiras, onde foi operado do coração. Quando acordou, a seu lado estava a freira responsável pela tesouraria do hospital e que lhe disse prontamente: – Sua operação foi bem sucedida e o senhor está salvo. Entretanto, há um assunto que precisa de sua urgente atenção: Como o senhor pretende pagar a conta do hospital? E a cobrança começou... – O senhor tem seguro-saúde? – Não, irmã. – Tem cartão de crédito? Dinheiro, Cheque? – Não, Irmã. Antevendo a tragédia de perder o recebimento da conta hospitalar, continuou. – Bem, o senhor tem algum parente que possa pagar a conta? – Ah... irmã, eu tenho somente uma irmã solteirona, que é freira, mas não tem um tostão. A Freira, corrigindo-o: – Desculpe que lhe corrija, mas as freiras não são solteironas, como o senhor disse, elas são casadas com Deus! – Magnífico! Então, por favor, mande a conta pro meu cunhado! E assim nasceu a expressão: “Deus lhe pague”.
Além de incomodar quem estiver por perto, o ronco pode ser sinal de um perigoso distúrbio conhecido como “apneia do sono”. Enquanto a pessoa dorme, em alguns momentos os músculos da língua relaxam e estreitam parte da via respiratória. Quando isso acontece, o corpo força a respiração (causando o ronco) e, se isso não for o suficiente, a pessoa fica sem ar (apneia), o que pode trazer sérias complicações. Para combater o problema sem recorrer a cirurgias, pesquisadores da Universidade de Medicina de Berlim (Alemanha) desenvolveram um aparelho capaz de estimular os músculos da língua e, assim, evitar que o órgão interfira na respiração. É implantado abaixo da clavícula do paciente.
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Grandão Vários países da América do Sul são menores e menos populosos que alguns Estados brasileiros. O Estado do Amazonas, por exemplo, só é menor que a Argentina; e a população do Estado de São Paulo (42 milhões de habitantes) só é menor que a da Colômbia (45,3 milhões).
Geladoooooo Alimentos gelados que provocam um superestímulo nos nervos do céu da boca causam a sensação de dor de cabeça porque lá está a matriz nervosa do cérebro. Especialistas dizem que os indivíduos que sofrem de enxaqueca são mais propensos a sentir esse efeito. A melhor tática para ingerir esse tipo de alimento é fazê-lo mais lentamente.
Cultura Inútil • No Sri Lanka (Ceilão), abanar a cabeça para os lados quer dizer sim e de cima para baixo quer dizer não. • O avestruz é o animal mais medroso da natureza. Assusta-se até com uma borboleta. • O crocodilo não pode pôr sua língua para fora. • O hino nacional de Espanha não tem letra, porque é uma marcha real. • O líder comunista chinês Mao Tsé-tung nunca escovou os dentes. Por isso, eles ficaram verdes.
Diga Rápido A palavra mais difícil de definir, de todas as palavras do mundo, é “mamihlapinatapai”. Esta palavra, usada pelos fueguinos (habitantes da Terra do Fogo, que fica ao sul da Argentina e do Chile), significa “olhar para o outro na esperança de que ele se ofereça para fazer algo que os dois desejam, mas que nenhum dos dois é capaz de fazer”.
Período Trágico
Isaura Exibida em 1976 pela Rede Globo, “Escrava Isaura” foi a novela com o maior número de reproduções – cinco, e a de maior sucesso no exterior, sendo vendida para 80 países. A atriz Lucélia Santos, que interpretava a protagonista, virou ídolo na China. Lucélia chegou a trabalhar em produções conjuntas entre Brasil e China.
Quem está na faixa de 20 a 30 anos não imagina o que era a inflação neste País. De 1979 a 1985, quando a inflação que já havia atingido 100% ao ano no período anterior, ultrapassou os 200% ao ano. Foi provocada por um disparo no preço do petróleo e de um choque de juros que pegou o Brasil muito endividado e levou à moratória da dívida externa; Mas foi pouco. De 1986 a 1994, quando vários programas heterodoxos de estabilização, baseados no congelamento de preços fracassaram, a inflação se elevou a patamares superiores a 1000% ao ano. A coisa só melhorou com o Plano Real. Amém.
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Tibagi
Toledo
DC
Posse
O Sindicato Rural de Tibagi realizou o primeiro curso de Desenvolvimento Comportamental na localidade de Quartelá, Fazenda Igreja Velha. O curso visa potencializar a gestão das competências individuais, para que possam trabalhar a auto-realização de suas missões profissionais. O grupo com 14 participantes participou dos 16 encontros com a instrutora Cleri Josane Meo.
No dia 27 de junho foi empossada a nova diretoria do Sindicato Rural de Toledo. Participaram da cerimônia os funcionários do sindicato e a diretoria. Foram eleitos: presidente Nelson Paludo; vice-presidente Vitorino Rigo; tesoureiro Maria Marlene Grando e como secretário Salécio Romeu Braun. Esta diretoria fica no cargo até junho de 2015. Astorga
Cornélio Procópio
Turismo Rural Olericultura básica Nos dias 9 e 10 de agosto o Sindicato Rural de Cornélio Procópio, em parceria com a Secretaria Municipal de Agricultura, promoveu para produtores e produtoras rurais o curso de Trabalhador na Agricultura Orgânica - olericultura orgânica. O objetivo foi conhecer e implantar os cultivos de olerícolas, baseando as decisões nos conceitos mais atuais para as culturas economicamente viáveis. O grupo com 13 participantes e a instrutora foi Maria de Fátima Cavalheiro Marcondes.
O Sindicato Rural de Astorga ofereceu o curso de Turismo Rural e Oportunidades de Negócios no município de Pitangueiras. O instrutor do grupo de 15 participantes foi Jacó Gimennes e as aulas aconteceram de 14 a 16 de agosto. A iniciativa coube ao Empreendimento de Lazer & Turismo Por do Sol, da família Giessler, para atendimento de sitiantes e moradores de três vilas rurais do município. O programa de cursos em Turismo Rural do SENAR-PR teve início em 2003 e está fundamentado no tripé: gestão (6 cursos), gastronomia (3 cursos) e artesanato (9 cursos). Segundo o instrutor, o turista quando viaja busca atrativos e serviços, que atendam as suas expectativas e necessidades.
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Campina da Lagoa
Ortigueira
Semeadeira e plantadeira
Caminhão Munck
O Sindicato Rural de Campina da Lagoa ofereceu o curso de Trabalhador na Operação e Manutenção de Tratores Agrícolas – tratorista agrícola – operação de implementos – semeadeira e plantadeira. O curso aconteceu no dia 3 de agosto para um grupo de 12 produtores e trabalhadores rurais com o instrutor Antônio Carlos Lordani.
No período de 20 a 24 de agosto o O Sindicato Rural de Ortigueira ofereceu o curso de Operação e Manutenção de Guincho sobre Caminhão (Munk), que faz parte dos programas especiais do SENAR-PR. O instrutor do grupo de nove participantes foi Geraldo Camargo do Sest/Senat de Ponta Grossa.
São Jorge do Ivaí
Ubiratã
RuralPro O Sindicato Rural de São Jorge do Ivaí ofereceu o curso de Trabalhador na Administração de Empresas Agrossilvipastoris RuralPro com o instrutor Vidal Ferreira Campos. Foram organizadas duas turmas nos dias 16,17 e 30 de agosto com 13 participantes. E a segunda turma fez o curso nos dias 18, 19 de agosto e 1º de setembro. As aulas foram na sede do sindicato e o curso é mais uma ferramenta que o produtor dispõe para administrar sua propriedade.
Mulher Atual O Sindicato Rural de Ubiratã organizou uma turma do Programa Mulher Atual no distrito de Yolanda. O curso foi realizado de 11 de abril a 11 de junho com 20 participantes. Durante o curso as alunas decidiram organizar e montar a Associação de Mulheres da Comunidade do Distrito de Yolanda, que já tem até cadastro junto à Receita Federal. A instrutora do grupo foi Nelci de Freitas.
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clima
Anomalia da temp. da superfície do mar, semana de 26/08 a 01/09/2012
Fonte: CPC/NOAA
O mês de agosto, diferente do mês de julho, registrou chuvas muito abaixo do normal para a época do ano. Em algumas regiões do Paraná não houve registro de precipitação, em outras áreas os acumulados de precipitações não passaram dos 30 mm durante o mês de agosto. Os baixos volumes de chuva, também foram observados nas demais áreas do centro-sul do Brasil. Com isto, a umidade no solo encontra-se muito baixa, apresentando deficiência hídrica, na maior parte das regiões central e sul do Brasil. Apesar da baixa precipitação observada, o clima favoreceu o término da colheita do milho safrinha no Paraná. As temperaturas médias registradas em agosto apresentaram valores muito acima da média. Em algumas localidades registraram médias de até 03°C acima do normal para a época do ano. As frentes frias que passaram pelo sul do Brasil foram de fraca intensidade e tivemos predomínio da massa de ar seca da região central do Brasil, que influenciou o clima ao longo do mês. Durante o mês de agosto, observamos um leve desenvolvimento das condições de “El Nino”. As temperaturas superficiais das águas do Oceano Pacífico Equatorial continuaram aumentando ainda mais a área em relação ao mês anterior, estendendo-se agora entre o centro e oeste, nas áreas mais a leste, mantiveram-se estáveis próximo à costa da América do Sul, como se observa na figua abaixo. Os prognósticos dos modelos climáticos globais, continuam mantendo a tendência dos últimos meses, com o fenômeno climático “El Nino” influenciando nosso clima a partir do final do inverno e primavera.
Chuvas abundantes A tendência é de que as precipitações no centro-sul do Brasil voltem ao normal a partir de meados de setembro e, de outubro em diante as precipitações devem ficar acima do normal devido a influência do “El Nino”.
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Conforme as análises dos modelos de prognóstico climáticos, a tendência é de que as precipitações no centro-sul do Brasil voltem ao normal a partir de meados de setembro e, de outubro em diante as precipitações devem ficar acima do normal devido a influência do “El Nino”, ou seja, uma primavera com chuvas mais abundantes e melhor distribuídas. A umidade no solo deve recuperar a capacidade hídrica a partir de meados de setembro em diante, mantendo as condições normais no decorrer dos próximos meses, favorecendo o bom desenvolvimento das lavouras. Já no centro-oeste, as chuvas devem atrasar um pouco, mas não devem comprometer o bom desenvolvimento das lavouras de verão naquela região. Com relação às temperaturas, continuam os prognósticos de grandes variações em setembro, intercalando períodos um pouco mais quentes, com quedas acentuadas de temperatura, devido a incursões de massas de ar frio. As condições ainda são favoráveis à ocorrência de geadas nas áreas mais altas do sul do Brasil.
expediente EXPEDIENTE
Cadê o Proagro de 2005/2006? O Presidente da FAEP, Ágide Meneguette, encaminhou ao Diretor de Organização do Sistema Financeiro e Controle de Operações de Crédito Rural, do Banco Central, Sidnei Correa Marques*, em que pleiteia o reconhecimento de indenizações devidas a produtores na safra 2005/2006. Naquele período, os produtores tomadores de crédito rural do Banco do Brasil, no Paraná, tiveram perdas de produção nas culturas de soja e milho e tinham acionado o Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro). Apesar de o agente financeiro reconhecer o direito à indenização, passados seis anos, os produtores ainda não receberam os recursos aos quais tinham direito. Diante disso, a presidência da FAEP solicitou ao BC que as pendências com cinco dezenas de beneficiários do Proagro sejam solucionadas urgentemente. * Cópia da solicitação foi encaminhada à bancada federal do Paraná.
Av. Marechal Deodoro, 450 | 14º andar CEP 80010-010 | Curitiba | Paraná Fone: 41 2169-7988 | Fax: 41 3323-2124 www.sistemafaep.org.br | faep@faep.com.br Presidente Ágide Meneguette Vice-Presidentes Guerino Guandalini, Nelson Teodoro de Oliveira, Francisco Carlos do Nascimento, Ivo Pierin Júnior e Paulo Roberto Orso Diretores Secretários Livaldo Gemin e Lisiane Rocha Czech Diretores Financeiros João Luiz Rodrigues Biscaia e Julio Cesar Meneguetti Conselho Fiscal Sebastião Olimpio Santaroza, Lauro Lopes e Ana Thereza da Costa Ribeiro
Fotos: Sistema FAEP
Delegados Representantes Ágide Meneguette, João Luiz Rodrigues Biscaia, Francisco Carlos do Nascimento e Renato Antônio Fontana
Arapoti aposta em café com qualidade O Sindicato Rural de Arapoti, no Norte Pioneiro do Estado está incentivando os cafeicultores do município a aperfeiçoar as técnicas de cultivo, colheita e processamento do café. No início de fevereiro, em parceria com o SENAR-PR, promoveu o curso Adensamento de Café e nos dias 30 e 31 de maio, o curso Processamento e Secagem. As aulas foram ministradas pelo engenheiro-agrônomo e instrutor Célio Marques Luciano Gomes. Durante as aulas, os cafeicultores aprenderam sobre a maturação adequada do grão, a morfologia do fruto, as técnicas corretas de processamento e secagem, a determinação da umidade e a forma ideal de armazenagem do produto. O Sindicato Rural de Arapoti, Emater, Banco do Brasil, prefeitura e Conselho de Desenvolvimento Rural de Arapoti, atuam de forma conjunta para incentivar a produção do grão. No município, a cultura atinge uma área de 150 hectares de café e envolve 40 propriedades. As lavouras se concentram, principalmente, nas comunidades de Serrinha e Caratuva, região norte da cidade. Os grãos de café produzidos em Arapoti, em função do clima e da altitude são cultivados em áreas com mais de 800 metros acima do nível do mar, apresentam tamanho superior aos demais da região, atingindo uma média superior a 60% retidos na peneira 17. Ou seja, resulta num produto bastante valorizado no mercado.
SENAR - Administração Regional do Estado do PR Av. Marechal Deodoro, 450 | 16º andar CEP 80010-010 | Curitiba | Paraná Fone: 41 2106-0401 | Fax: 41 3323-1779 www.sistemafaep.org.br | senarpr@senarpr.org.br Conselho Administrativo Presidente: Ágide Meneguette - FAEP Membros Efetivos: Ademir Mueller - FETAEP, Rosanne Curi Zarattini - SENAR AC, Darci Piana - FECOMÉRCIO e Wilson Thiesen - OCEPAR Conselho Fiscal: Sebastião Olimpio Santaroza, Paulo José Buso Junior e Jairo Correa de Almeida Superintendência: Ronei Volpi
Coordenação de Comunicação Social: Cynthia Calderon Editor: Hélio Teixeira Redação: Angelo Binder, Hemely Cardoso, Katia Santos Diagramação, Ilustração e Projeto Gráfico: Alexandre Prado Publicação semanal editada pelas Assessorias de Comunicação Social (ACS) da FAEP e SENAR-PR. Permitida a reprodução total ou parcial. Pede-se citar a fonte.
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Galanchateador Sutileza é uma palavra desconhecida para esse tipo. Ele é capaz de incomodar todo o contigente feminino de uma festa e sair de lá achando que arrasou, embora nenhuma tenha dados bola pra ele. Folgado Esse cara leva ao pé da letra expressões cordiais como “sintase em casa” ou “fique à vontade”. Invade tua geladeira e reclama da marca de requeijão e avisa que a cerveja está acabando. Existenchatista Esse tipo está rodeado pelos “anéis de chaturnos. É azarento e sem graça. Não tem amigos e mesmo os animais de estimação são avessos à sua companhia. Diabinho Cinco minutos perto dessa criança são suficientes para você entender por que alguns casais optam por não ter filhos. Em geral, vem acompanhada de tias e outros familiares dispostos a fazer de tudo para agradá-la.
O prestativo Peca por excesso de boas intenções e falta de desconfiômetro. Acredita que está apto a consertar tudo, inclusive aqueles que estão trabalhando perfeitamente. Telemaníaca A versão feminina é mais comum, apesar de também existirem homens da espécie. Passa horas ao telefone sem perceber a insatisfação das pessoas ao redor. Não a deixe descobrir seu número de telefone. Cuspidor Bem informado, das fofocas em primeira mão. Mas, se você quiser escutar o que ele tem a dizer, vai ter que aguentar uma boa dose de chuva salivar berradas ou sussurradas. Chato-etílico Os chatos-etílicos têm trajetória decrescente: começam num estágio de melancolia dócil, reclamando da vida, passam por momentos de agressividade, quando qualquer coisa é motivo para briga, de repente amam todo mundo e terminam em derrocada total, vomitando na piscina.
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O(A) sem noção Ele(a) se preocupa com o que você come, bebe, fala, faz e pensa. Não desgruda de você um só minuto e não respeita a distância mínima. Às vezes cospe em você. Chatimbanco Tira a cadeira quando você vai sentar, cola bilhetes engraçadinhos nas suas costas, pisa no pé de todo mundo que aparece de sapato novo. Você pensa em enforcá-lo – pelo bem da festa – mas aí ele se derrama em risos histéricos. Bebê chorão “Toda criança é chata”, escreveu Guilherme Figueiredo. Algumas muito, outras mais ainda. E as choronas são as campeãs desse segundo grupo. Berros, grunhidos, choros e soluços compõem a trilha sonora de uma das espécies mais difíceis de suportar.
Falecido Ausente Não procurado