NOTA PIM/PF - Janeiro de 2018 (Ref. Novembro 2017)

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Nota sobre os resultados da PIM-PF Regional1

Janeiro de 2018

A produção física da Indústria de Transformação da Bahia apresentou queda de 3,3% (ante retração de 3,9% no mês anterior) no acumulado de 12 meses até novembro de 2017, ocupando a penúltima posição no ranking dos quatorze estados que participam da PIM-PF, somente acima do Pará (-4,5%). Os seguintes estados apresentaram crescimento no acumulado: Paraná (4,9%), Santa Catarina (4,6%), Amazonas (4,1%), Goiás (3,8%), Mato Grosso (3,8%), Rio de Janeiro (3,4%), São Paulo (2,7%), Ceará (2,6%), Espírito Santo (2,0%), Rio Grande do Sul (0,8%), Minas Gerais (0,6%) e Pernambuco (0,2%). Na média, a Indústria de Transformação nacional apresentou crescimento de 1,7% no período em análise. Em relação à Indústria de Transformação baiana, sete dos onze segmentos analisados apresentaram queda em termos anualizados: Equipamentos de Informática (55,3%), Metalurgia (-26,2%, mercado em baixa e influência de uma parada para manutenção da Paranapanema iniciada no fim de março), Refino de petróleo e biocombustíveis, setor que representa 29,0% do VTI da Indústria de Transformação, vide gráfico em anexo (-11,8%, devido a uma parada programada nos meses de janeiro e fevereiro nas unidades U-09 e U-18 da RLAM, além do crescimento da concorrência dos combustíveis importados), Celulose e Papel (-2,0%), Bebidas (-1,4%), Minerais não metálicos (-0,8%) e Produtos Químicos (-0,2%). Por outro lado, quatro segmentos apresentaram crescimento na produção: Veículos automotores (22,6 %), Couro e Calçados (7,5%), Borracha e Plástico (6,9%) e Alimentos (1,8%). No acumulado do ano até novembro de 2017, a produção física da Indústria de Transformação baiana apresentou retração de 2,8% (ante queda de 3,2% no mês passado), enquanto a indústria nacional contabilizou crescimento de 1,9% (ante 1,4% do mês passado). Sete segmentos industrias da Bahia apresentaram queda: Equipamentos de Informática (-63,3%), Metalurgia (-26,9%, menor fabricação de barras, perfis e vergalhões de cobre e de ligas de cobre), Refino de Petróleo e Biocombustíveis (-10,4%, redução na produção de óleo diesel, óleos combustíveis e naftas para petroquímica), Celulose e Papel (-2,1%), Minerais não Metálicos (-0,6%), Bebidas (-0,6%) e Produtos Químicos (-0,3%). Por outro lado, quatro segmentos apresentaram crescimento: Veículos Automotores (22,9%,

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A partir de maio de 2014 tem início a divulgação da nova série da PIM-PF. A reformulação teve como objetivos: atualizar a amostra de atividades, produtos e informantes; elaborar uma nova estrutura de ponderação dos índices com base em estatísticas industriais mais recentes; adotar, na PIM-PF, as novas classificações, de atividades e produtos, usadas pelas demais pesquisas da indústria a partir de 2007 (CNAE 2.0); e produzir indicadores para aquelas Unidades da Federação que no ano de 2010 responderam por pelo menos 1% do Valor da Transformação Industrial e, também, para a Região Nordeste. A série reformulada tem início em janeiro de 2012 e sua implantação não implicou em total ruptura das séries históricas iniciadas em 2002, uma vez que essas foram encadeadas à nova, em termos regionais, nas atividades em que houve uma relativa aderência entre as duas séries.

SUPERINTENDÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL

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aumento na produção de automóveis), Borracha e Plástico (7,0%), Couro e Calçados (6,8%), e Alimentos (1,9%). Na comparação de novembro de 2017 com igual mês do ano anterior, a produção física da Indústria de Transformação baiana não apresentou variação (0,0%), enquanto a indústria nacional registrou alta de 5,2%. Seis segmentos apresentaram decréscimo: Equipamentos de Informática (-53,3%), Refino de petróleo e biocombustíveis (-28,2%, menor produção de óleo diesel, gasolina automotiva e óleos combustíveis), Minerais não metálicos (-9,9%), Metalurgia (-2,8%), Celulose e Papel (-0,9%), e Couro e Calçados (-0,6%). Em sentido contrário, cinco segmentos registraram crescimento: Veículos Automotores (30,9%, maior fabricação de automóveis), Produtos Químicos (29,9%, maior fabricação de etileno e propeno não-saturado, polietileno linear, polietileno de alta densidade (PEAD) e benzeno), Bebidas (10,3%), Borracha e Plástico (5,9%) e Alimentos (5,5%, em virtude do cacau ou chocolate em pó e açúcar cristal). A queda dos juros, a melhora no mercado de trabalho (notadamente no segundo semestre do ano passado) e os resultados positivos do comércio exterior influenciaram positivamente a recuperação da produção da indústria nacional. Já as incertezas no ambiente econômico e político diminuíram, influenciando novas decisões de investimento e consumo. No entanto, este cenário positivo ainda não está plenamente consolidado a ponto de desencadear uma recuperação mais rápida das perdas dos anos anteriores. A indústria de transformação baiana tem acompanhando a recuperação da maioria dos estados brasileiros, embora em ritmo menor, o que a leva a ocupar neste momento as últimas posições no ranking nacional anualizado. Os resultados negativos do setor de Refino, dado o seu elevado peso na indústria de Transformação (29% do VTI), tem impactado fortemente na queda da produção da indústria baiana. Adicionalmente, os resultados desfavoráveis de outros dois importantes segmentos, Metalurgia e Celulose, também afetam negativamente a produção industrial baiana. Nesse contexto, a indústria de transformação baiana deve fechar 2017 em queda pelo 4º ano consecutivo, acumulando perdas de cerca de 14% da produção física. De acordo com as informações do Banco Central (relatório Focus, 05/01/2018), a produção industrial brasileira deve encerrar 2017 com crescimento de 2,25% e alta de 1,01% no PIB. Já com dados consolidados, a inflação fechou o ano de 2017 em 2,95% (abaixo do piso da meta de inflação do Bacen desde que o regime foi implantado em 1999) e a taxa Selic em 7,00% (menor patamar desde o início da série histórica em 1986). Para o ano de 2018, a expectativa de mercado são: (i) inflação (IPCA) de 3,95%; (ii) Selic em 6,75%; (iii) crescimento de 3,14% na produção industrial; e (iv) crescimento de 2,69% no PIB brasileiro.

SUPERINTENDÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL

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Tabelas PIM-PF

Produção Física por Estados Indústria de Transformação (variação percentual)

Estados

Nov 17 / Nov 16

Jan-Nov 17 / Jan-Nov 16

Dez 16-Nov 17 / Dez 15-Nov 16

São Paulo

7,2

3,0

2,7

Minas Gerais

4,4

0,8

0,6

Rio de Janeiro

8,1

3,8

3,4

Paraná

3,2

4,8

4,9

-0,2

0,5

0,8

Santa Catarina

8,0

4,5

4,6

Bahia

0,0

-2,8

-3,3

Amazonas

1,6

4,1

4,1

-6,9

-5,1

-4,5

8,1

2,1

2,0

19,0

4,7

3,8

Pernambuco

2,1

-0,4

0,2

Ceará

3,5

2,4

2,6

Mato Grosso

3,1

4,5

3,8

Brasil

5,2

1,9

1,7

Rio Grande do Sul

Pará Espírito Santo Goiás

Fonte: IBGE; elaboração FIEB/SDI

SUPERINTENDÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL

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Bahia: PIM-PF de Novembro de 2017 (variação percentual) Nov 17 / Nov 16 Indústria de Transformação

Jan-Nov 17 / Jan-Nov 16

Dez 16-Nov 17 / Dez 15-Nov 16

0,0

-2,8

-3,3

-28,2

-10,4

-11,8

Produtos químicos

29,9

-0,3

-0,2

Veículos automotores

30,9

22,9

22,6

5,5

1,9

1,8

-0,9

-2,1

-2,0

5,9

7,0

6,9

Metalurgia

-2,8

-26,9

-26,2

Couro e Calçados

-0,6

6,8

7,5

Minerais não metálicos

-9,9

-0,6

-0,8

-53,3

-63,3

-55,3

Bebidas

10,3

-0,6

-1,4

Extrativa Mineral

17,6

0,9

-2,2

Refino de petróleo e biocombustíveis

Alimentos Celulose e papel Borracha e plástico

Equipamentos de Informática

Fonte: IBGE; elaboração FIEB/SDI

SUPERINTENDÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL

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Grรกficos PIM-PF

SUPERINTENDร NCIA DE DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL

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Bahia: PIM-PF de Novembro 2017 (variação percentual) Bebidas

10,3

Equipamentos de Informática

-53,3

Minerais não metálicos

-0,6

Metalurgia

-2,8

Borracha e plástico

7,5

6,8

-26,9

-26,2

5,9

6,9

7,0

-0,9

Alimentos

-0,8

-0,6

Couro e Calçados

-2,0

-2,1 5,5

1,8

1,9

Veículos automotores

30,9

Produtos químicos

29,9

Refino de petróleo e biocombustíveis

-55,3

-63,3

-9,9

Celulose e papel

-1,4

-0,6

22,6

22,9

-0,3

-28,2

-10,4

-0,2

-11,8

Fonte: IBGE; Elaboração FIEB/SDI. Variação mensal (Nov 17 / Nov 16) Variação do acumulada no ano (Jan - Nov 17 / Jan - Nov 16) Variação em 12 meses (Dez 16 - Nov 17 / Dez 15 - Nov 16)

SUPERINTENDÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL

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ANEXO – Matriz da Indústria de Transformação Baiana

Fonte: Pesquisa Industrial Anual 2015. IBGE.

SUPERINTENDÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL

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