Revista Bahia Indústria - Edição 240 - Novembro/Dezembro 2015

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Bahia

ISSN 1679-2645

Federação das Indústrias do Estado da Bahia  Sistema FIEB

Ano XXII nº 240  2015

Um ano de desafios Agravamento da crise econômica, política e social vai exigir mais do setor produtivo baiano em 2016



EDITORIAL

D

esajustes de natureza fiscal, acumulados nos últimos anos, deram origem à crise que, reforçada por problemas como inflação muito acima da meta, câmbio volátil e juros estratosféricos, tomou de assalto a economia brasileira. Sozinhos, os problemas econômicos seriam suficientes para conturbar completamente o ambiente de negócios, mas, potencializados pela crise de natureza política, criaram um buraco negro que consome todo o esforço produtivo e ameaça colapsar a economia, com forte impacto social. Os números falam por si mesmos: as economias emergentes fecharam 2015 com crescimento médio de 4%, enquanto o Brasil estima uma queda de 3,6% no seu PIB. Segundo projeções do FMI, em 2016 a economia brasileira deve cair 2,7%, enquanto o México prevê alta de 2,8%, China, 6,3% e Índia, 7,5%. A indústria tem sido o setor que mais se ressente na crise. As últimas estimativas dão conta de que fechou o ano passado com queda de 7,5%. Poucos de seus segmentos, os voltados para o comércio internacional, conseguem escapar ilesos, por conta do Real desvalorizado. Mas em áreas como automotiva, construção civil, alimentos e metalurgia, as vendas despencam. A consequência imediata disso é a queda nos índices de emprego, que tende a se agravar, o pode vir a ser o principal problema nacional em 2016. Se é verdade que essa é uma crise com várias facetas – tem o lado econômico, o político e o social – é igualmente verdadeiro que não há como arriscar uma previsão sobre seu ciclo. Essa indefinição, fruto da paralisia do setor público e de sua incapacidade em enfrentar a crise com remédios apropriados e na dosagem acertada, turva o horizonte com incertezas. Como sabemos, crises se alimentam de incertezas. Os efeitos da crise afetam muito o Sistema Indústria. O fechamento de empresas, a redução das vendas e, por conseguinte, o aumento do desemprego, reduziu receitas do SESI e do SENAI. Apesar disso, o Sistema FIEB pretende manter os investimentos projetados, tanto em Salvador quanto no interior do estado, bem como garantir o mesmo patamar na oferta de produtos e serviços para o setor industrial em 2016. O SENAI, por exemplo, investirá R$ 61,4 milhões em obras na capital e interior e R$ 2,3 milhões com reposição de equipamentos e material didático. O SESI investirá R$ 43,8 milhões em construção, requalificação e aparelhamento de unidades em vários municípios. Remando contra a maré da crise, o Sistema FIEB continuará apoiando as indústrias locais e colaborando na atração de novos investimentos.

marcelo gandra/coperphoto/Sistema FIEB

O impacto da crise no social

Ricardo Alban garante a manutenção dos investimentos do Sistema FIEB em todo o estado

Se é verdade que essa é uma crise com várias facetas – tem o lado econômico, o político e o social – é igualmente verdadeiro que não há como arriscar uma previsão sobre seu ciclo


Unidades do Sistema FIEB Para informações sobre a atuação e os serviços oferecidos pelas entidades do Sistema FIEB, entre em contato SESI – Serviço Social da Indústria Sede: 3343-1301

@Educação de Jovens e Adultos – RMS: (71) 3343-1429

@Responsabilidade Social: (71) 3343-1490 @Camaçari: (71) 3205 1801 / 3205 1805 @Candeias: (71) 3601-2013 / 3601-1513 @Itapagipe: (71) 3254-9930 @Itaigara: (71) 3444-4250 / 4251 / 4253 @Lucaia: (71) 3205-1801 @Piatã: (71) 3503 7401 @Retiro: (71) 3234 8200 / 3234 8221 @Rio Vermelho: (71) 3616 7080 / 3616 7081 @Simões Filho: (71) 3296-9300 / 3296-9330 @Eunápolis: (73) 8822-1125 @Feira de Santana: (75) 3602 9762 @Sul: (73) 3639 9331 / 3639 9326 @Jequié: (73) 3526-5518 @Norte: (74) 2102-7114 / 2102 7133 @Valença: (75) 3641 3040 @Sudoeste: (77) 3422-2939 @Oeste: (77) 3628-2080

SENAI – Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial Sede: 71 3534-8090

@Cimatec: (71) 3534-8090 @Dendezeiros: (71) 3534-8090 @Cetind: (71) 3534-8090 @Feira de Santana: (75) 3229-9100 @Ilhéus: (73) 3639-9300 @Luís Eduardo Magalhães: (77) 3628-5609 @Barreiras: (77) 3612-2188

IEL – Instituto Euvaldo Lodi Sede: 71 3343-1384/1328/1256 @Barreiras: (77) 3611-6136 @Camaçari: (71) 3621- 0774 @Eunápolis: (73) 3281- 7954 @Feira de Santana: (75) 3229- 9150 @Ilhéus: (73) 3639-1720 @Itabuna: 3613-5805 @Jacobina: (74) 3621-3502 @Juazeiro: (74) 2102-7114 @Teixeira de Freitas: (73) 3291-0621 @Vitória da Conquista: (77) 3424-2558

CIEB - Centro das Indústrias do Estado da Bahia Sede: (71) 3343-1214 sistema fieb nas mídias sociais

Bahia FIEB

CIEB

PRESIDENTE Antonio Ricardo Alvarez Alban. 1° VICE-

PRESIDENTE Reginaldo Rossi. 1º VICE-PRESIDENTE

-PRESIDENTE Carlos Henrique Jorge Gantois. VICE-

Jorge Emanuel R. Cajazeira. 2º VICE-PRESIDENTE Carlos Antonio B. Cohim da Silva. 3º VICE-PRESIDENTE Roberto Fiamenghi. DIRETORES TITULARES Arlene Aparecida Vilpert; Benedito Almeida Carneiro Filho; Cleber Guimarães Bastos; Luiz da Costa Neto; Luis Fernando Galvão de Almeida; Marcelo Passos de Araújo; Mauricio Lassmann; Paula Cristina Cánovas Amorim; Hilton Moraes Lima; Thomas Campagna Kunrath; Walter José Papi; Wesley Kelly Felix Carvalho. DIRETORES SUPLENTES Antonio Fernando Suzart Almeida; Carlos Antônio Unterberger Cerentini; Décio Alves Barreto Junior; Jorge Robledo de Oliveira Chiachio; Fernando Elias Salamoni Cassis; José Luiz Poças Leitão Filho; Mauricio Carvalho Campos; Sudário Martins da Costa; CONSELHO FISCAL - EFETIVOS Luiz Augusto Gantois de Carvalho; Rafael C. Valente; Roberto Ibrahim Uehbe. CONSELHO FISCAL – SUPLENTES Felipe Pôrto dos Anjos; Rodolpho Caribé de Araújo Pinho Neto; Thiago Motta da Costa

-PRESIDENTES Josair Santos Bastos; Mário Augusto

Rocha Pithon; Edison Virginio Nogueira Correia; Alexi Pelagio Gonçalves Portela Junior. DIRETORES TITULARES Eduardo Catharino Gordilho; Alberto Cánovas Ruiz; Eduardo Meirelles Valente; Renata Lomanto Carneiro Müller; Leovegildo Oliveira de Sousa; Fernando Luiz Fernandes; Juan Jose Rosario Lorenzo; Theofilo de Menezes Neto; José Carlos Telles Soares; Angelo Calmon de Sa Junior; Jefferson Noya Costa Lima; Fernando Alberto Fraga; Luiz Fernando Kunrath; João Schaun Schnitmam. DIRETORES SUPLENTES Mauricio Toledo de Freitas; Guilherme Moura Costa e Costa; Gladston José Dantas Campêlo Waldomiro Vidal de Araújo Filho; Cléber Guimarães Bastos; Jorge Catharino Gordilho; Marcelo Passos de Araújo; Antonio Geraldo Moraes Pires; Roberto Mário Dantas de Farias

conselhos Conselho da Micro e Pequena Empresa Indus-

SESI

trial Carlos Henrique Jorge Gantois; Conselho de

Presidente do Conselho e Diretor Regional

Mário Augusto Rocha Pithon; Conselho de Comércio Exterior Angelo Calmon de Sá Junior; Conselho de Economia e Desenvolvimento Industrial Antonio Sergio Alipio; Conselho de Infraestrutura Marcos Galindo Pereira Lopes; Conselho de Inovação e Tecnologia José Luis Gonçalves de Almeida; Conselho de Meio Ambiente Jorge Emanuel Reis Cajazeira; Conselho de Relações Trabalhistas Homero Ruben Rocha Arandas; Conselho de Responsabilidade Social Empresarial Marconi Andraos Oliveira; Comitê de Jovens Lideranças Industriais Eduardo Faria Daltro; Comitê de Petróleo e Gás Humberto Campos Rangel; Comitê de Portos Sérgio Fraga Santos Faria Assuntos Fiscais e Tributários

Antonio Ricardo Alvarez Alban. Superintendente Armando da Costa Neto

Editada pela Gerência de Comunicação Institucional do Sistema Fieb Editorial Mônica Mello, Cleber Borges e Patrícia Moreira. Coordenação editorial Cleber Borges. Editora Patrícia Moreira. reportagem Patrícia Moreira, Carolina Mendonça, Marta Erhardt, Emília Valente, Luciane Vivas e Décio Esquivel (estagiário). Projeto Gráfico e Diagramação Ana Clélia Rebouças. fotografia Coperphoto. Ilustração e Infografia Bamboo Editora. Impressão Gráfica Trio. Conselho

FEDERAÇÃO DAS INDÚSTRIAS DO ESTADO DA BAHIA

Rua Edístio Pondé, 342 – Stiep, CEP.: 41770-395 / Fone: 71 3343-1280 www.fieb.org.br/bahia_industria_online

SENAI Presidente do Conselho Antonio Ricardo A. Alban. Diretor Regional Luís Alberto Breda Diretor de Tec. e Inovação

Leone Peter Andrade

As opiniões contidas em artigos assinados não refletem necessariamente o pensamento da FIEB.

IEL Presidente do Conselho e Diretor Regional

Filiada à

Antonio Ricardo Alvarez Alban. Superintendente Evandro Mazo Diretor Executivo da FIEB

Vladson Menezes

Sindicatos filiados à FIEB Sindicato da Indústria do Açúcar e do Álcool no Estado da Bahia, sindacucarba@fieb.org.br / Sindicato da Indústria de Fiação e Tecelagem no Estado da Bahia, sindifiteba@fieb.org.br / Sindicato da Indústria do tabaco no Estado da Bahia, sinditabaco@fieb.org. br / Sindicato da Indústria do Curtimento de Couros e Peles no Estado da Bahia, sindicouroba@fieb.org.br / Sindicato da Indústria do Vestuário de Salvador, Lauro de Freitas, Simões Filho, Candeias, Camaçari, Dias D’ávila e Santo Amaro, sindvest@fieb.org.br / Sindicato das Indústrias Gráficas do Estado da Bahia, sigeb@terra.com.br / Sindicato da Indústria de Extração de Óleos Vegetais e Animais e de Produtos de Cacau e Balas no Estado da Bahia, sindioleosba@fieb.org.br / Sindicato da Indústria da Cerveja e de Bebidas em Geral no Estado da Bahia, sindcerba@bol.com.br / Sindicato das Indústrias do Papel, Celulose, Papelão, Pasta de Madeira para Papel e Artefatos de Papel e Papelão no Estado da Bahia, sindpacel@hotmail.com / Sindicato das Indústrias do Trigo, Milho, Mandioca e de Massas Alimentícias e de Biscoitos no Estado da Bahia, sindtrigoba@fieb.org.br / Sindicato da Indústria de Mineração de Calcário, Cal e Gesso do Estado da Bahia, sindicalba@fieb.org.br / Sindicato da Indústria da Construção do Estado da Bahia, secretaria@sinduscon-ba.com.br / Sindicato da Indústria de Calçados, seus Componentes e Artefatos no Estado da Bahia, sindcalcadosba@fieb.org.br / Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico do Estado da Bahia, simmeb@uol.com. br / Sindicato das Indústrias de Cerâmica e Olaria do Estado da Bahia, sindicerba@gmail.com / Sindicato das Indústrias de Sabões, Detergentes e Produtos de Limpeza em geral e Velas do Estado da Bahia, sindisaboesba@fieb.org.br / Sindicato das Indústrias de Serrarias, Carpintarias, Tanoarias e Marcenarias de Salvador, Simões Filho, Lauro de Freitas, Camaçari, Dias D’ávila, Sto. Antônio de Jesus, Feira de Santana e Valença, sindiscamba@fieb.org.br / Sindicato das Indústrias de Fibras Vegetais no Estado da Bahia, sindifibrasba@fieb.org.br / Sindicato da Indústria de Panificação e Confeitaria da Cidade do Salvador, sindpanssa@uol.com.br / Sindicato da Indústria de Produtos Químicos, Petroquímicos e Resinas Sintéticas do Estado da Bahia, sinpeq@coficpolo.com.br / Sindicato da Indústria de Material Plástico do Estado da Bahia, sindiplasba@sindiplasba.org.br / Sindicato da Indústria de Produtos de Cimento no Estado da Bahia, sinprocimba@fieb.org.br / Sindicato da Indústria de Mineração de Pedra Britada do Estado da Bahia, sindbrit@svn.com.br / Sindicato das Indústrias de Produtos Químicos para Fins Industriais e de Produtos Farmacêuticos do Estado da Bahia, adm@quimbahia.com.br / Sindicato da Indústria de Mármores, Granitos e Similares do Estado da Bahia, simagranba@fieb.org.br / Sindicato da Indústria Alimentar de Congelados, Sorvetes, Sucos, Concentrados e Liofilizados do Estado da Bahia, sindsucosba@fieb.org.br / Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados do Estado da Bahia, sincarba@fieb.org.br / Sindicato da Indústria do Vestuário da Região de Feira de Santana, sindvestfeira@fbter.org.br / Sindicato da Indústria do Mobiliário do Estado da Bahia, moveba@fieb.org.br / Sindicato da Indústria de Refrigeração, Aquecimento e Tratamento de Ar do Estado da Bahia, sindratar@gmail.com.br / Sindicato das Indústrias de Construção Civil de Itabuna e Ilhéus, valmirsb@yahoo.com.br / Sindicato das Indústrias de Café do Estado da Bahia, sincafeba@fieb.org.br / Sindicato das Indústrias de Laticínios e Produtos Derivados do Estado da Bahia, sindileite@fieb.org.br / Sindicato das Indústrias de Aparelhos Elétricos, Eletrônicos, Computadores, Informática e Similares dos Municípios de Ilhéus e Itabuna, sinec@sinec.org.br / Sindicato das Indústrias de Construção de Sistemas de Telecomunicações do Estado da Bahia, anaelisabete@telenge.com.br / Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de Feira de Santana, simmefs@simmefs.com.br / Sindicato das Indústrias de Reparação de Veículos e Acessórios do Estado da Bahia, sindirepaba@sindirepabahia.com.br / Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores, sindipecas@sindipecas.org.br / Sindicato das Indústrias de Fibras Vegetais no Estado da Bahia, sindifibrasba@fieb.org.br / Sindicato das Indústrias de Cosméticos e de Perfumaria do Estado da Bahia, sindcosmetic@fieb.org.br / Sindicato das Indústrias de Artefatos de Plásticos, Borrachas, Têxteis, Produtos Médicos Hospitalares, sindiplast@gmail.com / Sindicato Patronal das Indústrias de Cerâmicas Vermelhas e Brancas para Construção e Olarias da Região Sudoeste e Oeste da Bahia sindiceso@gmail.com Sindicato da Indústria de Adubos e Corretivos Agrícolas do Nordeste (Siacan) siacan@veloxmail.com.br / Sindicato Nacional da Indústria da Construção e Reparação Naval e Offshore (Sinaval) sinaval@sinaval.org.br / Sindicato das Indústrias de Panificação e Confeitaria do Estado da Bahia, sipaceb@gmail.com

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sumário angelo pontes/coperphoto/Sistema FIEB

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Balanço e projeções para a indústria Presidente da FIEB analisa cenário e sinaliza perspectivas para o segmento em 2016

Rafael Martins/Sistema FIEB/Arquivo

nº 240 Nov/Dez.15

22 Marcelo Gandra/Sistema FIEB

Clodoaldo Ribeiro/Sistema FIEB

Foto de Rafael Martins

14 angelo pontes/Sistema FIEB

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ExpoInd Bahia

IEL promove rodada de negócios com empresas

SENAI apresenta o submarino Flat Fish

Estudantes de nível técnico e médio apresentaram seus projetos

V Encontro de Compradores e Fornecedores do IEL reuniu 75 empresas em rodada que encerrou com perspectiva de fechar R$ 11 milhões em negócios futuros

Robô de inspeção visual em 3D de alta resolução é resultado de projeto estratégico para atuar em águas profundas, que envolve SENAI, indústria e governo federal


Entrevista  Bel Pesce

“A definição de sucesso é única para cada pessoa” Considerada pela Revista Forbes um dos 30 jovens mais promissores do Brasil, escritora e empreendedora lançou novo livro em Salvador

Por Marta Erhardt

A

importância do autoconhecimento e do compartilhamento para a realização de projetos e sonhos foi o tema da palestra que a empreendedora e escritora Bel Pesce ministrou em Salvador no dia 05.11, no SENAI Cimatec. A iniciativa fez parte da rodada de encontros promovida em todas as capitais brasileiras pelo Instituto Euvaldo Lodi (IEL) para fomentar o empreendedorismo e ressaltar a importância do desenvolvimento de carreiras. Durante o evento, que marcou o lançamento do quarto livro da empreendedora A sua melhor versão te leva além, que faz parte da coleção Meu Código Aberto, da Editora Enkla, a fundadora da FazINOVA, escola de desenvolvimento de talentos e inovação, deu dicas para que as pessoas encontrem sua melhor versão. Nesta entrevista, a escritora fala sobre autoconhecimento, empreendedorismo e a necessidade de se estabelecer parâmetros claros para a tomada de decisão. Em seu novo livro, você propõe a criação de um movimento de compartilhamento. Poderia explicar melhor? Cada um de nós tem como se fosse um manual de instruções que é muito único e, muitas vezes, na correria do dia a dia, a gente não para para entender que manual é esse. A gente não para para se observar, para entender o que tira a gente do sério, o que faz a gente feliz. E se, em um momento, a gente não só parar para se observar, mas também compartilhar aprendizados, a gente pode ajudar um ao outro a se entender melhor.

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Esse é o movimento que criei, que se chama Meu Código Aberto. O primeiro livro deste movimento, A sua melhor versão te leva além, e o aplicativo Meu Código Aberto estão na internet (www.meucodigoaberto.com.br). A ideia é que as pessoas possam ir em busca de sua melhor versão, em busca deste código e abrir algumas partes que podem ajudar também outras pessoas a encontrarem seus códigos. Qual a importância do autoconhecimento na realização de projetos? É imensa. É raríssimo alguém ter alta produtividade se não for em algo que faça sentido e esteja alinhado com seu propósito. É raro alguém conseguir fazer bastante coisas se não conseguir entender qual o melhor momento para produzir e o melhor momento para descansar. Então, o autoconhecimento acaba sendo uma ferramenta poderosíssima, não só para descobrir o que você quer de verdade, que é algo incrivelmente importante na sua vida, mas também para alinhar propósito, aumentar produtivida-

de, para realizar mais, dentro daquilo que faz sentido para você. De que forma o autoconhecimento colabora na tomada de decisões? Para você conseguir encontrar sua melhor versão, você precisa encontrar quais são seus reais parâmetros de decisão. Em um mundo em que você tem muitas decisões a tomar, muita gente acaba se arrependendo, porque quando você está diante de muitas opções diferentes, é fácil ficar confuso. Agora, se você consegue usar do autoconhecimento para decidir quais são os melhores parâmetros numa decisão, você se arrepende muito menos, porque neste momento você consegue tomar uma decisão mais focada naquilo que faz sentido para você. Por exemplo, quando entro em um projeto tento entender qual o potencial de impacto positivo para o outro e qual o potencial de crescimento para mim. Quando peso isso na balança na hora da decisão, não me arrependo, porque estava dentro dos meus maiores parâmetros.


divulgação

Em sua trajetória, quais fatores você acredita que foram essenciais para o sucesso? A definição de sucesso é única para cada pessoa. Para alguns, o sucesso é ser feliz; para outros, pode ser algo com componente financeiro forte; para outras pessoas, pode ser crescimento na carreira, então é difícil chegar a uma só definição. Para mim, sucesso é conseguir criar produtos e serviços que podem tocar a vida de forma positiva, é conseguir criar conteúdos que fazem as pessoas darem mais passos em direção aos seus sonhos. E o que me ajudou a conseguir crescer em direção a esses parâmetros que, para mim, são o sucesso, tem a ver com habilidades comportamentais, como autoconhecimento, produtividade, iniciativa, determinação, dedicação, se relacionar bem com as pessoas. Tudo isso me ajudou muito. Como você define empreendedorismo? Empreendedorismo é criar produtos, serviços ou soluções que podem tocar a vida positivamente. Escritora faz selfie com o público no Tour da Bel, promovido pelo IEL

joão alvarez/Sistema FIEB/arquivo

Às vezes as pessoas mistificam muito o empreendedorismo. Parece algo glamoroso, mas é diferente disso. É uma responsabilidade muito grande

Que conselho você dá para os jovens que pensam em seguir por este caminho? Às vezes as pessoas mistificam muito o empreendedorismo. Parece algo glamoroso, as pessoas pensam: “que legal, não vou ter chefe”, “que legal, vou fazer um dinheirão”, “que legal, não tem horário para trabalhar”, mas é muito diferente disso, na verdade. É uma responsabilidade muito grande. No meu livro A Menina do Vale 2, falo muito sobre isso, sobre empreendedorismo ser muito perto de um sinônimo para responsabilidade. Um conselho que dou é: se você for entrar nesse mundo, entra com uma cabeça de querer agarrar o difícil, a responsabilidade, de querer cair e levantar, porque senão você não vai aguentar, vai ser mais difícil do que você imagina. Não entre achando que é glamour. Na sua concepção, como as pessoas que empreendem devem agir quando algo não dá certo? Se você quer criar algo grande, se você quer crescer, não tem como só acertar, ainda mais se você quiser criar algo inovador. Então é preciso se acostumar a tropeçar e cair, mas de forma menor, para aprender e poder crescer. O erro faz parte do aprendizado. Se você vê dessa maneira, você vai cair e depois se levantar e, assim, o erro será um parâmetro maior para você continuar na direção certa. [bi] Bahia Indústria  7


Perspectivas e oportunidades

Angelo Pontes/Coperphoto/Sistema FIEB

Fórum do LIDE debateu o cenário econômico e de negócios no país face a um cenário de crise

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m meio à crise, é preciso enxergar oportunidades e buscar soluções. Esta foi a tônica das palestras e debates durante o 3° Fórum de Oportunidades de Investimentos da Bahia, realizado no dia 5 de novembro, na FIEB, em Salvador. O evento foi promovido pelo Grupo de Líderes Empresariais (Lide), em parceria com a Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB). “Faz parte da nossa missão apoiar os investimentos e mostrar às empresas os vetores prováveis de crescimento para a Bahia”, disse o diretor da FIEB, Eduardo Gordilho, na abertura do evento. O coordenador do Conselho de Economia e Desenvolvimento Industrial (Cedin) da Federação, Antonio Sérgio Alípio ressaltou que o Fórum tem como objetivo fomentar o ambiente de negócios e projetos, uma ação importante neste momento de desafios para o setor produtivo. De acordo com o empresário Mário Dantas, presidente do Lide Bahia, “é hora de enfrentarmos os medos com coragem, sem esperarmos soluções do governo. O DNA do Fórum nasceu da iniciativa privada e é deste grupo de empreendedores que também podem vir as soluções”, pontuou. O painel Perspectivas de Crescimento Econômico contou com a

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participação de dois economistas reconhecidos pelo mercado: o estrategista chefe do BTG Pactual Assent Management, João Scandiuzzi, e o head da área de Investimentos do Citibank, Mauro Morelli. Ambos falaram do cenário atual e destacaram as oportunidades para os empresários. Scandiuzzi ponderou que o aumento de gastos do governo não começou nas gestões do PT, mas em 1997, quando a administração pública passou a ampliar os programas que contemplam direitos sociais. Ele explicou que, em função disso, foi-se aumentando a carga tributária, a um ponto hoje considerado inaceitável por boa parte da população brasileira. “Esta compensação também vem sufocando a atividade industrial”, acrescentou. Para o estrategista do BTG, um dos fatores de aumento desses gastos governamentais é o sistema previdenciário, que terá que sofrer mudanças, pois já compromete 8% do PIB do país. Ele acredita que o país sairá da crise até 2017, desde que o governo continue fazendo os ajustes fiscais, o que também depende das articulações políticas no Planalto. Uma das oportunidades que voltam a aparecer em meio ao cenário atual – em que o Real está desvalorizado e assim deve se

Sérgio Alípio e Eduardo Gordilho ressaltaram o papel das entidades empresariais no fomento da economia

manter – é a de comércio de produtos para o exterior. Com este tema, foi realizado o painel Perspectivas de Relações Internacionais e Comércio Exterior. O painel reuniu o embaixador e consultor de empresas Jorio Dauster e a gerente de investimentos da Apex Brasil, Maria Luiza Cravo Wittenberg. No evento, os empresários também puderam participar de workshops setoriais, com base nas principais cadeias produtivas (Agronegócios; Energia; óleo, Gás e Naval; Portos; Mineração) em que o Estado oferece vantagem competitiva para o fomento de novos investimentos. [bi]


circuito

por cleber borges

Indústria brasileira encolherá 4,5% em 2016 A economia brasileira continuará encolhendo no ano que vem. O PIB terá uma queda de 2,6%, puxado pela retração de 4,5% na indústria. O desemprego alcançará 11%, o consumo das famílias diminuirá 3,3% e os investimentos cairão 12,3%. As estimativas são do Informe Conjuntural, divulgado pela CNI. "Pouco se avançou na construção de um ajuste fiscal crível e permanente, aliado a mudanças estruturais capazes de impulsionar a recuperação da atividade econômica. Por isso, o cenário para 2016 não difere do observado em 2015", diz o estudo. A CNI estima que a participação da indústria no PIB ficará abaixo de 20%, a menor desde os anos 50. A participação da indústria de transformação será de 9,3%.

Dólar estimula exportações da indústria A desvalorização do real frente ao dólar leva indústrias brasileiras a buscarem mercados no exterior. O coeficiente de exportação, que mostra a importância do mercado estrangeiro para as empresas brasileiras, aumentou 0,6 ponto percentual no terceiro trimestre de 2015 em relação ao período imediatamente anterior e alcançou 19,8%. Foi o terceiro aumento consecutivo do indicador, informa a CNI. Na indústria de transformação, o coeficiente de exportações subiu para 16,8% e está 0,8 ponto percentual maior do que o registrado no segundo trimestre. Já o dólar alto inibiu as importações, cuja participação no consumo nacional ficou em 22,1% no terceiro trimestre.

Empresas baianas no Edital SENAI SESI de Inovação A segunda fase do Edital SENAI-SESI de Inovação contemplou 32 projetos de empresas de todo o país. Os vencedores foram anunciados em Brasília. Com isso, o Edital bate a marca de 500 projetos contemplados desde que foi criado, em 2004. Boa parte dos projetos selecionados nesta fase veio de startups. Três empresas da Bahia tiveram trabalhos escolhidos. Whirlpool, com o projeto Ambiente de Desenvolvimento Virtual; MH2 Soluções em Projetos Ltda, com o GPS – GeoProfit Strategy; e a Luiz Guilherme Aun Fonseca, com o EXO 1, produto que transfere o peso do braço para a cintura do operador de máquinas.

Brasileiros fecham 2015 pessimistas O Índice Nacional de Expectativa do Consumidor (INEC) voltou a cair e alcançou 96,3 pontos em dezembro. O indicador é 1,3 ponto percentual menor do que o de novembro e 11,8 p.p. inferior ao de dezembro de 2014, mostra pesquisa da CNI. Desde janeiro de 2015, o INEC está abaixo da média histórica, que é de 109,6 pontos. A queda na confiança do consumidor decorre do pessimismo quanto ao emprego. O índice de expectativa em relação ao emprego caiu 8,2% e o da renda pessoal recuou 1,7% na comparação com novembro. O INEC ouviu 2.002 pessoas em 143 municípios do país.

“Estamos vivendo aquele momento mais difícil em que as medidas duras foram tomadas e a gente ainda não tem nenhum benefício delas.” Roberto Setúbal, presidente do Itaú Unibanco, refletindo sobre a atual conjuntura brasileira

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sindicatos

Marcelo Gandra/Coperphoto/Sistema FIEB

Sincafé participa de encontro nacional A Bahia sediou o 23º Encontro Nacional das Indústrias de Café (Encafé), promovido pela Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic), de 11 a 15 de novembro. O encontro, que ocorreu na Ilha de Comandatuba, reuniu empresários e dirigentes sindicais do setor de todo o país, que tiveram acesso a tendências de mercado e de consumo. A participação dos diretores do Sincafé no evento contou com o apoio da Federação.

Sindipeças debate competitividade A competitividade na indústria automotiva foi tema do seminário promovido pelo Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores (Sindipeças), dia 01.12. O evento, realizado em parceria com a SAE Seção Bahia, com o apoio da FIEB, reuniu representantes de empresas do setor e estudantes no SENAI Cimatec. “Nosso objetivo é trazer informações a respeito de técnicas de gestão e ferramentas que possam tornar as empresas mais produtivas, de forma que possam atender às expectativas do mercado automotivo”, explicou o diretor regional do Sindipeças, Roberto Rezende. O evento também contou com a presença dos diretores do Sindipeças Marcelo Sena, Alexandre Gandra e Renato Rossi.

Diretoria reeleita do Sindical toma posse na FIEB

Público no seminário promovido pelo Sindipeças

Sindileite leva laticinistas em missão à Alemanha Missão internacional promovida pelo Sindileite-BA, em outubro, teve a Alemanha como destino. Além de visitas técnicas, a programação incluiu a participação na Feira Anuga, um dos eventos mais importantes do setor de alimentos e bebidas. A ação faz parte da agenda de Missões Técnicas do Sindileite, com foco no acesso a novos mercados e inovações tecnológicas.

A diretoria do Sindicato da Indústria de Calcário (Sindical-BA), reeleita para o período 2015/2018, tomou posse dia 06.11, na sede da FIEB. O ato de posse contou com a presença do presidente, Antônio Ricardo Alban, e do primeiro vice-presidente da instituição, Carlos Gantois. Presidente do Sindical, o empresário Sérgio Pedreira acredita que a reeleição demonstra a união entre os associados em busca de melhorias para o setor. Também em novembro, diretores do sindicato participaram do Encontro Nacional dos Produtores de Calcário Agrícola do Brasil, em Cuiabá. angelo pontes/Coperphoto/Sistema FIEB

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Bahia Indústria


Gestão de processos em cosméticos é tema de workshop Como a gestão de processos e resultados pode ajudar as empresas de cosméticos a alavancar a produtividade. Esta foi a proposta do workshop Gestão de Processos e Resultados na Indústria de Cosméticos, promovido pelo Sindicato da Indústria de Cosméticos e de Perfumaria do Estado da Bahia (Sindcosmetic-BA), dia 04.11, no Senai Cetind. A programação incluiu boas práticas de fabricação para o setor, pesquisa e desenvolvimento de novas formulações, otimização e automação de processos e elaboração de padrões operacionais em atendimento ao mercado internacional. Em outubro, outro evento promovido pelo sindicato no Gran Hotel Stella Maris debateu o cenário do setor de cosméticos.

Josair Bastos e Sérgio Ollandezos na abertura do evento

Seminário apresenta novidades da indústria gráfica A indústria gráfica da Bahia encerrou a programação de eventos de 2015 com a realização do XIV Seminário da Indústria Gráfica do Nordeste, dia 19.11, na FIEB. Promovido pelo Sigeb, em parceria com o SENAI, o evento contou com palestras que abordaram as novas tecnologias em Cura UV e atendimento ao cliente. “Esta é uma oportunidade de atualização, visando melhorar a produção e o relacionamento com o cliente”, destacou o vice-presidente da FIEB e presidente do Sigeb, Josair Bastos. fotos marcelo gandra/Coperphoto/Sistema FIEB

Sindibrita discute desafios do setor • O Sindibrita reuniu empresários do segmento para discutir os avanços e desafios do setor de mineração no Brasil, dia 25.11, no auditório da FIEB. A Lei da Balança, o atual cenário para mineração de agregados para construção e as perspectivas para os próximos anos foram temas debatidos no encontro.

FIEB orienta sobre Sped Fiscal

Sindicato de Cerâmica mobiliza empresário no interior O Sindicato das Indústrias de Cerâmica (Sindicer) reuniu, dia 08.10, ceramistas de Barreiros, no município de Riachão do Jacuípe. A localidade concentra mais de 20 cerâmicas, todas de pequeno porte. Além de conhecer melhor o sindicato e os serviços prestados pelo Sistema FIEB, os empresários da região tiraram dúvidas trabalhistas com um advogado especialista em relações sindicais. Já no dia 15.10, o presidente do Sindicer-BA, Manuel Ventin, participou do 2º Intercâmbio de Lideranças Setoriais da Indústria Cerâmica, em Cuiabá.

O consultor da CNI, Deusmar Rodrigues, no encontro

Encontro promovido pela FIEB reuniu, dia 18.11, empresários e contadores para discutir as mudanças do controle de produção e estoque das empresas com a implantação do Bloco K do Sped Fiscal – Sistema Público de Escrituração Digital Fiscal, a partir de janeiro de 2016. O consultor da CNI, Deusmar Rodrigues, orientou sobre as mudanças. O evento contou com o apoio do Conselho Regional de Contabilidade da Bahia (CRC-BA).

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Integração entre setor produtivo e academia Realizada em Ilhéus, em novembro, I ExpoIND Bahia reuniu projetos de inovação tecnológica desenvolvidos por estudantes de nível técnico e médio Por Marta Erhardt

Presidente da FIEB, Ricardo Alban, na abertura do evento

M

ais de 200 projetos de inovação tecnológica desenvolvidos por estudantes de nível técnico e médio de diversas instituições de ensino foram apresentados durante a I ExpoIND Bahia. Uma iniciativa do Sindicato das Indústrias de Aparelhos Eletroeletrônicos e Computadores de Ilhéus/Itabuna (Sinec) e do Sindicato da Construção Civil de Itabuna/Ilhéus (SICC), em parceria com a Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB), a feira foi realizada entre os dias 18 e 21 de novembro, no Centro de Convenções de Ilhéus. Entre os projetos apresentados, estava uma bancada de testes de componentes eletrônicos (fusíveis, transístores, led e cabos de rede) usados em aulas práticas do

SENAI. Denominado Giga de Teste de Eletroeletrônica, o projeto foi desenvolvido por alunos do curso de eletroeletrônica do SENAI na região sul, que tinham a necessidade de testar, de forma prática e simples, os componentes eletrônicos utilizados, reduzindo a probabilidade de erro nas atividades por falha de algum desses materiais. “É gratificante poder desenvolver um projeto como este. Além de facilitar as aulas, é de fácil manuseio, baixo custo e sustentável, pois reaproveitamos materiais”, explicou a estudante Agatha Carlos, do grupo que desenvolveu o equipamento. A apresentação de soluções tecnológicas como a Giga de Teste de Eletroeletrônica está alinhada com o objetivo do evento, que buscou integrar o setor produtivo e a comunidade acadêmica. “A expectativa é que a integração entre setor produtivo e academia traga frutos para melhorar nossos processos produtivos”, destacou o presidente do SICC, Leovegildo Souza. A ideia é que essa aproximação também possa contribuir para o desenvolvimento de produtos inovadores. “Queremos buscar, por meio da inovação e do conhecimento científico, o desenvolvimento de Clodoaldo Ribeiro/Coperphoto/Sistema FIEB

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Clodoaldo Ribeiro/Coperphoto/Sistema FIEB

soluções aplicáveis para a indústria, que gerem produtos diferenciados”, reforçou o presidente do Sinec, William de Araújo. Acompanhado por dirigentes e executivos do Sistema FIEB, o presidente da instituição, Ricardo Alban, participou da abertura da I ExpoIND Bahia. “Esperamos que esta seja a semente para a realização de outras feiras itinerantes no interior do estado. Iniciativas como esta contribuem para disseminar o conceito de industrialização e para mostrar a importância da indústria para a economia”, pontuou. A cerimônia de abertura contou com palestra da jornalista Salette Lemos, que falou sobre desafios e oportunidades da economia em tempos de crise. A especialista em economia, gestão e produtividade provocou o público a mudar de atitude diante do atual momento econômico do país. “Precisamos ter o olhar crítico e observar a realidade, pois a crise traz oportunidades também, mas é necessário perseverança e disciplina”, disse. Também participaram da mesa de abertura o vice-prefeito de Ilhéus, Carlos Machado, o presidente do

Centro das Indústrias da Bahia (CIEB), Reginaldo Rossi, e representantes de instituições parceiras, como o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Baiano (IF Baiano), Sebrae, Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) e Associação de Turismo de Ilhéus.

Estudantes do curso de eletroeletrônica do SENAI apresentam projeto

Programação Mais de cinco mil pessoas circularam no Centro de Convenções de Ilhéus durante os quatro dias de feira, de acordo com a organização do evento. O público pode conferir uma programação diversificada, que englobou a 4ª Mostra de Iniciação Científica (MIC) do IF Baiano, o I Encontro de Inovação e o I Salão Baiano da Indústria. A I ExpoIND Bahia contou, ainda, com mais de 50 minicursos, palestras, mesas redondas e oficinas, oferecidos gratuitamente. Outras instituições do Sistema FIEB também participam do evento. O SESI promoveu palestras sobre o impacto das normas regulamentadoras na competitividade da indústria e sobre o Edital SESI/SENAI de Inovação. Já o IEL ministrou palestra sobre Desenvolvimento de Carreiras. [bi] Bahia Indústria  13


Intercâmbio de negócios IEL realiza rodada de negociação e certificação de empresas no V Encontro de Compradores e Fornecedores Por Marta Erhardt angelo pontes/Coperphoto/Sistema Fieb

U

m encontro de negócios promissor. Assim foi a rodada realizada durante o V Encontro de Compradores e Fornecedores da Bahia, dia 03.12, na Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB). Setenta e cinco empresas, entre fornecedores e compradores, participaram da iniciativa e a expectativa delas é movimentar cerca de R$ 11 milhões em negócios futuros. O evento foi promovido pelo Instituto Euvaldo Lodi (IEL) e pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), em parceria com o Servi-

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ço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas da Bahia (Sebrae-BA) e teve como objetivo estimular a geração de negócios e fomentar o networking entre empresas. “Este é um momento de troca de informações, para criar um movimento positivo para os negócios e para o desenvolvimento das empresas baianas. É uma oportunidade para promover e avançar nas trocas comerciais feitas em nosso estado”, pontuou o superintendente do IEL-BA, Evandro Mazo. No encontro, empresas baianas participantes do Programa de Desenvolvimento de Fornecedores

Mesa de abertura do evento, que reuniu empresários na FIEB

para a cadeia Automotiva e do Programa de Qualificação de Fornecedores (PQF) foram certificadas. “É muito bom ver que as empresas estão trabalhando seus gaps para atingir a excelência. Com este programa, ganha a grande empresa, que precisa qualificar seus fornecedores, e as empresas de pequeno porte, que se qualificam em gestão, observam as necessidades do mercado e têm oportunidades de negócios”, ressaltou a coordenadora adjunta da indústria do Sebrae, Maria Helena Souza Garcia. O evento marcou o encerramento das ações do Programa de


Este é um momento de criar um movimento positivo para os negócios e para o desenvolvimento das empresas baianas. É uma oportunidade para promover e avançar nas trocas comerciais em nosso estado

Evandro Mazo, superintendente do IEL-BA

Desenvolvimento de Fornecedores para a cadeia Automotiva, realizado em parceria com o MDIC, a Ford e o Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores (Sindipeças). A supervisora de assuntos corporativos da Ford, Magnólia Borges, ressaltou a satisfação da empresa em poder contribuir com suporte técnico para o programa. “As empresas locais precisam buscar o aprimoramento de sua gestão, de seus processos, não só para se tornar fornecedor da cadeia automotiva, mas para outros segmentos”, pontuou. Já o presidente do Sindipeças, Roberto Rezende, lembrou que a participação das empresas fornecedoras no programa vai levar a um ganho de qualidade e produtividade, e ressaltou que a busca pela excelência é contínua. “Estamos passando por um momento de crise e isso requer que a gente se qualifique cada vez mais. Este é o primeiro degrau para atingir o nível de excelência exigido pelo mercado”, disse.

angelo pontes/Coperphoto/Sistema Fieb

O programa qualificou 29 empresas, com capacitações e consultorias nas áreas de gestão financeira e gestão da produção. Aquelas que atenderam aos requisitos relacionados à gestão empresarial, gestão financeira, lean manufacturing, gestão da qualidade, gestão ambiental, saúde e segurança do trabalho e responsabilidade social foram certificadas.

PQF Empresas participantes do Programa de Qualificação de Fornecedores, também foram certificadas durante o encontro. Uma delas foi a MEC-Q Industrial, inserida no programa há três anos. Na época, a empresa precisou implementar melhorias de gestão e desenvolver áreas como Meio Ambiente e Saúde e Segurança do Trabalho. “Conseguimos aumentar o faturamento a partir das oportunidades trazidas pelo programa, tanto pela qualificação, quanto nos encontros de aproximação comercial”, explicou o coordenador comercial, Leonardo Cerqueira. A gerente de Desenvolvimento Empresarial do IEL, Fabiana Carvalho, apresentou o programa, que há 10 anos prepara micro, pequenas e médias empresas fornecedoras para melhorar a qualidade de gestão, reduzir custos de capacitação, aumentar as oportunidades de negócios e promover o networking entre empresas. Nesse período, mais de 450 empresas fornecedoras de todo o estado foram atendidas pelo PQF, que tem como objetivo fortalecer a cadeia produtiva e promover o desenvolvimento local, com a capacitação de empresas de menor porte para atender às exigências de grandes empreendimentos implantados na Bahia. O programa é dividido em cinco etapas: definição dos critérios e requisitos técnicos de aquisição (junto à empresa âncora); identificação, sensibilização e seleção de fornecedores locais; desenvolvimento e certificação de fornecedores selecionados; ações de aproximação comercial e de acesso a mercados; e gestão e monitoramento de ações e resultados.

TALK SHOW

A gerente do IEL, Fabiana Carvalho, apresentou o PQF durante encontro

A programação do V Encontro de Compradores e Fornecedores da Bahia também incluiu o talk show “Desenvolvimento do mercado fornecedor local”, que contou com a participação do diretor de suprimentos para integração de energias renováveis da General Eletric do Brasil, Antônio Paulo Bianchi, e da gerente de compra da Ford, Malvina Rebouças. [bi] Bahia Indústria  15


Cenário desafiador

Para o presidente da FIEB, o aumento do desemprego será o maior problema a ser enfrentado pelo país em 2016 Por cleber borges

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Rafael Martins/Sistema FIEB/Arquivo

Marcelo Gandra/cooperphoto/Sistema FIEB

Indústria da construção será uma das principais afetadas em 2016, diante da superoferta de imóveis e da retração dos investimentos públicos

s economias emergentes devem fechar 2015 com crescimento médio de 4%. Enquanto isso, o Brasil encerrará o ano com queda de 3,6% no PIB segundo projeções do FMI, ou de 3,2% segundo o Relatório Focus, do Banco Central. Ainda segundo o FMI, em 2016, a economia brasileira enfrentará redução de 2,7%, enquanto o México crescerá 2,8%, Índia 7,5% e China 6,3%. A partir de números como esses, a Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB) prevê que 2016 será, para o setor industrial, um ano também comprometido pela crise econômica, potencializada pela crise de natureza política. “Essa é uma crise com várias facetas. Por essa razão, não podemos arriscar uma previsão sobre seu ciclo. Sua origem está nos desajustes fiscais dos dois últimos anos. Estes se agravaram em uma crise econômica, que desaguou em uma crise de natureza política. Agora, a maior preocupação para 2016 é com a iminência de uma crise social, na qual os empregos estarão em risco, afetando a renda da sociedade”, afirmou o presidente da FIEB, Ricardo Alban, em balanço de final de ano, no dia 16 de dezembro. Segundo ele, no Brasil, a crise econômica, acrescida da crise política, tem forte impacto na indústria, cuja produção física deve cair 7,5% em 2015. Na

Bahia, onde o PIB deverá retroceder este ano 3,1%, a indústria de transformação recuará ainda mais (-4%). Uma das consequências desse mau desempenho será a queda no emprego: de janeiro a outubro, o setor fechou quase 33 mil postos de trabalho no Estado. “A pior coisa para o ser humano é a perda abrupta do poder aquisitivo, que gera frustração e revolta. A queda do emprego será o principal problema de 2016”, avalia Ricardo Alban. Esse número tende a crescer nos próximos meses, caso não haja um ponto de inflexão com mudança nas expectativas negativas. “Março é o período limite para que haja uma solução para a crise política. A economia se comporta, também, em função das expectativas. O país não pode viver com expectativas cada vez mais negativas”, afirmou o presidente da FIEB.

CONSTRUÇÃO EM QUEDA Segmentos como a construção civil e a metalurgia básica devem enfrentar problemas em 2016. A construção sofre com a paralisia em obras de infraestrutura demandadas pelo setor público e com a baixa demanda no setor imobiliário. Há uma superoferta de imóveis prontos e os preços estão em baixa. Além disso, ainda na área imobiliária, o setor ressente-se das mudanças na política operacional da Caixa, seu principal agente financeiro. Na Bahia, um alento na área da construção é a aprovação, pelo BNDES, de R$ 2 bilhões para finan-

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Perspectivas

Indicadores apontam as tendências para 2016

Projeção econômica para 2016**

Desempenho econômico em 2015*

4,5%

Queda da economia da Bahia Queda da indústria brasileira

2,2%

Queda da indústria baiana

Crescimento médio das economias avançadas

-2,3%

-2,7%

Crescimento médio das economias emergentes

-3,1%

Queda da economia brasileira

-7,5%

Como ficarão, em 2016, os segmentos industriais na BA Em alta

Em estabilidade

Em queda

Construção civil e Metalurgia básica

Químico petroquímico, Celulose e papel

Investimentos do Sistema FIEB em 2016*** Em R$ IEL 2,1 milhões

Refino de petróleo e produção de álcool, Automotivo, Alimentos e bebidas

Total

109,7 milhões

SESI 43,8 milhões

SENAI 63,8 milhões

* Fonte: Banco Santander ** Fonte: FMI - World Economic Outlook *** Investimentos em construção, requalificação e equipamentos de unidades

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ciar a construção do Metrô de Salvador. Durante a obra devem ser criados 5,8 mil postos de trabalho diretos e 14,7 mil indiretos. Quando estiver operando, o metrô deve empregar 1.400 pessoas e criar 4,2 mil empregos indiretos, de acordo com números do BNDES. Outros segmentos, como os de refino de petróleo e automotivo, devem permanecer estagnados em 2016. No primeiro, a venda de ativos pela Petrobras deve ter impactos importantes na Bahia. Está em discussão, por exemplo, a venda de ativos nas áreas de biodiesel, campos maduros, bem como uma reestruturação na área corporativa da estatal. Na área de refino, espera-se uma produção estável em 2016, em relação a 2015, na casa de 100 milhões de barris. No segmento automotivo, o mercado continuará deprimido em 2016, pois o setor depende muito da oferta de crédito. Poucos segmentos, notadamente os que exportam, devem passar incólumes na crise. São

exemplos: químico/petroquímico e celulose e papel, que aproveitam o câmbio favorável e os excedentes exportáveis. Este último vive “em céu de brigadeiro”, conforme avalia Ricardo Alban, pois além do dólar favorável convive com preços internacionais em alta. No entanto, exportar exige muitas adequações no produto e nas estratégias empresariais. “É necessário, que as empresas estejam preparadas para o comércio exterior”, afirma o presidente da FIEB. “O momento é extremamente desafiador e não há nada que aponte para uma melhoria significativa em 2016. O setor industrial tem sido um dos mais prejudicados pela crise”, avalia o presidente Ricardo Alban. No seu entendimento, é importante apoiar o desenvolvimento de segmentos como o de energia eólica, solar, mineração e naval. Além disso, defende que haja um esforço para adensar as cadeias industriais já tradicionais, como a têxtil-algodão, alimentos-laticínios e petroquímica.

FIEB vai manter investimentos

O segmento de celulose é um dos que escapam dos efeitos da crise

A queda no emprego e no faturamento da indústria impactou no Sistema FIEB, atingido por queda nas receitas. Mesmo com menos recursos, pretende manter os investimentos em Salvador e no interior do estado, bem como a oferta de produtos e serviços para o setor industrial em 2016. O SENAI, por exemplo, planeja investir R$ 61,4 milhões em obras, incluindo construções, equipamentos e mobiliário, em unidades na Capital, região metropolitana e no interior. E outros R$ 2,3 milhões em reposição de equipamentos e material didático. Já o SESI deve investir R$ 43,8 milhões em construção, requalificação e aparelhamento de unidades na capital e interior. “Vamos manter todos estes investimentos previstos”, garante Ricardo Alban. O projeto mais vistoso será, certamente, o Cimatec Industrial, projeto desenvolvido pelo SENAI em parceria com o governo do estado. Este cedeu, no Distrito Industrial de Camaçari, um terreno com 4 milhões de metros quadrados, onde o SENAI construirá uma unidade para dar suporte às empresas que queiram se instalar na Bahia e às que já atuam no polo, em áreas como química/petroquímica, automotiva, metalurgia e de energias alternativas, como a eólica e solar. Para a área automotiva, um diferencial será uma pista em linha reta com dois quilômetros para uso em testes de veículos. Outra linha de atuação do Cimatec Industrial será no segmento farmacêutico. [bi]

João Alvarez/Sistema FIEB/Arquivo

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Compromisso sustentável

Federação das Indústrias do Estado da Bahia lança Relatório de Sustentabilidade (Edição 2014)

O

Sistema FIEB, por meio do seu Conselho de Responsabilidade Empresarial (CORES) lançou, no dia 11.12, o Relatório de Sustentabilidade do Sistema FIEB (Edição 2014) durante o Seminário Relação e Comunicação Socioempresarial, realizado na sede da instituição. O evento contou com a participação do presidente da FIEB, Ricardo Alban, a presidente do Sindicato da Indústria do Vestuário de Salvador e Lauro de Freitas (Sindvest), Eunice Habibe, e a presidente da ONG Fábrica Cultural, Margareth Menezes. “As ações dos Conselhos Temáticos são de extrema importância, pois acabam norteando

o trabalho da Federação. Nossa expectativa é que este Relatório se torne referência para outras federações”, disse Alban. O coordenador do CORES, Marconi Andraos, destacou que a gestão da Sustentabilidade é uma ação que reflete a maturidade de uma organização. “Neste sentido, o Relatório é uma ferramenta que contribui para a melhoria contínua da gestão da sustentabilidade e fortalece a comunicação com as partes interessadas.” O documento, elaborado com base na metodologia internacional GRI 4 – Global Reporting Initiative, envolveu a coleta/informações e de ações desenvolvidas por todas as

Relatório está disponível para download na internet

marcelo gandra/Coperphoto/Sistema FIEB

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entidades que integram o Sistema FIEB. Os indicadores estão relacionados com os pilares sociais, ambientais e econômicos da sustentabilidade, sinalizando o nível da gestão da organização, a partir da identificação dos pontos fortes e oportunidades de melhoria. Marcelo Linguitte, representante da Terra Mater, apresentou “Relatório de Sustentabilidade FIEB - Aplicação da Metodologia e Indicadores de Sustentabilidade GR4”, esclarecendo como funciona a metodologia e demonstrando os benefícios que a ferramenta traz para fortalecer a gestão. A gerente de Meio Ambiente e Responsabilidade Social da FIEB, Arlinda Coelho, apresentou o Relatório, destacando a Federação como agente indutor da sustentabilidade para as empresas industriais da Bahia e para a própria instituição. “É muito bom podermos avaliar o que fazemos, fundamentados numa metodologia validada internacionalmente, e perceber que sustentabilidade é algo tangível e está presente em todas as esferas da nossa organização”. O Seminário contou também com a participação do vice-presidente de Meio Ambiente e Sustentabilidade da Renova Energia, Ney Maron, da diretora da Fábrica Cultural, Teresa Carvalho, e do diretor presidente da Camisas Polo Salvador, Hari Hartmann. [bi]


conselhos ANGELO PONtes/Coperphoto/Sistema FIEB

COMPEM promove primeira reunião itinerante Feira de Santana foi escolhida pelo Conselho da Micro e Pequena Empresa Industrial (COMPEM) para sua primeira reunião itinerante no interior do estado. O encontro, realizado no dia 17 de novembro, na sede do SENAI do município, contou com a presença de membros do COMPEM, dirigentes da FIEB, CIEB e CIFS, autoridades, representantes de entidades parceiras e universidades. “Estamos levando as discussões do Conselho para o interior, ouvindo as demandas das empresas industriais de pequeno porte e perseguindo soluções. Com isso, pretendemos contribuir para o processo de interiorização e desconcentração industrial, a melhoria do IDH e da renda per capta, com base no trinômio: tecnologia, inovação e empreendedorismo”, afirmou o 1° vice-presidente da FIEB e coordenador do COMPEM, Carlos Gantois.

Bancos de Articulações Sociais da FIEB são lançados

Federação discute futuro do setor de petróleo O coordenador do Comitê de Petróleo, Gás e Naval - CPGN, Humberto Rangel, ministrou palestra durante o seminário O Futuro da Indústria Brasileira no Setor de Petróleo, realizado pela ONIP, na sede do Sistema Firjan, no Rio de Janeiro, em 3 de dezembro. Ele falou sobre a Agenda Mínima como oportunidade de aperfeiçoamento da política de conteúdo local e da situação de dependência de um operador exclusivo, que limita o crescimento mercado. “Se tivéssemos mais operadores, teríamos novas oportunidades”, disse Rangel.

Boas práticas em internacionalização serão reconhecidas Sob a coordenação do diretor da FIEB, Angelo Sá Júnior, o Conselho de Comércio Exterior (Comex) e o Centro Internacional de Negócios (CIN), realizarão, em 2016, o Reconhecimento de Boas Práticas em Internacionalização. O objetivo é destacar as experiências de sucesso de micro e pequenas empresas no processo de internacionalização. Poderão participar os participantes do Programa de Competitividade para Internacionalização do CIN. O Banco de Boas Práticas poderá ser acessado no site da FIEB.

Na mesa, Eunice Habibe, Alban e Andraos

Com o objetivo de fomentar uma atuação socialmente responsável do setor produtivo baiano, incentivando ações com foco no uso de excedentes de produção, materiais recicláveis e/ou reutilizáveis, iniciativas de voluntariado e projetos comunitários, a FIEB, por meio do seu Conselho de Responsabilidade Empresarial (CORES) lançou, dia 11 de dezembro, o projeto Bancos de Articulações Sociais, durante o Seminário Relação e Comunicação Socioempresarial, realizado na sede da instituição. De acordo com o coordenador do CORES, Marconi Andraos, as ações do projeto são operacionalizadas com o apoio de instituições parceiras do Terceiro Setor, empresários e governo. “A ideia é envolver todos nesta tarefa de incentivar e promover práticas sustentáveis”, disse. O Banco de Articulação em Vestuário é o pioneiro dentre os bancos que farão parte dessa iniciativa. Por meio dele, as indústrias podem fazer doações de resíduos de vestuário, a exemplo de tecidos, que podem ser utilizados por entidades cujo trabalho inclui corte e costura ou artesanato.

Bahia Indústria  21


Robótica underwater BG Brasil, SENAI Cimatec e Embrapii lançam o veículo autônomo submarino FlatFish Por Carolina Mendonça

O

FlatFish, veículo autônomo submarino desenvolvido pela BG Brasil e o SENAI Cimatec, com apoio da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii), foi apresentado ao público no dia 4 de dezembro, em Salvador. O evento reuniu dirigentes do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP), SENAI Nacional e secretaria estadual de Ciência e Tecnologia (Secti). Com investimento total de R$30 milhões, este é o primeiro protótipo do tipo desenvolvido no Brasil e será utilizado para inspeção visual em 3D de alta resolução, contribuindo na exploração de petróleo e gás em águas profundas, com redução de custos de operação, garantindo maior segurança operacional e ao meio ambiente. “A tecnologia que foi desenvolvida para criação do FlatFish irá contribuir para manter o setor offshore brasileiro na vanguarda do mercado mundial. O projeto faz parte de um programa significativo de pesquisa, desenvolvimento e inovação que a BG Brasil vem concretizando e que traz resultados duradouros para o setor de óleo e gás”, afirmou Nelson Silva, CEO da BG América do Sul. "Temos capacidade de inovar e, tão importante quanto isso, de compartilhar e somar esforços para recuperar um atraso tecnológico de vários anos, o

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Bahia Indústria

Marcelo Gandra/Coperphoto/Sistema FIEB

que é fundamental para a competitividade da indústria nacional", avalia o presidente da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB), Ricardo Alban. Para o diretor de Tecnologia e Inovação do SENAI Cimatec, Leone Andrade, o robô é um projeto estratégico para o SENAI Cimatec. Além do seu elevado porte e do desafio tecnológico, representa a consolidação do BIR - Instituto Brasileiro de Robótica, parte integrante do Campus Cimatec, que tem como foco P&D&I em robótica autônoma. “Ressalto também a parceria estratégica com o DFKI - Instituto alemão de robótica e inteligência artificial, parceiro fundamental nesta consolidação, posicionando o SENAI Cimatec como um dos principais centros de pesquisa na área de robótica no país”, afirmou Andrade. “A EMBRAPII recebe com satisfação o resultado desse projeto em parceria com a BG Brasil. Estamos certos que esse é só o começo de muitas outras parcerias que desenvolveremos junto à BG Brasil e ao Cimatec”, destacou o diretor-presidente da EMBRAPII, Jorge Guimarães. O FlatFish residirá em uma estação submarina,

Demonstração do Flat Fish; apresentação do equipamento a executivos


eliminando a necessidade de barcos de apoio. O operador será capaz de estabelecer uma missão de inspeção remotamente da superfície. O veículo realizará o planejamento e a execução da missão de forma autônoma, saindo da estação submarina, coletando os dados de inspeção e enviando-os para o operador na superfície. “Os testes em offshore com o FlatFish, realizados aqui na Bahia, são um marco fundamental para o desenvolvimento de uma nova tecnologia de inspeção submarina”, ressaltou Adam Hillier, CTO BG Group. Dotado de um sistema de sonares, o robô pode atuar em águas turvas, sem luminosidade. “O resultado mostra que é possível desenvolver tecnologia de alto valor

agregado no Brasil e que, investindo em pesquisa, o país pode encontrar soluções para aumentar a competitividade da indústria nacional”, afirma Herman Lepikson, coordenador do Instituto, que funciona no SENAI Cimatec.

Desdobramentos O desenvolvimento do FlatFish contou com a atuação de 18 pesquisadores do BIR e o trabalho de vários profissionais do SENAI Cimatec, pois envolveu outras competências além de robótica, tais como informática, engenharias e mecânica. O projeto ainda terá uma segunda etapa com melhorias e novos testes que serão realizados no ano que vem, quando outro protótipo deve ser entregue. Para o coordenador técnico do projeto, Marco Reis, o veículo superou as expectativas e a tecnologia desenvolvida em função do seu funcionamento “abre um leque muito grande de possibilidades de trabalho, com utilizações diversas, a exemplo de monitoramento de barragens”, indica. (Com informações da Ascom da BG Brasil) [bi]

Temos capacidade de inovar, compartilhar e somar esforços para recuperar um atraso tecnológico de vários anos, o que é fundamental para a competitividade da indústria nacional Ricardo Alban, presidente da FIEB Bahia Indústria  23


C

om o objetivo de oferecer aos empresários da indústria um conjunto de serviços que visa apoiá-los na gestão dos afastamentos e atestados dos seus funcionários, foi lançado no dia 9.12, em Salvador, o portfólio de produtos do Programa de Gestão do Absenteísmo do Serviço Social da Indústria (SESI). O portfólio traz um conjunto de cinco serviços: Avaliação Inicial, Gestão dos afastamentos, Gestão de Nexos Previdenciários, Gestão do FAP e Gerenciamento Epidemiológico. Com isso, o SESI provê uma gama de soluções para gerir o absenteísmo na empresa, visando propor soluções para os problemas gerados por acidentes ou doenças do trabalho. “Com este novo portfólio, o SESI procurou se capacitar para melhor 24

Bahia Indústria

auxiliar os empresários no atendimento das Normas Regulamentadoras, um item em que as empresas precisam avançar para assegurar sua competitividade e produtividade”, destacou o superintendente do SESI Bahia, Armando Neto, na abertura do evento. Representando o presidente Ricardo Alban, o coordenador do Conselho de Relações Trabalhistas da FIEB, Homero Arandas, destacou a iniciativa do SESI como de vanguarda, ao alinhar qualidade de vida, saúde do trabalhador e produtividade no Programa de Gestão do Absenteísmo. “Trata-se de uma importante mudança na visão em torno do trabalhador. Se antes, o entendimento era de que trabalhador com saúde produzia mais, hoje se tem um olhar integrado que leva em conta o indiví-

Portfólio do SESI tem novos serviços Iniciativa faz parte de Programa de Inovação em Gestão do Absenteísmo e vai auxiliar as empresas na adaptação ao e-Social Por patrícia moreira


Objetivo é auxiliar as empresas a reduzir o absenteísmo e também a se adaptar às exigências do e-Social especialista é que sempre vale a pena investir prioritariamente em ações preventivas a ter que arcar com o custo da falta de ações em saúde e segurança no trabalho, que resultam em pesadas multas e têm impacto no NETEP. Ao final da programação, foram entregues os certificados aos representantes das cinco empresas que participaram do Projeto Metodologia Colaborativa para Gestão da Ergonomia na Indústria. Foram certificadas a Fortlev, Nordeste, Novel, Bahiagás e Bem Te Vi.

Parceria

fotos valter pontes/Coperphoto/Sistema FIEB

duo, sua saúde e o seu entorno, e é esta visão que o SESI Bahia nos apresenta”, ressalta Arandas. O Sistema Indústria tem contribuído com a discussão de grande relevância teórica e acadêmica, contribuindo não somente com as empresas, mas também com os governos e a sociedade como um todo”, acrescentou.

CARTILHA Durante o lançamento do portfólio de gestão do absenteísmo, o SESI também apresentou a cartilha FAP-RAT-NTEP – Efeitos na Gestão Empresarial, que será distribuída gratuitamente para os empresários baianos. Trata-se de uma publicação produzida pela FIESP e cedida ao Sistema FIEB, que está sendo reproduzida pelo SESI Bahia. A pro-

posta é orientar os empresários sobre as exigências trazidas pelo Fator de Acidente Previdenciário (FAP), os Riscos Ambientais do Trabalho (RAT) e sobre como atuar em caso de ocorrência do Nexo Técnico Epidemiológico Previdenciário (NTEP). Homero Arandas considerou que a cartilha é didática e vai contribuir para ampliar o conhecimento dos empresários. O médico do trabalho Gustavo Nicolai, especialista em fator previdenciário, foi o palestrante convidado do evento. Ele falou para uma plateia de empresários e técnicos sobre o tema Segurança e Saúde representam Custo ou Investimento? Ele apresentou casos em que medidas preventivas teriam contribuído para evitar que a empresa fosse obrigada a pagar pesadas multas. A conclusão do

O lançamento do portfólio integra as ações do Instituto SESI de Gestão do Absenteísmo que é gerido nacionalmente pelo SESI Bahia. Lançado em 2014, o projeto é realizado em parceria com o Instituto Finlandês de Saúde Ocupacional (Fioh). O Instituto Finlandês é uma instituição de pesquisa governamental, vinculada ao Ministério de Assuntos Sociais e Saúde da Finlândia que tem por objetivo promover a saúde e o bem estar do trabalhador em um ambiente de trabalho saudável. O SESI firmou parceria com o FIOH em junho de 2014 com o intuito de desenvolver processos e produtos inovadores que impactem diretamente a produtividade do trabalhador, como questões de saúde, segurança, absenteísmo, doenças crônicas, dentre outras. Os especialistas finlandeses apoiam as equipes do SESI na elaboração do plano estratégico de seus institutos de inovação e no desenvolvimento de produtos como os que integram o novo portfólio. O absenteísmo, ou a falta ao trabalho motivada por problemas de saúde, é um dos grandes problemas no dia a dia das empresas e das indústrias, com impacto na produtividade empresarial e na qualidade de vida do trabalhador. As pesquisas revelam que a empresa que investe em prevenção no ambiente de trabalho e mantém a saúde do trabalhador equilibrada, a partir da adoção de mudanças no estilo de vida e em ações preventivas, consegue aumentar em duas vezes a produtividade, reduzindo os custos. [bi] Bahia Indústria  25


valter Pontes/Coperphoto/Sistema Fieb

Orquestra do SESI emociona

tamento e no resultado acadêmico dos integrantes, ao ensinar valores como atuar em equipe, respeito ao silêncio e a vez do outro.

II Concerto da Orquestra do SESI - Itapagipe encerrou as atividades de 2015 com concerto

O

s aplausos que ecoaram na sala principal do Teatro Castro Alves, no dia 03.11, após a apresentação da Orquestra do SESI, deram a tônica do quanto foi especial e emocionante a primeira apresentação da sinfônica naquele espaço para os alunos, pais e professores. O espetáculo fechou a noite do II Concerto da Orquestra do SESI Itapagipe, que também incluiu as apresentações dos educandos de Iniciação Musical, do Grupo Instrumental do Cais (Centro de Apoio à Inclusão – SESI) e do Coral do SESI. No repertório, canções folclóricas e de compositores brasileiros, como Villa-Lobos, Tom Jobim e Chico Buarque, entre outros. “Viemos aqui para nos emocionar e participar um pouco mais

26  Bahia Indústria

daquilo que o SESI faz na vida das pessoas, que neste caso é levar a música para o dia a dia dos seus estudantes, contribuindo para a formação e a cidadania destes jovens”, declarou Armando da Costa Neto, superintendente do SESI, na abertura do evento. A gerente do SESI Itapagipe, Ana Leila Tourinho, agradeceu o empenho de todos os que participaram da montagem do espetáculo e lembrou o quanto a presença da orquestra na escola vem contribuindo para levar aos estudantes novos aprendizados. Com a iniciação musical, dezenas de crianças têm a chance de conhecer o universo da música clássica e ampliar sua percepção cultural. Além disso, a inserção na escola musical também interfere positivamente no compor-

PARCERIA

Orquestra dos alunos do SESI durante a apresentação no palco do TCA

Fruto da parceria do SESI com o Neojibá, o Núcleo de Prática Orquestral e Coral (NPO) do SESI Itapagipe foi implantado em 2012 e hoje é formado por 289 alunos. Desse grupo, 229 são estudantes do 1º a 9º ano da Escola Comendador Bernardo Catharino, com idades entre 6 e 16 anos. Já os outros 60 jovens são alunos do Centro de Apoio à Inclusão SESI (CAIS), unidade da instituição que atua na reabilitação de pessoas portadoras de deficiência. Os três grupos já realizaram mais de 100 apresentações para cerca de 20 mil pessoas. O representante do Neojibá, Eduardo Torres, observou que desde que foi implantada a Orquestra do SESI, vários egressos foram absorvidos pela Orquestra Castro Alves, que neste final de ano sairá em turnê pelo Norte e Nordeste, apresentando-se nos principais palcos das duas regiões. [bi]


Sistema FIEB lança nova marca Ela traz como conceito modernidade, integração e dinâmica, adequando a identidade visual ao novo momento vivido pelo Sistema

L

ançada no início deste mês, a nova marca do Sistema FIEB busca adequar a identidade visual ao novo momento vivido pela organização. A representação simbólica se propõe a ser a síntese de uma instituição moderna, dinâmica e integrada, traduzindo sua evolução ao longo de mais de seis décadas, contribuindo para o crescimento da indústria. “Dinamismo, sinergia e inovação são atributos importantes da nova marca, que mantém a característica essencial de integração. Somos uma organização voltada à promoção de ações integradas para o crescimento, modernização e melhoria da competitividade da indústria, além da qualidade de vida dos industriários. Esse aspecto, portanto, tinha que estar em nossa marca”, explica o presidente do Sistema FIEB, Ricardo Alban. Ele afirma que a marca deve reforçar a identidade da organização, não apenas endossando produtos ou serviços, mas traduzindo sua essência, valores e cultura. Conduzida pela Gerência de Comunicação Institucional da FIEB, a mudança da marca e a campanha institucional de divulgação foram desenvolvidas pela agência Morya, que detém a conta do Sistema FIEB. Acompanhada do slogan “Uma indústria forte, faz a Bahia mais forte”, a marca traduz a filosofia da organização, mantendo o alinhamento com a Confederação Nacional da Indústria (CNI). Os conceitos contidos na marca – modernidade, integração e dinâmica – traduzem uma instituição que atua pelo desenvolvimento e competitividade da indústria com educação básica e continuada; formação profissional e ensino superior de excelência; ações de qualidade de vida, segurança e saúde no trabalho; desenvolvimento empresarial e de carreiras; inovação e defesa de interesses. A nova marca também evidencia cada entidade – SESI, SENAI, IEL e CIEB –, como parte do Sistema Indústria. E para cada uma das entidades também foi criada uma nova marca, a fim de fortalecer os “braços” do Sistema Indústria da Bahia no mercado. [bi]

Angelo Pontes/Coperphoto/Sistema FIEB

Campanha foi veiculada em outdoor, spots de rádio e televisão e buscou reforçar o papel estratégico do Sistema FIEB

Bahia Indústria  27


indicadores  Números da Indústria

Um ano para ser esquecido A atividade industrial caiu 5,6% na Bahia, nos dez primeiros meses de 2015, segundo o IBGE

A

taxa anualizada da produção física da indústria de transformação retrocedeu 5,6% na Bahia, em outubro de 2015, uma queda maior que a registrada em setembro de 2015, de 4%. Apesar da piora, a Bahia manteve-se no 6º lugar no ranking dos 14 estados que participam da Pesquisa Industrial Mensal da Produção-R, do qual apenas Mato Grosso apresentou resultado positivo (4%) e Espírito Santo manteve-se estável. Os demais estados registraram resultados negativos: Amazonas (-15,3%), Rio Grande do Sul (-10,4%), São Paulo (-10,4%), Rio de Janeiro (-9,4%), Minas Gerais (-9,3%), Ceará (-8,4%), Paraná (-7,4%), Santa Catarina (-7,2%), Bahia (-5,6%), Pernambuco (-3,7%), Pará (-3%) e Goiás (-0,4%). Na Bahia, dos 11 segmentos pesquisados, apenas quatro apresentaram resultados positivos: Veículos Automotores (12,5%), Couro e Calçados (2,7%), Celulose e Papel (1,7%) e Borracha e Plástico (1%). Em sentido contrário, apresentaram retração os segmentos: Equipamentos de Informática (-52%), Metalurgia (-16%), Refino de Petróleo e Biocombustíveis (-10,9%), Minerais não Metálicos (-10%), Bebidas (-3,6%), Produtos Químicos (-3,3%) e Alimentos (-2,5%).

aumento e queda Na comparação de outubro de 2015 com igual mês do ano anterior, a produção física da indústria de transformação baiana apresentou queda de 9,1%. Apenas três dos 11 segmentos industriais da Bahia apresentaram resultados positivos: Bebidas (10,9%), Metalurgia (4,5%, maior produção de barras, perfis e vergalhões de cobre e de ligas de cobre) e Borracha e Plástico (0,1%). Apresentaram resultados negativos: Equipamentos de Informática (-56,6%, queda na fabricação computadores pessoais de mesa, laptops, notebook, handhelds, tablets, DVD, home theater integrado e semelhantes); Veículos Automotores (-24,1%, ex28  Bahia Indústria

plicado pela menor fabricação de automóveis); Minerais não Metálicos (-15,6%, massa de concreto preparada para construção, argamassas e cimentos “Portland”); Produtos Químicos (-10,1%, pela menor produção de polietileno de alta densidade, princípios ativos para herbicidas, PVC, adubos ou fertilizantes com nitrogênio, fósforo e potássio, Butadieno não-saturado, e misturas de alquilbenzenos ou de alquilnaftalenos); Couro e Calçados (-6%); Alimentos (-2,8%); Refino de Petróleo e Biocombustíveis (-6,9%, recuo na fabricação de óleos combustíveis, naftas para petroquímica, parafina e óleo diesel) e Celulose e Papel (-16,9%). No acumulado dos dez primeiros meses de 2015, em comparação a igual período de 2014, verifica-se uma queda de 6,5% na produção da indústria de transformação baiana. Tal desempenho foi determinado pelo resultado dos seguintes segmentos: Equipamentos de Informática (-54,8%, queda na fabricação de computadores pessoais de mesa, DVD,


home theather e semelhantes); Metalurgia (-14,1%, pela menor fabricação de barras, perfis e vergalhões de cobre e de ligas de cobre, lingotes, blocos e placas de aços ao carbono, vergalhões de aços ao carbono, fio-máquina de aços ao carbono e ferrocromo); Refino de Petróleo e Biocombustíveis (-13,7%, menor produção de óleos combustíveis, óleo diesel, gasolina automotiva e naftas para petroquímica); Minerais não Metálicos (-10,5%); Bebidas (-4,6%); Produtos Químicos (-4,8%, menor produção de polietileno de alta densidade, de PVC, de princípios ativos para herbicidas e amoníaco); e Alimentos (-2,8%). Apresentaram resultado positivo: Veículos Automotores (16,3%, maior produção de automóveis e painéis para instrumentos de veículos automotores); Celulose e Papel (1,7%); Couro e Calçados (1,2%) e Borracha e Plástico (0,3%).

bahia: pim-pf de Agosto 2015

Variação (%)

Setores out15/out14 Jan-out15/ Nov14-out15/ Jan-out14 nov13-out14

Indústria de Transformação

-9,1

-6,5

-5,6

-6,9

-13,7

-10,9

Produtos químicos

-10,1

-4,8

-3,3

Veículos automotores

-24,1

16,3

12,5

Refino de petróleo e biocombustíveis

Alimentos

-2,8 -3,7 -2,5

Celulose e papel Borracha e plástico Metalurgia

-16,9

1,7

1,7

0,1

0,3

1,0

4,5 -14,1 -16,0

Couro e Calçados

-6,0

1,2

2,7

Minerais não metálicos

-15,6

-10,5

-10,0

Equipamentos de Informática

-56,6

-54,8

-52,0

Bebidas

10,9 -4,6 -3,6

Extrativa Mineral

-5,6

-4,9

-4,2

Fonte IBGE; elaboração Fieb/SDI

desaquecimento O setor industrial (brasileiro e baiano) registra um período de desaquecimento, refletindo a conjuntura doméstica de recessão. Do ponto de vista estadual, o desempenho negativo de outubro ainda é reflexo dos resultados negativos dos segmentos de Refino de Petróleo e Biocombustíveis, Metalurgia e Minerais não metálicos. Por outro lado, destacam-se os resultados positivos dos setores de Celulose e o de Calçados, mais voltados à exportação. Quanto às perspectivas para 2015, há poucos elementos para uma recuperação da indústria nacional. A estimativa de mercado é de queda da atividade industrial de 7,6% (relatório do Banco Central) este

ano, e em 2016 (-2,4%). Alguns indicadores ilustram as dificuldades enfrentadas pela economia nacional: (i) inflação elevada (o IPCA acumula alta de 9,62% no ano até novembro e de 10,48% em 12 meses, contra um teto de meta de inflação de 6,5% para todo o ano de 2015); (ii) constante elevação da taxa de juros, com a Selic já alcançando 14,25%; e (iii) crescimento do desemprego – segundo a Pesquisa Mensal de Emprego – IBGE, em outubro de 2015, a taxa de desemprego na Região Metropolitana de Salvador passou de 13%, em setembro de 2015, para 12,8%, em outubro de 2015 (-0,2 pp). Por outro lado, a depreciação do Real pode ser um alento para o setor exportador. [bi]

Bahia - Produção Fisica da indústria de Transformação (2012-2015) 2014

115 110 2013

105 100 95

2015

90 85 80 75

DEZ

NOV

OUT

SET

AGO

JUL

JUN

MAI

ABR

MAR

FEV

JAN

70

Fonte: IBGE; elaboração Fieb/SDI. Nota: Exclusive a indústria extrativa mineral; base = 100 (média 2012)

Bahia Indústria  29


painel

Angelo Pontes/Coperphoto/Sistema Fieb

IEL firma parceria com Fundação Dom Cabral O IEL/BA, em parceria com a Fundação Dom Cabral, vai oferecer curso de Gestão de Negócios para jovens executivos. As aulas estão previstas para iniciar em março. Proposta pelo Conselho de Jovens Lideranças da FIEB, a capacitação tem como objetivo o desenvolvimento das empresas por meio da qualificação de executivos. As empresas associadas contam com condição especial para participar do curso. Informações: (71) 3343-1495 e (71) 3343-1226 ou pelo e-mail educaiel@fieb.org.br.

Programa de encadeamento produtivo é lançado em Feira de Santana Cerca de 50 empresas fornecedoras de serviços industriais serão beneficiadas com o Programa Encadeamento Produtivo Multiâncoras de Feira de Santana, lançado dia 13.11, no auditório do SENAI. O programa é resultado da parceria entre o Centro das Indústrias de Feira de Santana, o IEL e o Sebrae. IEL e Sebrae vão coordenar ações com o objetivo de desenvolver empresas fornecedoras de micro e pequeno portes, de dez áreas de atuação da região.

Embaixadora Patricia Cárdenas foi recebida pelo presidente da FIEB

FIEB recebe visita da embaixadora da Colômbia A embaixadora da Colômbia no Brasil, Patricia Cárdenas, esteve na FIEB, dia 6.11, para falar sobre oportunidades de parcerias e negócios com o setor industrial baiano. Recebida pelo presidente da casa, Ricardo Alban, e pelo superintendente de Desenvolvimento Industrial da FIEB, Marcus Verhine, ela mostrou interesse em ampliar a cooperação comercial com o estado. Alban citou alguns dos segmentos que, apesar da crise, estão em expansão no estado, a exemplo do agronegócio e da área de energias renováveis, além de apresentar a estrutura que o Sistema Indústria oferece como apoio ao desenvolvimento de projetos e produtos.

Angelo Pontes/Coperphoto/Sistema Fieb

SESI e Sinduscon discutem SST

Consultora do SENAI apresentou o material

Quinto ciclo do Inova Moda é apresentado na Bahia Com o objetivo de trazer informação de futuro para o empresário de confecção do estado, fator determinante para a elevação da competitividade da indústria, foi apresentado, dia 3.11, no SENAI Cimatec, o Caderno Inova Moda Ciclo 5 - Verão 2016|17. A publicação é fruto de pesquisa colaborativa e multidisciplinar, realizada por colaboradores da REDE SENAI Têxtil e Confecção, em convênio com o Sebrae.

30  Bahia Indústria

O Sinduscon-BA realizou a 3ª edição do evento Discutindo Segurança e Saúde no Trabalho na Construção. Na ocasião, o presidente Carlos Henrique Passos sugeriu à Superintendência Regional do Trabalho e Emprego, a realização de uma ação conjunta do Ministério do Trabalho, CREA e sindicatos, de combate à construção informal. Passos destacou que o sindicato conta agora, graças a um convênio com o SESI-BA, com os serviços de um engenheiro de segurança no trabalho nas instalações da entidade.

Empresários baianos participam do ENAI Delegação da FIEB, composta por presidentes de sindicatos, empresários, gestores e executivos, participou do Encontro Nacional da Indústria, dias 11 e 12.11, em Brasília. Com o tema Brasil: Ajustes e Correções de Rota, o evento promovido pela CNI focou a crise econômica e os entraves à competitividade. “O ENAI é um momento para avaliar os desafios impostos à competitividade, especialmente os elementos que compõem o Custo Brasil. Precisamos construir um ambiente favorável aos negócios para que o empresário se sinta estimulado e seguro para investir”, disse o presidente da FIEB, Ricardo Alban, durante o evento.


SENAI e Fiocruz assinam acordo de cooperação técnica Com o objetivo de formalizar a cooperação técnicocientífica visando o desenvolvimento de programas, projetos e atividades, o SENAI Bahia e a Fiocruz, por meio do Centro de Pesquisa Gonçalo Muniz, assinaram acordo dia 17.11. As instituições, que já desenvolvem projetos em parceria, principalmente dentro do SENAI Cimatec, poderão expandir a parceria no campo da pesquisa, ensino, desenvolvimento tecnológico, produção, informação técnico-científica, assistência à saúde, qualidade e meio-ambiente. Um deles está no campo de Big Data aplicada à saúde, o qual tem como principal ferramenta o supercomputador Yemoja.

Ação do SESI e Rede Globo atendeu mais de 7 mil pessoas em Salvador Salvador recebeu no dia 4.12, a última edição do Bem Estar Global 2015, iniciativa idealizada pela Rede Globo, com parceria do SESI e apoio da TV Bahia. Realizado na Praça Osório Villas Boas, antiga sede do Bahia, na Boca do Rio, o projeto, que reuniu 11.500 pessoas e realizou 7 mil atendimentos, misturou diversão e informação com a presença de artistas. O SESI reuniu para essa ação 20 parceiros, que disponibilizaram serviços gratuitos de saúde para a comunidade.

Agenda Salvador discutiu sustentabilidade A sustentabilidade foi o tema principal do Fórum Agenda Salvador, realizado na FIEB dia 12.11, pelo jornal Correio com apoio da Prefeitura de Salvador e da Câmara Municipal. A iniciativa foi elogiada pelo 1° vice-presidente da FIEB, Carlos Gantois, que destacou a importância de se discutir boas ideias para superar problemas, especialmente neste momento de crise. “É preciso investir no binômio inovação/empreendedorismo para que a terceira capital do país encontre caminhos para o desenvolvimento”, afirmou. O prefeito de Salvador ACM Neto lembrou que a capital passou muitos anos sem planejamento, com crescimento desordenado e muitos de seus problemas são decorrentes do baixo desenvolvimento.

Divulgação Suzano

Ato reuniu autoridades e marcou o lançamento da nova unidade

Teixeira de Freitas ganhará unidade do SESI/SENAI Foi lançada, no dia 4 de novembro, a pedra fundamental do Centro de Educação Formal do SESI/SENAI em Teixeira de Freitas, um moderno centro de educação formal e profissional no extremo sul da Bahia. O ato reuniu representantes da Suzano Papel e Celulose, da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB) e do Ministério Público do Trabalho (MPT). Com previsão de conclusão em 2017, a expectativa é que 1.100 jovens sejam atendidos na unidade durante os dois primeiros anos de funcionamento. O centro de formação beneficiará moradores de nove municípios do extremo sul da Bahia com cursos de educação formal e profissionalizantes. A obra é fruto do acordo judicial firmado entre a Suzano e MPT, que permitiu a destinação do terreno e dos recursos para a realização da obra. Caberá ao SESI e ao SENAI equipar e manter o centro de formação. valter Pontes/Coperphoto/Sistema Fieb

Manhã da Inovação • O Serviço Social da Indústria (SESI), em parceria com o Projeto GAIA (Grupo de Apoio à Inovação e Aprendizagem em Sistemas Organizacionais) realizaram a palestra Inovação, Produtividade e Qualidade de Vida: Métodos de Baixo Custo para Superação dos Desafios Atuais. O evento aconteceu no SESI Rio Vermelho, no dia 11 de novembro.

Bahia Indústria  31


jurídico

A desconsideração da personalidade jurídica

Lei institui Programa de Proteção ao Emprego A Lei Federal nº 13.189/15, instituiu o Programa de Proteção ao Emprego, que tem, dentre outros objetivos, a preservação dos empregos em momentos de retração e a recuperação econômicofinanceira das empresas. De acordo com a norma, podem aderir ao Programa empresas que celebrarem acordo coletivo de trabalho específico de redução temporária de jornada de até 30% e de salário, não podendo ser inferior ao valor do salário mínimo, com prioridade para as que demonstrarem o cumprimento da cota de pessoas com deficiência.

Por vANEIDE sOUZA

Um dos aspectos mais relevantes das alterações no Código de Processo Civil diz respeito à desconsideração da personalidade jurídica. O instituto já era previsto no nosso ordenamento civil, entretanto, a partir da vigência do novo CPC será estabelecido o procedimento específico para sua configuração. A personalidade jurídica é a aptidão genérica para contrair obrigações e titularizar direitos, possibilitando à empresa, após o registro do ato constitutivo, a sua inserção no mundo jurídico. Configura-se como um instrumento essencial ao desenvolvimento da atividade econômica, para o exercício do direito de propriedade e da sua função social. A desconsideração da personalidade jurídica consiste numa medida que autoriza a responsabilização direta dos sócios por dívidas contraídas pela sociedade, quando há indícios de abusos ou desrespeito à legislação. O instituto visa a coibir fraudes no exercício da atividade econômica, para evitar que através da personalidade jurídica se pratiquem atos aparentemente lícitos, que ocultam ato ilegal de sócio em nome da sociedade, visando, em geral, ao locupletamento pessoal do mesmo. Assim, poderá ser determinada a desconsideração da personalidade jurídica pelo juízo, quando verificada a utilização abusiva da personalidade jurídica, em flagrante violação à ordem econô32  Bahia Indústria

mica e ao direito de propriedade. A medida somente deve incidir quanto ao patrimônio do sócio que tenha praticado o ilícito. O Novo CPC inovou ao garantir o direito ao contraditório e ao enquadrar o instituto como sanção, obrigando à observância do devido processo legal para sua aplicação (art. 134,§4º). Sendo regra processual, aplicar-se-á aos processos em curso no Poder Judiciário, a partir de sua vigência. O incidente da desconsideração será admissível em qualquer fase do processo, podendo ser instaurado a pedido da parte ou do Ministério Público. O sócio será citado para manifestar-se quanto ao pleito, requerendo as provas que julgar necessárias. Após a instrução do processo, deverá ser proferida a decisão interlocutória, de deferimento ou não da medida, passível de recurso quando proferida pelo relator. A nova redação do CPC apesar de estabelecer o procedimento legal para a desconsideração da personalidade jurídica, apresenta conceitos jurídicos indeterminados, não especificando de forma objetiva as hipóteses para sua aplicação. Todavia, a regulamentação do instituto é um avanço no ordenamento pátrio, notadamente, quanto à previsão do direito ao contraditório, pois a invasão patrimonial sem a defesa do titular dos bens que se almeja atingir, configura-se como mitigação à própria ordem jurídica.

Alterada norma sobre escrituração contábil digital

VANEIDE SOUZA integra a equipe da Gerência Jurídica da FIEB

A Instrução Normativa RFB nº 1.594/15 alterou a IN RFB nº 1.420/13. Dentre as principais alterações, destacam-se a determinação de que não estão obrigados a adotar a ECD optantes do Simples Nacional, órgãos públicos, autarquias e fundações públicas e pessoas jurídicas que permaneceram inativas no ano-calendário de 2014; bem como a obrigatoriedade da ECD ser transmitida anualmente ao SPED até o último dia útil do mês de maio do ano seguinte ao anocalendário a que se refira à escrituração.


ideias

Alterações na Lei do ICMS impõem novas penalidades aos empresários Por Leila VilaS bOAS

O momento de crise, com inflação, dólar e inadimplência em alta, soma-se a uma tendência brasileira: o aumento da tributação. Para não fugir à regra, temos a nova Lei 13.461/2015, publicada no dia 11/12/2015, que traz o novo aumento da alíquota interna do ICMS de 17% para 18%. Como se não bastasse o aumento da alíquota, a lei prevê, também, cobrança de multa pela Secretaria da Fazenda do Estado da Bahia (Sefaz) nos casos de existência de divergências na Escrituração Fiscal Digital (EFD) do contribuinte. A Escrituração Fiscal Digital é um projeto do Sistema Público de Escrituração Digital (Sped) e constitui-se em um arquivo digital com um conjunto de informações referentes às operações, prestações de serviços e apuração de impostos do contribuinte. Referida declaração substitui os Livros Fiscais de Entradas, Saídas, Registro de Inventário, Apuração do ICMS/IPI e CIAP. Ocorre que, considerando que o número de informações ali disposto é enorme, é óbvia a possibilidade do envio da declaração com erros. É nesta falha que o Estado resolve atacar. A mesma Lei que altera alíquotas, aumentando a carga tributária, também insere a possibilidade de cobrança de multas por divergências no arquivo EFD. A penalidade na forma ali prevista, disposta no artigo 2º, será aplicada por período de apuração mensal. Ora, os erros/

divergências de um período de apuração poderão, em muitos casos, refletir nos meses subsequentes, gerando divergências no período de apuração posterior, ocasionando multas em cascata por todo o exercício social. Um erro ou divergência ocorrido no mês de janeiro, por exemplo, acometerá ao contribuinte 12 multas sucessivas, por um único engano cometido. Por exemplo, em valores, caso o contribuinte tenha uma única divergência, poderá pagar no ano R$ 5.520, conforme previsto no projeto. Vale o alerta de que a referida multa pode alcançar, inclusive, R$ 22.080 ao ano, a depender do número de divergências apresentadas. Importa ressaltar que, na maioria das vezes, o próprio sistema validador de transmissão do arquivo digital (PVA) não consegue identificar as inconsistências do documento digital. Ou seja, o pequeno e médio contribuinte, que não dispõe de sistemas informatizados para identificar e validar os arquivos, serão taxados por falhas que sequer interferem no cálculo do valor devido do ICMS mensal. A Sefaz estadual também está autorizada a cobrar taxa de R$ 10 do contribuinte pela emissão do Danfe-Contingência, por documento emitido. O Danfe em contingência foi a opção dada pela Sefaz para suprir falhas de conexão e oferecer ao contribuinte a possibilidade de emitir a Nota Fiscal Eletrônica, mesmo quando o software emissor não conseguir efetuar conexão com os webservices do estado do contribuinte. Agora veja que não há qualquer custo para a Sefaz com a referida emissão, visto que o documento é impresso pelo próprio contribuinte, em ambiente off-line. Ou seja, com custo ou sem custo, o contribuinte será taxado, caso tenha a necessidade de utilizar o documento. É unânime a opinião de que a carga tributária brasileira é alta, das maiores do mundo, e que o retorno é imensamente baixo, muito aquém do que pagamos. Por este motivo, não podemos deixar que os desvios gigantescos de recursos públicos, os quais são do conhecimento de todos, tornem-se agora motivos para que a carga tributária aumente ainda mais. [bi]

A mesma Lei que altera alíquotas, aumentando a carga tributária, também insere a possibilidade de cobrança de multas por divergências no arquivo EFD. A penalidade na forma ali prevista, disposta no artigo 2º, será aplicada por período de apuração mensal

Leila Barreto N. Vilas Boas é sócia da Contasso Serviços e membro do CAFT Bahia Indústria  33


leitura&entretenimento fotos Divulgação

teatro Comédia no SESI No mês de janeiro, o Teatro e Varanda do SESI oferecem uma programação especial. O projeto Verão de Comédias traz espetáculos de comédia de diferentes estilos. Na Varanda, o Baile na Varanda traz um aquecimento para a folia carnavalesca. Entre os espetáculos do teatro destaca-se a comédia afro-baiana Feministas de Muzenza, um dos raríssimos espetáculos montados em Salvador com inteligência, humor e crítica mordaz ao sistema de exclusão social. A companhia, formada por atores negros, encena texto de Haidil Linhares e Cleise Mendes, com personagens legítimos depositários de uma cultura repleta de enigmas.

Não perca Teatro SESI, sáb, 20h. Até 31.1. Ingressos: R$ 30 e R$ 15 (meia) R. Borges dos Reis, 9, Rio Vermelho, (71) 3616-7064. Classificação 16 anos

exposição Experimentos de Portinari Um artista em pleno processo criativo, em fase de experimento de seus traços repletos de força e vida. Esse é o pintor Candido Portinari (1903 - 1962) que o público poderá conferir na inédita mostra “Portinari – A Construção de Uma Obra”. Com a curadoria Luiz Fernando Dannemann, a exposição traz à capital mais de 50 estudos do pintor, além de telas a óleo, esboços e desenhos que revelam a alma e a construção da obra do artista plástico paulista. As obras de Portinari serão exibidas em um espaço cenográfico que terá 11 esculturas produzidas pelo artista plástico Sergio Campos, inspiradas em personagens portinarianos. Não perca Caixa Cultural Salvador, ter a dom, das 9h às 18h. Até 31.1.2016. Rua Carlos Gomes, 57, Centro, Salvador. Grátis

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34 Bahia Indústria

Capitalismo revisitado

Sociedade igualitária

Resultado de 15 anos de estudo, O capital no século XXI é apontada como a obra que renovou a visão sobre a dinâmica do capitalismo ao destacar a contradição fundamental da relação entre o crescimento econômico e o rendimento do capital. Para o economista, o capitalismo sem regulamentação não soluciona a desigualdade ampla entre ricos e miseráveis. Ao contrário, concentra a riqueza nas mãos dos menores grupos.

Os pesquisadores Richard Wilkinson e Kate Pickett evidenciaram em um estudo de 30 anos que quase tudo – da expectativa de vida às doenças mentais, da violência ao analfabetismo – é determinado por quão igualitária é uma sociedade, e não pela sua riqueza. O desfecho dessa pesquisa foi um livro que expõe contradições entre o sucesso material e o fracasso social no mundo desenvolvido, mostrando também como encontrar soluções positivas e um futuro promissor.

O nível: Por que uma sociedade mais igualitária é melhor para todos Richard Wilkinson e Kate Pickett Civilização Brasileira, 378p. R$ 45


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5 4 MÓDULO 4 Gestãode Processos (16 horas)

MÓDULO 2 Auto Liderança (08 horas)

MÓDULO 3 Gestão Estratégica (16 horas)

Previsão de início:

Março de 2016 Investimento

R$ 17.000,00 Ou entrada de R$3.000,00 + 7 parcelas R$ 2.000,00 *10% de desconto para associados FIEB e CIEB. **5% de desconto para pagamento à vista

Pré-inscrição e informações: APOIO

REALIZAÇÃO

Bahia Indústria  35


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Por trás do Sistema FIEB, tem a força que move a economia da Bahia. Tem inovação e tecnologia. Tem educação básica e continuada , formação profissional e ensino superior de excelência. Tem qualidade de vida, segurança e saúde no trabalho. Tem desenvolvimento empresarial e de carreiras. Tem um conjunto de ações em defesa da indústria, que promovem seu desenvolvimento e sua competitividade. Por trás do Sistema FIEB, tem tudo que a indústria precisa para abrir portas, ultrapassar barreiras e chegar sempre na frente.


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