Revista Bahia Indústria - Julho/Agosto - 2014

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Bahia Federação das Indústrias do Estado da Bahia - Sistema FIEB

ISSN 1679-2645

Ano XxI nº 232 jul/ago/2014

Interesses setoriais em pauta Indústria, Agricultura e Comércio promoveram encontro com candidatos ao governo



EDITORIAL

O que leva a indústria, agricultura, pecuária, comércio e serviços a se unirem e convidar os principais candidatos ao governo do estado para debater programas de governo? A existência de problemas comuns, que afetam a todos os setores, com grande impacto na competitividade. No último dia do mês de julho, FIEB, Faeb e Fecomércio realizaram, conjuntamente, um encontro com os três principais candidatos ao governo do estado da Bahia. O evento ocorreu em um hotel de Salvador. A escolha de local neutro não foi à toa: a intenção era dar a todos os segmentos envolvidos na iniciativa o mesmo destaque, a mesma dimensão. Lídice da Mata, Paulo Souto e Rui Costa, nesta ordem, puderam apresentar à plateia de empresários o que planejam fazer, caso eleitos, para facilitar a vida das empresas e para atrair novos empreendimentos, tornando a Bahia um espaço mais amigável aos investimentos. E, por sua vez, puderam ouvir as principais demandas do empresariado de todos os portes e de todos os rincões do estado. Do ponto de vista estratégico, a união de forças das três entidades representativas do empresariado mostra ao mundo político que elas pretendem trabalhar coesas no momento de levar adiante suas reivindicações às várias instâncias do poder. Do ponto de vista do planejamento econômico, foi passada ao próximo governador que o principal desafio é direcionar de forma mais efetiva o eixo de desenvolvimento para o interior. Sem perder de vista a necessidade de criar condições para aumentar o grau de competitividade, seja da indústria, seja do agronegócio, seja dos serviços, onde eles estiverem. FIEB, Faeb e Fecomércio, apresentaram aos três candidatos convidados documentos que sintetizam suas principais preocupações e demandas. A Federação das Indústrias editou o documento Uma Agenda para a Indústria da Bahia – 2015-2018, no qual faz um diagnóstico da política industrial e traz proposições sobre assuntos fiscais e tributários, meio ambiente e responsabilidade social, comércio exterior, educação e qualificação, inovação e infraestrutura.

marcelo Gandra/Coperphoto/sistema fieb

Pauta comum na hora de reivindicar

Na área tributária, por exemplo, defende que o ICMS seja ao menos condizente com as alíquotas cobradas em outros estados da federação. Na educação propõe, dentre outras coisas, rever e alterar os currículos do ensino básico, focando nos conteúdos de disciplinas básicas, como português e matemática, além de noções sobre empreendedorismo. A agenda da FIEB se detém na questão da infraestrutura, incluindo logística, energia, telecomunicações, saneamento e distritos industriais. Para estes últimos, prega a revitalização, como forma de atrair novos investimentos e de manter indústrias no interior. Na avaliação geral, o encontro com candidatos foi um sucesso. É o que o leitor verá na reportagem de capa desta edição.

Carlos Gilberto Farias apresentou as demandas da indústria

FIEB, Faeb e Fecomércio unemse para apresentar demandas aos principais candidatos ao governo da Bahia


Unidades do Sistema FIEB Para informações sobre a atuação e os serviços oferecidos pelas entidades do Sistema FIEB, entre em contato SESI – Serviço Social da Indústria Sede: 3343-1301

@Educação de Jovens e Adultos – RMS: (71) 3343-1429

@Responsabilidade Social: (71) 3343-1490 @Camaçari: (71) 3205 1801 / 3205 1805 @Candeias: (71) 3601-2013 / 3601-1513 @Itapagipe: (71) 3254-9930 @Itaigara: (71) 3444-4250 / 4251 / 4253 @Lucaia: (71) 3205-1801 @Piatã: (71) 3503 7401 @Retiro: (71) 3234 8200 / 3234 8221 @Rio Vermelho: (71) 3616 7080 / 3616 7081 @Simões Filho: (71) 3296-9300 / 3296-9330 @Eunápolis: (73) 8822-1125 @Feira de Santana: (75) 3602 9762 @Sul: (73) 3639 9331 / 3639 9326 @Jequié: (73) 3526-5518 @Norte: (74) 2102-7114 / 2102 7133 @Valença: (75) 3641 3040 @Sudoeste: (77) 3422-2939 @Oeste: (77) 3628-2080

SENAI – Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial Sede: 71 3534-8090

@Cimatec: (71) 3534-8090 @Dendezeiros: (71) 3534-8090 @Cetind: (71) 3534-8090 @Feira de Santana: (75) 3229-9100 @Ilhéus: (73) 3639-9300 @Luís Eduardo Magalhães: (77) 3628-5609 @Barreiras: (77) 3612-2188

IEL – Instituto Euvaldo Lodi Sede: 71 3343-1384/1328/1256 @Barreiras: (77) 3611-6136 @Camaçari: (71) 3621- 0774 @Eunápolis: (73) 3281- 7954 @Feira de Santana: (75) 3229- 9150 @Ilhéus: (73) 3639-1720 @Itabuna: 3613-5805 @Jacobina: (74) 3621-3502 @Juazeiro: (74) 2102-7114 @Teixeira de Freitas: (73) 3291-0621 @Vitória da Conquista: (77) 3424-2558

CIEB - Centro das Indústrias do Estado da Bahia Sede: (71) 3343-1214 sistema fieb nas mídias sociais

Bahia

FIEB

CIEB

Presidente Carlos Gilberto Cavalcante Farias. 1° Vi-

PRESIDENTE Carlos Gilberto Cavalcante Farias. 1º

ce-Presidente Antonio Ricardo Alvarez Alban. Vice-

VICE- PRESIDENTE Reginaldo Rossi. 2º VICE- PRESI-

-Presidentes Carlos Henrique Jorge Gantois; Josair

DENTE Jorge Emanuel Reis Cajazeira. 3º VICE- PRESI-

Santos Bastos; Mário Augusto Rocha Pithon; Edison Virginio Nogueira Correia. Diretores Titulares Eduardo Catharino Gordilho; Alberto Cánovas Ruiz; Eduardo Meirelles Valente; Renata Lomanto Carneiro Müller; Leovegildo Oliveira de Sousa; Fernando Luiz Fernandes; Juan Jose Rosario Lorenzo; Theofilo de Menezes Neto; José Carlos Telles Soares; Angelo Calmon de Sá Junior; Jefferson Noya Costa Lima; Fernando Alberto Fraga; Alexi Pelagio Gonçalves Portela Junior; Luiz Fernando Kunrath. Diretores Suplentes João Schaun Schnitman; Mauricio Toledo de Freitas; Guilherme Moura Costa e Costa; Gladston José Dantas Campêlo; Waldomiro Vidal de Araújo Filho; Cleber Guimarães Bastos; Jorge Catharino Gordilho; Marcelo Passos de Araújo; Antonio Geraldo Moraes Pires; Roberto Mário Dantas Farias

conselhos

DENTE Carlos Antonio Borges Cohim da Silva. DIRETORES TITULARES Arlene Aparecida Vilpert; Benedito

Almeida Carneiro Filho; Cleber Guimarães Bastos; Luiz da Costa Neto; Luis Fernando Galvão de Almeida; Marcelo Passos de Araújo; Mauricio Lassmann; Paula Cristina Cánovas Amorin; Roberto Fiamenghi; Thomas Campagna Kunrath; Walter José Papi; Wesley Kelly Felix Carvalho; DIRETORES SUPLENTES Antonio Fernando Suzart Almeida; Carlos Antônio Unterberger Cerentini; Décio Alves Barreto Junior; Fernando Elias Salamoni Cassis; Hilton Moraes Lima; Jorge Robledo de Oliveira Chiachio; José Luiz Poças Leitão Filho; Mauricio Carvalho Campos; Sudário Martins da Costa; CONSELHO FISCAL – EFETIVOS Luiz Augusto Gantois de Carvalho; Rafael Cardoso Valente; Roberto Ibrahim Uehbe; CONSELHO FISCAL – SUPLENTES Felipe Pôrto dos Anjos; Rodolpho Caribé de Araújo Pinho Neto; Thiago Motta da Costa.

Conselho da Micro e Pequena Empresa Industrial Carlos Henrique Jorge Gantois; Conselho de Assuntos Fiscais e Tributários

Mário Augusto

Rocha Pithon; Conselho de Comércio Exterior Angelo Calmon de Sá Junior; Conselho de Economia e Desenvolvimento Industrial Antonio Sergio Alipio; Conselho de Infraestrutura Marcos Galindo Pereira Lopes; Conselho de Inovação e Tecnologia José Luis Gonçalves de Almeida; Conselho de Meio Ambiente Jorge Emanuel Reis Cajazeira; Conselho de Relações Trabalhistas Homero Ruben Rocha Arandas; Conselho de Responsabilidade Social Empresarial Marconi Andraos Oliveira; Comitê de Jovens Lideranças Industriais Eduardo Faria Daltro; Comitê de Petróleo e Gás Humberto Campos Rangel; Comitê de Portos Sérgio Fraga Santos Faria

SESI Presidente do Conselho e Diretor Regional

Editada pela Superintendência de Comunicação Institucional do Sistema Fieb Editorial Mônica Mello, Cleber Borges e Patrícia Moreira. Coordenação editorial Cleber Borges. Editora Patrícia Moreira. reportagem Patrícia Moreira, Carolina Mendonça, Marta Erhardt, Luciane Vivas e Surenã Dias (estagiário). Projeto Gráfico e Diagramação Ana Clélia Rebouças. fotografia Coperphoto. Ilustração e Infografia Bamboo Editora. Impressão Gráfica Trio. Conselho

FEDERAÇÃO DAS INDÚSTRIAS DO ESTADO DA BAHIA

Rua Edístio Pondé, 342 – Stiep, CEP.: 41770-395 / Fone: 71 3343-1280 www.fieb.org.br/bahia_industria_online

Carlos Gilberto Farias. Superintendente Armando da Costa Neto

SENAI

As opiniões contidas em artigos assinados não refletem necessariamente o pensamento da FIEB.

Presidente do Conselho Carlos Gilberto Farias. Diretor Regional Leone Peter Andrade

Filiada à

IEL Presidente do Conselho e Diretor Regional

Carlos Gilberto Farias. Superintendente Evandro Mazo Diretor Executivo do Sistema FIEB

Vladson Menezes

Sindicatos filiados à FIEB Sindicato da Indústria do Açúcar e do Álcool no Estado da Bahia, sindacucarba@fieb.org.br / Sindicato da Indústria de Fiação e Tecelagem no Estado da Bahia, sindifiteba@fieb.org.br / Sindicato da Indústria do tabaco no Estado da Bahia, sinditabaco@ fieb.org.br / Sindicato da Indústria do Curtimento de Couros e Peles no Estado da Bahia, sindicouroba@fieb.org.br / Sindicato da Indústria do Vestuário de Salvador, Lauro de Freitas, Simões Filho, Candeias, Camaçari, Dias D’ávila e Santo Amaro, sindvest@ fieb.org.br / Sindicato das Indústrias Gráficas do Estado da Bahia, sigeb@terra.com.br / Sindicato da Indústria de Extração de Óleos Vegetais e Animais e de Produtos de Cacau e Balas no Estado da Bahia, sindioleosba@fieb.org.br / Sindicato da Indústria da Cerveja e de Bebidas em Geral no Estado da Bahia, sindcerba@bol.com.br / Sindicato das Indústrias do Papel, Celulose, Papelão, Pasta de Madeira para Papel e Artefatos de Papel e Papelão no Estado da Bahia, sindpacel@hotmail.com / Sindicato das Indústrias do Trigo, Milho, Mandioca e de Massas Alimentícias e de Biscoitos no Estado da Bahia, sindtrigoba@fieb.org.br / Sindicato da Indústria de Mineração de Calcário, Cal e Gesso do Estado da Bahia, sindicalba@fieb.org.br / Sindicato da Indústria da Construção do Estado da Bahia, secretaria@sinduscon-ba.com.br / Sindicato da Indústria de Calçados, seus Componentes e Artefatos no Estado da Bahia, sindcalcadosba@fieb.org.br / Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico do Estado da Bahia, simmeb@uol.com.br / Sindicato das Indústrias de Cerâmica e Olaria do Estado da Bahia, sindicerba@ig.com.br / Sindicato das Indústrias de Sabões, Detergentes e Produtos de Limpeza em geral e Velas do Estado da Bahia, sindisaboesba@ fieb.org.br / Sindicato das Indústrias de Serrarias, Carpintarias, Tanoarias e Marcenarias de Salvador, Simões Filho, Lauro de Freitas, Camaçari, Dias D’ávila, Sto. Antônio de Jesus, Feira de Santana e Valença, sindiscamba@fieb.org.br / Sindicato das Indústrias de Fibras Vegetais no Estado da Bahia, sindifibrasba@fieb.org.br / Sindicato da Indústria de Panificação e Confeitaria da Cidade do Salvador, sindpanssa@uol.com.br / Sindicato da Indústria de Produtos Químicos, Petroquímicos e Resinas Sintéticas do Estado da Bahia, sinpeq@coficpolo.com.br / Sindicato da Indústria de Material Plástico do Estado da Bahia, sindiplasba@sindiplasba.org.br / Sindicato da Indústria de Produtos de Cimento no Estado da Bahia, sinprocimba@fieb.org.br / Sindicato da Indústria de Mineração de Pedra Britada do Estado da Bahia, sindbrit@svn.com.br / Sindicato das Indústrias de Produtos Químicos para Fins Industriais e de Produtos Farmacêuticos do Estado da Bahia, adm@quimbahia.com.br / Sindicato da Indústria de Mármores, Granitos e Similares do Estado da Bahia, simagranba@fieb.org.br / Sindicato da Indústria Alimentar de Congelados, Sorvetes, Sucos, Concentrados e Liofilizados do Estado da Bahia, sindsucosba@fieb.org.br / Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados do Estado da Bahia, sincarba@fieb.org.br / Sindicato da Indústria do Vestuário da Região de Feira de Santana, sindvestfeira@fbter.org.br / Sindicato da Indústria do Mobiliário do Estado da Bahia, moveba@fieb.org.br / Sindicato da Indústria de Refrigeração, Aquecimento e Tratamento de Ar do Estado da Bahia, sindratar@gmail.com.br / Sindicato das Indústrias de Construção Civil de Itabuna e Ilhéus, valmirsb@yahoo.com.br / Sindicato das Indústrias de Café do Estado da Bahia, sincafeba@fieb.org.br / Sindicato das Indústrias de Laticínios e Produtos Derivados do Estado da Bahia, sindileite@fieb. org.br / Sindicato das Indústrias de Aparelhos Elétricos, Eletrônicos, Computadores, Informática e Similares dos Municípios de Ilhéus e Itabuna, sinec@sinec.org.br / Sindicato das Indústrias de Construção de Sistemas de Telecomunicações do Estado da Bahia, anaelisabete@telenge.com.br / Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de Feira de Santana, simmefs@simmefs.com.br / Sindicato das Indústrias de Reparação de Veículos e Acessórios do Estado da Bahia, sindirepaba@sindirepabahia.com.br / Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores, sindipecas@ sindipecas.org.br / Sindicato das Indústrias de Fibras Vegetais no Estado da Bahia, sindifibrasba@fieb.org.br / Sindicato das Indústrias de Cosméticos e de Perfumaria do Estado da Bahia, sindcosmetic@fieb.org.br / Sindicato das Indústrias de Artefatos de Plásticos, Borrachas, Têxteis, Produtos Médicos Hospitalares, sindiplast@gmail.com / Sindicato Patronal das Indústrias de Cerâmicas Vermelhas e Brancas para Construção e Olarias da Região Sudoeste e Oeste da Bahia sindiceso@gmail.com

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sumário jul/ago 2014 marcelo Gandra/Coperphoto/Sistema FIEB

14 Agendas setoriais Empresários e lideranças da FIEB, Faeb e Fecomércio apresentaram as demandas de cada setor aos candidatos ao governo

Ilustração Gentil

23 marcelo Gandra/Coperphoto

Roberto Abreu/Coperphoto

marcelo Gandra/Coperphoto

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Quinta do crédito

CIEB tem nova direção

SENAI amplia oferta de ensino técnico em Alagoinhas

Dilma Rousseff elogia o SENAI Cimatec

FIEB, Caixa e Sebrae lançam serviço de apoio as pequenas indústrias

Carlos Gilberto Farias, presidirá o CIEB até 2018, tendo Reginaldo Rossi como 1º vice

Escola, inaugurada em agosto, tem capacidade para 4 mil alunos por ano e recebeu investimentos de R$ 600 mil em obras e na aquisição de equipamentos

Presidente Dilma Rousseff visitou os laboratórios do SENAI Cimatec, aprovou o nível educacional da instituição e disse que vai replicar o modelo integrado de ensino


FIEB, Sebrae e Caixa criam serviço Quinta do Crédito Iniciativa visa apoiar as micro, pequenas e médias empresas industriais com suporte à contratação de crédito por Patrícia Moreira

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om o intuito de apoiar e contribuir para o aumento da competitividade das micro, pequenas e médias empresas (MPME) industriais, a Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB) assinou, no início de agosto, termo de cooperação com a Caixa Econômica Federal (Caixa) e o Sebrae-Ba que institui a Quinta do Crédito. Iniciativa inovadora da FIEB, o projeto, que está vinculado à Gerência de Estudos Técnicos da Superintendência de Desenvolvimento Industrial, visa auxiliar as MPME na contratação de operações de crédito. Graças à parceria, o Sebrae entra com o serviço de orientação ao empresário sobre plano de negócio, plano de investimentos e avaliação do perfil do negócio, enquanto que a Caixa atua na concessão do crédito propriamente dita, orientando sobre

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as melhores opções para o perfil da empresa e indicação das taxas de juros mais competitivas. A parceria foi formalizada em solenidade realizada na sede da FIEB e contou com a presença do ministro das Cidades, Gilberto Occhi. Assinaram o termo de cooperação o presidente da FIEB, o superintendente do Sebrae-Ba, Edival Passos, e o vice-presidente de Varejo da Caixa, José Henrique Marques da Cruz. Também participaram da solenidade o superintendente nacional da Caixa, Odilon Soares, e o presidente da Federação do Comércio (Fecomércio), Carlos Andrade. De acordo com o presidente da FIEB, Carlos Gilberto Farias, a ideia de oferecer uma solução de atendimento ágil na área de concessão de crédito para os micro, pequenos e médios empresários industriais surgiu quando ele ainda estava em

campanha pela presidência da FIEB e o atual ministro das Cidades ocupava o posto de superintendente regional da Caixa. “O Ministro Gilberto Occhi é o padrinho dessa ideia e é com grande alegria que hoje estamos aqui para selar este compromisso”, destacou. “Uma das prioridades da nossa gestão à frente do Sistema FIEB é concentrar esforços para aumentar a competitividade das micro, pequenas e médias empresas industriais da Bahia. É a partir dessa perspectiva que estamos formalizando essa parceria, resultado da uma bem-sucedida articulação entre a FIEB e as duas instituições parceiras”, acrescentou Carlos Gilberto Farias.

AFINIDADE DE INTERESSES O vice-presidente da Caixa José Henrique Cruz destacou a afinidade de interesses entre as instituições. “Para nós, este acordo vai trazer uma condição melhor de estarmos mais próximos das micro, pequenas e médias empresas da Bahia, particularmente as indústrias. Ou seja, também tem um viés de desenvolvimento, de emprego e de geração de renda. Então, tem tudo a ver com a missão e com o planejamento da Caixa de ser o banco das micro, pequenas, médias e grandes empresas”.


Solenidade na Fieb marcou a implantação do novo serviço

> Quinta do Crédito, toda quinta-feira, das 9 às 17 horas, na FIEB

Cruz também ressaltou o fato de que a iniciativa vai proporcionar uma maior agilidade na concessão de crédito a estes empresários, bem como reforçar o papel da instituição no fomento ao desenvolvimento. O superintendente do Sebrae Bahia, Edival Passos, que já desenvolve outras ações em parceria com a FIEB, apoiando, por exemplo, o programa de interiorização, elogiou a Quinta do Crédito, classificando-a como uma iniciativa “inovadora e extremamente importante”. “O Sebrae está pronto para prestar mais este serviço para as empresas industriais, implantando um atendimento individualizado de orientação sobre viabilidade na contratação de crédito”, acrescentou. O vice-presidente da FIEB para as Micro e Pequenas Empresas e coordenador do Conselho dedicado às MPME (Compem) na Federação, Carlos Gantois, lembrou que a demanda pelo aporte de capital é uma das maiores dificuldades para os empresários do segmento. “A assinatura desse convênio é fundamental para estas empresas e esperamos que ela represente o início de novas iniciativas para a indústria por parte da FIEB, tornando-a mais forte, coesa e mais bem representada no seu segmento”. O atendimento aos empresários teve início no dia 21 de agosto. Toda quinta-feira é oferecida consultoria individualizada, realizada por profissionais da Caixa e do Sebrae, que orientam sobre os mecanismos de qualificação com vistas à obtenção de crédito. O Termo de Cooperação ficará em vigor até dezembro de 2015 e a proposta é que sejam atendidas por ano 240 empresas industriais. [bi]

fotos marcelo gandra/coperphoto/sistema fieb

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Nova diretoria do CIEB toma posse Carlos Gilberto Farias defende que a entidade seja mais um vetor do programa de interiorização da FIEB

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nova diretoria do Centro das Indústrias do Estado da Bahia (CIEB) tomou posse no dia 28 de agosto, reafirmando o propósito de fortalecer a representação sindical e apoiar a efetivação do programa de Interiorização da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB). O presidente da FIEB, Carlos Gilberto Farias, vai dirigir a entidade no quadriênio 2014-2018. Também fazem parte da nova diretoria Reginaldo Rossi, 1º vice-presidente; Jorge Cajazeira, 2º vice-presidente; e Carlos Antonio Cohim Silva, 3º vice-presidente. “Queremos que o Centro das Indústrias ocupe um lugar de des-

taque e seja mais um instrumento para a consolidação do Programa de Interiorização e para o atendimento aos micro, pequenos e médios empresários baianos”, ressaltou Farias, durante a cerimônia de posse, realizada na sede da FIEB. O primeiro vice-presidente, Reginaldo Rossi, destacou que o CIEB é o elo entre as indústrias baianas – especialmente aquelas situadas no interior do estado –, as casas que compõem o Sistema FIEB e parceiros como o Sebrae. Segundo ele, o objetivo é aproximar cada vez mais o Sistema FIEB dos empresários, ouvindo suas necessidades e estimulando-os a participar mais ativamente do pro-

Reginaldo Rossi, 1º vicepresidente do CIEB discursa, ao lado do presidente Carlos Gilberto Farias

Roberto Abreu/coperphoto/Sistema FIEB

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cesso de defesa de interesses. Para isto, o CIEB está estruturando bases nas regiões prioritárias do Programa de Interiorização, com o objetivo de levantar os gargalos e demandas das indústrias para que SESI, SENAI e IEL possam discutir e apresentar soluções. “É através deste trabalho que vamos efetivar o processo de interiorização. Temos que levar capacitação, formação de mão de obra e inovação”, afirmou. Rossi destacou, ainda, que a meta da nova diretoria é ampliar, nos próximos quatro anos, o número de empresas associadas ao CIEB, saltando de 650 para 1,8 mil filiadas. A cerimônia de posse da nova diretoria do CIEB contou com a presença do secretário estadual de Indústria, Comércio e Mineração, James Correia; do diretor de Ciência e Tecnologia da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Rafael Lucchesi; do presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado da Bahia (FAEB), João Martins; da vice-presidente do Tribunal Regional do Trabalho (TRT), desembargadora Nélia de Oliveira Neves; do superintendente do Sebrae, Edival Passos; do presidente da Associação Comercial da Bahia, Marcos Meireles e do deputado estadual Álvaro Gomes. [bi]


circuito

por cleber borges

“O futuro desejado deve condicionar o presente – se quer algo daqui a cinco anos, planeje e faça hoje.” Norberto Odebrecht, falecido em 19.7.2014. Fundou a empresa que leva seu nome e que emprega mais de 180 mil pessoas, em 23 países, de todos os continentes.

Cresce a participação dos importados O Coeficiente de Penetração das Importações, que mede a participação dos produtos importados no consumo nacional, subiu para 21,8% no segundo trimestre do ano, 1,2 ponto percentual a mais em relação ao mesmo período de 2013, maior alta da série histórica, que começou em 2007. O Coeficiente de Exportação, que mostra a importância do mercado externo para a produção da indústria, ficou em 19,2%, estável em relação ao do primeiro trimestre. Segundo o estudo Coeficientes de Abertura Comercial, da Confederação Nacional da Indústria, as importações continuam ganhando importância no mercado interno, mas a indústria brasileira não aumenta suas exportações, o que confirma sua falta de competitividade.

Transição na saída do Simples Mesmo com a sanção presidencial do novo texto da Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas, em 7 de agosto último, ainda há muito o que se fazer para estimular esse segmento no país. Por exemplo, muitos empreendimentos relutam em investir para crescer, por temor de ultrapassar o limite do Simples, o faturamento de R$ 3,6 milhões/ano. Hoje, as indústrias que faturam esse montante pagam R$ 435.960 em impostos/ano pelo Simples. Se o faturamento aumentar apenas um centavo, a empresa pagará R$ 705.967 em impostos, uma alta de 62%, desproporcional ao crescimento da receita. Por essa razão, a indústria nacional sugere a criação de novas faixas de tributação para empreendimentos beneficiados pelo sistema especial.

Balcão único para licenças ambientais Se houvesse um balcão único que concentrasse os procedimentos administrativos para a emissão das licenças ambientais, isso pouparia tempo e restringiria a burocracia. Essa é uma das sugestões da indústria brasileira, encampada pela FIEB, aos candidatos à Presidência da República nas próximas eleições. O setor industrial sugere também a criação de incentivos para empreendimentos que adotem medidas voluntárias de gestão ambiental. Por exemplo, descontos nas taxas e redução no tempo de análise de renovação de licença. Defende, ainda, que a autorização para pesquisas saia junto com o licenciamento.

Indústria propõe criar dez faixas Para estimular o crescimento das indústrias incluídas no Simples, a CNI propõe a criação de dez faixas de faturamento, com aumentos progressivos, até atingir R$ 16 milhões. A partir desse valor, a empresa entraria no regime normal de tributação. “É preciso oferecer um período de experiência mais longo para que os gestores possam se adaptar antes de enfrentarem o ambiente tributário normal. Hoje, a falta da transição desestimula o crescimento”, explica o diretor de Desenvolvimento Industrial da CNI, Carlos Abijaodi. O critério para considerar empresas com renda de até R$ 16 milhões como de pequeno porte já é adotado na concessão de empréstimos pelo BNDES.

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sindicatos Sincar inicia reuniões itinerantes Empresários de frigoríficos estiveram reunidos em Feira de Santana, dia 4 de agosto, para a primeira reunião itinerante do Sindicato das Indústrias de Carnes e Derivados (Sincar-Ba) em 2014. As reuniões têm o intuito de levar informações e discutir soluções para as dificuldades apresentadas e demandas das empresas do interior. A ideia é realizar encontros em cidades estratégicas do estado.

marcelo Gandra/coperphoto/sistema fieb

Sindicosmetic discute regulamento de boas práticas Fabrício Corrêia e Raul Menezes, ex e atual presidentes do Sindicosmetic

Nova diretoria tomou posse

Desafios da representação em debate

Conscientizar o industrial do setor de cosmético e perfumaria para a importância da representação empresarial é o foco da nova diretoria do Sindicato da Indústria de Cosméticos e de Perfumaria do Estado da Bahia, que tomou posse 26 de agosto, para mandato até 2017. Entre as propostas, está a criação de um projeto de certificação dos produtos fabricados pelo setor na Bahia. “O empresário tem que entender o seu papel como ator das mudanças para o setor”, ressaltou o presidente, Raul Menezes.

Com o tema Desafios do líder sindical empresarial, lideranças sindicais das indústrias baianas participaram de encontro, dia 17 de julho, na FIEB. A promoção da defesa de interesses do setor, a mudança na postura de negociação coletiva e a prestação de serviços foram alguns dos pontos abordados pelo consultor da CNI, Luciano Pinheiro. Para ele, “realinhar a atuação dos sindicatos empresariais passa pela mudança de postura dos dirigentes em entender como ampliar a participação das empresas”. No segundo dia do evento, executivos e técnicos participaram do curso O papel do executivo na superação dos desafios do sindicato. Os encontros fazem parte do Programa de Desenvolvimento Associativo, realizado em parceria com a Confederação Nacional da Indústria.

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O presidente do Sindicato da Indústria do Mobiliário (Moveba), João Schnitman, participou, dia 5 de agosto, em Vitória/ES, do Intercâmbio de Lideranças Setoriais da Indústria Moveleira, promovido pela CNI. No encontro, foram apresentadas as boas práticas no setor e discutidas propostas de solução. “A troca de experiências é sempre muito enriquecedora. Sabermos o que os outros sindicatos têm feito e a criação de um grupo de discussão nos farão ter acesso mais rápido às novidades”, destacou o presidente. João Alvarez/Sistema FIEB/Arquivo

Para capacitar empresários e técnicos das indústrias de cosméticos em relação à RDC 48, o Sindicato da Indústria de Cosméticos e de Perfumaria (Sindcosmetic-BA), em parceria com a Abihpec, promoveu, dia 4 de agosto, na FIEB, o seminário Boas Práticas de Fabricação para Produtos de Higiene Pessoal, Cosméticos e Perfumes. A nova resolução da Anvisa valida o regulamento técnico que privilegia a qualidade dos produtos do setor. O consultor da Abihpec, Artur Gradim, traçou um cenário da produção dos cosméticos no país e orientou as empresas sobre como melhor atender à resolução. “Precisamos ter marcas fortes, com qualidade, para que o produto baiano seja valorizado na Bahia”, afirmou o empresário Raul Menezes, presidente do Sindcosmetic.

Moveba participa de intercâmbio de lideranças

João Schnitman representou o Moveba em encontro nacional


Urbino Brito/coperphoto/Sistema FIEB

Sindisabões discute temas de impacto no setor, em Vitória da Conquista Vitória da Conquista sediou, no dia 1º de agosto, o 1º Encontro Sindisabões Regional Sul e Sudeste da Bahia. A iniciativa, do Sindicato das Indústrias de Sabões, Detergentes e Produtos de Limpeza e Velas (Sindisabões-BA), tratou de temas ligados ao setor, buscando soluções conjuntas com órgãos fiscalizadores. Além de empresários, dirigentes do sindicato e da FIEB, o encontro contou com a presença de representantes da Diretoria Regional de Saúde, Vigilância Sanitária, Procon, SESI e Sebrae, e palestras da Divisa/Bahia e do Ibametro. “A ideia é tornar as indústrias de saneantes da Bahia referência nacional na regularização e aplicação das boas práticas de fabricação”, destacou o presidente do Sindisabões, Juan José Rosário Lorenzo.

Sinprocim promove capacitação em tecnologia do concreto e argamassa Objetivando aprimorar as competências técnicas de produção e a produtividade do setor, o Sindicato das Indústrias de Produtos de Cimento (Sinprocim-BA), com o apoio do SENAI, promoveu o curso Tecnologia do Concreto e Argamassa - Aspectos Técnicos e Ensaios. As aulas acontecem duas vezes ao mês, e seguem até 22 de novembro, às sextas e sábados, com as opções de 48h e 80h de carga horária. “Trata-se de um projeto piloto para atender, inicialmente, as indústrias da Região Metropolitana e do Recôncavo e, posteriormente, as das demais regiões”, destacou o presidente do Sinprocim, José Carlos Soares.

Cruz das Almas sedia 44ª Reunião da Cadeia Produtiva do Tabaco O Sindicato das Indústrias de Tabaco, a Câmara Setorial do Charuto da Bahia e o Sindicato dos Trabalhadores da Indústria do Fumo promoveram, no dia 22 de julho, no município de Cruz das Almas, a 44ª Reunião da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Tabaco. O objetivo foi discutir a produção de tabaco no país e as ações desenvolvidas na Bahia em defesa da cadeia produtiva do charuto. A cultura do tabaco sustenta economicamente mais de 30 municípios do Recôncavo Baiano.

Manuel Ventin quer ouvir as demandas dos empresários do interior

Encontro reúne ceramistas baianos Empresários do setor de cerâmica participaram, no dia 24 de julho, do Encontro de Ceramistas do extremo-sul, realizado em Eunápolis. O evento, promovido pelo Sindicato das Indústrias de Cerâmica (Sindicer), em parceira com a FIEB e o Sebrae, discutiu os impactos da fiscalização trabalhista e ambiental para a competitividade do setor. “Fiscalização ambiental e do trabalho são algumas das principais dificuldades enfrentadas atualmente pelos ceramistas da Bahia”, alertou o presidente do Sindicer, Manuel Ventin Ventin. Este foi o primeiro evento de uma série de encontros que serão realizados para levar informações e ouvir demandas das empresas do interior.

Caderno apresenta tendências para o inverno 2015 O Sindicato da Indústria de Vestuário de Feira de Santana e Região (Sindvest/FSA), em parceria com o SENAI e o Sebrae, lançou no dia 24 de julho, na Associação Comercial de Feira de Santana, o Caderno de Macrotendências - Inverno 2015. O catálogo tem por objetivo integrar o calendário fixo de eventos ligados ao setor. “Estamos definindo, junto com o sindicato e o SENAI, um Programa de Oficinas de Moda para serem apresentadas em 2015, juntamente com o caderno”, ressaltou o gestor de projetos do Sebrae, Renato Lisboa. A publicação foi apresentada pela consultora de moda do SENAI, Analívia Lessa, especialista em design e mestranda em Artes Visuais. O tema apresentado para o Inverno 2015, intitulado Intensidade, mostrou a diversidade de tramas e materiais que serão usados na estação mais fria do ano.

Bahia Indústria  11


C

om a oferta de 25 turmas do Pronatec e outras 15 de curso técnico, foi inaugurada Escola do Seviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI), em Alagoinhas, no dia 1º de agosto, pelo presidente da Federação das Indústrias do Estado da Bahia, Carlos Gilberto Cavalcanti Farias, e pelo diretor regional do SENAI Bahia, Leone Peter. Com capacidade anual de formar 4 mil pessoas, incluindo os cursos de curta duração do Pronatec e os cursos técnicos, a escola surge como uma oportunidade de capacitação para jovens e trabalhadores interessados em se preparar para o mercado de trabalho. Entre os cursos técnicos são oferecidas 15 turmas em rede de computadores, logística, segurança do trabalho, mecânica e em eletromecânica, este, oferecido em parceria com a Brasil Kirin. A escola atua nas áreas de petróleo e gás, química, automação, manutenção industrial, gestão de produção, alimentos 12  Bahia Indústria

SENAI inaugura escola em Alagoinhas Estabelecimento com capacidade para 2 mil alunos é voltado para o ensino técnico em áreas como petróleo e gás, química, automação, manutenção industrial e TI Por Patrícia Moreira


Escola do SENAI oferece cursos de capacitação de curta duração e técnicos

fotos Marcelo Gandra/Coperphoto/Sistema FIEB

e bebidas, construção civil, segurança do trabalho e tecnologia da informação. Para dotar a unidade de ensino da infraestrutura adequada, o Sistema FIEB investiu R$ 600 mil nas obras de reforma e na aquisição de equipamentos, que dotaram o prédio da antiga escola técnica municipal de 22 espaços pedagógicos, sendo 16 salas de aula e seis laboratórios (usinagem e soldagem, manutenção e refrigeração, química, informática, automação e instalações prediais), beneficiando as comunidades de Alagoinhas e de cidades como Catu, Pojuca, Esplanada e Entre Rios.

INAUGURAÇÃO A solenidade de inauguração contou com a presença do presidente da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB), Carlos Gilberto Farias, dos vice-presidentes da FIEB, Carlos Gantois, e do CIEB,

Reginaldo Rossi, e do diretor João Schnitman; além do prefeito de Alagoinhas, Paulo Cézar Simões, que esteve acompanhado de secretários municipais. Representando o Sistema FIEB, a comitiva do presidente Carlos Gilberto Farias incluiu, ainda, o diretor regional do SENAI Bahia, Leone Peter, os superintendentes do SESI, Armando Neto, de Engenharia, Rodrigo Alves, e de Desenvolvimento Industrial da FIEB, Marcus Verhine. Em seu discurso, após o descerramento da placa de inauguração, Carlos Gilberto Farias reafirmou as linhas gerais de sua gestão, que tem na interiorização das ações do Sistema FIEB uma de suas prioridades. Ao fazer um balanço de seus 100 dias de gestão, o presidente destacou a intenção de ampliar a presença do SENAI no município com a implantação de uma escola regional. O prefeito Paulo Cézar Simões ressaltou: “Temos um polo de indústrias de bebidas forte, produção de gás natural e precisávamos preparar a cidade para gerar mais oportunidades para a população”. O diretor regional do SENAI, Leone Peter, destacou que a meta do Sistema FIEB é construir Centros de Formação Regional no entorno das Unidades Regionais do SENAI. Como parte também da proposta de expansão do SENAI, dentro do Programa de Interiorização da FIEB, está a implantação de Centros Tecnológicos, que atuarão em rede. O vice-presidente para as micro, pequenas e médias empresas da FIEB, Carlos Gantois, observou que a formação de pessoal qualificado atende à necessidade das corporações, mas sobretudo, das pequenas empresas industriais, que não têm como fazer investimentos em formação de mão de obra. O vice-presidente do CIEB, Reginaldo Rossi, também destacou que o Brasil tem uma dívida com a Bahia com a educação profissional. Ele reafirmou o compromisso de fortalecer as representações sindicais. Bahia Indústria  13


Uma das empresas beneficiadas com a presença do SENAI em Alagoinhas é a Brasil Kirin, que atualmente mantém contrato com a entidade para ministrar cursos de aprendizagem industrial básico (CAI) e curso técnico em manutenção. “Estamos na quarta turma de aprendizes e na primeira de curso técnico em manutenção e já notamos a evolução dos estudantes, que podem experimentar na prática o que é aprendido na teoria. Além disso, antes, estes jovens saíam de Alagoinhas para se capacitar e, agora, temos a oportunidade de reter estes técnicos no município, o que resolve um problema nosso que é a oferta de mão de obra qualificada”, explica o gerente de manutenção da empresa, Sérgio Almeida, que foi aluno do SENAI, nos anos 1980. Outra empresa que está treinando técnicos na escola do SENAI é a Ferrovia Centro Atlântica, por meio da subsidiária VLI. Para Riedson dos Santos Ramos, de 26 anos, que está fazendo curso de auxiliar operacional de manobra de trem, a experiência está sendo excelente. “Estou aproveitando tudo o que posso”, revela.

Sul baiano ganhará unidade integrada Com investimento na ordem de R$18 milhões, unidade integrada da região sul deve ser entregue em outubro de 2015 Por Marta Erhardt

O Perspectiva da fachada da Unidade Integrada de Ilhéus e Itabuna, que vai abrigar os serviços do SESI, SENAI, IEL e CIEB

bras estruturantes de grande porte como a Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol) e o Porto Sul trazem boas perspectivas para a região sul do Estado, que deve ganhar novo impulso econômico nos próximos anos. Neste contexto de desenvolvimento, o Sistema FIEB também anunciou investimento de R$ 18,6 milhões para a construção de uma unidade integrada na região. O complexo, que vai abrigar serviços realizados pelo SESI, SENAI, IEL e CIEB, será construído no km 13 da rodovia BR-415 (trecho entre Ilhéus e Itabuna). A previsão é que o novo equipamento seja entregue em outubro de 2015. O projeto da unidade foi apresentado

pela nova diretoria da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB), durante visita à região, em julho, em encontros com empresários e lideranças da região. “Pretendemos trabalhar muito próximos do setor público, pois entendemos que esta é a melhor forma de conquistar resultados mais efetivos”, pontuou o vice-presidente Ricardo Alban. Ele destacou, ainda, que além das unidades regionais, o Sistema FIEB também vai investir na construção de 25 Centros de Formação Profissional distribuídos em todo o estado. Em Ilhéus, o prefeito Jabes Ribeiro ressaltou a importância da unidade integrada do Sistema divulgação

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Marcelo Gandra/Coperphoto/Sistema FIEB

FIEB para qualificar ainda mais a mão de obra local. Já o prefeito de Itabuna, Claudevane Leite, destacou que o equipamento vai contribuir para a atração de novos investimentos para o sul da Bahia. “A iniciativa é necessária e nos dará a oportunidade de avançar e atrair novos investimentos”, avaliou. É o que também acredita o presidente do Sindicato das Indústrias de Aparelhos Elétricos, Eletrônicos, Computadores, Informática e Similares de Ilhéus e Itabuna (SINEC), William de Araújo. “Estávamos precisando de um empurrão para que possamos desenvolver mais a região. A presença da FIEB mais forte aqui, além dos serviços oferecidos, também vai nos ajudar a defender os interesses das indústrias junto ao poder público”, defendeu. A expectativa é que, com a nova unidade, o Sistema FIEB possa ampliar a sua atuação no sul da Bahia. O SENAI, por exemplo, estima média de 5 mil matrículas anuais em cursos de diversas modalidades em 2016, somente nos municípios de Ilhéus e Itabuna. Segundo o gerente Jurandir Hendler, atualmente, a média anual

é de 4 mil matrículas em toda a região sul. Atualmente, estão em curso no sul e extremo-sul do estado, 31 turmas de Cursos Técnicos, nas áreas de eletrônica, eletromecânica; eletrotécnica; transportes de cargas; celulose e papel; logística; redes de computadores; meio ambiente; segurança do trabalho; e informática.

Instituto de Tecnologia A unidade também vai abrigar um Instituto SENAI de Tecnologia (IST) em Eletroeletrônica, que vai atuar com apoio tecnológico e pesquisa. Empresas da região, principalmente as beneficiadas pela Lei de Informática, já contam com este apoio. O gerente do Centro Tecnológico, Yan de Medeiros, explica que atualmente o SENAI atua com o desenvolvimento de software, mas a partir da nova unidade também terá condição de prestar atendimento nas áreas de Elétrica, Eletrônica e Telecomunicações. Outra novidade é que a região vai contar também com o EBEP, programa que articula o ensino médio do SESI com a educação profissional do SENAI. O IEL também será reforçado com o novo equipa-

Presidente visitou fábrica da Bahia Vidros Temperados em Santo Antonio de Jesus

mento. A gerente da instituição, Fernanda Moreira, ressalta que, com a unidade integrada, a instituição terá mais estrutura para promover treinamentos. O IEL atua no sul da Bahia com desenvolvimento de carreiras e atendimento empresarial. Na área de estágio e formação de talentos, a instituição alocou mais de 13 mil estudantes em estágio, desde 2011. Na área de capacitação empresarial e apoio à inovação, a instituição capacitou mais de 800 líderes e executivos de 2012 até junho de 2014. A instituição apoia as indústrias da região por meio de projetos como o Programa de Qualificação de Fornecedores (PQF), o Projeto Jogo da Inovação (JOIN) e o Procompi Mineração. Até 2015, o IEL pretende levar também para a região sul o Projeto Extensão Industrial Exportadora (PEIEX), projeto de capacitação para empresas com potencial para a exportação, criado em 2009 pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos do Brasil (Apex-Brasil).

Santo Antonio de Jesus Outro município que será beneficiado com uma presença mais forte do Sistema FIEB é Santo Antonio de Jesus, que irá ganhar uma unidade integrada do SESI/SENAI. O anúncio foi feito, no dia 22, durante visita do presidente Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB), Carlos Gilberto Farias ao município. Pela manhã, a comitiva da FIEB visitou o Showroom da Indústria, conheceu a unidade de produção e as obras de ampliação do laboratório farmacêutico Natulab, a fábrica Bahia Vidros Temperados e a unidade da Reconflex. [bi] Bahia Indústria  15


Pauta Un s Federações das Indústrias (FIEB), do Comércio (Fecomércio) e da Agricultura (Faeb) da Bahia promoveram, no dia 31 de julho, o Encontro Setores Produtivos e Candidatos ao Governo do Estado, que reuniu os candidatos Lídice da Mata (PSB), Paulo Souto (DEM) e Rui Costa (PT). Cada postulante respondeu a perguntas formuladas por representantes das três instituições, apresentou seu plano de governo e as propostas para as áreas produtivas, além de receber um documento contendo as demandas de cada setor. Para o presidente da Federação das Indústrias, Carlos Gilberto Farias, o encontro foi um êxito. “Conseguimos reunir as três federações e os candidatos ao governo para discutir propostas que são transversais a todos os setores e isso, além de uma iniciativa inédita, é muito importante para conhecer suas propostas e apresentar nossas reivindicações e expectativas em relação ao próximo governo”. Defensor de uma política voltada para interiorização da indústria e o apoio às micro, pequenas e médias empresas, o presidente da FIEB acredita que o próximo governador da Bahia terá como desafio direcionar de forma mais efetiva o eixo de desenvolvimento para o interior, isso não apenas para atender à indústria, como também aos setores da agricultura e do comércio baiano, que são atividades transversais. Na avaliação do presidente da Federação da Agricultura, João Martins, o evento serviu para convencer as três grandes federações do estado a trabalharem juntas. “Procuramos mostrar ao futuro governador que nós agora vamos trabalhar unidos e nossas reivindicações vão ser levadas em conjunto. Isso nos 16  Bahia Indústria

FIEB, Faeb e Fecomércio apresentam demandas a candidatos ao governo e conhecem principais propostas para setor produtivo Por carolina mendonça


nificada marcelo gandra/Coperphoto/Sistema FIEB

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dará mais força para reivindicar. Estamos mostrando que o segmento produtivo não pode mais trabalhar isoladamente. Essa é a nossa proposta e nós tivemos êxito”, afirmou. O presidente da Federação do Comércio, Carlos Andrade, lembrou que a proposta das três federações foi se fazer ouvir pelos candidatos ao governo. “Essa interação que as federações estão propondo é importante para que o próximo governador ouça nossas reivindicações e nós temos muito a contribuir”. A avaliação dos candidatos foi igualmente positiva. “Fiquei muito satisfeito por ver uma integração entre as três federações, por eles apresentarem sugestões efetivas para o governo e me comprometi a aprofundar ao máximo esse diálogo, propondo até a criação de uma agência de promoção de investimentos para a Bahia, com a participação das três federações e a governança do estado. As federações deram prova de uma intenção efetiva de participar mais ativamente do desenvolvimento econômico do estado”, observou Paulo Souto. Para o candidato governista Rui Costa, o encontro foi importante para que pudesse apresentar suas propostas nas áreas de infraestrutura, logística e qualificação. Na sua avaliação, o fim da guerra fiscal exigirá do governo uma política voltada para melhorar a competitividade do setor produtivo. Costa defende, ainda, que seja mantido um diálogo permanente e regular com o setor produtivo para assegurar o desenvolvimento do estado. Lídice falou sobre a pauta apresentada pelas federações e disse ter constatado que ela está alinha18  Bahia Indústria

da com suas propostas de governo. Ela identificou uma unanimidade no diagnóstico da economia baiana feito pelas federações, que aponta uma alta de concentração dos setores produtivos na macrorregião de Salvador. Por isso, considera que o grande desafio da Bahia é a sua integração econômica.

Demandas No evento, as três federações oficializaram a entrega de uma agenda, contendo as reivindicações e sugestões de cada setor, como forma de contribuir para a formulação das políticas públicas

Conseguimos reunir as três federações e os candidatos ao governo para discutir propostas transversais a todos os setores e isso, além de uma iniciativa inédita, é importante para conhecer suas propostas e apresentar nossas expectativas Carlos Gilberto Farias, presidente da FIEB


Marcelo Gandra/Coperphoto/Sistema FIEB

O candidato Paulo Souto, ao lado dos presidentes da Faeb, FIEB e Fecomércio

da próxima administração estadual. Entre os itens apresentados, há pontos comuns, como as questões que envolvem infraestrutura e logística (melhoria da malha viária, ferrovias e portos), desburocratização e a necessidade de mais investimentos em inovação e tecnologia. No documento entregue pela FIEB, tiveram destaque as propostas de melhoria de rodovias e portos, construção de novas ferrovias e canais de escoamento da produção, a fim de garantir competitividade; redução de alíquotas tributárias; capacitação e inovação tecnológica; e uma política diferenciada para as MPME, incluindo simplificação de documentos exigidos, redução de prazos para abertura e licenciamento de novos negócios e também de tributos; flexibilização do crédito; e tratamento diferenciado de órgãos estaduais, a exemplo da Divisa e Ibametro.

O presidente da instituição ressaltou, também, a importância das reformas estruturais nacionais para o crescimento da indústria e a modernização da economia brasileira. “O papel do governo federal é crucial na criação de um ambiente favorável aos investimentos, atuando no controle das contas públicas e na aplicação de recursos em questões prioritárias”, defendeu Carlos Gilberto Farias. Para a Faeb, entre os vários temas levantados, destacam-se a questão do semiárido; insegurança jurídica, por conta das disputas por terra; a retomada da assistência técnica e a importância dos investimentos em tecnologia e inovação; capacitação profissional; defesa sanitária; a criação de um sistema informatizado de dados sobre agricultura e pecuária; e incentivos à internacionalização de mercados. “Essas ideias foram elaboradas a partir de uma ampla pesquisa, realizada ao longo de três meses, que mobilizou nossa rede de sindicatos de produtores rurais, diversas instituições e entidades ligadas ao setor, além de cooperativas, associações e produtores rurais de todo o estado”, explicou o presidente da Federação da Agricultura, João Martins. Já a Fecomércio apresentou uma agenda para o comércio de bens, serviços e turismo, ressaltando que, na Bahia, o setor responde por 66% do PIB e pela maioria dos empregos formais gerados no estado. “O segmento está ampliando sua importância na economia baiana. Neste sentido, é fundamental que o governo do estado ouça as propostas e reivindicações no momento de estabelecer uma política que atenda às expectativas”, afirmou o presidente da Federação do Comércio, Carlos Andrade. As principais demandas do setor, de caráter pulverizado e multifacetado, foram resumidas em: melhor infraestrutura e mobilidade urbana; política tributária justa; acessibilidade a linhas de crédito, especialmente para as empresas de pequeno porte; redução da burocracia; estímulo à inovação e empreendedorismo; e atração de novos investimentos para o estado.

Propostas Primeira convidada a falar, Lídice da Mata destacou que a economia baiana cresceu, mas que os números não se refletiram em avanços no desenvolvimento social, já que a produção continua concentrada em algumas regiões do estado. “Para se ter uma ideia, cerca de 370 municípios baianos representam apenas 15% da produção. O dado se materializa na Bahia Indústria  19


» Principais propostas dos candidatos

Lídice da Mata

Paulo Souto

Rui Costa

Indústria » Fortalecimento dos distritos industriais com melhoria da infraestrutura » Elaboração de planos diretores para o entorno de grandes obras, a exemplo da FIOL e do Porto Sul, a fim de atender a diversas cadeias produtivas.

Indústria » Medidas compensatórias para os estados nordestinos diante do fim da guerra fiscal » Melhora dos distritos industriais do interior

Indústria » Estruturação de um Polo Industrial do Recôncavo (próximo ao Estaleiro São Roque) e adensamento de cadeias produtivas. » Recuperação e construção de novas vias, a exemplo de um ramal ferroviário que ligará Belo Horizonte (MG), Feira de Santana (BA) e o Porto de Aratu.

Agricultura e Pecuária » Criar a agência de desenvolvimento para o oeste da Bahia » Ações mais efetivas para o Semiárido baiano, a exemplo de um corredor ecológico, a fim de garantir os recursos hídricos da região, já escassos. Comércio » Fim do ICMS antecipado para as MPME » Interiorização do turismo Transversais » Escola de Tempo Integral » PNAIC estadual (Programa Nacional de Alfabetização na Idade Certa)

Agricultura e Pecuária » Sistema de produção próprio para o Semiárido, com utilização de pouca água, (a exemplo da criação de animais de pequeno porte) » Agilizar processos de licenciamento ambiental e regularização fundiária. Comércio » Repensar o Centro de Convenções » Criação de um Programa Estadual de Logística e Transporte (PELT) Transversais » Planejamento de médio e longo prazos » Agência de atração de investimentos para a Bahia

Agricultura e Pecuária » Replanejamento da assistência técnica e diálogo com as universidades públicas para transferência de tecnologia » Complexos logísticos ao longo da FIOL, nos entroncamentos da ferrovia com as BR (101, em Itabuna, 116, em Jequié, entre outros trechos) Comércio » Mobilidade: nova organização da RMS no que se refere à locomoção » Deslocamento da rodoviária para a BR-324 Transversais » Fundo de Desenvolvimento do Nordeste » 150 mil matrículas de ensino profissionalizante na rede estadual


fotos Marcelo Gandra/Coperphoto/Sistema FIEB

enorme desigualdade social que ainda temos no estado”, afirmou. A candidata destacou a importância do investimento em educação e planejamento para mudar este cenário. Ela propôs a criação de uma agência de desenvolvimento para o oeste da Bahia e ações mais efetivas para o Semiárido baiano. Lídice propôs o fim do ICMS antecipado para as MPME, defendeu o fortalecimento dos distritos industriais e a elaboração de planos diretores para o entorno de grandes obras, a exemplo da FIOL e do Porto Sul. Além disso, mostrou-se favorável à estadualização dos portos da Bahia. Já Rui Costa apresentou as obras de mobilidade urbana e de infraestrutura viária que pretende tocar, a exemplo de um ramal ferroviário que ligará Belo Horizonte (MG), Feira de Santana (BA) e o Porto de Aratu. Ele afirmou que a Bahia enfrenta um desafio orçamentário, por conta dos gastos com a previdência dos servidores estaduais e a baixa arrecadação, mas que o estado voltou a ter planejamento e que uma segunda etapa desta política prevê o desenvolvimento de polos dinamizadores da economia baiana, com projetos articulados entre si. “É preciso dar estes saltos de efeito dominó”, enfatizou. O candidato defendeu o adensamento das cadeias

Lídice da Mata (esquerda) e Rui Costa apresentaram suas propostas aos empresários dos três setores

produtivas, a criação de um Fundo de Desenvolvimento do Nordeste; uma nova malha viária no entorno de Feira de Santana, a fim de fazer da região um grande complexo logístico; e a estruturação de um Polo Industrial do Recôncavo, a partir do funcionamento do Estaleiro. O candidato do DEM fez críticas à gestão atual e afirmou que a Bahia vem perdendo competitividade. Paulo Souto reconheceu a dificuldade de atrair “inteligências” para os quadros técnicos do governo e disse que conta com as federações para uma administração participativa, caso seja eleito. “Acho que este diálogo com os setores produtivos deve ser permanente”, afirmou. Souto defendeu uma reforma administrativa, a fim de modernizar a gestão pública, aproximando-a da gestão empresarial, além de maiores investimentos em infraestrutura. Ele propôs a criação de um Programa Estadual de Logística e Transporte (PELT) e de uma agência de desenvolvimento e atração de investimentos com um modelo de governança compartilhado entre o estado e a iniciativa privada. Com o fim da guerra fiscal, o candidato afirmou que é preciso dialogar com o governo federal no sentido de se estabelecer medidas compensatórias para os estados nordestinos. [bi] Bahia Indústria  21


conselhos

FIEB e Lide promovem Fórum em novembro Visando contribuir para o desenvolvimento da indústria no estado e proporcionar oportunidades reais de investimentos, acontecerá, nos dias 13 e 14 de novembro, o Fórum de Oportunidades de Investimentos na Bahia. O encontro acontecerá no auditório da FIEB, que promove o evento, juntamente com o Grupo de Líderes Empresariais da Bahia (Lide). A iniciativa é do Lide e do Conselho de Economia e Desenvolvimento Industrial (Cedin). Em paralelo, acontecerão workshops e uma feira de negócios para facilitar o contato de empresas de diversos portes com potenciais investidores.

Marcelo Gandra/Coperphoto/Sistema FIEB

João Dória Jr., presidente do Lide

Seminário sobre Produção Mais Limpa e Consumo Responsável abre a programação da solenidade de entrega da 11ª Edição do Prêmio FIEB Desempenho Ambiental que acontece no dia 18 de setembro, no auditório da FIEB com a presença de personalidades da indústria e os candidatos que disputam as cinco categorias da premiação. A iniciativa tem por objetivo reconhecer, estimular e premiar empresas que se destacam na promoção de atividades que contribuem para a melhoria contínua de seus processos produtivos, proporcionando o aumento da produtividade e da competitividade, utilizando menos recursos e reduzindo o impacto negativo no meio ambiente. Nesta edição cada um dos ganhadores das 5 modalidades receberá a quantia de R$ 5.000 como prêmio. Esta é uma ação conjunta dos Conselhos de Meio Ambiente (Comam) e de Responsabilidade Social (Cores) da FIEB. Aberta às micro, pequenas, médias e grandes empresas, a premiação apresenta como tema Resíduos Sólidos: como tratar o descarte de pneus, pilhas, plásticos e outros objetos de uso comum, conforme o que está previsto na Política Nacional de Resíduos Sólidos.

Bahia Indústria

As indústrias instaladas na Região Norte/Nordeste tiveram restabelecido o direito ao gozo do incentivo de redução do IRPJ pelo prazo de 10 anos. A legislação anterior reduzia gradativamente esse prazo de 9 anos (em 2015) para 5 anos (em 2018). A conquista resulta de mobilização do Conselho de Assuntos Fiscais e Tributários (Caft), que levou a questão à CNI. Outra iniciativa do Caft foi a criação de um Grupo de Trabalho para discutir o processo de fiscalização e as autuações lavradas pelo Ibametro, tendo em vista a aplicação de penalidades excessivas e a violação aos princípios do devido processo legal e da segurança jurídica.

Competitividade da indústria de gás foi debatida na FIEB

Prêmio FIEB Desempenho Ambiental chega à 11ª edição com novidades

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Mobilização garante continuidade de redução do IRPJ às indústrias

O Seminário Agenda da Indústria para a Competitividade do Gás foi realizado no dia 25 de agosto, em Salvador, com o objetivo de discutir as demandas e propostas do setor para o desenvolvimento do mercado do gás natural de maneira competitiva e sustentável. Encontros semelhantes também estão sendo organizados no Rio de Janeiro, Minas Gerais e Santa Catarina. Os resultados desse trabalho serão apresentados às equipes dos principais candidatos à Presidência da República em seminário a ser realizado em Brasília, em setembro. O seminário é uma iniciativa da CNI e do Projeto + Gás Brasil, em parceria com a FIEB, por meio do Comitê de Petróleo e Gás (CPG).

Conselho de Relações Trabalhistas debate negociações coletivas Com o objetivo de aprofundar o debate sobre a modernização do sistema trabalhista brasileiro, o Conselho de Relações Trabalhistas da FIEB realiza em setembro o evento “Negociações Coletivas de Trabalho”, no auditório da FIEB. O evento é voltado para empresários, diretores, executivos e negociadores de sindicatos da indústria, gerentes de RH e responsáveis pelas áreas de relações trabalhistas nas empresas. A programação contará com palestra do advogado e consultor, Marcelo Lomelino, que vai falar sobre “Negociação Coletiva como instrumento para modernização das relações trabalhistas no Brasil”.


Cimatec: qualidade impressiona presidente Dilma Rousseff conhece projetos de ponta e quer replicar modelo integrado em outros institutos do país Marcelo Gandra/Coperphoto/Sistema FIEB

É um centro de excelência, tanto no aspecto da qualificação profissional, quanto em relação à pesquisa e desenvolvimento tecnológico”, afirmou a presidente Dilma Roussef, após visitar a unidade do SENAI em Salvador, no dia 29 de agosto. Ela percorreu laboratórios do Cimatec, na companhia do ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Clélio Campolina Diniz, do governador Jaques Wagner e do presidente da FIEB, Carlos Gilberto Farias. “O que se vê aqui está na linha do que estamos tentando desenhar, que são plataformas do conhecimento integrando atividade produtiva e conhecimento científico. Uma estrutura como a do Cimatec tem um papel central na mediação da modernização do parque industrial brasileiro”, disse o ministro. Dilma viu de perto o desenvolvimento de projetos de ponta, como os das áreas de polímeros e robótica. A presidente conheceu peças automotivas, objetos, pisos, paredes e revestimentos de madeira plástica, produzidos a partir da combinação do material com fibras de sisal e coco, casca de arroz e outros resíduos que seriam descartados no meio ambiente. “Os itens têm ótima resistência e podem ser utilizados em construções do Minha Casa, Minha Vida, por exemplo”, explicou o diretor do SENAI-BA, Leone Andrade. Já no Instituto Brasileiro de Robótica, que funciona na unidade, ela se interessou particularmente pelo Flat Fish, um submarino não tripulado que vai monitorar dutos e instalações de plataformas do pré-sal em grande profundidade, além de um robô que inspeciona redes de energia de alta tensão, por onde passam cargas de até 500 mil volts. Ex-ministra de Minas e Energia, Dilma disse que já tinha visto robôs semelhantes, porém maiores e com menos mobilidade. “Nesta visita, a presidente observou que o que é feito aqui terá um efeito multiplicador importante para os 26 institutos de inovação e tecnologia que o go-

Leone Peter, Carlos Gilberto Farias e Dilma Rousseff

verno federal está implantando no Brasil”, pontuou o presidente da FIEB, Carlos Gilberto Farias. Dilma ainda cumprimentou alunos do Pronatec e do Ensino Básico Articulado com Educação Profissional (EBEP), estudantes do SESI que fazem curso técnico no SENAI. Após a visita, Dilma recebeu a imprensa e, para os jornalistas, refez os elogios ao Cimatec: “Saio daqui muito impressionada com esse centro do SENAI, que merece ser replicado em todo o País. O Brasil precisa de estruturas como esta para, de fato, modernizar a indústria e diminuir o custo da pesquisa”, pontuou. [bi] Bahia Indústria  23


Método SESI/SENAI de ensinar inglês Programa Conexão Mundo usa as redes sociais e promove etapas presenciais com monitores americanos Por Patrícia Moreira

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urante um mês, entre julho e agosto, os 156 estudantes do SESI, que integram as turmas do EBEP (Ensino Básico Articulado com Educação Profissional) e os 50 dos cursos técnicos do SENAI participaram de um processo de aprendizagem intensivo de inglês, com a vinda de 17 monitores americanos. Trata-se do programa Conexão Mundo, que promove o ensino de inglês utilizando as redes sociais e que está presente em 31 cidades, de 18 estados, com a participação de quase 2 mil alunos do SESI e do SENAI em todo o país. A metodologia das aulas, desenvolvida em parceria com a ONG americana US-Brazil Connect, prevê duas etapas presenciais, sendo uma delas com a vinda dos monitores ao Brasil, e a outra, ao final do curso, que premia os melhores alunos com uma viagem de um mês aos Estados Unidos. Os monitores americanos desembarcaram na Bahia no dia 16 de julho e permaneceram até 13 de agosto, quando retornaram aos Estados Unidos. Durante o período em que permaneceram nas escolas do SESI Piatã e do SENAI Cimatec, os estudantes matricula-

24  Bahia Indústria

Fotos Marcelo Gandra/Coperphoto/Sistema FIEB

dos tiveram quatro horas diárias de inglês, no turno oposto ao das aulas convencionais. Os estudantes do SESI estão inscritos no módulo básico do Conexão Mundo, enquanto os do SENAI cursam o módulo avançado. “SENAI e SESI estão fazendo o seu papel de dar aos seus estudantes a oportunidade de aprendizado do inglês, que é indispensável na área de tecnologia e inovação”, afirma Greta Moreira, gerente de Escola Técnica do SENAI. Para Cristina Andrade, gerente do SESI Piatã, “em um contexto em que o domínio da segunda língua tem peso, o Conexão Mundo contribui para a

proficiência do inglês”, destaca. Cada monitor é responsável por uma turma de, em média, 12 alunos. Ao final do programa, 5% dos que mais se destacarem – 8 estudantes do SESI e 3 do SENAI – farão intercâmbio nos Estados Unidos e passarão um mês no país, em janeiro de 2015.

PROJETO INOVADOR De acordo com Nathalia Mendes, do SENAI Nacional, que participou da solenidade que marcou o início da fase presencial do programa na Bahia, o Conexão Mundo é um projeto inovador. “A segunda língua é fundamental pa-

Estudantes na recepção aos monitores para a etapa presencial do Conexão Mundo, no SESI Piatã


ra o mercado de trabalho e o programa consegue este resultado já no Ensino Médio”, observou. Se para os alunos do SESI e SENAI a experiência é enriquecedora, ela não é menos impactante na vida dos monitores. De acordo com a coordenadora do grupo Nancy Sonnenfeld, os monitores se esforçaram muito para arrecadar recursos para custear a viagem ao Brasil. Os voluntários têm entre 19 e 22 anos e apenas um deles tem 50 anos. Lauren Prebenda, uma das voluntárias, explicou que esta foi uma das melhores experiências da vida dela. “Aprendemos juntos, é um grande momento para nós”, disse. O Conexão Mundo é coordenado no SENAI por Janaísa Viscardi, que lembra o objetivo principal que é oferecer aos alunos mais uma oportunidade de serem bem-sucedidos no mercado de trabalho. “Para entrar na indústria, os que falam inglês e têm melhor formação são os que têm mais espaço e os melhores car-

gos”, lembra. Para Karla Andrade, coordenadora do programa pelo SESI, o mês de convivência com os monitores americanos faz com que os estudantes cresçam muito. Para ela, a convivência contribuiu para melhorar a autoestima dos estudantes. “Eles se sentem capazes de conseguir realizar seus sonhos”, acrescenta. Para Nathalia Fernandes, 18, estudante do curso técnico de Petroquímica do SENAI e que cursa o módulo avançado do programa, este é o caminho para uma bolsa do Ciências Sem Fronteiras. Nathalia conta que para ela, a fase presencial é a alma do programa. [bi]

SENAI e SESI estão fazendo o seu papel de dar aos seus estudantes a oportunidade de aprendizado do inglês, que é indispensável na área de tecnologia e inovação Greta Moreira, gerente de Escola Técnica do SENAI

Bahia Indústria  25


indicadores  Números da Indústria

Piora no desempenho da produção em junho A Bahia foi um dos nove estados em que a produção da indústria caiu, de acordo com pesquisa realizada pelo IBGE

A

produção física da indústria de transformação da Bahia apresentou queda de 0,4% na taxa anualizada, registrada em junho de 2014 (período de julho/2013- junho/2014, em relação a julho/2012-junho/2013). Foi um resultado

26  Bahia Indústria

bem abaixo do registrado em maio de 2014 (1,7%), conforme a Pesquisa Industrial Mensal Produção Física Regional* (PIMPF-R), do IBGE. No ranking dos 14 estados que participam da PIMPF-R, nove apresentaram desempenho positivo: Amazonas (5,3%), Ceará (4,7%), Mato Grosso (3,7%), Goiás (3,4%), Rio Grande do Sul (2,4%), Pernambuco (2,1%), Pará (1,9%), Santa Catarina (0,5%) e Paraná (0,3%). Os outros cinco estados registraram resultados negativos: além da Bahia (-0,4%), Espírito Santo (-3,0%), Rio de Janeiro (-2,5%), Minas Gerais (-2,2%) e São Paulo (-1,8%). Na Bahia, dos onze segmentos pesquisados, quatro apresentaram resultados positivos: Refino de Pe-

tróleo e Biocombustíveis (6,9%), Metalurgia (6,8%), Minerais não Metálicos (2,1%) e Alimentos (0,8%). Por outro lado, registraram retração os segmentos de Equipamentos de Informática (-27,6%), Veículos Automotores (-15,2%), Couro e Calçados (-7,8%), Bebidas (-6,5%), Celulose e Papel (-2,2%), Produtos Químicos (-1,0%) e Borracha e Plástico (-0,2%).

QUEDA EXPRESSIVA Na comparação de junho de 2014 com igual mês do ano anterior, a produção física da indústria de transformação baiana apresentou queda de 12,9%. Quatro dos onze segmentos pesquisados apresentaram resultados positivos: Couro e Calçados (10,9%), Borracha e Plástico (4,1%), Alimentos (1,9%), Refino de Petróleo e Biocombustíveis (0,1%). Apresentaram retração os segmentos: Veículos Automotores (-80,2%, redução na produção em todos os produtos investigados no setor, com destaque para a menor fabricação de automóveis, decorrente da concessão de férias coletivas em unidade produtiva local), Equipamentos de Informática (-41,5%, redução na fabricação de computadores pessoais de mesa), Metalurgia (-11,3%, queda na produção de barras, perfis e vergalhões de cobre e de ligas de


BAHIA - PRODUÇÃO FÍSICA DA INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO (2012 - 2014) 125 120 115 110

2014 2013

105 100 95 90

2012

85

DEZ

NOV

OUT

SET

AGO

JUL

JUN

MAI

ABR

MAR

FEV

JAN

80

Fonte: IBGE; elaboração Fieb/SDI. Nota: Exclusive a indústria extrativa mineral (CNAE 10, 11, 13 e 14); base = 100 (média 2012)

cobre), Bebidas (-8,1%), Produtos Químicos (-3,2%, com menor produção de xilenos, benzenos, misturas de alquibenzenos ou de alquinaftalenos, princípios ativos para herbicidas, ureia e amônia), Celulose e Papel (-2,6%) e Minerais não Metálicos (-1,8%). Tendo em conta o acumulado do primeiro semestre deste ano, em comparação a igual período de 2013, verifica-se uma queda de 5,1% na produção da indústria de transformação baiana. Tal desempenho foi determinado pelo resultado dos seguintes segmentos: Equipamentos de Informática (-43,2%, menor produção de computadores pessoais de mesa e portáteis), Veículos Automotores (-34,3%, com menor produção de automóveis), Couro e Calçados (-7,5%, menor produção de tênis de material sintético e calçado de plástico moldado de uso feminino), Bebidas (-6,2%), Metalurgia (-5,3%, menor produção de barras, perfis e vergalhões de cobre e de ligas de cobre), Minerais não Metálicos (-2,7%), Celulose e Papel (-1,8%). Por outro lado, houve expansão da produção nos segmentos: Produtos Químicos (4,5%, maior produção de ureia, amônia, misturas de alquilbenzenos ou de alquilnaftalenos e polietileno de alta densidade); Refino de Petróleo e Biocombustíveis (3,2%, maior produção de óleo diesel e óleos combustíveis), Alimentos (2,2%); e Borracha e Plástico (0,5%). De modo geral, os setores industriais brasileiro e baiano enfrentam um ano de grande dificuldade com o desaquecimento dos mercados interno e externo. A despeito desse contexto, os segmentos Refino de Petróleo e Biocombustíveis e Metalurgia seguem apresentando resultados positivos. [bi]

bahia: pim-pf de maio de 2014 Setores jun14/jun13

Indústria de Transformação

Variação (%)

Jan-jun14/ jul13-jun14/ Jan-jun13 jul12-jun13

-12,9

-5,1

-0,4

Refino de petróleo e biocombustíveis 0,1

3,2

6,9

Produtos químicos

-3,2

4,5

-1,0

-80,2

-34,3

-15,2

Veículos automotores Alimentos

1,9 2,2 0,8

Celulose e papel

-2,6

-1,8

-2,2

Borracha e plástico

4,1

0,5

-0,2

Metalurgia

-11,3 -5,3 6,8

Couro e Calçados

10,9

-7,5

Minerais não metálicos

-1,8

-2,7

2,1

Equipamentos de Informática

-41,5

-43,2

-27,6

Bebidas

-8,1 -6,2 -6,5

Extrativa Mineral

1,1

4,6

-7,8

2,7

Fonte IBGE; elaboração Fieb/SDI

* A partir de maio de 2014 tem início a divulgação da nova série da PIM-PF. A reformulação teve como objetivos: atualizar a amostra de atividades, produtos e informantes; elaborar uma nova estrutura de ponderação dos índices com base em estatísticas industriais mais recentes; adotar, na PIM-PF, as novas classificações, de atividades e produtos, usadas pelas demais pesquisas da indústria a partir de 2007 (CNAE 2.0); e produzir indicadores para aquelas Unidades da Federação que no ano de 2010 responderam por, pelo menos, 1% do Valor da Transformação Industrial e, também, para a Região Nordeste. A série reformulada tem início em janeiro de 2012 e sua implantação não implicou em total ruptura das séries históricas iniciadas em 2002, uma vez que essas foram encadeadas à nova, em termos regionais, nas atividades em que houve uma relativa aderência entre as duas séries. Bahia Indústria  27


Talentos reconhecidos Estudantes e professores são homenageados no Prêmio Melhores Práticas de Estágio de 2014

O

s vencedores do Prêmio Melhores Práticas de Estágio 2014, promovido pelo Instituto Euvaldo Lodi (IEL), foram conhecidos em cerimônia realizada na sede da FIEB, no dia 18 de agosto. A novidade da 11ª edição é que um estagiário de cada empresa vencedora também foi contemplado com bolsas de estudo de cursos técnicos, de extensão e de inglês ou serviços de orientação de carreira. Além disso, os orientadores de estágio subiram ao palco com

os estudantes para serem homenageados. “Estar preparado para atuar e crescer na empresa é um grande desafio para o estagiário, que precisa aprender a conviver com diferenças, ser proativo e propor inovações. Premiar o aluno e o professor orientador é reconhecer a importância desses atores na construção do conhecimento e na educação profissional”, afirmou o superintendente do IEL, Evandro Mazo. “O prêmio, criado em parceria com o Fórum de Estágio da Bahia, tem contribuído para a mudança da cultura de estágio nas empresas. Participando, as organizações trocam experiências, ampliam suas redes de relaciona-

Marcelo Meirelles Júnior comemora premiação com colegas da Continental Pneus

Marcelo Gandra/Coperphoto/Sistema FIEB

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mento e podem divulgar, na Bahia e nacionalmente, seus programas de estágio”, destacou a gerente de Estágio e Formação de Talentos do IEL, Edneide Lima. Na categoria Pequena Empresa, a vencedora foi a Softwell Solutions em Informática S.A., de Salvador. O aluno contemplado foi Karan Sandes Melo, 24, do curso de Análise de Sistemas, do Centro Universitário Unijorge, orientado pelo professor Márcio Sousa no projeto SIGES – Sistema Integrado de Gestão em Saúde. “Investimos na formação das nossas equipes desde a etapa de estágio. O prêmio, portanto, é a consagração de um trabalho que vem dando resultados”, afirmou o coordenador de serviços da Softwell, Adriano Barbosa. Já entre as médias empresas, a premiada foi a Continental Pneus, de Camaçari. O estudante Marcelo Meirelles Júnior, 22, aluno do curso de Engenharia Mecânica da Universidade Salvador – Unifacs, foi homenageado pelo projeto “Efficiency Attack - CVT”, orientado pelo professor André Soares. “Desde que entrei na empresa, fui incentivado a desenvolver projetos, não fui contratado para servir café e tirar xérox”, brincou. E a Petrobras S/A, de Salvador, foi a vencedora na categoria Grande Empresa. Iasmine Souza, 25, recém-formada em Geologia pelo Instituto de Geociência da Ufba, foi indicada por um projeto sobre a Bacia do Recôncavo, orientado pelo professor Osmário Leite. A gerente de TRH da Petrobras, Teresa Santos, ressaltou que a parceria com o IEL já dura nove anos e representa “a possibilidade dos estudantes entrarem mais qualificados no mercado de trabalho”.[bi]


jurídico

Contrato temporário e estabilidade provisória da gestante Por Bianca Spínola Carvalho

A Constituição, no art. 10, II, “b”, do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, tutela a empregada gestante, garantindo-lhe estabilidade provisória desde a confirmação da gravidez até o quinto mês após o parto, impondo ao empregador a proibição temporária de despedi-la sem justa causa, sob pena de indenização compensatória. Tal regra aplicava-se apenas aos contratos celebrados por tempo indeterminado, entendido este como aquele firmado sem prazo certo ou estimado de extinção. Não abarcava as contratações por prazo determinado, cuja vigência depende de termo pré-fixado ou da execução de serviços específicos, ou ainda, da realização de certo acontecimento suscetível de previsão aproximada. Isso porque, se entendia que a estabilidade era incompatível com o contrato por prazo determinado, cuja extinção não decorria de dispensa arbitrária ou sem justa causa, mas do término de seu prazo. A mudança do cenário iniciou-se com o entendimento do Supremo, que firmou jurisprudência no sentido de conceder estabilidade gestacional às empregadas admitidas pela Administração Pública, mediante contrato por prazo determinado. Então, diante da nova perspectiva constitucional, o Tribunal Superior do Trabalho alterou sua jurisprudência, dando nova re-

dação ao inciso III, da Súmula 244, estendendo a proteção à gestante a todas as modalidades de contratação, seja por prazo indeterminado ou por prazo determinado. “Súmula 244, III - A empregada gestante tem direito à estabilidade provisória prevista no art. 10, inciso II, alínea “b”, do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, mesmo na hipótese de admissão mediante contrato por tempo determinado”. Significa dizer que, desde alteração da referida Súmula, em setembro de 2012, caso seja firmado contrato por prazo determinado com empregada que venha a engravidar no curso do vínculo, ela fará jus à estabilidade provisória, protraindo, dessa forma, a data de extinção incialmente acordada. Para muitos, tal alteração reflete atitude demasiadamente protecionista, conflitante com as regras de contratação temporária, uma vez que o instituto da estabilidade, ainda que provisória, é incompatível com a transitoriedade inerente àquela contratação, cujo objetivo é atender necessidade pontual, ou, ainda, aferir a adaptação entre empregado e empregador. Neste cenário, as mudanças nas regras de contratação temporária podem inibir a contratação de mulheres para vínculos temporários, em face da possibilidade de ocorrência de gravidez e, consequentemente, da estabilidade provisória, restringindo ainda mais o seu mercado de trabalho.

Prorrogada redução de IPI para a indústria de informática Foi publicada, no dia 11 de agosto deste ano, a Lei Federal nº 13.023, que trata, dentre outros temas, da prorrogação de prazos dos benefícios fiscais relativos ao Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para capacitação do setor de tecnologia da informação (TI). São beneficiadas pela medida jurídica as empresas de desenvolvimento ou produção de bens e serviços de informática e automação que investirem em atividades de pesquisa e desenvolvimento em tecnologia da informação. Na Bahia, a medida beneficia especialmente as empresas localizadas no Polo de Informática de Ilhéus/ Itabuna, onde se concentram as empresas de tecnologia.

Lei altera o Estatuto das Micro e Pequenas Empresas

Bianca Spínola Almeida Carvalho integra a equipe da Gerência Jurídica da FIEB

A Lei Complementar nº 147, publicada em 8/8/14, alterou o Estatuto da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte, para ampliar o rol de atividades que poderão optar pelo Simples Nacional, trazendo, ainda, alterações na legislação trabalhista e previdenciária, disposições relativas à Escrituração Fiscal Digital, Livros Fiscais, bem como relativas ao Microempreendedor Individual.

Bahia Indústria  29


painel Marcelo Gandra/coperphoto/Sistema FIEB

Empresários mobilizados em Barreiras Empresários da indústria de Barreiras reuniram-se, em julho, com o 1º vice-presidente do Centro das Indústrias da Bahia (CIEB), Reginaldo Rossi, e o superintendente do Instituto Euvaldo Lodi (IEL), Evandro Mazo, para discutir os serviços prestados pelo Sistema FIEB na região, bem como as oportunidades para contribuição para o desenvolvimento do oeste baiano. Na ocasião, foi realizada visita às obras das instalações do Sistema FIEB em Luís Eduardo Magalhães, acompanhado do prefeito Humberto Santa Cruz e do secretário de Infraestrutura, Valdemar Leite Lobo Filho, oportunidade que foi reivindicada a pavimentação asfáltica do entorno da futura sede da unidade integrada do SESI/SENAI/IEL/CIEB.

Carlos Passos, do Sinduscon, participou da programação

Trabalhador da Construção tem um dia de serviços e cidadania Com a participação de 1.896 pessoas, entre trabalhadores da indústria da construção e seus dependentes, e mais de 4 mil atendimentos, aconteceu, dia 23.8, no SESI Itapagipe, o Dia Nacional da Construção Social. Realizado pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon) e organizado pelo Serviço Social da Indústria (SESI) em todo o Brasil, o Dia de Mobilização Social disponibilizou serviços e atendimentos de promoção da cidadania, em uma programação que se estendeu das 9 às 12 horas. Emissão de Carteira de Trabalho, orientações em saúde, nutricional e em saúde bucal, foram disponibilizadas às famílias. Ao todo, foram 14 parceiros, sendo 10 empresas e entidades e 4 indústrias. A programação cultural e de lazer ficou a cargo das unidades do SESI Rio Vermelho e Simões Filho. O evento contou com o apoio de 150 voluntários. Pedro Benevides/Coperphoto/Sistema FIEB

Cacau: empresários focam na qualidade Empresários do segmento baiano de cacau e chocolate tiveram acesso a novas tecnologias e puderam ter sua produção avaliada por especialistas durante atividades realizadas pelo CIN e o SENAI-BA, entre os dias 18 e 22 de agosto, em Ilhéus, sul do estado. Neste período, eles participaram de capacitações e consultorias, com o objetivo de aumentar a competitividade dos produtos. A ação é fruto do acordo de cooperação com a associação francesa ECTI.

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FIEB discute política ambiental Com a presença do secretário estadual de Meio Ambiente, Eugênio Spengler, consultores da Conservation International e representantes de diversos segmentos produtivos, a Gerência de Meio Ambiente e Responsabilidade Social da FIEB discutiu a minuta do decreto que altera a Política Estadual de Meio Ambiente e apresentou contribuições. Temas como o uso alternativo do solo, a conversão de multas em prestação de serviços de preservação, melhoria e recuperação da qualidade do meio ambiente, transferência da licença ambiental ou autorização ambiental em função de novo titular do empreendimento foram discutidos no encontro, realizado no dia 15 de julho.

SESI Feira é requalificado O Serviço Social da Indústria de Feira de Santana vai ganhar uma nova unidade, totalmente requalificada e com novas edificações. As antigas instalações, na Rua Gonçalo Alves Boaventura, no Alto do Cruzeiro, foram demolidas para dar lugar ao novo empreendimento. Com uma área de 21 mil metros quadrados, serão construídas e reformadas edificações que ocuparão 7 mil metros quadrados. O investimento realizado pelo SESI está orçado em R$ 15,3 milhões e o prazo de execução da obra é de 14 meses.


Marcelo Gandra/Coperphoto/Sistema FIEB

Especialista discute direto à ampla defesa em ações de fiscalização Estabelecimentos que industrializam ou comercializam alimentos de qualquer natureza devem ter direito a ampla defesa, conforme determina a Constituição, o que significa que não podem ser fechados ou ter mercadorias apreendidas apenas por simples decisão de fiscais da Vigilância Sanitária. Esse é o entendimento do advogado Saul Quadros, apresentado no seminário Fiscalização da Vigilância Sanitária na Indústria de Alimentos, realizado em agosto pelo Sindicato da Indústria de Panificação e Confeitaria, na sede da FIEB. O evento reuniu representantes da Vigilância Sanitária da Prefeitura de Salvador e do setor de alimentos e bebidas, especialmente da área de panificação.

Saul Quadros alertou para o respeito à Constituição Federal

Angelo Pontes/Coperphoto/Sistema FIEB

Missão catalã visita a FIEB Comitiva de empresários espanhóis, organizada pela Agência Catalá de Competitividade (ACCIÓ), visitou a FIEB, no dia 1º de setembro, como parte da Missão Brasil Cliente Público. O encontro teve por finalidade intensificar contatos com empresas públicas e privadas baianas, para estabelecer parcerias e incrementar negócios, conforme destacou Josep Maria Buades, diretor da ACCIÓ no Brasil. A comitiva foi recepcionada por Ângelo Calmon de Sá Júnior, coordenador do Conselho de Comércio Exterior da FIEB e assistiu a explanação de Ricardo Vieira, diretor da Secretaria de Indústria, Comércio e Mineração, sobre potencialidades econômicas da Bahia.

Vice-presidente Carlos Gantois apresentou as diretrizes da FIEB e falou sobre a indústria

FIEB defende reformas durante visita de oficiais do Exército O vice-presidente da FIEB e coordenador do Conselho de Micro e Pequena Empresa Industrial (Compem), Carlos Henrique Gantois, fez palestra para oficiais da Escola de Comando e Estado-Maior do Exército (Eceme), dia 2 de setembro, na sede da Federação. Ele traçou um panorama da economia brasileira e destacou que o Brasil só crescerá de forma sustentável com as reformas tributária, previdenciária e trabalhista. Gantois fez ainda uma radiografia do setor industrial da Bahia, apresentou a estrutura do Sistema FIEB e as principais diretrizes da nova diretoria, presidida pelo empresário Carlos Gilberto Farias. “Nosso foco é a interiorização do desenvolvimento industrial, com apoio prioritário às micro, pequenas e médias empresas”, explicou Gantois. Também participou do encontro o 1º vice-presidente do CIEB, Reginaldo Rossi. A comitiva, chefiada pelo coronel Rafael Moreira do Nascimento, esteve acompanhada do general de divisão Artur Costa Moura. Os militares demonstraram interesse em conhecer o Sistema FIEB e acenaram com a possibilidade de o Sistema S fechar parcerias com o Exército, especialmente na área de inovação.

Bahia Indústria  31


ideias

Logística urbana: um caso de imobilidade Por Leonardo Sanches

de Carvalho As mudanças nos padrões de produção e consumo, aliadas aos problemas de mobilidade e distribuição de produtos nas áreas urbanas das grandes cidades, estão fazendo com que a logística se destaque como prioridade, desenvolvendo conceitos baseados nos princípios de suprimento contínuo (just-in-time) dos pontos de venda, de maneira a satisfazer necessidades de curto prazo. Essa prática exigiu uma rápida adaptação e resposta das empresas às exigências imediatistas do mercado, porém, acarretou em um aumento significativo dos serviços de transporte e distribuição. O cenário em questão coloca luz em um dos segmentos da logística que vem demandando por maior atenção nos últimos anos. Trata-se da logística urbana, também conhecida como logística de última milha. A logística urbana atua e traz consequências diretas para o ambiente urbano, uma vez que se utiliza de sua infraestrutura, potencializando os problemas pré-existentes nas grandes metrópoles, como os congestionamentos, a poluição e o risco de acidentes. A área de logística é responsável por garantir com eficiência o fluxo físico de bens e de informações entre os diversos atores da cadeia de suprimentos. No cenário urbano, esse fluxo se caracteriza, principalmente, pelo transporte e movimentação de mercadorias. Como consequências dessas operações, destacam-se os problemas de desgaste prematuro da infraestrutura 32  Bahia Indústria

urbana (dimensionamento inadequado para veículos pesados), dificuldades ao fluxo de veículos e pedestres, por conta de carregamentos e descarregamentos realizados, costumeiramente, em locais inadequados e sem estrutura. Consequentemente, esse fluxo intenso, o ambiente hostil e o desgaste viário culminam em risco potencial de aumento na probabilidade de acidentes, além de se configurar como uma importante fonte de poluição sonora e atmosférica, que ameaçam a sustentabilidade das áreas urbanas no viés ambiental. Percebe-se, ainda, alta criticidade no viés econômico, por conta dos elevados custos dos intermináveis congestionamentos. É fato que as últimas décadas foram marcadas por significativos avanços da iniciativa privada no nível de serviço logístico, com objetivos claros de redução de custos operacionais e definição de estratégias inovadoras, eficientes e colaborativas de transporte, distribuição, armazenagem e gestão integrada da cadeia de suprimentos. Já os programas de governo e polí-

O crescimento do e-commerce e as entregas fracionadas com distribuição diária geram competição pela malha viária entre os veículos comerciais, privados e o transporte coletivo, provocando congestionamentos

ticas públicas visaram, prioritariamente, a criação e/ou desenvolvimento das infraestruturas básicas ou especializadas como: rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos, terminais multimodais, plataformas logísticas, centros de distribuição e portos secos. Infelizmente tais empreendimentos estruturantes não estão acontecendo na velocidade compatível com as necessidades do país. É de conhecimento público que alguns dos principais problemas da logística no Brasil são: •Grande dependência do modal rodoviário; •Portos deficitários; •Modal ferroviário muito limitado; •Transporte público ineficiente e muito carente de alternativas; •Burocracia excessiva e distorções fiscais; •Restrições da malha viária – manutenção, capacidade, insegurança, etc. O Governo Federal vem lançando, desde 2011, programas relacionados à Mobilidade Urbana com o objetivo de melhoria nos grandes centros, priorizando o deslocamento não motorizado, o transporte coletivo e a redução da emissão de poluentes, dos acidentes e dos congestionamentos. Além de buscar honrar os compromissos com a Copa de 2014 e as Olimpíadas de 2016. Esses programas deveriam trabalhar em consonância com as ações do PAC – Programa de Aceleração do Crescimento – buscando soluções para os problemas de logística e de mobilidade. No


entanto, o país se depara com um verdadeiro processo de “imobilidade”, pois, esperava-se que a Empresa de Planejamento e Logística (EPL) desse maior celeridade aos projetos de infraestrutura. Entretanto, os projetos de concessões ou PPPs estão muito lentos e a maioria sequer saiu do papel. Os programas estruturantes “não andam”, e as grandes cidades não podem parar. Estudos do CSCMP – Council of Supply Chain Management Professionals mostram que a última milha representa, em média, 28% do custo total de transporte e representa aproximadamente 30% do volume de tráfego nas grandes cidades. É responsável também por 20% a 35% das emissões de gases de efeito estufa, além de representar entre 15% e 20% dos acidentes gerados nas redes viárias urbanas. Portanto, a última milha se configura como o grande desafio das organizações no que tange a otimização da gestão da cadeia de suprimentos. O aumento da maturidade por parte do mercado consumidor vem criando um cenário cada vez mais desafiador para as organizações no que se refere à logística da última milha. O crescimento exponencial do e-commerce e as entregas fracionadas com distribuição diária acabam gerando uma espécie de competição pela malha viária entre os veículos comerciais, os privados e os de transporte público coletivo, provocando, assim, grandes congestionamentos. Somada a essa concorrência, percebe-se nos grandes centros urbanos deficiências estruturais relativas a alternativas de acesso, ocupação indevida de locais públicos e insuficiência de locais apropriados para carga e descarga.

Se não bastassem todos os problemas estruturais, a logística de última milha ainda precisa adaptar-se às políticas públicas que têm por objetivo a melhoria da mobilidade urbana. No entanto, na maioria das vezes, acabam entrando em conflito com as boas práticas da logística empresarial, pois estão relacionadas a operações cooperadas, janelas de entregas, espaços predefinidos para carga e descarga, limitações de tráfego, entre outras. Todas essas ações acabam limitando o diferencial competitivo das organizações. Geralmente, o poder público estabelece “modelos” e/ou “padrões” que deram certo em outros lugares (cidades ou países), porém, as questões geográficas e culturais precisam ser levadas em consideração, pois, o que serve em uma localidade, não necessariamente servirá para outra, face ao contexto e a quantidade de atores e interesses diferentes que atuam no processo. Assim sendo, percebe-se que a logística urbana traz consigo processos bastante heterogêneos e necessita de forte integração entre o setor público e o privado, visando alinhar os objetivos de eficiência logística e desenvolvimento econômico com fatores preponderantes para o planejamento das grandes cidades, como as questões relativas à poluição e à mobilidade urbana. Por conta dessa integração preconizada, alguns modelos operacionais de logística urbana têm sido implantados com relativo sucesso em países da Europa. Entregas noturnas, corredores urbanos de distribuição, centros ou plataformas urbanas de distribuição são exemplos de implantações bem sucedidas com vistas à

Alguns modelos operacionais de logística urbana têm sido implantados com relativo sucesso na Europa. Entregas noturnas, corredores urbanos, plataformas de distribuição são exemplos bem sucedidos

Leonardo Sanches de Carvalho é engenheiro e atuou em empresas de grande porte como a Vale e a General Electric e integra o Núcleo Estratégico do SENAI da Bahia

redução dos custos logísticos nos grandes centros. Na última década, essas iniciativas e estratégias integradas de cooperação e planejamento das grandes metrópoles para a resolução dos problemas da logística urbana culminaram no conceito de city logistics, em países como a Alemanha, Espanha e Bélgica. Para chegar ao patamar de uma city logistics as grandes cidades brasileiras necessitariam de intervenções arrojadas nos setores público e privado, que passariam por investimentos estruturantes, ajustes na legislação e modificações no comportamento, geralmente passivo nas questões de infraestrutura, das organizações. Certamente, até a sociedade enfrentaria dificuldade de adaptação a esse novo cenário, justamente pelo fato de ter se acostumado com um padrão de serviço logístico que não privilegia a integração. Enfim, a logística urbana envolve questões de altíssima complexidade por ter vieses políticos, sociais, de infraestrutura, tecnológicos, institucionais e de governança, e cuja resolução requer uma integração entre atores de diversos segmentos da sociedade, tornando-a de difícil implementação e politicamente pouco sustentável. [bi] Bahia Indústria  33


leitura&entretenimento exposição Design moderno no centro fotos divulgação

Na Salvador histórica, o museu Caixa Cultural traz aos admiradores do design uma exposição de mobiliários de nomes de referência da arte e arquitetura nacional. A mostra, intitulada Designer Brasileiro Moderno & Contemporâneo, já passou por cidades brasileiras e outros países e se dispõe a apresentar peças inéditas e raras de artistas como Oscar Niemeyer, Lina Bo Bardi, José Zanine, Sérgio Rodrigues e Aída Boal. A criação do projeto surgiu quando Zanine encontrou Raul Schmidt na Alemanha, em 2012, e os dois tiveram a ideia de mostrar produtos brasileiros na Europa. A exposição tem como destaque a Cadeira Girafa da arquiteta Lina Bo Bardi, feita em 1987, e a Cadeira Chaise Longue Rio, de Niemeyer.

Mesa Água, de Domingos Tórtora, Cadeira dos Irmãos Campana e Aparador de Zanine Caldas

Cadeira África, de Rodrigo Almeida

Não perca Caixa Cultural, ter a dom, 9h às 18h. Até 28.9. Rua Carlos Gomes, 57, Centro, Salvador. Gratuito. Informações: (71) 3421-4200

livros Os boêmios cívicos Marcos Costa Lima traz no livro a história do grupo de economistas que o então presidente Getúlio Vargas montou para pensar a modernização do país, nos anos 1950. Por passarem noites acordados trabalhando, o grupo foi apelidado pelo Os Boêmios Cívicos. A Assessoria presidente Vargas de "boêmios cívicos". econômico-política de Liderados por Rômulo Almeida, o grupo Vargas (1951-1954) desenvolveu projetos que resultaram na Marcos Costa Lima (org.) E-papers, 415 criação de instituições e empresas p., 2013 públicas que consolidaram o estado R$35 e R$9,90 (e-book) Disponível brasileiro moderno. na Biblioteca FIEB 34 Bahia Indústria

Espirito empreendedor Tendo como referência estudiosos americanos em empreendedorismo corporativo, Marcos Hashimoto leva aos leitores algumas ideias de como desenvolver uma postura empreendedora dentro das organizações. Uma das dicas Espirito empreendedor nas dadas pelo autor é que muitos deixam seus organizações empregos em busca de se tornar um bom Marcos Hashimoto Saraiva, 415 p., 2013 empreendedor, mas poucos sabem que R$69,90 podem aliar a carreira ao R$62,10 (e-book) empreendedorismo. O livro relata também 14 casos de intraempreendedorismo.


Bahia Indústria  35



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