Revista Bahia Indústria

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Bahia

ISSN 1679-2645

Federação das Indústrias do Estado da Bahia  Sistema FIEB

Novas soluções para a indústria Portfólio do SESI oferece novos serviços para apoiar a indústria na gestão de riscos e do absenteísmo

Ano XXII nº 239  2015


NADA COMO COMEÇAR UMA CARREIRA PROFISSIONAL DE SUCESSO FAZENDO SUCESSO. O Sistema FIEB está comemorando 3 grandes conquistas na Etapa Nacional do Prêmio IEL de Estágio. Parabenizamos a todos que fizeram parte de mais essa vitória, que valoriza o trabalho conjunto de estagiários, professores e orientadores para o desenvolvimento de carreira. Federação das Indústrias do Estado da Bahia – FIEB 1º lugar na categoria Sistema Indústria. Regiane do Carmo Batista 2º lugar na categoria Estagiário Destaque (Estagiária Máquina de Vendas - Cliente IEL). Softwell Solutions em Informática 2º lugar na categoria Micro e Pequena Empresa (Cliente IEL). Para saber mais sobre estágio e outros produtos IEL acesse: www.fieb.org.br/iel.


EDITORIAL

O custo da falta de prevenção

U

ma empresa da área da construção civil precisava concretar a laje de um prédio. Tudo estava pronto para o início da operação quando se detectou que faltava às equipes que iriam realizar o serviço um equipamento fundamental: as botas de proteção. Teria bastado atrasar em algumas horas o início do processo para comprar os equipamentos de segurança. Mas no afã de realizar logo o serviço, o responsável autorizou a execução. Produto corrosivo, o concreto acabou causando lesões graves nos trabalhadores envolvidos, obrigando a empresa a lidar com o afastamento dos profissionais. Além disso, a empresa foi autuada e multada. Se bastariam R$ 200 para comprar as botas adequadas para os trabalhadores, a empresa teve que arcar com um custo de mais de R$ 200 mil. Os números são fictícios, mas o exemplo é real e a proporção foi mais ou menos esta. O caso foi relatado por Gustavo Nicolai durante um workshop sobre liderança e segurança no trabalho, ocorrido em julho, no Sinduscon-BA. Na ocasião, falou para empresários do setor sobre o custo para as empresas com acidentes de trabalho e afastamentos previdenciários. O exemplo ilustra o impacto da falta uma política de Segurança e Saúde no Trabalho e o quanto uma orientação qualificada pode levar uma empresa a ter ganhos de produtividade, a partir da redução de acidentes e gerenciamento dos riscos, bem como a reduzir os custos operacionais. Para conscientizar os empresários e gestores de recursos humanos quanto à necessidade de uma atitude preventiva no ambiente laboral, o Serviço Social da Indústria (SESI) oferece um portfólio de serviços diversificados em gestão de riscos. E, a partir de dezembro, a entidade passará também a oferecer um programa de Gestão do Absenteísmo, que irá ajudar as empresas a reduzirem seus custos com afastamentos no trabalho. Reconhecido pelos seus serviços de educação e promoção da qualidade de vida, o que inclui, saúde, esporte, cultura e lazer, o SESI lança-se a este novo desafio, ampliando sua atuação para uma realidade em que as empresas terão cada vez mais responsabilidades diante das implicações trazidas pelas exigências previstas no e-Social. Neste sentido, o SESI Bahia assume nacionalmente a condução do programa de Gestão do Absenteísmo, que passará a fazer parte do portfólio de serviços da entidade, com a disponibilização da vários produtos às empresas. É esta face da atuação do SESI que a reportagem de capa pretende mostrar nesta edição.

Rafael Martins/Sistema FIEB/Arquivo

Trabalhador da indústria usa equipamentos de proteção individual

Reconhecido pelos seus serviços de educação e promoção da qualidade de vida, o SESI lançase a um novo desafio, ampliando sua atuação para a gestão do absenteísmo


Unidades do Sistema FIEB Para informações sobre a atuação e os serviços oferecidos pelas entidades do Sistema FIEB, entre em contato SESI – Serviço Social da Indústria Sede: 3343-1301

@Educação de Jovens e Adultos – RMS: (71) 3343-1429

@Responsabilidade Social: (71) 3343-1490 @Camaçari: (71) 3205 1801 / 3205 1805 @Candeias: (71) 3601-2013 / 3601-1513 @Itapagipe: (71) 3254-9930 @Itaigara: (71) 3444-4250 / 4251 / 4253 @Lucaia: (71) 3205-1801 @Piatã: (71) 3503 7401 @Retiro: (71) 3234 8200 / 3234 8221 @Rio Vermelho: (71) 3616 7080 / 3616 7081 @Simões Filho: (71) 3296-9300 / 3296-9330 @Eunápolis: (73) 8822-1125 @Feira de Santana: (75) 3602 9762 @Sul: (73) 3639 9331 / 3639 9326 @Jequié: (73) 3526-5518 @Norte: (74) 2102-7114 / 2102 7133 @Valença: (75) 3641 3040 @Sudoeste: (77) 3422-2939 @Oeste: (77) 3628-2080

SENAI – Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial Sede: 71 3534-8090

@Cimatec: (71) 3534-8090 @Dendezeiros: (71) 3534-8090 @Cetind: (71) 3534-8090 @Feira de Santana: (75) 3229-9100 @Ilhéus: (73) 3639-9300 @Luís Eduardo Magalhães: (77) 3628-5609 @Barreiras: (77) 3612-2188

IEL – Instituto Euvaldo Lodi Sede: 71 3343-1384/1328/1256 @Barreiras: (77) 3611-6136 @Camaçari: (71) 3621- 0774 @Eunápolis: (73) 3281- 7954 @Feira de Santana: (75) 3229- 9150 @Ilhéus: (73) 3639-1720 @Itabuna: 3613-5805 @Jacobina: (74) 3621-3502 @Juazeiro: (74) 2102-7114 @Teixeira de Freitas: (73) 3291-0621 @Vitória da Conquista: (77) 3424-2558

CIEB - Centro das Indústrias do Estado da Bahia Sede: (71) 3343-1214 sistema fieb nas mídias sociais

Bahia FIEB

CIEB

PRESIDENTE Antonio Ricardo Alvarez Alban. 1° VICE-

PRESIDENTE Reginaldo Rossi. 1º VICE-PRESIDENTE

-PRESIDENTE Carlos Henrique Jorge Gantois. VICE-

Jorge Emanuel R. Cajazeira. 2º VICE-PRESIDENTE Carlos Antonio B. Cohim da Silva. 3º VICE-PRESIDENTE Roberto Fiamenghi. DIRETORES TITULARES Arlene Aparecida Vilpert; Benedito Almeida Carneiro Filho; Cleber Guimarães Bastos; Luiz da Costa Neto; Luis Fernando Galvão de Almeida; Marcelo Passos de Araújo; Mauricio Lassmann; Paula Cristina Cánovas Amorim; Hilton Moraes Lima; Thomas Campagna Kunrath; Walter José Papi; Wesley Kelly Felix Carvalho. DIRETORES SUPLENTES Antonio Fernando Suzart Almeida; Carlos Antônio Unterberger Cerentini; Décio Alves Barreto Junior; Jorge Robledo de Oliveira Chiachio; Fernando Elias Salamoni Cassis; José Luiz Poças Leitão Filho; Mauricio Carvalho Campos; Sudário Martins da Costa; CONSELHO FISCAL - EFETIVOS Luiz Augusto Gantois de Carvalho; Rafael C. Valente; Roberto Ibrahim Uehbe. CONSELHO FISCAL – SUPLENTES Felipe Pôrto dos Anjos; Rodolpho Caribé de Araújo Pinho Neto; Thiago Motta da Costa

-PRESIDENTES Josair Santos Bastos; Mário Augusto

Rocha Pithon; Edison Virginio Nogueira Correia; Alexi Pelagio Gonçalves Portela Junior. DIRETORES TITULARES Eduardo Catharino Gordilho; Alberto Cánovas Ruiz; Eduardo Meirelles Valente; Renata Lomanto Carneiro Müller; Leovegildo Oliveira de Sousa; Fernando Luiz Fernandes; Juan Jose Rosario Lorenzo; Theofilo de Menezes Neto; José Carlos Telles Soares; Angelo Calmon de Sa Junior; Jefferson Noya Costa Lima; Fernando Alberto Fraga; Luiz Fernando Kunrath; João Schaun Schnitmam. DIRETORES SUPLENTES Mauricio Toledo de Freitas; Guilherme Moura Costa e Costa; Gladston José Dantas Campêlo Waldomiro Vidal de Araújo Filho; Cléber Guimarães Bastos; Jorge Catharino Gordilho; Marcelo Passos de Araújo; Antonio Geraldo Moraes Pires; Roberto Mário Dantas de Farias

conselhos Conselho da Micro e Pequena Empresa Indus-

SESI

trial Carlos Henrique Jorge Gantois; Conselho de

Presidente do Conselho e Diretor Regional

Mário Augusto Rocha Pithon; Conselho de Comércio Exterior Angelo Calmon de Sá Junior; Conselho de Economia e Desenvolvimento Industrial Antonio Sergio Alipio; Conselho de Infraestrutura Marcos Galindo Pereira Lopes; Conselho de Inovação e Tecnologia José Luis Gonçalves de Almeida; Conselho de Meio Ambiente Jorge Emanuel Reis Cajazeira; Conselho de Relações Trabalhistas Homero Ruben Rocha Arandas; Conselho de Responsabilidade Social Empresarial Marconi Andraos Oliveira; Comitê de Jovens Lideranças Industriais Eduardo Faria Daltro; Comitê de Petróleo e Gás Humberto Campos Rangel; Comitê de Portos Sérgio Fraga Santos Faria Assuntos Fiscais e Tributários

Antonio Ricardo Alvarez Alban. Superintendente Armando da Costa Neto

Editada pela Gerência de Comunicação Institucional do Sistema Fieb Editorial Mônica Mello, Cleber Borges e Patrícia Moreira. Coordenação editorial Cleber Borges. Editora Patrícia Moreira. reportagem Patrícia Moreira, Carolina Mendonça, Marta Erhardt, Emília Valente, Luciane Vivas e Décio Esquivel (estagiário). Projeto Gráfico e Diagramação Ana Clélia Rebouças. fotografia Coperphoto. Ilustração e Infografia Bamboo Editora. Impressão Gráfica Trio. Conselho

FEDERAÇÃO DAS INDÚSTRIAS DO ESTADO DA BAHIA

Rua Edístio Pondé, 342 – Stiep, CEP.: 41770-395 / Fone: 71 3343-1280 www.fieb.org.br/bahia_industria_online

SENAI Presidente do Conselho Antonio Ricardo A. Alban. Diretor Regional Luís Alberto Breda Diretor de Tec. e Inovação

Leone Peter Andrade

As opiniões contidas em artigos assinados não refletem necessariamente o pensamento da FIEB.

IEL Presidente do Conselho e Diretor Regional

Filiada à

Antonio Ricardo Alvarez Alban. Superintendente Evandro Mazo Diretor Executivo da FIEB

Vladson Menezes

Sindicatos filiados à FIEB Sindicato da Indústria do Açúcar e do Álcool no Estado da Bahia, sindacucarba@fieb.org.br / Sindicato da Indústria de Fiação e Tecelagem no Estado da Bahia, sindifiteba@fieb.org.br / Sindicato da Indústria do tabaco no Estado da Bahia, sinditabaco@fieb.org. br / Sindicato da Indústria do Curtimento de Couros e Peles no Estado da Bahia, sindicouroba@fieb.org.br / Sindicato da Indústria do Vestuário de Salvador, Lauro de Freitas, Simões Filho, Candeias, Camaçari, Dias D’ávila e Santo Amaro, sindvest@fieb.org.br / Sindicato das Indústrias Gráficas do Estado da Bahia, sigeb@terra.com.br / Sindicato da Indústria de Extração de Óleos Vegetais e Animais e de Produtos de Cacau e Balas no Estado da Bahia, sindioleosba@fieb.org.br / Sindicato da Indústria da Cerveja e de Bebidas em Geral no Estado da Bahia, sindcerba@bol.com.br / Sindicato das Indústrias do Papel, Celulose, Papelão, Pasta de Madeira para Papel e Artefatos de Papel e Papelão no Estado da Bahia, sindpacel@hotmail.com / Sindicato das Indústrias do Trigo, Milho, Mandioca e de Massas Alimentícias e de Biscoitos no Estado da Bahia, sindtrigoba@fieb.org.br / Sindicato da Indústria de Mineração de Calcário, Cal e Gesso do Estado da Bahia, sindicalba@fieb.org.br / Sindicato da Indústria da Construção do Estado da Bahia, secretaria@sinduscon-ba.com.br / Sindicato da Indústria de Calçados, seus Componentes e Artefatos no Estado da Bahia, sindcalcadosba@fieb.org.br / Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico do Estado da Bahia, simmeb@uol.com. br / Sindicato das Indústrias de Cerâmica e Olaria do Estado da Bahia, sindicerba@gmail.com / Sindicato das Indústrias de Sabões, Detergentes e Produtos de Limpeza em geral e Velas do Estado da Bahia, sindisaboesba@fieb.org.br / Sindicato das Indústrias de Serrarias, Carpintarias, Tanoarias e Marcenarias de Salvador, Simões Filho, Lauro de Freitas, Camaçari, Dias D’ávila, Sto. Antônio de Jesus, Feira de Santana e Valença, sindiscamba@fieb.org.br / Sindicato das Indústrias de Fibras Vegetais no Estado da Bahia, sindifibrasba@fieb.org.br / Sindicato da Indústria de Panificação e Confeitaria da Cidade do Salvador, sindpanssa@uol.com.br / Sindicato da Indústria de Produtos Químicos, Petroquímicos e Resinas Sintéticas do Estado da Bahia, sinpeq@coficpolo.com.br / Sindicato da Indústria de Material Plástico do Estado da Bahia, sindiplasba@sindiplasba.org.br / Sindicato da Indústria de Produtos de Cimento no Estado da Bahia, sinprocimba@fieb.org.br / Sindicato da Indústria de Mineração de Pedra Britada do Estado da Bahia, sindbrit@svn.com.br / Sindicato das Indústrias de Produtos Químicos para Fins Industriais e de Produtos Farmacêuticos do Estado da Bahia, adm@quimbahia.com.br / Sindicato da Indústria de Mármores, Granitos e Similares do Estado da Bahia, simagranba@fieb.org.br / Sindicato da Indústria Alimentar de Congelados, Sorvetes, Sucos, Concentrados e Liofilizados do Estado da Bahia, sindsucosba@fieb.org.br / Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados do Estado da Bahia, sincarba@fieb.org.br / Sindicato da Indústria do Vestuário da Região de Feira de Santana, sindvestfeira@fbter.org.br / Sindicato da Indústria do Mobiliário do Estado da Bahia, moveba@fieb.org.br / Sindicato da Indústria de Refrigeração, Aquecimento e Tratamento de Ar do Estado da Bahia, sindratar@gmail.com.br / Sindicato das Indústrias de Construção Civil de Itabuna e Ilhéus, valmirsb@yahoo.com.br / Sindicato das Indústrias de Café do Estado da Bahia, sincafeba@fieb.org.br / Sindicato das Indústrias de Laticínios e Produtos Derivados do Estado da Bahia, sindileite@fieb.org.br / Sindicato das Indústrias de Aparelhos Elétricos, Eletrônicos, Computadores, Informática e Similares dos Municípios de Ilhéus e Itabuna, sinec@sinec.org.br / Sindicato das Indústrias de Construção de Sistemas de Telecomunicações do Estado da Bahia, anaelisabete@telenge.com.br / Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de Feira de Santana, simmefs@simmefs.com.br / Sindicato das Indústrias de Reparação de Veículos e Acessórios do Estado da Bahia, sindirepaba@sindirepabahia.com.br / Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores, sindipecas@sindipecas.org.br / Sindicato das Indústrias de Fibras Vegetais no Estado da Bahia, sindifibrasba@fieb.org.br / Sindicato das Indústrias de Cosméticos e de Perfumaria do Estado da Bahia, sindcosmetic@fieb.org.br / Sindicato das Indústrias de Artefatos de Plásticos, Borrachas, Têxteis, Produtos Médicos Hospitalares, sindiplast@gmail.com / Sindicato Patronal das Indústrias de Cerâmicas Vermelhas e Brancas para Construção e Olarias da Região Sudoeste e Oeste da Bahia sindiceso@gmail.com Sindicato da Indústria de Adubos e Corretivos Agrícolas do Nordeste (Siacan) siacan@veloxmail.com.br / Sindicato Nacional da Indústria da Construção e Reparação Naval e Offshore (Sinaval) sinaval@sinaval.org.br / Sindicato das Indústrias de Panificação e Confeitaria do Estado da Bahia, sipaceb@gmail.com

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sumário angelo pontes/coperphoto/Sistema FIEB

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Gestão em Segurança e Saúde SESI lança, em dezembro, portfólio de serviços que amplia sua atuação em gestão do absenteísmo Schutterstock

Set/Out.15

22 angelo pontes/Sistema FIEB

joão alvarez/Sistema FIEB/arquivo

Capa: Gentil

8 angelo pontes/Sistema FIEB

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Certificação ambiental

Sistema FIEB recebe Prêmio do IEL Nacional

SENAI inaugura nova unidade em Feira

Coordenador do Comam fala dos desafios da certificação ambiental

Programa de Estágio do Sistema FIEB é reconhecido como melhor do país na categoria Sistema Indústria por valorizar o papel do estagiário e sua contribuição para a organização

Nova estrutura vai permitir a ampliação em mais de 60% da capacidade de atendimento com a oferta de 2.600 vagas de cursos técnicos, por turno, na região


Entrevista  Jorge Cajazeira

“A adequação legal é o grande gargalo da certificação ambiental” Por Emília Valente

O

engenheiro mecânico Jorge Cajazeira era coordenador de Qualidade da Suzano Papel e Celulose quando foi escolhido para representar o Brasil no comitê da International Organization for Standardization (ISO), responsável pela criação da norma de gestão ambiental ISO 14000. Eram os anos 1990, e a sociedade estava apenas começando a tomar consciência da extensão dos impactos ambientais gerados pelo desenvolvimento industrial. Hoje, a certificação pela ISO 14000 é uma prática consolidada mundialmente, sobretudo entre as grandes empresas. Atual coordenador do Conselho de Meio Ambiente (Comam) da FIEB e diretor da Suzano, Cajazeira continua atuando para disseminar a ISO 14000. Nesta entrevista, ele fala sobre a implantação do Sistema de Gestão Integrada pela FIEB, além de outros temas na ordem do dia do debate sobre sustentabilidade, como o licenciamento ambiental. Você pode nos contar um pouco da história da ISO 14000? O que motivou a criação da norma? Entre o final dos anos 1980 e início dos anos 1990, houve uma série de acidentes ambientais graves. Tivemos o navio da Exxon, que naufragou no Alasca, gerando um grande derramamento de óleo; o acidente nuclear de Chernobyl e, aqui no Brasil, o caso da contaminação por Césio, em Goiânia. Estes acidentes levaram a uma preocupação enorme, porque todos eles foram resultado de má gestão. No

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caso da Exxon, um comandante tomou um porre e fez uma besteira. No caso do Césio, faltou uma gestão adequada dos resíduos e, em Chernobyl, houve um erro de manobra do operador. Em todos estes casos, os problemas poderiam ter sido evitados com medidas gerenciais. Daí surgiu a ideia de escrever uma norma voltada para a gestão ambiental. Que balanço o sr. faz da disseminação da ISO 14000 hoje? É uma prática consolidada. No mercado internacional, ela é como um passaporte. Sem ela, você não consegue vender na Europa nem nos Estados Unidos. O mundo hoje tem aproximadamente 1,5 milhão de empresas certificadas pela ISO 14000, sendo que, no Brasil, temos em torno de 2 mil empresas e na Bahia cerca de 150. E o número de certificações continua aumentando. É claro que a velocidade no começo era muito maior, mas hoje são as pequenas e médias empresas que a cada dia avançam mais,

em especial, porque as empresas grandes começam a requerer dos fornecedores o certificado. Ainda há, no entanto, um espaço enorme para crescimento. A ISO 9000, por exemplo, tem um número cinco vezes maior de certificados concedidos. Recentemente, a ISO lançou uma nova versão da 14000, com avanços, como a ênfase na melhoria da comunicação com as partes interessadas, que não deve ser apenas reativa, mas também proativa. A expectativa é que esta nova norma possa contribuir para expandir ainda mais o número de empresas certificadas. Qual a importância da decisão da FIEB de implantar um Sistema de Gestão Integrada? A FIEB sempre pregou para as empresas a adequação às normas de qualidade, tanto a 14000 quanto a 9000. Então, eu costumo brincar, dizendo que está na hora de a FIEB experimentar do próprio veneno. Porque não dá pra ter incoerência entre discurso e ação. E


a experiência vai ser importantíssima, porque a FIEB vai servir de referência, de exemplo, e vai aproveitar também para qualificar seus profissionais nesta área. Na prática, quais os ganhos que a certificação traz para as indústrias? Há números que demonstram a eficácia do sistema de gestão? Todas as empresas que têm o sistema implantado são obrigadas a demonstrar que há uma melhoria contínua nos seus resultados. Além disso, as empresas certificadas conseguem, em média, reduzir em 20% os seus custos ambientais. Graças ao trabalho de gestão, caem, por exemplo, o consumo de água e de energia. Qual o principal gargalo para uma disseminação mais ampla da ISO 14000? O gargalo no processo de certificação ambiental é, sem dúvida, a adequação legal; a concessão das licenças ambientais, das outorgas. Infelizmente, no Brasil, e mesmo no exterior, a adequação legal não é uma coisa simples e ainda há empresas que sequer conhecem a legislação que lhes é aplicável.

joão alvarez/Sistema FIEB/arquivo

Hoje são as pequenas e médias empresas que a cada dia avançam mais (em relação à ISSO 14000), em especial, porque as empresas grandes começam a requerer dos fornecedores o certificado

Como o Comam tem atuado para auxiliar as empresas no processo de licenciamento ambiental? A FIEB realizou, em parceria com a Secretaria Estadual de Meio Ambiente, um processo de revisão da legislação ambiental pertinente do estado. É um processo ainda não inteiramente concluído, mas um dos principais avanços que ele proporcionou foi a simplificação do processo de licenciamento, que se tornou mais ágil. Esta sempre foi uma demanda das empresas, porque havia uma crítica recorrente de que o processo era muito moroso e burocrático. Além disso, a Gerência de Meio Ambiente e Responsabilidade Social faz um trabalho importantíssimo de prestar assessoria às pequenas e médias empresas na obtenção das licenças. Recentemente, foi lançado, inclusive, um manual de licenciamento voltado para este público. Fazendo um balanço da minha gestão à frente do Conselho de Meio Ambiente da FIEB, acho que a simplificação e agilização do licenciamento, dentro do processo de defesa dos interesses legítimos da indústria, tem sido uma das nossas maiores preocupações. A segunda é dar um foco maior às pequenas e médias empresas e a terceira disseminar a gestão ambiental: tornar a ISO 14000 uma norma de fato praticada. Se conseguir realizar estes três objetivos até o final do meu mandado, ele já terá valido. [bi] Bahia Indústria  7


Bahia é destaque nacional no Prêmio IEL de Estágio Estado foi vencedor na categoria Sistema Indústria e ficou em segundo lugar nas categorias Pequena Empresa e Estagiário

A

Bahia se destacou na etapa nacional do Prêmio IEL de Estágio 2015. O Sistema FIEB venceu na categoria Sistema Indústria, tendo seu Programa de Estágio reconhecido por valorizar a participação e contribuição dos estagiários na organização. “Como educação é um dos negócios do Sistema FIEB, acho importante sermos premiados e reconhecidos pelo destaque dentro do nosso negócio. O resultado mostra a força que a Bahia tem no cenário nacional”, destaca o superintendente de Desenvolvimento Organizacional da FIEB, Paulo Vianna, que enumera alguns dos diferenciais do programa de estágio da instituição, como o manual de orientações e as capacitações para estagiários e supervisores. Além disso, o Programa de

Estágio do Sistema FIEB prevê orientações e feedbacks aos estagiários, elaboração e execução de projetos e comitê de estágio. Entre os benefícios oferecidos aos estagiários, estão seguro de vida, vale-transporte, auxílio-refeição e desconto no tratamento odontológico e no SESI Lazer. Esta foi a primeira vez que o Sistema FIEB concorreu ao Prêmio IEL de Estágio. A Bahia também se destacou na categoria Micro e Pequena Empresa, com a Softwell Solutions em Informática (2º lugar) e na categoria Estagiário, com a estudante de Engenharia Elétrica da Faculdade Área 1, Regiane Batista (2º lugar). A jovem desenvolveu um projeto de adequação tarifária que reduziu em R$ 70 mil, em menos de um ano, os custos de energia da empresa na qual trabalha.

Neirane Egídio recebe a premiação em Brasília

joão paulo lacerda/cni

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O superintendente do IEL, Evandro Mazo, avalia que o prêmio é o reconhecimento do esforço das empresas para aperfeiçoarem seus programas de estágio e também do trabalho desenvolvido pela equipe do IEL para auxiliar as empresas neste sentido. “Atuamos para que o estágio seja um processo de formação dos estudantes com foco não apenas na função desempenhada dentro da empresa, mas também com uma formação complementar, principalmente na área comportamental, preparando os jovens para o mundo do trabalho”, ressalta. Desde a criação do Prêmio IEL de Estágio, a Bahia participou de todas as edições, de acordo com a gerente de Desenvolvimento de Carreiras, Edneide Lima, que comemora a conquista do primeiro lugar na categoria Sistema Indústria. “Ser referência nacional como boa prática de estágio mostra que estamos no caminho certo, de investir na formação dos profissionais. Nosso objetivo é formar, cada vez mais, melhores profissionais, contribuindo para a formação desses jovens”, pontua. Realizada em Fortaleza, no dia 29 de outubro, a cerimônia da etapa nacional do Prêmio IEL de Estágio reuniu representantes de Federações de Indústria, empresas, instituições de ensino e estagiários de 18 estados. [bi]


circuito

por cleber borges

Otimismo, pero no mucho “O navio do Brasil não está afundando”, afirmou o ex-presidente dos EUA, Bill Clinton, em recente visita ao Brasil, quando minimizou o noticiário negativo na mídia brasileira e lembrou que o futuro é moldado pelas perspectivas de longo prazo. “Há uma boa probabilidade de que, em cinco anos, vocês olhem para trás e pensem: ‘porque me preocupei tanto?’” Mas, apesar do tom otimista, observou que o país precisa exercer maior protagonismo na interação regional, inclusive devido à sua experiência na superação de crises; e que precisa ser menos dependente das exportações de commodities, que, na visão de Clinton, criou distorções na economia doméstica.

Ajustes e correções para superar crise Reforma da Previdência, avanços no sistema tributário, nas relações de trabalho e na regulação das concessões. São pontos que a Confederação Nacional da Indústria (CNI) destaca para que o país mude o rumo do noticiário negativo e possa trabalhar em um cenário mais amigável ao investimento. Entende que o setor público deve se comprometer com uma profunda melhoria do ambiente de negócios no Brasil, pois a estabilidade e a previsibilidade são condições fundamentais para o crescimento. “O ajuste precisa ser rápido e cirúrgico para minimizar os custos que o acompanham”, cita o presidente da CNI, Robson Andrade.

“É melhor você tentar algo, vê-lo não funcionar e aprender com isso, do que não fazer nada” Mark Zuckerberg (1984 - ...), empresário norte-americano, um dos fundadores do Facebook, questionando a tendência dos que criticam quem erra ousando

Dólar deve chegar a R$ 4,40 em 2016 Dentre as moedas mais relevantes do mundo, o Real é a de pior performance em 2015 e não vai se recuperar antes de 2019, segundo estimativa da agência de notícias Bloomberg, a partir de pesquisas com profissionais do mercado financeiro. Hoje, há uma aparente calma do Real. "As oscilações de preço estão diminuindo com ao declínio dos clamores pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff. No entanto, analistas dizem que o otimismo é exagerado e que a calma momentânea não muda as perspectivas de longo prazo”, diz a agência, que prevê o rebaixamento da nota de crédito e uma recessão mais profunda no Brasil. O Real já perdeu este ano 30% de seu valor frente ao dólar, que deve atingir R$ 4,40 ao longo de 2016.

Brasil está perdendo disputa por talentos Estudo do IMD, uma das principais escolas de negócios do mundo, alerta que o Brasil está perdendo sua capacidade de desenvolver, atrair e reter os talentos. O mais recente Ranking Global de Talentos mostra que o Brasil caiu do 52º para o 57º lugar em uma lista que mede a capacidade de 61 países de atender às necessidades corporativas. A classificação é baseada em pesquisa com mais de 4 mil executivos. A pesquisa foca em três categorias – investimento/ desenvolvimento, atração e prontidão – que, por sua vez, são derivadas de uma gama muito mais ampla de fatores, tais como educação, aprendizagem, treinamento de funcionários, fuga de capital humano, custo de vida, motivação, qualidade de vida, competências linguísticas, remuneração, taxas e impostos.

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sindicatos

Marcelo Gandra/Coperphoto/Sistema FIEB

Simagran promove visita à Cachoeiro Stone fair Cerca de 40 participantes, entre diretores e representantes de empresas, integraram a missão técnica do Simagran-BA à Cachoeiro Stone Fair 2015, uma das maiores do setor no país, em Cachoeiro do Itapemirim/ES, em agosto. O objetivo foi estimular o empresário a ter contato com novas tecnologias e as tendências de mercado. A missão teve o apoio da FIEB. Sinduscon reuniu especialistas para discutir os temas do setor da construção

ENIC debateu impactos da crise na construção Os principais assuntos que impactam o dia a dia na indústria da construção no Brasil e o futuro do segmento foram debatidos no 87º Encontro Nacional da Indústria da Construção (ENIC). O evento foi realizado pelo Sindicato da Indústria da Construção (Sinduscon-BA) e ADEMI-BA, de 23 a 25 de setembro, em Salvador. O ENIC é o principal evento anual do setor e tem como objetivo trazer soluções e novos entendimentos para um segmento em constante evolução. "O ENIC atendeu às expectativas com o nível do conteúdo abordado nas palestras e debates, e também com o local escolhido. O Cimatec aproximou a construção civil do desenvolvimento e inovação tecnológica promovidos pelo SENAI", destacou o presidente do Sinduscon, Carlos Henrique Passos.

Panificadores mobilizados no interior O Sindicato Intermunicipal da Indústria de Panificação e Confeitaria (Sipaceb) tem mobilizado panificadores em encontros no interior do Estado. Os dois últimos foram em Porto Seguro (14.10) e Juazeiro (25.09). Nas reuniões, os empresários recebem orientação sobre relações trabalhistas e é nomeado um diretor regional. Além disso, representantes do SESI, SENAI, IEL, CIEB e Sebrae apresentam seus serviços.

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Presidente do Moveba participa de encontro O presidente do Moveba, João Schnitmann, participou, em agosto, do 2º Intercâmbio de Lideranças Setoriais da Indústria Moveleira, realizado em Belo Horizonte. A ação, que integra o Programa de Desenvolvimento Associativo, reuniu 18 presidentes de sindicatos. O objetivo foi fomentar a troca de experiências, além de estabelecer uma rede de contatos entre dirigentes sindicais de todo o país.

Normas sanitárias são discutidas pelo Sincafé Sindpacel troca experiências O Sindpacel participou do 21º SINPEL – Simpósio Intersindical de Negociações Coletivas das Indústrias de Celulose, Papel, Papelão e Artefatos, realizado em Curitiba, dias 17 e 18 de setembro. Além da análise da conjuntura do setor, também foram pautas da reunião as negociações coletivas, o mercado nacional e internacional, atualizações legislativas e seus impactos, além do cenário atual financeiro do País. “É um evento importante para alinharmos estratégias, e traçar linhas de ações para as próximas negociações”, enfatiza Jorge Cajazeira, presidente da entidade.

Empresários da indústria cafeeira participaram da reunião regional conjunta da Associação Brasileira da Indústria de Café e do Sindicato das Indústrias de Café (Sincafé-BA), na FIEB, em agosto. Na reunião, foram discutidas as normas regulatórias de caráter sanitário do setor. “As reuniões são importantes para manter os associados atualizados e conhecerem o que fazer para minimizar o impacto nas empresas”, pontuou o presidente do Sincafé, Antônio Almeida.


Workshop reúne produtores de sorvete

Sindipeças tem novo representante regional

Produtores de sorvetes e picolés estiveram reunidos no Workshop de Implantação das Boas Práticas nas Indústrias e Produtores de Gelados Comestíveis, dia 23.09, no SENAI Dendezeiros. A chefe do setor de Alimentos da Vigilância Sanitária, Kátia Rezack, alertou sobre as exigências legais do processo produtivo e sobre as informações que devem constar nos rótulos, em relação à origem do produto, validade e composição.

O Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores (Sindipeças) tem novo representante regional. O diretor da Flex’N Gate, Carlos Roberto Rezende, foi nomeado para a Diretoria Regional Bahia até 2016. O Sindipeças atua no fortalecimento do setor, com foco em iniciativas para os associados.

Sindileite empossa nova diretoria A nova diretoria do Sindicato das Indústrias de Laticínios (Sindileite-BA), eleita para o triênio 2015/2018, foi empossada no dia 26.09. O novo presidente, o empresário Lutz Viana, assume no lugar de Paulo Cintra. A solenidade foi realizada no Gran Hotel Stella Maris, durante o encerramento do 6° Encontro Baiano de Laticinistas, promovido pelo Sindileite, que comemorou, ainda, os quinze anos da entidade. O governador Rui Costa participou do evento e destacou a necessidade de apoiar e melhor estruturar a cadeia láctea, desenvolver pesquisas e organizar a compra, priorizando a indústria local. valter pontes/Coperphoto/Sistema FIEB

PDA promove intercâmbios de lideranças da construção e gráfica Presidentes de sindicatos da indústria da construção de todo o país participaram, em Manaus, dia 15.09, do 2º Intercâmbio de Lideranças da Indústria da Construção. Os presidentes Carlos Passos, do Sinduscon-BA, e Leovegildo Oliveira, do SICC, representaram o setor baiano. Já no dia 18.09, em São Paulo, foi a vez do 2º Intercâmbio de Lideranças da Indústria Gráfica. O vice-presidente da FIEB e presidente do Sigeb, Josair Bastos, participou do encontro. “A iniciativa estimulou a aproximação dos presidentes dos sindicatos de todo o país”, destacou. Rui Costa, Luiz Viana e Paulo Cintra marcelo gandra/Coperphoto/Sistema FIEB

Encontro empresarial aponta caminhos

Presidente do Sinprocim falou dos desafios para as empresas

Para discutir o mercado e soluções para o cenário da indústria de produtos de cimento, o Sinprocim-BA, promoveu, dia 14.09, na FIEB, encontro com empresários. “A ideia foi apontar caminhos que permitam mitigar o quadro de crise”, afirmou o presidente em exercício da FIEB na ocasião, Carlos Gantois. Para o presidente do Sinprocim, José Carlos Soares, as empresas de médio porte têm sofrido mais, pois não são beneficiadas pelo Supersimples. “Uma das saídas é capacitar gestores e funcionários e esta tem sido uma das ações do sindicato”, afirmou.

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Modelo de referência em educação Por Patrícia Moreira

Ensino médio articulado amplia a oferta de vagas para 2016 com o lançamento de turmas em duas unidades, em Salvador e em Vitória da Conquista

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á 15 anos, o Serviço Social da Indústria (SESI) adota um modelo educacional diferenciado, o ensino médio articulado, que associa o ensino básico com educação profissional. Estamos falando do EBEP, metodologia implantada no ano 2000 pelo SESI Bahia e que hoje é replicada em toda Rede SESI de Educação no país. O sucesso da metodologia levou o SESI a ampliar a oferta de vagas, tanto na capital como no interior. Desde o início deste ano o ensino médio articulado passou a ser ofe-

recido no município de Luís Eduardo Magalhães (120 vagas), no oeste da Bahia e, a partir de 2016, também será oferecido na Escola Reitor Miguel Calmon (SESI Retiro), com 240 vagas, e em Vitória da Conquista, com 120 vagas. A projeção do SESI Bahia é sair de 1600 alunos no ensino articulado para 6 mil nos próximos seis anos, como informa o superintendente do SESI Bahia, Armando da Costa Neto. “Temos um currículo voltado para o mundo do trabalho, desenvolvendo, em todo o período do ensino médio, habilidades e conhecimentos específicos, com uma maior carga horária no terceiro ano e a inclusão de um quarto ano no SENAI”, detalha o superintendente. O sucesso do modelo educacional é atestado pelo desempenho dos estudantes no mercado de trabalho


com um percentual de 70% de inserção na indústria, após a conclusão do curso técnico. “É um desafio grande trabalhar com conteúdo formal e direcionar os nossos adolescentes para o mundo do trabalho e, ao mesmo tempo, desenvolver neles a consciência da ética para o trabalho”, acrescenta Armando Neto. Os alunos do EBEP que chegam ao SENAI têm um perfil diferenciado em relação ao aluno regular do curso técnico, destaca Patrícia Evangelista, gerente de Educação Profissional. “Isso reflete o trabalho integrado que SESI e SENAI desenvolvem voltado para o Ebep”, acrescenta Patrícia. Igor Esquivel, 17, aluno do 3º ano do Ensino Médio da Escola Djalma Pessoa (SESI Piatã), já estava na Rede SESI quando o EBEP foi implantado. Com o testemunho de quem cumpriu toda a sua formação nas escolas do Sistema SESI na Bahia, Igor faz um balanço positivo. “A Rede SESI é muito preparada para orientar os alunos. Como tive a oportunidade de estudar aqui desde o Ensino Fundamental, pude acompanhar toda a evolução. No Ensino Médio, a escola oferece programas que complementam a formação, como o Conexão Mundo (programa de intercâmbio com os Estados Unidos), além de incentivar a participação dos alunos nas olimpíadas de química, matemática e física”, conta Igor, que foi medalhista de bronze na etapa nacional da Olimpíada Brasileira de Química de 2014 e medalha de ouro da Olimpíada Baiana de Química de 2015.

sendo 380 reservadas aos alunos da própria Rede SESI e as remanescentes abertas à comunidade. O ingresso se dá por meio de processo seletivo, que acontece entre outubro e dezembro de cada ano letivo. A escola é dotada de 14 laboratórios, incluindo o de robótica, onde os estudantes têm a oportunidade de se familiarizar com a tecnologia e desenvolver projetos de pesquisa nos desafios anuais do Torneio de Robótica FLL, que é organizado em todo o Brasil pelo SESI e tem a seletiva regional realizada no SESI Piatã. A gerente de Educação do SESI Bahia, Cléssia Lobo, lembra outro fator a ser considerado neste modelo de ensino que é a baixa evasão. “O índice não chega a 3%, um percentual considerado exitoso, se comparado com os índices nacionais e até do Estado. Em 2012, apenas 51,8% dos jovens de até 19 anos haviam concluído os anos finais da educação básica brasileira, segundo dados do IBGE. No primeiro ano do ensino médio, o índice de reprovação chega a 30%”, destaca Cléssia. Diante dessa realidade e do sucesso do modelo articulado, o SESI está apostando na ampliação do ensino médio na sua rede na Bahia. “O Ensino Fundamental já alcançou um grau de universalização muito positi-

O modelo de ensino combina atividades práticas com o conhecimento teórico

referência Diretora da Escola Djalma Pessoa e gerente do SESI Piatã, Cristina Andrade lembra que o estudante do ensino articulado é estimulado a encontrar soluções e a desenvolver sua capacidade de investigação e percepção do mundo que o cerca. “Buscamos formar estudantes capazes de encontrar soluções para a melhoria da sociedade e para trabalhar com a perspectiva de inovação”, destaca Cristina Andrade, que participou da implantação do ensino articulado na Rede SESI e hoje presta, com sua equipe, consultoria sobre o modelo para todo o país. “Sem descaracterizar o Ensino Médio, na Escola Djalma Pessoa adotamos métodos científicos que incluem a prática da investigação, da pesquisa e da ética. Com isso, temos alunos que sabem se posicionar e estão aptos a contribuir quando são solicitados”, arremata Cristina. A Escola Djalma Pessoa tem 1600 alunos cursando o Ensino Médio, distribuídos em 44 turmas. A cada ano são oferecidas 500 vagas para o primeiro ano,

Fotos marcelo gandra/Coperphoto/Sistema FIEB

vo, que está próximo ou passou dos 90%. Já o Ensino Médio está longe disso e o SESI está investindo nesta última fase da formação básica”, explica Cléssia. “É nesta etapa que o jovem está mais próximo de se inserir no mercado de trabalho e isso coincide com a demanda industrial por pessoas com qualificação de nível técnico”, disse a gerente de educação do SESI. [bi] Bahia Indústria  13


Revolução no datacenter Projeto desenvolvido com apoio do SENAI Cimatec criou solução tecnológica inovadora, que aumenta a segurança nos datacenters da IBM Por emília valente

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IBM Brasil e a StoreID, com apoio do SENAI Cimatec, anunciaram uma tecnologia inédita no mundo para gerenciamento automatizado e seguro de dados armazenados em fitas. Batizada de DNA Tape, a solução será implementada até o final do ano em oito salas de data centers da IBM Brasil,

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localizadas em Hortolândia, São Paulo. A iniciativa é resultado de pesquisas desenvolvidas ao longo de cinco anos, viabilizadas com recursos de US$ 3,5 milhões dos parceiros envolvidos e da Embrapii (Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial). Desenvolvida pela StoreID, a plataforma DNA Tape é composta

por softwares, hardwares (scanner, portais e torres de detecção) e etiquetas de identificação por radiofrequência (RFID), que são inseridas nas fitas de dados de servidores e storages. A solução permitirá a automatização de todos os processos de gestão de informações realizados nos oito datacenters da IBM Brasil em Hortolândia, onde a empresa mantém 150 mil fitas com os dados de empresas clientes. “Essa tecnologia pode ser considerada uma revolução para a segurança dos centros de dados. Não há


Fotos: IBM/Divulgação

Data center e sala de controles da IBM Brasil

nada semelhante em outras partes do mundo. Com o DNA Tape, conseguiremos reduzir o número de pessoas e processos envolvidos na tomada de decisão sobre movimentos e operações monitoradas no data center e garantir que o maior patrimônio de nossos clientes, os dados, estejam disponíveis em uma plataforma de gestão operacional, logística e transacional online, em tempo real e com maior controle”, comenta Julio Cesar do Carmo, gerente de Identity and Access Management da IBM Brasil.

Yan Medeiros, mentor estratégico do projeto de tecnologia

Segurança e agilidade Os principais ganhos proporcionados pela tecnologia são em segurança, controle e agilidade. Com as etiquetas RFID, é possível identificar rapidamente e de forma

Mary Melgaço/Coperphot/Sistema Fieb

precisa e segura a localização de cada fita e seu conteúdo, facilitando o acesso dos funcionários aos dados, sempre que há demanda dos clientes. A ferramenta também permite o monitoramento remoto do deslocamento dos tapes, a gestão remota dos inventários e a realização de tarefas online e em tempo real. Por meio das torres de detecção instaladas nos acessos de cada sala de data center e com a implementação da etiqueta RFID nos tapes, um sinal sonoro e luminoso é disparado caso uma pessoa tente sair com um tape sem a prévia autorização. Além disso, as etiquetas contam com uma cola especial para que as mesmas não sejam removidas. Esta solução proporciona maior controle de incidentes internos e externos. “Temos muito orgulho em desenvolver essa tecnologia inovadora no Brasil em conjunto com a IBM e o SENAI. Para fazer a gestão de um inventário com 50 mil tapes, eram necessários quatro profissionais, trabalhando por oito dias em turno de oito horas; agora, o mesmo serviço pode ser feito em apenas duas horas por um único profissional, o que permite que esses profissionais sejam alocados para outras atividades-chave da gestão de dados”, explica Flávio de Oliveira, diretor de Inovação e Sistemas Aplicados a Radioidentificação da StoreID. Para o SENAI Cimatec, que atuou como mentor estratégico no desenvolvimento da tecnologia, o projeto representa um case de sucesso. “O DNATape é uma prova do potencial de retorno que as empresas brasileiras têm ao investir em inovação”, afirma o gerente do Instituto SENAI de Tecnologia em Eletroeletrônica, Yan Pedreira de Medeiros. [bi] Bahia Indústria  15


SESI lança portfólio em

Gestão do Absenteísmo Serviço Social da Indústria apresenta em dezembro novo portfólio de serviços que tem como foco a gestão do absenteísmo, uma solução alinhada com as exigências do e-Social Por patrícia moreira

cada ano, milhares de trabalhadores são afastados do trabalho em razão de acidentes ou doenças. Os afastamentos por doença ocupam o 8º lugar na literatura científica entre as causas mais frequentes de absenteísmo. A principal consequência é a geração de custos para o trabalhador, as empresas e o setor público. Para se ter uma ideia do que isso representa, em 2012, a Previdência Social desembolsou R$ 4,5 bilhões com a concessão de 5 milhões de benefícios, dos quais, 86,7% eram previdenciários, 6,7% acidentários e 6,6% assistenciais. Com a tendência de alteração da curva de envelhecimento populacional e aumento da idade média da população ativa para os próximos 20 anos, a perspectiva é também de elevação no índice de absenteísmo nas empresas, causado, entre outros, por doenças osteomusculares e fatores psicossociais. Foi este cenário que motivou o Serviço Social da Indústria (SESI) a lançar o Programa de Gestão do Absenteísmo, uma inicia-

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tiva do Departamento Nacional da entidade, que é coordenada nacionalmente pelo SESI Bahia. O programa será lançado, no dia 9 de dezembro, em Salvador. Com isso, o SESI busca ampliar seu portfólio de serviços e reforçar a parceria com as indústrias baianas, tornando-se cada vez mais uma referência para o segmento industrial. “O SESI é hoje o principal parceiro da indústria baiana, oferecendo serviços em consultoria e assessoria no atendimento das Normas Regulamentadoras, o que inclui soluções em Segurança e Saúde no Trabalho (SST)”, destaca o superintendente do SESI Bahia, Armando da Costa Neto. “Estamos buscando cada vez mais direcionar os serviços de qualidade de vida do SESI para a gestão de riscos e gestão do absenteísmo, o que inclui o redimensionamento do portfólio”, acrescenta. De acordo com o superintendente do SESI, o lançamento do Programa de Gestão do Absenteísmo vem somar-se a estas iniciativas, mas com foco na orientação das empresas para lidar com as situações de afastamento e reabilitação do trabalhador. “Estamos pensando no futuro, na normatização e fiscalização decorrente do e-Social. Para isso, estamos preparando nossos colaboradores para prestar este serviço às empresas, para que elas possam fazer uma melhor gestão dos afastamentos dos seus empregados”, destaca. O e-Social prevê que as empresas enviem informações sobre

afastamentos no trabalho para o governo federal, o que impacta no Fator Acidentário de Prevenção (FAP). Com os novos serviços, o SESI estará oferecendo soluções para ajudar as empresas a fazerem a gestão do absenteísmo e do próprio FAP, de maneira que ela possa controlar seus custos e melhorar a produtividade de suas equipes de trabalho. O superintendente do SESI lembra a importância de as empresas acompanharem as mudanças que estão por vir. “O SESI está estruturado para esta nova realidade, mas as empresas precisam tomar conhecimento do que vem por aí, pois o governo vai ter um grande Big Brother. Se estas informações sobre afastamentos e acidentes de trabalho forem passadas com falhas ou mal geridas, a empresa poderá pagar caro”, alerta Armando Neto, lembrando que a medida atinge diretamente as médias e grandes empresas.

Atuação em SST Na área de Segurança e Saúde no Trabalho (SST), o SESI tem equipe especializada para assessorar as empresas em todas as Normas Regulamentadoras (NR). O foco é auxiliar a empresa para tornar o ambiente de trabalho mais seguro e saudável e melhorar a competitividade. As ações preveem soluções para atendimento às NR, incluindo consultoria no gerenciamento de riscos, visando, entre outros, atender a NR-12, que trata da segurança no trabalho em máquina e equipamentos. Esta é uma das que afetam especialmente as pequenas indústrias, tendo em vista que o não atendimento implica em pesadas multas que podem inviabilizar o pequeno negócio industrial. O SESI também tem no seu portfólio serviços de consultoria como o Modelo SESI em SST (NR-7, NR-9 e NR-18), que trata as questões de segurança e saúde no trabalho de forma integrada. Também atua com atividades de prevenção, a exemplo do PPRA – Programa de Prevenção de Risco Ambientais (NR-9), e Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO). Outro serviço de consultoria é o Sistema de Gestão de Segurança, Meio Ambiente e Saúde no Trabalho, que disponibiliza ferramentas e serviços Bahia Indústria  17


Armando Neto explica que o SESI Bahia vai coordenar o programa nacionalmente

de assessoria técnica que incluem treinamento e consultoria. “O SESI dispõe de um portfólio de serviços aderente aos desafios das empresas, com ênfase na promoção de um ambiente de trabalho seguro e saudável, possibilitando a redução de custos e aumento da produtividade dos trabalhadores. Por meio de uma equipe multidisciplinar, formada por engenheiros, médicos, enfermeiros, ergonomistas, fisioterapeutas, dentistas, analistas e técnicos, oferece soluções integradas para atender às demandas das indústrias baianas na área de SST”, destaca o gerente de Qualidade de Vida do SESI Bahia, Amélio Miranda. Estas soluções integradas incluem ainda atividades de Análise Global das Condições Ergonômicas do Trabalho e o apoio para a implantação do Programa de Gestão em Ergonomia na Empresa, atendendo às exigências da NR-17. As empresas também contam com serviços especializados de consultoria em Ergonomia para Acessibilidade e Adequação do Ambiente de Trabalho para Inclusão de PCD (portadores de deficiência) e Reabilitado.

João Alvarez/Sistema FIEB/Arquivo

Gestão de riscos é ferramenta estratégica A engenheira de segurança do SESI Bahia, Maria Fernanda Lins, lembra que o papel da gestão de riscos é reduzir os acidentes, doenças ocupacionais e custos das empresas com SST, a partir do mapeamento de todas as situações perigosas do ambiente laboral, priorizando-se as mais graves e implementando medidas que reduzam a possibilidade de o trabalhador se acidentar, adoecer, ausentar-se ao trabalho ou vir a óbito. “O empresário precisa inserir os investimentos em SST no planejamento estratégico do seu negócio, de forma que possa direcionar recursos ao que é prioritário para os seus empregados e para a saúde financeira da organização. Trata-se de uma ação preventiva”,

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analisa a engenheira. “Essa ferramenta, possibilita à empresa identificar preventivamente situações de grave e iminente risco para os trabalhadores, que poderão ser constatadas pelo auditor fiscal do Ministério do Trabalho e Emprego, no momento de sua visita e causar o embargo e a interdição de um processo produtivo ou de toda a empresa”, alerta. De acordo com o último Anuário Estatístico da Previdência Social, referente aos dados de 2013, foram registrados no INSS 717,9 mil acidentes do trabalho, sendo 77,32% acidentes típicos, 19,96% acidentes de trajeto, 2,72% doenças do trabalho. As doenças de trabalho tiveram maior incidência na faixa de 30 a 39 anos.

Na distribuição por setor de atividade econômica, a indústria responde por 45,48% dos acidentes. De acordo com a Classificação Internacional de Doenças (CID), aquelas com maior incidência nos acidentes de trabalho foram ferimento do punho e da mão, fratura ao nível do punho ou da mão e traumatismo superficial do punho e da mão com, respectivamente, 9,59% 6,91% e 4,84% do total. Nas doenças do trabalho as mais incidentes foram lesões no ombro, sinovite e tenossinovite e dorsalgia, com 21,91%, 13,56% e 6,36%, do total, conforme dados do Anuário Estatístico da Previdência Social (2013). O entendimento dos especialistas do SESI é que a coleta de dados e a gestão dos riscos e da informação são as bases para o sucesso na redução de acidentes, doenças, absenteísmo e óbitos nos ambientes de trabalho. “As empresas precisam conhecer sua realidade, seus quantitativos de acidentes/doenças, em quais setores eles acontecem e quais são mais graves. Somente com informação é possível planejar investimentos mais assertivos”, ressalta Maria Fernanda.


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PROGRAMA SESI O QUE É O Programa SESI de Gestão do Absenteísmo é constituído de serviços de assessoria e consultoria que visam apoiar as empresas industriais na identificação das questões relacionadas ao absenteísmo e sua gestão.

joão alvarez/sistema fieb

Empresa atesta a qualidade dos serviços prestados Desde 1999, a empresa Comolimpa Indústria Química Ltda, de Vitória da Conquista, contrata o Modelo SESI em Segurança e Saúde no Trabalho (SST). De acordo com a analista de SST e Conservação Ambiental da empresa, Cleonice Maria da Silva, o serviço do SESI é uma referência. “A empresa foi uma das pioneiras na contratação do Modelo SESI e estamos muito satisfeitos com o serviço prestado”, destaca Cleonice, que faz o acompanhamento do programa, que inclui SST, ergonomia e acompanhamento dos aspectos ambientais da produção. “Temos excelentes resultados por conta dessa parceria com o SESI, que dispõe de profissionais especializados e é sempre uma referência perante os órgãos de fiscalização. Consideramos que a parceria com o SESI nos permitiu crescer com uma base sólida”, acrescenta Cleonice. Entre as ações implementadas na Comolimpa estão modifica20  Bahia Indústria

ções no processo produtivo, com a redução da exposição dos trabalhadores aos agentes ambientais, a partir do monitoramento Ambiental (elaboração de Laudos); implementação do programa de EPIs (equipamento de proteção individual); adaptação dos espaços às normas regulamentadoras, constituição da CIPA e acompanhamento das ações, além da realização de programas de educação continuada para SST. O superintendente Regional do Trabalho, Severiano Alves, ressalta o reconhecimento do trabalho do SESI perante os órgãos de fiscalização, em especial no que diz respeito às Normas Regulamentadoras (NR). “Quando uma indústria passa pela orientação técnica do SESI ou do SENAI, a tendência é que elas evitem irregularidades e tenham uma adequação melhor a estas exigências”, observa. O SESI atua em todo o estado, disponibilizando seus serviços de assessoria e consultoria. [bi]

SERVIÇOS OFERECIDOS Diagnóstico Situacional •Contempla a avaliação e a classificação do nível de organização da empresa em relação às práticas de gestão do absenteísmo e indicação das melhores soluções. Gestão dos afastamentos •Consultoria e assessoria para regulamentar a entrega e recebimento de atestados e declarações de comparecimento; •O objetivo é a redução do tempo de afastamento e eventuais agravamentos e/ou recidivas e encaminhamentos desnecessários à Previdência Social (INSS), que podem impactar no Fator Acidentário de Prevenção (FAP). Gestão de nexos previdenciários •Consultoria e assessoria na gestão sobre os nexos técnicos previdenciários NTP (Nexo Técnico Profissional ou do Trabalho e Nexo Técnico Epidemiológico). Gestão do FAP •Consultoria e assessoria na gestão do Fator Acidentário de Prevenção (FAP): detalhamento do impacto financeiro relacionado à ocorrência de acidentes do trabalho e doenças ocupacionais nas empresas; produção de informação estratégica relacionada à prevenção de acidentes.

Sinalização voltada para a prevenção de acidentes

Gerenciamento epidemiológico •Consultoria e assessoria às empresas que precisam conhecer o perfil dos seus afastamentos para definir e priorizar as soluções mais adequadas capazes de reduzir ou neutralizar as fontes geradoras de acidentes e afastamentos.


marcelo gandra/Coperphoto/Sistema FIEB

conselhos FIEB realiza visita técnica a Fábrica do Grupo Boticário Membros do Conselho de Responsabilidade Social (CORES) e de outros Conselhos Temáticos da FIEB realizaram, no dia 21.10, visita técnica à fábrica de produtos cosméticos e perfumaria do Grupo Boticário, em Camaçari, com o objetivo de conhecer as práticas socioambientais e o processo produtivo da empresa. No relacionamento com a comunidade, o Grupo desenvolveu um programa de capacitação profissional aberto e gratuito para a população de Camaçari e São Gonçalo dos Campos, realizado em parceria com SENAI e com apoio do BNDES, contribuindo para o processo de inclusão social da comunidade local, por meio da inserção no mercado de trabalho.

Situação dos portos é tema do II Fórum Bahia Econômica Realizado na FIEB no dia 16/10, o II Fórum Bahia Econômica/Prospectando o Futuro discutiu novos investimentos, ampliação da infraestrutura do estado, estratégias de competitividade, além de analisar a economia brasileira. Um dos painéis do evento destacou assuntos relacionados aos portos, tais como mecanismos de incentivo à cabotagem, investimentos públicos x privados, gestão dos portos organizados, acesso aos portos da Baía e o projeto Porto Sul. A mesa redonda com esta temática contou com a participação do coordenador do Conselho de Portos da FIEB, Sérgio Faria, e de Demir Lourenço, que representou o Tecon Salvador. “Na oportunidade, discutimos pontos estratégicos para o setor produtivo”, disse Faria.

Representantes externos participaram de workshop Ricardo Alban falou na abertura do workshop

Visando melhorar a atuação dos representantes externos da FIEB, foi realizado, em 14.10, o Workshop Técnicas de Representação nas Atividades de Defesa de Interesses. Promovido pela Coordenação de Conselhos Temáticos, a atividade foi conduzida pelo analista de Relações Governamentais da CNI, Luciano Barbosa. Ele apresentou técnicas para melhorar a comunicação, a atuação como negociador e as atividades de representação. O evento foi aberto pelo presidente da Federação, Ricardo Alban, que destacou a importância do papel das representações externas: “Os representantes externos são os grandes captadores das informações que podem auxiliar a FIEB na condução de suas ações institucionais em defesa dos interesses da nossa indústria e dos nossos sindicatos”, observou o presidente.

Haroldo Abrantes/Coperphoto/Sistema FIEB

Frente Parlamentar da MPE toma posse Tomou posse, na Assembleia Legislativa da Bahia, dia 20.10, a Frente Parlamentar da Micro e Pequena Empresa. Presidido pelo deputado Eduardo Salles, o grupo de discussão conta com dois representantes da FIEB: o 1º vice-presidente, Carlos Gantois, que preside o Conselho Consultivo; e o presidente do Centro das Indústrias do Estado da Bahia (CIEB), Reginaldo Rossi, como representante da sociedade civil no Conselho. A vice-presidência ficou a cargo do deputado estadual Sandro Régis e o diretor-superintendente do SEBRAE, Adhvan Furtado, participa como representante da sociedade civil no Conselho Executivo. A Frente foi lançada com o objetivo de debater temas referentes ao segmento e defender os interesses dos empresários de pequeno porte.

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Expansão no interior Novo prédio do SENAI Feira amplia capacidade de atendimento em mais de 60% Por Carolina Mendonça

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m solenidade que reuniu políticos, dirigentes do Sistema FIEB, presidentes de sindicatos da indústria e empresários, foi inaugurada, em 16 de outubro, a ampliação do SENAI de Feira de Santana. Com 20 salas de aula e um laboratório de Logística, o novo prédio, batizado com o nome do ex-prefeito do município, Joselito Falcão de Amorim, vai possibilitar o aumento do número de alunos da unidade de 1.600 para 2.600 por turno, um acréscimo de mais de 60% na sua capacidade de atendimento. “A Bahia ainda tem muitas desigualdades regionais e Feira de Santana é o marco de um trabalho iniciado há três anos com foco no resgate do interior do estado”, afirmou o presidente da FIEB, Ricardo Alban, que dedicou a inauguração ao ex-presidente da casa, Carlos Gilberto Farias, falecido em 2014. Alban citou também a reconstrução da unidade do SESI de Feira de Santana, cuja primeira etapa deve ser entregue em fevereiro de 2016, além da implantação de um núcleo do IEL no município. O diretor regional do SENAI, Luís Breda Mascarenhas, ressaltou que a unidade de Feira atende 18 municípios da região central - incluindo a segunda maior cidade baiana -, que vem crescendo os últimos anos. “Feira tem uma presença industrial expressiva, com 710 empresas e 25 mil postos de trabalho que requerem qualificação e aprimoramento profissional. Nosso papel é atender esta demanda”, pontuou. Aluno do quarto módulo do curso técnico em Logística do SENAI, Michael Douglas Borges, 21, comemora a instalação de um laboratório para as aulas

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práticas. “Influencia muito na qualidade do curso. Acaba servindo como um estágio porque a gente consegue exercitar metodologias e adquire experiência”, analisou.

Dia do Empresário A inauguração do novo prédio do SENAI em Feira de Santana foi marcada pela realização do Dia do Empresário da Indústria da Região Central, uma iniciativa que integra o Programa de Desenvolvimento Industrial (PDI) da CNI, com foco nas micro, pequenas e médias empresas. O evento também faz parte das ações do Programa de Desenvolvimento Associativo (PDA). Na abertura do evento, o 1° vice-presidente da FIEB, Carlos Gantois, e o vice-presidente da instituição, Edson Nogueira, ressaltaram a importância do associativismo no setor industrial, considerado muito baixo na Bahia (aproximadamente 15% das empresas), e reforçaram a necessidade de ações que fomentem o desenvolvimento no interior do estado. “É preciso apoiar os empresários que, com todas as dificuldades, são os que mais empregam e geram renda”, disse Gantois. A programação contou com a presença do economista e consultor da CNI, Eduardo Velho, que apresentou a palestra “Os Impactos da Política Econômica e do Cenário Financeiro Internacional sobre a Indústria e Comércio e a Gestão de Investimentos em 2015/2016”. O especialista em mercado financeiro falou dos cenários atual e futuro da economia brasileira. Velho acredita que o país ainda terá, em 2016, um período


Novo prédio conta com 20 salas de aula e um laboratório de logística (ao lado)

de crise, alta de inflação e desemprego, mas que existem oportunidades de melhoria na estrutura econômica com aumento de competitividade, ativos mais baratos e mudança no patamar da taxa de câmbio impulsionando o ajuste de contas externas. Já os cenários para a indústria da região central foram tema da palestra do assessor da Gerência de Estudos Técnicos da FIEB, Carlos Danilo Almeida. Ele apresentou indicadores do setor, que concentra 16% do PIB do estado, apontou os segmentos de maior expressão (Construção, Couros e Calçados e fabricação de Alimentos), além destacar as vantagens logísticas de Feira e dos municí-

pios vizinhos. “A região é o mais importante entroncamento rodoviário da Bahia e do Nordeste. Esse sistema é a principal ligação da RMS ao interior e conecta os centros produtores aos portos de Aratu e Salvador”, explicou. Por outro lado, Almeida elencou alguns dos gargalos para o crescimento da atividade industrial na região: pouca disponibilidade de terrenos para instalação de novas indústrias no Centro Industrial de Subaé (CIS), a falta de Centro Logístico apropriado; a distribuição irregular de energia elétrica; os congestionamentos no anel de contorno que liga a BR 324 à BR 116 e a inexistência de destino apropriado para os resíduos sólidos. [bi]

fotos angelo pontes/Coperphoto/Sistema FIEB

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Volta ao mundo SENAI

As unidades do Serviço Nacional da Indústria (SENAI) abriram suas portas para a comunidade durante dois dias. Veja como foi Por Emília valente

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ducação, ciência, tecnologia e inovação: oportunidades para quem busca um lugar no mercado de trabalho, para quem quer obter mais formação e qualificação profissional, ou está procurando soluções empreendedoras para o seu negócio. Tudo isso faz parte do universo do Serviço Nacional da Indústria e foi a este universo que o Mundo SENAI deu acesso, nos dias 10 e 11 de setembro, quando unidades da instituição em todo o Brasil abriram suas portas para a comunidade. Na Bahia, o evento foi ocasião para uma programação intensa e eclé-tica de palestras, minicursos, visitas guiadas, oficinas, exposições e atrações artísticas e culturais que congregaram estudantes, professores, pesquisadores, empresários e a comunidade em geral. Houve atividades no SENAI Cimatec, em Piatã, nas unidades dos bairros Dendezeiros e Lapinha, em Salvador, e nos municípios de Lauro de Freitas, Camaçari, Feira de Santana, Ilhéus, Barreiras, Juazeiro, Alagoinhas e Vitória da Conquista. A seguir, alguns dos destaques do evento no SENAI Cimatec. 24

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Brincando com a tecnologia Para muita gente, o Mundo SENAI foi uma oportunidade também de se divertir com o mundo da tecnologia. “Tudo aqui impressiona: tem muitas coisas inovadoras, muita tecnologia”, comentava, empolgado, o estudante Thomas Edson, 17 anos. Aluno de um curso técnico de Refrigeração e Climatização, Edson aproveitava o evento para experimentar um passeio por um simulador de operação de equipamentos. Semelhante a um videogame, com joystick, o aparelho – que é usado em atividades de treinamento – permitiu ao estudante ter a experiência de guiar uma escavadeira hidráulica.


Sinfonia de plástico

Apetite gourmet

Estudantes do Núcleo de Práticas Orquestrais do SESI/ Neojibá se apresentaram para o público do Mundo SENAI utilizando instrumentos sinfônicos de cordas produzidos com canos de plástico PVC. A inovação é resultado de projeto Orquestra Plástica – Formação Musical para a Sustentabilidade da Neojibá, que envolve a capacitação de jovens no ofício de luteria.

A moda dos food trucks também estacionou no Mundo SENAI. Entre uma atração e outra, os visitantes podiam saborear hambúrgueres, coxinha, yakissoba e outras iguarias, vendidas nas charmosas lanchonetes móveis, montadas em pequenos veículos adaptados.

Oferta de vagas Quem buscava uma oportunidade de estágio ou emprego, aproveitou os serviços de orientação profissional e oferta de vagas disponibilizados por empresas de RH e entidades parceiras do SENAI. Marcaram presença no evento, o Instituto Euvaldo Lodi (IEL), o Serviço de Intermediação para o Trabalho (SineBahia) e o Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE).

Laboratório Aberto

fotos Marcelo Gandra/Coperphoto/Sistema FIEB

Olimpíada do Conhecimento Quem visitou o Mundo SENAI pôde ter uma amostra de como funciona a Olimpíada do Conhecimento, uma competição de educação profissional promovida pelo SENAI a cada dois anos. Como parte da demonstração do evento, um grupo de alunos de cursos técnicos do SENAI operava uma planta industrial em escala reduzida, explicando passo-a-passo para o público os detalhes do equipamento. “A automação é como uma extensão das mãos do trabalhador; o produto percorre toda a planta sem que a gente precise tocar nele”, ensinava, orgulhoso, Adonias Maia, 18 anos, aluno de Eletrotécnica.

O SENAI Cimatec aproveitou o Mundo SENAI para inaugurar o seu Laboratório Aberto. O laboratório é um espaço aberto a empresas e pessoas físicas interessadas em desenvolver protótipos de produtos inovadores, utilizando a estrutura tecnológica da unidade. Para marcar a inauguração, houve uma palestra com o empreendedor e ativista do movimento maker (“faça você mesmo”), George Brindeiro, e também uma feira tecnológica com a apresentação de startups e protótipos desenvolvidos na unidade. [bi] Bahia Indústria  25


F Manifestação em defesa do Sistema Indústria, organizada por colaboradores do SESI, SENAI e FIEB, reuniu baianos Por Carolina Mendonça Patrícia Moreira Marta Erhardt

Dia S 26  Bahia Indústria

uncionários do Sistema FIEB, alunos do SESI e do SENAI, parceiros, dirigentes de sindicatos, empresários, trabalhadores da indústria e familiares, participaram, no dia 4 de outubro, de uma manifestação contra a ameaça de corte nos recursos repassados ao Sistema S. Com o slogan MEXER NO QUE DÁ CERTO, ESTÁ ERRADO, a mobilização realizada pela Federação das Indústrias do Estado da Bahia reuniu centenas no Farol da Barra, em Salvador. De acordo com Ricardo Alban, presidente da FIEB, o objetivo foi mostrar o impacto que a proposta do governo federal – redução de 30% dos recursos dos repasses – poderá trazer aos serviços oferecidos pelo SESI e pelo SENAI. “Esta ameaça de corte é uma incoerência. Apresentamos à comunidade o que é o SESI e o SENAI, o que fazem, por que fazem e por que dá certo, seja na área da educação, cultura, formação profissional, tecnologia e inovação”, observou Alban. O coordenador do Conselho de Relações Trabalhistas da FIEB, Homero Arandas, elogiou a mobilização. “Esse é um exemplo de que o empresário pode e deve dialogar com a sociedade”. Juan Lorenzo, presidente do Sindicado da Indústria de Sabões e Detergentes da Bahia (Sindsabões) disse que a mobilização demonstrou a importância do SESI e SENAI para a comunida-


Angelo Pontes/Coperphoto/Sistema Fieb

Marcelo Gandra/Coperphoto/Sistema Fieb

Angelo Pontes/Coperphoto/Sistema Fieb

verter os avanços na prevenção de acidentes fatais”, garante. Quem gosta de tecnologia visitou os estandes e unidades móveis, das áreas técnicas do SENAI – Vestuário, Eletrotécnica, Construção Civil, Panificação – e demonstração das Olimpíadas do Conhecimento. Os equipamentos de tecnologia avançada, como jogos eletrônicos desenvolvidos pela entidade, também atraíram adultos e crianças. Luís Alberto Breda, diretor regional do SENAI, lembrou o importante papel da instituição na capacitação e qualificação de mão de obra, e o quanto o corte pode afetar esse trabalho, bem como os projetos de inovação. O aplicativo desenvolvido por Leandro Rocha, da área de Software do SENAI Cimatec, mostrou que a sociedade está preocupada. A pergunta “Você apoia nosso movimento” obteve 100% de respostas positivas.

Educação Gilcéia Sampaio, mãe de um aluno especial do SESI Unidade Itapagipe, se preocupa em garantir a educação do filho Anderson Rangel, pois, na escola, ele participa do Núcleo de Práticas Orquestrais, desenvolvido em parceria com o Neojibá e de atividades es-

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de em geral, mas, principalmente, para o desenvolvimento da indústria e dos trabalhadores. “É inaceitável o governo pretender retirar recursos que são muito bem geridos, algo que deveria lhe servir de exemplo”, afirmou. Música e cultura fizeram parte da programação. O Núcleo Orquestral do SESI fez uma apresentação de música clássica. Alexandre Leão e sua filha Silvia Leão, Mário Ulloa, Juliana Ribeiro e Carlos Pitta foram alguns dos artistas que embalaram a multidão, manifestando seu apoio ao SESI, em especial ao Teatro do SESI, que será um dos afetados com a redução de recursos, caso aconteça. “Essa me parece uma ideia incoerente. O governo deveria aumentar 30% dos recursos, pois o Sistema S, especialmente o SESI, realiza um importante trabalho de valorização da cultura”, observou o ator Jackson Costa. Para os adeptos de atividades físicas, a opção foi aproveitar a aula de Jump, uma das ações do Programa de Saúde e Qualidade de Vida do SESI. Segundo Armando Neto, superintendente do SESI, ações importantes na área cultural e de saúde e segurança do trabalhador serão afetadas. “Haverá um corte importante em ações de saúde e segurança, o que pode re-

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Público tomou conhecimento dos serviços técnicos e tecnológicos oferecidos pelo Sistema FIEB

portivas, que contribuem bastante para seu desenvolvimento. Vanessa Araújo, aluna de Química do SENAI Feira de Santana está receosa quanto ao seu futuro profissional. “Com a redução, milhares de pessoas vão ficar sem capacitação. O SENAI sempre foi bem visto e fazer um curso na instituição torna nosso currículo mais completo”. [bi]

Arte e educação são serviços que podem ser afetados caso o Sistema S sofra corte de recursos

Bahia Indústria  27


indicadores  Números da Indústria

Indústria tem queda de 3,2% na produção Bahia foi um dos 12 estados que registraram desaceleração na produção industrial, segundo pesquisa realizada pelo IBGE

A

produção física da indústria de transformação da Bahia teve uma queda de -3,2%, na taxa anualizada fechada em agosto de 2015, contra uma redução de 4,1% registrada em julho. A Bahia ficou em 6º lugar do ranking dos 14 estados que participam da Pesquisa Industrial Mensal Produção Física – Regional, do IBGE, na qual apenas dois apresentaram desempenho positivo: Mato Grosso (2,5%) e Espírito Santo (1,2%). Os outros estados registraram resultados negativos: Amazonas (-13,5%), São Paulo (-9%), Rio de Janeiro (-8,8%), Minas Gerais (-7,5%), Rio Grande do Sul (-7,4%),

28  Bahia Indústria

Ceará (-7,3%), Paraná (-6,7%), Santa Catarina (-5,2%), Bahia (-3,2%), Pernambuco (-2,6%), Pará (-2,1%) e Goiás (-0,9%). Na Bahia, dos 11 segmentos pesquisados, apenas cinco apresentaram resultados positivos: Veículos automotores (28,1%), Couro e calçados (4,1%), Celulose e papel (2,8%), Produtos químicos (2,2%) e Borracha e plástico (1,1%). Em sentido contrário, apresentaram retração os segmentos: Equipamentos de informática (-58,4%), Metalurgia (-19%), Refino de petróleo e biocombustíveis (-9,9%), Minerais não metálicos (-8%), Bebidas (-6,3%) e Alimentos (-1,6%). Na comparação de agosto de 2015 com igual mês do ano anterior, a produção física da indústria de transformação baiana apresentou crescimento de 3,4%. Seis dos 11 segmentos industriais da Bahia apresentaram resultados positivos: Veículos automotores (39,3% impulsionado pela maior fabricação de automóveis); Bebidas (20,2%, aumento na produção

de cervejas e chope); Celulose e papel (5,7%, maior produção de pastas químicas de madeira); Alimentos (4,8%, aumento na produção de cacau ou chocolate em pó e manteiga, gordura e óleo de cacau); Couro e Calçados (4,4%) e Refino de petróleo e biocombustíveis (0,6%, aumento na produção de óleo diesel e naftas para petroquímica). Apresentaram resultados negativos: Equipamentos de Informática (-52,4%); Minerais não metálicos (-10,7%, menor produção de cimentos “Portland”, massa de concreto para construção, ladrilhos, placas e azulejos de cerâmica para pavimentação ou revestimento e argamassas ou outros aglomerantes não refratários); Produtos químicos (-2,6%, queda na produção de polietileno de alta densidade, policloreto 2 de vinila - PVC, etileno não saturado e princípios ativos para herbicidas); Borracha e plástico (-0,8%) e Metalurgia (-0,3%).

QUEDA DE 5,95% NO ANO Tendo em conta o acumulado


nos oito primeiros meses do ano, em comparação a igual período de 2014, verifica-se uma queda de 5,9% na produção da indústria de transformação baiana. Tal desempenho foi determinado pelos resultados dos seguintes segmentos: Equipamentos de Informática (-63,9%, com queda na produção de computadores pessoais de mesa e gravador ou reprodutor de sinais de áudio e vídeo - DVD, home theather e semelhantes); Metalurgia (-19,2%, menor fabricação de barras, perfis e vergalhões de cobre e de ligas de cobre, lingotes, blocos e placas de aços ao carbono, vergalhões de aços ao carbono e fio-máquina de aços ao carbono); Refino de petróleo e biocombustíveis (-16%, menor produção de óleos combustíveis, óleo diesel, gasolina automotiva e naftas para petroquímica), Minerais não metálicos (-9,4%), Bebidas (-9,3%), Produtos químicos (-3,6%, queda na produção de polietileno de alta densidade (PEAD), policloreto de vinila (PVC), amoníaco e ureia) e Alimentos (-3,6%, menor produção de farinha de trigo, carnes de bovinos frescas ou refrigeradas e açúcar cristal). Porém, apresentaram resultado positivo os segmentos: Veículos automotores (34,1%, maior produção de automóveis e painéis para instrumentos de veículos automotores); Celulose e papel (3,8%); Couro e Calçados (3,6%) e Borracha e plástico (0,6%). O setor industrial (brasileiro e baiano) registra um período bastante desaquecido, refletindo a conjuntura doméstica de retração econômica. Do ponto de vista estadual, o desempenho negativo de agosto ainda é reflexo dos resultados negativos dos segmentos de refino de petróleo e biocombustíveis, metalurgia

bahia: pim-pf de Agosto 2015

Variação (%)

Setores Ago15/Ago14 Jan-Ago15/ Set14-Ago15/ Jan-Ago14 Set13-Ago14

Indústria de Transformação

3,4

-5,9

-3,2

Refino de petróleo e biocombustíveis

0,6

-16,0

-9,9

Produtos químicos

-2,6

-3,6

2,2

Veículos automotores

39,3

34,1

28,1

Alimentos

4,8 -3,6 -1,6

Celulose e papel

5,7

3,8

2,8

Borracha e plástico

-0,8

0,6

1,1

Metalurgia

-0,3 -19,2 -19,0

Couro e Calçados

4,4

3,6

4,1

Minerais não metálicos

-10,7

-9,4

-8,0

Equipamentos de Informática

-52,4

-63,9

-58,4

Bebidas

20,2 -9,3 -6,3

Extrativa Mineral

-7,7

-5,0

-4,6

Fonte IBGE; elaboração Fieb/SDI

e minerais não metálicos. Por outro lado, cumpre registrar o movimento de recuperação do segmento de Automóveis (+28,1% no acumulado do ano), após o bem sucedido lançamento de novo modelo de carro (além da operação de fábrica de motores). Quanto às perspectivas para 2015, há poucos elementos para uma recuperação expressiva da indústria nacional. A estimativa de mercado é de queda da atividade industrial de 6,5% (relatório do Banco Central) este ano, e de 0,29% em 2016. Alguns indicadores ilustram as dificuldades enfrentadas pela economia nacional: (i) inflação elevada; (ii) juros elevados; e (iii) crescimento do desemprego. [bi]

BAHIA - PRODUÇÃO FÍSICA DA INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO (2012 - 2015) 115 110

2014 2013

105 100 95 2012

90 85 80

2015

75

DEZ

NOV

OUT

SET

AGO

JUL

JUN

MAI

ABR

MAR

FEV

JAN

70

Fonte: IBGE; elaboração Fieb/SDI. Nota: Exclusive a indústria extrativa mineral; base = 100 (média 2012)

Bahia Indústria  29


painel

Angelo Pontes/Coperphoto/Sistema Fieb

Rodada de Negócios Brasil Trade movimenta US$ 3,2 mi Empresas baianas, comerciais exportadoras e empresas compradoras da Bolívia, Colômbia e Uruguai participaram da Rodada de Negócios Brasil Trade, realizada nos dias 21 e 22.10, no Hotel São Salvador. Promovida pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), em parceria com a FIEB, a rodada movimentou cerca de US$ 3,2 milhões, segundo dados da Apex-Brasil. A expectativa é que os mais de 130 atendimentos realizados durante o evento gerem mais de US$ 4,8 milhões em negócios futuros. As empresas baianas participantes do evento são atendidas pelo Projeto de Extensão Industrial Exportadora (PEIEX), operacionalizado na Bahia pelo Instituto Euvaldo Lodi (IEL), em parceria com o Centro Internacional de Negócios (CIN). Empresários de todo o estado participaram da rodada promovida pela Apex

Cooperação tecnológica une SENAI e Bahiagás

Programa da ANP avalia pesquisas acadêmicas

O SENAI e a Companhia de Gás da Bahia (Bahiagás) assinaram um protocolo de intenções para cooperação e o intercâmbio científico e tecnológico. Pelo acordo, as partes vão avaliar a viabilidade de implantar um sistema de cogeração com gás natural nas instalações da Central de Utilidades do Cimatec. A planta será disponibilizada como showroom para visitas técnicas e a realização de cursos para formação de operadores. Além disso, quando for implantado o Cimatec Industrial, em Camaçari, o SENAI Bahia tentará obter da ANEEL apoio ao projeto para desenvolvimento de pesquisa para construção de um protótipo de turbina a gás de alto rendimento.

Pesquisas de ponta em petróleo, gás natural e biocombustíveis foram apresentadas no final de setembro no SENAI Cimatec durante o I Workshop Anual de Avaliação do Programa de Recursos Humanos da ANP. Iniciativa do SENAI Cimatec, Instituto de Geociências da UFBA e Escola Politécnica da UFBA, o evento permitiu ao público ter acesso a uma amostra dos resultados dos estudos desenvolvidos por alunos de graduação, mestrado e doutorado das três instituições de ensino com recursos da ANP e do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação. Na ocasião, também foram selecionados os bolsistas que irão representar a Bahia na reunião anual de avaliação do programa da ANP.

30  Bahia Indústria

Empresa baiana participa da Conferência Ethos 360° As práticas sustentáveis da empresa baiana Camisas Polo foram compartilhadas na edição de 2015 da Conferência Ethos 360°, realizada em setembro, em São Paulo. O empresário Hari Hartman apresentou a experiência da indústria de confecção que atua há 20 anos no mercado. Entre as ações de sustentabilidade adotadas destacam-se o uso de energia solar, a captação de água da chuva e a instalação de maquinários mais eficientes. A camisas Polo foi vencedora do 11º Prêmio FIEB de Desempenho Socioambiental, promovido em 2014.


Governo da Bahia/Divulgação

SESI participa de projetos educativos da Câmara Cinco estudantes do SESI Bahia foram selecionados para participar da 12ª edição do Parlamento Jovem Brasileiro, que reuniu 78 estudantes de todo o país em Brasília. A Bahia foi representada por seis jovens parlamentares, cinco deles estudantes da Escola Djalma Pessoa, do SESI Piatã. Os selecionados foram João Victor Docílio Pereira, Catarina Fagundes Moreira, Érica de Lima Góes, Fernanda Santos Conceição e Ydson Cerqueira Amorim Júnior. Já a professora do SESI Candeias, Nadiclecia Jataraiba da Silva, foi uma das seis selecionadas em todo o país para participar do Câmara Mirim 2015, iniciativa da Câmara Federal voltada para professores do Ensino Fundamental II.

Missão empresarial da Bahia • O presidente da FIEB, Ricardo Alban, participou,ao lado do governador Rui Costa, entre os dias 5 e 10 de outubro, da Missão Governamental/Empresarial da Bahia à Itália. Realizada pelo governo do estado e FIEB, a iniciativa teve como objetivo promover a prospecção de oportunidades de negócios e acordos de cooperação empresarial e institucional, além de propiciar conhecimento de novas tecnologias e práticas de inovação, gestão e governança de distritos industriais italianos, referência mundial de politicas de apoio à inovação e uso intensivo de bases tecnológicas.

SESI e SENAI são parceiros do Projeto Ford Educação

Angelo Pontes/Coperphoto/SistemaFIEB

Cem estudantes da rede estadual de ensino do município de Camaçari foram selecionados para participar do Programa Ford de Educação para Jovens, financiado pelo Ford Fund e realizado com a parceria do Serviço Social da Indústria (SESI), do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI), Prefeitura de Camaçari e Governo do Estado. Durante seis meses, os estudantes vão participar de uma capacitação, que prevê qualificação comportamental, a cargo do SESI, e técnica, a cargo do SENAI, com foco em empregabilidade e ingresso no mercado. Ao final da formação, os 30 melhores alunos serão encaminhados para trabalhar como aprendizes na Ford. O conteúdo pedagógico do SESI prevê aulas de inglês, formação pessoal e social, além de orientações de saúde (qualidade de vida) e segurança no trabalho (SST). Já o SENAI ficará encarregado da formação técnica, nos cursos de auxiliar administrativo, de manutenção mecânica, manutenção automotiva e de eletricidade.

Ford vai preparar 100 jovens da rede estadual para o mercado de trabalho; o lançamento do projeto ocorreu em Camaçari

Bahia Indústria  31


jurídico

A Lei de Recuperação Judicial após uma década de vigência Por Betânia Trindade

A Lei nº 11.101/2005, que regula a recuperação judicial, extrajudicial e a falência de empresário e da sociedade empresária, completa neste ano uma década de vigência, cujo objetivo é possibilitar que empresas que enfrentam dificuldades econômico-financeiras possam se reestruturar, promovendo a preservação de suas atividades, sua função social e o estímulo ao crescimento econômico. Sua criação, em substituição ao Decreto-Lei nº 7.661/45, - que se preocupava basicamente com aspectos formais para declaração da falência da empresa e já não atendia à necessidade e à realidade empresarial -, teve como motivação possibilitar a continuidade da empresa em momento de crise, dando-lhe chances de se reerguer, permitindo a manutenção da fonte produtora, do emprego dos trabalhadores e dos interesses dos credores, desde que os negócios da empresa sejam viáveis no aspecto econômico e financeiro, ou seja, possam ser recuperáveis. Segundo estimativa feita no primeiro semestre, pelo Instituto Nacional da Recuperação Empresarial – INRE, desde o início da vigência da lei, dos quase sete mil registros feitos, apenas 5% das empresas que entraram com pedidos de recuperação judicial voltaram a atuar como empresas regulares. (www.inre.com.br) Esse baixo índice de recuperação pode ser atribuído a fatores como: a inviabilidade do plano 32  Bahia Indústria

de recuperação apresentado pelo devedor em juízo; a dificuldade de acesso ao crédito, o qual se torna muito oneroso e até mesmo inexequível para as empresas recuperandas; recuperações judiciais requeridas tardiamente por Segundo estimativa empresas, quando já não posfeita no primeiro suem condições semestre, pelo INRE, econômicas de desde o início da se restabelecer; vigência da lei, dos além do fato de que a execução quase sete mil registros do plano de refeitos, apenas 5% cuperação é modas empresas que roso, podendo entraram com pedidos durar em torno de 6 a 10 anos, de recuperação judicial o que demonsvoltaram a atuar como tra que após empresas regulares uma década de existência, muitos pedidos de recuperação ainda tramitam na justiça. Diante desse panorama, constata-se que do número total de pedidos de recuperação judicial pendentes de apreciação no judiciário, certamente, muitas empresas não atingirão o legítimo objetivo da lei, o que evidencia a necessidade de alterações em seus dispositivos para o futuro, buscando torná-la mais eficiente de modo a garantir, de fato, que as empresas que se socorram à Betânia Trindade integra recuperação judicial mantenhama equipe da -se ativas e saudáveis econômica e Gerência Jurídica da FIEB financeiramente.

Portaria sobre contratação de aprendizes é revogada Por meio da Portaria MTPS nº 21/15 foi revogada a Portaria MTE nº 1.288/15, que estabelecia novas regras para o cumprimento da cota de aprendizagem nas empresas cujas atividades demandassem mão de obra com habilitação técnica específica e/ou que prestassem serviços de forma preponderante em ambientes insalubres e/ou perigosos. Dentre as regras revogadas destacam-se: a) a possibilidade de cumprimento alternativo das cotas através da contratação de: a.1) empregados com idade entre 16 e 29 anos; a.2) jovens após o término do contrato de aprendizagem, cumprida a cota até os 29 anos de idade do menor aprendiz admitido; b) a forma de estipulação da base de cálculo da quota de aprendizes por empresa.

STF decide sobre atualização dos débitos trabalhistas Foi deferida pelo STF, no dia 14/10/15, liminar que suspendeu os efeitos da decisão do TST que afastou o uso da TRD na correção de débitos trabalhistas e determinou a adoção do IPCA-E. Com a decisão, os débitos trabalhistas deverão novamente ser atualizados com base na TRD, até que a questão seja julgada pelo STF.


Investimento em gás natural é estratégico

Potencial das reservas na Bahia foi discutido no encontro, que debateu uma agenda para o setor e o acesso de novas empresas

A

definição de uma agenda para o segmento de petróleo e gás, que permita a entrada de novas empresas no setor e estimule a exploração do insumo em terra foi defendida durante o seminário Impactos Econômicos do Desenvolvimento da Exploração de Gás Natural na Bahia, realizado no dia 23 de outubro, na sede da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB) em Salvador. Na abertura do evento, o secretário estadual de Infraestrutura, Marcus Cavalcanti lembrou que se há um lugar no Brasil que reúne as condições para a exploração de gás natural em terra, este lugar é a Bahia. Cavalcanti destacou que a Petrobras nasceu na Bahia; aqui há uma “inteligência técnica” na exploração de petróleo e gás em terra e existe pleno conhecimento geológico dos recursos disponíveis. Em razão disso, o governo do estado está fazendo estudos para ampliar a malha de gasodutos e incentivar a produção do gás natural no Recôncavo Baiano. “Estamos trabalhando para termos mais oferta e mais consumo”, afirmou o secretário, no evento organizado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e a FIEB. Um dos investimentos cogitados pelo governo do estado é a construção de um gasoduto ligando o Recôncavo a Barreiras. De acordo com estudo apresentado pela CNI no seminário, a Bahia tem duas bacias com grande potencial de produção de gás natural: a do Recôncavo e a de Tucano. Existem 21 campos em atividade no Recôncavo e seis na área de Tucano. Se essas duas bacias receberem investimentos de US$ 9,1 bilhões nos próximos 35 anos, a produção de gás natural no estado aumentará dos atuais 2 milhões para 15,6 milhões de metros cúbicos em 2050. Caso esses investimentos se confirmem, a estimativa é que em 2022 sejam criados 1.500 empregos diretos e indiretos por ano na exploração e produção de gás natural. A partir de 2044, com o crescimento da produção, serão abertos até 2

Marcelo Gandra / Coperphoto / Sistema FIEB

Conselho de Petróleo e Gás em reunião na FIEB, realizada em outubro

mil empregos diretos e indiretos por ano no setor. Para o coordenador do Conselho de Petróleo e Gás da FIEB, Humberto Rangel, a crise econômica que o país atravessa e a revisão dos investimentos da Petrobras abrem caminho para o Brasil reavaliar o modelo de exploração e distribuição do gás natural. “É a oportunidade de outros atores investirem nesse mercado. Precisamos construir um mercado mais dinâmico”, afirmou Rangel. Segundo ele, o desenvolvimento do setor na Bahia depende de preços competitivos, garantia de abastecimento, um plano estratégico de ampliação dos gasodutos e do equacionamento de questões de licenciamento ambiental. A diretora de Relações Institucionais da CNI, Monica Messemberg, afirmou que a oferta abundante de gás natural a preços competitivos é indispensável para a expansão da indústria e da economia brasileira. Mas o incremento da produção do gás depende da implementação de uma agenda para o setor. Entre as medidas propostas pela CNI estão: o aperfeiçoamento dos processos de licenciamento ambiental, a criação de incentivos para o setor e a redução da burocracia dos processos de licenciamento técnico. [bi] Bahia Indústria  33


leitura&entretenimento Divulgação

show Legado de Da Vinci Importante artista renascentista, Leonardo Da Vinci deixou um legado não só composto pela famosa Monalisa. Inventor nato, o italiano deu vida a invenções que são úteis até hoje. Com o advento da tecnologia, muitas dessas peças foram criadas em colaboração com artesãos italianos e serão apresentadas na exposição Da Vinci – A Exibição, que está em cartaz em Salvador. Mais que uma mostra, a exposição é uma aula de inovação e reúne 60 obras, sendo 44 interativas. Dentre as peças interativas estão um carro a manivela e um tanque. Também há espaço para as réplicas de pinturas como a Santa Ceia e Monalisa.

Não perca Shopping Salvador, Piso L1, até 17.1.16. Av. Tancredo Neves, nº 3133. Ingresso: seg. R$ 20/R$10; ter a dom e feriados, R$ 30/R$ 15 Fernando Tavares/Divulgação

exposição Gente do Choro na Varanda do SESI A temporada de roda de choro está aberta na Varanda do SESI Rio Vermelho, com a apresentação do grupo Gente do Choro. A cada noite a banda recebe um convidado especial. O grupo surgiu em 2001, com a parceria de Carlinhos do Bandolim e Pedrinho do Pandeiro, um forte apelo do bandolim como instrumento principal, e composições de chorinhos como “Choro em Copacabana” e “Me segura”. A ideia da formação surgiu, inicialmente, como uma brincadeira musical de amigos que se reuniam no bairro da Liberdade, que resultava em animação e música. Atualmente, a banda prepara repertório com composições exclusivas do Mestre Jacob do Bandolim.

Não perca Varanda do SESI, segundas, 20h, até 30.11. Rua Borges dos Reis, 9, Rio Vermelho. Couvert: R$ 20 (em espécie). Informações: (71) 99160-9140

livros Cem anos da Teoria da Relatividade Geral

Albert Einstein e as Fronteiras da Física Jeremy Bernstein Companhia das Letras 184 p. R$ 34

34 Bahia Indústria

Há cem anos, Albert Einstein propôs a Teoria da Relatividade Geral, que revolucionou a física e fez com que a forma de entender o espaço, o tempo, a luz e o universo fossem mudadas completamente. O autor e adorador do cientista, Jeremy Bernstein, faz uma tradução dessa teoria e de experimentos complexos do cientista de forma simples e clara, reforçando, também, como o físico alemão se tornou um ícone da ciência.

Trajetória

Um homem e seu sonho Aurélio Schommer 203 p. R$29,90

O historiador e conselheiro estadual de cultura Aurélio Schommer, conta neste livro a história do empresário José Rosário, imigrante espanhol e fundador da Indeba, uma das maiores indústrias de higienização do país. O livro conta detalhes dos seus 97 anos, desde sua chegada à Bahia, nos anos 1930, destacando sua persistência e visão empreendedora que o ajudaram a erguer várias empresas, em especial a Indeba nos anos 1960.


QUER TORNAR SEU AMBIENTE DE TRABALHO MAIS SEGURO E SUA EMPRESA MAIS COMPETITIVA? O SESI SABE COMO. Os crescentes custos com o presenteísmo e absenteísmo por motivo de saúde, assim como a dificuldade do trabalhador afastado em retornar para suas atividades laborais, demandam atenção constante. No atual

NORMAS REGULAMENTADORAS DE SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO ATENDIDAS PELO SESI NR 05 • NR 06 • NR 07 NR 09 • NR 10 • NR 12 • NR 15 NR 16 • NR 17 • NR18 NR 20 • NR 22 • NR 23 • NR 26 NR 33 • NR 35 • NR 36 ACESSE NOSSO SITE E SAIBA MAIS WWW.FIEB.ORG.BR/SESI

cenário da indústria brasileira, a prevenção e gestão são estratégias que objetivam reduzir os custos, aumentar a produtividade e contribuir com a qualidade de vida e satisfação dos trabalhadores. O SESI dispõe de serviços direcionados ao apoio à indústria para alcançar esses objetivos.

Bahia Indústria  35



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