Nota Técnica - PIB 2º trimestre de 2018

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Contas Nacionais Trimestrais

Setembro de 2018

2º Trimestre de 2018

No 2º trimestre de 2018, a economia brasileira, segundo dados das Contas Nacionais Trimestrais do IBGE, registrou crescimento de 0,2% (com ajuste sazonal) em relação ao trimestre anterior. Na comparação com o 2º trimestre de 2017, verificou-se crescimento de 1,0%. No acumulado do 1º semestre de 2018, o PIB fechou com 1,1% de crescimento. No acumulado de quatro trimestres (taxa anualizada), o PIB registra crescimento de 1,4% em relação aos 12 meses anteriores. (Ver gráfico abaixo).

Sob a ótica da demanda, no acumulado de 12 meses terminados no 2º trimestre de 2018, o Consumo das Famílias cresceu 2,3%, ante a redução de 1,9% em igual período de 2017. O Consumo do Governo (Despesa de Consumo da Administração Pública) registrou queda no período em análise (-0,4%, contra -0,3%). A Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) apresentou crescimento de 2,6%, ante redução de 6,3% em igual período do ano anterior. As Exportações de Bens e Serviços registraram resultado positivo de 4,7% e as Importações de Bens e Serviços apresentaram crescimento de 7,1%, contra decréscimo de 0,6% em 2017.

SUPERINTENDÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL

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Do lado da oferta, a Agropecuária apresentou crescimento de 2,0% e a Indústria crescimento de 1,4% no período. Entre as atividades industriais, Indústria de Transformação, Extrativa Mineral e SIUP (Eletricidade, Gás, Água, Esgoto e Limpeza Urbana) obtiveram crescimento de 3,5%, 0,3% e 1,0%, respectivamente, enquanto a Construção Civil permaneceu em queda (-2,4%) menos acentuada que no ano anterior. O setor de Serviços registrou crescimento de 1,4% no período, ante queda de 1,5% em 2017, influenciado positivamente pelo resultado do Comércio (3,7%).

SUPERINTENDÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL

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O PIB no 2º trimestre de 2018 (a preços de mercado) alcançou R$ 1.693 bilhões, sendo R$ 1.450 bilhões referentes ao Valor Adicionado a preços básicos e R$ 242 bilhões aos Impostos sobre Produtos Líquidos de Subsídios. Considerando o valor adicionado a preços básicos, nota-se que a Indústria ganhou participação relativa, passando de 20,8% para 21,2%, no período em análise. O setor de Serviços ganhou participação no PIB, 72,5% para 72,6% no segundo trimestre de 2018. A Agropecuária perdeu participação relativa no PIB, passando de 6,7% para 6,1% no período em análise. Quanto ao desdobramento do PIB pelos componentes da demanda a preços de mercado (inclusive impostos), o Consumo das Famílias totalizou R$ 1.063 bilhões, o Consumo do Governo R$ 332 bilhões e a FBCF R$ 271 bilhões (16,0% do PIB). As Exportações e as Importações de Bens e Serviços alcançaram R$ 239 bilhões e R$ 223 bilhões, respectivamente, enquanto a Variação de Estoques foi positiva em R$ 8 bilhões no 2º trimestre de 2018. O resultado do PIB no 2º trimestre de 2018 registra um processo bastante lento de recuperação da economia brasileira. No acumulado de 12 meses, este é o terceiro resultado positivo após uma sequência de onze quedas. A paralisação dos caminhoneiros ajudou a frear os resultados positivos, além das incertezas políticas em um ano eleitoral, influenciaram negativamente a atividade econômica no período. Diante da tímida retomada, a perspectiva dos analistas de mercado é que a economia brasileira retorne ao patamar anterior à recessão (2014) entre os anos de 2021 e 2022. O último Relatório Focus (31/08) reduziu ainda mais a projeção do PIB para 1,44% em 2018 (em 05/01 a projeção era de crescimento de 2,69%).

SUPERINTENDÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL

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