Nota Técnica PIB 4º trimestre de 2017

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Contas Nacionais Trimestrais

Março de 2018

4º Trimestre de 2017

No 4º trimestre de 2017, a economia brasileira, segundo dados das Contas Nacionais Trimestrais do IBGE, registrou crescimento de 0,1% (com ajuste sazonal) em relação ao trimestre anterior. Na comparação com o 4º trimestre de 2016, verificou-se crescimento de 2,1%. No acumulado de quatro trimestres (taxa anualizada), o PIB de 2017 cresceu 1,0% em relação ao ano anterior, refletindo o início do ciclo de retomada. (Ver gráfico abaixo). Primeira alta depois de dois anos consecutivos de forte retração: -3,5% em 2015 e -3,5% em 2016.

Sob a ótica da demanda, no acumulado de 12 meses terminados no 4º trimestre de 2017, o Consumo das Famílias cresceu 1,0%, ante a redução de 4,3% em 2016. O Consumo do Governo (Despesa de Consumo da Administração Pública) registrou queda no período em análise (-0,6%, contra -0,1%). A Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) apresentou queda menos acentuada (-1,8%, contra -10,3%). As Exportações de Bens e Serviços registraram resultado positivo de 5,2% e as Importações de Bens e Serviços apresentaram crescimento de 5,0%, contra decréscimo de 10,2% em 2016.

SUPERINTENDÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL

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Do lado da oferta, a Agropecuária apresentou crescimento de 13,0%, ante a queda de 4,3% em 2016. A Indústria se manteve estável, ante retração de 4,0% no mesmo período. Entre as atividades industriais, Indústria de Transformação, Extrativa Mineral e SIUP (Eletricidade, Gás, Água, Esgoto e Limpeza Urbana) obtiveram crescimento de 1,7%, 4,3% e 0,9%, respectivamente, enquanto a Construção Civil permaneceu em queda (-5,0%). O setor de Serviços registrou crescimento de 0,3% no período, ante queda de 2,6% em 2016, influenciado positivamente pelo resultado do Comércio (1,8%).

SUPERINTENDÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL

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O PIB em 2017 (a preços de mercado) alcançou R$ 6.559 bilhões, sendo R$ 5.648 bilhões referentes ao Valor Adicionado a preços básicos e R$ 911 bilhões aos Impostos sobre Produtos Líquidos de Subsídios. Considerando o valor adicionado a preços básicos, nota-se que a Indústria ganhou importância relativa, passando de 21,2% para 21,5%, no período em análise. O setor de Serviços manteve sua participação no PIB, 73,2% nos anos de 2016 e 2017. A Agropecuária perdeu participação relativa no PIB, passando de 5,7%, em 2016, para 5,3% em 2017. Quanto ao desdobramento do PIB pelos componentes da demanda a preços de mercado (inclusive impostos), o Consumo das Famílias totalizou R$ 4.161 bilhões, o Consumo do Governo R$ 1.315 bilhões e a FBCF R$ 1.025 bilhões (15,6% do PIB, contra 16,1% em 2016). As Exportações e as Importações de Bens e Serviços alcançaram R$ 824 bilhões e R$ 757 bilhões, respectivamente, enquanto a Variação de Estoques negativa em R$ 8,6 bilhões em 2017. O resultado do PIB em 2017 registra um processo de recuperação modesta da economia brasileira. A supersafra de grãos, queda da inflação e da taxa de juros, e melhora da confiança influenciaram positivamente no resultado. Ainda que o crescimento verificado seja tímido, diante da retração dos últimos anos, entendemos que em 2018 haverá um crescimento mais robusto. No entanto, para a sustentabilidade da economia brasileira em médio-longo prazo, há que se fazer as Reformas Estruturais tão necessárias, das quais destacamos: Fiscal, Tributária, Previdenciária e Política. A expectativa para 2018, conforme previsão do mercado (Relatório Focus, 23/02) é que o PIB apresente crescimento de 2,89%.

SUPERINTENDÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL

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