Nota sobre os resultados da PIM-PF Regional1
Fevereiro de 2015
Em fevereiro de 2015, a taxa anualizada da produção física da indústria de transformação da Bahia foi de -5,2%, registrando declínio em relação à registrada em janeiro de 2015 (-3,4%). Assim, a Bahia se posiciona no 8º lugar do ranking dos quatorze estados que participam da PIMPF-R, do qual apenas dois apresentaram desempenho positivo: Mato Grosso (2,6%) e Goiás (1,1%). Os outros doze estados registraram resultados negativos: Pernambuco (-0,3%), Pará (-0,4%), Espírito Santo (-1,5%), Santa Catarina (-3,6%), Ceará (-4,2%), Bahia (-5,2%), Minas Gerais (-5,9%), Rio de Janeiro (-6,6%), Rio Grande do Sul (-6,7%), São Paulo (-6,9%), Paraná (-8,3%) e Amazonas (-9%). Na Bahia, dos onze segmentos pesquisados, cinco apresentaram resultados positivos: Produtos Químicos (6%), Alimentos (1,8%), Celulose e Papel (1,5%), Borracha e Plástico (0,2%) e Couro e Calçados (0,1%). Em sentido contrário, apresentaram retração os segmentos: Bebidas (-5%), Minerais não Metálicos (-6,8%), Refino de Petróleo e Biocombustíveis (-7,9%), Metalurgia (-13,2%), Veículos Automotores (-8,9%) e Equipamentos de Informática (-49,9%). Na comparação de fevereiro de 2015 com igual mês do ano anterior, a produção física da indústria de transformação baiana apresentou queda de 24,3%, a maior entre os quatorze estados. Quatro dos onze segmentos industriais da Bahia apresentaram resultados positivos: Veículos Automotores (10,6%, principal contribuição positiva sobre o total da indústria, influenciada não só pela maior fabricação de automóveis, mas pela base de comparação deprimida, uma vez que esse setor recuou 37% em fevereiro de 2014), Celulose e Papel (1,9%, aumento na produção dos itens pastas químicas de madeira celulose), Couro e Calçados (2,8%) e Alimentos (5,5%, aumento na produção de tortas, bagaços, farelos e outros resíduos da extração do óleo de soja, óleo de soja refinado e em bruto). Apresentaram retração os segmentos: Refino de Petróleo e Biocombustíveis (-59,9%, principal impacto negativo sobre o total, influenciado pela paralisação na produção de importante unidade produtiva, com destaque para a redução na fabricação dos itens óleo diesel, óleos combustíveis, naftas para petroquímica, gasolina automotiva e 1
A partir de maio de 2014 tem início a divulgação da nova série da PIM-PF. A reformulação teve como objetivos: atualizar a amostra de atividades, produtos e informantes; elaborar uma nova estrutura de ponderação dos índices com base em estatísticas industriais mais recentes; adotar, na PIM-PF, as novas classificações, de atividades e produtos, usadas pelas demais pesquisas da indústria a partir de 2007 (CNAE 2.0); e produzir indicadores para aquelas Unidades da Federação que no ano de 2010 responderam por pelo menos 1% do Valor da Transformação Industrial e, também, para a Região Nordeste. A série reformulada tem início em janeiro de 2012 e sua implantação não implicou em total ruptura das séries históricas iniciadas em 2002, uma vez que essas foram encadeadas à nova, em termos regionais, nas atividades em que houve uma relativa aderência entre as duas séries.
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gás liquefeito de petróleo - GLP), Equipamentos de Informática (-77,2%, de computadores pessoais de mesa - PC Desktop, gravador ou reprodutor de sinais de áudio e vídeo - DVD,
home theather e semelhantes - e peças e acessórios para máquinas de processamentos de dados), Metalurgia (-28,8%, pela menor produção de barras, perfis e vergalhões de cobre e de ligas de cobre, lingotes, blocos ou placas de aço ao carbono, vergalhões de aços ao carbono e fios de cobre refinado ou de ligas de cobre), Bebidas (-16,8%, menor produção de cervejas e chope), Minerais não Metálicos (-13,3%, elementos pré-fabricados para construção civil de cimento ou concreto e massa de concreto, ladrilhos, placas e azulejos de cerâmica e cimentos “Portland”), Produtos Químicos (-3,7%, redução na produção de acrilonitrila, PEAD, misturas de alquilbenzenos ou de alquilnaftalenos, princípios ativos para herbicidas e amoníaco) e Borracha e plástico (-1,9%) O setor industrial (brasileiro e baiano) inicia o ano de 2015 bastante desaquecido, refletindo uma conjuntura doméstica de retração e um mercado internacional ainda debilitado, refletindo-se nos baixos preços das commodities. Do ponto de vista estadual, o desempenho negativo de fevereiro ainda é reflexo da parada da RLAM que responde por quase um terço do VTI da Indústria de Transformação. Por outro lado, cumpre registrar o movimento de recuperação do segmento de Automóveis (+66,7% no acumulado do ano), após o bem sucedido lançamento de novo modelo de carro (além da operação de fábrica de motores). Quanto às perspectivas para 2015, não há elementos para uma recuperação expressiva da indústria nacional. A estimativa de mercado é de queda da atividade industrial de 2,64% (relatório do Banco Central) este ano, com alguma recuperação em 2016 (+1,5%). Alguns indicadores econômicos mostram um início de ano de dificuldades, a exemplo do salto da inflação (o IPCA acumula alta de 2,48% no ano e 7,7% em 12 meses) e da elevada taxa de juros, que alcançou 12,75%. A depreciação do Real, por sua vez, pode dar um alento ao setor exportador, beneficiando a indústria nacional.
Data: 07/04/2015
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Tabelas PIM-PF
Produção Física por Estados Indústria de Transformação (variação percentual)
Estados São Paulo
Fev 15 / Fev 14
Jan-Fev 15 / Jan-Fev 14
Mar 14-Fev 15 / Mar 13-Fev 14
-8,6
-7,0
-6,9
Minas Gerais
-13,4
-8,8
-5,9
Rio de Janeiro
-18,7
-12,7
-6,6
Paraná
-15,0
-13,2
-8,3
Rio Grande do Sul
-13,7
-12,2
-6,7
-9,6
-8,2
-3,6
Bahia
-24,3
-18,2
-5,2
Amazonas
-19,9
-16,3
-9,0
Pará
5,7
2,4
-0,4
Espírito Santo
9,4
5,6
-1,5
-4,3
-4,1
1,1
2,2
2,8
-0,3
Ceará
-9,5
-7,7
-4,2
Mato Grosso
-1,5
1,7
2,6
-11,5
-9,3
-5,9
Santa Catarina
Goiás Pernambuco
Brasil Fonte: IBGE; elaboração FIEB/SDI
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Bahia: PIM-PF de Fevereiro 2015 (variação percentual) Fev 15 / Fev 14
Jan-Fev 15 / Jan-Fev 14
Mar 14-Fev 15 / Mar 13-Fev 14
-24,3
-18,2
-5,2
-59,9
-54,9
-7,9
Produtos químicos
-3,7
-3,0
6,0
Veículos automotores
10,6
66,7
-8,9
Alimentos
5,5
5,1
1,8
Celulose e papel
1,9
9,1
1,5
-1,9
-0,3
0,2
-28,8
-23,4
-13,2
2,8
7,2
0,1
Minerais não metálicos
-13,3
-13,4
-6,8
Equipamentos de Informática
-77,2
-76,6
-49,9
Bebidas
-16,8
-16,9
-5,0
-4,0
-6,0
-0,6
Indústria de Transformação Refino de petróleo e biocombustíveis
Borracha e plástico Metalurgia Couro e Calçados
Extrativa Mineral Fonte: IBGE; elaboração FIEB/SDI
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Gráficos PIM-PF
Nota: Exclusive a indústria extrativa mineral (CNAE 10, 11, 13 e 14)
Nota: Exclusive a indústria extrativa mineral (CNAE 10, 11, 13 e 14)
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Nota: Exclusive a indústria extrativa mineral (CNAE 10, 11, 13 e 14)
SUPERINTENDÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL
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Bahia: PIM-PF de Fevereiro 2015 (variação percentual) Bebidas
-16,8
-5,0
-16,9 -49,9
Equipamentos de Informática
-76,6
-77,2
Minerais não metálicos
-13,3
Couro e Calçados
2,8
Metalurgia
-6,8
-13,4
0,1
7,2
-28,8
-23,4 -13,2
Borracha e plástico
-1,9
Celulose e papel
1,9
5,5
Veículos automotores
10,6
Refino de petróleo e biocombustíveis
1,5
9,1
Alimentos
Produtos químicos
0,2
-0,3
1,8
5,1
66,7
-3,7
-8,9
6,0
-3,0
-59,9 -54,9
-7,9
Fonte: IBGE; Elaboração FIEB/SDI. Variação mensal (Fev 15 / Fev 14) Variação do acumulada no ano (Jan-Fev 15 / Jan-Fev 14) Variação em 12 meses (Mar 14 - Fev 15 / Mar 13 - Fev 14)
Nota: Exclusive a indústria extrativa mineral; base = 100 (média 2012)
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