Nota sobre os resultados da PIM-PF Regional
Abril de 2018
A produção física da Indústria de Transformação da Bahia apresentou alta de 0,2%, em fevereiro de 2018, no acumulado de 12 meses, ocupando a décima primeira posição no
ranking dos quatorze estados que participam da PIM-PF, acima do Espírito Santo (-1,1%), Pernambuco (-1,9%) e Pará (-5,4%). Além da Bahia, os seguintes estados apresentaram crescimento no acumulado: Amazonas (8,1%), Rio de Janeiro (5,7%), Santa Catarina (5,1%), São Paulo (4,4%), Mato Grosso (3,6%), Paraná (3,3%), Ceará (3%), Goiás (2,9%), Minas Gerais (1,7%) e Rio Grande do Sul (0,9%). Na média, a Indústria de Transformação nacional apresentou crescimento de 3%. Em relação à Indústria de Transformação baiana, cinco dos onze segmentos analisados apresentaram queda em termos anualizados: Equipamentos de Informática (-55,1%), Metalurgia (-20,7%, mercado em baixa e influência de uma parada para manutenção da Paranapanema iniciada no fim de março), Refino de petróleo e biocombustíveis, setor que representa 29,0% do VTI da Indústria de Transformação, vide gráfico em anexo (-8%, devido a paradas programadas nos meses de janeiro, fevereiro, novembro e dezembro da RLAM, além do crescimento da concorrência dos combustíveis importados), Minerais não metálicos (-4,8%) e Produtos Químicos (-0,5%). Em sentido contrário, seis segmentos apresentaram crescimento na produção: Veículos automotores (33,1%, maior fabricação de automóveis com a evolução do mercado automotivo), Borracha e Plástico (5,7%), Alimentos (4,8%), Bebidas (4,2%), Couro e Calçados (2,9%) e Celulose e Papel (0,9%). Na comparação de fevereiro de 2018 com igual mês do ano anterior, a produção física da Indústria de Transformação baiana apresentou variação positiva (3,6%), enquanto a indústria nacional registrou alta de 3,9%. Quatro segmentos apresentaram crescimento: Veículos Automotores (30,1%, impulsionado pela maior fabricação de automóveis), Celulose e Papel (24,7%, pastas químicas de madeira, papel para escrita e caixas de papelão), Bebidas (21,3%, maior produção de refrigerantes, cervejas e chope) e Alimentos (11,2%, resíduos da extração do óleo de soja e óleo de soja em bruto e refinado). De modo contrário, os seguintes segmentos apresentaram queda: Metalurgia (-12,2%, queda da produção de barras, perfis e vergalhões de cobre, fios de cobre refinado, ouro em formas brutas para usos não monetários e ferrocromo), Minerais não metálicos (-9,2%), Produtos Químicos
SUPERINTENDÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL
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(-8,8%), Borracha e Plástico (-6,4%), Equipamentos de Informática (-6,1%), Refino de petróleo e biocombustíveis (-2,4%) e Couro e Calçados (-1,8%). Os dados positivos da PIM-PF de fevereiro de 2018 sugerem que o processo de recuperação econômica em curso avança de modo sustentável, tendo em vista que esse é o 8º mês consecutivo de ganhos da produção na Indústria de Transformação nacional. No caso da Bahia, a recuperação da Indústria de Transformação baiana progride em um ritmo menor, uma vez que os impactos oriundos do segmento de Refino de Petróleo e Biocombustíveis ainda contribuem negativamente. No entanto, resultados muito positivos no setor de Veículos Automotores e, em menor grau, de outros segmentos importantes, a exemplo dos setores de Alimentos, Bebidas, Borracha e Plástico, Celulose e Papel contribuíram para que a Bahia apresentasse pela primeira vez, desde maio de 2014, resultado positivo em 12 meses. Refletindo o início do ciclo de retomada, o PIB Brasil 2017 cresceu 1,0% em relação ao ano anterior, de acordo com o IBGE, e o PIB Bahia cresceu 0,4%, de acordo com a SEI. O ano de 2018 será importante para a consolidação do crescimento econômico, uma vez que se espera a volta da normalidade do ambiente político com a realização de eleições e a retomada das discussões da Reforma da Previdência, inescapável para qualquer governo eleito, tendo em vista o crescimento do déficit, cujas previsões já se aproximam da soma de R$ 200 bilhões para este ano. Assim, o cenário de baixos juros e inflação, combinado com condução de políticas econômicas previsíveis, certamente fomentará o investimento privado, dando sustentabilidade a um novo ciclo de crescimento. Conforme as últimas informações do Banco Central (relatório Focus, 06/04/2018), as expectativas de mercado para 2018 são: (i) inflação (IPCA) de 3,53%; (ii) Selic em 6,25%; (iii) crescimento de 4,29% na produção industrial e (iv) crescimento de 2,8% no PIB.
SUPERINTENDÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL
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Tabelas PIM-PF
Produção Física por Estados Indústria de Transformação (variação percentual)
Estados São Paulo
Fev18 / Fev 17
Jan-Fev 18 / Jan-Fev 17
Mar 17-Fev 18 / Mar 16-Fev 17
4,9
6,2
4,4
-0,4
4,3
1,7
5,5
7,6
5,7
-0,3
-0,9
3,3
Rio Grande do Sul
0,3
3,5
0,9
Santa Catarina
6,2
8,5
5,1
Bahia
3,6
4,5
0,2
Amazonas
17,2
26,9
8,1
Pará
-3,1
-3,8
-5,4
-10,8
-12,3
-1,1
-2,4
-0,7
2,9
Pernambuco
4,9
0,9
-1,9
Ceará
2,8
3,9
3,0
-2,3
-1,0
3,6
3,9
5,3
3,0
Minas Gerais Rio de Janeiro Paraná
Espírito Santo Goiás
Mato Grosso Brasil Fonte: IBGE; elaboração FIEB/SDI
SUPERINTENDÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL
3
Bahia: PIM-PF de Fevereiro de 2018 (variação percentual) Fev18 / Fev 17
Jan-Fev 18 / Jan-Fev 17
Mar 17-Fev 18 / Mar 16-Fev 17
Indústria de Transformação
3,6
4,5
0,2
Refino de petróleo e biocombustíveis
-2,4
-1,5
-8,0
Produtos químicos
-8,8
-5,4
-0,5
Veículos automotores
30,1
34,2
33,0
Alimentos
11,2
11,7
4,8
Celulose e papel
24,7
9,4
0,9
Borracha e plástico
-6,4
-2,6
5,7
-12,2
4,4
-20,7
Couro e Calçados
-1,8
-5,2
2,9
Minerais não metálicos
-9,2
-12,0
-4,8
Equipamentos de Informática
-6,1
9,6
-55,1
Bebidas
21,3
16,6
4,2
Extrativa Mineral
-2,8
3,7
5,9
Metalurgia
Fonte: IBGE; elaboração FIEB/SDI
SUPERINTENDÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL
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Gráficos PIM-PF
Brasil - Produção Física da Indústria de Transformação Taxa de crescimento (%) acumulada em 12 meses (Mar17- Fev18 / Mar 16 - Fev 17)
10,0 8,1 5,7
5,1
5,0
4,4 3,6
3,3
3,0
3,0
2,9 1,7 0,9
0,2
0,0
-1,1 -1,9 -5,0 -5,4
-10,0 AM
RJ
SC
SP
MT
PR
CE
BR
GO
MG
RS
BA
ES
PE
PA
PIM-PF Indústria de Transformação: Brasil x Bahia x São Paulo (taxas acumuladas em 12 meses)
15
10
4,4
5
3,0 0,2
0
-5
-15
jan/13 fev/13 mar/13 abr/13 mai/13 jun/13 jul/13 ago/13 set/13 out/13 nov/13 dez/13 jan/14 fev/14 mar/14 abr/14 mai/14 jun/14 jul/14 ago/14 set/14 out/14 nov/14 dez/14 jan/15 fev/15 mar/15 abr/15 mai/15 jun/15 jul/15 ago/15 set/15 out/15 nov/15 dez/15 jan/16 fev/16 mar/16 abr/16 mai/16 jun/16 jul/16 ago/16 set/16 out/16 nov/16 dez/16 jan/17 fev/17 mar/17 abr/17 mai/17 jun/17 jul/17 ago/17 set/17 out/17 nov/17 dez/17 jan/18 fev/18
-10
Brasil
Bahia
São Paulo
SUPERINTENDÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL
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Bahia - Produção Física da Indústria de Transformação (2016 - 2018) 110 105 100 95 90 85 80 75
70 65 60 Jan
Fev
Mar
Abr
Mai 2016
Jun
Jul
Ago 2018
2017
Set
Out
Nov
Dez
Bahia: PIM-PF de Fevereiro 2018 (variação percentual) Bebidas
21,3
Equipamentos de Informática Minerais não metálicos
-6,1
-9,2
Couro e Calçados
-4,8
-12,0 -1,8
2,9
-5,2
4,4
-6,4
24,7
Alimentos
0,9
4,8
11,7 30,1
-8,8
Refino de petróleo e biocombustíveis
5,7
9,4
11,2
Veículos automotores
-20,7
-2,6
Celulose e papel
Produtos químicos
-55,1
9,6
Metalurgia -12,2 Borracha e plástico
4,2
16,6
33,0
34,2
-5,4
-2,4 -1,5
-0,5
-8,0
Fonte: IBGE; Elaboração FIEB/SDI. Variação mensal (Fev 18 / Fev 17) Variação do acumulada no ano (Jan - Fev 18 / Jan - Fev 17) Variação em 12 meses (Mar 17 - Fev 18 / Mar 16 - Fev 17)
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ANEXO – Matriz da Indústria de Transformação Baiana
Fonte: Pesquisa Industrial Anual 2015. IBGE.
SUPERINTENDÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL
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