Nota sobre os resultados da PIM-PF Regional
Agosto de 2018
A produção física da Indústria de Transformação da Bahia registrou crescimento de 1,6% em junho de 2018, no acumulado de 12 meses (contra queda de 0,1% em maio), ocupando a 9ª posição no ranking dos quatorze estados que participam da PIM-PF, abaixo do Amazonas (11,8%), Rio de Janeiro (6,1%), São Paulo (5,8%), Santa Catarina (4,8%), Mato Grosso (4,6%), Paraná (2,8%), Ceará (2,3%) e Goiás (2,2%). Abaixo da Bahia, encontram-se os seguintes estados: Minas Gerais (1,5%), Pernambuco (0,6%), Rio Grande do Sul (-0,3%), Espírito Santo (-3,1%) e Pará (-4,6%). Na média, a Indústria de Transformação nacional apresentou crescimento de 3,6%. Em relação à Indústria de Transformação baiana, apenas quatro dos onze segmentos analisados apresentaram crescimento em termos anualizados: Veículos automotores (29,5%, maior fabricação de automóveis com a evolução do mercado automotivo), Bebidas (10,0%), Alimentos (5,0%), e Borracha e Plástico (2,9%). Em sentido contrário, os seguintes segmentos apresentaram queda: Informática (-29,9%), Minerais não metálicos (-8,8%), Couro e Calçados (-7,0%), Refino de petróleo e biocombustíveis, setor que representa 29,0% do VTI da Indústria de Transformação, vide gráfico em anexo (-5,5%), Produtos Químicos (-2,9%), Metalurgia (-2,4%) e Celulose e Papel (-1,4%). Na comparação de junho de 2018 com igual mês do ano anterior, a produção física da Indústria de Transformação baiana apresentou variação positiva (9,4%), superior ao resultado da indústria nacional (3,7%). Seis dos onze segmentos apresentaram crescimento: Equipamentos de Informática (121,4%, aumento da produção de computadores pessoais de mesa), Veículos Automotores (89,8% maior produção de automóveis com motor a gasolina, álcool ou bicombustível), Metalurgia (44,7%, aumento na produção de barras, perfis e vergalhões de cobre), Bebidas (16,0%, cervejas, refrigerantes e águas minerais), Celulose e Papel (5,7%, pasta química de madeira, caixas de papelão e papel para escrita/impressão), e Alimentos (2,2%, pasta de cacau, biscoitos/bolachas e resíduos de extração de soja). Em sentido oposto, apresentaram redução: Produtos Químicos (-15,6%, queda na produção de ureia, amoníaco, PVC, etc.), Couro e Calçados (-13,0%, redução da fabricação de tênis de material sintético e calçados moldados de borracha), Minerais não metálicos (-11,1%, massa de concreto e argamassa), Borracha e Plástico (-3,5%, redução de pneus novos para caminhões e ônibus, tubos ou canos plásticos para a construção civil), e Refino de petróleo
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e biocombustíveis (-0,9%, queda na produção de óleos combustíveis, óleo diesel, parafina e gasolina automotiva). Na relação do acumulado do primeiro semestre de 2018, com igual período de 2017, a Indústria de Transformação baiana registrou crescimento de 0,4% (contra crescimento de 2,7% da indústria nacional). No período em análise, cinco segmentos apresentaram expansão: Equipamentos de Informática (41,6%), Veículos Automotores (22,1%), Bebidas (12,5%), Metalurgia (6,2%) e Alimentos (5,1%). Seis segmentos apresentaram queda: Minerais não Metálicos (-12,1%, com queda na produção de elementos pré-fabricados para construção civil, cimentos Portland, e ladrilhos, placas e azulejos de cerâmica), Couro e Calçados (-11,0%), Produtos Químicos (-8,3, queda na produção de propeno não-saturado, etileno não-saturado e PVC), Borracha e Plástico (-4,6%), Refino (-3,7%, queda na produção de óleos combustíveis e naftas para petroquímica) e Celulose e Papel (-1,2%, retração da produção de pastas químicas de madeira, processo sulfato, branqueadas ou não). Os resultados da produção industrial no mês de junho refletem uma retomada econômica inconsistente, com influência considerável da recuperação de atividades pós greve dos caminhões. No período recente, a produção da Indústria de Transformação baiana tem sido puxada, principalmente, pelo segmento de automóveis que conseguiu incrementar suas vendas para o mercado interno e também exportação. Já as atividades de refino continuam apresentando resultados negativos, num ambiente de incertezas políticas. Desse modo, entende-se que as eleições deste ano serão importantes para uma estabilização econômica e política, propiciando a retomada dos investimentos produtivos, criação de postos de trabalho e a geração de renda. É importante destacar que é a saúde/competitividade do setor produtivo nacional, além do crescimento constante da produtividade, que permite o desenvolvimento socioeconômico sustentável e a manutenção de políticas de bem-estar para a população. Conforme as últimas informações do Banco Central (relatório Focus, 03/08/2018), as expectativas de mercado para 2018 são: (i) inflação (IPCA) de 4,11%; (ii) Selic em 6,50%; (iii) crescimento de 2,85% na produção industrial e (iv) crescimento de 1,50% no PIB.
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Tabelas PIM-PF
Produção Física por Estados Indústria de Transformação (variação percentual)
Estados São Paulo
Jun 18 / Jun 17
Jan - Jun 18/ Jan - Jun 17
Jul 17- Jun 18 / Jul 16 - Jun 17
4,1
4,8
5,8
-0,6
0,6
1,5
Rio de Janeiro
4,6
4,6
6,1
Paraná
9,6
1,0
2,8
Rio Grande do Sul
1,2
0,3
-0,3
Santa Catarina
3,5
3,9
4,8
Bahia
9,4
0,4
1,6
Amazonas
4,2
16,5
11,8
Pará
-7,3
-6,3
-4,6
Espírito Santo
-6,5
-6,8
-3,1
Goiás
-2,0
-3,4
2,2
9,9
3,4
0,6
Ceará
-3,5
0,3
2,3
Mato Grosso
-0,1
-0,2
4,6
3,7
2,7
3,6
Minas Gerais
Pernambuco
Brasil Fonte: IBGE; elaboração FIEB/SDI
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Bahia: PIM-PF de Junho de 2018 (variação percentual) Jun 18 / Jun 17
Jan - Jun 18/ Jan - Jun 17
Jul 17- Jun 18 / Jul 16 - Jun 17
Indústria de Transformação
9,4
0,4
1,6
Refino de petróleo e biocombustíveis
-0,9
-3,7
-5,5
-15,6
-8,3
-2,9
89,8
22,1
29,5
Alimentos
2,2
5,1
5,0
Celulose e papel
5,7
-1,2
-1,4
Borracha e plástico
-3,5
-4,6
2,9
Metalurgia
44,7
6,2
-2,4
Couro e Calçados
-13,0
-11,0
-7,0
Minerais não metálicos
-11,1
-12,1
-8,8
Equipamentos de Informática
121,4
41,6
-29,9
16,0
12,5
10,0
0,7
-0,4
6,9
Produtos químicos Veículos automotores
Bebidas Extrativa Mineral Fonte: IBGE; elaboração FIEB/SDI
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Gráficos PIM-PF
Produção Física Física dadeIndústria da Indústria de Transformação Transformação (2016 - 2018) (2016 - 2018)
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Bahia: PIM-PF de Junho 2018 (variação percentual) Bebidas
16,0
Equipamentos de Informática
Minerais não metálicos Couro e Calçados
121,4
-11,1 -13,0
44,7
-7,0
6,2
-3,5
-2,4 2,9
-4,6 5,7
Alimentos
-1,4
-1,2
2,2
Veículos automotores
Refino de petróleo e biocombustíveis
-8,8
-11,0
Celulose e papel
Produtos químicos
41,6 -29,9
-12,1
Metalurgia Borracha e plástico
10,0
12,5
5,0
5,1
89,8 -15,6
29,5
22,1
-8,3 -0,9
-3,7
-2,9
-5,5
Fonte: IBGE; Elaboração FIEB/SDI. Variação mensal (Jun 18 / Jun 17) Variação do acumulada no ano (Jan - Jun 18 / Jan - Jun 17) Variação em 12 meses (Jul 17 - Jun 18 / Jul 16 - Jun 17)
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ANEXO – Matriz da Indústria de Transformação Baiana
Fonte: Pesquisa Industrial Anual 2015. IBGE.
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