Nota sobre os resultados da PIM-PF Regional1
Junho de 2017
A produção física da Indústria de Transformação da Bahia apresentou queda de 7,6% no acumulado de 12 meses até abril de 2017, ocupando a última posição no ranking dos quatorze estados que participam da PIM PF-R. Os seguintes estados registraram resultados negativos: Espírito Santo (-0,5%), Pernambuco (-1,1%), Paraná (-1,2%), Rio Grande do Sul (-1,6%), Goiás (-2,0%), Rio de Janeiro (-2,0%), Minas Gerais (-2,6%), Amazonas (-2,6%), São Paulo (-2,7%), Ceará (-2,9%), Mato Grosso (-4,0%) e Pará (-4,8%). O estado do Espírito Santo manteve-se estagnado (0,0%) e a Indústria de Transformação nacional apresentou queda de 3,7% no período analisado. Na Bahia, cinco dos onze segmentos apresentaram queda: Equipamentos de Informática (-43,9%), Refino de petróleo e biocombustíveis, setor que representa 31,5% do VTI da Indústria de Transformação, vide gráfico em anexo (-21,4%, devido a uma parada não programada da unidade de craqueamento catalítico de resíduos U-39 durante todo o mês de julho e a uma parada programada nos meses de janeiro e fevereiro nas unidades U-09 e U-18 da RLAM), Metalurgia (-20,0%, em virtude de uma parada para manutenção da Paranapanema iniciada no fim de março), Minerais não metálicos (-7,8%) e Borracha e Plástico (-3,6%). Os segmentos que apresentaram crescimento foram: Couro e Calçados (11,8%), Veículos automotores (10,4%), Bebidas (7,0%), Alimentos (2,3%) e Produtos Químicos (1,9%). Celulose e Papel manteve o mesmo patamar (0,0%). Na comparação do período de janeiro a abril de 2017 com igual período do ano anterior, a produção física da Indústria de Transformação baiana apresentou queda de 7,9%, enquanto a indústria nacional contabilizou retração de 1,8%. Seis dos onze segmentos industriais da Bahia apresentaram resultados negativos: Equipamentos de Informática (-73,5%, retração na fabricação de gravador ou reprodutor de sinais de áudio/vídeo e computadores pessoais de mesa e portáteis), Metalurgia (-40,8%, queda na produção de barras, perfis e vergalhões de cobre e de ligas de cobre), Refino de Petróleo e Biocombustíveis (-16,4%, as paradas programadas para manutenção nas duas unidades reduziram a produção de óleo diesel, óleos combustíveis e naftas para petroquímica), Alimentos (-4,1%, carnes de bovinos frescas ou refrigeradas, tortas, bagaços, farelos e outros resíduos da extração do óleo de soja e óleo de soja em bruto e refinado), Celulose e Papel (-3,4%, menor produção de pastas químicas
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A partir de maio de 2014 tem início a divulgação da nova série da PIM-PF. A reformulação teve como objetivos: atualizar a amostra de atividades, produtos e informantes; elaborar uma nova estrutura de ponderação dos índices com base em estatísticas industriais mais recentes; adotar, na PIM-PF, as novas classificações, de atividades e produtos, usadas pelas demais pesquisas da indústria a partir de 2007 (CNAE 2.0); e produzir indicadores para aquelas Unidades da Federação que no ano de 2010 responderam por pelo menos 1% do Valor da Transformação Industrial e, também, para a Região Nordeste. A série reformulada tem início em janeiro de 2012 e sua implantação não implicou em total ruptura das séries históricas iniciadas em 2002, uma vez que essas foram encadeadas à nova, em termos regionais, nas atividades em que houve uma relativa aderência entre as duas séries.
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de madeira) e Borracha e Plástico (-2,6%). Apresentaram resultados positivos: Veículos Automotores (17,3%, aumento na produção de automóveis), Couro e Calçados (12,9%, maior produção de tênis de material sintético), Bebidas (5,8%), Minerais não metálicos (1,7%) e Produtos Químicos (1,7%, PVC, etileno não-saturado, polietileno linear e propeno não-saturado). Na comparação de abril de 2017 com igual mês do ano anterior, a produção física da Indústria de Transformação baiana apresentou queda de 8,0%, enquanto a indústria nacional contabilizou retração de 5,7%. Oito dos onze segmentos apresentaram resultados negativos: Equipamentos de Informática (-85,2%, queda na fabricação de gravador ou reprodutor de sinais de áudio e vídeo e computadores pessoais de mesa, Metalurgia (-48,3%, menor fabricação de barras, perfis e vergalhões de cobre e de ligas de cobre), Refino de petróleo e biocombustíveis (-12,0%, menor produção de óleo diesel, gasolina automotiva, gás liquefeito de petróleo e naftas para petroquímica), Minerais não metálicos (-7,1%), Borracha e Plástico (-5,5%), Alimentos (-4,9%, carnes de bovinos frescas ou refrigeradas, farinha de trigo e óleo de soja refinado), Bebidas (-1,6%) e Produtos Químicos (-0,8%). Apresentaram resultados positivos: Veículos Automotores (15,5%, aumento na fabricação de automóveis), Couro e Calçados (9,4%) e Celulose e Papel (1,4%). A recuperação da indústria brasileira e, sobretudo, da baiana está ameaçada. Do ponto de vista local, o quadro é preocupante e agravado pela extrema concentração setorial. O mal desempenho de poucos negócios conduz o agregado da indústria de transformação baiana para o último posto do ranking nacional. Fundamentalmente, a produção industrial local tem sido impactada negativamente pelo setor de refino, que detém 31,5% do VTI da indústria, e vem apresentando quedas subsequentes. As variações percentuais negativas ocorreram em todos os comparativos realizados: 12 meses (-21,4%), no acumulado do quadrimestre (-16,4%) e de abril de 2017 com igual mês do ano anterior (-12,0%). Em âmbito nacional, a agenda de competitividade precisa ser enfrentada, entretanto, o agravamento da crise política, põe em risco tanto a retomada da economia quanto a realização das Reformas Trabalhista e Previdenciária, necessárias para o restabelecimento da confiança dos investidores e a construção de um padrão sustentado de crescimento. De acordo com as informações do Banco Central (relatório Focus, 09 de junho), as perspectivas para 2017 são: (i) inflação de 3,71%; (ii) crescimento de 0,94% na produção industrial; (iii) queda da taxa Selic para 8,5%; e (iv) crescimento de 0,41% no PIB brasileiro.
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Tabelas PIM-PF
Produção Física por Estados Indústria de Transformação (variação percentual)
Estados
Abr 17 / Abr 16
Jan-Abr 17 / Jan-Abr 16
Mai 16-Abr 17 / Mai 15-Abr 16
São Paulo
-8,1
-1,9
-2,7
Minas Gerais
-4,6
-2,1
-2,6
Rio de Janeiro
-0,7
2,5
-2,0
Paraná
-4,7
2,1
-1,2
Rio Grande do Sul
-4,3
0,4
-1,6
Santa Catarina
-3,6
3,0
0,0
Bahia
-8,0
-7,9
-7,6
9,4
3,7
-2,6
Pará
-8,6
-4,2
-4,8
Espírito Santo
-0,2
1,1
-0,5
Goiás
-6,7
2,6
-2,0
Pernambuco
-7,3
2,3
-1,1
Ceará
-5,8
-2,9
-2,9
Mato Grosso
-6,1
-0,8
-4,0
Brasil
-5,7
-1,8
-3,7
Amazonas
Fonte: IBGE; elaboração FIEB/SDI
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Bahia: PIM-PF de Abril de 2017 (variação percentual) Abr 17 / Abr 16 Indústria de Transformação
Jan-Abr 17 / Jan-Abr 16
Mai 16-Abr 17 / Mai 15-Abr 16
-8,0
-7,9
-7,6
-12,0
-16,4
-21,4
Produtos químicos
-0,8
1,7
1,9
Veículos automotores
15,5
17,3
10,4
Alimentos
-4,9
-4,1
2,3
1,4
-3,4
0,0
-5,5
-2,6
-3,6
-48,3
-40,8
-20,0
9,4
12,9
11,8
-7,1
1,7
-7,8
-85,2
-73,5
-43,9
Bebidas
-1,6
5,8
7,0
Extrativa Mineral
-9,2
-12,6
-22,0
Refino de petróleo e biocombustíveis
Celulose e papel Borracha e plástico Metalurgia Couro e Calçados Minerais não metálicos Equipamentos de Informática
Fonte: IBGE; elaboração FIEB/SDI
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Gráficos PIM-PF
Nota: Exclusive a indústria extrativa mineral (CNAE 10, 11, 13 e 14)
Nota: Exclusive a indústria extrativa mineral (CNAE 10, 11, 13 e 14)
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Nota: Exclusive a indústria extrativa mineral (CNAE 10, 11, 13 e 14)
Bahia: PIM-PF de Abril 2017 (variação percentual) Bebidas
-1,6
Equipamentos de Informática
-85,2
Minerais não metálicos 9,4
Metalurgia
-48,3
Borracha e plástico
-40,8
-5,5
Refino de petróleo e biocombustíveis
11,8
-20,0 -3,6
-2,6 1,4
0,0
-3,4
-4,9
Veículos automotores Produtos químicos
-7,8
1,7
12,9
Celulose e papel Alimentos
-43,9
-73,5
-7,1
Couro e Calçados
7,0
5,8
2,3
-4,1
15,5
10,4
17,3
-0,8
1,9
1,7
-12,0
-16,4
-21,4
Fonte: IBGE; Elaboração FIEB/SDI. Variação mensal (Abr 17 / Abr 16) Variação do acumulada no ano (Jan 17 - Abr 17) Variação em 12 meses (Mai 16 - Abr 17 / Mai 15 - Abr 16)
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ANEXO – Matriz da Indústria de Transformação Baiana
Fonte: Pesquisa Industrial Anual 2014. IBGE.
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