Nota sobre os resultados da PIM-PF Regional
Junho de 2018
A produção física da Indústria de Transformação da Bahia obteve crescimento em abril de 2018 (1,2%), no acumulado de 12 meses, ocupando a décima primeira posição no ranking dos quatorze estados que participam da PIM-PF, abaixo do Amazonas (11,3%), São Paulo (6,6%), Santa Catarina (5,8%), Mato Grosso (5,7%), Rio de Janeiro (5,6%), Ceará (4,4%), Goiás (4,0%), Paraná (3,9%), Minas Gerais (2,9%) e Rio Grande do Sul (1,4%). Os seguintes estados apresentaram queda nesse período: Pernambuco (-0,2%), Espírito Santo (-1,6%) e Pará (-3,2%). Na média, a Indústria de Transformação nacional apresentou crescimento de 4,4%. Em relação à Indústria de Transformação baiana, quatro dos onze segmentos analisados apresentaram crescimento em termos anualizados: Veículos automotores (31,9%, maior fabricação de automóveis com a evolução do mercado automotivo), Alimentos (7,4%), Bebidas (7,1%) e Borracha e Plástico (5,9%). Em sentido contrário, sete segmentos apresentaram queda na produção: Equipamentos de Informática (-43,8%), Metalurgia (-12,6%), Refino de petróleo e biocombustíveis, setor que representa 29,0% do VTI da Indústria de Transformação, vide gráfico em anexo (-7,0%), Minerais não metálicos (-5,8%), Produtos Químicos (-2,4%), Celulose e Papel (-0,3%) e Couro e Calçados (-0,2%). Na comparação de abril de 2018 com igual mês do ano anterior, a produção física da Indústria de Transformação baiana apresentou variação positiva (6,1%), enquanto a indústria nacional registrou alta de 10,2%. Sete segmentos apresentaram crescimento: Equipamentos de Informática (104,0%), Veículos Automotores (39,1%, impulsionado pela maior fabricação de automóveis), Bebidas (28,1%), Alimentos (6,3%), Metalurgia (4,8%), Produtos Químicos (3,8%) e Couro e Calçados (1,1%). De modo contrário, os seguintes segmentos apresentaram queda: Celulose e Papel (-7,1%, pastas químicas de madeira, papel para escrita e caixas de papelão), Minerais não metálicos (-3,4%), Borracha e Plástico (-2,8%) e Refino de petróleo e biocombustíveis (-2,4%).
SUPERINTENDÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL
1
Em 2018, a indústria de transformação brasileira tem dados sinais de retomada, assim como a indústria de transformação baiana, com base na análise dos dados de produção física do IBGE. No acumulado de janeiro a abril, o segmento de Automóveis (27,9%) tem puxado os resultados da produção do Estado da Bahia, dado o aquecimento do mercado doméstico (com influência da queda dos juros) e o bom nível das exportações. Os setores de Alimentos (13%) e Bebidas (16,9%) também estão em ritmo de crescimento, contribuindo positivamente para a economia industrial baiana. Entretanto, o segmento de Refino (-4,9%) continua a apresentar resultados negativos em virtude dos preços praticados no período e a concorrência dos combustíveis importados. O Brasil passa por um período de grandes incertezas, agravado pela greve dos caminhoneiros, com a percepção de fragilidade do sistema político num ano marcado por eleições. Nesse sentido, há a expectativa de que o resultado das eleições presidenciais possa trazer a estabilização política e econômica do país, proporcionando a volta dos investimentos e melhores condições de competitividade e crescimento. Conforme as últimas informações do Banco Central (relatório Focus, 01/06/2018), as expectativas de mercado para 2018 são:(i) inflação (IPCA) de 3,65%; (ii) Selic em 6,50%; (iii) crescimento de 3,8% na produção industrial e (iv) crescimento de 2,18% no PIB.
SUPERINTENDÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL
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Tabelas PIM-PF
Produção Física por Estados Indústria de Transformação (variação percentual)
Estados São Paulo
Abr 18 / Abr 17
Jan - Abr 18/ Jan - Abr 17
Mai 17- Abr 18 / Mai 16-Abr 17
14,8
7,8
6,6
8,6
4,3
2,9
Rio de Janeiro
10,7
5,4
5,6
Paraná
12,8
2,2
3,9
Rio Grande do Sul
11,4
3,4
1,4
Santa Catarina
14,7
7,1
5,8
6,1
2,5
1,2
Amazonas
13,8
23,2
11,3
Pará
-2,2
-1,3
-3,2
Espírito Santo
-3,5
-6,9
-1,6
5,0
1,0
4,0
11,8
3,5
-0,2
6,1
4,2
4,4
Mato Grosso
14,4
3,9
5,7
Brasil
10,2
5,5
4,4
Minas Gerais
Bahia
Goiás Pernambuco Ceará
Fonte: IBGE; elaboração FIEB/SDI
SUPERINTENDÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL
3
Bahia: PIM-PF de Abril de 2018 (variação percentual) Abr 18 / Abr 17
Jan - Abr 18/ Jan - Abr 17
Mai 17- Abr 18 / Mai 16-Abr 17
Indústria de Transformação
6,1
2,5
1,2
Refino de petróleo e biocombustíveis
-2,4
-4,9
-7,0
3,8
-7,1
-2,4
39,1
27,9
31,9
6,3
13,0
7,4
Celulose e papel
-7,1
2,0
-0,3
Borracha e plástico
-2,8
-0,1
5,9
Metalurgia
4,8
3,3
-12,6
Couro e Calçados
1,1
-5,2
-0,2
-3,4
-9,4
-5,8
104,0
30,7
-43,8
Bebidas
28,1
16,9
7,1
Extrativa Mineral
-5,6
-0,2
7,1
Produtos químicos Veículos automotores Alimentos
Minerais não metálicos Equipamentos de Informática
Fonte: IBGE; elaboração FIEB/SDI
SUPERINTENDÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL
4
Grรกficos PIM-PF
SUPERINTENDร NCIA DE DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL
5
dução Física da Indústria de Transformação (2016 - 2018)
dução Física da Indústria de Transformação (2016 - 2018) Bahia: PIM-PF de Abril 2018 (variação percentual) Bebidas
28,1
Equipamentos de Informática
Minerais não metálicos
104,0
-3,4 1,1
Metalurgia
4,8
Celulose e papel
-5,8
3,3
-12,6 5,9
-0,1
-7,1
-0,3
2,0 6,3
Veículos automotores
7,4
13,0
39,1
Produtos químicos
-0,2
-5,2
-2,8
Alimentos
Refino de petróleo e biocombustíveis
30,7-43,8
-9,4
Couro e Calçados
Borracha e plástico
7,1
16,9
3,8
31,9
27,9
-7,1
-2,4
-4,9
-2,4
-7,0
Fonte: IBGE; Elaboração FIEB/SDI. Variação mensal (Mai 18 / Abr 17) Variação do acumulada no ano (Jan - Abr 18 / Jan - Abr 17) Variação em 12 meses (Mai 17 - Abr 18 / Mai 16 - Abr 17)
SUPERINTENDÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL
6
ANEXO – Matriz da Indústria de Transformação Baiana
Fonte: Pesquisa Industrial Anual 2015. IBGE.
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