Nota sobre os resultados da PIM-PF Regional A produção física da Indústria de Transformação da Bahia registrou queda de 11,5% em março de 2021 (acumulado de 12 meses), ocupando a última posição no ranking dos quatorze estados que participam da PIM-PF. Além da Bahia, os seguintes estados registraram desempenho negativo: Paraná (-1,0%), Rio Grande do Sul (-1,6%), São Paulo (-3,5%), Ceará (-4,4%), Amazonas (-4,9%), Mato Grosso (-6,6%), Rio de Janeiro (-7,8%) e Pará (-9,8%). Os seguintes estados apresentaram crescimento: Pernambuco (3,0%), Goiás (1,0%), Santa Catarina (0,9%), Espírito Santo (0,8%) e Minas Gerais (0,1%). Na média, a Indústria de Transformação nacional apresentou queda de 3,2%. Em relação à Indústria de Transformação baiana, sete dos onze segmentos analisados apresentaram queda: Veículos automotores (-61,8%), Metalurgia (-25,3%), Equipamentos de Informática (-23,2%), Couro e Calçados (-15,1%), Borracha e Plástico (-8,4%), Refino de petróleo e biocombustíveis (-2,4%) e Alimentos (-1,0%). Em sentido contrário, Produtos Químicos (7,6%), Celulose e Papel (4,7%), Bebidas (2,9%) e Minerais não metálicos (0,5%). Na comparação de março de 2021 com igual mês do ano anterior, a produção física da Indústria de Transformação baiana caiu 20,0%, enquanto a indústria nacional cresceu 11,9%. Veículos automotores (-96,4%, encerramento da produção no complexo Ford Camaçari), Equipamentos de Informática (-36,1%, computadores pessoais de mesa e computadores pessoais portáteis), Refino de petróleo e biocombustíveis, setor que representa 29,9% do VTI da Indústria de Transformação, vide gráfico em anexo (-34,1%, óleos combustíveis, óleo diesel, naftas para petroquímica, parafina e gasolina automotiva), Metalurgia (-21,9%, barras, perfis e vergalhões de cobre) e Alimentos (-6,3%, óleo de soja refinado, farinha de trigo, biscoitos/bolachas, cacau ou chocolate em pó s/ açúcar ou edulcorantes). Por outro lado, seis segmentos apresentaram crescimento na produção: Couro e Calçados (58,3%, tênis de material sintético, calçados moldados de borracha, calçados femininos de plástico moldado, calçados femininos de couro e calçados masculinos de plástico moldado), Minerais não metálicos (23,1%, elementos pré-fabricados para construção civil de cimento ou concreto, ladrilhos, placas e azulejos de cerâmica p/ pavimentação ou revestimento esmaltados, cimentos "Portland", massa de concreto, telhas de cerâmica), Produtos Químicos (15,5%, princípios ativos para herbicidas, misturas de alquilbenzenos ou
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de alquilnaftalenos, adubos ou fertilizantes com nitrogênio, fósforo e potássio, policloreto de vinila, propeno não-saturado), Borracha e Plástico (10,5%, pneus novos p/ automóveis, camionetas e utilitários, borracha misturada não vulcanizada em formas primárias ou em chapas, folhas ou tiras, reservatórios, caixas-d'água, cisternas, piscinas e artef. semelhantes de plástico, tubos ou canos de plástico não reforçados p/ construção civil), Celulose e Papel (9,4%, pastas químicas de madeira, processo sulfato, branqueadas ou não, caixas de papelão ondulado ou corrugado, papel p/ usos na escrita, impressão e outros fins gráficos) e Bebidas (3,3%, cervejas e chope). No acumulado dos três primeiros meses do ano, a produção física da Indústria de Transformação baiana caiu 19,0% (maior queda entre os 14 estados), enquanto a indústria nacional cresceu 5,2%. Veículos automotores (-96%, encerramento da produção no complexo Ford Camaçari), Refino de petróleo e biocombustíveis (-24,3%, óleos combustíveis, óleo diesel, parafina, nafta para petroquímica, querosenes de aviação), Alimentos (-4,8%, farinha de trigo, óleo de soja refinado, biscoitos e bolachas, carnes de bovinos frescas ou refrigeradas), Metalurgia (-4,2%, barras, perfis e vergalhões de cobre e de ligas de cobre e ferromanganês), Equipamentos de Informática (-3,0%, computadores pessoais de mesa e computadores pessoais portáteis), Bebidas (-1,5%, águas minerais naturais e refrigerantes). Apresentaram crescimento: Couro e Calçados (16,3%, tênis de material sintético, calçados femininos de plástico moldado, calçados masculinos de plástico moldado, calçados moldados de borracha, calçados femininos de material sintético), Produtos Químicos (11,3%, princípios ativos para herbicidas, propeno não-saturado, adubos ou fertilizantes com nitrogênio, fósforo e potássio, acrilonitrila, policloreto de vinila), Celulose e Papel (5,8%, pastas químicas de madeira, processo sulfato, branqueadas ou não, caixas de papelão ondulado ou corrugado, papel p/ usos na escrita, impressão e outros fins gráficos), Borracha e plástico (5,7%, pneus novos p/ automóveis, camionetas e utilitários, filmes de material plástico p/ embalagem, pneus novos p/ caminhões e ônibus, reservatórios, caixas-d'água, cisternas, piscinas e artef. semelhantes de plástico) e Minerais não metálicos (3,1%, elementos pré-fabricados para construção civil de cimento ou concreto, ladrilhos, placas e azulejos de cerâmica p/ pavimentação ou revestimento esmaltados, massa de concreto e argamassas). A Indústria de Transformação baiana registra em março o pior resultado do país, seja no acumulado de 12 meses (-11,5%), seja no primeiro trimestre de 2021 (-19,0%) e também
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no comparativo com igual mês do ano anterior (-20,0%). Sem dúvida, um quadro extremamente preocupante. O efeito negativo do encerramento da produção de veículos no complexo Ford Camaçari, impacta em toda a cadeia produtiva, envolvendo outros setores industriais e o setor de comércio e serviços, comprometendo o desempenho da economia estadual como um todo. Adicionalmente, convivemos com os efeitos da crise da pandemia do coronavírus, com algumas restrições nas atividades do comércio e serviços e, no âmbito da indústria, trazendo a redução na oferta e encarecimento de insumos produtivos. O mercado continua a estimar uma recuperação econômica para 2021 sobre a base deprimida de 2020. O crescimento sustentado da economia brasileira depende do controle da pandemia e da agenda de reformas no Congresso, como a Tributária e Administrativa. Conforme as últimas informações do Banco Central (relatório Focus, 07/05/2021), as expectativas de mercado para o 2021 são: (i) inflação (IPCA) de 5,06%; (ii) crescimento de 5,5% da produção industrial e (iii) crescimento de 3,21%% no PIB.
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Tabelas PIM-PF
Produção Física por Estados Indústria de Transformação (variação percentual)
Estados
Mar 21 / Mar 20
São Paulo
16,0
9,0
-3,5
9,7
7,6
0,1
Rio de Janeiro
-7,0
-5,1
-7,8
Paraná
12,3
9,0
-1,0
Rio Grande do Sul
21,0
12,3
-1,6
Santa Catarina
36,5
17,8
0,9
-20,0
-19,0
-11,5
23,8
0,5
-4,9
7,0
-2,6
-9,8
Espírito Santo
28,0
11,5
0,8
Goiás
-0,8
-5,7
1,0
Pernambuco
6,9
4,5
3,4
Ceará
9,9
6,5
-4,4
Mato Grosso
-1,6
-7,7
-6,6
Brasil
11,9
5,2
-3,2
Minas Gerais
Bahia Amazonas Pará
Jan-Mar 21 / Abr 20 - Mar 21 / Jan-Mar 20 Abr 19 - Mar 20
Fonte: IBGE; elaboração FIEB/GEDI
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Bahia: PIM-PF de Março de 2021 (variação percentual) Mar 21 / Mar 20
Jan-Mar 21 / Jan-Mar 20
Abr 20 - Mar 21 / Abr 19 - Mar 20
Indústria de Transformação
-20,0
-19,0
-11,5
Refino de petróleo e biocombustíveis
-34,1
-24,3
-2,4
Produtos químicos
15,5
11,3
7,6
Alimentos
-6,3
-4,8
-1,0
Celulose e papel
9,4
5,8
4,7
Veículos automotores
-96,4
-96,0
-61,8
Borracha e plástico
10,5
5,7
-8,4
Bebidas
3,3
-1,5
2,9
Metalurgia
-21,9
-4,2
-25,3
Couro e Calçados
58,3
16,3
-15,1
Minerais não metálicos
23,1
3,1
0,5
Equipamentos de Informática
-36,1
-3,0
-23,2
Extrativa Mineral
-4,5
-3,4
-4,0
Fonte: IBGE; elaboração FIEB/GEDI
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Gráficos PIM-PF
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Bahia: PIM-PF de Março 2021 (variação percentual) Equipamentos de Informática
-36,1
Minerais não metálicos
23,1
Couro e Calçados
0,5
3,1
58,3
-15,1
16,3
-21,9
Metalurgia
-25,3
-4,2
Bebidas
3,3
2,9
-1,5
10,5
Borracha e plástico Veículos automotores
-23,2
-3,0
-8,4
5,7 -96,4
9,4
Celulose e papel Alimentos
4,7
5,8 -6,3
-1,0
-4,8
Produtos químicos Refino de petróleo e biocombustíveis
-61,8
-96,0
15,5
7,6
11,3
-34,1
-24,3
Fonte: IBGE; Elaboração FIEB/SDI. Variação mensal (Mar 21 / Mar 20) Variação do acumulada no ano (Jan - Mar 21 / Jan - Mar 20) Variação em 12 meses (Abr 20 - Mar 21 / Abr 19 - Mar 20)
Fonte: IBGE – PIA 2018. Elaboração FIEB/GEDI.
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