Pim pf maio de 2018 (ref março 18)

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Nota sobre os resultados da PIM-PF Regional

Maio de 2018

A produção física da Indústria de Transformação da Bahia se manteve estável em março de 2018 (0,0%), no acumulado de 12 meses, ocupando a décima posição no ranking dos quatorze estados que participam da PIM-PF, acima do Rio Grande do Sul (-0,2%), Espírito Santo (-0,9%), Pernambuco (-2,0%) e Pará (-7,0%). Os seguintes estados apresentaram crescimento no acumulado: Amazonas (11,0%), Rio de Janeiro (5,1%), Santa Catarina (4,7%), São Paulo (4,6%), Mato Grosso (3,8%), Ceará (3,4%), Paraná (2,6%), Goiás (2,3%) e Minas Gerais (1,8%). Na média, a Indústria de Transformação nacional apresentou crescimento de 3,0%. Em relação à Indústria de Transformação baiana, cinco dos onze segmentos analisados apresentaram queda em termos anualizados: Equipamentos de Informática (-49,6%), Metalurgia (-17,2%), Refino de petróleo e biocombustíveis, setor que representa 29,0% do VTI da Indústria de Transformação, vide gráfico em anexo (-7,8%), Minerais não metálicos (-6,0%) e Produtos Químicos (-2,7%). Em sentido contrário, seis segmentos apresentaram crescimento na produção: Veículos automotores (30,5%, maior fabricação de automóveis com a evolução do mercado automotivo), Alimentos (6,2%), Borracha e Plástico (4,5%), Bebidas (4,2%), Celulose e Papel (0,4%) e Couro e Calçados (0,3%). Na comparação de março de 2018 com igual mês do ano anterior, a produção física da Indústria de Transformação baiana apresentou variação negativa (-5,5%), enquanto a indústria nacional registrou alta de 1,6%. Sete segmentos apresentaram queda: Produtos Químicos (-20,4%), Refino de petróleo e biocombustíveis (-13,4%), Minerais não metálicos (-10,8%), Couro e Calçados (-10,4%), Borracha e Plástico (-4,4%), Celulose e Papel (-2,1%, pastas químicas de madeira, papel para escrita e caixas de papelão) e Metalurgia (-0,6%). De modo contrário, os seguintes segmentos apresentaram crescimento: Equipamentos de Informática (49,1%), Alimentos (16,1%), Veículos Automotores (10,8%, impulsionado pela maior fabricação de automóveis) e Bebidas (8,9%).

SUPERINTENDÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL

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Os resultados da indústria de transformação baiana são tímidos e pouco consistentes frente a indústria de transformação nacional. A Bahia não tem acompanhado a retomada da produção industrial brasileira em virtude dos resultados ruins no segmento de Refino de Petróleo e Biocombustíveis (29% do VTI). A produção local tem sofrido os impactos da concorrência com os importadores de combustíveis e o cenário deste segmento tão relevante para a economia baiana ainda é incerto, sobretudo, em decorrência das mudanças estruturais, a ocorrer, na indústria nacional de refino. A retomada da produção de automóveis, dado o gradual reaquecimento do mercado interno e ao bom nível das exportações, tem equilibrado os resultados negativos de refino. Adicionalmente, os segmentos de Alimentos, Borracha e Plástico, e Bebidas também contribuem positivamente, em menor grau. O Brasil passa por um período de recuperação econômica e consolidação do crescimento. O PIB do Brasil em 2017 cresceu 1,0% em relação ao ano anterior, de acordo com o IBGE, e o PIB da Bahia 0,4%, de acordo com a SEI. O resultado das eleições presidenciais é crucial para a estabilização do ambiente político e retomada dos investimentos nos próximos anos. Atrelado a isto, a configuração das discussões e tomadas de decisão relativas a reforma previdenciária é indispensável no próximo governo. Conforme as últimas informações do Banco Central (relatório Focus, 04/05/2018), as expectativas de mercado para 2018 são: (i) inflação (IPCA) de 3,49%; (ii) Selic em 6,25%; (iii) crescimento de 3,81% na produção industrial e (iv) crescimento de 2,7% no PIB.

SUPERINTENDÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL

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Tabelas PIM-PF

Produção Física por Estados Indústria de Transformação (variação percentual)

Estados

Mar 18 / Mar 17

Jan-Mar 18 / Jan-Mar 17

Abr 17-Mar 18 / Abr 16-Mar 17

São Paulo

4,0

5,4

4,6

Minas Gerais

0,0

2,9

1,8

Rio de Janeiro

-2,2

4,7

5,1

Paraná

-2,1

-1,2

2,6

Rio Grande do Sul

-4,8

0,3

-0,2

2,0

5,9

4,7

Bahia

-5,5

0,9

0,0

Amazonas

25,6

26,4

11,0

-16,1

-8,6

-7,0

0,5

-8,1

-0,9

-2,8

-1,3

2,3

Pernambuco

1,0

1,0

-2,0

Ceará

2,3

3,3

3,4

Mato Grosso

3,4

0,5

3,8

Brasil

1,6

3,8

3,0

Santa Catarina

Pará Espírito Santo Goiás

Fonte: IBGE; elaboração FIEB/SDI

SUPERINTENDÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL

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Bahia: PIM-PF de Março de 2018 (variação percentual) Mar 18 / Mar 17 Indústria de Transformação

Jan-Mar 18 / Jan-Mar 17

Abr 17-Mar 18 / Abr 16-Mar 17

-5,5

0,9

0,0

Refino de petróleo e biocombustíveis

-13,4

-5,8

-7,8

Produtos químicos

-20,4

-10,6

-2,7

Veículos automotores

10,8

24,1

30,5

Alimentos

16,1

13,5

6,2

Celulose e papel

-2,1

5,3

0,4

Borracha e plástico

-4,4

-3,3

4,5

Metalurgia

-0,6

2,9

-17,2

Couro e Calçados

-10,4

-7,3

0,3

Minerais não metálicos

-10,8

-11,6

-6,0

49,1

21,2

-49,6

8,9

14,0

4,2

-1,2

1,8

6,7

Equipamentos de Informática Bebidas Extrativa Mineral Fonte: IBGE; elaboração FIEB/SDI

SUPERINTENDÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL

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Grรกficos PIM-PF

SUPERINTENDร NCIA DE DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL

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Bahia: PIM-PF de Março 2018 (variação percentual) Bebidas

8,9

Equipamentos de Informática

49,1

Minerais não metálicos

-10,8

Couro e Calçados

-10,4

Metalurgia

-49,6

-6,0

0,3

-7,3

-0,6

-4,4

Celulose e papel

-2,1

2,9

-17,2 4,5

-3,3

0,4

5,3

Alimentos

16,1

Veículos automotores

10,8

Refino de petróleo e biocombustíveis

21,2

-11,6

Borracha e plástico

Produtos químicos

4,2

14,0

-20,4

6,2

13,5

30,5

24,1

-10,6

-13,4

-5,8

-2,7

-7,8

Fonte: IBGE; Elaboração FIEB/SDI. Variação mensal (Mar 18 / Mar 17) Variação do acumulada no ano (Jan - Mar 18 / Jan - Mar 17) Variação em 12 meses (Abr 17 - Mar 18 / Abr 16 - Mar 17)

SUPERINTENDÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL

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ANEXO – Matriz da Indústria de Transformação Baiana

Fonte: Pesquisa Industrial Anual 2015. IBGE.

SUPERINTENDÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL

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