Nota PIM Março de 2016 (referente a janeiro de 2016)

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Nota sobre os resultados da PIM-PF Regional1

Janeiro de 2016

A produção física da Indústria de Transformação da Bahia apresentou queda de 5,2% em janeiro na comparação dos últimos 12 meses em relação ao período anterior, após o decréscimo (-7%) registrado no mês anterior. Com esse resultado, a Bahia subiu para 5º lugar no ranking dos quatorze estados que participam da PIM PF-R, do qual apenas Mato Grosso e Espirito Santo apresentaram resultados positivos (4,8% e 1%, respectivamente). Os outros estados registraram resultados negativos: Amazonas (-19,3), Rio de Janeiro (-12,5%), São Paulo (-11,7%), Rio Grande do Sul (-11,3%), Minas Gerais (-10,9%), Ceará (-10,1%), Paraná (-9,8%), Santa Catarina (-8,4%), Pernambuco (-7,6%), Bahia (-5,2%), Pará (-3,9%) e Goiás (-1,6%). Na Bahia, apenas um dos onze segmentos pesquisados registraram crescimento: Celulose e papel (0,4%). Apresentaram resultados negativos: Equipamentos de Informática (-51,1%), Minerais não metálicos (-11%), Metalurgia (-7%), Refino de petróleo e biocombustíveis (-6,2%), Produtos químicos (-4,6%), Alimentos (-3,6%), Couro e Calçados (-2,2%), Veículos automotores (-2,1%), Bebidas (-1,9%) e Borracha e plástico (-1,2%). Na comparação de janeiro de 2016 com igual mês do ano anterior, a produção física da Indústria de Transformação baiana apresentou crescimento de 11,7%. Quatro dos onze segmentos industriais da Bahia apresentaram resultados positivos: Refino de petróleo e biocombustíveis (66,4%, resultado explicado não só pela maior fabricação de óleo diesel, óleos combustíveis e gasolina automotiva, mas também pela baixa base de comparação, uma vez que essa atividade recuou 50,9% em janeiro de 2015, em função de greve de funcionários ocorrida em importante unidade local), Equipamentos de Informática (40,7%), Metalurgia (24%, impulsionado, em grande parte, pela maior fabricação de barras, perfis e vergalhões de cobre e de ligas de cobre) e Bebidas (6,2%). Apresentaram resultados negativos: Minerais não metálicos (-19,5%, menor produção de cimentos “Portland”, argamassas, ladrilhos, placas e azulejos de cerâmica para pavimentação ou revestimento e massa de concreto preparada para construção), Veículos automotores (-14,6%, menor 1

A partir de maio de 2014 tem início a divulgação da nova série da PIM-PF. A reformulação teve como objetivos: atualizar a amostra de atividades, produtos e informantes; elaborar uma nova estrutura de ponderação dos índices com base em estatísticas industriais mais recentes; adotar, na PIM-PF, as novas classificações, de atividades e produtos, usadas pelas demais pesquisas da indústria a partir de 2007 (CNAE 2.0); e produzir indicadores para aquelas Unidades da Federação que no ano de 2010 responderam por pelo menos 1% do Valor da Transformação Industrial e, também, para a Região Nordeste. A série reformulada tem início em janeiro de 2012 e sua implantação não implicou em total ruptura das séries históricas iniciadas em 2002, uma vez que essas foram encadeadas à nova, em termos regionais, nas atividades em que houve uma relativa aderência entre as duas séries.

SUPERINTENDÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL

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produção de automóveis e painéis para instrumentos dos veículos automotores), Couro e Calçados (-12,5%, queda na produção de tênis de material sintético e couros e peles de bovinos curtidos ao cromo), Borracha e plástico (-7,3%, redução na produção de pneus novos de borracha para ônibus, caminhões e automóveis, sacos, sacolas e bolsas de plástico e filmes de material plástico para embalagem), Alimentos (-4,5%, menor produção de farinha de trigo, carnes de bovinos congeladas e pasta de cacau), Celulose e papel (-3,9%, queda na fabricação de pastas químicas de madeira - celulose) e Produtos químicos (-0,8%). O setor industrial (brasileiro e baiano) enfrenta um ambiente de muita dificuldade, refletindo, sobretudo, uma conjuntura doméstica de crises econômica e politica que se retroalimentam, o que acarretou numa retração econômica grave. Do ponto de vista estadual, o desempenho negativo do ano é reflexo de resultados negativos de quase todos os segmentos, mas com influência forte do refino de petróleo e biocombustíveis, metalurgia e minerais não metálicos. Apenas o setor de Celulose (voltado à exportação) consegue apresentar resultado positivo na análise anualizada. Quanto às perspectivas para 2016, há poucos elementos que indiquem a possibilidade de recuperação da indústria nacional. A estimativa de mercado é de queda da atividade industrial este ano (-4,5%) e de modesto crescimento só em 2017 (+0,57%), de acordo com informações do Banco Central (relatório Focus). Alguns indicadores ilustram as dificuldades enfrentadas pela economia nacional: (i) inflação elevada (o IPCA acumulou alta de 10,36% em fevereiro deste ano, contra um teto de meta de inflação de 6,5% para o ano); (ii) patamar elevado da taxa de juros, com a Selic mantida em 14,25%; e (iii) crescimento do desemprego – segundo a PME (Pesquisa Mensal de Emprego – IBGE), em janeiro de 2016, a taxa de desemprego foi de 7,6%, para o conjunto de seis regiões metropolitanas investigadas. No caso específico da Região Metropolitana de Salvador, a taxa foi de 11,8%, em janeiro de 2016. Por outro lado, a depreciação do Real pode ser um alento para o setor exportador.

SUPERINTENDÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL

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Tabelas PIM-PF

Produção Física por Estados Indústria de Transformação (variação percentual)

Estados

Jan 16 / Jan 15

Jan 16 / Jan 15

Fev 15-Jan 16 / Fev 14-Jan 15

São Paulo

-16,2

-16,2

-11,7

Minas Gerais

-15,4

-15,4

-10,9

Rio de Janeiro

-17,5

-17,5

-12,5

Paraná

-13,6

-13,6

-9,8

-5,7

-5,7

-11,3

-11,2

-11,2

-8,4

11,7

11,7

-5,2

-32,7

-32,7

-19,3

Pará

-6,2

-6,2

-3,9

Espírito Santo

-5,3

-5,3

1,0

Goiás

-15,0

-15,0

-1,6

Pernambuco

-29,5

-29,5

-7,6

-9,6

-9,6

-10,1

9,2

9,2

4,8

-13,3

-13,3

-10,4

Rio Grande do Sul Santa Catarina Bahia Amazonas

Ceará Mato Grosso Brasil Fonte: IBGE; elaboração FIEB/SDI

SUPERINTENDÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL

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Bahia: PIM-PF de Janeiro 2016 (variação percentual) Jan 16 / Jan 15

Jan 16 / Jan 15

Fev 15-Jan 16 / Fev 14-Jan 15

Indústria de Transformação

11,7

11,7

-5,1

Refino de petróleo e biocombustíveis

66,4

66,4

-6,2

Produtos químicos

-0,8

-0,8

-4,6

-14,6

-14,6

-2,1

Alimentos

-4,5

-4,5

-3,6

Celulose e papel

-3,9

-3,9

0,4

Borracha e plástico

-7,3

-7,3

-1,2

Metalurgia

24,0

24,0

-7,0

Couro e Calçados

-12,5

-12,5

-2,2

Minerais não metálicos

-19,5

-19,5

-11,0

40,7

40,7

-51,1

6,2

6,2

-1,9

-10,3

-10,3

-6,7

Veículos automotores

Equipamentos de Informática Bebidas Extrativa Mineral Fonte: IBGE; elaboração FIEB/SDI

SUPERINTENDÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL

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Gráficos PIM-PF

Nota: Exclusive a indústria extrativa mineral (CNAE 10, 11, 13 e 14)

Nota: Exclusive a indústria extrativa mineral (CNAE 10, 11, 13 e 14)

SUPERINTENDÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL

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Nota: Exclusive a indústria extrativa mineral (CNAE 10, 11, 13 e 14)

Bahia: PIM-PF de Janeiro 2016 (variação percentual) Bebidas

6,2

-51,1

Equipamentos de Informática

40,7

40,7

Minerais não metálicos Couro e Calçados

-1,9

6,2

-19,5

-11,0

-19,5

-12,5

-2,2

-12,5

Metalurgia

24,0

24,0 -7,0

Borracha e plástico

-7,3

Celulose e papel

-3,9

Alimentos Veículos automotores

-3,6

-4,5

-14,6

-2,1

-14,6

-0,8

Refino de petróleo e biocombustíveis

0,4

-3,9

-4,5

Produtos químicos

-1,2

-7,3

-4,6

-0,8 66,4 66,4

-6,2

Fonte: IBGE; Elaboração FIEB/SDI. Variação mensal (Jan 16 / Jan 15) Variação do acumulada no ano (Jan 16 / Jan 15) Variação em 12 meses (Fev 15 - Jan 16 / Fev 14 - Jan 15)

SUPERINTENDÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL

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