Revista Goiás Industrial - Edição 259

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ANO 61 / Nº 259 / AGOSTO 2014

ENTREVISTA

IEL GOIÁS

SENAI GOIÁS

SESI GOIÁS

Os candidatos ao governo do Estado apresentam suas propostas para a construção de uma política de desenvolvimento que assegure a consolidação do processo de crescimento acelerado experimentado pela indústria goiana nos últimos anos

PARCERIA COM PREFEITURAS ESTIMULA ESTÁGIO PARA JOVENS

AÇÕES MÓVEIS LEVAM CAPACITAÇÃO A TODO O ESTADO

PROGRAMA FORMA JOVENS ATLETAS E DÁ SEGURANÇA A PAIS

REVISTA DO SISTEMA FEDERAÇÃO DAS INDÚSTRIAS DO ESTADO DE GOIÁS

DESAFIOS NO

CAMINHO DO DAIA TRABALHO INÉDITO, REALIZADO PELA FIEG E PELA FIEG REGIONAL ANÁPOLIS, APONTA OS PRINCIPAIS GARGALOS QUE TÊM EMPERRADO O CRESCIMENTO DO DISTRITO AGROINDUSTRIAL E INDICA SOLUÇÕES PARA DESTRAVAR SEU AVANÇO


Educação de Jovens e Adultos do SESI

Ensino que gera resultados para a indústria Matrículas abertas • Alfabetização • Ensino Fundamental • Ensino Médio

a Agor or en em m ção dura

Diferenciais para a indústria

• Programa totalmente gratuito para a indústria; • Mão de obra qualificada gera maior produção, evita desperdícios e auxilia na redução dos custos; • Ação de responsabilidade social; • Ensino extensivo aos dependentes dos trabalhadores; • Turmas menores quando realizadas in company.

Informações: Goiânia - 4002 6213 | Demais localidades: 0800 642 1313 ou na unidade SESI mais próxima de você.

www.sesigo.org.br

Sistema Fieg/Ascom

Leve esse benefício ao trabalhador e aumente a produtividade de sua indústria.


ARTIGO

O DAIA COMO ELE É U

m retrato sem retoque do Distrito Agroindustrial de Anápolis (Daia) resultou do seminário Daia – Perspectivas e Soluções, realizado em junho. O diagnóstico foi obtido a partir do primeiro estudo da série Polos Industriais do Estado de Goiás, organizado pela Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg) e pela Fieg Regional Anápolis. São conclusões coletivas da realidade atual do maior núcleo fabril de Goiás, estampando acertos e desafios que só podem ser vistos com seriedade pelos poderes públicos, na busca de soluções. O evento colocou, frente a frente, empresários e autoridades. Por isso, o estudo e o encontro viraram pauta desta edição da Goiás Industrial. Afinal, a economia anapolina quintuplicou na última década, mais do que dobrando o estoque de empregos formais e quase triplicando o rendimento médio de seus trabalhadores, gerando cinco vezes mais impostos. Não é, pois, sem sobejos motivos que Anápolis se tornou a segunda maior geradora de riquezas do Estado, atrás apenas da capital. Sua indústria assumiu papel ainda mais relevante no desenvolvimento econômico e social da região, impulsionada, dentre outros fatores, pelo Daia, que também serve de modelo para os demais distritos industriais implantados no território goiano. O estudo Polos Industriais do Estado de Goiás – Anápolis ouviu 47 indústrias, amostragem representativa das empresas ali atuantes. O trabalho apresenta o perfil da atividade industrial, analisa os principais gargalos para a operação e expansão daquele polo, detalhando os resultados de uma pesquisa de campo sobre recursos humanos, logística, mercados, meio ambiente, burocracia e outros aspectos. Um porcentual elevado da amostra de empresas pesquisadas revelou a existência de planos para a expan-

O PRIMEIRO ESTUDO DA SÉRIE POLOS INDUSTRIAIS DE GOIÁS REÚNE CONCLUSÕES COLETIVAS DA REALIDADE ATUAL DO MAIOR NÚCLEO FABRIL DE GOIÁS, ESTAMPANDO ACERTOS E DESAFIOS QUE SÓ PODEM SER VISTOS COM SERIEDADE PELOS PODERES PÚBLICOS NA BUSCA DE SOLUÇÕES” PEDRO ALVES DE OLIVEIRA, presidente da Federação das Indústrias do Estado de Goiás

são de vendas: 70% do total. Destas, 89% vendem para outros Estados e 85% compram matéria-prima fora de Goiás, mas dentro do País, mesmo com 51% demonstrando a disponibilidade de fazer suas aquisições aqui mesmo. O problema é que 78% alegaram insuficiência de oferta no mercado local. Gargalos constatados: em primeiro lugar, o congestionamento de veículos no acesso ao Daia; depois, falhas no suprimento de energia, obrigando muitas fábricas a adquirir geradores; insuficiência de transporte coletivo para quem trabalha no polo, falta de equacionamento no valor do IPTU e deficiência no tratamento de esgoto. Ações prioritárias requeridas pelas empresas: construção do viaduto, implantação do anel viário, operação plena da Ferrovia Norte-Sul, implantação da plataforma multimodal e viabilização do aeroporto de cargas. Há grande reivindicação pela expansão da área do Daia, imprescindível para a instalação de novas indústrias, sendo que 67 empresas aguardam na fila esse espaço.

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SISTEMA INDÚSTRIA Diretores

SISTEMA FIEG Federação das Indústrias do Estado de Goiás Presidente: Pedro Alves de Oliveira FIEG REGIONAL ANÁPOLIS Presidente: Wilson de Oliveira Av. Engº Roberto Mange, nº 239-A, Bairro Jundiaí, CEP 75113-630, Anápolis-GO Fone/Fax (62) 3324-5768 / 3311-5565 E-mail: fieg.regional@sistemafieg.org.br SESI Serviço Social da Indústria Diretor Regional: Pedro Alves de Oliveira Superintendente: Paulo Vargas SENAI Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial Diretor Regional: Paulo Vargas IEL Instituto Euvaldo Lodi Diretor: Hélio Naves Superintendente: Humberto Oliveira ICQ BRASIL Instituto de Certificação Qualidade Brasil Diretor: Justo O. D’Abreu Cordeiro Superintendente: Dayana Costa Freitas Brito

Segundo Braoios Martinez Sandro Marques Scodro Orizomar Araújo Siqueira Ubiratan da Silva Lopes Manoel Paulino Barbosa Robson Peixoto Braga Roberto Elias de L. Fernandes José Luis Martin Abuli Álvaro Otávio Dantas Maia Eurípedes Felizardo Nunes Jair Rizzi Henrique W. Morg de Andrade Eduardo Gonçalves Leopoldo Moreira Neto Flávio Paiva Ferrari Luiz Gonzaga de Almeida Luiz Ledra Daniel Viana Osvaldo Ribeiro de Abreu Elvis Roberson Pinto Eduardo José de Farias Valdenício Rodrigues de Andrade Ailton Aires de Mesquita Hermínio Ometto Neto Carlos Alberto Vieira Soares Jerry Alexandre de Oliveira Paula Josélio Vitor da Paixão Jaime Canedo Conselho Fiscal Justo O. D’Abreu Cordeiro Laerte Simão Mário Drummownd Diniz Conselho de Representantes junto à CNI Paulo Afonso Ferreira Sandro Antônio Scodro Conselho de Representantes junto à Fieg

DIRETORIA DA FIEG Presidente Pedro Alves de Oliveira 1º Vice-Presidente Wilson de Oliveira 2º Vice-Presidente Eduardo Cunha Zuppani 3º Vice-Presidente Antônio de Sousa Almeida 1º Secretário Marley Antônio da Rocha 2º Secretário Ivan da Glória Teixeira 1º Tesoureiro André Luiz Baptista Lins Rocha 2º Tesoureiro Hélio Naves

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Abílio Pereira Soares Júnior Ailton Aires Mesquita Alexandre Baldy de Sant’anna Braga Álvaro Otávio Dantas Maia Antônio Alves de Deus Bruno Franco Beraldi Coelho Carlos Alberto de Paula Moura Júnior Carlos Alberto Vieira Soares Carlos Roberto Viana Célio Eustáquio de Moura Cyro Miranda Gifford Júnior Daniel Viana Domingos Sávio G. de Oliveira Edilson Borges de Sousa Eduardo Cunha Zuppani Eduardo José de Farias Eliton Rodrigues Fernandes Elvis Roberson Pinto Emílio Carlos Bittar Eurípedes Felizardo Nunes Fábio Rassi Flávio Paiva Ferrari Flávio Santana Rassi Francisco Gonzaga Pontes Gilberto Martins da Costa

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Hélio Naves Henrique Wilhem Morg de Andrade Heribaldo Egídio Jaime Canedo Jair Rizzi Jercy Teixeira de Carvalho Júnior Jerry Alexandre de Oliveira Paula João Essado Joaquim Cordeiro de Lima Joaquim Guilherme Barbosa de Souza José Alves Pereira José Antônio Vitti José Luiz Martin Abuli José Romualdo Maranhão José Vieira Gomide Júnior Laerte Simão Leopoldo Moreira Neto Luiz Antônio Vessani Luiz Gonzaga de Almeida Luiz Ledra Luiz Rézio Manoel Silvestre Álvares da Silva Marley Antônio Rocha Olympio José Abrão Orizomar Araújo de Siqueira Otávio Lage de Siqueira Filho Paulo Sérgio de Carvalho Castro Pedro Alves de Oliveira Pedro de Souza Cunha Júnior Pedro Silvério Pereira Plínio Boechat Lopes Ricardo Araújo Moura Roberto Elias de Lima Fernandes Robson Peixoto Braga Sandro Antônio Scodro Mabel Sávio Cruvinel Câmara Sílvio Inácio da Silva Ubiratan da Silva Lopes Valdenício Rodrigues de Andrade Wellington Soares Carrijo Wilson de Oliveira

Conselho Temático de Política Fiscal e Tributária Presidente Eduardo Zuppani Vice-Presidente José Nivaldo de Oliveira

CONSELHOS TEMÁTICOS

Conselho Temático de Desenvolvimento Urbano Presidente: Ilézio Inácio Ferreira Vice-Presidente: Roberto Elias Fernandes

Conselho Temático de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação Presidente Melchíades da Cunha Neto Vice-Presidente Ivan da Glória Teixeira Conselho Temático de Meio Ambiente Presidente Henrique W. Morg de Andrade Vice-Presidente Pedro Silvério Pereira Conselho Temático de Infraestrutura Presidente Célio de Oliveira Vice-Presidente Álvaro Otávio Dantas Maia

Conselho Temático de Relações do Trabalho Presidente Sílvio Inácio da Silva Vice-Presidente Marduk Duarte Conselho Temático de Micro e Pequena Empresa Presidente Leopoldo Moreira Neto Vice-Presidente Carlos Alberto Vieira Soares Conselho Temático de Responsabilidade Social Presidente Antônio de Sousa Almeida Vice-Presidente Rosana Gedda Carneiro Conselho Temático de Agronegócios Presidente André Lavor Pagels Barbosa Vice-Presidente Annanias Justino Jayme Conselho Temático de Comércio Exterior e Negócios Internacionais Presidente Emílio Bittar Vice-Presidente José Carlos de Souza Conselho Temático Fieg Jovem Presidente Leandro Almeida Vice-Presidente Agripino Gomes de Souza Júnior

Rede Metrológica Goiás Presidente Marçal Henrique Soares Câmara Setorial de Mineração Presidente (licenciado) José Antônio Vitti Vice-Presidente Luiz Antônio Vessani Câmara Setorial da Indústria da Construção Presidente Sarkis Nabi Curi Vice-Presidente Gilberto Martins da Costa


LINHA DIRETA

EDUCAÇÃO, PRIORIDADE Nº 1 Pedro Alves abre o Diálogo da Indústria com os Candidatos ao Governo de Goiás: contribuição do setor

A

menos de dois meses das eleições, a sucessão estadual e presidencial mobilizou a indústria, interessada em conhecer planos e metas de quem busca administrar os destinos do Estado e do País pelos próximos quatro anos, sobretudo as propostas voltadas para o segmento. Em sabatina realizada em dois momentos, na Casa da Indústria, a Fieg entregou a Vanderlan Cardoso (PSB), Iris Rezende (PMDB), Antônio Gomide (PT) e Marconi Perillo (PSDB) o documento Propostas da Indústria para o Governo de Goiás – 2015/2018. O objetivo: “contribuir não apenas com as empresas, mas com toda a sociedade goiana.” O estudo, resultante de sondagem realizada pela Fieg em universo de 127 indústrias goianas, aponta a educação como o setor que mais preocupa o segmento no Estado, seguindo-se, pela orEXPEDIENTE

REVISTA DO SISTEMA FEDER AÇÃO DAS INDÚSTRIAS DO ESTADO DE GOIÁS

dem, sistema tributário, segurança pública, infraestrutura, política industrial e gestão pública (leia íntegra do documento e da pesquisa no site www.sistemafieg.org.br) Além do diálogo promovido pela Fieg, a revista Goiás Industrial traz, nesta edição, planos e estratégias para a indústria goiana, a partir de proposição comum feita anteriormente aos candidatos ao governo do Estado. Planejamento, educação, infraestrutura e competitividade dominaram a defesa das ideias de cada um para governar o Estado. Leia mais nas páginas 8 a 12. Em nível nacional, em sabatina realizada no dia 30 de julho, em sua sede, em Brasília, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) já havia entregue a Aécio Neves (PSDB), Dilma Rousseff (PT) e Eduardo Campos (PSB), um conjunto de 42 estudos com sugestões de políticas e medidas destinadas a dez áreas consideradas mais decisivas para

Direção José Eduardo de Andrade Neto

Jávier Godinho, Nathalya Toaliari e Janaina Staciarini e Corrêa

Coordenação de jornalismo Geraldo Neto

Colaboração Welington da Silva Vieira

Edição Lauro Veiga Filho e Dehovan Lima

Fotografia Sílvio Simões, Alex Malheiros e Sérgio Araújo

Reportagem Andelaide Pereira, Célia Oliveira, Daniela Ribeiro, Edilaine Pazini,

Projeto gráfico Jorge Del Bianco

a promoção da competitividade no setor industrial. Em avaliação reservada do evento, os empresários se disseram frustrados com a performance dos candidatos, segundo reportagem da Folha de S. Paulo. Leia mais na versão on-line da Goiás Industrial no Facebook (https://www. facebook.com/Goiasindustrial). O ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos, que morreu em acidente aéreo, dia 13 de agosto, foi um dos mais elogiados no debate. A tragédia foi lamentada em nota oficial da CNI. “A perda prematura desse jovem líder entristece a todos e empobrece a política brasileira. A determinação, o espírito público, a capacidade de gestão e a habilidade de articulação política fizeram dele um dos governadores mais bem avaliados do País e o colocaram entre os principais presidenciáveis.” Dehovan Lima

Capa, ilustrações, diagramação e produção Jorge Del Bianco DC Design Gráfico e Comunicação Impressão Gráfica Kelps Departamento Comercial André Lavor (9152-5578)

Redação e correspondência Av. Araguaia, nº 1.544,Ed. Albano Franco, Casa da Indústria - Vila Nova CEP 74645-070 - Goiânia-GO Fone (62) 3219-1300 - Fax (62) 3229-2975 Home page: www.sistemafieg.org.br E-mail: fieg@sistemafieg.org.br As opiniões contidas em artigos assinados são de responsabilidade de seus autores e não refletem necessariamente a opinião da revista

GOIÁS INDUSTRIAL // Agosto 2014 //

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ÍNDICE

REVISTA DO SISTEMA FEDERAÇÃO DAS INDÚSTRIAS DO ESTADO DE GOIÁS

TECNOLOGIA

34 / Um grupo de investidores privados, reunidos na ML4 Empreendimentos, começa a tirar do papel o Parque Tecnológico de Anápolis, que pretende transformar a cidade na nova “capital da inovação” DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL

36 / Os grupos Innovar, Coming e Canedo, além da Tropical Urbanismo, investem na implantação do All Park Polo Empresarial em Aparecida de Goiânia, primeiro distrito industrial privado do Estado ICQ BRASIL

38 / Empresas como a Porto Seco Centro-Oeste e a Consciente Construtora, que investiram na certificação de seus sistemas de gestão da qualidade, colhem, agora, resultados, com redução de custos, desperdícios e do retrabalho e ganhos com melhora da imagem das empresas e reconhecimento do mercado

ENTREVISTA

08 / Os candidatos Antônio Gomide (PT), Iris Rezende (PMDB), Marconi Perillo (PSDB) e Vanderlan Cardoso (PSB), que concorrem ao cargo de governador do Estado, falam sobre o que os seus planos de governo deverão prever para incrementar o desenvolvimento da indústria em Goiás, que tem crescido a taxas superiores à média do País.

MADE IN GOIÁS

40 / Com sua planta industrial instalada no Distrito Agroindustrial de Anápolis (Daia), o Grupo Kelldrin, especializado na produção de soluções para controle e combate de pragas, produtos de limpeza e de cuidados pessoais, invade as gôndolas dos principais supermercados e pontos de varejo no País ARTIGO

42 / Editor da Goiás Industrial, o jornalista Lauro Veiga Filho faz balanço da Copa do Mundo no Brasil. “Não foi o desastre anunciado, mas houve frustração de investimentos” APL MOVELEIRO

41 / Realizado em Goiânia, o 86º Encontro Nacional da

43 / Numa parceria entre o Senai Goiás, a prefeitura

Indústria da Construção (Enic) reuniu empresários do setor, autoridades, especialistas e alguns dos principais candidatos à Presidência da República e seus representantes, que receberam uma agenda com propostas para o desenvolvimento da construção em todo o País, incluindo a manutenção do programa Minha Casa Minha Vida

local e o Ministério da Integração Nacional, Valparaíso de Goiás retoma o programa APL Moveleiro, com o propósito de formar e capacitar mão de obra para o setor, além de fornecer oportunidades de melhoria técnica e tecnológica para as empresas da região, com estímulo ainda ao desenvolvimento comercial da indústria de móveis 6

ENIC 2014

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DESAFIOS NO

CAMINHO DO DAIA SESI GOIÁS

CAPA

24 / O trabalho Polos Industriais do Estado de Goiás – Anápolis, realizado pela Federação das Indústrias de Goiás (Fieg) e pela Fieg Regional Anápolis, detalha pela primeira vez os grandes gargalos e deficiências do Distrito Agroindustrial da cidade, que multiplicou em cinco vezes o tamanho de sua economia desde o começo da década passada. O estudo aponta problemas e apresenta propostas para solucioná-los e destravar o crescimento do polo

21 / O Programa Sesi Atleta do Futuro (SAF) promove formação esportiva nas modalidades de futebol, futsal, voleibol e natação e atrai a adesão de número cada vez maior de empresas e prefeituras em diferentes regiões do Estado, registrando a inscrição, até o momento, de 13 mil crianças e adolescentes

IEL GOIÁS

13 / Em fase de expansão, programa de parcerias entre o Instituto Euvaldo Lodi (IEL) e prefeituras beneficia jovens no interior do Estado oferecendo oportunidade para formação prática por meio de estágio nas administrações municipais SENAI GOIÁS

18 / Diante da tendência de interiorização do crescimento industrial no Estado, o Senai Goiás intensifica seu programa de educação profissional por meio de ações móveis, preparando mão de obra onde a indústria está, por meio de parcerias com empresas, sindicatos, associações empresariais e prefeituras. No ano passado, 171 municípios foram atendidos, representando 70% dos 246 no Estado.

MEMÓRIA

39 / A Central Metalúrgica Catalana, uma das fornecedoras da Mitsubishi, consolida-se como referência na produção de peças e equipamentos para os setores de mineração e metalúrgico GENTE DA INDÚSTRIA

44 e 46 / Do lutador de MMA Chris Weidman à cerveja goiana Colombina GIRO PELOS SINDICATOS

47 a 49 / Confira o que está fazendo seu sindicato

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ENTREVISTA | CANDIDATOS AO GOVERNO

Lauro Veiga acelerado: Filho Crescimento produção industrial em Goiás experimentou avanço acima de 74% desde 2003, frente a menos de 32% na média de todo o País

OS CANDIDATOS AO GOVERNO E A INDÚSTRIA D

esde o início da década passada, o valor da transformação industrial em Goiás acumulou crescimento nominal de 426%, aproximando-se de R$ 20 bilhões em 2011, dado mais recente divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em termos reais, descontada a variação do Índice Geral de Preços-Disponibilidade Interna (IGP-DI) da Fundação Getúlio Vargas (FGV), o salto foi de 141,5%, acompanhado da criação de 115,1 mil empregos, o que praticamente dobrou o total de pessoas formalmente absorvidas pela indústria entre 2001 e 2011, para um total de 231,1 mil colocações. No mesmo período, mais 2.240 novas unidades industriais foram instaladas em Goiás, que passou a abrigar quase 6,5 mil plantas. A fatia do Estado no valor da transformação de toda a indústria brasileira avançou de 1,3% em 2001 para 2,1% em 2011. A produção industrial, por sua vez, registrou aumen-

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to de 74,3% entre 2003 e o ano passado, numa velocidade 2,3 vezes superior à variação de 31,9% observada na média de todo o País. Os indicadores demonstram o vigor do setor industrial no Estado. A partir desse desempenho, a revista Goiás Industrial pediu aos candidatos mais bem colocados nas pesquisas eleitorais já disponíveis que apresentassem seus planos e estratégias para dar sustentação a esse processo de industrialização, consolidando a participação do setor na economia regional. A cada um deles foi apresentada a seguinte proposição, cujas respostas seguem em ordem alfabética:

O que seu plano de governo prevê para incrementar o desenvolvimento da indústria de Goiás, uma das principais do País e que se acostumou a crescer mais do que a média nacional?


“Precisamos de um governo que dê atenção a todo o Estado, através de ações que valorizem as vocações de cada região. Isto pode ser feito com um bom planejamento e o auxílio das instituições de ensino técnico superior.”

A

indústria goiana ainda tem muita margem de crescimento. A mudança é agora! Para incrementar o desenvolvimento da indústria em Goiás é preciso planejamento nas ações, transparência nos programas de apoio ao setor, resgatar e recuperar a Celg, trabalhar a logística, pensando no escoamento da produção e, por final, trabalhar para que o desenvolvimento chegue ao Estado como um todo, diminuindo as desigualdades regionais. Temos, em Goiás, grandes polos industriais que fomentam a economia goiana, mas é possível fazer com que haja o crescimento no setor com ações planejadas, buscando a

O AVANÇO DA INDÚSTRIA EM GOIÁS Ano

2001 2002 2003 2004 2005

Pessoal ocupado

Valor da transformação industrial (R$ milhões)

4.240

115.953

3.766,76

4.167

119.929

5.078,25

4.519

130.725

6.685,70

4.681

137.509

7.476,09

4.527

142.145

8.182,87

Número de unidades locais

Ano

2006 2007 2008 2009 2010 2011

Número de unidades locais

Pessoal ocupado

Valor da transformação industrial (R$ milhões)

5.145

159.509

8.501,89

5.200

166.883

11.487,63

5.407

183.413

13.474,93

6.081

197.211

15.318,27

6.081

217.522

17.771,72

6.486

231.094

19.823,16

Fonte: Pesquisa Industrial Anual – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)

ANTÔNIO GOMIDE (PT)

resolução de problemas crônicos. O mais grave é a questão energética. Hoje os empreendimentos têm potencial de crescimento, mas são prejudicados pela ineficiência energética da Celg, que não tem sido capaz de atender às demandas das empresas. Em se tratando do escoamento da produção, o governo federal deu uma importante contribuição que revolucionará este quesito nos próximos anos. A Ferrovia Norte-Sul é a “espinha dorsal” que impulsionará o crescimento da indústria em Goiás, facilitando a distribuição de mercadorias para todo o País. Esta deve estar aliada à recuperação da malha viária do Estado, inclusive das estradas vicinais. Aliado à infraestrutura, vamos ressaltar a manutenção dos incentivos fiscais e a implementação de uma política fiscal que possa criar o desenvolvimento equânime das regiões. Precisamos de um governo que dê atenção a todo o Estado, através de ações que valorizem as vocações de cada região. Isto pode ser feito com um bom planejamento e o auxílio das instituições de ensino técnico superior, a exemplo da Universidade Estadual de Goiás, que deve receber autonomia do governo para que, através de pesquisa, possa oferecer cursos que venham ao encontro das potencialidades de cada região. Acrescentar a parceria com a UFG, IFG e IFGoiano. Ressaltar a importância da Fapeg (pesquisa em tecnologia) e o Pronatec na qualificação profissional. Com estas ideias, é possível fazer com que o crescimento industrial do Estado tenha um salto, com avanços não só nas regiões onde o desenvolvimento já está consolidado, mas levando oportunidades a todos os goianos, gerando emprego, renda, refletindo diretamente no fortalecimento da economia do Estado. 

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ENTREVISTA | CANDIDATOS AO GOVERNO

IRIS REZENDE (PMDB)

“A primeira coisa que precisamos é dar infraestrutura para não só assegurar a eficácia das indústrias que aqui já se encontram, mas também para que novas indústrias aqui se estabeleçam.”

E

m Goiás, a indústria tem se desenvolvido bastante graças ao empenho do empresário. O que precisamos é garantir mais condições para que esse industrial amplie sua produção e seja competitivo no mercado nacional e até internacional. Precisamos ser parceiros, porque uma indústria consolidada fortalece a economia do Estado, faz o dinheiro circular, melhora a qualidade de vida da população, ao dar perspectiva de crescimento aos trabalhadores. A primeira coisa que precisamos é dar infraestrutura para não só assegurar a eficácia das indústrias que aqui já se encontram, mas também para que novas indústrias aqui se estabeleçam. Além de duplicar rodovias, garantir a manutenção das vias, vamos fortalecer o eixo Goiânia-Anápolis-Brasília-Ferrovia Norte-Sul. Precisamos ampliar e recuperar

PRODUÇÃO ACELERADA (Ritmo de expansão em Goiás passa a superar a média brasileira, variação anual em %)

Ano 2003 2004 2005 2006

Fonte: Pesquisa Industrial Mensal-Produção Física – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

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// GOIÁS INDUSTRIAL // Agosto 2014

2007 2008

Goiás

as estradas vicinais de todo o Estado para garantir o escoamento da produção. Outro gargalo importante que precisa ser resolvido com urgência é a estabilidade no fornecimento de energia elétrica, com investimentos na geração e distribuição de energia. O empresário necessita ter garantias de que seu equipamento, que consumiu altos investimentos, vai ser alimentado de forma correta para ter um desempenho satisfatório. Vamos expandir a rede de microcrédito, unificar e consolidar programas como Fomentar e Produzir, apostando na desburocratização para elaboração e aprovação de projetos. Viabilizar repasse de recursos à Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás (Fapeg) para financiamento de pesquisas que priorizem a tecnologia e aproveitem a vocação do nosso Estado, tão rico em matérias-primas. Fomentar o empreendedorismo entre jovens universitários, incentivar a criação de cooperativas, incentivar Arranjos Produtivos Locais (APL) por meio de parcerias com prefeituras, Sistema Fieg, Sebrae e Universidade Estadual de Goiás (UEG), criar polos industriais. Precisamos ainda garantir mão de obra qualificada e para isso vamos investir na criação de uma política de capacitação profissional, com criação de cursos técnicos de acordo com as características de cada região. Nosso Estado vai passar de exportador de matérias-primas para exportador de produtos elaborados, produtos industrializados. No lugar de vendermos o tomate, vamos vender o molho de tomate. Isso significa agregar valor ao nosso produto, valorizar o nosso trabalhador, o nosso esforço. Goiás pode ser muito mais! Se hoje as indústrias do Estado crescem acima da média, no nosso governo elas vão surpreender. Nosso potencial é enorme e ainda temos muito que explorar. Só é preciso pulso e amor por Goiás para fazer acontecer!  Brasil

4,56

0,05

8,40

8,30

3,23

3,09

2,41

2,82

2,33

6,02

8,51

3,10

Ano 2009 2010 2011 2012 2013

Goiás

Brasil

0,22

-7,38

17,13

10,44

6,18

0,35

3,83

-2,68

5,66

2,26


Lailson Damásio

MARCONI PERILLO (PSDB)

“Para continuar avançando no próximo governo, o maior objetivo para a indústria, comércio e serviços, mineração e exportação é fortalecer o estímulo à competitividade e à produtividade.”

A

atração e o estímulo aos novos investimentos públicos e privados no Estado são marcas e prioridades da atual gestão. Projeções da Secretaria de Indústria e Comércio indicam que, até o final deste ano, R$ 40 bilhões em novos investimentos privados, nacionais e estrangeiros, terão ingressado em Goiás. Paralelamente, o governo está promovendo os maiores investimentos da história da administração pública no Estado. São R$ 6 bilhões aplicados diretamente na construção e reconstrução de estradas, construção e ampliação de aeroportos regionais, duplicação de rodovias e construção de viadutos nas saídas de Goiânia, saneamento, construção e modernização de hospitais e unidades de saúde, construção e reforma de escolas, construção e reforma de presídios, modernização das polícias, qualificação dos trabalhadores e construção de obras estratégicas, como o Aeroporto de Cargas de Anápolis, o Centro de Convenções de Anápolis, o Autódromo Internacional de Goiânia, o Centro de Excelência do Esporte, a construção da Vila Cultural e a reforma do Teatro Goiânia e do Centro Cultural Martim Cererê. Na área social, programas estratégicos, como a Bolsa Universitária, também são essenciais para o fomento ao desenvolvimento econômico e humano. O atual governo também teve atuação decisiva na defesa na manutenção da política de incentivos fiscais, liderando a caravana de parlamentares, empresários, entidades de classe do setor empresarial e governadores na mobilização em prol de manutenção dos incentivos em Brasília, além de abrir o debate nacional sobre o profundo impacto negativo

da revogação ou restrição dos incentivos nas economias dos Estados em desenvolvimento, caso de Goiás, demais Estados do Centro-Oeste e do Norte e Nordeste. Essa continua sendo a firme diretriz da nossa coligação. O governo também está envidando todos os esforços para a solução definitiva da crise financeira da Celg Distribuição, como forma de garantir maiores investimentos na distribuição de energia elétrica, essencial à atração de novos investimentos. Para continuar avançando no próximo governo, o maior objetivo para a indústria, comércio e serviços, mineração e exportação é fortalecer o estímulo à competitividade e à produtividade dos setores industrial, comercial, de serviços, mineral e da micro e pequena empresa, gerando um ambiente propício ao empreendedorismo e estímulo à exportação, com o consequente crescimento socioeconômico do Estado. Para atingir esse objetivo, as diretrizes gerais do nosso plano de governo para a indústria são:

· Fortalecer e diversificar as linhas e condições de crédito ao empreendedor e negociar com o governo federal a ampliação dos recursos disponíveis do FCO, garantindo atendimento a toda demanda; · Criar fundos de contragarantias e garantias de segundo piso, dando viabilidade a parcerias público-privadas e investimentos públicos e privados com acesso a juros diferenciados; · Criar programa para incentivo á inovação tecnológica e simplificar e aumentar a transparência na tramitação dos processos através da implantação de software integrado de gestão; · Melhorar os critérios de incentivos com foco na integração regional e diminuição das desigualdades de oportunidades e lutar pela manutenção das políticas de incentivos estaduais; · Consolidar a nossa vocação logística, com a integração da Plataforma Logística Multimodal e a construção de novos ramais ferroviários em Goiás que permitam alternativas de rotas e o escoamento; · Fortalecer os distritos industriais, dando maior agilidade e facilidade na implantação das empresas, incentivar a criação de condomínios industriais e complexos logísticos de integração e agregação de valor às cadeias de produção com gestão compartilhada; · Aperfeiçoar o programa de atração de investimentos e apoiar a implantação de uma agência de atração e promoção de investimentos  GOIÁS INDUSTRIAL // Agosto 2014 //

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ENTREVISTA | CANDIDATOS AO GOVERNO

VANDERLAN CARDOSO (PSB)

“Por vaidade política, o atual governo inviabilizou o acordo anterior, que daria uma solução definitiva para a crise da Celg e manteria o controle acionário da companhia nas mãos do Estado.”

O

empresariado goiano tem demonstrado grande versatilidade e capacidade competitiva, aproveitando de forma primorosa as oportunidades de mercado e políticas públicas disponíveis. Vale destacar que a indústria de Goiás teve seu crescimento apoiado em vantagens competitivas geográficas – tendo em vista sua centralidade no território nacional e ligação natural das diversas regiões brasileiras – naturais, e em políticas desenvolvimentistas, nacionais e regionais. Com um governo focado em uma gestão planejada e nas prioridades, vamos democratizar o acesso às políticas públicas de fomento ao empreendedorismo goiano, tais como as políticas de financiamentos públicos, benefícios e incentivos fiscais. Preocupa-me que, além de incentivos fiscais, há determinados grupos econômicos que recebem desproporcionais benefícios fiscais do governo. Ou seja, os grandes estão sendo privilegiados em detrimento de empreendimentos já instalados em Goiás e da micro e pequena empresa. Porém, na busca da sustentabilidade do desenvolvimento não bastam incentivos e benefícios fiscais. É necessário um planejamento integrado das distintas áreas do Estado com a efetiva participação da iniciativa privada e setores da sociedade envolvidos. Em razão disso, propomos efetivas soluções aos problemas energético e de infraestrutura do Estado. Por vaidade política, o atual governo inviabilizou o acordo anterior, que daria uma solução definitiva para a crise da Celg e manteria o controle acionário da companhia nas mãos do Estado. Com a negociação atual, os goianos perderam 51% da maior empresa do Centro-Oeste; arcaram com

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prejuízos que podem chegar à casa dos R$ 6 bilhões e sofrem – até hoje – com as constantes interrupções de energia, um dos principais obstáculos para a expansão, a atração de novas indústrias e a geração de milhares de empregos. Além de efetivo e adequado fomento à expansão da geração e transmissão de energia por fonte hidroelétrica, vamos implantar o projeto Goiás Futuro do Sol, que visa trazer alternativas para a matriz energética do Estado de Goiás. Estimularemos, por exemplo, a instalação de usinas de energia renovável para atender à demanda dos produtores que utilizam pivôs de irrigação, e outros segmentos que se interessarem. Ainda sobre infraestrutura, verificamos a necessidade de uma atuação mais efetiva do Estado de Goiás na consolidação da Plataforma Logística Multimodal, contemplando sim – e de forma mais acelerada – o eixo dos distritos industriais previstos no traçado da Ferrovia Norte-Sul, mas expandindo essas políticas à articulação multimodal do transporte no eixo dos distritos implementados e projetados nos traçados da Ferrovia Centro-Atlântica e da Ferrovia da Integração Centro-Oeste. Fazem-se necessários a ampliação e o melhor aproveitamento do Complexo Portuário de São Simão, assim como a implementação de novos alcooldutos que permitam – contemplando as regiões Centro, Norte e Nordeste – baratear o transporte da produção de nossas indústrias sucroalcooleiras e desafogar nossas estradas para melhor fluxo dos produtos de outras cadeias produtivas. Dois pontos importantes que também vamos trabalhar para incrementar a atividade industrial é efetivar junto a Secretaria da Fazenda e empresários a modernização do julgamento dos processos tributários em Goiás. Garantiremos a imparcialidade dos processos administrativos tributários. O cidadão terá garantias plenas, processo legal, ampla defesa e contraditório. Além disso, vamos implementar políticas de incentivo à inovação e ao desenvolvimento de tecnologias que visam incrementar a competitividade das diversas cadeias produtivas do Estado, ampliando o número de registro de patentes e agregação de valor aos nossos produtos, por meio do projeto Goiás na Frente – Inovar e Desenvolver. Acreditamos – e essa foi uma de nossas principais preocupações para a elaborar o Plano de Metas – que não adianta registrarmos índices satisfatórios, seja na indústria, no comércio e no setor de serviço, sem que tenhamos políticas de Estado que melhorem a qualidade de vida das pessoas e promovam o desenvolvimento das regiões mais pobres de Goiás. Só assim teremos segurança para transformar crescimento em desenvolvimento econômico e social. 


IEL

Em seu primeiro estágio, Almerão do Nascimento orienta alunos da Escola de Artes e Música de Valparaíso de Goiás

PREFEITURAS INVESTEM NOS JOVENS Convênios com IEL ampliam vagas para estágios. Estudantes revelam vocações para o serviço público e contribuem para minimizar problemas de municípios Célia Oliveira (Texto e fotos)

E

studantes goianos de municípios do interior ganham novas oportunidades para formação prática, vivenciando o dia a dia das profissões que escolheram, por meio de parceria entre o Instituto Euvaldo Lodi (IEL) e prefeituras. A expansão de convênios com administrações municipais, a exemplo de Valparaíso de Goiás, Catalão, Inhumas, Nerópolis e Ipameri, já beneficia mais de 1,5 mil estudantes nessas localidades.

“Isso é uma amostra de nossa dedicação para contribuir sobremaneira com o desenvolvimento pessoal e profissional dos estudantes”, comenta o superintendente do IEL, Humberto de Oliveira, ao lembrar que o atendimento do instituto, somente com estágio, cobre hoje a quase totalidade do Estado. As prefeituras ampliam atendimentos e promovem resgate social de suas populações ao dar ao estudante a chance de vivenciar o estágio. Atuando em órgãos internos da administração ou nas áreas da educação, saúde e assistência social, os estagiários têm revelado que a união teoria-prática é provedora de soluções para atenuar problemas locais. Os benefícios são triplos, ao atingir o estudante em campo prático, a própria administração e a comunidade.

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IEL

Resgate da cidadania pela música Aprender a tocar um instrumento, atividade comumente relacionada à realidade das classes mais favorecidas, tem se tornado, em Valparaíso de Goiás, no Entorno do Distrito Federal, parte também da vida dos jovens de menor renda, graças a iniciativas da prefeitura. O acesso ao mundo cultural transforma o cotidiano e a relação social das crianças que frequentam a Escola de Artes e Música, bem como dos jovens estagiários, universitários, que se convertem em multiplicadores com a missão de ensinar. Segundo a prefeita de Valparaíso, Lucimar Nascimento, a parceria com o IEL constitui estímulo para desenvolver o projeto. “Sinto que a juventude está à espera de ocupações sadias que a impeçam de se convergir para o lado ruim da vida. O estágio também tem a vertente da inclusão, da capacitação e do apoio para a oferta de ações à comunidade.” Como resultado desse esforço, as crianças da Escola de Música e os estagiários fazem, atualmente, apresentações públicas na cidade, o que emociona Lucimar, convicta de que está fazendo algo transformador para uma parcela dos 48.610 jovens de Valparaíso. “Isso nos dá força para continuar acreditando que é possível mudar realidades, sobretudo neste mundo em que vivemos, onde a descrença é crescente”, afirma.

isso, nossos jovens convivem com a cultura”, observa. Em seu primeiro estágio, Almerão do Nascimento sente positivamente os resultados de sua dedicação como estudante de música em Taguatinga e assistente em Valparaíso. “Sinto-me orgulhoso quando vejo uma criança tocar um instrumento com segurança.” Para ele, o estágio chegou em boa hora, dada a proximidade de concluir a faculdade e se ver preparado para atuar como professor. Para concretizar os planos voltados à juventude, a administração de Valparaíso, após convênio com o IEL, desencadeou campanha junto ao empresariado local para aumentar o acervo de instrumentos musicais.

Saúde em foco, com a família por perto

CAMPANHA PELO ACERVO

Para o diretor de cultura e supervisor dos estagiários em música, Jorge Recife, o projeto só foi viável pelo convênio que colocou na escola 15 estagiários –, do universo de quase 200 –, como instrutores de música. “Com 14

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A fisioterapeuta Ana Paula e o estagiário

Diego: “Aqui prestamos informações à família, que pode ajudar na recuperação dos pacientes, e os estagiários são nossos apoios”

DAMOS UMA OPORTUNIDADE PARA OS ESTUDANTES DE MÚSICA E, HOJE, ELES NOS AJUDAM A FORMAR CRIANÇAS NESSA ÁREA. ISSO DEU MUITO CERTO PORQUE VEMOS RESULTADOS E A SATISFAÇÃO DE TODOS ELES”. LUCIMAR NASCIMENTO, prefeita de Valparaíso de Goiás

No Sudeste Goiano, a prefeitura de Ipameri percebeu logo os impactos efetivos do convênio com o IEL. “Os estagiários chegaram com otimismo, dedicação e determinação para aprender e nos ajudar administrativamente com atendimento, processos, agilidade nas áreas em que se encontram desenvolvendo a atividade prática de estágio”, explica a prefeita Daniela Vaz Carneiro. Mais de cem estagiários atuam nas áreas de saúde, educação, promoção social, justiça e agronegócio. Com supervisão de profissionais habilitados, estudantes levam à comunidade assistência multiprofissional, ao atuar em um centro de reabilitação, que atende pacientes em tratamento neurológico, ortopédico, reumatológico e traumas. A fisioterapeuta Ana Paula Faria conta com o apoio de dois estagiários,


fundamentais, segundo ela, para o trabalho desenvolvido na unidade. “Eles vão passando por fases e conhecendo a especificidade de cada uma, até chegar ao atendimento dos pacientes, para que possamos prestar um serviço especializado e delicado.” O convênio de estágio com o IEL, acrescenta, foi uma soma para a extensão do trabalho que envolve a família dos pacientes. “Aqui prestamos informações à família, que pode ajudar na recuperação dos pacientes, e os estagiários são nossos apoios para o repasse de dicas simples, mas que surtem resultados.” Ao receber retorno na atuação dos estagiários e na qualidade dos atendimentos, sobretudo na saúde, a administração municipal constata que está no caminho certo em relação ao desenvolvimento profissional da juventude e à segurança da prestação de um serviço social mais humanizado e de qualidade.

AS PARCERIAS ENTRE GOVERNO E INSTITUIÇÕES SÃO ALTERNATIVAS EMERGENTES PARA SALVAR E FORMAR OS JOVENS, SEM AS QUAIS SERIA QUASE IMPOSSÍVEL FAZER ALGO DE CONCRETO EM FAVOR DE NOSSOS ESTUDANTES E DA COMUNIDADE.” DANIELA CARNEIRO, prefeita de Ipameri

A estagiária Mayra Torquota (direita), Elvira Silva e a mãe: tratamento especial e aprendizagem

Mais assistência para crianças especiais Em Catalão, no Sudeste Goiano, o convênio com o IEL, inicialmente, abriu oportunidades para que estudantes atuassem como apoio nas creches. Os bons resultados levaram à extensão do estágio para a assistência social e execução de projeto de inclusão de crianças especiais. A ação resultou na ampliação do atendimento, de mil para 3 mil crianças. “Hoje, temos mais de 300 estagiários que desfrutam do aprendizado em suas formações acadêmicas e nos dão apoio nos serviços administrativos”, ressalta o secretário de Educação, Arcilon Souza Filho. No âmbito do projeto de inclusão de crianças especiais, a Escola Municipal José Sebba conta com estagiárias como Mayra Torquato. Estudante de

Pedagogia, ela ajuda na assistência e no desenvolvimento em aprendizagem, leitura e convívio social de Elvira C. Silva, 12 anos, portadora de necessidades especiais. “Fomos trabalhando devagar e sob orientação. Hoje ela demonstra mais facilidade nas atividades escolares”, diz Mayra Torquato, que graças ao estágio já identificou a área de psicopedagogia para se especializar. Para a diretora da escola, Marta Bernadete Rezende, com o apoio dos estagiários, as crianças ganham autonomia e se sentem mais seguras. “O retorno que temos das famílias é positivo. As mães comentam conosco da melhoria de seus filhos socialmente, em casa e na escola.”

O CONVÊNIO VIABILIZA BENEFÍCIOS TRIPLOS. OS ESTUDANTES EM FORMAÇÃO, A ADMINISTRAÇÃO QUE GANHA SUPORTE PARA ENRIQUECER A PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS E A COMUNIDADE QUE TEM SIDO ALVO DE UMA ASSISTÊNCIA MELHOR.” JARDEL SEBBA, prefeito de Catalão

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IEL

Trabalho social em Inhumas vira modelo Na cidade de Inhumas, na Região Metropolitana de Goiânia, o projeto também é social e atinge crianças e suas famílias. “Nosso trabalho com os estagiários tem sido modelo para outros municípios da região vizinha que nos procuram para conhecê-lo”, diz a inspetora de ensino da Secretaria Municipal de Educação, Maria Isolina Rabelo, sobre a visita de cidades interessadas em saber como funciona o convênio, como é realizado o trabalho e quais os resultados alcançados. Desde 2006, trabalhando com a educação inclusiva, a administração municipal se preocupa em proporcionar formação pedagógica, lazer, criatividade e arte para as crianças do Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI) Hortência Moreira de Paula, uma das unidades que conta com o apoio dos estagiários, por meio do convênio IEL e prefeitura. As estagiárias auxiliam os professores na assistência das turmas e na elaboração de propostas pedagógicas para crianças especiais que estão

Estagiário Alexandre Tavares e o prefeito de Nerópolis, Fabiano da Silva: parceria para sustentabilidade administrativa

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Maria Isolina Ribeiro (D) e Eurides Lopes,

estagiária do Centro Municipal de Educação Infantil, em Inhumas: convênio entre o IEL e a prefeitura local

em sala de aula comum. Segundo o prefeito Dioji Ikeda, a educação inclusiva no município gerou desafios por causa de sua complexidade, superados graças ao convênio com o IEL. Para melhor encaminhamento dos estagiários, há um balcão de emprego, com oportunidades de trabalho fixo aos egressos. Por meio do convênio com o IEL, Ikeda viabilizou a colocação de mais de cem estagiários nos órgãos da administração.

HOJE TEMOS UMA EQUIPE PREPARADA E, COM O ESTÁGIO, FOI POSSÍVEL CONCRETIZAR NOSSO PLANO DE FORMA CONSISTENTE.” DIOJI IKEDA, prefeito de Inhumas

Sustentabilidade para todos Na região da Grande Goiânia, Nerópolis não conta com universidades nem faculdades e a administração local se desdobra para apoiar os estudantes que se deslocam à capital em busca de formação acadêmica. Diante da preocupação de gerar oportunidades de


melhor capacitação profissional na própria cidade, a parceria com o IEL para estágio atende à grande maioria dos jovens neropolinos, enfatiza o prefeito Fabiano da Silva. Segundo ele, depois do convênio, foi grande a procura por parte dos estudantes pelas oportunidades anun-

ciadas. Os estagiários dão suporte para a sustentabilidade administrativa em quesitos de serviço e de caixa, pois “temos de trabalhar dentro do orçamento e temos outras questões que necessitam de cuidados na cidade”, explica. O prefeito aponta inclusive mudança de comportamento do setor

produtivo, ao vencer a resistência de promover qualificação profissional e optar por profissionais de fora. “Pelo menos em Nerópolis, com as parcerias que estamos fazendo, esse quadro tem mudado, estamos com demandas e gerando capacitação aqui mesmo e o IEL é nosso parceiro.”

TIVEMOS UM BOOM DE JOVENS PROCURANDO PELO ESTÁGIO E, AQUI NA PREFEITURA, HOUVE GANHOS SIGNIFICATIVOS EM VÁRIAS ÁREAS DA ADMINISTRAÇÃO, TANTO QUE CONTRATAMOS ALGUNS POR REGIME ESPECIAL, POIS OS RELATOS QUE RECEBI ATESTAVAM QUE A ADMINISTRAÇÃO NÃO PODERIA FICAR SEM AQUELE JOVEM EM FORMAÇÃO PROFISSIONAL, AINDA EM VIVÊNCIA ACADÊMICA.” FABIANO DA SILVA, prefeito de Nerópolis

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SENAI

Com o diploma nas mãos: concluintes da habilitação técnica em mecânica realizada no município de Edéia

CAPACITAÇÃO ITINERANTE PARA A INDÚSTRIA Desenvolvidas em parceria com empresas, atividades de formação profissional ampliam oportunidades de emprego no interior do Estado Andelaide Lima

A

o lado da fama de polo emergente de desenvolvimento industrial do País, Goiás comprova igualmente a tendência cada vez mais forte de interiorização de investimentos, emprego e renda. Para atender de perto às necessidades diversificadas dos grandes empreendimentos que se instalam em diferentes regiões do Estado, o Senai amplia cada vez mais as atividades de educação profissional realizadas por meio de ações móveis, preparando mão de obra onde a indústria está.

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No ano passado, os cursos da instituição chegaram a 171 municípios, quase 70% do total de 246 que formam o Estado. A interiorização das atividades é dinamizada por meio de parcerias com empresas, sindicatos, associações e prefeituras. Exemplo recente e bem-sucedido desse modelo de atuação, parceria mantida com a Tropical BioEnergia e a Votorantim Cimentos para qualificação nas cidades de Edéia e Edealina, na Região Sul Goiano, acaba de entregar mais uma leva de profissionais (veja correlata). Controlada pelo grupo britânico British Petroleum (BP), a Tropical Bionergia investe na ampliação de sua unidade industrial em Edéia para dobrar a produção de açúcar e etanol, alcançando a marca de 450 milhões de litros de etanol e a moagem de 5 milhões de toneladas de cana por ano. Com a expansão, a usina deverá abrir cerca de 700 novas vagas de emprego.


Ações móveis multiplicam cursos Para atender à demanda por profissionais qualificados, a Tropical Bionergia mantém, desde 2011, parceria com a Escola Senai Itumbiara, distante 180 quilômetros de Edeia, na realização de atividades para capacitação da população local. Em 2012, a ação móvel beneficiou 115 pessoas que fi­zeram gratuitamente os cursos de mecânico de manutenção industrial, mecânico de colhedora de cana de açúcar, eletricista de automóveis e de assistente de laboratório industrial. No ano passado, o projeto para qualificação da mão de obra da região passou a contar com a participação da Votorantim Cimentos, localizada na vizinha Edealina. Os parceiros envolvidos na iniciativa formaram 88 pessoas nos cursos de eletricista industrial e de mecânico de máquinas industriais, desenvolvidos por meio do Programa

Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec). Os bons resultados do projeto motivaram as empresas a expandir as ações de formação profissional, com a implantação, em 2013, de duas turmas dos cursos técnicos em eletrotécnica e em mecânica, igualmente por meio do Pronatec. Dos 47 alunos que fizeram as habilitações, 26 cumprirão estágio nas indústrias.

NOSSO OBJETIVO É FORMAR PROFISSIONAIS NÃO SÓ PARA ASSUMIR AS VAGAS OPERACIONAIS, MAS, TAMBÉM, OS CARGOS DE GESTÃO. PARA TANTO, APOSTAMOS NA QUALIDADE DOS CURSOS OFERECIDOS PELO SENAI”

LUÍS FLÁVIO DE ANDRADE, gerente de Infraestrutura da Tropical Bioenergia

DESAFIO DA QUALIFICAÇÃO Durante a entrega de certificados aos concluintes, em junho, o gerente de Infraestrutura da Tropical Bioenergia, Luís Flávio de Andrade, explicou que a iniciativa surgiu da necessidade de expansão da usina e do desafio de disseminar a cultura da qualificação para fomentar o desenvolvimento sustentável da região. Coordenador de Projetos da Votorantim Cimentos, Tarcísio Machado reforçou o compromisso das indústrias com a valorização da mão de obra local. “O sucesso do projeto é resultado da união de esforços para formar profissionais qualificados que vão contribuir com o crescimento socioeconômico da região”, disse.

Nova profissão, mais oportunidades Oradora da turma do curso técnico em eletrotécnica, realizado em Edealina, Ana Sara Ferreira, de 18 anos, disse que se sente realizada por ter conseguido a qualificação sem precisar sair da cidade. “Participei da seleção porque sabia que iria valer a pena. A capacitação oferecida pelas empresas e pelo Senai foi uma oportunidade única de conquistar uma profissão.” Também concluinte da habilitação em eletrotécnica, Danilo Alves, de 28 anos, sonha com uma vaga de emprego nas indústrias parceiras. “Meu objetivo é trabalhar nas empresas, mas aprendi tanto no curso que me sinto preparado para os desafios do mercado.”

Oradora da turma do curso técnico em eletrotécnica, Ana Sara Ferreira (centro), com Tarcísio

Machado (Votorantim Cimentos), Luís Flávio de Andrade (Tropical Bioenergia), João Batista Gomes (prefeito de Edealina) e Claiton Vieira (Senai Itumbiara)

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SENAI

Morador da vizinha cidade de Indiara, o serralheiro João Marcos Bezerra, de 18 anos, enfrentou todos os dias 25 quilômetros de estrada para assistir às aulas da habilitação técnica em mecânica em Edéia. “O curso valeu cada quilômetro percorrido, gostei tanto que vou continuar investindo na minha nova profissão. Pretendo ingressar na faculdade de engenharia mecânica.” Raniele Rodrigues, de 26 anos, teve de deixar o emprego em Edealina para se dedicar integralmente ao curso técnico em mecânica, em Edéia, mas não se arrepende da escolha. “A área tem muita demanda por profissionais qualificados, estou tranquila porque sei que meu esforço será recompensado.”

rural. Sem muitas opções de trabalho, a economia do município corria risco de ficar estagnada. A parceria com o Senai tem sido fundamental para resolvermos o problema do desemprego. A instituição viabilizou até a vinda do empresário ao município. Nosso objetivo é dar continuidade à iniciativa, com oferta de novos cursos”, planeja a prefeita. Incentivado pela formação de mão de obra, o empresário Florentino de Melo transferiu sua indústria de calçados de Goiânia para Santa Rosa ao saber da atuação do Senai no município.

Ao final da capacitação, em junho, contratou os 24 concluintes do curso. “Conheço a seriedade do trabalho realizado pela instituição. Quando o professor Nilton Salles (coordenador da área de calçados do Senai Ítalo Bologna) me procurou com a equipe da unidade para explicar as ações desenvolvidas em Santa Rosa, não pensei duas vezes e aceitei o desafio de levar a empresa para a cidade. Estou otimista em relação ao sucesso do empreendimento, minha intenção é contratar mais profissionais para aumentar a produção”, disse.

Florentino de Melo, empresário do

Leila Silva César, prefeita de Santa

Parceria viabiliza indústria, emprego e renda Além da qualificação profissional, as ações do Senai promovem o desenvolvimento regional, ao atrair indústrias. É o que acaba de ocorrer em Santa Rosa de Goiás, na região central do Estado, a 85 quilômetros de Goiânia. Com economia baseada na agricultura e na criação de gado, o município sofre com as poucas alternativas de emprego oferecidas à população. Em busca de soluções para o problema, a prefeita Leila Silva César procurou apoio do Senai na implantação de atividades de formação profissional para qualificar a mão de obra local. Em maio, a Faculdade de Tecnologia Senai Ítalo Bologna, de Goiânia, iniciou na cidade o curso de confeccionador de calçados, ministrado por meio de ação móvel. “A maioria da população atua no funcionalismo público ou na zona

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setor de calçados: “Não pensei duas vezes e aceitei o desafio de levar a empresa para a cidade”

Rosa de Goiás: esforço para vencer a estagnação da economia local

CONTRATAÇÃO IMEDIATA Animada com o emprego recém-conquistado, Sueni Marques disse que o curso mudou as expectativas dos moradores da cidade. “As oportunidades de trabalho foram ampliadas e todos ganham com isso. Estou feliz com minha profissão.” Também concluinte da qualificação, Jamil Cândido da Silva conta que a experiência foi enriquecedora. “As aulas foram excelentes, com muita prática e material didático de primeira. Conquistar uma vaga de emprego é muito bom, mas adquirir conhecimento e iniciar uma nova carreira é melhor ainda.” Moradora da zona rural, Geovana Martins ficou surpresa com a contratação imediata após a conclusão do curso. “Apesar das dificuldades iniciais, por morar um pouco longe da cidade, valeu a pena o esforço. Não esperava conseguir o emprego tão rápido, mas, graças à parceria do Senai com a prefeitura, a cidade terá maiores condições de crescer.”


SESI

Matheus Arantes de Jesus e o pai Sebastião Antônio de Jesus: programa de formação de atletas muda vida da família, para melhor

FILHOS SAUDÁVEIS, PAIS PRODUTIVOS Programa do Sesi colabora para o desenvolvimento de crianças e adolescentes e leva segurança aos trabalhadores da indústria Edilaine Pazini

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isciplina, espírito de equipe, união, comprometimento, respeito e motivação são alguns dos valores que o esporte proporciona a quem pratica uma de suas modalidades e que o Sesi busca capitalizar, em diversos programas voltados à indústria e à comunidade, com retorno em maior produtividade dos trabalhadores. Em Goiás, o Programa Sesi Atleta do Futuro (SAF) atrai cada vez mais adesão de empresas interessadas em realizar investimentos de práticas de responsabilidade social, bem como de prefeituras em diferentes regiões do Estado. Atualmente, são mais de 13 mil crianças e adolescentes inscritos nessa iniciativa estratégica de inclusão social, que promove formação esportiva nas modalidades de futebol, futsal, voleibol e natação. Enquanto os pequenos são beneficiados pela iniciativa, ao praticar atividades físicas em ambientes agradáveis e seguros, pais se dizem mais tranquilos durante expediente nas indústrias. Ao todo, 31 empresas, 14 prefeituras e duas ONG’s participam do programa. Cerca de 20% dos alunos do Atleta do Futuro são filhos de trabalhadores da indústria. As demais turmas

são adotadas por empresas, classificadas como “madrinhas” da iniciativa, destinada a colaborar para a formação de cidadãos, que aprendem, com o esporte, valores para a vida toda.

Na Denusa, programa atende 45 crianças Em Indiara, sul do Estado, Matheus Arantes de Jesus, de 13 anos, entrou no SAF em fevereiro deste ano e já lista benfeitorias resultantes do esporte. O garoto, que antes acumulava advertências na escola e horas de sono durante o dia, hoje faz todas as tarefas da escola e colabora até com os serviços domésticos em casa, que divide com o pai. “Eu era preguiçoso, não estudava direito e ficava muito na rua com meus colegas. Levava advertência quase toda semana, depois que comecei aqui, nunca mais tomei nenhuma”, conta orgulhoso. O SAF transformou a vida não só de Matheus, mas também a de seu pai, Sebastião Antônio de Jesus, de 55 anos. Operador de máquinas pesadas na Denusa, destilaria de álcool de Indiara, passava o dia no trabalho preocupado com o filho, que fica a maior parte do tempo sozinho. “Ele ficava muito na rua e a gente não conhece todo mundo, a gente vê adolescentes mexendo com drogas o tempo todo e eu ficava com medo dele se envolver com essas pessoas”, afirma. Agora, Antônio trabalha tranquilo durante o expediente na usina, sabendo que, nesse período, o filho GOIÁS INDUSTRIAL // Agosto 2014 //

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SESI está praticando atividades físicas na Associação dos Empregados da Denusa, onde a empresa mantém, em parceria com o Sesi, duas turmas do SAF. São 45 crianças, entre filhos de trabalhadores da indústria e comunidade, atendidas gratuitamente. A psicóloga da Denusa, Luciele Viana, explica que o projeto foi implantado em 2008, quando a empresa resolveu agir diante de realidade social preocupante no município, de muitas crianças ociosas brincando na rua e vulneráveis a diversos riscos. “A gente tinha vontade de fazer algo que pudesse mudar esse cenário, beneficiar nossos colaboradores e a comunidade local.

Horizonte promissor Chefe de almoxarifado da indústria Gravia, de Anápolis, Miguel de Paiva e o filho Paulo Lucas vivem situação semelhante à de Antônio e Matheus. Com a mãe vivendo fora do País, Lucas mora com o pai e, para ocupar o tempo ocioso, começou a praticar esporte pelo SAF. “Conheço toda a equipe do Sesi e eles me passam tranquilidade e essa é a

Luciele Viana, psicóloga: um benefício a mais para os trabalhadores com filhos matriculados no SAF

Foi aí que soubemos do SAF e resolvemos aderir”, diz. Luciele acredita que o programa é uma forma de lazer e refúgio para essas crianças, além de contribuir com a

forma dele usar as horas livres para cuidar da saúde e, ao mesmo tempo, não se envolver com coisas erradas”, acredita. Atualmente, Lucas faz parte do time de voleibol do Sesi Jundiaí, campeão estadual dos Jogos Estudantis. O time venceu invicto todas as etapas do campeonato, garantindo vaga na fase nacional, que vai ocorrer em setembro de 2014, no Paraná. Exemplo de indústria madrinha, assim como a Denusa, a Sol e Energia, especializada em confecções de moda

Miguel de Paiva e o

filho Paulo Lucas: “Essa é a forma dele usar as horas livres para cuidar da saúde e não se envolver com coisas erradas”

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saúde e socialização delas. “E é também um benefício a mais para nossos trabalhadores que têm filhos matriculados no SAF”, completa.

Antônio Nelson Fogaça: “O jovem que se ocupa

com atividades físicas se preocupa mais com a saúde e com seu futuro em geral”

praia, localizada em Goiânia, enxerga horizonte promissor com o programa. Para o sócio-proprietário da empresa, Antônio Nelson Fogaça, a atividade física faz o jovem se preocupar mais com a saúde e com seu futuro. Ele explica que seu objetivo é formar essas crianças não apenas na carreira esportiva mas também para que sejam profissionais no futuro, inclusive em sua empresa. “Geralmente, esses meninos não possuem tantas oportunidades para se orientar. Precisamos dar um horizonte a eles”, ressalta.


Influenciando a família Com apenas 9 anos de idade e quatro meses de prática esportiva, Diego Gonçalves Alexandre já coleciona vitórias em competições de atletismo. Treinando pelo SAF no Sesi Jaiara desde março deste ano, ele resolveu participar do Circuito Anapolino de Rua, onde foi campeão em quatro etapas em sua categoria. As conquistas trouxeram não só medalhas, como também prêmios em dinheiro, que Diego utilizou para colaborar com as despesas em casa e na compra de um tênis novo para praticar o esporte. O irmão de Diego, Murilo Gonçalves Alexandre, também pratica atletismo na mesma turma. Motivo que influenciou a mãe dos garotos, Maria do Carmo Gonçalves da Silva Alves, de 33 anos, a treinar também. “Eu e outras mães vínhamos acompanhá-los e ficávamos esperando a aula terminar. Então, o professor teve a ideia de criar uma turma para a gente praticar o esporte também, o que fez bastante diferença

no meu bem-estar”, afirma. Decisão semelhante teve Jordania Loren Costa Ferreira, de 28 anos, incentivada pela filha, Cibele Loren, de 10 anos, que já vê resultados positivos da atividade física. A filha menor também participa de brincadeiras durante os treinos. “Estamos mais dispostas e disciplinadas”, ressalta, acrescentando que houve mudança igualmente no cardápio. “Ingerimos mais frutas, cortamos refrigerantes e salgadinhos”, diz. Enquanto isso, com sua mulher e as filhas praticando esporte, o eletricista José Eliésio da Silva, de 40 anos, trabalha tranquilo na Guabi, indústria de nutrição animal em Anápolis. Ele comenta que desde pequeno conhece as dependências do Sesi e sente segurança ao saber que a família está em um ambiente acolhedor. Nas folgas, Eliésio, que também é adepto de atividades físicas, aproveita para andar de patins com a família.

José Eliésio da Silva: “Conheço o Sesi desde

pequeno e fico seguro sabendo que elas estão em um ambiente acolhedor e familiar”

Diego e Cibele, no centro, com os irmãos e as mães: disciplina, treinamento e as primeiras premiações

CARREIRA À VISTA Aluna do Atleta do Futuro, no Sesi Jaiara, há oito anos, Giovanna Rabelo Rosa, de 14 anos, já aposta em sua modalidade esportiva, o caratê, que enxerga como carreira profissional. Ela começou a competir em 2013 e já coleciona 14 medalhas. Apoiada pelos pais, Ivani Custódio e Altemar Cândido, faz planos para o futuro: “Penso em fazer faculdade de educação física e administração de empresas.” Mas as conquistas no esporte vão muito além das medalhas. Para Giovanna, o caratê trouxe também mais saúde, atenção, foco, disciplina e refúgio dos problemas. “Eu era gordinha quando menor e acho que o esporte ajudou muito no desenvolvimento de meu cor-

Giovanna Rabelo Rosa: depois das medalhas, perspectiva de profissionalização no caratê

po, emagrecendo e crescendo mais saudável”, diz. A atleta conta que o caratê também lhe proporcionou mais respeito com as pessoas, já que o esporte detém uma hierarquia a ser respeitada. “A gente precisa cumprimentar e tratar bem um colega mesmo não indo muito com a cara dele e a gente acaba levando isso para a vida pessoal também”, exemplifica.

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CAPA | DAIA

GARGALOS EMPERRAM O DAIA

Num trabalho inédito, a Fieg e sua regional de Anápolis identificam os grandes problemas do maior distrito goiano e apontam soluções para destravar sua expansão

Claudius Brito e Lauro Veiga Filho

Viaduto no trevo do Daia:

Dnit promete entregar a obra até o final de setembro deste ano, o que deverá desafogar o trânsito na região

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A

economia de Anápolis quintuplicou desde os primeiros anos da década passada, mais do que dobrou o estoque de empregos formais e quase triplicou o rendimento nominal médio de seus trabalhadores, passando a gerar cinco vezes mais impostos. A indústria assumiu papel ainda mais relevante no crescimento da região, impulsionada, entre outros fatores, pela consolidação do Distrito Agroindustrial (Daia). Daqui para frente, para sustentar a relevância de sua economia, que ostenta o posto de segunda maior geradora de riquezas no Estado, atrás apenas de Goiânia, o Daia terá de enfrentar e superar uma série de gargalos descritos no trabalho Polos Industriais do Estado de Goiás – Anápolis, realizado pela Federação das Indústrias de Goiás (Fieg) e pela Fieg Regional Anápolis. A começar por questões mais gerais, como escassez de mão de obra qualificada e custos logísticos elevados, a pesquisa aponta ainda a necessidade de encontrar novos espaços para expansão das empresas instaladas no Daia, com menor burocracia e tratamento tributário diferenciado, e de melhorias nas condições de transporte e circulação dos trabalhadores, superando dificuldades de acesso ao distrito. Outros desafios são problemas no suprimento de energia e na gestão de resíduos, demora na emissão de licenças ambientais e deficiências na área de saneamento básico.

Qualificação de pessoal, um desafio As 47 indústrias ouvidas ao longo do levantamento identificaram pelo menos 30 grandes temas que têm emperrado sua operação e impedido seu crescimento e a atração de novas empresas. Elas descrevem sugestões para cada uma delas, devidamente encaminhadas aos setores competentes pela Fieg e por sua regional de Anápolis. Na área de recursos humanos, 70% das empresas entrevistadas apontaram falta de pessoal treinado como principal dificuldade para recrutamento de pessoas para contratação, muito embora a maior parte das indicações aponte para manutenção do quadro de

AMOSTRA REPRESENTATIVA Primeiro estudo da série Polos Industriais de Goiás, o trabalho apresentado no início de junho, durante o seminário Daia – Perspectivas e Soluções, realizado em sua sede administrativa. Foram ouvidas 47 indústrias, amostragem considerada representativa das empresas que atuam no distrito, das quais 70% foram criadas há mais de dez anos, 74% são genuinamente goianas e 85% são de médio e pequeno porte. Por área de atividade, 28% das empresas entrevistadas participam do setor químico, 17% operam no segmento de produtos de metal, 13% são indústrias de alimentos e bebidas e outras 13% processam minerais não-metálicos. Dividido em três partes, o levantamento apresenta o perfil da atividade industrial na região, analisa os principais gargalos para a operação e expansão das indústrias do polo anapolino e detalha os resultados de uma pesquisa de campo sobre recursos humanos, logística, mercados, meio ambiente, burocracia e outros assuntos.

pessoal. Numa exceção, 49% têm planos para contratar empregados para o setor de administração. Entre as que pretendem contratar alguém, 98% afirmaram enfrentar obstáculos para isso, destacando a incapacidade dos candidatos para encontrar soluções e resolver problemas, falta de conhecimento geral sobre o processo de trabalho e específico da ocupação. Somadas, as empresas que adotam planos de capacitação e aquelas em que os trabalhadores são qualificados regularmente correspondem a 73% do total, porcentual que chega a 100% no caso de microempresas. Entre as dificuldades para levar adiante projetos de investimento em qualificação, 61% das empresas apontaram a elevada rotatividade de funcionários, enquanto 39% deram destaque para o pouco interesse dos colaboradores e 30% para a falta de oferta de cursos. GOIÁS INDUSTRIAL // Agosto 2014 //

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CAPA | DAIA EMPREGOS E ESTABELECIMENTOS – 2006 – 2012 2006 Setores

estabelecimentos

2012 empregos

estabelecimentos

empregos

Extração de minerais (1)

9

63

3

71

Extração de minerais (1)

50

834

85

1.433

Minerais não metálicos

61

1.166

109

1.637

Indústria metalúrgica

14

148

48

1.234

6

65

17

124

Metal elétrico e de comun.

19

245

32

1.905

Material de transporte

52

574

78

885

Indústria de madeira e do mobiliário

50

779

64

1.240

Ind. papel e papelão, edit. e gráfica

34

357

50

354

Ind. borracha, fumo, couros, peles e ind. div.

107

6.941

105

9.368

Ind. química de prod. farmac., veter, perf.

108

1.450

165

2.600

Ind. têxtil, do vest. e artefatos de tecidos

11

54

13

58

Indústria mecânica

178

3.176

182

5.909

690

15.789

948

26.747

182

1.625

478

7.835

881

17.477

1.429

34.653

2.089

10.357

2.837

15.470

Indústria de calçados Ind. de transformação ( 2) Construção Civil (3)

somatório: 1 + 2 +3 = 4 Atividades Industriais (4) Comércio varejista

312

3.630

404

5.630

1.660

18.800

2.485

24.108

5

7.633

7

13.492

Comércio atacadista Serviços Administração Pública Serv. Industriais de Util. Pública Agricultura

Outras Atividades (5) Total de estabelecimentos (4 + 5)

9

337

14

731

355

802

368

905

4.430

41.559

6.115

60.336

5.311

59.036

7.544

94.989

Fonte: Rais/2006 e 2012 - classificação subsetor da atividade econômica / IBGE Dados Elaborados pela FIEG/DEC Notas: Estab. = Estabelecimentos | Empreg. = Empregados

DIFICULDADES ENCONTRADAS NO RECRUTAMENTO PARA CONTRATAÇÃO DE PESSOAS (EM %)

Falta pessoal disponível Falta pessoal treinado Nível salarial incompatível com o oferecido pela empresa

// GOIÁS INDUSTRIAL // Agosto 2014

9%

46%

44%

50%

42%

44%

36%

4%

3%

57%

70%

Um porcentual elevado da amostra de empresas pesquisadas revelou a existência de planos estruturados para a expansão das vendas, somando 70% do total. Esse índice é mais alto entre as 42 empresas (ou seja, 89% da amostra) que realizam suas vendas para outros Estados, já que 74% delas planejavam expandir negócios. Para 52% desse grupo de empresas, no entanto, a carência de mão de obra qualificada tornou-se o maior obstáculo para concretizar a expansão planejada. A maior parcela dos entrevistados, perto de 85%, compra parte de sua matéria-prima fora de Goiás, mas dentro do País, e pouco mais da metade (51%) teria disponibilidade para fazer essa compra em Goiás mesmo. A questão é que 78% disseram que há insuficiência de oferta no mercado local. O alto custo de frete e, em seguida, as más condições das estradas foram indicados como principais entraves ao transporte de matérias-primas e produtos finais, o que afeta a competitividade das empresas no Estado.

Grande

Médio

Pequeno

Micro

Total

26

14%

8%

ELAS TÊM PLANOS PARA CRESCER

30%

Base: 46 indústrias (1 entrevistado informou não encontrar dificuldades) A questão admitiu mais de uma resposta Fonte: IEL Pesquisas/2014


GARGALOS EMPERRAM

O DAIA

Sobram congestionamentos, falta energia As empresas que participaram desse trabalho foram estimuladas a eleger os gargalos por ordem de gravidade e pela dimensão dos impactos que têm causado à sua operação no Daia. Em primeiro lugar, com 64% de indicações, surgiu o congestionamento de veículos no acesso ao distrito. Em seguida, aparecem falhas no suprimento de energia (53%), insuficiência de transporte coletivo para quem trabalha no polo (36%), falta de regularização da situação e equacionamento do valor cobrado do IPTU para as indústrias instaladas no distrito, com a devida contrapartida em serviços (26%), e deficiências no sistema de tratamento de esgoto (23%). Entre as ações classificadas como prioritárias, 94% elegeram a construção

do viaduto do Daia, enquanto 68% indicaram a implantação do anel viário em Anapolis e outros 60% a conclusão da Ferrovia Norte-Sul – uma etapa já concluída. A instalação da plataforma multimodal e a viabilização do aeroporto de cargas foram escolhidas, respectivamente, por 45% e 23% das empresas. A preocupação das empresas instaladas no distrito está voltada ainda para questões como a desorganização no tráfego interno de veículos, carência de eventos e palestras para os trabalhadores, assim como falta de um espaço para realização de cursos, palestras e seminários e de um centro de convivência, com restaurantes, salões de beleza e outros serviços.

SUGESTÕES DE AÇÕES PARA ATRAIR A INSTALAÇÃO DE INDÚSTRIAS NO DAIA % de citações

Descrição

Expandir a área territorial do Distrito

40 oferta de água, 32 Melhorar esgoto e energia elétrica a política 23 Melhorar fiscal e tributária 13 Melhorar acesso ao DAIA 11 Concluir a Ferrovia Norte Sul mais segurança 9 Proporcionar e policiamento os processos 6 Desburocratizar na Goiásfomento o tráfico de 6 Melhorar veículos no DAIA 43 Outras citações Base: 47 indústrias A questão admitiu mais de uma resposta

Anel viário do Daia: projeto receberá R$ 10 milhões e deverá ser concluído até o próximo ano, na previsão do governo GOIÁS INDUSTRIAL // Agosto 2014 //

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CAPA | DAIA

MAIS ÁREAS, MAIS ESPAÇOS O caminho para estimular a ampliação e instalação de indústrias no distrito passa pela própria expansão de sua área, solução considerada “ótima” por 64% das indústrias ouvidas, embora a maioria (85%) perceba dificuldades para execução desse projeto. A melhoria na oferta de água, saneamento e energia elétrica (32%) e aperfeiçoamento na política tributária (23%), com mais redução de impostos e concessão de incentivos, também estão entre as propostas.

OPINIÃO SOBRE A EXPANSÃO DA ÁREA TERRITORIAL DO DAIA PARA ATRAÇÃO DE NOVAS INDÚSTRIAS (EM %)

64% Ótima

23%

9% 2%

Ruim

2%

Boa

Indiferente para a empresa

Regular

LICENCIAMENTO MAIS ÁGIL Na área ambiental, nada menos do que 93% das empresas afirmaram conhecer a legislação, mas 79% delas queixaram-se da demora na análise de pedidos de licenciamento. Apenas 29% alegaram dificuldade para ide ntificar e atender aos critérios técnicos estabelecidos para a área e 21% com custos para elaboração de estudos e projetos exigidos pelos órgãos ambientais.

a construção de novas plantas, em Goiás mesmo, no Distrito Federal, em Mato Grosso e no Maranhão. As demais 85% gostariam de ampliar suas instalações atuais.

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// GOIÁS INDUSTRIAL // Agosto 2014

Regular “Existindo mais empresas instaladas no DAIA será mais difícil a contratação de mão-de-obra”.

Base: 47 indústrias Fonte: IEL Pesquisas/2014

AVALIAÇÃO DE PROCEDIMENTOS PARA INSTALAÇÃO DE NOVAS INDÚSTRIAS NO DAIA (EM %) 19% Legalização de áreas

PLANOS PARA INVESTIR Mesmo diante das deficiências e dificuldades enfrentadas e da conjuntura econômica pouco lisonjeira, nada menos do que 75% das empresas ainda tinham planos para investir nos próximos três anos e, dentre essas, 28% informaram que desejam ampliar sua unidade atual. Entre as que tinham projetado investimentos para o futuro, 15% estudavam

Ruim “Ótimo, se tivesse infraestrutura, tratamento de água e esgoto e energia. Não adianta expandir a área do DAIA e continuar sem estrutura”.

51% 30% 23%

Obrigação de pagamento do ITU…

55% 21% 21%

Burocracia

60% 19% Fácil

15% Obtenção de novas áreas

Base: 47 indústrias Fonte: IEL Pesquisas/2014

85%

Difícil Não opinou


GARGALOS EMPERRAM

O DAIA

Wilson Oliveira: “passo fundamental para que o Daia continue inovador e competitivo, contribuindo para crescimento econômico”

“Inovação, a palavra-chave” O extenso e detalhado levantamento realizado pela Fieg e pela regional de Anápolis foi debatido por empresários e autoridades de diversos setores durante o seminário Daia – Perspectivas e Soluções, realizado na sede administrativa do distrito no início de junho. “Inovação é a palavra-chave para o sucesso do encontro, que colocou lado a lado os empresários do Distrito Agro Industrial

de Anápolis com suas demandas, as autoridades competentes para apresentar soluções aos problemas tratados e a Fieg, por meio de sua regional em Anápolis, e outras entidades como mediadoras, para fazer uma reunião de trabalho de alto nível”, avalia o presidente da Fieg Regional Anápolis e também empresário no Daia, Wilson de Oliveira. Por orientação do presidente da

Fieg, Pedro Alves de Oliveira, toda a discussão foi registrada, gerando um documento consolidado que permitirá, na visão de Wilson Oliveira, acompanhar de forma objetiva a implementação das medidas sugeridas durante o seminário. “Vejo que havia uma angústia muito grande por parte dos industriais em relação a problemas antigos, como o da Estação de Tratamento de Esgoto, que não se resolviam, e aos que surgiram mais recentemente, relacionados às questões da segurança, da mobilidade e uma série de outros, que são decorrentes da grande expansão do Daia”, comenta o presidente da regional. Para ele, o seminário tornou mais nítido o papel de destaque desempenhado pelo distrito, que atualmente abriga mais de 150 indústrias, na economia do Estado, assim como seu crescimento acelerado nos últimos anos, o que fez surgir novas demandas. “Demos um passo fundamental para que o Daia continue inovador, competitivo e possa contribuir ainda mais com o crescimento econômico do Estado”, afirma Oliveira.

Aproximação entre público e privado O prefeito de Anápolis, João Gomes, avaliou de forma positiva a realização do seminário, destacando a possibilidade de maior aproximação entre a iniciativa privada e o setor público para a solução dos problemas apresentados. Essa proximidade entre os dois lados, acredita o prefeito anapolino, deverá contribuir para a construção de um ambiente favorável aos negócios na região. “Ouvir um ao outro”, ressalta Gomes, “é fundamental para que tenhamos êxito no objetivo comum de promover o desenvolvimento econômico e a qualidade de vida.”

Para ele, foi “extremamente salutar” a ideia de colocar numa mesma mesa de debates o governo do Estado, a prefeitura e os empresários, para discussão dos problemas que são afetos a cada um. “Foi uma iniciativa brilhante e, com certeza, nós estaremos colhendo bons frutos desse trabalho e aquilo que não for resolvido, nós poderemos tratar em outras reuniões como esta”, frisa o prefeito. “Anápolis, hoje, responde por mais de 10% de toda a riqueza gerada em Goiás e o Daia é parte fundamental desse processo de desenvolvimento

João Gomes, prefeito de Anápolis:

“É preciso realmente que possamos dar ao distrito a atenção que ele merece”

não só do município, mas de todo o Estado. Então é preciso realmente que possamos dar ao distrito a atenção que ele merece”, reforça Gomes. GOIÁS INDUSTRIAL // Agosto 2014 //

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CAPA | DAIA Jayr Inácio

Investimentos de R$ 18 milhões O processo de expansão do Daia, atendendo a uma das demandas apresentadas pelos empresários, deve começar a deslanchar em breve, de acordo com o secretário de Indústria e Comércio do Estado, William O’Dwyer, e o então presidente da Companhia de Distritos Industriais de Goiás (Goiasindustrial), Ridoval Chiareloto. A previsão é que sejam instaladas mais 47 empresas em uma nova área no distrito. De acordo com o secretário, a desapropriação de 14 alqueires contíguos à área do Daia encontra-se em fase adiantada de negociação e a implantação das novas plantas industriais poderá ser iniciada antes do final deste ano. A Goiasindustrial, responsável por planejamento, implantação e gestão de distritos industriais, tomará providências para prover as novas áreas da infraestrutura necessária, em ações conjuntas com a Agência Goiana de Transportes e Obras (Agetop). Chiareloto, que deixou a estatal no início de julho e foi substituído por Luiz Antônio Faustino Maronezi, havia antecipado estudos para a desapropriação de novos espaços, destinados a atender a 67 empresas que aguardam na fila pela ampliação do Daia. Com o mesmo objetivo, a companhia tem atuado para retomar áreas concedidas, mas não utilizadas pelas empresas favorecidas, o que contribuiria para acomodar novas indústrias dispostas a investir e operar no distrito. Ainda durante o seminário, a secretaria e a Goiasindustrial assinaram convênio prevendo investimentos de R$ 8 milhões para expansão e modernização da estação de tratamento de esgotos no Daia. O’Dwyer anunciou ainda 30

// GOIÁS INDUSTRIAL // Agosto 2014

NOVA TRINCHEIRA, A MISSÃO

William O’Dwyer: desapropriação de 14

alqueires, em fase adiantada, deverá abrir espaço para mais 47 indústrias no distrito

a destinação de R$ 10 milhões para a conclusão do anel viário do distrito até o começo do próximo ano. Também em fase de estudos, a Goiasindutrial planeja submeter à assembleia geral do Daia, presidida por O’Dwyer, propostas para instalação no distrito de creche, um centro de convivência, estacionamento para caminhões com acomodações para motoristas, além de agências bancárias e escolas profissionalizantes.

A solução para os frequentes engarrafamentos no trevo do Daia deverá ser alcançada com a conclusão das obras do viaduto no local, prevista para o final de setembro, segundo o superintendente regional do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) em Goiás e no Distrito Federal, Flávio Murilo G. Prates de Oliveira. Mas o problemático fluxo de veículos entre Anápolis e o distrito terá de esperar um pouco mais. Prates sugere a construção de uma nova trincheira, mas para isso será preciso autorização do governo federal. Uma missão, liderada pela Fieg, deverá ser formada para negociar o projeto com o Ministério dos Transportes.

PRINCIPAIS OBSTÁCULOS ENCONTRADOS NO TRANSPORTE DE PRODUTOS FINAIS Nº de citações

Grau de impacto nos resultados da empresa

%

Alto

Médio

Baixo

Alto custo do transporte

34

77

93

2

5

Deficiência das estradas

24

55

60

28

12

Falta de caminhões

15

34

30

23

47

Falta de atendimento por ferrovia

5

11

21

16

63

Desembarque nos portos

4

9

75

25

-

Inexistência de intermodalidade (transporte multimodal)

3

7

21

21

58

Falta de linhas aéreas e contêineres

1

2

5

9

86

Roubos de carga

1

2

5

12

83

Dificuldade de embarque em portos

-

-

10

-

90

Obstáculos

Base: 44 indústrias (3 entrevistados não responderam) A questão admitiu mais de uma resposta


GARGALOS EMPERRAM

O DAIA

Celg promete subestação O suprimento de energia, em volume e qualidade, é uma das mais relevantes preocupações dos empresários estabelecidos no Daia. Em alguns casos, empresas que estão ampliando suas plantas produtivas têm de recorrer à instalação de grupos geradores. Há preocupação sobre a suficiência da produção para atender às demandas atuais e futuras do distrito, diante dos muitos projetos de novas indústrias e ampliações. Os empresários presentes ao seminário cobraram urgência para solucionar a questão. O diretor de Planejamento e

Expansão da Celg, Humberto Eustáquio Tavares Corrêa, anunciou, então, que a Celg deverá dobrar a capacidade de suprimento de energia no distrito até 2016. Isso será possível com investimentos em nova subestação e com parcerias com o setor privado para a implantação de melhorias na infraestrutura de distribuição de energia no local. Em outra providência, o diretor adiantou que o fornecimento de eletricidade para Leopoldo de Bulhões e Goianápolis, atualmente atendidos pela subestação do Daia, deverá ser suprido por outras unidades da Celg.

Eduardo Ferreira

Humberto Eustáquio: Celg deverá dobrar

capacidade de suprimento de energia para empresas do Daia até 2016

Estação aduaneira interior de

Anápolis: operadora deverá investir até R$ 50 milhões, mais do que duplicando a área do Porto Seco

Porto Seco vai mais do que dobrar A Porto Seco Centro Oeste S.A., empresa que administra a estação aduaneira interior de Anápolis, vai mais do que dobrar de tamanho até 2018. A proposta é ampliar a área total construída

de 50 mil para 110 mil metros quadrados, como parte de um plano de expansão que prevê investimentos entre R$ 30 milhões e R$ 50 milhões, com instalação de novo armazéns, aquisições

de vagões e locomotiva e melhorias no pátio ferroviário interno. Como resultado, a movimentação financeira gerada pela empresa deverá crescer de US$ 2 bilhões para US$ 4 bilhões até 2020. Segundo o diretor superintendente da empresa, Edson Tavares, em volume, o porto deverá receber e despachar, neste ano, algo próximo aos números de 2013, quando passaram por ali 2,130 milhões de toneladas de cargas. Mas, em 2015, quando a Ferrovia Norte-Sul deverá estar plenamente operacional, as estimativas de Tavares contemplam crescimento de 35% a 40%, com transporte de minérios, grãos, farelo de soja e cargas gerais em contêineres. A empresa pretende ainda ser credenciada pela Valec Engenharia, Construções e Ferrovias S.A. como operadora logística independente, passando a operar diretamente no transporte de cargas pela Norte-Sul. GOIÁS INDUSTRIAL // Agosto 2014 //

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CAPA | DAIA

VANTAGENS E DESVANTAGENS “A primeira vantagem de operar num distrito industrial é estar fora de centros urbanos. O Daia foi criado nos anos 1970, com rede de esgoto, duas redes independentes de energia e uma legislação própria, que facilita expansões. Já dispunha de uma linha férrea (operada pela Ferrovia Centro-Atlântica) e agora terá a Norte-Sul”, afirma Edson Tavares, da Porto Seco Centro-Oeste. Atualmente, destaca ele, o Daia exige melhorias, especialmente na infraestrutura oferecida aos trabalhadores. “Precisamos pensar mais no cidadão. Os pontos de ônibus são ainda da década de 1970. Não há um centro de convivência. Precisamos de mais serviços bancários, caixas eletrônicos, unidades do Sesi para atender aos empregados. O urbanismo no distrito está defasado e seria necessário pensar no plantio de espécies do Cerrado”, defende Tavares. Com circulação diária de 1,5 mil a 2,5 mil caminhões, prossegue ele, o projeto de construção de um estacionamento para veículos de grande porte ganha relevância e urgência. Como ação prioritária, ainda, Tavares relaciona a necessidade de ampliação da estação de tratamento de esgoto, que já ocupa “110% de sua capacidade”.

Edson Tavares, superintendente da Porto

Seco: estação de tratamento de esgoto já ocupa “110% de sua capacidade”

32

// GOIÁS INDUSTRIAL // Agosto 2014

Granol defende competitividade As soluções para gargalos e dificuldades apontados pela pesquisa e debatidos durante o seminário realizado em Anápolis são essenciais para “dar às empresas melhor condição de competitividade frente às concorrentes de outros Estados”, observa Osmar Albertini, gerente da unidade de Anápolis da Granol. As vantagens para as empresas instaladas no distrito, continua ele, estariam atualmente limitadas apenas à pontuação diferenciada nos quesitos para definição de benefícios fiscais nos programas Fomentar e Produzir. “A diferenciação deixou de existir com os problemas apresentados no seminário promovido pela Fieg, como por exemplo, a garantia de fornecimento de

TEUTO DESTACA LOGÍSTICA

energia elétrica com qualidade, estação de tratamento de esgoto saturada, falta de área para expansão, entre outros.” A Granol opera atualmente duas plantas no Daia, com capacidade para processar 2,8 mil toneladas por dia de soja em grão e refinar mil toneladas diárias de óleo, produzindo ainda farelo, lecitina, glicerina e biodiesel, o que gera 650 empregos diretos e mais 400 de forma indireta. O óleo de soja produzido em Anápolis abastece os mercados do Centro-Oeste. A lecitina, a glicerina e o biodiesel destinam-se a todo o mercado brasileiro e o farelo é consumido pelo mercado goiano e exportado para outros países.

Laboratório Teuto/Pfizer: logística facilitada pela proximidade dos

O acesso a rodovias importantes para o escoamenprincipais eixos rodoviários no to de cargas e a proximidade de duas ferrovias, avalia Estado e de duas ferrovias Ítalo Melo, diretor de marketing do Teuto, “facilitam a logística para todas as regiões do País”. O laboratório Teuto/Pfizer opera no Daia o maior complexo farmacêutico da América Latina, com 1 milhão de metros quadrados de área total e 107 mil m² de área construída, empregando 3 mil funcionários, divididos em três turnos. Seu portfólio inclui mais de 700 produtos e a empresa investe, anualmente, no lançamento de pelo menos 70 novos produtos. No ano passado, afirma Melo, a empresa aumentou seu faturamento em 60% e, neste ano, registrou mais um recorde com a produção de 629 milhões de unidades, resultado dos investimentos realizados para ampliação de sua capacidade. Ainda de acordo com o executivo, o laboratório ocupa a quarta posição no mercado de medicamentos genéricos e registrou, em abril deste ano, um salto de 51,04% neste segmento, maior variação de um laboratório do setor em todo o País.


GARGALOS EMPERRAM

O DAIA

Quase 11% do PIB goiano

PARTICIPAÇÃO CRESCENTE (Produto Interno Bruto em R$ milhões e PIB per capita em R$)

Período

PIB (Goiás)

PIB per capita (Goiás)

A implantação do Daia ajudou a 2002 37.416 7.078 alavancar a economia da região e conti2003 42.836 7.937 nua a puxar seu crescimento numa fase 2004 48.021 8.718 mais recente. Em 2002, a participação da economia de Anápolis no Produto 2005 50.534 8.992 Interno Bruto (PIB) estadual havia se li2006 57.057 9.956 mitado e 5,75%. Em menos de dez anos, 2007 65.210 11.548 essa fatia foi quase dobrada, alcançan2008 do praticamente 10,9% em 2011, dado 75.271 12.878 mais recente divulgado. O PIB do mu2009 85.615 14.447 nicípio nesse período cresceu mais de 2010 97.576 16.252 cinco vezes e meia, em termos nomi2011 111.269 18.299 nais, diante de uma variação de 197,4% registrada pelo PIB de Goiás como um Fonte: Instituto Mauro Borges/Segplan todo. Em valores não atualizados, a economia anapolina, que havia gerado O desempenho econômico produR$ 2,151 bilhões em riquezas em 2002, ziu aumento nominal de 451% na arreelevou seu PIB para quase R$ 12,120 cadação do Imposto sobre Circulação bilhões em 2011, enquanto o produto de Mercadorias e Serviços (ICMS), para goiano subia de R$ 37,416 bilhões para R$ 705,915 milhões em 2013, frente a R$ 111,269 bilhões. R$ 128,976 milhões em 2000. Desde No mesmo intervalo, o PIB per 2007, o ICMS no município aumencapita da região avançou de R$ 7.240 tou 164,5%, com alta de 185,4% para o para R$ 35.799, o dobro do PIB per caimposto recolhido pela indústria, que pita do Estado, que girava em torno passou a responder por 56,1% da arrede R$ 18.299 em 2011. O estoque de cadação total, diante de 52% em 2007. empregos no município, aferido pelos dados da Relação ARRECADAÇÃO EM ALTA Anual de Informações Sociais (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços em Anápolis, valores em R$ milhões) (Rais), saltou de apenas 40,1 ICMS ICMS Participação mil em 2000 para quase 95,0 Período -Total Indústria (%) mil em 2012, num incremento 2007 266,860 138,684 52,0 de 137%. O rendimento médio pago aos trabalhadores no mu2008 332,426 179,510 54,0 nicípio experimentou variação 2009 427,716 248,016 58,0 nominal de 266%, saindo de 2010 514,958 287,548 55,8 R$ 428,78 em 2000 para R$ 2011 550,208 293,713 53,4 1,569,82 em 2012, o que correspondeu a uma evolução 2012 621,592 345,702 55,6 real, descontada a inflação, de 2013 705,915 395,813 56,1 praticamente 70%.

PIB (Anápolis)

PIB per capita (Anápolis)

2.151

7.240

2.385

7.884

2.548

8.272

2.824

9.009

3.776

11.844

4.677

14.367

6.263

18.903

8.109

24.137

10.060

30.026

12.120

35.799

EMPREGO E RENDA (Total de empregos formais e rendimento médio nominal – Anápolis)

Estoque de empregos

Rendimentos (R$)

2000

40.123

428,78

2001

43.860

532,79

2002

47.268

572,90

2003

47.736

667,87

2004

50.525

682,67

2005

56.345

761,79

2006

59.036

864,11

2007

62.455

931,26

2008

70.145

1.030,57

2009

76.351

1.128,59

2010

82.172

1.257,22

2011

85.585

1.337,81

2012

94.989

1.569,82

Período

Fonte: RAIS e Instituto Mauro Borges/Segplan

Fonte: Instituto Mauro Borges/Segplan

GOIÁS INDUSTRIAL // Agosto 2014 //

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PARQUE TECNOLÓGICO

Parque Tecnológico de

Anápolis: espaço deve criar ambiente mais adequado para investimentos em pesquisa, desenvolvimento e inovação

A NOVA “CAPITAL DA INOVAÇÃO” Grupo de investidores privados aposta na instalação de um parque tecnológico em Anápolis, com foco no desenvolvimento de tecnologias inovadoras para o setor farmacêutico

A

ML4 Empreendimentos, Locações e Participações Ltda. dá os últimos retoques no projeto executivo do Parque Tecnológico de Anápolis, a ser construído numa área total de 117 alqueires, em torno de 5,698 milhões de metros quadrados, localizada próxima ao Distrito Agroindustrial de Anápolis (Daia). O investimento é estimado em R$ 50 milhões pelo diretor operacional da empresa, Pedro Gomide Margon, apenas em sua primeira etapa. A implantação do empreendimento, adianta Fabrízio de Almeida Ribeiro, secretário municipal de Ciência,

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// GOIÁS INDUSTRIAL // Agosto 2014

Tecnologia e Inovação de Anápolis, deverá ser iniciada assim que for concluído o anel viário no Daia, previsto para o início de 2015 pela Secretaria de Indústria e Comércio do Estado e pela Companhia de Distritos Industriais de Goiás (Goiasindustrial). Com o início da operação do parque, arrisca Ribeiro, Anápolis deverá se transformar na “capital da inovação no Estado”. Debatido em audiências públicas realizadas no município, prossegue o secretário, o parque oferecerá o “ambiente adequado para adoção, desenvolvimento e promoção da inovação”. A ideia, segundo ele, é estruturar complexa rede, envolvendo universidades, instituições de pesquisa e desenvolvimento, empresas privadas de base tecnológica e órgãos governamentais ligados ao setor, fomentando o intercâmbio de conhecimento e tecnologia.

A primeira etapa A fase inicial do projeto, detalha Pedro Margon, diretor operacional da ML4, contempla em torno de 13,5 alqueires (653,4 mil m2 aproximadamente). O espaço é reservado para unidades de pesquisa aplicada e de prestação de serviços tecnológicos, prevendo-se a instalação de uma incubadora de empresas, além de


área para abrigar empresas de diversos portes. A primeira etapa incluirá ainda a edificação de um centro administrativo, um centro empresarial e a urbanização do espaço. Segundo Ribeiro, os investidores privados reservarão área de 545,7 mil m2 para o setor público, destinada à instalação de equipamentos públicos, instituições de ensino e pesquisa igualmente públicas e universidades. “A partir de diagnóstico realizado com apoio de pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP), os empreendedores decidiram implantar o parque na cidade de Anápolis e focar os esforços para catalisar a inovação no setor de fármacos e medicamentos, por meio da criação de um ambiente de inovação”, descreve Margon.

“MASSA CRÍTICA DE CONHECIMENTO” O trabalho exploratório identificou em Anápolis a existência de uma “massa crítica” de conhecimento e tecnologia, gerada pelas universidades presentes na região, assim como a presença de aglomerado industrial com capacidade para absorver esse conhecimento, representado pelo polo de fármacos e medicamentos consolidado no Daia, observa Margon. “Faltava, portanto, um espaço que pudesse unir estes dois ‘mundos’ e que, ao mesmo tempo, também permitisse maior interação entre as empresas”, acrescenta ele. Como fator igualmente relevante, Margon considera que “a cidade é servida por infraestruturas de apoio fundamentais para o desenvolvimento da indústria, tais como o aeroporto de cargas, centro de convenções e Porto Seco”.

Fabrízio de Almeida Ribeiro: a gestão científica e tecnológica do parque ficará a cargo da Fundace, da USP de Ribeirão Pret

Parcerias entre empresas e academia A gestão científica e tecnológica do futuro parque tecnológico, de acordo com o secretário Fabrízio de Almeida Ribeiro, ficará a cargo da Fundação para Pesquisa e Desenvolvimento da Administração, Contabilidade e Economia (Fundace), criada por docentes da Faculdade de Economia e Administração da Universidade de São Paulo de Ribeirão Preto (FEA-RP/USP) em 1995. Contratada pelos investidores, afirma Ribeiro, a fundação definirá o perfil do novo empreendimento. Pedro Margon considera que o projeto somente terá sucesso a partir de parcerias entre empresas e universidades. “A Universidade Estadual de Goiás

(UEG), por exemplo, terá um espaço de 4 mil metros quadrados dentro do parque, doado pela ML4 Empreendimentos, para desenvolver a Agência Goiana de Inovação, que terá como foco a transferência de tecnologia, assim como a prestação de serviços na área de biotecnologia”, acrescenta o empresário. A entidade gestora, por sua vez, continua ele, “cuidará dos aspectos relacionados à ciência, tecnologia e inovação, por meio da interação entre empresa-universidade e empresa-empresa”. O governo do Estado, na visão de Margon, terá como papel a instalação da infraestrutura de acesso viário ao parque e de concessão de incentivos para atração de empresas inovadoras. “A prefeitura de Anápolis, por sua vez, está desenvolvendo políticas visando fortalecer o sistema local de inovação, o que inclui incentivos”, aponta.

PERFIL A ML4 Empreendimentos, Participações e Locações Ltda. é uma empresa formada por quatro empreendedores (Marcelo Limírio Gonçalves, Haley Margon Vaz, Francisco Castro e Gilmar Silva) com o objetivo de desenvolver o Parque Tecnológico de Anápolis.

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ALL PARK

O PRIMEIRO POLO PRIVADO Grupo de investidores começa a tirar do papel o All Park Polo Empresarial, em Aparecida de Goiânia, num investimento de R$ 95 milhões

C

om 90% do projeto já pronto, todo o arruamento concluído, obras de drenagem em andamento e quase dois terços dos espaços disponíveis negociados ou reservados, o All Park Polo Empresarial começa a sair do papel. Primeiro polo industrial planejado e executado por investidores privados, envolvendo como parceiros a Innovar Construtora e os grupos Coming e Canedo, o projeto deverá consumir investimentos diretos ao redor de R$ 95 milhões, com perspectiva de gerar valor geral de vendas em torno de R$ 170 milhões, numa estimativa inicial dos sócios. Localizado na Região Metropolitana de Goiânia, nas proximidades dos distritos Industrial Municipal (Dimag) e Agroindustrial de Aparecida de Goiânia (Daiag), entre a BR-153 e o câmpus da Universidade Federal de Goiás (UFG), o All Park ocupará pouco mais de 600 mil metros quadrados, oferecendo 180 lotes, com tamanhos entre 1.250 a 8.840,79 m2, com infraestrutura completa para receber indústrias de vários tamanhos e de setores diversos. O projeto foi concebido para prover às empresas soluções adequadas de logística e segurança, com monitoramento 24 horas, incluindo espaço para trânsito e

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Tudo novo: 600 mil m² para

receber indústrias de todos os tamanhos e setores, com espaço de sobra para movimentação de cargas

estacionamento de veículos pesados, além de áreas específicas para recepção e estocagem de cargas. Há, também, área de lazer para os funcionários das empresas, funcionando sob o conceito de condomínio industrial integrado. Como diferencial, ainda, o polo vai incorporar um centro de serviços, denominado Facilities, concentrando um mix de conveniência a serviço das empresas e seus empregados, com agências bancárias, correios, área de alimentação, auditório para treinamento, clube de compras e sala de reunião.

PROJETO DE URBANIZAÇÃO O polo industrial está inserido num projeto de urbanização mais amplo, com área total de 3,750 milhões de m², que contemplará condomínio residencial horizontal, núcleos comerciais planejados, shopping center, estrutura hoteleira, centro de convenções. Há previsão também de um aeroporto com pista de 2 mil metros de extensão e capacidade para receber jatos executivos e que poderá ser utilizado em condições favorecidas pelos condôminos do All Park. De acordo com a Innovar, a região do projeto foi declarada como zona aeroportuária pela prefeitura de Aparecida de Goiânia e o terminal já teria licença para construção, que estará a cargo da Tropical Urbanismo, outra parceira no empreendimento, liberada pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).


Sem espaço para crescer Num extenso trabalho de pesquisa e apuração de dados econômicos da região e de seu entorno, contratado pelo Grupo Innovar ao Instituto Opinião, de Brasília, algumas das conclusões coincidem com os resultados encontrados pela Fieg no estudo Polos Industriais do Estado de Goiás – Anápolis (leia reportagem de capa desta edição, na página 24). Entre elas, uma deficiência surge com maior nitidez: faltam espaços com infraestrutura adequada para receber novas indústrias e mesmo para expansão das empresas já instaladas no Estado. Foram ouvidos no ano passado pelo instituto brasiliense 60 represen-

tantes de empresas de transporte, serviços de TI, panificação, produtos e serviços agropecuários, máquinas agrícolas, produtos químicos, concessionárias de veículos, máquinas e equipamentos farmacêuticos, comércio de autopeças, setor moveleiro, entre outros setores. Quarenta por cento das empresas pesquisadas responderam que gostariam de mudar de endereço, já que o espaço originalmente ocupado por elas não comporta mais as dimensões alcançadas pelo negócio. Localizadas em regiões agora de intensa urbanização, os gargalos foram se acumulando ao longo do tempo, gerando índices crescentes de incomodidade nas regiões onde estão instaladas e reações negativas da população local. Para continuar crescendo, será preciso reestruturar a operação e buscar ou-

tros locais, que permitam a expansão planejada. O levantamento constatou, ainda, que a maior parte das empresas enfrenta graves problemas de segurança, com custos cada vez mais elevados de vigilância e monitoramento.

URBANIZAÇÃO INTENSA A pesquisa realizada pelo Instituto Opinião mostrou, ainda, que questões relacionadas ao trânsito e à baixa mobilidade de caminhões, escassez de áreas para estacionamento e falta de agilidade para carga e descarga influenciam no planejamento das empresas, gerando maiores dificuldades especialmente quando a indústria está localizada em regiões de maior adensamento populacional.

Área de lazer e

heliponto: polo estará incluído em projeto mais amplo de urbanização, com previsão até de um aeroporto para jatos executivos

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ICQ BRASIL

QUALIDADE ALÉM DOS NÚMEROS Certificação de sistemas de gestão da qualidade trouxe redução de custos, maior competitividade e, mais ainda, o reconhecimento do mercado

E

mpresas que tiveram seus sistemas de gestão da qualidade certificados pelo ICQ Brasil, órgão do Sistema Fieg, alcançaram níveis de padronização de processos e de otimização de procedimentos que permitiram ganhos de produtividade e, como consequência, agregaram maior competitividade à operação, diante da redução de custos alcançada. A Porto Seco Centro-Oeste, empresa que administra a estação aduaneira interior de Anápolis, teve seu sistema de gestão da qualidade certificado pelo ICQ Brasil em 2006, envolvendo todos os processos da companhia, relata a gestora Cristiane Alves. “Desde a captação dos requisitos do cliente, passando pela portaria (controle de acesso de cargas e pessoas), pelos armazéns (movimentação e armazenagem de mercadorias), até a liberação das cargas e o monitoramento da satisfação do cliente, todos nossos procedimentos foram padronizados de forma a atender às necessidades do cliente”, afirma ela. Desde lá, prossegue Cristiane, a padronização e atualização dos processos segundo a realidade de cada operação abriram espaço para a rápida evolução da empresa, reduzindo “consideravelmente as probabilidades de erro e evitando o desperdício de tempo com atividades desnecessárias.” A Porto Seco adota, atualmente, indicadores para aferir cada um dos objetivos de qualidade estabelecidos pela empresa, envolven-

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Cristiane Alves, da empresa Porto Seco

Centro-Oeste: redução considerável das “probabilidades de erro e evitando o desperdício de tempo com atividades desnecessárias”

do evolução da satisfação do cliente, com aferição do ritmo de redução de perdas e avarias, investimento na capacitação dos colaboradores por meio do número de horas investidas em treinamentos e número de ações preventivas “sobrepondo-se às ações corretivas.” Certificada desde 2001, a Consciente Construtora e Incorporadora, segundo o engenheiro de qualidade Eduardo Carvalho Paiva, conseguiu reduzir desperdícios e o retrabalho a partir da padronização de seus processos e serviços. “Um dos resultados foi que hoje nosso índice de retrabalho não vai além de 3% a 4%, com diminuição no desperdício de material”, afirma Paiva, que elogia o trabalho do ICQ Brasil. “A grande vantagem é que o instituto está mais próximo da empresa, o que facilita a negociação de uma agenda”, sublinha. Além de ganhos mais palpáveis, continua o engenheiro, a certificação trouxe benefícios para a imagem da construtora, com o reconhecimento do mercado pelo padrão de qualidade no acabamento, além de estimular o desenvolvimento de uma cultura interna voltada para a qualidade total. Nesse momento, a Consciente trabalha na migração de toda sua documentação para um modelo inteiramente informatizado, incluindo a digitalização de todo o processo de treinamento, numa parceria com o Sesi e o Senai Goiás.


MEMÓRIA | CENTRAL METALÚRGICA CATALANA

A METALÚRGICA DO SUDESTE A trajetória da Central Metalúrgica Catalana até se transformar numa das dez pequenas e médias empresas com maior crescimento no Centro-Oeste

A

ntes de entrar para o grupo das dez pequenas e médias empresas que mais crescem nas regiões Centro-Oeste e Norte, numa classificação da Deloitte e revista Exame PME, e tornar-se fornecedora da Mitsubishi Motors do Brasil, em Catalão, a Central Metalúrgica Catalana Ltda. (CMC) percorreu longo caminho, driblando obstáculos e vencendo desafios. A história da empresa, na verdade, começa ainda em meados de 1979, quando José Euzébio Neto mudou-se com a família da cidade de Currais Novos (RN), onde prestava serviços para a Mineração Acuã, para o Sudeste goiano, passando a trabalhar para a Mineração Catalão, do grupo Anglo American, até sua aposentadoria, em 1994. Desde então, Euzébio Neto e seu genro Sullivan Fernandes Rosa, atualmente 2º diretor secretário do Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico do Estado de Goiás (Simelgo), alimentavam o plano de montar uma empresa própria, aproveitando o amplo mercado aberto pela instalação de grandes mineradoras em Catalão e Ouvidor. À época, Fernandes tinha a Epaclon, com sede em Anicuns, que já prestava serviços para o Centro de Tratamento de Curtume e Sabão Gel, entre outras indústrias, incluindo o setor de fabricação de açúcar, respondendo pela montagem de uma indústria completa nesta última área. Por volta de agosto de 1997, surgiu a oportunidade esperada. Euzébio Neto e Fernandes assumiram a reforma completa da planta de metalurgia da Mineração Catalão e ali mesmo,

Sullivan Fernandes Rosa e

obra realizada por sua empresa em unidade da Anglo American: “referência na fabricação de peças para os setores de mineração e metalúrgico”

no pátio da mineradora, utilizando em grande parte equipamentos locados, nasceu a CMC. Os “ativos” da empresa limitavam-se a uma caminhonete, uma Parati, da Volks, uma máquina de solda 220 e um conjunto de maçarico. Em julho do ano seguinte, a CMC já estava registrada e com seu contrato social firmado. “Nós crescemos, evoluímos e ampliamos nossos negócios, sendo hoje referência na fabricação de peças para os setores de mineração e metalúrgico em Goiás, além de ter uma equipe extremamente capacitada para realização de montagens industriais e manutenção mecânica”, afirma Fernandes. Atualmente com 132 empregados, com atuação em todo o País, a CMC mantém sua sede no Distrito Minero Industrial de Catalão (Dimic), num espaço com 26.541 metros quadrados, área construída de 9.243 m2, uma filial em Niquelândia, com pátio de apoio em Barro Alto, com 8 mil m2. Suas instalações em Catalão abrigam ainda a biblioteca do Programa Sesi Indústria do Conhecimento desde julho do ano passado, quando ganhou o nome Biblioteca Aníbal Rosa, numa homenagem ao educador e pai de Fernandes, proprietário da empresa. GOIÁS INDUSTRIAL // Agosto 2014 //

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MADE IN GOIÁS | KELLDRIN

KELLDRIN INVADE AS GÔNDOLAS Grupo fundado em 2002 assume posição de destaque no mercado de produtos e soluções para combate a pragas, limpeza hospitalar e cuidados pessoais

C

riado em 2002 pelo esforço empreendedor do empresário Carlos Diniz, com foco inicial no desenvolvimento de soluções para o controle e combate a pragas, suprindo demanda não atendida pelo mercado local até então, o Grupo Kelldrin literalmente invadiu gôndolas e prateleiras de supermercados e lojas em todo o País ao longo dos anos seguintes. Atualmente, o complexo industrial do grupo, segundo seu diretor industrial, Felipe Diniz, um dos três filhos de Carlos, está instalado num terreno com 12 mil metros quadrados, ocupando 5,5 mil m2 de área construída no Distrito Agroindustrial de Anápolis (Daia). A sede administrativa fica no Polo Empresarial de Goiás, no município de Aparecida de Goiânia. O grupo possui ainda um centro de distribuição em Recife (PE), estrategicamente localizado para atender ao mercado nor-

Felipe, Carlos (sentado), Diogo e Vinicius Diniz, na sede administrativa em Aparecida de Goiânia: soluções inovadoras para o consumidor

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Produtos do Grupo Kelldrin: portfólio amplo e presente em todo o País

destino. “Nossos produtos são encontrados em supermercados, casas agropecuárias, pet shops, farmácias e hospitais em todos os Estados brasileiros”, sublinha Diogo Diniz, diretor de marketing. Empregando diretamente 90 funcionários e gerando vagas para mais 140 pessoas de forma indireta, prossegue o empresário, o grupo atua nos mercados de saúde ambiental, com produtos ambientalmente amigáveis aplicados no combate a insetos e outras pragas domésticas; cuidados pessoais, prevenção e tratamentos de feridas, sob a marca Sortie. Há ainda a linha hospitalar, para desinfecção de superfícies fixas e limpeza residual de objetos e equipamentos médicos, hospitalares e odontológicos; e odorizadores de ambiente, com a linha Ar Gradável, que elimina fungos e bactérias, novidade mais recente, lançada neste ano. “Estamos ampliando nossas linhas todos os dias, com o objetivo de oferecer ao consumidor soluções cada vez mais inovadoras”, comenta Vinicius Diniz, diretor comercial do grupo. Os investimentos destinados a desenvolvimento e incorporação de novas tecnologias, automação de processos e capacitação de seus empregados, afirma ainda o empresário, transformaram a Kelldrin numa “das principais empresas do mercado em sua área”. Neste ano, lembra Diogo, a Kelldrin veio com uma série de lançamentos, seguindo estratégia vencedora adotada desde sua fundação. “Na parte de saúde ambiental, apesar de já possuir uma linha completa de inseticidas, lançamos agora os inseticidas em aerossóis e ratoeira adesiva. Com a marca Sortie, a empresa colocou no mercado uma linha de perfume para os pés (deopédico), a Skin, nossa espuma de barbear, e programa o lançamento também de protetores solares”, adianta ele.


ENIC 2014 | BALANÇO

Carlos Alberto Moura:

sensibilidade dos candidatos à Presidência em relação aos projetos e aos interesses do setor

NESSE DEBATE, O FUTURO DA CONSTRUÇÃO

Realizada em Goiânia, a 86ª edição do Encontro Nacional da Indústria da Construção permitiu ao setor formular propostas de políticas aos candidatos à Presidência

O

86º Encontro Nacional da Indústria da Construção (Enic), realizado em maio deste ano, ultrapassou o aspecto técnico e trouxe à tona discussões de temas relevantes e estratégicos relacionados ao futuro da atividade no País. O evento contribuiu com propostas para a formatação dos planos de governo dos candidatos à Presidência da República, tratando não apenas de assuntos do setor, mas também sobre desburocratização e eficiência na gestão pública.

Um documento com as principais reivindicações do segmento e os pontos mais debatidos no encontro foi encaminhado aos candidatos que disputam a Presidência na eleição de outubro. “Como contribuição para seus respectivos programas de governo”, destacou o presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), Paulo Safady Simão. “São pontos maduros que mostram para a sociedade que o setor está preocupado com o País, e não apenas com a construção. Queremos um País melhor, um Estado melhor e uma cidade melhor”, afirmou o presidente do Sindicato da Indústria da Construção no Estado de Goiás (Sinduscon-GO), Carlos Alberto Moura. Para o presidente da Ademi-GO, Ilézio Inácio Ferreira, o Enic permitiu o debate de problemas enfrentados, por exemplo, pela indús-

tria imobiliária. “Um dos principais é o forte impacto no preço final do imóvel no Brasil causado por essa persistente e danosa burocracia nos variados escalões dos serviços públicos que são prestados à população”, ressaltou ele. A continuidade do Minha Casa Minha Vida (MCMV), reivindicação do setor da construção desde 2009, quando o governo criou o programa, foi prometida pela presidente Dilma Rousseff e pelo candidato do PSB, Eduardo Campos. Ambos defenderam a manutenção da política de subsídios aos moradores de renda mais baixa. Carlos Alberto Moura demonstrou satisfação diante dos compromissos reafirmados pelos candidatos. Para ele, ambos mostraram respeito pelo setor e sensibilidade com as reivindicações. “Temos certeza de que o programa continuará sendo sucesso”, disse.

86º ENIC

GUIA CONTRATE CERTO

Participantes

1.492 pessoas

Palestras

Mais de 50

Cerimônia de abertura

1.500 participantes Presidente Dilma Rousseff, presidenciável Eduardo Campos, governador de Goiás, Marconi Perillo, e prefeito de Goiânia, Paulo Garcia

empresa para executar determinados serviços numa

Personalidades presentes Transmissão ao vivo

A programação foi transmitida pela internet durante os três dias

regras da lei trabalhista.

Durante o encontro, um dos destaques foi o lançamento do Guia Contrate Certo, que traz orientações de como uma construtora pode contratar outra obra, sem que isso seja interpretado como terceirização da atividade-fim da empreiteira e respeitando as

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ARTIGO

À COPA O QUE É DA COPA

Capa da penúltima

edição de Goiás Industrial: reportagem especial sobre a Copa do Mundo no Brasil

MAIS RELEVANTES TALVEZ TENHAM SIDO OS CHAMADOS ‘GANHOS INTANGÍVEIS’, QUE PODERÃO SE TRANSFORMAR EM RECEITAS E RENDA FUTURA PARA AS PRINCIPAIS PRAÇAS TURÍSTICAS DO PAÍS” LAURO VEIGA FILHO Jornalista

O

balanço final da Copa do Mundo, versão 2014, ainda está por ser feito. Os números divulgados ainda não passam de projeções, embora alguns indicadores já tenham alcançado dimensões mais concretas e permitam extrapolações em geral mais positivas do que se esperava. Afinal, não foi o desastre anunciado. As arenas esportivas foram concluídas e funcionaram. Não houve apagão de energia, nem pane nas telecomunicações – apenas na decisão entre Alemanha e Argentina, no Maracanã, foram transmitidas 35,6 milhões de mensagens no Twitter; nos jogos das quartas de final, chegaram a ser postadas 11 mil fotos por minuto. Mesmo aeroportos e companhias aéreas funcionaram regularmente ou até um pouco além disso. Houve, sim, frustração de investimentos, superfaturamento nas obras dos estádios, que saíram 42% mais caros do que o previsto, e principalmente não se conseguiu tirar do papel todos os projetos definidos para melhorar o transporte urbano, estopim das manifestações de junho do ano passado. Mesmo com 21 projetos excluídos da matriz de responsabilidades anunciada em janeiro de 2010, num total de R$ 6,594 bilhões e a substituição de projetos

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mais ambiciosos por outros muito mais modestos em dimensão e impacto, segundo levantamento da Inter B. Consultoria Internacional de Negócios, os dados do Portal da Transparência mostram que foram, de fato, executados em torno de 44,8% de toda a previsão de investimentos em 45 ações e/ou empreendimentos na área de mobilidade urbana. Foi previsto um gasto de R$ 8,025 bilhões para esses projetos, mas R$ 6,681 bilhões haviam sido contratados até julho, depois de terminada a Copa, e R$ 3,493 bilhões foram executados. Somando-se todos os 303 empreendimentos e/ou ações, o investimento total havia sido previsto em R$ 25,617 bilhões, dos quais em torno de 43% (R$ 10,489 bilhões) financiados pelo governo federal. Desse valor, R$ 24,644 bilhões foram contratados e R$ 17,394 bilhões, executados, representando 67,9% do previsto (e 70,6% do valor contratado). Muito certamente, a maior parte desse legado favorecerá, principalmente, as cidades que receberam os jogos. Mais relevantes talvez tenham sido os chamados “ganhos intangíveis”, que poderão se transformar em receitas e renda futura para as principais praças turísticas do País. Os números da Polícia Federal indicam que 1,015 milhão de estrangeiros visitaram o Brasil entre o início e o fim da Copa, bem mais do que os 600 mil ou 700 mil previstos antes do evento. Ouvidos pelo Datafolha, 95% dos visitantes estrangeiros avaliaram de forma positiva a hospitalidade dos brasileiros. O mesmo porcentual, segundo outra pesquisa, realizada pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), por encomenda do Ministério do Turismo, declarou que deseja voltar ao Brasil. Esse ganho, na verdade, pode ser a maior herança da Copa.


APL MÓVEIS | VALPARAÍSO

VALPARAÍSO RETOMA APL MOVELEIRO Parceria entre Senai Goiás, prefeitura e Ministério da Integração Nacional pretende contribuir para consolidar setor de móveis na região Janaína Staciarini

U

m dos municípios de menor área do Estado, que sequer tem zona rural, Valparaíso de Goiás, no Entorno do Distrito Federal, enfrenta alta densidade demográfica, com taxa de crescimento acima da média estadual, refletindo o constante fluxo migratório para a cidade, principalmente por causa da proximidade com Brasília. A população atual já beira 200 mil habitantes, de acordo com a prefeitura municipal. Nesse cenário, ação conjunta do Senai, prefeitura e Ministério da Integração Nacional busca, desde 2005, implementar o programa APL Moveleiro de Valparaíso de Goiás, diante do expressivo número de indústrias de transformação na cidade, bem como de empreendimentos especializados na produção de móveis. A maior parte do polo moveleiro é composta por pequenas empresas, que produzem, principalmente, para o mercado de Brasília. De acordo com Erasmo Cardoso dos Santos, secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Valparaíso conta com mais de 250 fábricas e lojas de móveis. Grande parte, segundo ainda o secretário, está na informalidade, alvo do programa. As ações do arranjo produtivo local (APL) serão retomadas neste ano, com aporte financeiro do Ministério

Reforço: programa

prevê capacitação de pessoal, melhoria tecnológica das empresas e estímulo ao desenvolvimento comercial

da Integração Nacional, por meio da Superintendência do Desenvolvimento do Centro-Oeste e da Prefeitura Municipal. A estratégia inclui formação e capacitação de recursos humanos, melhoria técnica e tecnológica das empresas e estímulo ao desenvolvimento comercial. O programa foca a melhoria qualitativa dos produtos, um aumento substancial na geração de emprego e renda e a elevação da competitividade do segmento. A retomada dos trabalhos anima a prefeita Lucimar Nascimento, para quem uma nova intervenção de entidades como o Senai na região se justifica diante do “crescimento gigantesco” da população nos últimos cinco anos. “Penso que seja importante continuar o trabalho de qualificação desses profissionais, inserindo outros, bem como ajudá-los a melhorar o trabalho na área de gestão/divulgação de seus negócios.” A expectativa da prefeita para 2014 é de que o trabalho do Senai tenha reflexo ao fomentar o associativismo e consolidar a indústria moveleira.

NOVO PERFIL DA INDÚSTRIA Em sua primeira fase, o projeto atendeu 22 empresas da área de movelaria. Na época, as ações envolveram cursos de qualificação e assistência técnica e tecnológica. Em 2009, na segunda fase do projeto, foram prestadas mais de 1.100 horas de assistência técnica e tecnológica para 24 empresas, além de realizados cursos de qualificação, missões técnicas e elaborado um catálogo para fins de divulgação do polo moveleiro. Essas atividades, de acordo com a prefeita Lucimar Nascimento, mudaram o perfil do segmento moveleiro em Valparaíso. “Foi muito importante a intervenção do Senai em nossa cidade, pois possibilitou um trabalho mais qualificado de nossos moveleiros e serralheiros, gerou empregos e estimulou a indústria nessas áreas, especialmente os pequenos investidores, que puderam dar seguimento em seus negócios.”

GOIÁS INDUSTRIAL // Agosto 2014 //

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GENTE DA INDÚSTRIA

// Renata Dos Santos

SALLO & BAD BOY / Marcos Antônio

Demian Duarte

Alves da Silva (Sallo Confeção) e sua mulher, Maria Fernanda, em coquetel de lançamento da nova coleção verão 2014/2015 de sua marca, dia 28 de julho, no Oitis Hotel. A grife comemora 18 anos com parceria de peso com a norte-americana Bad Boy, estrelada pelo lutador de MMA Chris Weidman. Por dez anos, a indústria goiana de confecção poderá fabricar calças, camisas, camisetas, bermudas e moda underwear com a marca Bad Boy. As camisas polo, carro-chefe da grife, trazem a leveza do algodão Pima, produzido nos altiplanos do Peru, e também brasões indianos feitos artesanalmente.

TEUTO NO ARAGUAIA / Clientes e colaboradores do Teuto marcaram presença no projeto Estrelas do Araguaia, empreitada do advogado e produtor cultural Sergei Cruvinel que percorre com seu barco acampamentos do Rio Araguaia com atividades ambientais, esportivas e sociais. Na foto, o farmacêutico Rodrigo Marcelo Farfus e o percussionista Sérgio Pato distribuem brindes da indústria farmacêutica anapolina, parceira do evento, em seu 11º ano de realização.

ESPORTE / A atleta paraolímpica Jane Karla, patrocinada pela indústria goiana Equiplex, acaba de ganhar medalha de ouro na Copa Brasil de Tênis de Mesa, realizada em Maceió, entre 6 e 15 de julho. Ela acumula no currículo uma medalha de ouro no Parapan-Americano de Guadalajara e o título de melhor atleta das Américas, conquistado em 2011. Jane Karla ainda foi campeã no Parapan Brasileiro, em Fortaleza, em maio, quando conquistou seu décimo título brasileiro. A meta da jovem agora é se preparar de olho em medalha em casa, durante as Olimpíadas no Brasil em 2016. Indústria farmacêutica de medicamentos injetáveis e hospitalares de Aparecida de Goiânia, a Equiplex, do empresário Eribaldo Egídio da Silva (na foto, com Jane Karla), também presidente do Sindifargo, tem capacidade de produção de 150 milhões de unidades por ano e abastece todo o mercado nacional e de países do Mercosul. 44

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DE GOIANIRA PARA XANGAI / Em junho, o agrônomo e empresário Jorge Jonas Zabrockis que atua há mais de 20 anos no segmento de carnes para exportação, trocou a rotina de trabalho no frigorífico JJZ Noble Cuts, em Goianira, por viagem a Xangai. Ele realizou visitas técnicas em fábricas da China e negócios com novos clientes. “As exportações para a China já totalizam 30% das nossas exportações e a meta é subir para 40% em 2015”, conta. Ele lembra que as vendas eram negociadas via Hong Kong, pela falta de um comércio bilateral entre Brasil e China, mas que agora, por conta de acordo recente entre a presidente Dilma Roussef e o governo da China, será possível negociar diretamente com os chineses.

JAZZ E BOSSA / A empresária Cleide Pina (MetalForte) lançou dia 8 de agosto seu segundo CD, Cleide Pina Jazz e Bossa Fusion, com o show To Remember, na Casa Lis. O disco é uma ótima opção para adeptos da boa música, que podem conferir clássicos do jazz e sucessos internacionais na voz marcante da artista.

FORÇA X / Leonardo Evangelista de Oliveira (Glix Química) fundou em Goiânia, há 11 anos, sua indústria de produtos para limpeza profissional para hospitais, lavanderias, restaurantes e outros recintos que exigem uma rotina de higienização frequente. Agora o empresário comemora a aceitação de um de seus produtos também entre as donas de casa de vários Estados atendidos por seus distribuidores. Trata-se do Força X, que causou frisson em eventos como a Casa Cor, ao deixar impecáveis superfícies de porcelanatos polidos.

A PREFEITA E O APL / Lucimar Nascimento, prefeita de Valparaíso de Goiás, no Entorno do Distrito Federal, aplaude a retomada, em parceria com o Ministério da Integração Nacional e Senai, das ações do programa APL Moveleiro na cidade, que aposta na iniciativa para incrementar o associativismo e consolidar a indústria. Para ela, a nova intervenção de entidades como o Senai na região, com cursos e assessoria técnica e tecnológica, se justifica diante do “crescimento gigantesco” da população nos últimos cinco anos. GOIÁS INDUSTRIAL // Agosto 2014 //

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GENTE DA INDÚSTRIA

MEIO SÉCULO / A Retífica Cometa, do empresário Ailton Aires Mesquita, comemorou data especial em 4 de agosto, quando seu colaborador Walter Martins Mesquita completou 50 anos de trabalho na empresa. “Mesmo já aposentado, ele mantém o mesmo comprometimento dos primeiros dias. É uma pessoa muito especial e merece todo o reconhecimento da empresa e dos outros colaboradores”, disse Ailton (na foto com Walter).

CERVEJA / Descendente de austríacos e alemães, Guilherme Wohlgemuth, dono do Endelweiss Café & Bar, no Setor Oeste, e a empresária Patrícia Mercês (Cervejaria Goyaz), em happy hour de business no reduto charmoso, próximo ao Lago das Rosas. No pub do chef e da mãe, Wilma Wohlgemuth, que tem carta de vinhos e cervejas de todo o mundo, além de chucrute e outras iguarias da culinária experimental internacional, um destaque é bebida genuinamente goiana. Trata-se da Colombina, cerveja especial fabricada pela indústria da família de Patrícia, fundada no Centro de Goiânia, há 15 anos, e hoje sediada no Jardim Guanabara. Lançada este ano, a Colombina chegou depois do sucesso dos chopes Mercês e Glória pelas mãos de Patrícia, engenheira de alimentos que morou na Bélgica e trabalhou em cervejarias como a famosa Hoegaarden.

DIA DE CAMPO / Diretores da CoopGoiás/CCPR/Itambé, Geovando Vieira Pereira (diretor administrativo), João Vander Ferreira (vicepresidente) e João Bosco Umbelino dos Santos (presidente), em recente dia de campo em Cristalina, no Entorno do Distrito Federal, na fazenda de Raimundo Borges, há 30 anos fornecedor de leite da Itambé. Recém chegado de férias em Pernambuco, João Bosco Umbelino dos Santos agora se prepara para participar, com sua equipe, da Interleite Brasil 2014, dias 20 e 21 de agosto, no Center Convention, em Uberlândia (MG).

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GIRO PELOS SINDICATOS

FI EG R EG I O N A L

COMO BAIXAR A TARIFA DE ENERGIA / A Fieg Regional Anápolis realizou em maio, no miniauditório do Senai, o curso sobre como reduzir tarifa de energia elétrica, ministrado pela consultora Gheisa Esteves, da Confederação Nacional da Indústria (CNI). No âmbito do Programa de Desenvolvimento Associativo (PDA), fruto da parceria entre a CNI e a Fieg, o evento contou com apoio do Senai e dos seis sindicatos das indústrias, abrigados na Regional da Fieg. Durante o curso, foi apresentado um painel sobre o custo da energia elétrica no Brasil, os reajustes e a composição tarifária, além dos procedimentos que podem ser feitos, dentro da legalidade, para que as empresas possam reduzir o consumo. Participaram empresários e técnicos de vários segmentos da indústria e da Base Aérea de Anápolis.

SI ND IFA R G O

RASTREABILIDADE E LOGÍSTICA REVERSA / O Sindicato das Indústrias Farmacêuticas no Estado de Goiás (Sindifargo) e a Superintendência Estadual de Vigilância Sanitária realizaram, no início de junho, o seminário Atuação da Vigilância Sanitária nas Indústrias Farmacêuticas no Estado de Goiás, Rastreabilidade e Logística Reversa de Medicamentos e a Aplicação da RDC nº 39/2013. O evento, no auditório Hélio Naves, na Casa da Indústria, em Goiânia, foi aberto pelos presidentes da

Fieg, Pedro Alves de Oliveira, e do Sindifargo, Heribaldo Egídio. Foram palestrantes a superintendente da Vigilância em Saúde (Suvisa), Tânia da Silva Vaz; o gerente de Vigilância Sanitária de Produtos (Suvisa/SES-GO), Sander Antônio Pereira da Silva, e o presidente executivo do Sindifargo, Marçal Henrique Soares, que discorreu sobre a Rastreabilidade de Medicamentos (RDC nº 54/2-2013), as decisões e debates do Comitê Gestor da Implantação do Sistema Nacional de Controle de Medicamentos.

CRESCIMENTO / O presidente executivo do Sindifargo, Marçal Henrique Soares, acredita que a indústria de produtos farmacêuticos em Goiás, sob liderança dos genéricos, deve continuar crescendo a taxas de dois dígitos nos próximos quatro anos. Nos primeiros cinco meses do ano, a produção do setor químico, que inclui os medicamentos, experimentou salto de 31,6%, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Soares avaliou como positiva a decisão do governo, anunciada no final de junho, de zerar as contribuições ao PIS/Cofins de 174 substâncias e princípios ativos usados na produção de remédios, o que tende a reduzir custos para o setor. GOIÁS INDUSTRIAL // Agosto 2014 //

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GIRO PELOS SINDICATOS SI CMA

PARCERIA DE RESULTADO / Durante reunião de diretoria, o presidente do Sindicato das Indústrias da Construção e do Mobiliário de Anápolis (Sicma), Álvaro Maia, fez balanço positivo da parceria para a realização do 10° Feirão Caixa da Casa Própria juntamente com a 5ª edição da Expo Casa & Móveis – Feira de Móveis, Decorações e Construção Civil de Anápolis e Região. A entidade foi representada, na abertura oficial, pelo diretor Anastácios Apostolos Dagios. O evento contou com 44 expositores e recebeu em torno de 16 mil visitantes. Segundo a assessoria da Caixa, foram encaminhados pelas construtoras e imobiliárias 1,2 mil propostas, 15% a mais que em 2013, quantidade que gerou mais de R$ 125 milhões em volume de negócios. O valor supera em 35% os R$ 93 milhões realizados na edição anterior.

SIVA

EM ALTO NÍVEL / O Sindicato das Indústrias do Vestuário de Anápolis (Siva) concluiu as negociações da Convenção Coletiva de Trabalho 2014-2015, firmada com o Sindicato dos Oficiais Alfaiates, Costureiras, Trabalhadores nas Indústrias de Confecções de Roupas do Estado de Goiás. O presidente do Siva, Jair Rizzi, comemorou o sucesso da negociação e enalteceu a participação da diretoria. Segundo ele, as discussões se deram em alto nível, garantindose, assim, o êxito nos trabalhos. “Temos sempre nos pautado no diálogo para que tenhamos acordo que traga benefício para todas as partes”, ponderou Rizzi.

SI NDA L I M E N TO S

PRESTAÇÃO DE CONTAS / O Sindicato das Indústrias de Alimentação de Anápolis (SindAlimentos), realizou, em maio, duas assembleias gerais com a finalidade de analisar e aprovar as contas do ano de 2013 e autorizar a diretoria da entidade a negociar as Convenções Coletivas de Trabalho 2014-2015 com os sindicatos dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação de Anápolis, dos Trabalhadores na Indústria de Cerveja e Bebidas em Geral e de Águas Minerais no Estado de Goiás e dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Anápolis. Durante o encontro, o presidente Wilson de Oliveira falou aos empresários sobre a importância de os mesmos buscarem apoio da Fieg, sempre que necessário, para resolver suas demandas, assim como, também, a representação da entidade perante o Comitê de Assuntos Legislativos da CNI, do qual faz parte. 48

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SI ND IC ER /G O

PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO / No encerramento do calendário de reuniões do primeiro semestre do ano, dia 26 de junho, foi apresentado à diretoria do Sindicato das Indústrias Cerâmicas do Estado de Goiás (Sindicer/ GO) o planejamento estratégico realizado no âmbito do Programa de Desenvolvimento Associativo (PDA), que oferece ferramentas para otimizar e modernizar o trabalho da entidade. Também na ocasião, foi aprovado o questionário do IEL/GO para pesquisa destinada a auferir a satisfação dos associados quanto à atuação do sindicato. O presidente Henrique Wilhelm Morg de Andrade também abriu espaço na pauta do encontro para a apresentação dos Programas de Segurança e Saúde no Trabalho (PCMSO/ PPRA/ LTCAT), que serão ofertados pelo Sesi.

SI N VE ST

SIGEGO

INVASÃO CHINESA / Na avalição do vice-presidente do Sindicato das Indústrias do Vestuário no Estado de Goiás (Sinvest), Manoel Silvestre Álvares da Silva, a importação desordenada de roupas e artigos de vestuário chineses, a preços inferiores aos custos enfrentados pelas indústrias no Estado, coloca em risco um setor que abriga mais de 2 mil empresas e responde pela geração de quase 60 mil empregos formais.

PESSIMISMO ENTRE AS GRÁFICAS / O índice de confiança da indústria gráfica, na primeira sondagem com abrangência nacional realizada pela Associação Brasileira da Indústria Gráfica (Abigraf), registrou 48,3 pontos, considerando um intervalo de variação entre 0 e 100. O resultado, abaixo da linha de 50 pontos – que indica neutralidade na confiança – mostra que o empresário gráfico está pessimista. O sentimento aparece mais associado às condições correntes dos negócios do que às expectativas futuras, já que o subíndice de situação atual cai para 43,3, bastante abaixo de 50, enquanto o de expectativa para os próximos seis meses sobe para 53,4. Nas regiões Centro-Oeste, Norte e Nordeste, avaliadas em conjunto, o indicador chegou a 52,4 pontos, sinalizando relação mais favorável do que no restante do País, segundo o presidente do Sindicato das Indústrias Gráficas no Estado de Goiás (Sigego), Antônio de Sousa Almeida, tomando como base os dados da mesma sondagem.

CONFIANÇA DOS EMPRESÁRIOS DO SETOR GRÁFICO Região

Confiança na economia

Expectativa em relação às eleições

NE/N/CO

52,4

57,9

Sul

48,0

46,5

Sudeste

47,2

49,6

Fonte: Abrigraf Nacional

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SINDICATOS SINDICATOS COM SEDE NA FEDERAÇÃO DAS INDÚSTRIAS DO ESTADO DE GOIÁS

Av. Anhanguera, nº 5.440, Edifício José Aquino Porto, Palácio da Indústria, Centro, Goiânia-GO, CEP 74043-010 SIAEG Sindicato das Indústrias de Alimentação no Estado de Goiás Presidente: Sandro Antônio Scodro Mabel Fone/Fax: (62) 3224-9226 siaeg@terra.com.br SIEEG Sindicato das Indústrias Extrativas do Estado de Goiás e do Distrito Federal Presidente: Domingos Sávio Fone (62) 3212-6092 - Fax 3212-6092 sieeg@sistemafieg.org.br SIGEGO Sindicato das Indústrias Gráficas no Estado de Goiás Presidente: Antônio de Sousa Almeida Fone (62) 3223-6515 - Fax 3223-1062 sigego@sistemafieg.org.br SIMAGRAN Sindicato das Indústrias de Rochas Ornamentais do Estado de Goiás Presidente: Eliton Rodrigues Fernandes Telefone: (62) 3225-9889 simagran@sistemafieg.org.br SINCAFÉ Sindicato das Indústrias de Torrefação e Moagem de Café no Estado de Goiás Presidente: Carlos Roberto Viana Fone (62) 3212-7473 - Fax 3212-5249 sincafe@sistemafieg.org.br SINDIAREIA Sindicato das Empresas de Extração de Areia do Estado de Goiás Presidente: Gilberto Martins da Costa Fone/Fax (62) 3224-8688 sindiareia@sistemafieg.org.br SINDCEL Sindicato das Indústrias da Construção, Geração, Transmissão e Distribuição de Energia no Estado de Goiás Presidente: Célio Eustáquio de Moura Fone: (62) 3218-5686 / 3218-5696 Sindcel.go@gmail.com SINDIALF Sindicato das Indústrias de Alfaiataria e Confecção de Roupas para Homens no Estado de Goiás Presidente: Daniel Viana Fone (62) 3223-2050 SINDIBRITA Sindicato das Indústrias Extrativas de Pedreiras e Derivados do Estado de GO, TO e DF Presidente: Flávio Santana Rassi Fone/Fax (62) 3213-0778 sindibrita@sistemafieg.org.br SINDICALCE Sindicato das Indústrias de Calçados no Estado de Goiás Presidente: Elvis Roberson Pinto Fone/Fax: (62) 3225-6402 sindicalce@sistemafieg.org.br

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SINDICARNE Sindicato das Indústrias de Carnes e Derivados no Estado de Goiás e Tocantins Presidente: José Magno Pato Fone/Fax (62) 3229-1187 e 3212-1521 sindcarn@terra.com.br SIMELGO Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico do Estado de Goiás Presidente: Hélio Naves simelgo@sistemafieg.org.br Fone/Fax (62) 3224-4462 contato@simelgo.org.br SIMPLAGO Sindicato das Indústrias de Material Plástico no Estado de Goiás Presidente: Olympio José Abrão Gestor executivo: Giovanni Souto Fone (62) 3224-5405 simplago@sistemafieg.org.br SINDICURTUME Sindicato das Indústrias de Curtumes e Correlatos do Estado de Goiás Presidente: João Essado Fone/Fax: (62) 3213-4900 sindicurtume@sistemafieg.org. SINDIGESSO Sindicato das Indústrias de Gesso, Decorações, Estuques e Ornatos do Estado de Goiás Presidente: José Luiz Martin Abuli Fone: (62) 3224-7443 sindigesso@sistemafieg.org.br SINDILEITE Sindicato das Indústrias de Laticínios no Estado de Goiás Presidente: Joaquim Guilherme Barbosa de Souza Fone (62) 3212-1135 / Fax 3212-8885 sinleite@terra.com.br SINDIPÃO Sindicato das Indústrias de Panificação e Confeitaria no Estado de Goiás Presidente: Luiz Gonzaga de Almeida Fone: (62) 8422-4022 sindipao@sistemafieg.org.br SINDIREPA Sindicato da Indústria de Reparação de Veículos e Acessórios do Estado de Goiás Presidente: Sílvio Inácio da Silva Telefone (62) 3224-0121/ 3224-0012 sindirepa@sistemafieg.org.br SINDMÓVEIS Sindicato das Indústriasde Móveis e Artefatos de Madeira no Estado de Goiás Presidente: Pedro Silvério Pereira Fone/Fax (62) 3224-7296 sindmoveis@sistemafieg.org.br SINDTRIGO Sindicato dos Moinhos de Trigo da Região Centro-Oeste Presidente: André Lavor P. Barbosa Fone (62) 3223-9703 sindtrigo@sistemafieg.org.br

// GOIÁS INDUSTRIAL // Agosto 2014

SININCEG Sindicato das Indústrias de Calcário, Cal e Derivados no Estado de Goiás Presidente: Alcir Mendonça Júnior Fone/Fax (62) 3223-6667 sininceg@sistemafieg.org.br SINPROCIMENTO Sindicato da Indústria de Produtos de Cimento do Estado de Goiás Presidente: Luiz Ledra Fone (62) 3224-0456/Fax 3224-0338 siac@sistemafieg.org.br SINDQUÍMICA-GO Sindicato das Indústrias Químicas no Estado de Goiás Presidente: Jaime Canedo Fone (62) 3212-3794/Fax 3225-0074 sindquimica@sistemafieg.org.br SINVEST Sindicato das Indústrias do Vestuário no Estado de Goiás Presidente: Manoel Silvestre Alvares da Silva Fone/Fax (62) 3225-8933 sinvest@sistemafieg.org.br

OUTROS ENDEREÇOS SIAGO Sindicato das Indústrias do Arroz no Estado de Goiás Presidente: José Nivaldo de Oliveira Rua T-45, nº 60 - Setor Bueno CEP 74210-160 - Goiânia - GO Fone/Fax (62) 3251-3691 siagoarroz@hotmail.com SIFAÇÚCAR Sindicato da Indústria de Fabricação de Açúcar do Estado de Goiás Presidente: Otávio Lage de Siqueira Filho Presidente-Executivo: André Luiz Baptista Lins Rocha Rua C-236, nº 44 - Jardim América CEP 74290-130 - Goiânia - GO Fone (62) 3274-3133 / Fax (62) 3251-1045 SIFAEG Sindicato das Indústrias de Fabricação de Etanol no Estado de Goiás Presidente: Otávio Lage de Siqueira Filho Presidente-Executivo: André Luiz Baptista Lins Rocha Rua C-236, nº 44 - Jardim América CEP 74290-130 - Goiânia- GO Fone (62) 3274-3133 e (62) 3251-1045 sifaeg@terra.com.br SIMESGO Sindicato da Indústria Metalúrgica, Mecânica e de Material Elétrico do Sudoeste Goiano Presidente: Welington Soares Carrijo Rua Costa Gomes, nº 143 Jardim Marconal CEP 75901-550 - Rio Verde - GO Fone/Fax (64) 3623-0591 simesgo1@hotmail.com

SINROUPAS Sindicato das Indústrias de Confecções de Roupas em Geral de Goiânia Presidente: Edilson Borges de Sousa Rua 1.137, nº 87 - Setor Marista CEP 74180-160 - Goiânia - GO Fone/Fax: (62) 3088-0877 sinroupas@yahoo.com.br SINDUSCON-GO Sindicato das Indústrias da Construção no Estado de Goiás Presidente: Carlos Alberto de Paula Moura Júnior Rua João de Abreu, 427 - St. Oeste CEP 74120-110 - Goiânia- GO Fone (62) 3095-5155 contato@sinduscongoias.com.br

SINDICATOS/ANÁPOLIS Av. Engº Roberto Mange, nº 239-A, Jundiaí, Anápolis/GO - CEP 75113-630 Fone/Fax: (62) 3324-5768 e 3324-5997 fieg.regional@sistemafieg.org.br SINDALIMENTOS Sindicato das Indústrias da Alimentação de Anápolis Presidente: Wilson de Oliveira sindalimentos@sistemafieg.org.br SICMA Sindicato das Indústrias da Construção e do Mobiliário de Anápolis Presidente: Álvaro Otávio Dantas Maia sicma@sistemafieg.org.br SINDIFARGO Sindicato das Indústrias Farmacêuticas no Estado de Goiás Presidente: Heribaldo Egídio Presidente-Executivo: Marçal Henrique Soares sindifargo@sistemafieg.org.br SIMMEA Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de Anápolis Presidente: Robson Peixoto Braga simmea@sistemafieg.org.br SINDICER-GO Sindicato das Indústrias de Cerâmica no Estado de Goiás Presidente: Henrique Wilhelm Morg de Andrade sindicergo@sistemafieg.org.br SIVA Sindicato das Indústrias do Vestuário de Anápolis Presidente: Jair Rizzi siva@sistemafieg.org.br Senhor empresário: A FIEG é integrada por 36 sindicatos da indústria, com sede em Goiânia, Anápolis e Rio Verde. Conheça a entidade representativa de seu setor produtivo. Participe. Você só tem a ganhar.


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