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FIGURAÇÕES DA ÍNDIA NAS NARRATIVAS DE VIAGEM EUROPEIAS

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PRELÚDIO

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A Partir Da Segunda Metade Do S Culo Xx

E che cos’è l’India!

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Come faccio a dirtelo? L’India è l’India.

Alberto Moravia, Un’idea dell’India (1962)

Attimo per attimo c’è un odore, un colore, un senso che è l’India: ogni fatto più insignificante ha un peso d’intollerabile novità.

Pier Paolo Pasolini, L’odore dell’India (1962)

Everything in this landscape was brilliant and distinct. It was like the springtime of the world.

Eric Newby, Slowly Down the Ganges (1966)

Mas há Índias e Índias, cada um vê a sua.

Almeida Faria, O Murmúrio do Mundo (2012)

A Índia ocupará desde cedo um lugar privilegiado no imaginário europeu. Esse fascínio é indissociável do facto de ter sido o primeiro espaço da Ásia a acolher a Europa, o que lhe confere desde cedo uma familiaridade singular. Mas não só: ao mesmo tempo que a chegada à Índia impõe ao Ocidente um novo entendimento do espaço, oferece-lhe um novo entendimento do tempo, porque assinala a rectificação do Velho Mundo e do paradigma mental que o alimentava. A descoberta da Índia vai representar, assim, mais do que um marco para a História: ela funda uma medida na descoberta do homem pelo homem, e volta a unir o percurso do humano à instância do divino.

Com efeito, o mito da Índia espiritual continua a marcar presença no itinerário íntimo de escritores e poetas. A sua consolidação é favorecida pela formação de uma cultura pós-colonial e pós-imperial, que ali busca não só o sentido entre “nós” e os “outros”, mas também um sentido pessoal para a religião. Muito activo no Ocidente a partir da segunda metade do século XX, por via de uma série de movimentos sociais e culturais — que vão desde um interesse crescente pela espiritualidade budista à prática de terapias orientais, do yoga ou da meditação à adopção de novos hábitos alimentares como o veganismo ou ao aparecimento de subculturas como as comunidades hippies —, o mito da Índia espiritual reiterou a leitura da viagem como epifania, como forma de explorar uma outra geografia: a geografia da alma (cf. Almeida, 2016b: 207-208).

Eis então a pergunta que aqui nos traz: o que significa, a partir de meados do século XX, viajar até à Índia? Parece evidente que os autores contemporâneos continuam a procurar — e por vezes encontram — pelo menos três dimensões da Índia que ecoam desde o Romantismo: o passado histórico, a transformação espiritual e a experiência do exótico. Todas estas dimensões se conjugam de forma extraordinária numa única alegoria, que é a da «viagem como procura de nós mesmos», como escreve Eduardo Lourenço (2012: 8). Essa procura de nós mesmos adquire não só uma vertente pessoal, de busca íntima, mas inclui também uma vertente colectiva, universal, que compreende nós enquanto humanidade e nós enquanto nação ou continente. Nesta sucinta reflexão proponho-me observar em que medida a literatura contemporânea dá continuidade a esta procura simbólica.

O corpus deste trabalho é composto apenas por obras que se inscrevem dentro do género dos relatos de viagem — quis privilegiar sobretudo o carácter testemunhal (ou factual) da escrita, excluindo por isso a ficção. No entanto, para garantir uma leitura abrangente, procurei seleccionar autores de diferentes nacionalidades e com percursos estéticos igualmente distintos. Essa selecção recaiu sobre as obras Slowly Down the Ganges, publicada em 1966 pelo inglês Eric Newby; L’odore dell’India e Un’idea dell’India, publicadas, respectivamente, pelos italianos Pier Paolo Pasolini e Alberto Moravia em 1962; e ainda — ampliando significativamente o escopo temporal desta análise comparativa — a obra O Murmúrio do Mundo (2012), de Almeida Faria, para não excluir da minha leitura o “ponto de vista” português.

O meu propósito é identificar, através desta pluralidade de representações da Índia, alguns pontos de contacto entre as obras (nomeadamente, os pontos de contacto com um cânone literário que recua, pelo menos, até aos antigos voyages en Orient), mas também enunciar os aspectos que as distinguem umas das outras e, porventura, do próprio cânone. Interessa-me perceber tais diferenças a partir da forma como os autores lêem a Índia, evidentemente; contudo, o meu foco incidiu não só sobre escritores cujos países de origem mantiveram ligações coloniais ao território, como é o caso de Portugal e Inglaterra, mas quis incluir na análise a visão de escri-

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