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Gisele San’Ana Lemos
Entrevista com a escritora
Gisele Sant’Ana Lemos
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Gisele Sant'Ana Lemos, pseudônimo Diana Balis. Carioca, psicóloga, compositora e gestora cultural. Lança em 2021 a @Balis Editora, produz revistas, livros, antologias e cds. Livros solos: Signo do Amor e Grave & Agudo de poesias. Dois podcast: Cometa e 7 Pecados. Participa de 40 Antologias Nacionais e Internacionais. Membro do Poetas del Mundo e Academias de Arte e Literatura: Alpas 21, onde recebe a “Comenda Personalidade Literária 2021”; ALAB, ALAF, AVPLP, APPERJ, AJEBRJ. Boa Leitura
Os famosos não me reconhecem
Por Shirley M. Cavalcante (SMC)
Escritora Gisele Sant’Ana Lemos, é um prazer contarmos com a sua participação na revista Divulga Escritor. Conte-nos, o que a inspirou a escrever “Encontros – Os famosos não me reconhecem”?
Gisele Lemos - Sempre falei: “Eu conheço tantos famosos?” e na pandemia, COVID-19/2020, depois de muitos acontecimentos e perdas, eu iria a Portugal, lançar a Coletânea Literária “Viagem a Portugal” de 14 autores portugueses e 14 brasileiros e no fim, nada aconteceu, e me refugiei em Minas Gerais, Três Corações, terra de meus pais e avós, e a Terra do Rei Pelé, acompanhada somente de minha Dakota (cadela) e sozinha, resolvi produzir: livros, revistas, e escrever o livro: “Os famosos não me reconhecem, encontros”. É um podcast em livro, uma travessia biográfica diversa. “Causos”? Serão verdades ou mentiras? -Cabe somente ao leitor decidir.
Apresente-nos a obra
Gisele Lemos - “Os famosos não me reconhecem. Encontros”. São vários causos, 35 histórias, verdadeiras ou não, com famosos que são: atores, músicos, diretores de teatro e cinema, políticos, jogadores de futebol.
Quais os principais tópicos do sumário?
Gisele Lemos - Os nomes dos famosos são os capítulos do livro e a vida vai passando, sendo contada, desde a adolescência até a idade adulta. Não de forma linear, falo da vida e trabalho como professora de música e teatro, de cursos e professores que tive, os encontros nos capítulos cito alguns: Edwin Luisi, Gal Costa, Pedro Paulo Cava, Nando Reis, Maria Clara Machado, Walter Lima Júnior, Cláudia Jimenez, Evandro Mesquita, Paulo Betti, Molon, Lilian Knapp, Zagalo, Dira Paes, Fernanda Montenegro, Beth Goulart, Amir Haddad, Da Ghama, Susana Naspolini, José Wilker e o Gabriel (O pensador).
O que mais chamou a sua atenção enquanto escrevia o livro?
Gisele Lemos - Realmente conheço e tive muitos encontros na vida com os famosos globais que não me reconhecem e reflito: a minha vida poderia ter sido outra, ou não?
Qual o feedback de leitura que mais a cativou?
Gisele Lemos - No prefácio de Jorge Leão ele escreveu: Há que se compreender que o fã é sempre mais um na multidão em relação aos famosos, porém a autora mostra em suas estórias que nem sempre isso significa que o admirador seja menos importante que o admirado, visto que quem admira sempre constrói estórias em torno de cada encontro, enquanto que, para os famosos, esse encontro com um fã acaba sendo nada mais do que uma efeméride. Na descrição de cada encontro com um famoso ou famosa, Gisele mostra claramente que nem sempre a ideia que temos sobre um determinado artista se confirma quando o encontramos, pois o costume de vê-los somente em palcos e telas, com roupas que fogem ao coloquial e maquiados, sob efeito de luzes e de todo um aparato inerente a um espetáculo, às vezes até nos deixa dúvida se estamos realmente olhando para aquela pessoa que tanto admiramos ou se é apenas alguém parecido. O formato da narrativa utilizado pela autora torna cada encontro um verdadeiro evento, no qual a pessoa famosa acaba sendo apenas um motivo para a Gisele Lemos contar uma estória sobre momentos e situações que ela viveu.
Onde podemos comprar o seu livro Gisele Lemos - Diretamente com a autora, dianabalis@gmail.com e no site do Clube dos autores https:// clubedeautores.com.br/ e na Filo editora https://filoseditora.com.br/
Além de “Encontros – Os famosos não me reconhecem” você tem outros livros publicados, apresente-nos os títulos e segmentos.
Gisele Lemos - Signo do Amor; Grave & Agudo; Poesias de amor. Poesia Brasileira.
Quais os seus próximos projetos literários?
Gisele Lemos - II Homenagem as Estátuas de Bronze de sua Cidade, Coletânea Literária de vários autores, internacional e nacional. Em breve o lançamento.
Quais os seus principais objetivos a serem alcançados na carreira literária?
Gisele Lemos - Escrever e ler, é ato de resistência. (Apesar de nunca conseguir ler todos os livros de uma boa biblioteca). Tomar consciência de novos fatos e transbordar em atitudes honestas ao refletirmos, assim espero que todos possamos mudar o mundo, diante de pensamentos próprios e agirmos dignamente. Mas enquanto tenho o que contar, contarei, emocionar, emocionarei, o público é mais importante que eu, na carreira de autora. Mas nunca deixo de dizer o que penso ou sinto, respeitando as pessoas e o planeta terra.
Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista. Muito bom conhecer melhor a escritora Gisele Sant’Ana Lemos. Agradecemos sua participação na Revista Divulga Escritor. Que mensagem você deixa para nossos leitores?
Gisele Lemos - Agradeço sua leitura e desejo que acredite em você. Siga seus bons instintos, pesquise, leia e reescreva sua história de vida. Você poderá mudar sua vida em qualquer momento que decidir tomar atitudes, e assim como eu, não deixe o tempo passar demais para mudar.
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José Sepúlveda
Só!
Ai quem me dera ser, mas não, não sou... Miragem sou lá longe em meu deserto Que em vão persigo... E quando já tão perto, Me perco nessa areia que a levou...
E, solitário, sigo... e assim estou No meu peregrinar insano, incerto... Não sei por onde vou, para onde vou, Só sei que adormeci, quiçá, desperto...
Qual pária, sigo o trilho dos meus passos Tão cheio de incertezas, de embaraços, Buscando aqui e além o meu caminho...
E nesta insana peregrinação Persigo uma ilusão, outra ilusão, E não me encontro nunca, estou sozinho!
José Sepúlveda
Pegadas...
O teu sereno olhar, calmo, solene, Que ao meu viver traz força e energia Transforma a minha vida assaz perene Em mananciais de paz e de harmonia!...
Na minha embarcação tu és o leme Que traça o rumo, a estrela que me guia... E em ti me sinto alguém que nada teme E enfrenta o seu viver com alegria...
Em cada amanhecer, ao despertar, Eu sigo os passos teus e ouso pisar O teu andar seguro... E, peregrino,
Refaço-me em pegadas. E uma a uma Eu pinto em cada onda, entre a espuma, Nos passos teus a cor do meu destino!
José Sepúlveda
Segura o Leme
O teu sereno olhar, calmo, solene, Que ao meu viver traz força e energia Transforma a minha vida assaz perene Em mananciais de paz e de harmonia.
Na minha embarcação tu és o leme Que traça o rumo, a estrela que me guia E em ti me sinto alguém que nada teme E enfrenta o seu viver com alegria.
Em cada amanhecer, ao despertar, Eu sigo os passos teus e ouso pisar O mar revolto, bravo. E, peregrino,
Refaço-me em teus olhos. E uma a uma Enfrento cada onda entre a espuma, E nos teus passos gravo o destino!
José Sepúlveda
Menino
Quando eras pequenino, os olhos teus Olhavam para mim com tal candor Que, deslumbrado, agradecia aos céus O ter-me dado o teu olhar de amor.
Quisera nesse teu formoso olhar Reencontrar meus tempos de menino, Aquele tempo que me fez sonhar E alicerce foi do meu destino.
Cresceste e ao sentir-te aqui tão perto, Em ti deponho o meu olhar incerto E olho os olhos teus, sempre a sorrir.
Há nesse olhar o brilho das estrelas Que se transforma em melodias belas E trazem confiança a meu porvir.
José Sepúlveda
Serpente
Não deixes que a serpente traiçoeira Rasteje no teu corpo impunemente, Quando atacar, manhosa, sorrateira, Vai deixar marca forte e consistente
Cautela, quando a vires a teu lado Olhando, perscrutando o teu olhar, Cuidado, meu amigo, tem cuidado, Porque ela se prepara p’ra atacar
A sua língua dupla, entrecortada, Naquela face oculta e afiada, Envenenada está e tu vais ver
Que quando ataca com engenho e arte, Espalha o seu veneno em toda a parte Contaminando assim todo o teu ser
José Sepúlveda
Inspiração
Se houver algum poeta que me diga Que tenho de escrever todos os dias Respondo que não sou como a formiga Que passa a vida em longas correrias.
Eu sou como a cigarra. Quando canto Eu canto porque sinto algum prazer, Resguardo-me sozinho no meu canto E canto aquilo que me apetecer
E deixo que a raiz do pensamento Se expresse no silencio e num momento, Me venha e diga o que há para dizer,
E quando essa vontade a sinto solta Com mais serenidade ou em revolta Me lanço como um louco a escrever
José Sepúlveda
José Sepúlveda
Rubro Maio
O céu esta choroso, o mar em fúria Procura libertar-se dos grilhões Impostos sem pudor p'la corja espúria Formada por corruptos e ladrões!
Do ventre do poder expelem merda E o mexilhão, cativo dos rochedos, É quem se quilha e sem querer quem herda A merda envolta em roubos e segredos
Ai, povo meu, dos galeões, das guerras, Que conquistaste terras e mais terras Mostrando à gente a força que em ti vive!
Lança o teu grito, impõe a tua lei, Irrompe dos grilhões, mostra que és Rei No teu jardim florido, amado e livre!
José Sepúlveda
Flor de Abril
Que bom lembrar! Naquela madrugada, Ouvi na rádio "E depois do Adeus", Falavam de soldados pela estrada Lançando para trás os nossos breus.
O coração saltava-lhes da farda, O entusiasmo ali subia ao céu, Naquela noite longa, fria, parda, Ousaram libertar o povo seu.
Uma fragata, algures lá no Tejo, Serpenteava como um percevejo, Co' as armas apontadas à cidade.
Na Praça do Comércio, - ó tempo régio! - Um nobre povo, o mesmo povo egrégio, Sem medo, conquistou a liberdade.
José Sepúlveda
Criança livre
Com sorriso de menina Vai a criança na rua Tão segura, tão traquina E espalhando ternura.
Ei-la que sorri com graça, Olhar puro e cristalino, Acena para quem passa, Flor suave, puro linho.
Canta, canta, que harmonia! Seu olhar terno, seguro Cria em nós a fantasia De um amor, profundo e puro.
Corre na areia, beleza, Vai tão cheia de esperança, Refletindo a natureza No seu olhar de criança
Qual gaivota que no tempo Voa com a imaginação, De sonhar que num momento Tem o mundo em sua mão.
Rosa Maria Santos
Liberdade
Uma gaivota, planava, planava Alegre pelo imenso céu azul O povo alegre se manifestava Por todo o Portugal de Norte a Sul
Uma criança alegre perguntava Ao pai que a segurava pela mão Se a liberdade vai ser alcançada Ou se não passa de mera ilusão
O povo observava o firmamento Ao caminhar nas ruas da cidade E esperava ansioso esse momento De alcançar a sua liberdade
O rubro cravo que saiu à rua Trazendo a todos nós a igualdade Murchou num outro tempo amargura Roubando assim nossa felicidade Saúde e paz, o lar, o pão, a vida Alimentou em nós a esperança Mas com o tempo gente pervertida Quis destruir a nossa confiança
Partiu enfim a vida colorida Com que sonhamos ter como futuro Um dia a malvadez vai ser vencida E a um cais aportaremos mais seguro
Rosa Maria Santos
O meu coração tem o seu calor.
O meu coração bate forte no meu silêncio.
Mas o meu coração sofre pelo que sinto por ti.
E este Mar leva as minhas lágrimas sem ninguém ver.
Maria Sousa
Liberdade por onde andas Aqui pela minha cidade Há tempo que não te vejo Parece uma eternidade! Presos entre quatro paredes Sem liberdade para andar E se sairmos por vezes O Covid vai nos apanhar! Tivemos te liberdade E não te soubemos ver Sei que és linda de verdade E dás asas para viver! Anda a polícia a passar Sempre com este regime Não se pode passear Desobediência é crime! Nobre povo, nação valente Creio que tudo que fazem É para o bem da gente Sofremos até à exaustão Para a nossa proteção Sabemos que brevemente Vamos sair livremente! Este vinte e cinco de Abril Nada vai ser igual Hoje não temos liberdade Mas amamos-te Portugal! Celebramos com o coração Agradecendo aos heróis de então Que com força, amor e dedicação Libertaram a nossa belíssima nação! Que não venha mais nenhum mal E que viva a liberdade, e que viva Portugal Maria José
Flor do jardim que não meu
Cheiro da flor que não é minha Nascida e crescida num jardim que não o meu Olhei-te não te colhi flor dum jardim que não o meu A ti flor me declarei Maria Sousa