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Pedroom Lanne

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Silvia Schmidt

Silvia Schmidt

Entrevista com a escritor Pedroom Lanne

Pedroom Lanne é natural de São Paulo, 49, webdesigner, comunicólogo (Mestre pela Faculdade Cásper Líbero, 2009) e atualmente dedica-se a carreira de escritor. Desde 2015 vem se dedicando à escrita de uma saga de ficção científica de cunho ufológico intitulada "Adução & Abdução: o Épico Alienígena"; no começo deste ano, lança mais dois livros que dão sequência a essa história. São dois exemplares inéditos que compõem um box com os títulos Abdução, Contato de Terceiro a Quinto Grau e Abdução, Clonagem Experimental Humana, também disponíveis em ebook (pela plataforma Kindle). Além da literatura fantástica, uma paixão que nutre desde a pré-adolescência, Pedroom também possui alguns contos publicados em antologias do gênero e diversas poesias lançadas em publicações tanto no Brasil quanto em Portugal. No momento, o autor se dedica a escrita do quinto livro de sua saga ufológica, mas ainda sem saber se esse será o último de seu épico.

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Boa leitura!

“É uma história para quem gosta de leituras com profundidade e não tem pressa de chegar ao fim.”

O alienígena Billy vai te conquistar em “Abdução”

Por Shirley M. Cavalcante (SMC)

Escritor Pedroom Lanne, é um prazer contarmos com a sua participação na revista Divulga Escritor. Conte-nos, o que o inspirou a escrever a saga de ficção científica “Adução e Abdução: o Épico Alienígena”?

Pedroom Lanne - Quando iniciei a escrita dessa saga, eu não tinha nenhuma pretensão que ela se torna-se uma. O primeiro título da série, a obra “Adução”, foi fruto da inspiração e da paixão que eu tenho em torno do assunto, a existência de vida no unive rso e de alienígenas. A ideia para desenvolver a história me veio em uma viagem a São Tomé das Letras (MG), uma cidade conhecida por supostos contatos imediatos. Depois que publiquei o primeiro livro, as ideias para continuar escrevendo sobre o assunto apenas me vieram à cabeça, então continuei escrevendo e, hoje, já estou no quinto livro que compõe a saga.

Apresente-nos de que forma está segmentada a saga, em quantos livros?

Pedroom Lanne - A obra está dividida em três publicações, as quais compõem quatro livros impressos e sete ebooks. Via de regra, cada livro meu, ao ser lançado em ebook, é dividido em partes, pois além de serem grandes, são pesados, contém várias ilustrações e gráficos.

Meu primeiro lançamento foi “Adução, o Dossiê Alienígena”, em 2015. Nesse livro eu apresento o universo da obra e aqueles que serão os personagens protagonistas. O diferencial desse livro é descrever um tipo de contato imediato que não existe nas escalas de contato atuais, pois narra a odisseia de uma família que se teletransporta para esse universo alienígena, ou seja, ao contrário das escalas de contato que são todas baseadas na ideia de que são os alienígenas que nos visitam aqui na Terra. Daí o termo “adução”, pois estes humanos protagonistas da obra serão aduzidos pelos alienígenas para que consigam se adaptar a esse novo universo o qual, acidentalmente, eles foram parar. Esse livro é divido em três ebooks, os quais se intitulam: 1-) Dossiê de um Transmutado Alienígena; 2-) O Estranho Universo Quântico; 3-) A Guerra da Inteligência Artificial.

Em 2018, eu lancei o livro “Abdução, Relatório da Terceira Órbita”, que seria a continuação do livro anterior. Embora a história envolva os mesmos protagonistas, ela pode ser lida como uma obra independente. Nesta obra eu faço o caminho inverso da anterior, ou seja, desta feita são os alienígenas que vêm para a Terra e acabam se envolvendo de maneira desastrosa com os humanos. Esta nova história possui dois eixos, esse primeiro em que os alienígenas estão na Terra (na atualidade de 1978), e outro em que segue a vida dos protagonistas já adaptados nesse universo hiperfuturista descrito no livro anterior. Esse livro é dividido em dois ebooks: 1-) Relatório da Terceira Órbita; 2-) Lobotomia Cerebral Autorizada.

Em 2020, saindo agora em 2021 com certo atraso em função da pandemia, estou lançando dois livros: “Abdução, Contato de Terceiro a Quinto Grau” e “Abdução, Clonagem Experimental Humana”, que são vendidos conjuntamente em um box com os dois tomos. Esses dois livros concluem a trama inciada no livro anterior, no que tange a gran-

de ABDUÇÃO que dá título à saga. Em Contato de Terceiro a Quinto Grau eu narro a grande abdução, na Terra, que foi o que motivou a escrita da obra. Já em Clonagem Experimental Humana, essa trama envolvendo os alienígenas que visitam a Terra chega ao fim – justo por isso, o box é veiculado com o slogan “A conclusão do Relatório da Terceira Órbita”, fazendo menção ao livro anterior que compõe a saga. Todavia, a saga não acabou. Embora a trama envolvendo esses alienígenas se conclua, muitos fatos permanecem em aberto, especialmente na parte da narrativa que foca a vida dos alienígenas protagonistas em seu universo futurista. Estes dois novos livros correspondem aos dois últimos ebooks, as partes III e IV da saga “Abdução”, cujos títulos são os mesmos dos dois livros.

Em 2021, lançou dois livros “Abdução, Contato de Terceiro a Quinto Grau” e “Abdução, Clonagem Experimental Humana”, apresente-nos as obras.

Abdução, Contato de Terceiro a Quinto Grau

Na sequência da expedição da dupla SawmillA iniciada em Abdução, Relatório da Terceira Órbita, os alienígenas esbarram em um achado sem precedentes na história humana. Uma descoberta que os levará ainda mais ao passado até a pré-história do homem e será vital para a conclusão do relatório que encerra sua jornada pelo ano de 1978. Enquanto isso, no distante futuro paralelo do Universo Quântico, o alienígena Billy se defronta com uma linha existencial alternativa que marcará e ditará seu destino para sempre. Uma nova vida que o fará navegar da distante prisão em Plutão para um excêntrico habitat situado na lua marciana de Phobos.

Abdução, Clonagem Experimental Humana

O alienígena Billy está absolutamente determinado a restaurar a sanidade mental de seus antigos pais humanoides, para isso lançará cérebro de todos os seus conhecimentos e de seu capital político para garantir-lhes um lar digno na lua de Phobos. Em paralelo, no pretérito do ano de 1978, a expedição da dupla SawmillA fica em risco quando o coronel Jay Carrol coloca em prática um operativo que, além de tentar destruir a nave extraterrestre em seus domínios, inadvertidamente ameaça a vida de todos a sua volta, inclusive a sua própria.

O que mais chamou a sua atenção ao escrever a trama que compõe a saga?

Pedroom Lanne - A infantilidade do homem perante essa sociedade alienígena hiperfuturista e o vasto universo que habitam. No fundo, é disso que é a história, a saga por completo, se trata: de uma narrativa da evolução humana em vários aspectos: biológicos, científicos, tecnológicos, sociológicos e, sobretudo, éticos e, talvez, um pouco, também morais. Embora a história possua seus personagens principais e secundários, por trás de toda a saga há um protagonista oculto, que é a espécie homo sapiens – especialmente no primeiro livro, “Adução”. É por isso que não hesito em nomear a saga como um “Épico Alienígena”, pois se trata de um épico, um épico humano, embora o título mencione alienígena.

Apresente-nos 3 motivos para lermos “Adução e Abdução: o Épico Alienígena”?

Pedroom Lanne - É uma história que foge dos maiores clichês do gênero envolvendo histórias sobre alienígenas, e outros da ficção científica de modo geral. Especialmente pela narrativa ser descrita pelo ponto de vista dos alienígenas e, por exemplo, criar um universo bastante amplo, mas limitado ao Sistema Solar, ou seja, uma história explora mais o nosso próprio sistema do que se costuma achar por aí. Por fim, trata-se de uma saga para quem gosta desse gênero da ficção científica de cunho ufológico com uma pegada hard, no que tange do discurso científico que preenche boa parte da narrativa. É uma história para quem gosta de leituras com profundidade e não tem pressa de chegar ao fim.

O que mais o atrai, como leitor, ao ler cada obra?

Pedroom Lanne - A complexidade, o desafio, as reflexões e as lições que extraio da leitura. Especialmente, a capacidade de traçar paralelos com a realidade, a aprender e deduzir coisas que só através dos livros se torna possível. É uma série de coisas que, mesmo inconscientemente, você acaba trazendo para sua vida, que passa a compor a sua maneira de pensar e observar o mundo a sua volta; que estimula a sua imaginação.

Onde podemos comprar os seus livros

Pedroom Lanne - No meu site oficial há os principais links para a compra dos livros ou para me contatar pessoalmente e adquirir as cópias autografadas da minha obra. Os ebooks da saga são exclusividades do Kindle, da Amazon, gratuito para assinantes da plataforma (Unlimited). http://www.pedroom.com.br/aducao.htm

Quais os seus próximos projetos literários?

Pedroom Lanne - Completar a saga

“Adução & Abdução”, agora em seu quinto livro, o qual está em processo de escrita neste momento. Espero, ano que vem, se tudo der certo, se sobrevivermos a este momento tenebroso que afeta a humanidade, estar lançando esse novo e, possivelmente, último episódio da saga.

Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista. Muito bom conhecer melhor o escritor Pedroom Lanne. Agradecemos sua participação na Revista Divulga Escritor. Que mensagem você deixa para nossos leitores?

Pedroom Lanne - Que leiam. Não necessariamente os meus livros, mas leiam. Quanto mais melhor. Outra dica que sempre dou é para que leiam os clássicos, os grandes filósofos, os pensadores e historiadores do passado, pois este é um dos grandes baratos da literatura e da escrita, o de navegar pelo pensamento de diferentes épocas, diferentes mundos.

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O Feixe Solar Por Pedroom Lanne

O homem já possui a tecnologia e a capacidade de executar o tão sonhado teletransporte. Não aquele que você tanto anseia, tipo da série Star Trek capaz de transportar matéria, incluindo pessoas, mas, sim, o teletransporte de partículas. E se eu teletransporto uma partícula, bingo! Eu formo uma unidade binária.

Essa é a base tecnológica que tornará real os nossos mais mirabolantes anseios da ficção científica. Entre esses anseios, podemos citar o surgimento da Inteligência Artificial; a colonização de Marte; o contato com espécies alienígenas mais evoluídas; o teletransporte de matéria e seres vivos que tanto desejamos; e a exploração de novos mundos em dimensões paralelas que sequer sonhamos existirem.

Tudo isso passa pelo surgimento do FEIXE SOLAR, uma tecnologia que teletransporta tudo: energia, dados e pessoas entre o Sol, seus planetas e as dimensões do tempo. Esse é o grau de desenvolvimento da espécie e da sociedade descrita na saga de ficção ufológica do escritor paulistano Pedroom Lanne. Um mundo cuja inteligência, alienígena, já usufrui desse feixe. Uma espécie denominada Quântica, pois já domina as forças contidas no interior do átomo.

Mas tudo começa assim, teletransportando-se uma única partícula; nem que seja, a princípio, resumida ao circuito interno de um chip. Mas, em vez de circular energia, um chip que teletransporta partículas como o fóton. Somente assim elevaremos nossa capacidade de processamento de dados ao grau que, por meio de uma partícula suja como o elétron, jamais seria possível. circuitos até formar uma rede global com as novas fibras – incluindo as vegetais, ainda não descobertas –, o emprego de satélites e estações retransmissoras não só para comunicar em ou na Terra, mas com outros planetas, até que se possa alcançar as estrelas. Ultrapassados 300 mil anos, enfim você chega ao cenário da saga de Pedroom Lanne, cujo primeiro título é Adução, o Dossiê Alienígena, publicado em 2015.

Esse título introdutório narra a saga de uma família que executa tal ultrapassagem temporal, que acidentalmente atravessa o portal das dimensões e se depara com esse universo ultratecnológico, habitado por criaturas altamente evoluídas. Seres que, ao primitivo olhar humano, se transparecem alienígenas – e que não estão sozinhos, pois o feixe solar também é o habitat de entidades robóticas cuja complexidade de sua inteligência, aos homens, só pode ser espelhada nos deuses.

Entre espécies biológicas e robóticas, esse universo compreende o Sistema Solar do Sol até o último astro de sua órbita, abraçando os mais longínquos planetoides e uma vastidão que um humano sequer seria capaz de imaginar existir e compartilhar sua própria estrela. Um universo que se estende pelas forças contidas na matéria e habilita a existência de dimensões paralelas. Dimensões paralelas, planetas e planetoides longínquos, porém conectados pela instantaneidade do feixe solar. É neste primeiro título que o autor conceitua essa sociedade alienígena ultrafuturista, a qual evolui no mesmo compasso em que sua capacidade comunicacional, através do feixe, navega para futuros e pretéritos mais distantes, unificando planos distintos que passam a evoluir em conjunto.

Em paralelo a tudo isso, existe uma família burguesa que atravessou as dimensões e se deparou com os alienígenas que sequer desconfiavam habitarem o Sistema Solar. Um casal de adultos e outro de crianças passam a conviver com eles sob a pressão de se adaptarem à nova dimensão ou estarem fadados a viver como reles animais – isso se conseguirem sobreviver. Esse processo de adaptação é a adução que intitula o livro – a elevação de meros homens ao patamar alienígena. Vale citar que, como proposta literária, esse livro diferencia-se totalmente da saga que se segue, especialmente por utilizar uma estrutura textual bastante não-ortodoxa, a qual cobra do leitor certo esforço para absorver a dimensão completa do universo descrito na narrativa.

Na segunda obra do autor, Abdução, Relatório da Terceira Órbita, lançada em 2018, os tais burgueses protagonistas da obra anterior enfim viverão suas aventuras nesse assim chamado Universo Quântico antes inimaginável. É a partir desse ponto que a verdadeira saga se inicia. Finalmente os personagens passam a vivenciar a liberdade de um cosmo que permite livre trânsito entre os planetas e as dimensões; o feixe solar deixa de ser teoria e os permite navegar no espaço-tempo ao bel-prazer. Por outro lado, um universo que também cobra um alto saber para um antigo homem poder conviver com o novo patamar evolutivo à sua volta. Por isso, além de desfrutar desse novo mundo, os personagens também vão penar para se adaptar, irão se envolver em enrascadas, sofrerão traumas psicológicos e doenças, chegando até a morrer, mas apenas para reviver ou recomeçar sua jornada em uma nova dimensão – trafegando pelo backup de suas vidas, proporcionado pelo feixe solar e os infinitivos planos existenciais nele contidos.

O feixe solar, como sugere seu nome, origina-se no Sol, onde o planeta Titã flutua em sua fotosfe-

ra, captando e transmitindo energia para Mercúrio e, de Mercúrio, aos demais planetas. É neste planeta, à primeira vista inóspito, que o feixe solar é gerado. Mas o que é o feixe solar senão a máquina do tempo da sociedade quântica? Sim, mas não a única; nem a mais potente, pois a mais potente é o próprio núcleo solar, acessível em Titã. A poderosa gravidade do núcleo é a única máquina capaz de enviar sondas e naves para pretéritos tão distantes, que se situam muito aquém do que o feixe solar é capaz de captar. É dali que parte uma missão de uma dupla alienígena que faz o caminho oposto daquela família burguesa e retorna ao mesmo pretérito de onde ela havia partido, o ano 1978.

Estamos de volta ao auge da Guerra Fria, porém, o pretérito em que esses alienígenas aportam já não é mais o mesmo segundo contam os livros de história. O quadro político que confronta nações capitalistas e comunistas é outro, e tende a piorar quando entidades sobrenaturais começam a estudar e a se meter nas relações humanas. Os alienígenas e sua nave acabam descobertos por militares, que querem apreendê-los. A missão propunha-se ser pacífica, objetivava tecer um Relatório da Terceira Órbita conforme a obra assim enuncia, mas o conflito está armado.

A narrativa prossegue assim, alternando entre os protagonistas do livro anterior e sua jornada pelo Universo Quântico, até que o drama de sua vivência em um habitat que ainda lhes é estranho atinge um ponto de não-retorno; em paralelo, desenrola-se a jornada da nova dupla alienígena protagonista em sua observância a Terra de 1978 e aos militares que tentam capturá-los. Esses alienígenas se disseminam e se infiltram por toda a sociedade humana, passeiam pelo globo de leste a oeste, partindo da América até alcançarem a China, onde uma misteriosa descoberta desafia a alta capacidade lógica e analítica dessa sofisticada espécie.

É somente em Abdução, Contato de Terceiro a Quinto Grau, o terceiro tomo da saga, lançado em 2021, que a narrativa atinge seu clímax, embora seja essa uma história que proporcione vários clímaces em seu decorrer, especialmente na conclusão de cada livro. Aqui, finalmente o leitor viajará para Titã, na fotosfera solar, o planeta de cristal, e conhecerá não só onde se origina o imponente feixe solar, mas a sua história e o porquê de tal tecnologia ser o objeto que confronta homens e máquinas, que contrapõe os alienígenas humanoides à classe robótica; vai entender porque a inteligência artificial guerreou contra eles para obter seu controle. Porém, para atravessar tudo isso, será ao passado que os protagonistas, novos e antigos, terão de viajar antes que sua jornada possa atingir um novo clímax.

Nesse pretérito longínquo, o leitor realizará uma jornada atemporal, simultaneamente decrescente e cronológica, até alcançar o período do Egito antigo, então retornar ao presente para compreender a dimensão de uma presença alienígena que afeta e altera a história de toda a humanidade. Tudo isso sem abandonar o momento presente, quando não são só os militares se intrometem na investigação e no relatório que os alienígenas redigem sobre a humanidade, inclusive o presidente da República se envolve na história. Não bastasse, um ufólogo enxerido investiga a situação e acaba fisgado em um complô que visa denunciar a presença alienígena em nosso planeta.

Embora boa parte da narrativa fuja dessa cena pretérita ao retomar a narrativa daqueles velhos burgueses que ainda penam para conviver

no Universo Quântico, é ao passado desse futuro que a história prossegue antes de recuperar a linearidade que parece abandonada em relação ao livro anterior. E conforme já dizíamos, ou esses burgueses se adaptavam, ou virariam animais de zoológico. Assim, é em um zoológico pra lá de excêntrico, embora um tanto quanto similar à vida em nossa velha Terra, que os personagens terão de reescrever sua jornada ao lado de animais alheios aos seus costumes e cultura, mais uma vez colocando em xeque sua sobrevivência neste novo estranho mundo.

Após esse longo tour pretérito, somente no último tomo da saga, a obra Abdução, Clonagem Experimental Humana, lançada também em 2021, a narrativa antes dividida em múltiplas linhas temporais aparentemente independentes, enfim converge para uma trilha comum. É quando todas essas vertentes encontram seu desfecho, o novo clímax, e se comprovam muito mais interligadas do que se suspeitaria até então. Nesse tomo, os alienígenas em visita a Terra completam o Relatório da Terceira Órbita que haviam proposto para sua expedição, o qual coincide e parece profetizar o inevitável desastre que seu contato com os homens acaba desencadeando. Um contato que se estende ao futuro em que aquela velha família burguesa finalmente encontra o seu devido lugar no novo habitat, nem que seja o vasto universo interligado pelo feixe solar ou aquele zoológico em que estavam fadados a viver desde o começo.

O feixe solar, a tão poderosa tecnologia que permite a esse universo futuro desfrutar o altíssimo patamar evolutivo cenário da obra – incluindo sua ampla fauna robótica – parece um pouco esquecido nesse ponto da trama, embora permaneça ativo e operante em seu transcorrer completo. Porém, será através dele que Pedroom Lanne retomará a narrativa no quinto tomo da saga, e se saberá quais são as consequências de se desligar uma tecnologia cósmica tão robusta quanto o feixe. Uma obra ainda em fase de escrita, mas já intitulada Abdução, o Epílogo da Epopeia Terrestre, na qual as arestas ainda pendentes de uma história que recusa-se a um único desfecho encontrarão seu épico final. Não à toa, parte de uma saga que, em sua totalidade, é nomeada Adução & Abdução: o Épico Alienígena.

Texto de Pedroom Lanne Mais informações sobre a saga, visite: www.pedroom.com.br/aducao.htm

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