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Jacques Fernandes – JAX

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Jean Carlos

Jean Carlos

Entrevista com o Escritor JAX

FERNANDO JACQUES DE MAGALHÃES PIMENTA (JAX) Nascido no Rio de Janeiro, 2/6/1952 Diplomata aposentado. Bacharel em Direito (UFRJ); Mestrado em Ciência Política, Universidade George Washington, EUA Autor de Traços e Troças (2015); Ibitinema e Outras Histórias (2016); No Ritmo do JAX (2019), Lamparina Luminosa, SP; Afinal de Contos...(2019), Illuminare, RS; Microcontos, Mini-Poemas, Curtas Reflexões para uma Vida Breve (2020), Assis, MG; Para um Menino, Nada É Difícil?, Flamingo, SP/Lisboa (2021); De Volta a Ibitinema (com novas histórias na bagagem), Astrolábio, SP/Lisboa (2022). Participou de antologias das editoras Assis, Illuminare, Palavra é Arte, Recanto das Letras, ArteCultural, Chiado Books, Scortecci e do Círculo Literário do Clube Naval.

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Boa leitura!

Procuro confrontar as deliciosas experiências de um garoto carioca em férias na roça, o Tiago, com os desafios e a dura realidade do campo”

Por Shirley M. Cavalcante (SMC)

Escritor Jax, é um prazer contarmos com a sua participação na Divulga Escritor: Revista Literária da Lusofonia. Conte-nos, em que momento começou a escrever “De volta a Ibitinema”? Comente sobre a escrita do livro até a publicação.

JAX - Desde a publicação, em 2016, do meu segundo livro, Ibitinema e Outras Histórias, planejei vir a escrever nova versão, ampliada, do conto principal, que se compõe de memórias da infância e juventude passadas no sítio situado naquela localidade. Aos poucos, foram sendo agregados mais episódios, com recordações complementares e também com histórias fictícias, mas condizentes com a realidade da roça que conheci. No início de 2022, considerei satisfatória a ampliação feita, selecionei outros contos e microcontos para compor o livro e submeti minha proposta ao Grupo Editorial Atlântico, que a aprovou e indicou a editora Astrolábio para publicar a obra.

Apresente-nos a obra

JAX - De Volta a Ibitinema constitui um conjunto de memórias e de ficções de variada temática. As primeiras registram situações passadas e personagens diversas que fizeram parte do meu cotidiano nos anos 50 e 60, como a cozinheira de primeira do sítio, a velhinha benzedeira que vinha à propriedade de tempos em tempos ou, ainda, o barbeiro e o jornaleiro do meu bairro carioca, a Tijuca. Quanto às histórias fictícias, incluí no livro vários trabalhos recentes, nos quais exploro elementos de mistério, bem como casos insólitos, na linha do absurdo e do “non-sense”, que sempre me atraíram na literatura em geral e também na Nona Arte, as histórias em quadrinhos, das quais sou fã.

O que diferencia, “De volta a Ibitinema” de “Ibitinema e Outras Histórias”?

JAX - No conto revisto, coloquei um pouco mais de ficção do que constava da versão original, de 2016. Os episódios relativos à morte de um bom lavrador e ao sonho do franzino Tonico são bons exemplos disso. No intuito de conferir maior dose de imaginário ao conto principal, inventei tais personagens, que, não obstante, guardam nítida coerência com tipos do interior brasileiro e bem podem ter existido de verdade, em Ibitinema, Pirapetinga ou alhures. A essência da história mantém-se, porém. Procuro confrontar as deliciosas experiências de um garoto carioca em férias na roça, o Tiago, com os desafios e a dura realidade do campo

Apresente-nos “Ibitinema”

JAX - Ibitinema é um distrito de Santo Antônio de Pádua no estado do Rio de Janeiro, separado de Pirapetinga, em Minas Gerais, pelo rio “xará” da cidade mineira. Naquela localidade fluminense, fica o sítio da irmã mais velha da mãe de Tiago, que ali adorava passar suas férias. A maior parte da família nasceu em Pirapetinga e residiu na jurisdição mineira enquanto alguns membros se estabeleceram em Ibitinema ou em outros lugares. Tive o privilégio de lançar o livro “Ibitinema” no mesmo sítio das aventuras de Tiago.

Quais os principais objetivos a serem alcançados por meio da leitura desta obra literária?

JAX - Ademais do entretenimento natural da leitura (que eu muito valorizo), dar o que pensar sobre os diferentes conteúdos do livro: o contraste entre o cotidiano dos anos 50/60 e o atual; o valor da amizade e da camaradagem; os desafios para manter a harmonia entre marido e esposa; os aspectos por vezes insólitos da morte e das cerimônias fúnebres; os riscos ine-

rentes à violência, física ou mental; os mistérios e absurdos que podem cercar bom número de ocorrências; a vida, enfim, que passa diante dos olhos de quem, se calhar, mal a vê.

O que mais o atrai em “De volta a Ibitinema”?

JAX - Além do prazer natural que sinto em escrever e criar histórias, este livro proporcionou-me a enorme satisfação de voltar a contar com a colaboração de meus filhos na concretização da obra. Assim como foi o caso do livro anterior (Para um Menino, Nada É Difícil?, Flamingo, 2021), eles fizeram as ilustrações de “De Volta a Ibitinema” com muita inventividade, capricho e carinho. Embora não se tenha animado a ilustrar o livro, meu terceiro filho, Marcelo, também colaborou, inspirando-me a incluir uma ou outra situação ao texto. Tampouco posso deixar registrar a permanente colaboração de minha querida esposa, Eliana, quem me inspira e dá permanente força para criar.

Onde podemos comprar o seu livro?

JAX - Por meio dos sites da editora Astrolábio, do Grupo Editorial Atlântico e das livrarias Travessa e Martins Fontes, no Brasil, e Chiado Books, em Portugal.

Além destas obras literárias você tem outras obras publicadas, apresente-nos títulos e segmentos?

JAX - De meus sete livros publicados, creio que somente três ainda estão disponíveis (sem ser em sebos). O livro de contos infantis - na verdade, para todas as idades -, Para um Menino, Nada É Difícil?, pode ser adquirido junto à editora Flamingo ou nos sites do Grupo e livrarias acima indicados. Meu quinto livro, Microcontos, Mini-Poemas, Curtas Reflexões para uma Vida Breve, também pode ser adquirido por encomenda junto à editora Assis, de Uberlândia, MG. Ressalto o excelente trabalho editorial desse livro (de bolso), graças ao talento e à dedicação de minha amiga, a também escritora Ivone Gomes de Assis. Transcrevo um dos microcontos:

QUENTÍSSIMO Sem querer ser radical, palavra plena de significado é canícula. Basta olhar sua raiz para entender que significa um calor do cão ou, se preferirem, quente pra cachorro!

Quais os principais objetivos a serem alcançados por meio da literatura?

JAX - Em primeiro lugar, manter seu papel tradicional de suscitar ideias e de motivar os leitores a comunicar-se e a trocar impressões sobre os livros que leram. Isso estimula a convivência, objetivo central de qualquer comunidade. A leitura também contribui individualmente na medida em que leva cada um a interpretar e a avaliar o universo à sua volta. Para não se estagnar, uma comunidade requer espíritos críticos, capazes de trazer novas luzes à discussão dos mais variados temas. Não faz mal se os livros estiverem no formato de papel ou estampados em telinhas. A literatura sempre se fará necessária para o ser humano.

Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista. Muito bom conhecer melhor o escritor Jax. Agradecemos sua participação na Divulga Escritor: Revista Literária da Lusofonia. Que mensagem você deixa para nossos leitores?

JAX - Mantenham o saudável hábito de ler e de compartir ideias com seus conhecidos. Agradeço de antemão aos que se interessem pelos livros que publiquei. Os que quiserem conhecer previamente meus escritos, antes de aventurar-se em compras, podem visitar o site do Recanto das Letras ou ler publicações virtuais como esta Revista Literária da Lusofonia ou a Revista LiteraLivre, nas quais costumo “aparecer”. Minhas cordiais saudações a todos vocês.

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PARTICIPAÇÃO ESPECIAL COM

O ESCRITOR JACQUES MAGALHÃES – JAX

* JAX, Ibitinema e Outras Histórias, ed. Lamparina Luminosa, SP, 2016. JAX gostou tanto do referido prefácio que o reaproveitou no seu livro “De Volta a Ibitinema (com novas histórias na bagagem), ed. Astrolábio, São Paulo e Lisboa, 2022.

BRILHA OUTRA LUZ EM PIRAPETINGA

De Paris, a Cidade-Luz por excelência, ao mais simples burgo na face da Terra, toda urbe possui brilho próprio e emblemático. Algumas cidades brilham, entre outros aspectos, por suas belezas naturais, como Capetown, Vancouver e Rio de Janeiro. Há aquelas que se iluminam com monumentos históricos, tais quais Cartago, Jerusalém e Roma, ou com arrojadas construções modernas, a exemplo de Dubai. Vários centros urbanos resplandecem por meio de seus filhos ilustres. Para não fugir à Zona da Mata mineira, na qual se centra a presente crônica, é o caso de Volta Grande, berço do renomado cineasta Humberto Mauro. Nessa mesma região das Gerais, Pirapetinga vê nova luz brilhar em seu firmamento. Luz com maiúscula, diga-se de passagem. Nessa simpática cidade, que o rio de nome idêntico separa do vizinho estado do Rio de Janeiro, Amélia Luz estendeu suas atividades do magistério à arte literária. Compôs poemas e aldravias de grande criatividade, bem como crônicas e outros textos em prosa de aprazível leitura. Amelinha, como é conhecida por seus familiares e amigos, acendeu seu sobrenome com a energia do talento. Antes mesmo de aventurar-se pelo campo literário, já dava mostras de sua inteligência e saber nas rodas de conversa. Não ficava restrita ao mundinho típico do interior brasileiro. Ia além, trazia aprendizados e conhecimentos adquiridos em suas leituras e mostrava-se atenta ao que ocorria por todo esse Brasil e mundo afora. Veio a casar-se com um querido e saudoso primo do narrador, tornando-se sua prima por imediata afinidade, a qual vale bem mais do que os elos de sangue restritivamente definidos pela frieza das leis. O prefácio que elaborou para o livro “Ibitinema”*, ademais do conteúdo primoroso, demonstra o carinho com que ela desde logo se integrou à nova família. Da mesma forma, o texto que escreveu sobre o velho engenho existente na então propriedade da sogra exala sensibilidade na apreensão e interpretação de tantas histórias ali passadas. Escapa ao propósito desta crônica eleger as melhores criações literárias da nossa escritora e poetisa. Afigura-se mais realista refletir que cada um dos afortunados leitores da Amelinha terá sua preferência própria e certamente justificável. Não se pode furtar, porém, de citar mais um exemplo. Entre tantas belas poesias que escreveu, cabe recordar, a juízo do cronista, a “Canção de um Tempo”, que foi merecidamente selecionada como uma das melhores do ano de 2019, publicadas na Revista LiteraLivre. Nesse poema, Amélia reflete que, em sua vida, tudo se mostrou passageiro e que nada do que a cercou lhe pertenceu de fato. Sem dúvida, uma reflexão extensiva a todos os seres conscientes de sua mortalidade e imunes às reluzentes ilusões da realidade. Por outro lado, como numa antítese, os versos revelam a eternidade da arte e geram a convicção de que o talento pertence a quem o possui (desde que não seja enterrado, como na parábola bíblica, e sim multiplicado e dividido em operação mais do que simplesmente matemática). Quem quiser saber mais, fica a sugestão do livro “Luz e Versos” (ed. Becalete, SP, 2017), no qual a escritora erige imaginativas construções líricas em torno de “linhas”, “pontos”, brinquedos e jogos de infância, amores, Marias mil e uma infinidade de temas enfocados com graça, argúcia e o particular poder da palavra. Recomenda-se, ainda, seu mais recente livro, “Contos de Argila”, da Rede Sem Fronteiras, com o qual ela participou literariamente da 92.a Feira do Livro de Lisboa, em 2022. A poetisa envereda pelos caminhos da prosa com a costumeira poesia, plena de amor pela vida, pela humanidade e pela família, inclusive a que carinhosamente abraçou em seu primeiro casório. Esse carinho reflete-se na capa do livro, na qual incluiu cena de um menino a brincar com sua sombra, sob o olhar da avó, no sítio de Ibitinema. Tais personagens são o filho mais velho e a mãe deste narrador. Pra concluir em tom bem carioca: valeu, prima!Versão atualizada do texto publicado no Recanto das Letras, Escrivaninha, julho de 2020.

PARTICIPAÇÃO ESPECIAL COM A FALPA – FEDERAÇÃO DAS ACADEMIAS DE LETRAS DO PARÁ

Literaluta: A FALPA como um instrumento de luta pela literatura Paraense

1. Rememorando um sonho

O mundo da Grécia antiga deixou um legado de valor imensurável. São inúmeras obras de uma vasta abordagem. Contudo, foi o filósofo ateniense Platão que nos inspirou a nos reunirmos enquanto confrades que lutam em prol das letras e das artes. Ao perceber a importância de deixar um legado para posteridade Platão adquiriu um terreno em uma das mais belas áreas do subúrbio de Atenas. O local era ornado com belas arvores, estátuas e oliveiras, foi chamado de Akademia fazendo menção ao lendário herói ático chamado Akademos que emprestou seu nome para tal região.

Com Platão aprendemos duas lições que nos conduziram em uma luta que culminou no nascimento da Falpa. A primeira lição foi a de que a Academia nasceu na Periferia de Atenas, assim precisamos nos livrar da falácia de que uma Academia ostenta o apogeu de ser um pseudo olimpo, casa dos deuses imortais, a Academia é periferia, lugar de luta e acolhida, é uma egrégora de resistência em prol da literatura. A segunda lição que aprendemos com Platão é a de que o nome importa, ele está ligado a missão do projeto. O nome AKademia remete a Akademos, o herói que percebeu onde Helena estava presa, foi quem motivou a libertação da jovem tão bela. A literatura é a conexão de mente que nos salta em beleza e em conhecimento, desta forma a exemplo do ocorrido somos incitados a sermos heróis da resistência literária propalando e zelando pela beleza da produção literária e democratizando o acesso de todos que queiram produzir ou aprecias. Diante da observação da realidade das Academias de Letras do Estado do Pará se identificou três categorias, sendo Academia de Letras, Academias de Letras e Artes e Academia de Literatura de Cordel, desta forma o confrade (título que usamos para nos identificar) Franciorlys Viannza membro efetivo da Academia Castanhalense de Letras e outros confrades e confreiras iniciaram no ano de 2021 um projeto de mobilização das Academias do Interior do Estado do Pará na busca de construírem uma representatividade no âmbito estadual. O grande passo inicial foi a realização de um circuito de lives com as academias por meio do Canal Vianza TV e a Fampage da Editora Parágrafo, grande parceira do Projeto. Cada cenáculo foi convidado a contar sua história, memória e as obras de seus membros. A princípio a construção dessa rede não se contava com muitas academias, mas logo se foi descobrindo outras pelo interior do Estado e cada vez mais a rede foi crescendo. As lives também forma fomento para incentivo a literatura, estimulando a leitura e produção. Um segundo passo muito importante foi a construção de um grupo de interatividade por meio de um aplicativo da comunicação instantânea. Não demorou muito o grupo já estava com mais de setenta membros de diversas partes do Estado interagindo entre si. Foi um encantamento, lembro-me de definir tal momento com uma palavra da cultura paraense, a palavra Mundiar que significa encantamento. Tudo isso à medida que foi acontecendo foi nos encantando. A construção dessa rede foi aos poucos sendo desenhada, mais arcádias foram se integrando, chegamos a um quantitativo de 27 academias compondo esta rede. Mobilizou-se um grupo de debate composto pelos presidentes e vice-presidente de cada academia. Definiu-se nome como sendo Federação das Academias de Letras dos Estado do Pará Representada pela sigla FALPA. Começaram os trabalhos em comissões para construção dos documentos e do evento de formalização. O Estatuto foi muito bem elaborado pela comissão responsável a partir das deliberações dos demais trazendo um documento moderno e democrático de construção coletiva que apresenta nossos ideais para o futuro deste grande projeto. A constituição da primeira eleição se deu por candidatura de chapa única sendo eleita por aclamação na cerimônia de posse. O estatuto e a eleição da primeira diretoria representam passo significativos que para esse sonho se torne realidade. A Consolidação da Falpa foi um ato pioneiro no país, pois até o presente momento não temos informação da existência de rede formal de Academias e uma Federação que as represente dentro de um estado.

2. Do sonho para realidade

“Quando se sonha sozinho é apenas um sonho. Quando se sonha junto é o começo da realidade”. Esta frase do célebre livro de Miguel de Cervantes - Dom Quixote de La Mancha foi o impulso necessário para compreendermos que o sonho tão vívido, fruto de uma “literaluta” aguerrida, enfim o sonho estava se tornando realidade. No sábado, 20 de agosto de 2022, aconteceu na cidade de Nova Ipixuna, a grande assembleia, onde se fizeram presentes ou representadas as Academia de Letras de todo o estado do Pará. A solenidade em Nova Ipixuna ocorreu em conjunto com o “Encontro Regional da Academia de Letras do Pará e Região – ALERPRE”, entidade da região sul e sudeste que é presidida pelo acadêmico José Ferreira que se fez nosso anfitrião.

PARTICIPAÇÃO ESPECIAL COM A FALPA – FEDERAÇÃO DAS ACADEMIAS DE LETRAS DO PARÁ

Foi notório o interesse cultural da população, dado pela presença das autoridades locais e os presentes demonstrando a gana pela valorização do cenário literário. Evento inédito, que fará parte da história da literatura paraense: a fundação formal da Federação das Academias do Estado do Pará (FALPA); um sonho gestado há muito tempo, ganhou vida e nasceu em uma manjedoura simples, porém acolhedora, nasceu no coração do interior paraense, na bela e formosa cidade de Nova Ipixuna. O sonho de tantos homens e mulheres que produzem arte e cultura no Pará agora se congregam em uma única fonte denominada FALPA. A Federação surgiu no dia 22 de junho de 2021, mas somente agora, em 20 de agosto de 2022, foi legalmente fundada, com a aprovação de seu estatuto e posse de sua primeira diretoria. Momento único e importante para literatura paraense. Uma solenidade que entrou para história, e foi sucedida por um banquete recheado de muita música, poesia e literatura.

3. Olhando para o futuro

O processo de registro enquanto Pessoa Jurídica nos permitirá existir perante o poder público abrindo as portas para consolidação da FALPA e das academias associadas que no presente momento perfazem um total de 27 silogeus. A FALPA surge como o objetivo de coordenar, fomentar, produzir, realizar e empreender ações para o desenvolvimento da Literatura e das artes em geral, no Estado do Pará, e, principalmente, representar os interesses das Academias de Letras existentes em território paraense, bem como fiscalizar as políticas públicas do setor. Possui prerrogativa consultiva e deliberativa em relação às políticas de arte e cultura. A FALPA se pautará pela manutenção de intercâmbio artístico e cultural entre as Academias e entidades culturais, empenhando-se no aprimoramento e na melhoria da cultura estadual, incentivando a solidariedade através das letras, das artes e da cultura em geral, defendendo os direitos e projetos das instituições acadêmicas e centros culturais do estado, assim como artistas e literatos e, ainda, promovendo o estudo das letras e das artes em geral, assim como a difusão de todas as formas de sua manifestação no território estadual. Colaborar com o poder público e instituições privadas, visando à preservação, à ampliação e o aperfeiçoamento dos estudos literários, linguísticos, artísticos e folclóricos; servindo como fórum de debates dos problemas da cultura, especialmente no Estado do Pará. Com a FALPA, todas as academias paraenses caminham juntas. E parafraseando Miguel de Cervantes reiteramos que um sonho que se sonha só, é só um sonho que se sonha só, mas um sonho que se sonha junto é realidade. A Federação é uma realidade! Desta forma, alçamos um voo rumo ao infinito, fugindo da inércia, pois o que nos move é a paixão pela arte e cultura.

Ronaldo Ferreira Pinheiro Diretor de Comunicação Falpa Presidente da Academia Tucuruiense de Letras e Artes - ATL

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