Fui apanhada por um radar a 220 km a andar de bicicleta Sabiam que fui apanhada por um radar a 220 quilómetros a andar de bicicleta? Bem, por mais improvável que seja, é verdade e vou contar-vos como isso aconteceu. Estava eu a andar de bicicleta na minha rua, quando ouvi uma sirene mesmo atrás de mim. Assustei-me, obviamente, mas continuei a andar com a esperança de que a sirene parasse, pois não me atrevi a parar. Já vinha a uma velocidade elevada, mas não era motivo para um polícia vir atrás de mim, certo? Continuei a andar mais uns quilómetros, até que dei por mim fora da minha cidade. A sirene não parava e eu, paranoica, continuava a pedalar cada vez mais rápido, mesmo sem saber onde estava. Infelizmente, lá ao fundo, vi uma rampa das grandes, e a sirene continuava atrás de mim. Não tinha opção senão parar, certo? Tentei parar, mas, quando comecei a travar, um carro empurrou-me e lá fui eu pela rampa abaixo, numa velocidade tremenda! E o raio da sirene não parava! Naquele momento, não me imaginava noutro sítio, sem ser numa montanha russa.
O mais engraçado é que parei de pedalar, pus os pés para cima, mas os pedais continuavam a rodar cada vez mais rápido. A rampa acabou, mas, quando dei por mim, já estava na autoestrada a andar mais rápido que os carros, e isto mesmo sem pedalar! Já nem sabia onde pôr os pés! A sirene não se calava, e aí eu pensava mesmo que já ia ser multada. Decidi que, mesmo que me magoasse, teria de parar a bicicleta. E, aí, catrapumba! Dei grande queda no chão, quando pus o pé para parar a bicicleta. Aí é que chegou uma surpresa! Mesmo toda partida, consegui ouvir o meu telefone a tocar. Era a minha mãe a perguntar onde eu andava. E, subitamente, a sirene parou. Tempos depois, descobri que a sirene não passava de um toque do meu telefone. Ai, a raiva que eu tive naquele momento! É claro que, naquele preciso momento, estava a ser levada numa ambulância, mas, ai, a raiva! O drama é que, dias depois, quando tudo parecia estar bem, a minha mãe recebeu uma multa de quinhentos euros pelo correio, a dizer que fui apanhada num radar, a 220 quilómetros por hora.
Beatriz Sá, 9.º C, N.º 5