Dei boleia a um zombi No outro dia, estava a sair do shopping. Estava com fome, mas queria ir comer num lugar diferente. Resolvi ir a uma floresta fazer um piquenique, mas não havia uma floresta em Portimão. Tive de perguntar se alguém sabia onde havia uma floresta e, graças a Deus, sabiam! Fui em direção à floresta, mas já estava a anoitecer. Ao chegar lá, fiquei com um pouco de medo, pois nunca tinha estado, de noite e cheia de fome, numa floresta! Por isso, comecei a preparar as coisas para comer, mas, do nada, vi os arbustos a mexerem-se. Pensava que era o vento, mas não me parecia que tivesse sido ele. Parecia alguém ou alguma coisa. O mais engraçado é que não estava lá ninguém. Fui passear por lá, depois de comer, porque era linda, a floresta. As árvores eram gigantescas. Nunca tinha visto umas árvores assim tão altas. Encontrei uma gruta e estava lá alguém a chorar. Aproximei-me e vi que esse ser parecia um zombi. Disse-me: – Não te aproximes! – Porquê? – Porque sou um monstro. O meu marido abandonou-me aqui na floresta e espancou-me,… quase morri.
– Porque é que ele fez isso? – Não sei; acho que arranjou outra mulher! – Como te chamas? – Não sei,… não me lembro de nada e dói-me muito a cabeça. – Vou levar-te ao hospital! – Pareço um zombi… e o pior é que me sinto muito mal! – Vamos para o carro para te levar! Estávamos a caminho do hospital e, quando se olhou ao espelho, ela começou a dizer: – Sou um zombi… Tenho a cara desfigurada,… não sei o que se passa! Nesta altura, tudo fica complicado; não se sabe o que vai acontecer. Chegámos ao hospital e ela foi para as urgências. O drama é que os médicos não conseguiram salvar a vida dela, pois tinha um tumor no cérebro e tinha perdido muito sangue, por ter estado três dias na floresta. Então, foi esta a história do dia em que dei boleia a um zombi.
Carolina Santos, 9.º C, N.º 6