Nível (iniciação) – 3.ª Sessão Nível I Ensino Secundário (iniciação) – 3.ª sessão
Aniki Bóbó
Manuel de Oliveira
REDE JCE 2015-2016 Objetivos • •
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Promover a construção de uma memória coletiva Conhecer um autor e uma obra fundamental na história do Cinema Português Analisar um filme Encontrar influências e aproximações Alargar o âmbito do filme a outras aproximações artísticas Debater questões estéticas e éticas
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Elementos da narrativa Adaptação cinematográfica: conto/guião Questões éticas: Bem/Mal/Culpa/Livre arbítrio Linguagem cinematográfica – planos: grande plano/plano médio/ plano de conjunto/; Angulação: picado/contrapicado; movimentos de câmara: travelling A linguagem cinematográfica na construção fílmica Outros filmes (influências ou aproximações) O Movimento da Presença Textos (aproximações temáticas ou estéticas) Obras pictóricas (aproximações temáticas ou estéticas) Aspetos históricos (por exemplo, o tipo de ensino e o tipo de brincadeiras)
sinopse | ficha técnica "Aniki-bébé / Aniki-bóbó / Passarinho Tótó / Berimbau, Cavaquinho / Salomão, Sacristão / Tu és Polícia, Tu és Ladrão". "Aniki-Bóbó", fórmula mágica que, nas brincadeiras de crianças, permite determinar, sem discussão, quem é polícia e quem é ladrão. A caminho da escola, Carlitos, o sonhador, e Eduardo, o
Lks chefe do bando, levantam, ambos, os olhos para a
pequena Teresinha que lhes faz sinal do alto da sua varanda. Carlitos é tímido e, para declarar o seu amor, rouba na "Loja das Tentações" a boneca que faz sonhar Teresinha e vai, correndo pelos telhados, oferecer-lha a meio da noite.
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Por seu lado, Eduardo organiza uma tarde de gazeta à escola com Teresinha e os companheiros preferidos da aula, tendo o cuidado de manter Carlitos afastado do seu projecto. A tensão aumenta entre os dois rivais e quando, por acidente, Eduardo escorrega para debaixo de um comboio em andamento, todas as suspeitas se viram para Carlitos... Só a intervenção providencial do dono da "Loja das Tentações" poderá isentá-lo de qualquer suspeita.
Manuel ou Manoel? O realizador, hoje conhecido como Manoel de Oliveira, começou por assinar os seus filmes como Manuel de Oliveira. Numa entrevista concedida para o Catálogo Os Bons da Fita comenta sobre o assunto: “Foi na altura do Amor de Perdição. Mas é muito simples - não há diferença nenhuma; ou talvez haja alguma... Eu quando fui baptizado fui-o, como era habitual nessa época, como Manoel. Depois é que corrigiram a ortografia. Ora, como, a partir daí, muitas vezes escreviam o meu nome com "u" (dado que, pela ortografia moderna, o nome vem de Emanuel), embora eu sempre tenha assinado com o meu nome de baptismo, eu, no Amor de Perdição (filme de 1974), decidi que essa confusão não tornasse a aparecer e que ficasse marcado, daí por diante, que fosse sempre com "o". Mas de facto há uma mudança - há uma perspectiva nova sobre o cinema que se sente a partir daí, desse Amor de Perdição. O primeiro caso coincide com uma actividade anterior mais voltada para o cinema da imagem - como era no tempo do cinema mudo - e, depois, no segundo, uma outra espécie de cinema que aceita em pleno a voz e usa, também em pleno ou com igual força, a par da imagem - a palavra”.
Título original: Aniki Bóbó Realização: Manuel de Oliveira Produção: António Lopes Ribeiro; Argumento: Manoel de Oliveira, inspirado no conto Meninos Milionários, de Rodrigues de Freitas; Diálogos: Manoel de Oliveira, Manuel Matos, António Lopes Ribeiro e Nascimento Fernandes; Planif. /Seq: Manuel de Oliveira Fotografia: António Mendes; Cenários: José Porto; Estúdios: Tobis Portuguesa Exteriores: Porto Montagem : Vieira de Sousa; Música: Jaime Silva (Filho); Som: Sousa Santos; Assistente de realização: Manuel Guimarães; Assistente de imagem: Perdigão Queiroga; Interpretação: Nascimento Fernandes (o lojista), Vital dos Santos (o professor), Manuel de Azevedo (o cantor da rua), Fernanda Matos (Teresinha), Horácio Silva (Carlitos), António Santos (Eduardito), António Morais Soares (Pistarim), Feliciano David (Pompeu), Manuel de Sousa (o “filósofo”), António Pereira (o Batatinhas), Rafael Mota (Rafael), Américo Botelho (o Estrelas), Armando Pedro (o caixeiro); Orçamento Divulgado: 750 contos Formato: 35mm – p/b Distribuição: Lisboa Filme, Exclusivos Triunfo Ano: Estreia: Éden Data Estreia: 18 Dez 1942 Origem: Portugal Duração: 71 min (1880 metros) Notas: Em registo de Censura: 2800 mt. Género: Ficção
Curiosidades No filme, Eduardito dá um salto de um guindaste no Rio Douro. Há uma tradição de saltos a partir da Ponte de D. Luís no Porto. Esta tradição foi documentada no filme Meninos do Rio de Javier Macipe Costa, 2013 Trailer: https://www.youtube.com/watch?v=hjJyoYsFmD0
In Os Bons da Fita, entrevista conduzida por Graça Lobo e Roberto Carvalho, Cineclube de Faro, 1996
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ZOOM IN | Ver à Lupa Espaços exteriores
Esta é uma fotografia da filmagem da cena em que vemos Teresinha pela primeira vez. Identifica a forma como foi filmada a Teresinha na varanda. Porque terá sido assim? ________________________________________ Nesta cena o espetador reconhece as personagens principais. De que forma?
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Espaços interiores
Estas são fotografias de rodagem de uma cena na sala de aula. Identifica a forma como foi filmada? __________________________________________ Porque razão terá sido usada esta forma de filmar? ___________________________________________ Carateriza as seguintes personagens: Professor___________________________________ Pistarim____________________________________ Pompeu____________________________________ Por oposição à Escola quais eram os espaços de liberdade? De que forma são mostrados no filme? ____________________________________________ Qual o tipo de ensino naquele tempo? ____________________________________________ Compara com a Escola da atualidade. ____________________________________________ ____________________________________________
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ZOOM OUT | Alargar Sentidos Debate Reflete sobre as questões morais presentes no filme e debate-as com os teus colegas.
Cinema Podes ver outros filmes cujo tema é a Escola, como: Zero em Comportamento, Jean Vigo, 1933, FR 400 Golpes, François Truffaut, 1959, FR O Clube dos poetas mortos, Peter Weir, 1989, USA Os Coristas, Christophe Barratier, 2004, FR A Turma, Laurent Cantet, 2008, FR
literatura
Artes plásticas
Onomatopeia Menino franzino, Quase pequenino, Pequenino, triste, Saul(1901-1969) Dias (1902-1983)Neste mundo só..., José Régio Menino, desiste De que tenham dó! Desiste, menino, Que o mundo é cretino... Deixa o teu violino, Toca o sol-e-dó. Cada teu suspiro Cai ao chão no pó... Canta o tiro-liro Tiro-liro-ló. Deixa o teu violino, Que não te é destino. Desiste, menino, De que tenham dó! Menino franzino, Triste e pequenino, Pequenino, triste, Neste mundo só..., Menino, desiste! Toca o sol-e-dó. Canta o tiro-liro, repipiro-piro, Canta o repipiro, tiro-liro-ló.
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