Estudo Sobratema do Mercado Brasileiro de Equipamentos para Construção - Edição 2014

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ESTUDO SOBRATEMA DO MERCADO BRASILEIRO DE EQUIPAMENTOS PARA CONSTRUÇÃO • 2014

Patrocínio:


Sumário

Estudo Sobratema do Mercado Brasileiro de Equipamentos para Construção – 2014

Parte A ..............................................................................................................3 • Estudo Sobratema – metodologia e estrutura ........................................ 5 • Mercado brasileiro para equipamentos em 2014: ambiente econômico ... 7 • Estudo Sobratema 2014-2015 .............................................................. 12 • A sondagem das compradoras.............................................................. 16

Brian Nicholson, MiniMax Editora Especializada Ltda., Consultor da Sobratema Parte B ............................................................................................................21 • Introdução ............................................................................................ 23 • Conjuntura Nacional ............................................................................ 25 • Conjuntura internacional ...................................................................... 42 • Análise dos principais mercados de máquinas da construção .............. 48 • O mercado brasileiro de máquinas ....................................................... 64

Rubens Sawaya, Insight Consultoria Econômica, Consultor da Sobratema As opiniões refletidas nos comentários não representam, necessariamente, a posição da Sobratema. Novembro, 2014

Copyright © Sobratema 2007-2015 2


PARTE A • Estudo Sobratema: metodologia do estudo • Mercado brasileiro para equipamentos em 2014: ambiente econômico • Estudo Sobratema 2014-2015 • Sondagem dos compradores

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Estudo Sobratema – metodologia e estrutura Agora no seu oitavo ano, o Estudo Sobratema do Mercado Brasileiro de Equipamentos para Construção visa oferecer aos associados da entidade, às empresas que militam na cadeia de construção, aos setores público e privado, à mídia e ao público em geral uma visão melhor do tamanho, importância e perspectivas de um segmento essencial da economia. Não se trata de uma simples contabilização da produção de equipamentos – o Brasil é produtor e exportador tradicional de várias categorias de equipamentos de construção – mas sim uma estimativa da demanda interna total, seja de equipamentos de fabricação nacional, ou importados. Conceitualmente, portanto, o Estudo Sobratema pode ser compreendido como: produção nacional, menos exportação, mais importação, embora sua metodologia de compilação não seja essa. Importante notar ainda que o Estudo Sobratema abrange mais que somente os equipamentos de movimentação de terra (a chamada “linha amarela”); incluem também outros itens de peso nas compras do setor de construção como equipamentos de manuseio, guindastes e telehandlers. Contempla ainda as compras de equipamentos de construção pelos setores de mineração e agricultura, mas sem somar os equipamentos específicos destes setores, por exemplo, colheitadeiras. Também inclui uma estimativa da demanda, somente pelo setor de construção, de caminhões rodoviários e tratores de roda, tipo agrícola. No caso dos caminhões, são principal, mas não somente, basculantes pesados e semipesados usados para transportar pedra, terra e afins. Conduzido uma vez ao ano entre o final do terceiro trimestre e o início do quarto trimestre, o Estudo Sobratema recebe informações de várias fontes. Todas as informações quantitativas e qualitativas fornecidas pelas empresas são mantidas em sigilo. Assim, o Estudo calcula e divulga somente dados agregados, nunca market share. Além de oferecer um raio-x anual do setor, o Estudo Sobratema apresenta estimativas para o próximo ano, e projeções para crescimento ao longo dos próximos cinco anos, bem como uma estimativa do crescimento da frota, e uma ampla análise dos drivers econômicos relevantes. O Estudo Sobratema conta com a participação de muitas empresas atuantes no Brasil – fabricantes, importadoras e distribuidoras de equipamentos – bem como várias construtoras, mineradoras e empresas de rental. Também recebe a colaboração de associados individuais, e o apoio valioso dos diretores regionais da Sobratema.

O Estudo Sobratema • Começou em 2007 • Estudo de demanda no mercado brasileiro: “produção menos exportação mais importação” • Linha amarela + manuseio + caminhões + tratores de pneu • Inclui equipamentos de construção na mineração e agricultura • Inclui caminhões + tratores comprados pelo setor de construção • Feito anualmente em outubro; publicado novembro/dezembro • Baseado em fontes múltiplas • Dados das empresas são mantidas em sigilo • Não calcula nem divulga participação de empresas individuais (market share) • Projeção econométrica cinco anos (Rubens Sawaya)

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Estrutura institucional do Estudo Sobratema O Estudo Sobratema do Mercado Brasileiro de Equipamentos para Construção é conduzido para a Associação por consultores externos, com a supervisão do Grupo de Apoio Sobratema (GAS). Este grupo é composto de diretores voluntários da Sobratema que também são executivos em empresas de construção e outras empresas ligadas ao setor com larga experiência na área de equipamentos. Este grupo reúne ampla experiência e conhecimento do setor de equipamentos de construção, não somente no Brasil, mas também na América Latina, sendo que suas empresas atuam, hoje, em uma dezena de países da região. E várias delas trabalham também em outros continentes. É relevante observar que os dados sigilosos das empresas que participam no Estudo não são repassados ao GAS, que recebe e avalia somente os dados agregados.

Grupo de Apoio Sobratema

Alumini Engenharia (Infraestrutura) – Mário Humberto Marques Camargo Corrêa (construção) – Pedro Luiz Giavina Bianchi Escad (aluguel) – Eurimilson Daniel Galvão Engenharia (construção) – Silvimar Fernandes Reis Lequip (equipamento para mineração) – Octavio Lacombe Odebrecht (construção) – Afonso Mamede Odebrecht (construção) – Rodrigo Konda SW Industry/Wurth (peças) – Rissaldo Laurent Jr. Vale (mineração) – Ivan Montenegro Coordenação Sobratema: Nelson Costabile Consultores externos: • Brian Nicholson – MiniMax Editora Especializada Ltda • Rubens Sawaya – Insight Consultoria Econômica Ltda

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Mercado brasileiro para equipamentos em 2014: ambiente econômico Ao risco de torturar a língua de Camões, podemos dizer que, para o setor de equipamentos de construção, 2014 foi um ano até mais atípico que o normal. É possível enumerar pelo menos quatro grandes fatores que impactaram o setor. Não necessariamente em ordem de grandeza de impacto, foram eles:

Compras do governo Nos últimos anos, mas principalmente 2013 e 2014, o governo brasileiro entrou para valer como comprador de equipamentos de construção. A justificativa era dotar municípios menores com os recursos necessários para implementar pequenas obras contra a seca e para facilitar o escoamento da safra, por exemplo pela melhoria das estradas vicinais. No total foram beneficiados 5.061 municípios menores (≈91% do total nacional), com 83% da população nacional, desde 2011 até 02 de julho de 2014 – três dias antes do prazo limite estipulado na lei eleitoral, para a inauguração de obras públicas e a transferência de recursos federais aos municípios. Os equipamentos foram comprados pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário e efetivamente doados aos municípios. As licitações conduzidas pelo MDA para equipamentos de movimentação de terra incluíam treinamento de operadores locais e manutenção pelo fornecedor durante dois anos. A tabela a seguir mostra as compras pelo MDA, por ano e tipo de equipamento. Como podemos ver, o peso principal das compras veio em 2013 e 2014, sendo que em 2014, todas as entregas aconteceram no primeiro semestre do ano. Compras pelo MDA 2011

2012

2013

2014

Total

Retroescavadeiras

114

1.161

Motoniveladoras

0

0

3.796

0

5.071

2.617

2.443

5.060

Pás carregadeiras

0

0

431

919

1.410

Cam. basculante 6x4

0

0

1.357

3.703

5.060

Cam. pipa

0

0

753

687

1.440

Total (unidades)

114

1.161

8.954

7.812

18.041

Total (R$ milhões)

18,5

192,9

2,255.6

2,459.7

4,926.7

No total, foram 18.041 itens de equipamentos, dos quais 93% em 2013 e 2014. Da linha amarela, 11.541 unidades, das quais 89% nos últimos dois anos. E, enquanto alguns fabricantes reclamaram das margens estreitas impostas pelos processos de licitação, no final das contas é relevante observar que o governo injetou R$ 4,93 bilhões no setor. Inegável que, sem as compras do governo federal, o mercado brasileiro de equipamentos de construção teria caído em 2013, em vez de subir e que a queda verificada em 2014 teria sido bem maior.

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Compras públicas do volume revelado na tabela, alheio ao processo normal de oferta e demanda, têm um impacto inevitável no mercado. É certo que elas se traduzem em volumes de vendas maiores para os fabricantes; o que é menos claro seria até que ponto os equipamentos doados pelo MDA substituíram atuais ou potenciais vendas para empresas comerciais. Ou seja, as compras oficiais eram 100% adicionais? A lógica sugere que pelo menos algumas das obras efetuadas pelas prefeituras com estes equipamentos seriam, em outras circunstâncias, objeto de contratação de serviços e/ou equipamentos de empresas locais, e de fato houve indicações de empresas menores de rental no Nordeste sofrendo como consequência. Isso sugere que os equipamentos doados podem vir a diminuir, nos próximos anos, demanda comercial nas regiões mais atendidas. Impacto do MDA – 2013 e 2014 14000

33%

12000 10000 8567

3796

8000 6000

5225 4000

7704

6600

2000 0

7%

16%

431

979

5369

5121

0

Retros 2013

Retros 2014

Pás 2013 Mercado

Retros excluem compras pelo MDA em 2011 e 2012

Pás 2014

62%

1880

2617

54% 2443

1583

2107

M. Niv. 2013

M. Niv. 2014

MDA Média 2011-2012

As distorções introduzidas no mercado pelas compras governamentais são visíveis no gráfico acima. Das 11.500 retroescavadeiras vendidas no Brasil em 2013, 33% foram para o MDA. E no caso das motoniveladoras, as compras oficiais chegaram a representar 62% de todas as vendas em 2013, caindo um pouco em 2014 mas mesmo assim constituindo mais da metade do total – e sempre com a ressalva que, em 2014, todas as compras públicas se concentraram no primeiro semestre do ano. A distorção nestes primeiros seis meses, portanto, foi forte. Para os três tipos de equipamento da linha amarela comprados pelo governo, é instrutivo comparar as vendas totais em 2013 e 2014 com a média das vendas nos dois anos anteriores. Como podemos ver, as vendas “comerciais” de retroescavadeiras em 2013 e 2014 ficaram bem abaixo da média das vendas nos dois anos anteriores. No caso das pás carregadeiras, as vendas “comerciais” ficaram mais ou menos empatadas com a média anterior, enquanto que as das motoniveladoras ficaram abaixo da média em 2013, mas empatadas em 2014.

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A Copa do Mundo Sem entrar nos méritos esportivos ou culturais do evento, não há dúvida de que a Copa do Mundo teve impacto na economia. Nos preparativos e durante o torneio, criou movimento em setores diretamente ligados aos jogos e à recepção dos participantes e turistas. Também, houve certo impacto para o setor de construção ainda em 2014, na corrida para terminar alguns dos estádios e das obras de mobilidade. Mas, o impacto na economia em geral não foi tão positivo ou tão grande, e vários setores pareciam entrar em compasso de espera, antes da competição. Anteriormente alardeado pelo ministro da Fazenda como potencial fator estimulador de atividade econômica, a Copa posteriormente foi culpada, pela mesma autoridade, como um dos culpados pelo encolhimento da economia no segundo trimestre. “(A Copa) foi um sucesso do ponto de vista de organização. Do ponto de vista da produção e do comércio, prejudicou”, reconheceu Guido Mantega, em entrevista à Folha de S.Paulo, em meados de agosto. “Tivemos muito poucos dias úteis (durante o evento). A produção industrial caiu e o comércio cresceu pouco (...). De fato, não foi um bom resultado”. É difícil apontar uma ligação direta entre a paralisia temporária gerada pela Copa e o desempenho do setor de equipamentos de construção em 2014, mas parece certo que, no mínimo, não contribuiu positivamente.

As eleições Ao contrário da Copa do Mundo, que teve efeito mais passageiro e subjetivo, a possibilidade de mudanças significativas na política econômica a partir de 2015 gerou crescente incerteza ao longo de 2014. Embora as campanhas presidenciais evitaram entrar em detalhes sobre como enfrentar os problemas cada vez mais visíveis na economia brasileira, a escolha básica entre continuidade e mudança teria impactos significativos para o setor de construção, e, por tabela, a demanda para equipamentos.

Retração da economia No primeiro Relatório Focus do Banco Central de 2014, publicado no início de janeiro, o mercado apontou para uma expectativa de crescimento econômico este ano de 1,99% no Brasil. Mas, a confiança do mercado foi se evaporando ao longo dos meses, ao ponto de apontar, em meados de outubro, para crescimento de somente 0,27%. Ao mesmo tempo, as expectativas para o desempenho da economia brasileira em 2015 também minguaram, de 2,48% em janeiro para 1,00% em meados de outubro. Sendo o crescimento populacional do país em torno de 0,9% ao ano, isso indica uma situação de PIB per capita em queda, pelo menos momentaneamente. Há várias razões para o desempenho decepcionante da economia brasileira nos últimos anos, e bastante debate em torno do assunto. O que parece incontestável é que a pujança brasileira de alguns anos atrás não é mais aquela, conforme pode ser visto nos gráficos a seguir. O mercado de automóveis novos não espelha o mercado de equipamentos de construção – os drivers são bem diferentes – mas oferece indicações importantes quanto da saúde geral de uma economia. Isso porque, para adquirir um automóvel novo, o comprador comum precisa normalmente de três 8


coisas: salário adequado, crédito acessível, e a confiança de que não vai perder o emprego. São três indicadores de uma economia saudável. Os dois gráficos a seguir revelam as vendas (ou emplacamentos) mensais de automóveis e veículos leves novos no Brasil, nos Estados Unidos e na União Europeia (os 15 países membros mais antigos), sempre igualando os três mercados em forma de índice. O primeiro gráfico é de mais longo prazo – usa como base as vendas médias de 2006, que foi o último ano completo antes da crise financeira internacional, enquanto o segundo gráfico mostra os anos mais recentes, com base nas vendas de 2010. As vendas são sempre a média móvel dos últimos 12 meses, para eliminar as grandes variações sazonais que existem em alguns mercados. Os gráficos revelam duas realidades bem diferentes.

História recente das economias Brasil, EUA e EU-15 Desempenho econômico, pela ótica das vendas de automóveis Média móvel de 12 meses – Índices; média 2006 e média 2010 220 200 180 160 140 120 100 80 60 2006-av

2008-12

Brasil

2010-12

EU-15

2012-12

2014-09

2013 12

2014 09

EUA

140 130 120 110 100 90 80 2010-av

2011 12

2012 12

Fontes principais dos dados primários: Brasil, Anfavea; EUA, BEA; EU-15, ACEA. Brasil + EUA registro de automóveis e veículos leves; EU-15 só automóveis. Nacionais + importados. Sem ajuste sazonal. Elaboração: MiniMax Editora

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Pelo primeiro gráfico, de 2006 até o presente, podemos ver que o Brasil se recuperou muito mais rapidamente de que os dois mercados maiores, chegando a quase o dobro do volume de antes da crise. Enquanto isso, os Estados Unidos caíram para 60% do seu nível pré-crise, mas em pouco tempo começaram uma longa e lenta recuperação, enquanto a Europa inicialmente resistiu melhor, mas logo entrou num declínio que parece ter levado à estagnação. Mas, o segundo gráfico, baseado na média do ano 2010, revela um desempenho bem melhor do mercado americano desde 2011, comparado com o do Brasil. Da Europa, não há o que falar – continua estagnada. Mas nestes últimos anos, enquanto o mercado americano de automóveis cresceu quase 40%, o brasileiro avançou em menos de 10% para depois cair, ficando mais ou menos no seu nível de quatro anos atrás. Obviamente, temos que levar em conta o bom desempenho da década anterior, etc., mas investimentos visam normalmente o mercado futuro, e não o passado. De fato, os investidores em vários setores percebem cada vez mais que o recente crescimento brasileiro foi puxado não pelo investimento, mas pelo consumo, que por sua vez foi alimentado cada vez mais pelas importações, que se beneficiaram de uma moeda altamente fortalecida, que foi consequência, entre outras, da forte demanda chinesa para commodities, os altos juros brasileiros e – finalmente – as políticas monetárias de alguns países ricos, principalmente os Estados Unidos. Ou seja, um modelo não sustentável. E agora que os drivers estão se esgotando, as expectativas são bem menos animadoras. Também fica cada vez mais claro que, hoje, a economia brasileira tem um desempenho pior de que muitos de seus concorrentes mais direitos – outros grandes e médios países em desenvolvimento dentro e fora da América Latina. Vale repetir – o mercado para equipamentos de construção tem drivers próprios, não espelha o mercado de automóveis. Mas, ele não existe isolado da economia geral, nem do ânimo – ou desânimo – dos investidores.

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Estudo Sobratema 2014-2015 A tabela a seguir mostra os principais resultados do Estudo Sobratema do Mercado Brasileiro de Equipamentos para Construção referente ao ano em curso – os dados revisados para 2013, e as estimativas para 2014.

Mercado em 2014 Estudo Sobratema do Mercado Brasileiro de Equipamentos para Construção Vendas internas (inclusive importados)

2013*

2014

2014/13 (%)

Tratores de esteira

1.050

925

-11,9

Retroescavadeiras

11.500

6.600

-42,6

Pás carregadeiras

5.800

6.100

5,2

Escavadeiras hidráulicas (excluindo mini)

5.350

5.580

4,3

Mini-escavadeiras

915

970

6,0

Caminhões fora de estrada

120

110

-8,3

Motoniveladoras

4.200

4.550

8,3

Rolos compactadores

1.900

2.150

13,2

Minicarregadeiras (skid steers)

2.600

2.200

-15,4

33.435

29.185

-12,7

Subtotal: linha amarela Compressores portáteis

800

750

-6,3

Gruas

280

250

-10,7

Guindastes (exclui guindauto)

540

290

-46,3

7.900

5.950

-24,7

400

390

-2,5

3.080

3.450

12,0

Subtotal: demais equipamentos

13.000

11.080

-14,8

Subtotal: principais equip. de construção

46.435

40.265

-13,3

Plataformas aéreas Telehandlers Tratores de pneu**

Caminhões rodoviários**

25.700

27.450

6,8

Total: principais equip. de construção

72.135

67.715

-6,1

*2013 – dados revisados; **Estimativa da demanda na construção

Comentários: 2013: Os dados revisados representam a estimativa final para aquele ano. O Estudo Sobratema sempre faz uma revisão das estimativas do ano passado, tendo em mão dados finais de várias fontes. 2014: O resultado de maior relevância é a queda geral de 12,7% nas vendas de equipamentos de movimentação de terra – a chamada linha amarela. Trata-se do pior desempenho percentual desde 2009, quando este segmento do mercado brasileiro caiu quase 22%, levado pela crise internacional, e o segundo pior desempenho desde o início do Estudo Sobratema. 11


O tombo de 2014 compara com a previsão, feita pelo Estudo Sobratema em 2013, de uma queda de pouco mais de 3% na linha amarela em 2014. Para entender o porquê da diferença, cabe lembrar a metodologia do Estudo Sobratema. A previsão para o ano que vem reflete, principalmente, a visão agregada das empresas que participam do Estudo – são fabricantes, importadoras e/ou distribuidoras que oferecem, de forma sigilosa, suas estimativas quanto ao mercado atual, e suas previsões para o ano que vem. A isso, agregamos outros subsídios. São dados publicados por várias entidades e associações de classe, e mais a visão de quem compra equipamento, conforme detectada em sondagens que a Sobratema faz durante o ano, e finalmente a sensibilidade dos diretores da Sobratema que compõem o Grupo de Apoio para o Estudo (detalhado anteriormente). Ou seja, a previsão de um mercado 3% menor em 2014 refletia o consenso das empresas no início do quarto trimestre de 2013. O que acontecia, desde então, para que a expectativa geral do mercado não se realizar? Voltamos aos fatores listados no capítulo anterior, e principalmente à forte desaceleração da economia brasileira, com constante revisão para baixo das expectativas dos agentes econômicos – processo esse, podemos notar, que aconteceu sempre em face de um otimismo desmensurado das autoridades econômicas. Dentro da linha amarela, destaca-se a fortíssima queda na demanda para retroescavadeiras, algo que já era previsto devido ao fim das compras públicas, embora de uma magnitude menor. Entre os outros equipamentos, houve uma queda quase que generalizada, embora proporcionalmente maior nos guindastes – um grupo de equipamentos que cresceu fortemente nos últimos anos, sendo os principais drivers os investimentos em estádios e infraestrutura. Plataformas aéreas revelaram uma queda proporcional menor, mas mesmo assim grande, e com bastante influência no quadro geral devido ao maior número de equipamentos envolvidos. Também se trata de um tipo de equipamento que cresceu fortemente nos últimos anos. Quanto à estimativa para caminhões rodoviários demandados pelo setor de construção, os dados de emplacamento indicam uma ligeira recuperação de demanda, embora o quadro fica um pouco nebuloso devido às compras de basculantes 6x4 pelo governo federal.

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Previsão para 2015 A tabela a seguir mostra as previsões do Estudo Sobratema do Mercado Brasileiro de Equipara 2015.

pamentos para Construção

Vendas internas (inclusive importados)

2014

2015

2015/14 (%)

Tratores de esteira

925

1.050

13,5

Retroescavadeiras

6.600

6.600

0,0

Pás carregadeiras

6.100

4.700

-23,0

Escavadeiras hidráulicas (excluindo mini)

5.580

5.580

0,0

Mini-escavadeiras

970

1.020

5,2

Caminhões fora de estrada

110

85

-22,7

Motoniveladoras

4.550

2.100

-53,8

Rolos compactadores

2.150

2.200

2,3

Minicarregadeiras (skid steers)

2.200

2.300

4,5

29.185

25.635

-12,2

Compressores portáteis

750

750

0,0

Gruas

250

265

6,0

Guindastes (exclui guindauto)

290

320

10,3

5.950

6.100

2,5

Subtotal: linha amarela

Plataformas aéreas Telehandlers

390

340

-12,8

3.450

3.500

1,4

Subtotal: demais equipamentos

11.080

11.275

1,8

Subtotal: principais equip. de construção

40.265

36.910

-8,3

Caminhões rodoviários*

27.450

27.450

0,0

Total: principais equip. de construção

67.715

64.360

-5,0

Tratores de pneu*

*Estimativa da demanda na construção

Mais uma vez, o fato mais marcante na previsão para 2015 é a queda continuada no segmento de linha amarela, puxada pelo fim das compras públicas. A grande incógnita é o grupo de caminhões rodoviários, demandados pelo setor de construção. São principalmente basculantes pesados, mas há também uma variedade de outros tipos, como caminhões pipa, betoneiras, caminhões prancha e de carga seca, comboios de lubrificação, caminhões guindauto, caminhões oficina, tanques de combustível, e vários outros mais. O setor de caminhões em geral prevê um 2015 pouco animador, mas o segmento de construção tem seus próprios drivers de demanda. Para os caminhões, como para o setor como um todo, muito vai depender da postura do novo governo, frente aos estímulos à economia e aos investimentos na infraestrutura. É de se esperar que as concessões avancem, e – principalmente na área rodoviária – criem demanda para equipamentos. Na área ferroviária, porém, a velocidade das concessões continua incerta.

13


O histórico do mercado Com a estimativa da Sobratema do mercado em 2014, e a previsão de mais uma queda em 2015, fica nítida o fim, pelo menos por enquanto, do processo de expansão rápido que houve no setor na década passada. O gráfico a seguir mostra a demanda desde 2007. O histórico do mercado total (em verde) fica um pouco distorcido pela antecipação das compras de caminhões rodoviários em 2011, fugindo da alta de preço previsto em 2012 pela introdução do padrão Proconve 7 de controle de emissões. Excluindo este pico, e olhando para a tendência geral, tanto do mercado total, tanto pela linha amarela, temos essencialmente três fases: crescimento forte de 2007 até 2010 ou 2011; seguido por um processo de consolidação num novo patamar; e agora dando lugar ao declínio já mencionado. Estudo Sobratema do mercado brasileiro de equipamentos de construção: 2007-2015 90.000

83.545

80.000

TOTAL DE EQUIPAMENTOS

70.000

72.135

67.715

60.000

64.360

50.000 40.000 33.435 30.000

34.521

29.185

LINHA AMARELA

20.000

25.635

11.691 10.000 0 2007

2008

2009

2010

2011

2012

2013

2014

2015

Total de equipamentos inclui linha amarela e demais equipamentos (compressores portáteis; gruas; guindastes (lança treliçada e telescópica, mas exclui guindauto); plataformas aéreas; telehandlers; tratores de pneu; caminhões rodoviários).

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A sondagem das compradoras O Estudo Sobratema do Mercado Brasileiro de Equipamentos para Construção, além de oferecer uma estimativa da demanda para equipamentos no Brasil, e fazer previsões para o ano que vem e com horizonte de cinco anos, tem a prática de ouvir uma amostra das empresas que compram equipamentos. As sondagens – conduzidas com a ajuda dos diretores da Sobratema – incluem construtoras e locadoras sediadas em várias capitais – Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba e Porto Alegre – e com perfis e tamanhos bastante diferentes. Embora limitadas, estatisticamente, pelo tamanho das amostras – normalmente entre 30 e 40 empresas – e pela composição variável, as sondagens oferecem informações interessantes sobre o ânimo e expectativas do setor, e seus principais problemas. A seguir, resultados selecionados da sondagem feita em outubro de 2014, com comentários. Todos os gráficos mostram a distribuição dos resultados transformados em porcentagens, lembrando que, devido ao tamanho reduzido da amostra e portanto a margem de erro, não seria apropriado oferecer precisão maior.

Um ano mais ou menos... Como pode ser visto no primeiro gráfico, Comp-1, não houve, entre as empresas ouvidas pela Sondagem Sobratema em outubro de 2014, um sentimento forte de aprovação ou crítica de 2014. Comp-1 Pergunta: Como foi 2014 para sua empresa, comparado com 2013 (em termos de volume de negócios)? Muito melhor que esperado

9

Melhor que esperado

26

Mais ou menos como esperado

31

Pior de que esperado Muito pior de que esperado

20 14

As respostas indicam que aproximadamente um terço das empresas entendem que 2014 foi melhor ou muito melhor que 2013, em termos de volume de negócios, enquanto frações parecidas acharam o ano igual ou pior que o anterior. Este resultado indica uma ligeira piora de ânimo, comparado com as respostas ao mesmo quesito no mesmo momento de 2013, quando quase a metade – 48% – da amostra achou aquele ano melhor que o anterior. Não houve, em 2014, muita diferença entre a avaliação do ano feita por construtoras e locadoras. Em termos de tamanho, porém, foi visível um certo viés no sentido das empresas menores descrever 2014 como um ano mais difícil. Aqui, “empresas menores” foram definidas como sendo aquelas com frota própria da linha amarela de menos de 100 equipamentos. Constituíram 40% da amostra total.

15


Comp-2 Pergunta: Principais problemas em 2014, para sua empresa?

Falta de equipamentos Falta de crédito para compra de equipamentos

0 1 28

Falta de mão de obra especializada 18

Custo de mão de obra

49

Atraso em obras Nada importante

4

Mais uma vez, o que castigou mais o setor em 2014 foi o atraso em obras. A falta de mão de obra especializada, que em 2011 e 2012, momento quando o mercado se encontrava bem mais aquecido, chegou a rivalizar “atraso em obras” como a reivindicação principal do setor, vem cedendo espaço no rol de problemas. O que não muda mesmo, como pode ser visto no próximo gráfico (Comp-3), é a razão pela qual as obras vêm se atrasando. Comp-3 Pergunta: Caso houve atraso significativo em obras, quais as razões principais?

Liberação de verba Injunções

34 6 50

Licenciamento Licitação

10

“Atraso em licenciamento (ambiental)” domina as reclamações, como de fato tem dominado este quesito desde que a Sobratema começou as sondagens sistemáticas do setor há quatro anos. O que vem mudando, isso sim, é o crescimento das reclamações quanto ao atraso devido à “liberação de verba”. De um distante terceiro lugar em 2011, este problema já se firmou em sólido segundo lugar. “Falta/atraso na liberação de novas obras decorrente de ingerência governamental/problemas ambientais,” comentou o executivo de uma das grandes construtoras brasileiras. Por sua vez uma construtora de médio/grande porte no Nordeste, depois de reclamar de atrasos por uma variedade de razões – entre os quais “falta de suprimento de material betuminoso por parte das distribuidoras (Petrobras)”, também “falta de topógrafos, operador de recicladora e fresadora, operador de usinas de asfalto”, bem como atraso em licitações e licenciamento e “atraso de pagamento por parte dos Departamentos Estaduais de Infraestrutura de Transportes”, – fechou a lista dizendo que “algumas obras estavam esperando resultados do cenário político”. Resta saber se, passado o pleito de outubro, tais obras deslancharão.

16


Expectativas Comp-4 Pergunta: Qual sua expectativa para 2015, para sua empresa, comparado com 2014 (volume de negócios)?

Quanto às perspectivas para 2015, o mercado se revela dividido. Conforme indicado no gráfico Comp-4, a expectativa maior é para compras do mesmo nível que 2014, com uma distribuição mais ou menos empatada entre os mais otimistas e mais pessimistas. Muito melhor que 2014

3

Melhor que 2014

23

Mais ou menos igual 2014

46

Pior que 2014

26

Muito pior que 2014

3 0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

50

É bom lembrar que, no mesmo momento de 2013, nada menos que 59% das empresas esperavam um 2014 melhor ou muito melhor. Apesar daquele otimismo inicial, o mercado acabou se esfriando, com retração estimada pelo Estudo de Mercado da Sobratema em pouco mais de 12% na linha amarela. Quanto à demanda para equipamentos em 2015, mais uma vez o mercado se revelou dividido, com aproximadamente um terço das empresas prevendo demanda maior, um terço esperando demanda menor, e um terço na coluna do meio. Mas, entre as empresas maiores – aqui definidas com sendo aquelas com frota própria de mais de 100 equipamentos, na linha amarela – foi detectado um certo viés de esperar compras menores.

Utilização da frota Algo que certamente vai pesar na decisão de comprar, ou não, mais equipamentos em 2015 será a taxa de utilização da frota atual. Pela primeira vez, a Sondagem Sobratema perguntou para as empresas participantes sobre a porcentagem da frota própria que se encontrava parada, naquele momento. Responderam pouco mais de 80% das empresas participantes, e indicaram em torno de 24% da frota própria parada. Obviamente, haverá sempre questões de manutenção, e de tipos de equipamento, mas este nível geral sugere que existe, no setor como um todo, um certo colchão que há de ser absorvido, antes que qualquer melhoria no nível de atividade do setor se traduza plenamente em compras de equipamentos novos. Não apareceu, nos resultados da Sondagem, qualquer viés significativo de tamanho na questão de frota parada. A média da frota parada entre empresas com mais de 100 equipamentos ficou menos de um ponto percentual diferente da média da amostra completa.

17


Concessões Desde que o governo federal anunciou, no final de 2012, que pretendia convidar o setor privado a participar mais amplamente no financiamento e realização das grandes obras de infraestrutura, via concessões e parcerias público-privadas, o setor de construção vem alimentando esperanças de obras. E, de fato, algumas empresas já se beneficiaram do programa. Começaram a andar as concessões no setor rodoviário, como houve também alguma coisa no setor de aeroportos. Mas nos portos e ferrovias, os projetos se encontram bastante atrasados. E com os atrasos, veio crescendo a descrença do setor. Este ano, como no final de 2013, três em cada quatro empresas declararam esperar pouco ou nenhum impacto nos seus próprios negócios, devido às concessões.

E as prioridades do novo governo A Sobratema, como entidade sem fins lucrativos ou atuação política, não questionou as empresas quanto suas preferências na eleição presidencial. Mas, a Sondagem – conduzida entre o primeiro e segundo turnos das eleições – aproveitou para ouvir as empresas do setor quanto às prioridades para a próxima administração. Foram oferecidas 14 opções, sendo que cada participante tinha direito a escolher somente três (sem ordem de preferência). Todas as opções receberam apoio, nenhuma ficou sem voto, sendo as sete mais votadas indicadas na tabela a seguir: Opção

Porcentagem de votos

Promover a reforma tributária

21,7

Investir em infraestrutura

19,2

Estimular o crescimento econômico

17,2

Atacar a corrupção

9,1

Reduzir a inflação

7,1

Melhorar a educação

6,6

Promover a reforma trabalhista

5,1

As opções com menos votos foram: reduzir a taxa de juros, expandir os programas sociais, reduzir o déficit público, melhorar a saúde pública, melhorar a mobilidade urbana, reduzir a burocracia e estimular as exportações. Revelando a estreita ligação que existe entre o progresso econômico e o sistema político, vários participantes comentaram sobre uma ausência na lista. O diretor de uma construtora sediada no Sul, mas com atuação nacional, optou por não escolher nenhuma das opções oferecidas: “Sem reforma política, não há solução”, observou. Também não foram poucos os participantes que reclamaram que todas as opções eram de fato necessárias. “Decidir por apenas três itens é um pouco complicado, pois precisamos na verdade de tudo que está descrito, mas em se tratando de somente três, escolhi aqueles que julgo serem os principais para o crescimento do país”, dizia o diretor administrativo de uma pequena locadora de Minas Gerais, que elegeu promover a reforma tributária, estimular o crescimento econômico e atacar a corrupção. “Os investimentos nos demais itens virão por consequência desse crescimento”.

18


Mas, o diretor de uma grande construtora do Sul do país se revelou mais cético: “Nós acreditamos que não haverá grandes mudanças no cenário da construção e que o novo governo não terá recursos suficientes para solucionar os gargalos enfrentados no país”. Igualmente cauteloso foi o diretor de uma importante locadora. Se referindo especificamente aos guindastes e gruas, observou: “No cenário que está se desenhando para os próximos dois anos o mercado de máquinas novas deverá sofrer uma retração, pois além do número de lançamentos imobiliários e projetos de infraestrutura estarem reduzindo de tamanho, seja por falta de investimentos ou for ineficiência generalizada da máquina pública, os preços de locação (retorno de investimentos) estão caindo significativamente nestes últimos três anos. O resultado deste cenário é que a frota total irá reverter o processo de renovação e os fabricantes deverão experimentar um mercado difícil nos próximos anos.” Com a palavra final, um executivo sênior de uma grande construtora: “Independentemente do resultado nas eleições, acreditamos que o crescimento somente será retomado a partir do segundo semestre de 2015, alavancado principalmente pelos projetos em concessão ou PPP. Em um ano onde não se espera investimentos em programas como o MDA, as vendas de equipamentos como um todo se reduzirão”. E ele fecha assim: “As vendas do MDA estavam mascarando a realidade do setor da construção”.

19


PARTE B • Introdução • Conjuntura nacional • Conjuntura internacional • Análise dos principais mercados de máquinas da construção • O mercado brasileiro de máquinas

20


Introdução Apesar de 2014 ser um ano eleitoral, não seguiu a tradição histórica de elevação da demanda por equipamentos da construção. A desaceleração da economia por conta de um temor de descontrole inflacionário pautou as políticas econômicas de governo. Se o governo em 2013 tentou aplicar uma política de diminuição das taxas de juros e de desvalorização cambial com o objetivo de colocar a economia em crescimento em 2014, causou mais frustração do que se imaginava. A grita inflacionária dos mercados financeiros, acusando o governo de abandonar o “tripé macroeconômico” que dava sustentabilidade à política de metas de inflação, foi enorme e o medo do governo de que poderia de fato perder o controle – muitos agentes podem antecipar a elevação de preços por conta da expectativa anunciada – forçou a elevação das taxas de juros e o freio às desvalorizações cambiais, jogando a economia em 2014 em sua pior taxa de crescimento dos últimos 12 anos, com exceção do ano de 2009. O PIB brasileiro deve crescer entre 0,3% e 0,8% neste ano. Com a baixa nas taxas de juros em 2013, medida aliada às desonerações fiscais e à desvalorização cambial, o governo esperava uma reação quase que automática dos investimentos privados. Afinal, era em parte o que os agentes econômicos apontavam como problemas. Não imaginava que, de outro lado, a política de aperto fiscal que acompanhou essas medidas, inclusive com cortes nos recursos do PAC, também algo que os mercados apontavam como necessário – o sempre ajuste fiscal – tivesse um enorme efeito negativo sobre as expectativas dos agentes. A baixa nas taxas de juros visava elevar o volume de crédito privado ao investimento; a desvalorização cambial tinha por objetivo incentivar as empresas produtivas a substituir importações de partes, peças e componentes por fabricação nacional, revertendo a queda histórica na produção industrial e na desnacionalização da produção; a política de cortes de gastos públicos visava demonstrar aos mercados financeiros que se manteria o superávit fiscal, garantindo a rolagem da dívida pública e diminuindo a pressão de demanda por parte do governo sobre a economia, com objetivo de “abrir espaço” para o crescimento do investimento privado sem pressão de qualquer inflação de demanda. Nada disso teve sucesso. A economia mergulhou em desaceleração pela queda nos investimentos privados. A incerteza dos investidores, que já vinha abalada pelo movimento errático da política econômica desde 2011, aprofundou-se. Diante deste cenário, e apesar de algum investimento público em infraestrutura e da manutenção do programa Minha Casa Minha Vida (carro chefe do PAC nos últimos anos), a parte privada dos investimentos tanto em infraestrutura como em construção civil entrou em declínio. As concessões de rodovias que deslancharam em 2014 não foram suficientes para inverter o pessimismo. Nem o crédito barato e abundante dos bancos públicos foi elemento de incentivo ao investimento em infraestrutura e construção. Os bancos privados ensaiaram algum crescimento do crédito para construção como alternativa à queda na rentabilidade dos títulos públicos (diminuição da taxa de juro Selic), mas por sua própria pressão, conseguiram que o governo voltasse atrás e elevasse as taxas, fazendo-os recuar diante do retorno à rentabilidade do título público e do risco do investimento em construção. O mercado de construção civil (residencial, comercial, galpões etc.), especificamente, apresentou no ano desaceleração diante do ritmo de crescimento dos anos anteriores. Com a diminuição das vendas, também caíram os lançamentos, apesar da continuidade do aumento do crédito que

21


manteve uma taxa positiva de crescimento. Por se tratar de decisões ligadas às expectativas de renda e emprego de longo prazo para as compras residenciais e de crescimento econômico para galpões industriais ou de distribuição, diante do cenário de baixo crescimento, houve uma relativa paralisação nas compras de máquinas por esses segmentos. Quanto aos setores agrícola e mineral, suas compras de máquinas da construção também desaceleraram. Apesar de mantido o crescimento nos volumes exportados tanto de soja como de minério de ferro, diante da queda nos preços internacionais, os investimentos nesses segmentos entraram em compasso de espera. A dúvida quanto ao tamanho da desaceleração da economia chinesa está criando incerteza ao setor. Diante da continuidade da crise europeia, e mesmo com uma ligeira mas ainda imprevisível retomada da economia Norte-americana, a China tem tido dificuldades para manter sua meta de crescimento em 7,5% (já é inferior) mesmo com os enormes investimentos, principalmente na construção residencial e infraestrutura. Por esses motivos, o cenário geral, tanto interno como internacional, foi negativo para as vendas de máquinas da construção neste ano de 2014. As perspectivas para 2015 também não são alentadoras. A melhoria para este setor depende de uma forte retomada nos investimentos internos em infraestrutura, em parte diretamente pelo Governo e em parte pela agilização e aceleração das Concessões de rodovias e ferrovias, que parecem estar deslanchando. A depender das pressões políticas será definido como o novo governo manipulará as taxas de juros e focará no crescimento para realizar o equilíbrio fiscal via arrecadação e não por cortes de gastos; o quanto centrará fogo nos investimentos em infraestrutura para colocar o país na rota de crescimento; o quanto conseguirá manter o volume de crédito dos bancos públicos. Será um jogo de forças, principalmente dada a força da oposição que se criou no Congresso para conseguir viabilizar o crescimento. Para os próximos anos além de 2015, espera-se que o cenário se torne mais claro e os investimentos sejam retomados. De qualquer forma, a dúvida é extrema quanto a qual estratégia de política econômica será adotada internamente, o que irá definir os rumos do segmento de infraestrutura. No caso da construção civil residencial e industrial, só uma retomada firme do crescimento econômico com crédito garantirá a retomada do ritmo dos últimos anos. Quanto aos segmentos de commodities de exportação agrícola e mineral, é necessário que a China consiga manter suas taxas de crescimento com a expansão do mercado interno. Ainda não é possível prever melhora na economia Europeia, dado o tipo de política que vem sendo adotada. Já nos Estados Unidos, espera-se que a economia saia da tendência errática atual para um crescimento mais sustentado.

22


Conjuntura Nacional Depois de todas as tentativas de incentivar o investimento privado em 2013, o governo foi vencido pela ideia de que a inflação seria explosiva se não voltasse a elevar as taxas de juros e cortasse gastos públicos. Diante do insucesso de reativar a economia, o governo retrocedeu em 2014. Assim, de fato, a economia mergulhou ainda mais neste ano em relação aos anos anteriores, talvez terminando o ano com um crescimento muito baixo, praticamente nulo com relação a 2013, que já havia sido um ano ruim. A queda no nível de investimentos em infraestrutura, construção e na produção industrial puxaram o crescimento para baixo. De outro lado, a preservação dos níveis de renda e emprego garantiu que a queda não fosse maior. Mas, diante da taxa de câmbio valorizada, frustrada a tentativa do governo de desvalorização para tornar a economia mais competitiva, o cenário continuou negativo para a produção nacional como já vinha ocorrendo historicamente. A demanda interna continuou sendo dirigida para importações. Os próprios fabricantes nacionais se tornaram importadores crescentes de partes, peças e componentes, garantindo um faturamento positivo diante de uma queda na produção. Se esse cenário de crescimento do mercado interno concomitante com importações de partes, peças e componentes foi possível em anos anteriores, agora, com a queda nos preços das commodities exportadas pelo Brasil, os problemas de déficit nas contas externas começaram a se agravar. Não há mais como fechar as contas externas, contando com os elevados preços das commodities de exportações. Como as tentativas de elevar a competitividade interna via taxa de câmbio foi frustrada pela pressão inflacionária concreta (elevação de custos dos importadores), a situação ficou sem solução. O erro de anos de política de valorização cambial (na verdade 20 anos) cobrou seu preço em 2014 com o fim do boom de preços das commodities. A forte desaceleração da economia trouxe de volta o debate sobre as contas públicas. Se com o crescimento do PIB nos últimos anos foi possível manter o superávit primário do Governo, com a desaceleração da economia e, portanto, queda na arrecadação, o superávit primário caiu. Apesar desse fato não ser um problema diante do baixo nível da dívida pública sobre o PIB, este também passou a ser um fator de pressão dos mercados sobre o governo. O corte de gastos daí resultante, principalmente em investimentos públicos, serviu ainda mais para passar uma mensagem de aprofundamento da queda do PIB aos agentes, complementando o cenário negativo, mesmo diante de uma relação dívida pública sobre o PIB ainda confortável. Os motivos para a desaceleração em 2014 estavam assim postos. A elevação da disponibilidade de crédito público, a tentativa de forçar os bancos privados também a elevarem seus créditos, e mesmo a manutenção dos níveis de emprego e renda, nada disso foi suficiente para evitar a desaceleração do PIB em 2014.

PIB e Produção Depois de um crescimento do PIB de 2,5% em 2013, a economia brasileira observa, mesmo em ano eleitoral, uma de suas maiores desacelerações nos últimos anos, a exceção de 2009, ano em que se iniciou a crise mundial. Este ano a taxa de crescimento do PIB deve ficar em torno de 0,5%, o que significa estagnação. 23


Do lado do gasto, enquanto na comparação do primeiro trimestre de 2014 contra o mesmo período de 2013 o consumo das famílias manteve uma trajetória de crescimento de 1,2%, na comparação semestral há um ligeiro aumento no percentual, para 1,7%. A formação bruta de capital fixo, que mede o investimento em todos os setores da economia, apresentou uma queda de 11,2%, puxando o crescimento para baixo. Na comparação semestral, a queda no investimento foi menor, 6,8%, apontando uma ligeira recuperação ao longo do ano. O nível de investimentos sobre o PIB caiu dos já baixos 17,7% para 16,5%, valores muito distantes dos 19% que o país teve durante o período de crescimento. A queda na indústria de máquinas e equipamentos de 5,7% e de 8,8% no segmento de bens de capital no primeiro semestre de 2014 contra 2013 demonstra esse movimento. PIB com ajuste sazonal – PIB, Consumo das famílias, FBKF

4T 2013

2T 2014

4T 2012

2T 2013

2T 2012

2T 2011

4T 2011

2T 2010

Serviços

4T 2010

2T 2009

4T 2009

2T 2008

Comércio

4T 2008

2T 2007

4T 2007

2T 2006

4T 2006

2T 2005

4T 2005

2T 2004

Indústria

4T 2004

2T 2003

4T 2003

2T 2002

4T 2002

1T 2002=100

Agricultura 170 160 150 140 130 120 110 100 90 80

Fonte: IBGE

Variação trimestre/trim ano anterior - PIBpm, FBKF, Consumo PIB

Consumo das famílias

FBKF

200

1T2002=100

180 160 140 120

4T 2013

2T 2014

2T 2013

2T 2012

4T 2012

2T 2011

4T 2011

2T 2010

4T 2010

4T 2009

2T 2009

2T 2008

4T 2008

2T 2007

4T 2007

2T 2006

4T 2006

4T 2005

2T 2005

2T 2004

4T 2004

2T 2003

4T 2003

2T 2002

80

4T 2002

100

Fonte: IBGE

De outro lado, contribuíram para a elevação do PIB o crescimento dos setores agropecuários e serviços, com 1,2% e 1,1% de crescimento respectivamente no primeiro semestre de 2014 contra o mesmo período de 2013.

24


PIB com ajuste sazonal – agricultura, indústria, comércio, serviços PIBpm

FBKF

Consumo (Famílias)

25 20

Variação %

15 10 5 0 -5

2T 2014

1T 2014

4T 2013

3T 2013

2T 2013

1T 2013

4T 2012

3T 2012

2T 2012

1T 2012

4T 2011

3T 2011

2T 2011

1T 2011

4T 2010

-15

3T 2010

-10

Fonte: IBGE

A indústria geral puxou a queda do PIB ao longo do ano, apresentando retração de 3,1% no primeiro semestre contra o mesmo período de 2013. Assim, manteve a trajetória de desaceleração que já vinha apresentando, demonstrando a queda na produção nacional. Dentro da indústria, apenas apresentaram crescimento os segmentos “Extrativa-Mineral” (+6,8%), “Eletricidade e Gás, água, esgoto e limpeza urbana” (+3,1%), comparando-se o primeiro semestre de 2014 sobre 2013. Destaca-se ainda a queda no PIB da indústria da construção civil de 4,9% no primeiro semestre em comparação com o mesmo período de 2013. Essa trajetória apresenta desaceleração ao longo do ano, o que pode ser visto quando se compara o segundo trimestre de 2014 como o mesmo período de 2013, período em que a queda foi de 8,7%. A contração apresentada de 5,9% na indústria de insumos da construção também corrobora com o cenário desolador no segmento da construção civil. Produção industrial – Máquinas e equipamentos, Bens de capital, insumos da construção Máquinas e Equipamentos

Bens de Capital

Insumos Construção

140 120

2012=100

100 80

jan/2014

fev/2013

mar2012

abr/2011

mai/2010

jun/2009

jul/2008

ago/2007

set/2006

out/2005

nov/2004

dez/2003

jan/2003

40

fev/2002

60

Fonte: IBGE

25


Mesmo com a desaceleração ou não participação da indústria de forma sólida no ciclo de crescimento da economia dos últimos anos, os níveis de utilização da capacidade instalada vinham se mantendo. Com a queda nas taxas de crescimento da indústria, a utilização da capacidade instalada passou de 83,3% em agosto de 2013 para 81,5% no mesmo mês de 2014. Como se pode ver no gráfico, desde 2011 há uma tendência de queda neste indicador. Isso significa que uma retomada dos investimentos produtivos torna-se mais distante. Utilização da Capacidade Instalada – indústria 87

Em porcentagem (%)

85 83 81 79 77

ago/2014

fev/2014

mai/2014

nov/2013

ago/2013

fev/2013

mai/2013

nov/2012

mai/2012

ago/2012

fev/2012

nov/2011

mai/2011

ago/2011

nov/2010

mai/2010

ago/2010

fev/2010

nov/2009

ago/2009

fev/2009

mai/2009

73

fev/2011

75

Fonte: CNI

As projeções para 2015 são melhores, mas ainda desalentadoras. Espera-se um crescimento do PIB ainda muito tímido, entre 1,2% e 1,5%. Isso se deve tanto aos problemas de ajuste interno que a economia deve passar, principalmente no setor industrial. O crescimento do setor agropecuário também deve ter um crescimento que, embora permaneça positivo, depende do desenrolar da crise mundial e do crescimento chinês. A retomada dos investimentos na construção civil residencial dependerá da queda nos estoques atuais, bem como de um crescimento contínuo da economia.

Emprego e Renda É interessante notar que, apesar de toda desaceleração da economia e da queda na produção industrial, os níveis de desemprego ainda permaneçam bastante baixos e, pelo menos até agosto de 2014, tenham se reduzido. Parte da queda ainda em agosto é explicada pela queda na população que está procurando emprego. Mesmo assim, essa lógica não justifica a permanência do nível de desemprego no patamar atual. Apesar da queda na produção industrial, mesmo neste setor, a criação líquida de empregos, embora em queda, ainda se mantém positiva. De janeiro a setembro de 2014 foram criados 116 mil novos empregos em termos líquidos (admitidos menos desligados), contra 406 mil no mesmo período do ano passado.

26


Taxa de desocupação 14,0 12,0

Em %

10,0 8,0 6,0 4,0

fev/2013 ago/2013

fev/2014 ago/2014

mar/2013

mai/2014

fev/2011 ago/2011

fev/2010 ago/2010

fev/2009 ago/2009

fev/2008 ago/2008

fev/2007 ago/2007

fev/2006 ago/2006

fev/2005 ago/2005

fev/2004 ago/2004

fev/2003 ago/2003

ago/2002

0,0

fev/2012 ago/2012

2,0

Fonte: IBGE

Evolução do emprego na indústria Admitidos

Desligados

700 600

Em mil pessoas

500 400 300 200

out/2013

jan/2012

ago/2012

nov/2010

set/2009

abr/2010

fev/2009

jul/2008

dez/2007

mai/2007

out/2006

ago/2005

mar/2006

jan/2005

jun/2004

nov/2003

abr/2003

set/2002

0

jun/2011

100

O nível baixo de desemprego deve-se aos setores de comércio e serviços, que não sentiram a crise. E esses setores hoje têm uma importância muito grande por conta dos novos consumidores oriundos dos segmentos da população de baixa renda devido à política distributiva dos últimos 12 anos. A renda média do trabalho também se mantém elevada com um crescimento de 2,8% comparando-se janeiro a agosto de 2014 contra 2013. Em agosto de 2014, o rendimento médio alcançou R$ 2.055,50. Isso é o resultado das políticas de crescimento com distribuição que garantem emprego e renda, principalmente no segmento de serviços, tradicionalmente forte empregador.

27


Rendimento médio real do trabalho 2200 2000

Em R$

1800 1600 1400 1200

abr/2014

set/2013

fev/2013

jul/2012

dez/2011

mai/2011

out/2010

mar/2010

ago/2009

jan/2009

jun/2008

abr/2007

nov/2007

set/2006

jul/2005

fev/2006

dez/2004

out/2003

mai/2004

ago/2002

mar/2003

1000

Fonte: IBGE

Considerando-se um cenário de contínua desaceleração, os níveis de emprego e renda devem ser atingidos negativamente. Um baixo crescimento como previsto para o ano que vem manteria essa tendência. De qualquer forma, vale lembrar a resistência do setor de serviços em manter o nível de emprego, muito em razão da melhoria do nível geral de renda da população mais pobre, que por isso garante um nível de demanda no setor. Manter o nível de renda e emprego tornou-se hoje uma questão crucial. Grande parte das famílias possui dívidas que, embora crescendo menos, não suportarão uma queda na renda e no emprego. Se isso ocorrer, os níveis de inadimplência que hoje são baixos devem subir. De outro lado, é importante para o segmento de construção residencial a preservação positiva nesses indicadores pois, caso contrário, o setor enfrentaria problemas com elevação das devoluções de imóveis e inadimplência. O governo nos últimos anos adotou uma clara política de elevação real de salários, o que explica os números acima. O que acontecerá no ano que vem com o rendimento médio dependerá das políticas adotadas.

Crédito Se os bancos privados ensaiaram uma participação maior no financiamento produtivo ao financiar a construção civil via fundos de investimento imobiliário em razão da queda nas taxas Selic em 2013, com a elevação das taxas básicas para 11,25% e a desaceleração da economia, esse movimento parou. Elevar o crédito para bens de consumo duráveis também não faz mais parte do cardápio após o susto levado pelo excesso de financiamento de veículos com taxas de juros muito elevadas, o que resultou em vários problemas para o caixa dos bancos. Assim, com a elevação das taxas de juros básicas, os bancos privados recuaram no mercado de crédito e voltaram a comprar os rentáveis títulos da dívida pública. Também procederam assim os fundos de pensão privados depois de amargarem queda na rentabilidade em 2013 por conta da baixa Selic, que em termos reais chegou a cair ao redor de 2,5%, provocando uma enorme gritaria por parte do sistema financeiro. Vale lembrar que em 2013 as instituições financeiras detinham 30,2% da dívida pública em mercado, enquanto os Fundos institucionais 21,7% e os investidores estrangeiros 16,1%.

28


ANTES DO DESENVOLVIMENTO, TEM O PROJETO. O SONHO AINDA NO PAPEL. OS CÁLCULOS E ESBOÇOS, OS ENGENHEIROS E ARQUITETOS. ANTES DO DESENVOLVIMENTO, TEM A OBRA. HOMENS TRABALHANDO FEITO MÁQUINAS, MÁQUINAS TRABALHANDO DIA E NOITE. TEM AS ESTRADAS E VIADUTOS, AS ESCOLAS E HOSPITAIS, O SANEAMENTO BÁSICO, AS REDES DE TRANSMISSÃO, AS HIDRELÉTRICAS, AS GRANDES OBRAS. ANTES DO DESENVOLVIMENTO, TEM UM MUNDO EM CONSTRUÇÃO E UMA MARCA QUE NÃO PARA. QUE ESTÁ SEMPRE INOVANDO, EVOLUINDO E SE SUPERANDO PARA TRANSFORMAR OS SONHOS DE TODO UM PAÍS NO BRASIL DO FUTURO.

BRASIL. O O D IN U R T S N O C , Ê C COM VO

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Taxa Selic nominal e real Taxa Selic Nominal

Taxa Selic Real ex post

25,00 20,00 15,00

% a.a.

10,00 5,00

set/2014

set/2013

mar/2014

mar/2013

set/2012

mar/2012

set/2011

mar/2011

set/2010

mar/2010

set/2009

mar/2009

set/2008

mar/2008

set/2007

mar/2007

set/2006

mar/2006

set/2005

-5,00

mar/2005

0,00

Por esses motivos, o crescimento do crédito neste ano de 2014 esteve sobre os bancos públicos, com uma elevação no volume de 19,5% entre janeiro e agosto deste ano sobre o mesmo período de 2013. Mesmo assim, o crédito dos bancos privados elevou-se 6,5% no mesmo período de comparação. Com esse crescimento, o crédito total no país elevou-se para 51% do PIB, o que é ainda bastante baixo quando comparado aos outros países. Além disso, a taxa de inadimplência é bastante baixa, ainda girando em torno de 6% em termos gerais mesmo com a desaceleração atual, sendo apenas 2% no caso dos bancos públicos. Por esse movimento, os bancos públicos ultrapassaram o sistema privado em termos de estoque de crédito concedido no país. Segundo o BC, em março de 2014, os bancos públicos respondiam por 51,9% do crédito no país. Um ano antes, essa fatia era de 48,76%. Em março de 2013 o estoque de operações dos bancos públicos crescia a um ritmo de 29% ao ano, hoje essa velocidade caiu para 19,5%. É importante destacar que o conjunto de bancos públicos formado por BNDES, Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil são os principais financiadores da indústria, da construção civil residencial, da infraestrutura e do agronegócio. São, assim, fundamentais para a sustentação dos mercados que envolvem a aquisição de máquinas e equipamentos da construção, foco deste trabalho. Operações de crédito totais público e privado Sistema Público

Sistema Privado

1.400

Índice 2002 = 100

1.200 1.000 800 600 400

Fonte: BCB

30

ago/2014

fev/2014

ago/2013

fev/2013

ago/2012

fev/2012

ago/2011

fev/2011

ago/2010

fev/2010

ago/2009

fev/2009

ago/2008

fev/2008

ago/2007

fev/2007

0

ago/2006

200


Crédito total % PIB 60 50 40 30 20

ago/2014

mar/2014

out/2013

mai/2013

dez/2012

jul/2012

fev/2012

set/2011

abr/2011

nov/2010

jun/2010

jan/2010

ago/2009

mar/2009

out/2008

mai/2008

dez/2007

0

jul/2007

10

Fonte: BCB

Neste ano de 2014 até junho, o estoque de crédito concedido pela Caixa Econômica Federal elevou-se em 28% na comparação com o mesmo período de 2013, alcançando 11% do PIB, o que corresponde a R$ 552 bilhões. A CEF concentra 55% de seu volume (6% do PIB) em crédito imobiliário, o que equivale ao valor de R$ 303 bilhões em estoque nessa modalidade. Em complemento, destaca-se também o BNDES dentre os bancos públicos. Em setembro 2014 a carteira de crédito do banco ultrapassou R$ 300 bilhões. No início dos anos 2000, girava em torno dos R$ 20 bilhões. Os desembolsos do BNDES atingiram R$ 84,1 bilhões no primeiro semestre deste ano. Este resultado representa uma queda de 5% em relação a igual período de 2013, refletindo a desaceleração da economia. No período, o volume de operações diminuiu de 549 mil para 517 mil. A infraestrutura respondeu por 36,8% dos desembolsos no semestre (30,9% em igual período de 2013). A parcela destinada à indústria no total desembolsado recuou de 32,9% para 26,4% na mesma base de comparação. Para comércio e serviços, a parcela nos desembolsos totais subiu de 25,3% para 27,8%. Desembolso total do sistema BNDES 40 35

Em R$ bilhões

30 25 20 15 10

jun/2014

dez/2013

jun/2013

dez/2012

jun/2012

dez/2011

jun/2011

dez/2010

jun/2010

dez/2009

jun/2009

dez/2008

jun/2008

dez/2007

jun/2007

dez/2006

jun/2006

dez/2005

0

jun/2005

5

Fonte: BNDES

31


Os setores de química, petroquímica e de transporte rodoviário foram destaque nas liberações do BNDES. Os dois primeiros segmentos contribuíram com 23,9% do total de desembolsos da indústria. No 1º semestre do ano, o retorno das operações do banco correspondeu a 79,8% do fluxo de caixa. O Tesouro Nacional contribuiu com 20,8% do funding. Além disso, vale destacar que o BNDES é uma instituição lucrativa. De janeiro a julho lucrou R$ 5,5 bi, seu melhor resultado para um primeiro semestre na história. O BNDES ampliou para 100% a parcela financiável dos bens de capital atendidos pelo Programa de Sustentação do Investimento (PSI). Antes, a parcela era de até 90%. Desembolsos Finame 36,0 34,7 34,0 32,0

Em R$ bilhões

30,7 30,0 28,0 26,0 24,0 22,0 20,0

Jan-jun 2013

Jan-jun 2014

* inclui: BNDES Finame Agrícola e BNDES Finame Fonte: BNDES

Desembolsos Finame máquinas e equipamentos nacionais Agrícola

Industrial

Infra-estrutura

Outros

2.500

R$ milhões

2.000

1.500

1.000

Fonte: BNDES

32

jun/2014

mar/2014

set/2013

jun/2013

mar/2013

set/2012

jun/2012

mar/2012

set/2011

jun/2011

mar/2011

set/2010

jun/2010

mar/2010

0

dez/2009

500


Os desembolsos via Finame - linha de financiamento de máquinas e equipamentos do banco, onde está incluído o PSI - devem ser de R$ 52 bi a R$ 53 bi este ano. De janeiro a junho o banco já havia desembolsado R$ 30 bilhões, um valor 11,5% menor do que no mesmo período do ano passado. Um pouco mais da metade desses desembolsos foi para o segmento de transportes (equipamentos de transporte em geral), ou R$ 15,8 bilhões, 6,7% menos do que o mesmo período do ano passado. A expectativa para os próximos anos irá depender de como os bancos públicos serão tratados pelo próximo governo. Parece que o novo Governo Dilma deve preservar o papel desses bancos no crescimento, principalmente no financiamento de infraestrutura. Para tanto, precisa, se necessário, aportar mais recursos a esses bancos. Apesar de sua importância reconhecida, principalmente para o segmento de máquinas e equipamentos da construção, a atuação do banco com recursos do tesouro foi muito criticada. Até o início da década de 2000, o banco operava com desembolsos da ordem de R$20 bilhões. Hoje alcançam R$ 200 bilhões por ano, em grande parte por conta dos aportes do Tesouro. Os custos financeiros para o Governo na verdade são muito baixos nessas operações, mesmo com a diferença entre as taxas de empréstimo (5% no caso do PSI) e de captação pelo Tesouro via dívida pública (15%, o custo médio da dívida pública). Na verdade empréstimos para investimentos do BNDES geram efeito multiplicador sobre a economia de até 3 vezes. Assim, deve-se computar o que o Estado ganha em arrecadação, uma vez elevada a renda e o emprego pelo investimento realizado com recursos do Banco. Fazendo as contas certas, o resultado final é um ganho e não perda para o Estado, com geração de renda e emprego para a sociedade via investimento produtivo privado.

Setor externo A queda nos preços das commodities em 2014, em conjunto com a dependência estrutural da economia brasileira sobre partes, peças e componentes importados, afetou diretamente a balança comercial brasileira. Segundo dados da FIESP, atualmente 12% do faturamento das indústrias de transformação não foram produzidos dentro da fábrica que vendeu o bem. Em 2007, o peso da receita obtida com revenda de mercadorias (nacionais ou importadas) na composição do faturamento da indústria era de 7%. A revenda de mercadorias produzidas em fábricas de terceiros (no Brasil ou fora) foi ampliada e ganhou corpo em setores como medicamentos, papel e celulose, cimento, máquinas, bebidas, entre outros. A tentativa de promover uma desvalorização na moeda nacional (que segue extremamente valorizada por 20 anos) foi frustrada pelo potencial impacto inflacionário. O Banco Central resolveu estabilizar a cotação da moeda entre R$2,20 a R$2,40 por dólar. A inflação no Brasil sempre esteve muito atrelada à taxa de câmbio. O impacto sobre os preços agrava-se ainda com o baixo crescimento da economia, dado que as empresas não podem compensar elevação de custos sobre as partes, peças e componentes importados com elevação das vendas. Resta-lhes tentar repassar aos preços.

33


Taxa de Câmbio (média de compra) 2,5 2,4 2,3

R$/US$

2,2 2,1 2,0 1,9 1,8 1,7

jan/2014

jun/2014

ago/2013

mar/2013

out/2012

mai/2012

dez/2011

jul/2011

set/2010

abr/2010

jun/2009

nov/2009

jan/2009

ago/2008

mar/2008

out/2007

mai/2007

jul/2006

dez/2006

fev/2006

set/2005

1,5

fev/2011

1,6

Fonte: IPEA

Balança comercial Exportações

Importações

30

US$ bilhões

25 20 15 10

set/2014

abr/2014

nov/2013

jun/2013

jan/2013

ago/2012

mar/2012

out/2011

mai/2011

dez/2010

jul/2010

fev/2010

set/2009

abr/2009

nov/2008

jun/2008

jan/2008

ago/2007

mar/2007

out/2006

mai/2006

jul/2005

dez/2005

0

fev/2005

5

Fonte: BCB

No acumulado de janeiro a setembro de 2014, o Brasil apresenta saldo comercial ligeiramente negativo em US$ 700 milhões, com exportações de US$ 173,6 bilhões e importações que alcançam US$ 174,3 bilhões. A desaceleração no crescimento econômico nacional está provocando uma queda maior nas importações (-2,8%) do que nas exportações (-2,2%). Dessa forma, ainda se espera terminar o ano com saldo positivo, mesmo que pequeno. No que se refere às exportações, a queda se deve muito mais aos preços das commodities do que nas quantidades. Houve também uma diminuição das exportações para Argentina (da ordem de -30% no 2º quadrimestre), um importante comprador de produtos industrializados no Brasil. De outro lado, há uma ligeira recuperação nos embarques para EUA e União Europeia que pode fazer diferença. O problema é que, como se verá mais à frente, as condições econômicas tanto nos EUA como na Europa ainda andam de lado. Assim, de janeiro a setembro as exportações de produtos básicos, apesar da queda nos preços, ainda apresentou uma pequena elevação de 1,7%. Quanto aos semimanufaturados e manufaturados a queda foi de 4,7% e 7,6%, respectivamente.

34


Dentre os produtos básicos, a exportação de petróleo, que representa 11,2% do total exportado hoje, apresentou crescimento de 9%. Quanto aos minérios e alimentos, que em conjunto representam 34% da pauta, apresentaram queda no total exportado de 14% e 22%, respectivamente. A queda nos preços e a desaceleração chinesa pesam sobre esses dois últimos segmentos. Exportações de produtos Básicos

Semimanufaturados

Manufaturados

14

US$ bilhões

12 10 8 6 4

jan/2006 mai/2006 set/2006 jan/2007 mai/2007 set/2007 jan/2008 mai/2008 set/2008 jan/2009 mai/2009 set/2009 jan/2010 mai/2010 set/2010 jan/2011 mai/2011 set/2011 jan/2012 mai/2012 set/2012 jan/2013 mai/2013 set/2013 jan/2014 mai/2014 set/2014

2 0

Fonte: BCB

Saldo da balança comercial, total e por fator agregado 2010

2011

2012

2013

150 90 84

100

80

US$ bilhões

66 50

20 30 19

0

21 27 24 22 3

-50 -71

-100 -150

-92 -94 -104 Total

Básicos

Semimanufaturados

Manufaturados

Fonte: MDIC/Secex

O Brasil precisa reagir rapidamente para reverter a fragilidade nas contas comercial e de serviços. Juntas, elas apresentam déficits crescentes. A elevação das taxas de juros interna atraiu capital internacional especulativo, o que ajuda a fechar as contas do Balanço de Pagamentos. Mas essa, como ocorreu nos anos 90, sabe-se não ser uma solução de longo prazo. O volume de reservas internacionais ainda dá segurança a esse investimento externo especulativo, mas qualquer elevação das taxas de juros nos EUA pode drenar esse capital para fora, erodindo as reservas brasileiras em dólar. De outro lado, não há perspectivas de retorno aos preços elevados das commodities, em parte por conta do enfraquecimento do mercado especulativo após a crise, bem como a desaceleração do

35


crescimento da economia chinesa. A China, como maior comprador mundial, tem poder de controlar os preços das commodities que compra. Assim, dificilmente estes preços voltariam aos níveis do passado recente. Dessa forma, a única solução é investir em uma política de elevação da produção industrial nacional, buscando a redução da importação de partes, peças e componentes. Essa transformação passa pelo aumento da produtividade e a consequente elevação da competitividade, mas também pela desvalorização cambial, hoje muito complicado de se fazer. A desvalorização só será possível de se realizar no longo prazo, conjugada com crescimento econômico para minimizar seu impacto inflacionário. Participação nas exportações (%) Básicos

Semimanufaturados

Manufaturados

60

% do total de exportação

50 40 30 20 10 0 2005

2006

2007

2008

2009

2010

2011

2012

2013

jan-set/2014

Fonte: BCB

Finalmente, as exportações crescentes de petróleo poderiam salvar as contas externas brasileiras, mesmo com a queda atual nos preços internacionais. De qualquer forma, soluciona mas não resolve o problema estrutural que gradativamente leva a indústria interna a se tornar importadora de produtos e exportadora de emprego e renda. Para o que aqui interessa, os setores de grãos e minério de ferro têm conseguido manter e até elevar a quantidade exportada, mas uma queda maior nos preços nos próximos anos pode frear esse movimento.

Questão fiscal e inflação Uma combinação de taxas de juros mais baixas e crescimento econômico conduziram a uma melhoria notável na questão fiscal brasileira nos últimos anos. A dívida líquida caiu para cerca de 35% do PIB, enquanto a dívida bruta manteve-se entre 55% e 60% do PIB, ambos números historicamente muito confortáveis. A dívida bruta não caiu e até elevou-se de 2011 para 2014 em razão de aportes do Tesouro para investimentos e para os bancos públicos. É importante destacar que empréstimos do Tesouro para o BNDES são, como já apontado acima, positivos para, no mínimo, a preservação do investimento privado com custo social muito baixo, se não nulo em alguns casos dado o efeito multiplicador desses investimentos bem como o fato de que retornam ao Banco. 36


Dívida do Governo geral Bruta

Líquida

65 60

% PIB

55 50 45 40

abr/2014

ago/2014

dez/2013

abr/2013

ago/2013

dez/2012

abr/2012

ago/2012

dez/2011

abr/2011

ago/2011

dez/2010

abr/2010

ago/2010

dez/2009

abr/2009

ago/2009

dez/2008

abr/2008

ago/2008

dez/2007

abr/2007

ago/2007

30

dez/2006

35

Fonte: BCB

De outro lado, a queda nas taxas de juros pagas pelo Tesouro sobre sua dívida que passou de 7% do PIB no início da década para cerca de 5% do PIB nos anos recentes, conseguiu liberar para gastos cerca de 2% do PIB. Para se ter uma ideia, isso é o volume de recursos que foram gastos com infraestrutura no Brasil nos anos recentes de crescimento do setor, que apesar de muito pouco frente às necessidades estimadas em gastos da ordem de 4% do PIB, é importante. Evolução do Pagamento de Juros 9,0

8,0

Em % doPIB

7,0 6,0 5,0 4,0 3,0 2,0 1,0 0,0 2002

2003

2004

2005

2006

2007

2008

2009

2010

2011

2012

2013 2014*

*jan-ago2014 Fonte: Banco Central

Neste ano de 2014 tanto a elevação das taxas de juros como a forte desaceleração nas taxas de crescimento da economia tem impactado negativamente sobre as contas do Governo. De um lado, eleva-se novamente o gasto com juros em 1,2%. De outro, com a queda na arrecadação por conta da desaceleração da economia, diminui o superávit primário para pagar os juros de 3% do PIB para pouco mais de 1%. Diante dessa situação de queda no superávit primário, mesmo com o governo ainda arrecadando mais do que gasta, o governo foi acusado de quebrar um dos pés do tripé macroeconômico. Foi assim, um dos argumentos para a pressão sobre a elevação das taxas de juros diante da teoria expectativa de elevação da inflação. 37


Neste ano de 2014 realmente o país passou por pressões inflacionárias, mas nem de longe a catástrofe que foi alardeada. A exceção do IPCA que com seus 6,75% acumulado em 12 meses bateu de fato o teto da meta inflacionária, todos os outros índices ficaram bem abaixo: o INPC chegou a 6,59%, o IPC Fipe a 5,54% o IGP-DI a 3,26% e o IPA-DI ficou em 1,30%. Esses números demonstram que não se observa qualquer explosão inflacionária. Inflação IPC

IGP-DI

IPA-DI

INPC

IPCA

set/2014

mar/2014

set/2013

mar/2013

set/2012

mar/2012

set/2011

mar/2011

set/2010

set/2009

mar/2010

mar/2009

set/2008

set/2007

mar/2008

mar/2007

set/2006

mar/2006

set/2005

mar/2005

set/2004

% a.m.

3,0 2,5 2,0 1,5 1,0 0,5 0,0 (0,5) (1,0) (1,5) (2,0)

Fonte: FIPE, FGV, IBGE

20 18 16 14 12 10 8 6 4 2 0

jan/2001 jul/2001 jan/2002 jul/2002 jan/2003 jul/2003 jan/2004 jul/2004 jan/2005 jul/2005 jan/2006 jul/2006 jan/2007 jul/2007 jan/2008 jul/2008 jan/2009 jul/2009 jan/2010 jul/2010 jan/2011 jul/2011 jan/2012 jul/2012 jan/2013 jul/2013 jan/2014 jul/2014

%

IPCA (% acumulado em 12 meses)

Fonte: IBGE

De fato, como já apontado, a pressão por desvalorização cambial em uma economia em desaceleração resultou em pressões inflacionárias. O represamento de preços administrados, bem como da gasolina, também podem pressionar os preços para cima, mas o impacto estaria muito aquém do imaginado. No caso da gasolina, a queda nos preços do petróleo no mercado internacional teria eliminado a pressão. Assim, é importante ressaltar que não há no Brasil inflação descontrolada. Deve se manter nos próximos anos no mesmo patamar, em torno de 6% ao ano. É muito difícil baixar deste nível por conta da forma como a economia brasileira tem sua estrutura produtiva.

38


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Conjuntura internacional Apesar de sinais de ligeira retomada na economia Norte-americana em 2014, o mundo ainda permanece em desaceleração. O FMI reviu a taxa de crescimento mundial para 3,3% em 2014, percentual que espera seja mantido em 2015. A Europa puxa esse movimento descendente, agora com a Alemanha sentindo uma queda em suas exportações. A China, chamada locomotiva do mundo, está passando dificuldades para manter suas taxas de crescimento dentro dos planejados 7,5%. Crescimento Real do PIB – Projeções (FMI) Crescimento Real do PIB

Projeções

2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 PIB Mundial

3,0

0,0

5,4

4,1

3,4

3,3

3,3

3,8

4,0

4,1

4,0

4,0

Economias Avançadas

0,1

-3,4

3,1

1,7

1,2

1,4

1,8

2,3

2,4

2,4

2,3

2,3

Área do Euro

0,4

-4,5

2,0

1,6

-0,7

-0,4

0,8

1,3

1,7

1,7

1,6

1,6

Asiáticos em Desenv.

7,1

7,5

9,5

7,7

6,7

6,6

6,5

6,6

6,5

6,5

6,4

6,3

América Latina e Caribe

3,9

-1,3

6,0

4,5

2,9

2,7

1,3

2,2

2,8

3,1

3,2

3,3

Brasil

5,2

-0,3

7,5

2,7

1,0

2,5

0,3

1,4

2,2

2,7

2,9

3,1

Estados Unidos

-0,3

-2,8

2,5

1,6

2,3

2,2

2,2

3,1

3,0

3,0

2,7

2,6

Japão

-1,0

-5,5

4,7

-0,5

1,5

1,5

0,9

0,8

0,8

0,9

0,9

1,0

Reino Unido

-0,8

-5,2

1,7

1,1

0,3

1,7

3,2

2,7

2,4

2,4

2,4

2,4

Alemanha

0,8

-5,1

3,9

3,4

0,9

0,5

1,4

1,5

1,8

1,6

1,4

1,3

França

0,2

-2,9

2,0

2,1

0,3

0,3

0,4

1,0

1,6

1,8

1,9

1,9

Itália

-1,2

-5,5

1,7

0,5

-2,4

-1,9

-0,2

0,9

1,3

1,3

1,1

1,1

Espanha

0,9

-3,8

-0,2

0,1

-1,6

-1,2

1,3

1,7

1,8

1,8

1,9

2,0

China

9,6

9,2

10,4

9,3

7,7

7,7

7,4

7,1

6,8

6,6

6,4

6,3

Índia

3,9

8,5

10,3

6,6

4,7

5,0

5,6

6,4

6,5

6,6

6,7

6,7

México

1,4

-4,7

5,1

4,0

4,0

1,1

2,4

3,5

3,8

3,8

3,8

3,8

Fonte: FMI

Assim, o que se observa neste ano é uma maior contaminação da crise que começou nos EUA e na periferia Europeia para o mundo, principalmente para a China. E, se a queda nas taxas de crescimento da China já impactam os preços das commodities, infelizmente essa desaceleração pode ter impactos negativos sobre a América Latina, uma vez que os países são principalmente exportadores de matérias-primas para o país asiático. Se o PIB dos EUA apresentou um crescimento de 4,6% (taxa anualizada) no segundo trimestre de 2014 contra o primeiro trimestre do mesmo ano, como pode ser visto no gráfico, esse movimento de curto prazo ainda não dá sinais de uma recuperação sólida. Desde a crise de 2009 a economia dos EUA vem apresentando uma típica situação de “stop-and-go”, portanto sem desenhar uma

40


tendência definida. Por essa razão o FMI ainda mantém sua projeção para um crescimento em 2014 de 2,2%, o mesmo nível de 2013. PIB EUA e Zona do Euro Zona do Euro 1,5

4,0

1,0 0,5

2,0

0,0

0,0

-0,5

-2,0

-1,0

-4,0

-1,5 -2,0

-6,0

Zona do Euro T/T - 1

EUA T/T -1 (anualizado)

EUA 6,0

-2,5

2T 2013

4T 2013

ago/2012

jan/2013

2T 2014

4T 2012 mar/2012

2T 2012

4T 2011

4T 2010

2T 2011

2T 2010

4T 2009

4T 2008

2T 2009

2T 2008

4T 2007

4T 2006

2T 2007

-3,5

2T 2006

-10,0

4T 2005

-3,0 2T 2005

-8,0

Fonte: BEA; Eurostat

Taxa de desemprego EUA e Zona do Euro EUA

Zona do Euro

14 12 10

%

8 6 4

abr/2014

nov/2013

jun/2013

out/2011

mai/2011

dez/2010

jul/2010

fev/2010

set/2009

abr/2009

nov/2008

jun/2008

jan/2008

ago/2007

mar/2007

out/2006

mai/2006

dez/2005

jul/2005

0

fev/2005

2

Fonte: BLS; Eurostat

Por outro lado, há uma recuperação no nível de emprego nos EUA. A taxa de desemprego caiu de 7,2% em setembro de 2013 para 5,9% no mesmo mês de 2014. Esse fato parece demonstrar que a recuperação no PIB acima apontada possa ser mantida, mas ainda é cedo para afirmar. De qualquer forma, a tendência neste ano é de melhora. Muitos analistas questionam esse movimento diante da piora das condições mundiais. Parece estar ocorrendo nos EUA um processo de reindustrialização em alguns setores clássicos. 41


Nos EUA, o anúncio do fim da política de liquidez ampla diante da diminuição do desemprego pode provocar uma elevação nas taxas de juros naquele país e terminar por desacelerar a economia. No Brasil, pode provocar uma saída dos investidores estrangeiros com pressões de desvalorização cambial. Quanto à zona do Euro, os sinais só pioraram em 2014. Continua com crescimento zero. Como se não bastasse a estagnação da periferia europeia pressionada ainda mais para baixo pelas políticas de austeridade, agora são as economias francesa e alemã que sentem a crise de maneira mais forte. A Alemanha detentora de uma robusta indústria de equipamentos (que não permitiu que se deslocasse à China) tem nos países europeus seu principal mercado. Com as políticas de austeridade – cortes de gastos públicos e elevação de impostos – o resto da Europa não consegue sair da crise. Isso afeta a Alemanha. A única economia que está melhor é a Inglesa que, ao dispor de moeda própria, consegue realizar políticas mais amigáveis ao crescimento. Como consequência da estagnação, as taxas de desemprego na Europa continuam elevadas em níveis de 12% na média dos países. Nos países da periferia europeia é bem maior. A luta na Zona do Euro é para o fim das políticas de austeridade. Até o FMI vem modificando seu discurso para destravar o investimento público em infraestrutura como forma de animar a economia. O jogo de forças continua enorme. Agora, com a desaceleração alemã, pode ser que este país reveja sua pressão sobre o Banco Central Europeu para que reveja as políticas de aperto monetário e pressão para superávit fiscal. Ainda não é certo que isso ocorra. De outro lado, está em desaceleração a locomotiva do mundo: a China. Sentindo mais o impacto da crise mundial, a economia asiática não está conseguindo manter suas taxas de crescimento. Com a queda nas exportações (hoje a balança comercial da China contribui apenas 2% com o PIB, o que já foi 10% no início da década de 2000) o país busca incentivar cada vez mais o crescimento do seu mercado interno, principalmente o consumo pela elevação dos salários e do crédito. Ainda mantém forte o investimento interno que se mantém em cerca de 40% do PIB, principalmente em construção civil residencial e infraestrutura. No início do ano anunciou novos 6 mil quilômetros de ferrovias. Gráfico Crescimento do PIB chinês 16,0

Variação Percentual %

14,0 12,0 10,0 8,0 6,0 4,0 2,0 0,0

2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014* 2015* 2016* 2017* 2018* 2019*

*Projeção Fonte: FMI

42


China transações correntes - % PIB 12 10 8 6 4 2 0

2005

2006

2007

2008

2009

2010

2011

2012

2013

2014*

*Projeção Fonte: FMI

China – taxa de investimento 50

48

Em % do PIB

46

44

42

40

38

2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014* 2015* 2016* 2017* 2018* 2019*

*Projeção Fonte: FMI

A desaceleração do crescimento chinês dos 7,5% previstos para 2014 para 7,4% demonstra a dificuldade da transição de uma economia exportadora que busca se voltar para o mercado interno. Como pode ser visto no quadro, em 2014 o governo não conseguiu que o consumo crescesse à frente do investimento, mas tem anunciado que esta é a proposta para os próximos anos.

43


Quadro China – Variação Percentual 2008

2009

2010

2011

2012

2013

2014*

2015*

PIB real

9,6

9,2

10,4

9,3

7,7

7,7

7,4

7,1

Demanda doméstica

9,6

13,9

10,5

10,2

8,2

8,3

7,6

7,0

Consumo

8,6

9,4

9,2

10,9

8,6

7,9

7,5

7,1

Investimento

10,8

19,2

12,0

9,5

7,7

8,8

7,7

6,9

*Projeção Fonte: FMI

Para os próximos anos deve ser esperada uma recuperação da economia mundial com consequências sobre a economia chinesa. Nada comparável com o que ocorreu no passado com a China, mas uma recuperação dos EUA e Zona do Euro é possível. Para isso é necessário a reversão das políticas de austeridade e a ampliação dos investimentos públicos em infraestrutura como incentivo aos investimentos privados. Diante de relatório recente do FMI parece que essa possibilidade se desenha. De qualquer forma não é mais possível se esperar para os próximos anos nem aqueles níveis de demanda por commodities no mundo, nem aqueles preços que prevaleceram até recentemente o que deve impactar de forma mais suave a demanda de máquinas pelos segmentos de mineração e agrícola.

44


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Análise dos principais mercados de máquinas da construção O ano de 2014 parece que não será bom para nenhum dos mercados compradores de máquinas e equipamentos da construção civil e pesada. De um lado, a continuidade da forte desaceleração da economia impactou todos os setores e nem a elevação nos gastos do PAC foram suficientes para reverter a situação. O atraso nas concessões e a falta de alternativas de estruturação de operações em infraestrutura contaram. Na construção civil residencial, diante da aposta de longo prazo que a aquisição de um imóvel implica, o medo da situação impactar o emprego e a renda levou à queda nas vendas já desde 2012-2013 o que resultou também na queda dos lançamentos por parte das construtoras. Na verdade a economia vem se desacelerando desde 2011. Os mercados compradores de máquinas, por sua estrutura produtiva, demoram em desacelerar da mesma forma que demoram a retomar o crescimento após os primeiros sinais seguros. O que vemos em 2014 é resultado da desaceleração, do movimento errático da economia nos últimos anos, apimentado pela crise internacional.

Demanda de infraestrutura Ao que parece, houve uma tentativa por parte do governo em elevar os gastos com infraestrutura neste ano eleitoral, mas esse movimento se constituiu como uma ação que não foi capaz de contaminar o setor. Os números de investimentos em infraestrutura são em geral positivos quando comparados com 2013, mesmo diante de um aprofundamento da desaceleração da economia como observado. Mesmo assim, parece ter sido um movimento muito tímido, dada a lentidão do mecanismo de concessões, o que é normal. Uma ação forte e direta do Governo nos projetos de infraestrutura como seria de se esperar em ano eleitoral, não ocorreu. As vendas de máquinas da construção certamente teriam caído muito mais se não fosse por essa ação do governo. Tanto os dados de perspectivas de investimentos em infraestrutura publicados pela Sobratema, como as projeções apresentadas nos dados da InterB Consultoria mostravam uma tendência na elevação dos investimentos no segmento desde 2013, adentrando 2014, com destaque para transportes e energia elétrica. Pelos indicadores do que foi realizado até agora em 2014, há uma coincidência nessa tendência.

46


Investimento em infraestrutura – total 2,8 2,6 2,4

Em % do PIB

2,2 2,0 1,8 1,6 1,4 1,2 1,0

2007

2008

2009

2010

2011

2012

2013

2014*

*Projeção Fonte: InterB

Investimento em infraestrutura – setores Transportes

Energia Elétrica

Telecomunicações

Saneamento

1,4 1,2

Em % do PIB

1,0 0,8 0,6 0,4 0,2 0,0 2007

2008

2009

2010

2011

2012

2013

2014*

*Projeção Fonte: InterB

Dados de despesas do Governo Federal com infraestrutura mostram um crescimento de 12,9% no acumulado de janeiro a junho de 2014 sobre 2013. Vale lembrar que esse mesmo indicador havia mostrado uma elevação de 14,5% comparando-se o ano cheio de 2013 com 2012. A elevação dos desembolsos do BNDES – que se tornou um dos mais importantes financiadores de infraestrutura no país, estima-se seja responsável por 70 a 80% dos projetos – em 6% no acumulado de janeiro a junho de 2014 contra 2013, com um valor desembolsado de R$ 24,8 bilhões, também aponta nessa direção. Entre os desembolsos do Banco, foi o único segmento que apresentou crescimento.

47


Desembolsos do BNDES por área Agropecuária

Indústria

Infraestrutura

Comércio e Serviços

100 90 80

Em R$ bilhões

70 60 50 40 30 20 10 0 jan-jun 2013

jan-jun 2014

Fonte: BNDES

Desembolsos do BNDES em infraestrutura 14,0 12,0

em R$ bilhões

10,0 8,0 6,0 4,0

jun/2014

fev/2013

out/2013

jun/2012

fev/2011

out/2011

jun/2010

fev/2009

out/2009

jun/2008

out/2007

fev/2007

jun/2006

out/2005

fev/2005

jun/2004

out/2003

fev/2003

jun/2002

out/2001

fev/2001

0,0

jun/2000

2,0

Fonte: BNDES

O segmento dentro de infraestrutura mais beneficiado foi transporte com desembolsos de R$12,7 bilhões no acumulado do ano até junho, 51% do total desembolsado com infraestrutura. Tanto as concessões rodoviárias que saíram e outras obras viárias explicam em parte esse volume. Mas, o segmento que de fato puxou o crescimento dos desembolsos foi telecomunicações que não era tradicional no Banco. Os segmento de eletricidade e gás que tomaram R$ 7, 1 bilhões, apresentaram queda de 17,3% nos desembolsos.

48


Em R$ milhões

500 450 400 350 300 250 200 150 100 50 0

jun/2011 dez/2011 jun/2012 dez/2012 jun/2013 dez/2013 jun/2014

jun/2011

dez/2011

jun/2012

dez/2012

jun/2013

dez/2013

jun/2014

Desembolso em água, esgoto e lixo dez/2010

Fonte: BNDES

dez/2010

jun/2010

dez/2009

jun/2009

Eletricidade e gás

jun/2010

dez/2009

jun/2009

dez/2008

jun/2008

dez/2007

jun/2007

dez/2006

jun/2006

dez/2005

jun/2005

dez/2004

jun/2014

dez/2013

jun/2013

dez/2012

Transporte aquaviário

jun/2012

dez/2011

jun/2011

dez/2010

jun/2010

dez/2009

jun/2009

dez/2008

jun/2008

dez/2007

jun/2007

dez/2006

jun/2006

dez/2005

jun/2005

dez/2004

jun/2004

R$ Bilhões

Transporte terrestre

dez/2008

jun/2008

dez/2007

jun/2007

dez/2006

jun/2006

dez/2005

jun/2005

dez/2004

jun/2004

0,0

jun/2004

R$ bilhões

Desembolsos BNDES Transportes 7,0 Transporte aéreo

6,0

5,0

4,0

3,0

2,0

1,0

0,0

Fonte: BNDES

Desembolsos (eletricidade e gás – telecomunicações) 6,0 Telecomunicações

5,0

4,0

3,0

2,0

1,0

Fonte: BNDES

49


Também merece destaque como variável indicativa sobre o crescimento dos investimentos em infraestrutura, o crescimento de 53,2% no estoque de créditos para o setor da Caixa Econômica Federal entre janeiro e junho, com uma variação de R$ 15,9 bilhões, atingindo um estoque de R$ 45,9 bilhões. A Caixa é um importante financiador de obras urbanas e saneamento básico. Esses dados acima apresentados certamente têm relação com as concessões de rodovias que começaram a sair do papel bem como com pagamentos das obras do PAC. Concessões Rodoviárias Trecho BR-050 GO/MG BR-163 MT BR-163MS BR-040 DF/GO/MG BR-060/153/262 DF/GO/MG BR-153 TO/GO BR101 - RJ - Ponte Rio-Niterói BR-163-230 MT/PA BR-364-060 - MT/GO BR-364 GO/MG BR-476/153/282/480 - PR/SC

Investimentos (R$ bilhões) 3,0 4,6 5,7 7,9 7,2 4,3 -

Extensão Total (km) 436,6 850,9 847,2 936,8 1176,5 624,8 13,2 976,0 703,7 439,2 493,3

Situação atual Contrato Assinado em 05/12/2013 Contrato Assinado em 12/03/2014 Contrato Assinado em 12/03/2014 Contrato Assinado em 12/03/2014 Contrato Assinado em 31/01/2014 Contrato Assinado em 12/09/2014 Estudos aprovados, preparação do edital Estudos em elaboração até 17/11 Estudos em elaboração até 17/11 Estudos em elaboração até 17/11 Estudos em elaboração até 17/11

Fonte: Ministério dos Transportes

Concessões Ferroviárias Trecho Anápolis (GO) e Corinto (MG) Açailândia (MA) e Barcarena (PA) Belo Horizonte (MG) e Guanambi (BA) Estrela D´Oeste (SP) e Dourados (MS) Sapezal (MT) e Porto Velho (RO) Sinop (MT) e Miritituba, distrito de Itaituba (PA)

Extensão Total (km) 775,0 457,0

Situação atual Estudos em elaboração até fev/2015 Estudos em elaboração até fev/2015

845,0 660,0 950,0 990,0

Estudos em elaboração até fev/2015 Estudos em elaboração até fev/2015 Estudos em elaboração até abr/2015 Estudos em elaboração até abr/2015

Fonte: Ministério dos Transportes

Até o momento, haviam sido concedidos à iniciativa privada seis trechos de rodovias federais num total de 4,9 mil quilômetros envolvendo recursos no montante de R$ 32,7 bilhões. Mais cinco trechos estão em estudo envolvendo 2,6 mil quilômetros e R$ 17,8 bilhões. Ainda restam quase 5 mil quilômetros de ferrovias a entrarem em fase de leilão. As dificuldades giram em torno do formato em que ocorrerão as concessões dados os problemas de forma de compartilhamento e outros. Dados do PAC deste ano demonstram o esforço do Governo em acelerar o programa. Foram concluídas ações no valor de R$ 92,8 bilhões no ano de 2014, até abril, batendo um recorde mensal de R$ 23,2 bilhões, valor que supera todo o volume médio mensal de ações concluídas em 2013.

50


PAC – Ações concluídas – R$ bilhões Eixos do PAC 2

2011 a abr/2014

Transportes Energia Cidade Melhor Comunidade Cidadã Minha Casa, Minha Vida Água e luz para todos Total Meta até 2014 % concluído

58,9 233,1 9,0 4,5 361,6 8,7 675,8 708,0 95,5%

PAC 1 1,4 3,2 0,1 4,7 0,2 9,7

2011 0,5 2,8 0,0 7,1 0,2 10,6

Médias mensais 2012 2013 1,8 1,3 6,2 7,4 0,1 0,1 8,6 11,7 0,1 0,4 16,7 21,2

até abr/14 3,8 9,1 1,6 0,1 8,4 0,3 23,2

Fonte: Governo Federal

Dentre os destaques continua na liderança o segmento de energia com a média do valor das ações concluídas atingindo R$ 9,1 bilhões até abril de 2014, apresentando um crescimento de 23% em relação à media de 2013. O destaque é petróleo e gás, mas envolve também obras de hidrelétricas em andamento bem como linhas de transmissão a elas relacionadas. Em segundo lugar, será comentado adiante no segmento de construção civil, aparece o programa Minha Casa Minha Vida que, apesar da queda ações concluídas mensal de 28%, ainda apresentou um valor médio mensal de R$ 8,4 bilhões até abril de 2014. Em terceiro lugar em termos de ações concluídas está o segmento de transportes, o mais importante para o setor de infraestrutura. Se o Governo vinha apresentando tímidos valores em ações concluídas que na média mensal do ano passado alcançaram apenas R$ 1,3 bilhão, nos primeiros quatro meses de 2014 essa média saltou para R$ 3,8 bilhões, superando todos os dados históricos. Envolve rodovias, ferrovias, aeroportos, hidrovias e portos, demonstrando um esforço do governo nesse segmento. Embora esses valores destinados aos transportes não tenham sido suficientes para reverter o quadro de queda nas vendas de máquinas e equipamentos da construção civil e pesada, certamente foram responsáveis pela preservação do volume de vendas de novos equipamentos diante de um quadro de desaceleração generalizada da economia. Diante dos dados históricos dos últimos 4 anos, não é possível afirmar com certeza que, agora reeleito, conseguirá o governo elevar e fortalecer o PAC nos níveis desejados. Anunciou essa proposta em campanha. Será possível fazê-lo embora dependa em grande parte das discussões que ocorrerão em torno do papel dos Bancos Públicos. Sem esse parceiro financeiro dificilmente o PAC terá o impacto importante necessário para elevar a competitividade do país em termos de infraestrutura. As dificuldades políticas serão grandes, mas espera-se que a proposta de campanha de acelerar o PAC ganhe mais espaço. O que não será possível se no jogo de forças ganharem os que defendem um aprofundamento do ajuste fiscal pelo lado das despesas, o que obrigará o Governo a cortar recursos do PAC como ocorreu nos anos anteriores. Se, por outro lado, se optar por uma política de crescimento econômico utilizando-se o PAC como instrumento acelerador, o ajuste fiscal se dará pelo lado da receita e o país ganhará com isso. O ano de 2015 será o período em que os agentes medirão suas forças. Apenas em 2016 poderá haver ter uma tendência estabelecida com resultado desse processo.

51


Demanda para Construção Civil Se o segmento de construção civil residencial, comercial e industrial apresentou um enorme crescimento nos últimos anos no Brasil como um todo, o ano de 2014 tem sido decepcionante. Dentre algumas capitais pesquisadas pelo CBIC, comparando-se janeiro a julho deste ano com o mesmo período do ano passado, a queda nas vendas atingiu 48,4% nas vendas de imóveis em São Paulo, 11% em Belo Horizonte, 35% em Goiânia, 11% em Recife e mais de 50% em Maceió. Venda Imóveis nas Capitais Belo Horizonte

Fortaleza

Goiânia

Maceió

Porto Alegre

Recife

Rio de Janeiro

São Paulo

12.000

Unidades

10.000

8.000

6.000

4.000

ago/2014

abr/2014

dez/2013

ago/2013

abr/2013

dez/2012

ago/2012

abr/2012

dez/2011

ago/2011

abr/2011

dez/2010

ago/2010

abr/2010

dez/2009

ago/2009

abr/2009

dez/2008

ago/2008

0

abr/2008

2.000

Fonte: CBIC

Dados do mercado de São Paulo mostram ainda quedas de 21% nos lançamentos e uma elevação nos estoques de 10% refletindo ainda a inércia do crescimento dos anos anteriores. Em escala nacional, o MCC – Monitor da Construção Civil aponta quedas nos lançamentos da ordem de 50%. Vale lembrar que o segmento imobiliário é lento em sua aceleração bem como no movimento contrário. O mercado ainda estava com obras iniciadas há dois ou mais anos em construção que apenas agora estão aparecendo no mercado, pressionando a oferta. Um dos resultados disso é também a tendência de queda nos preços. Segundo o índice Fipezap da FIPE, os de preços de venda e locação de apartamentos no Brasil, cresciam a uma taxa de 1,8% ao mês em 2011, essa taxa caiu para 1,0% ao mês entre 2012 e 2013 e de janeiro a setembro de 2014 os preços registraram aumento de apenas 0,5% ao mês. A tendência é mais de estabilidade e ligeira queda, pelo menos não sofrendo os reajustes da inflação.

52


Mercado Imobiliário – SP Lançamentos

Vendas

8 7

Em mil unidades

6 5 4 3 2

ago/2014

fev/2014

ago/2013

fev/2013

ago/2012

fev/2012

ago/2011

fev/2011

ago/2010

fev/2010

0

ago/2009

1

Fonte: Secovi

Estoque de imóveis à venda em São Paulo, Capital

20 15 10

mai/2014

ago/2014

fev/2014

nov/2013

ago/2013

mai/2013

fev/2013

nov/2012

ago/2012

mai/2012

fev/2012

nov/2011

mai/2011

ago/2011

fev/2011

nov/2010

mai/2010

ago/2010

fev/2010

nov/2009

0

ago/2009

5

mai/2009

Em mil unidades residenciais

25

Fonte: Secovi

Mesmo com a queda nas vendas, o volume de crédito em 2010 crescia a taxas que alcançavam até 50%, há tempos vem mostrando desaceleração, mas ainda cresceram 27% quando comparado o segundo trimestre de 2014 contra 2013. Dessa forma, o estoque de crédito habitacional ainda vem crescendo, tanto o total quanto à parte da Caixa Econômica Federal. No total está incorporada a parte inicial que os bancos privados fazem às construtoras e que, quando da venda do imóvel, são repassados à Caixa junto com o novo mutuário. Até o segundo trimestre de 2014 a Caixa Econômica Federal acumulava um estoque de crédito imobiliário de R$ 303 bilhões.

53


Crédito habitacional – taxas de crescimento Caixa

Total

60

40 30 20

2T 2014

1T 2014

4T 2013

3T 2013

2T 2013

1T 2013

4T 2012

3T 2012

2T 2012

1T 2012

4T 2011

3T 2011

2T 2011

3T 2010

0

1T 2011

10

4T 2010

Em % Trim/trim ano anterior

50

Fonte: BCB e CEF

Estoque de crédito habitacional Caixa

Total

1.400 1.200

Em R$ bilhões

1.000 800 600 400

2T 2014

4T 2013

1T 2014

2T 2013

3T 2013

1T 2013

3T 2012

4T 2012

2T 2012

4T 2011

1T 2012

3T 2011

1T 2011

3T 2010

4T 2010

2T 2010

4T 2009

1T 2010

3T 2009

1T 2009

2T 2009

4T 2008

2T 2008

3T 2008

0

2T 2011

200

Fonte: BCB e CEF

Nos últimos anos, como resultado do crescimento da disponibilidade de crédito e da economia como um todo, um grande contingente da população assumiu dívidas imobiliárias para aquisição de casa própria. Esse fato elevou a participação do crédito imobiliário no total de compromissos das famílias de 11% em 2008 para 28% no primeiro semestre de 2014. Dado o ainda baixo nível de desemprego bem como o elevado nível de renda que, de forma contínua, vem crescendo em termos reais (além da inflação), não se vislumbra problemas com inadimplência ou atrasos, que seguem muito baixos. Segundo dados da Caixa Econômica Federal, a inadimplência tem se mantido entre 1,3% e 1,6% do total de sua carteira de crédito imobiliário.

54


Estoque de crédito para pessoa física, em % do total 100 9

9

7

7

11

13

17

21

9

9

9

24

27

28

Outros

90 80

Imobiliário

70

%

60

32

29

27

Aquisição de bens 24

21

17

16

18

18

18

Outros créditos pessoais

8

8

8

Rotativo

13

12

12

Consignado

50 40 30 20

15

17

18

17

9

8

8

9

13

14

15

15

10 0

Rural

10

9

8

8

8

9

9

2008

2009

2010

2011

2012

2013

1T2014

Fonte: BCB e Credit Suisse

De outro lado, também não há bolha especulativa no mercado imobiliário brasileiro uma vez que a maior parte das compras é de famílias adquirindo casa própria e não de investidores especulando com preços. Apenas no caso de especulação, sinais de quedas nos preços levariam a um movimento de vendas que levaria à forte queda nos preços (como um “estouro de bolha”). Esse não é caso do mercado brasileiro. De outro lado, o setor imobiliário tem sido sustentado pelo Programa Minha Casa Minha Vida. De acordo com pesquisa da FGV cerca de 20% das empresas do setor de construção revelaram a importância do programa para seus negócios. Desde 2009 até agosto de 2014, o Programa (MCMV) contratou 3,56 milhões de moradias com investimentos de R$ 222 bilhões. Programa Minha Casa Minha Vida

Unidades Contratadas (mil) Moradias entregues (mil)

2009 e 2010

2011

2012

2013

2014*

Total

1.005

457

817

1.121

160

3.560

541**

459

600

200

1.800

* até agosto ** inclui 2009 e 2010 Fonte: Ministério das Cidades

Mesmo sendo um ano eleitoral, em 2014 o Programa sofreu uma desaceleração. Como foi visto no item sobre o PAC, o valor médio das ações concluídas pelo Programa caiu de R$ 11,7 bilhões para R$ 8,4 bilhões. Assim, o volume médio mensal de moradias contratadas caiu de 93 mil em 2013 para 26 mil até agosto de 2014; o volume médio de moradias entregues passou de 50 para 33 na mesma base de comparação.

55


A explicação para os números acima apontados está na queda do nível de atividade econômica que se reflete em ações mais cautelosas que vem levando as construtoras privadas, que são responsáveis pelas obras do Programa. Para os próximos anos, em promessa de campanha, o novo governo prometeu ampliar o Programa ainda mais com o objetivo de alcançar mais 3 milhões de moradias. Dada a importância do programa para a solução dos problemas de moradia no Brasil, seu potencial de crescimento é grande. De outro lado, mesmo com a intenção, como é um programa que envolve a venda da residência ao consumidor final, seu sucesso depende do crescimento da economia, da continuidade do crescimento da renda e da preservação de taxas de desemprego baixas. Assim, depende das tendências das variáveis macroeconômica para os próximos anos. O mesmo se pode dizer para o setor da construção civil residencial como um todo. Há disponibilidade de crédito, mas será preciso preservar renda e emprego, bem como sinalizar o crescimento econômico para que o setor reaja à desaceleração atual. Mesmo que isso ocorra nesse sentido positivo, dada a queda atual e a elevação nos estoques, sua reação só dever começar a ser sentida a partir de 2016.

Demanda de máquinas em Mineração A queda nos preços do minério de ferro vem impactando negativamente no setor de mineração, com o fim, talvez definitivo, dos preços especulativos que vigeram nos últimos anos. Os preços médios entre janeiro e setembro de 2014 caíram 16,3% contra o mesmo período de 2013. Agora estão em torno de US$ 70 por tonelada. Parte da queda se explica pela diminuição da ação dos mercados especulativos de commodities, bem como pelo maior controle dos preços pela China, maior comprador, frente ao excesso de oferta e desaceleração do crescimento chinês. Os estoques de minério neste país estariam elevados. Exportação de minério de ferro Preço (US$)

Quantidade (Kg)

800 700

Índice jan/2000 = 100

600 500 400 300 200

Fonte: MDIC

56

set/2014

jan/2014

mai/2013

set/2012

jan/2012

mai/2011

set/2010

jan/2010

mai/2009

set/2008

jan/2008

mai/2007

set/2006

jan/2006

mai/2005

set/2004

jan/2004

mai/2003

set/2002

0

jan/2002

100


Compactador Volvo. Conforto com alto desempenho.

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Volume vendido pela Vale

2T 2014

4T 2013

2T 2013

4T 2012

2T 2012

4T 2011

2T 2011

4T 2010

2T 2010

4T 2009

2T 2009

4T 2008

2T 2008

4T 2007

2T 2007

4T 2006

2T 2006

4T 2005

2T 2005

Em milhões de toneladas

Minério de Ferro e Pelotas 90 85 80 75 70 65 60 55 50 45 40

Fonte: Vale

Mesmo diante da queda nos preços, os volumes exportados de minério do Brasil cresceram 6,3% quando comparado o período de janeiro a setembro de 2014 contra 2013. De fato, as vendas para China não caíram. Esse país consome 45% do minério de ferro brasileiro. Foram vendidas 78 milhões de toneladas no segundo trimestre de 2014, 13,4% mais em comparação com o primeiro trimestre do mesmo ano. Dessa forma, o volume continua crescente. A continuidade do crescimento do volume vendido deve-se em parte à já conhecida qualidade do minério brasileiro. A queda nas compras chinesas tem afetado, em primeiro lugar, aqueles países que produzem minérios de pior qualidade. Isso pode significar que, em termos de volume, pode ser que o Brasil seja pouco afetado. De outro lado, a China continua trabalhando para manter sua taxa de crescimento do PIB em 7,5%. A queda nos preços significa diminuição das receitas das empresas mineradoras, principalmente da Vale. Assim, mesmo que não tenha impacto nos volumes extraídos, pode ter reflexos nos níveis de investimentos previstos. Estes se tornam mais arriscados, menos lucrativos. Dessa forma, deve haver uma desaceleração na abertura de novas minas. Como grande parte das máquinas de construção é vendida para abrir e construir a infraestrutura em novas áreas de mineração, as vendas para o setor podem desacelerar ou mesmo cair. A diminuição nos recursos disponíveis deve também fazer com que as empresas prolonguem o uso das máquinas da construção, demorando mais para trocá-las por novas. Por isso, estima-se que haverá uma manutenção com possibilidade de queda nas vendas de máquinas para o setor, pelo menos até o momento em que o cenário chinês se torne mais claro.

Demanda de máquinas para agricultura Diante da desaceleração da economia chinesa, do baixo crescimento europeu e da ainda tímida e incerta recuperação da Economia dos EUA, o preço das commodities agrícolas, principalmente soja e milho apresentam queda no mercado internacional de 24% e de 20% na variação de 12 meses entre outubro de 2013 e 2014. A desvalorização cambial recente ameniza a situação. No mercado interno, a soja mostra a mesma tendência de baixa com 20% de queda, mas o milho apresenta alta de 11% nas mesmas bases de comparação acima.

58


Apesar dessa queda nos preços, as exportações de soja continuaram com uma tendência crescente, elevando-se em 10% comparando-se janeiro a agosto de 2014 com 2013. Também, tanto a produção como a área colhida continuaram em elevação comparação da safra 2014/2013 com crescimento de 5,5% na produção e 8,2% na área. Soja Área colhida

Produção

180

Índice 2003 = 100

170 160 150 140 130 120 110 100 90 80

2005

2006

2007

2008

2009

2010

2011

2012

2013

2014*

*Previsão Fonte: IBGE

No caso da produção de cana de açúcar, tanto a produção como a área colhida apresentaram pequena variação de 1,3% e 1,5% respectivamente. Há anos o setor vem enfrentando problemas nas usinas, segundo os analistas da área, em função dos preços defasados. Ao contrário da soja, apesar da exportação de açúcar, o setor está bastante ligado ao mercado interno, mas apresentou uma queda no valor exportado de 28%. Assim, tem sofrido tanto pelos preços, pela desaceleração da economia nacional, e pela queda nas exportações. Cana de Açúcar Área colhida

Produção

200

Índice 2003 = 100

180 160 140 120 100

2005

2006

2007

2008

2009

2010

2011

2012

2013

2014*

*Previsão Fonte: IBGE

59


A silvicultura é fortemente ligada à produção de papel e celulose. Este setor apresentou no acumulado de janeiro a agosto de 2014 contra 2013 uma estabilidade na produção com uma queda de 0,8% depois de crescer a taxas positivas no primeiro semestre. Embora seja um setor mais ligado ao mercado interno, exporta para a Europa e, gradativamente mais, para a China. De qualquer forma, no mesmo período de comparação acima, as exportações de papel e celulose elevaram-se apenas 1%. Produção Papel e Celulose 105 100 95 90 85 80 75

abr/2005 ago/2005 dez/2005 abr/2006 ago/2006 dez/2006 abr/2007 ago/2007 dez/2007 abr/2008 ago/2008 dez/2008 abr/2009 ago/2009 dez/2009 abr/2010 ago/2010 dez/2010 abr/2011 ago/2011 dez/2011 abr/2012 ago/2012 dez/2012 abr/2013 ago/2013 dez/2013 abr/2014 ago/2014

Índice quantum média 2012=100

110

Fonte: IPEADATA

Assim, como pode ser visto no gráfico, à exceção das exportações de soja que mantiveram uma tendência de alta, todas as outras commodities importantes para o mercado de máquinas apresentaram quedas nas exportações. Vale lembrar que esse dado reflete o valor exportado e não o volume. Portanto reflete a queda nos preços internacionais. A soja, mesmo com perda de valor, ainda manteve um volume grande exportado. Exportações por produto (base US$) Açúcar e Álcool

Papel e Celulose

Soja

Minérios Metalúrgicos

800

Índice jan/2008 = 100

700 600 500 400 300 200

Fonte: MDIC

60

ago/2014

fev/2014

mai/2014

ago/2013

nov/2013

fev/2013

mai/2013

ago/2012

nov/2012

fev/2012

mai/2012

ago/2011

nov/2011

fev/2011

mai/2011

ago/2010

nov/2010

fev/2010

mai/2010

ago-2009

nov-2009

fev-2009

mai-2009

nov-2008

ago-2008

0

mai-2008

100


Diante do quadro exposto, as perspectivas para os setores ligados à agricultura que são compradores de máquinas e equipamentos da construção não são muito animadoras, tanto no curto prazo como no médio prazo. É difícil imaginar o retorno dos preços aos níveis de 2010. Os mercados estão se organizando em novas bases. A demanda chinesa em termos de volume deve continuar, mas não em ritmo acelerado como antes. Vale destacar que a produção agrícola na China tem crescido. Dados de 2008 mostram que o país era o 2º maior produtor de milho com 22% do total (EUA é 1º com 37%; Brasil é o 3º com 7%); o 4º maior produtor de soja com 4% do total sendo que os EUA e o Brasil disputam a liderança com 31% cada e a Argentina vinha em segundo lugar com 20%. A China é também o 2º maior produtor Celulose com 11%; os EUA são o primeiro com 27%. Assim, as vendas de máquinas para o setor devem seguir nos níveis atuais, repondo o que for necessário. Apenas o segmento de soja mantém potencial de crescimento do consumo de equipamentos.

61


O mercado brasileiro de máquinas

Diante do cenário de desaceleração da economia que se desenhou desde 2011, acompanhado de queda no nível de investimentos públicos e atrasos recorrentes na estratégia de realizar obras por meio de concessões, as vendas de máquinas da construção que ainda apresentaram crescimento até 2012, a partir de 2013 começaram a cair. Mesmo a aceleração do PAC como demonstrado acima, bem como a política de compras governamentais, não foram ações suficientes para reverter o quadro de queda. Na linha amarela, na comparação das vendas acumuladas entre janeiro e agosto de 2014 contra 2013, a queda foi de 8,5%. Estimativas deste estudo apontam para uma queda de 6,1% no total de máquinas pesquisadas. Sem os estímulos sobre a economia, a queda nas vendas certamente teria sido bem maior. Venda interna total 300 250

Índice Jan2010=100

200 150 100

ago/2014

out/2013

mar/2014

mai/2013

jul/2012

dez/2012

set/2011

fev/2012

abr/2011

nov/2010

jan/2010

jun/2010

ago/2009

out/2008

mar/2009

dez/2007

mai/2008

jul/2007

set/2006

fev/2007

abr/2006

nov/2005

jan/2005

0

jun/2005

50

Fonte: Insight

A maior parte da queda esteve centrada em importações, uma vez que estas, depois de anos em ascensão, chegaram a cair 27% no período de janeiro a setembro de 2014 comparando-se com 2013. Aqui se soma à desaceleração do mercado interno com a desvalorização cambial. Deve-se também ser considerado que alguns importadores se tornaram fabricantes no território nacional.

62


Importação de máquinas 200 180

Índice jan2011=100

160 140 120 100 80 60 40

out/2014

jul/2014

jan/2014

abr/2014

out/2013

jul/2013

jan/2013

abr/2013

jul/2012

out/2012

jan/2012

abr/2012

jul/2011

out/2011

jan/2011

abr/2011

jul/2010

out/2010

jan/2010

abr/2010

jul/2009

out/2009

jan/2009

0

abr/2009

20

Fonte: Insight

É interessante notar que a produção interna caiu apenas 3% comparando-se o acumulado de janeiro a agosto de 2014 sobre o ano passado. Esse movimento deve ser explicado pelo crescimento das exportações tanto para a América Latina como para o resto do mundo. Assim, pelo menos em parte, a indústria conseguiu sustentar-se. Bens de capital para a construção – produção física 180 160

Índice 2012 = 100

140 120 100 80 60 40

ago/2014

fev/2014

ago/2013

fev/2013

ago/2012

fev/2012

ago/2011

ago/2010

fev/2010

ago/2009

fev/2009

ago/2008

fev/2008

ago/2007

fev/2007

ago/2006

fev/2006

ago/2005

0

fev/2011

20

Fonte: IBGE

De fato, depois de um longo período de crescimento entre 2007 e 2010 que surpreendeu a todos, os anos recentes têm gradativamente piorado a tendência. Depois de o mercado brasileiro de máquinas passar de cerca de 30 mil equipamentos em 2007 para 70 mil equipamentos e 2013, as taxas de crescimento cessam.

63


É importante destacar que essa desaceleração não tem relação alguma com esgotamento do crescimento ou saturação. É totalmente reflexo da desaceleração da economia e das políticas públicas de investimentos em infraestrutura. Diante do tamanho do país e de suas necessidades, há ainda muito espaço para crescimento na população de máquinas. A questão é a dependência do crescimento econômico e das políticas públicas, investimentos públicos com parceria privada ou não em infraestrutura e construção civil. Ainda há muito a fazer. O programa de mobilidade urbana, por exemplo, ainda está quase que totalmente por acontecer. As concessões também podem se acelerar. A constituição de parcerias público-privadas também tem enorme potencial. Além de tudo isso, resta ainda o próprio Estado que poderia atuar diretamente nas obras necessárias.

Projeções A expectativa de vendas de máquinas para os próximos cinco anos é sempre de difícil previsão. Esse mercado depende muito mais de ações políticas de Estado do que de um mercado consumidor normal de uma mercadoria qualquer. Sem a retomada dos investimentos públicos com ou sem parceria, sem uma política clara para tal, dificilmente haverá crescimento nas vendas. Nos últimos quatro anos as políticas de Estado no que tange ao setor foram erráticas. Quando se imaginava em 2011 uma forte continuidade no PAC, o Governo anunciou um corte de R$ 50 bilhões nos gastos que atingiram diretamente o programa. O movimento constituiu-se de tentativas de fomentar a economia (diminuição das taxas de juros, incentivos fiscais) com corte de gastos públicos e políticas de combate a uma inflação que mais se mostrava como um fantasma, do que como um fato como mostrado nos dados acima. Neste momento o quadro que se coloca infelizmente é o mesmo. Manter uma política restritiva de combate à inflação com cortes nos gastos e elevação das taxas de juros ou apostar em uma política de crescimento econômico com elevação dos gastos em infraestrutura. É um jogo de forças entre diferentes interesses de curto prazo. Historicamente, políticas restritivas nunca promoveram de forma automática crescimento em um futuro distante. Na economia brasileira foi sempre o crescimento que promoveu a estabilidade de preços e das contas do governo, estas últimas ajustadas via elevação da receita. Infelizmente não se sabe o quanto será possível mudar no sentido do crescimento diante da pressão política de combate a uma inflação que, é bom lembrar, está há anos estável em torno de 6% ao ano. Diante desse cenário, imagina-se que o ano de 2015 e, talvez, de 2016 ainda serão anos de ajuste. Não de ajuste macroeconômico, mas de formação de um consenso político que permita a retomada do crescimento. Não será fácil politicamente. De qualquer forma, se tudo der certo, estima-se uma retomada do crescimento das vendas a partir de 2016, elevação essa que pode nesse consenso virtuoso se acelerar nos próximos anos. Quanto aos setores ligados às exportações como o agrícola e mineral, o crescimento depende muito mais das condições dos mercados externos que não parecem apresentar melhoras significantes pela mudança na estrutura global com a taxa de crescimento chinesa melhor. Quanto à Europa e os EUA, espera-se que as propostas do FMI, inovadoras para o órgão, de retomada nos investimentos públicos em infraestrutura, sejam escutadas para retirar as economias da crise.

64


Projeção do mercado de equipamentos da construção – mil unidades 2013

2014

2015

2016

2017

2018

2019

Infraestrutura

34

32

29

32

34

37

41

Construção civil

27

25

24

26

28

30

33

Mineração

9

9

8

9

9

10

11

Agricultura

3

2

2

2

2

3

3

Total

72

68

64

69

73

80

88

Projeção do Mercado de Equipamentos da Construção - taxas de variação (%) 2014

2015

2016

2017

2018

2019

Infraestrutura

-6,6

-7,1

7,6

7,5

9,5

10,6

Construção civil

-7,2

-1,6

6,6

6,3

9,1

10,5

Mineração

1,9

-5,5

5,3

3,0

8,7

7,0

Agricultura

-14,9

-9,7

8,5

3,7

7,2

7,7

Total

-6,1

-5,0

7,0

6,3

9,2

10,0

Fonte: Insight

Projeção do mercado de máquinas e equipamentos Infraestrutura

Construção civil

Mineração

Agricultura

45

Em mil unidades

40 35 30 25 20 15 10 5 0 2010

2011

2012

2013

2014

2015

2016

2017

2018

2019

Fonte: Insight

As projeções acima também levam em consideração as projeções para a população de máquinas e equipamentos da construção. Pelos dados é possível observar que com as vendas atuais, a população de máquinas com até 4 anos de uso apresenta queda até pelo menos 2016. Apenas a partir de 2017 apresenta crescimento. Esse movimento indica uma necessidade de novos equipamentos se a economia voltar a crescer antes. Por outro lado, a população de equipamentos mais velhos com até dez anos continua crescendo com uma taxa entre 6% e 7% ao ano. Isso pode significar que, sem novos investimentos significativos em novas obras, principalmente infraestrutura, bem como sem crescimento da construção civil, o mercado pode funcionar bem com essa população de máquinas.

65


Projeção da população de equipamentos com até 4 anos – em mil unidades 2013

2014

2015

2016

2017

2018

2019

Infraestrutura

135

134

127

127

127

132

144

Construção civil

113

111

103

102

103

108

117

Mineração

37

37

34

35

35

36

38

Agricultura

12

11

10

10

10

10

10

Total

298

294

274

273

274

286

310

Projeção da População de Equipamentos com até 4 anos - Variação percentual 2014

2015

2016

2017

2018

2019

Infraestrutura

-0,9

-5,8

0,1

0,1

4,4

8,9

Construção civil

-1,7

-7,3

-1,2

0,9

5,2

8,3

Mineração

-1,4

-6,7

0,3

1,1

2,9

6,1

Agricultura

-4,5

-7,1

-4,7

-3,9

2,3

6,8

Total

-1,4

-6,5

-0,5

0,4

4,4

8,2

Fonte: Insight

Projeção da população de equipamentos com até 10 anos – em mil unidades 2013

2014

2015

2016

2017

2018

2019

Infraestrutura

215

240

260

281

302

319

341

Construção civil

181

200

216

233

249

261

279

Mineração

63

69

74

80

85

88

93

Agricultura

19

21

22

24

25

26

27

Total

478

529

573

617

660

693

740

Projeção da População de Equipamentos com até 10 anos - Variação Percentual 2014

2015

2016

2017

2018

2019

Infraestrutura

11,3

8,5

8,1

7,3

5,6

6,9

Construção civil

10,2

8,3

7,7

6,9

5,0

7,0

Mineração

10,2

7,7

7,2

6,0

3,8

5,8

Agricultura

9,0

6,6

6,5

4,7

2,6

4,6

10,6

8,2

7,8

6,9

5,1

6,7

Total Fonte: Insight

66


NEW HOLLAND CONSTRUCTION A New Holland Construction é uma marca de equipamentos para construção e infraestrutura do Grupo CNH Industrial. Há 64 anos no Brasil, ela foi a primeira empresa do Grupo Fiat a chegar no país, em 1950, como Moto Agrícola Indústria e Comércio. Os equipamentos New Holland Construction oferecidos na América Latina são fabricados em Contagem (MG) e em outras plantas globais da marca. No Brasil, esses produtos são ofertados por uma rede de distribuição composta por pontos de vendas e assistência técnica, cobrindo todo o território brasileiro. Atendendo a diversos setores como construção civil, mineração, agronegócio, governos e forças armadas, a empresa disponibiliza uma das linhas mais completas de máquinas, entre escavadeiras, pás-carregadeiras, tratores de esteiras, retroescavadeiras, motoniveladoras, minicarregadeiras, miniescavadeiras e manipuladores telescópicos. Com pontos de distribuição também na América Latina, a New Holland tem hoje uma das mais amplas coberturas de mercado da indústria de equipamentos de construção. Desta forma, a marca possui representação comercial e de pós-vendas (suporte técnico e reposição de peças) desde a Patagônia, na Argentina, até América Central e os países do Caribe, além de todo Brasil.


Terex Corporation A Terex Corporation é uma fabricante de soluções de içamento e movimentação de materiais atuando em cinco segmentos de negócios: Aerial Work Platforms, Construction, Cranes, Material Handling & Port Solutions e Materials Processing. A Empresa produz uma ampla linha de equipamentos para clientes de vários ramos, como os da construção, infra-estrutura, manufatura, navegação, transportes, refino, energia, serviços públicos, exploração de pedreiras e mineração. A Terex oferece produtos e serviços financeiros para auxiliar na aquisição dos equipamentos através da Terex Financial Services. A Terex possui grande presença na América Latina, contando com 02 fábricas, 06 filiais, 02 centros de treinamentos e mais de 300 técnicos de serviços à diposição para atendimentos 24 horas por dia, 7 dias na semana.

A Terex usa seu website (www.terex.com.br) e sua página no Facebook (www.facebook.com/TerexCorporation) para disponibilizar informações para seus investidores e o mercado.


Tracbel, a melhor em equipamentos FUNDADA EM 1967 E, HOJE, CONTANDO COM MAIS DE 850 COLABORADORES, O GRUPO TRACBEL ATUA EM TODO O TERRITÓRIO NACIONAL, GARANTINDO AOS CLIENTES, FORNECEDORES, PARCEIROS E COLABORADORES TODA A INFRAESTRUTURA NECESSÁRIA PARA O AUMENTO DA PRODUTIVIDADE, BEM COMO SUSTENTAR O DESENVOLVIMENTO DOS NEGÓCIOS DOS SEUS CLIENTES, NAS 26 UNIDADES ESPALHADAS PELO BRASIL. DENTRE AS MARCAS LÍDERES DE MERCADO QUE SÃO REPRESENTADAS PELO GRUPO TRACBEL ESTÃO: VOLVO CONSTRUCTION EQUIPMENT, VOLVO PENTA, MASSEY FERGUSON, ATLAS COPCO, MICHELIN, SP MASKINER E TIGERCAT, QUE CONFEREM CREDIBILIDADE E SEGURANÇA COM O OBJETIVO DE SATISFAZER A TODAS AS NECESSIDADES DOS CLIENTES QUE ATUAM NOS SEGMENTOS DE: MINERAÇÃO, CONSTRUÇÃO PESADA, CONSTRUÇÃO CIVIL, SIDERURGIA, REFLORESTAMENTO, LOGÍSTICA, INDÚSTRIA SUCROALCOOLEIRA E AGRICULTURA. NOS ÚLTIMOS 05 ANOS CONSECUTIVOS, A TRACBEL FOI ELEITA PELO ANUÁRIO MELHORES E MAIORES DA REVISTA EXAME, A MELHOR REVENDEDORA DE MÁQUINAS DO BRASIL. ALÉM DISSO, A TRACBEL ESTÁ ENTRE AS 70 EMPRESAS MAIS RESPONSÁVEIS E COM A MELHOR GOVERNANÇA CORPORATIVA DO BRASIL, DE ACORDO COM A CONSULTORIA ESPANHOLA MERCO.


Volvo Construction Equipment Sediada em Curitiba, no Paraná, e com fábrica em Pederneiras, interior de São Paulo, a Volvo Construction Equipment Latin America está entre os principais fabricantes de equipamentos de construção. Além da produção local de equipamentos, a Volvo CE Latin America também oferece através de sua rede de distribuição a garantia de excelência em serviços em pós-vendas, além de uma ampla gama de treinamentos para o segmento de construção rodovária através do Road Institute, o maior centro de treinamento para este segmento, localizado em Curitiba.


O Estudo Sobratema do Mercado Brasileiro de Equipamentos para Construção, que vem sendo atualizado anualmente desde 2007, é uma iniciativa da Sobratema. O Estudo atual – 2014-2019 – foi supervisionado pelo Grupo de Apoio Sobratema: • Alumini Engenharia - Mário Humberto Marques • Camargo Corrêa - Pedro Luiz Giavina Bianchi • Escad - Eurimilson João Daniel • Galvão Engenharia - Silvimar Fernandes Reis • Lequip - Octavio Lacombe • Odebrecht - Afonso Mamede (Presidente da Sobratema) • Odebrecht - Rodrigo Konda • SW Industry/Würth - Rissaldo Laurenti Jr. • Vale - Ivan Montenegro de Menezes Coordenação Sobratema: Nelson Costabile

Colaboradores externos:

Parte A: Brian Nicholson, MiniMax Editora Especializada Ltda. Parte B: Rubens Sawaya, Insight Consultoria Econômica Ltda. (assistentes: Maria Gorete da Silva; Charles Massami) Diagramação: Antonio Kehl, Gapp Design

Associação Brasileira de Tecnologia para Construção e Mineração

Av. Francisco Matarazzo, 404 Cj 401 / 701 Água Branca CEP 05001-000 São Paulo – SP Telefone (11) 3662-4159 Fax (11) 3662-2192 sobratema@sobratema.org.br www.sobratema.org.br Copyright © Sobratema 2007-2015


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