Grandes Construções - Ed. 08 - Setembro 2010

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Grandes

Construcoes construção, infraestrutura, concessões e sustentabilidade

Nº 8 - Setembro/2010 - www.grandesconstrucoes.com.br - R$ 15,00

especial

investimentos em Infraestrutura 2010-2016


Qualidade e Tecnologia Sany, comprometida com o desenvolvimento do Brasil O Grupo Sany é um dos maiores fabricantes de máquinas para engenharia do mundo, com faturamento de R$ 8,2 bilhões em 2009. Além de equipamentos para concretagem, escavação, elevação, pavimentação, perfuração e sondagem, movimentação de cargas portuárias, mineração e energia eólica, a Sany possui outros equipamentos para promover o desenvolvimento e crescimento do Brasil.

A Sany possui a filosofia de valorizar seus clientes, agregando valores através de um posicionamento estratégico de mercado, aliando produtos de alta qualidade a preços competitivos. Na última decada, a Sany tem crescido 50% anualmente sobre o seu volume de vendas. Seus produtos são líderes de vendas em mais de 110 países.

Em Fevereiro de 2010, a Sany assinou um acordo de investimento de US$ 200 milhões com o Governo do Estado de São Paulo para a instalação de uma unidade fabril, a pioneira no Brasil. Com isso, a Sany visa desenvolver novos produtos de alta qualidade, com grande capacidade de contribuir com o desenvolvimento do país, buscando suprir as necessidades do mercado da construção civil no Brasil. Contato: (11) 5103.0631 www.sanydobrasil.com atendimento@sanydobrasil.com



Editorial

A “onda verde” e a Indústria da Construção O Brasil assistiu meio surpreso, no primeiro turno das eleições presidenciais, a demonstração de força política da chamada terceira via do poder, aqui personificada pelo Partido Verde (PV). Correndo por fora da polarização PT/PSDB, ele conquistou nada menos que 20 milhões de votos, ou cerca de 20% dos votos válidos. Sem contar com recursos milionários para a campanha, rechaçando rótulos de direita ou de esquerda, a ex-ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, candidata à presidência da República pelo PV, arrebanhou principalmente o público jovem com um discurso orientado para as questões ligadas ao desenvolvimento econômico sustentável, preservação do meio ambiente e para as causas sociais. Há nesse resultado sinais que precisam ser interpretados e vão além dos interesses partidários. Não é de hoje que a sociedade brasileira vem dando atenção crescente à agenda ambiental e o tema tende a assumir importância cada vez maior junto às novas gerações e eleitores e cidadãos. As mudanças climáticas geradas pela emissão de gás carbono na atmosfera, como resultado de um crescimento econômico a qualquer custo, deixaram de ser tema de discussões acadêmicas ou científicas e ganharam as ruas, escolas, praças de alimentação nos shoppings etc. Não se discute mais se as mudanças vão acontecer, e sim que providências tomadas para minimizar os danos. E o que a Indústria da Construção tem a ver com isso? Muito! Por mais que seja um dos principais indutores do desenvolvimento no País, o setor figura, também, no topo do ranking das atividades geradoras de grandes passivos ambientais. Por isso não pode ficar omissa nessa discussão. Ao contrário, tem que tomar a dianteira, assumindo sua parcela de responsabilidade, buscando diálogo e articulação com os mais amplos setores da sociedade – incluindo o poder público, setores produtivos e comunidade acadêmica –, na proposição de soluções. Precisa investir no desenvolvimento de mecanismos que minimizem as emissões de gases de efeito estufa em toda a sua cadeia produtiva; que reduzam ao máximo o uso da madeira (abolindo totalmente o emprego da madeira não certificada); promover o consumo racional da água, a eficiência energética dos edifícios; estimular a adoção da energia solar, a eliminação do desperdício e a correta destinação dos resíduos que gera. Merece destaque a ‘Carta Aberta ao Brasil sobre Mudanças Climáticas’ tornada pública por alguns dos maiores grupos empresariais brasileiros, entre outros, Andrade Gutierrez, Odebrecht, Camargo Correa, Votorantim, Vale, CBMM. Esta ação conjunta estabeleceu que os grupos em-

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presariais signatários do documento estão comprometidos com a redução das emissões globais de gases de efeito estufa (ver a íntegra do documento no nosso site). Na Europa já se estuda a obrigatoriedade de prédios com consumo zero de energia já em 2018. Nos Estados Unidos, isso pode se tornar realidade em 2030. Todo mundo está correndo nessa direção. Enquanto isso, no Brasil, ainda caminhamos a passos lentos. Há no Congresso Nacional cerca de 80 projetos de lei engavetados, com propostas sobre o assunto. E se depender desses projetos perderemos o bonde da história rumo a esta nova ordem. Cabe a cada um dos envolvidos neste processo – da indústria de máquinas, equipamentos, serviços e insumos às grandes, pequenas e médias construtoras – assumir sua responsabilidade na formação de uma nova cultura de sustentabilidade no setor da construção, mudando a forma de elaborar grandes projetos de edificações, a habitação popular, o planejamento urbano e a infraestrutura do País. Trata-se de uma profunda mudança de cultura, que vai até o desenvolvimento de novas e modernas tecnologias e métodos construtivos, mas começa no repensar de hábitos simples, diários, que geram pequenos desperdícios de recursos naturais. Entidades como Sinduscon-SP, por meio de sua vice-presidência de Meio Ambiente, tem tratado o tema de forma séria, com iniciativas como a criação da etiqueta de eficiência energética para edificações comerciais, de serviços e públicas. Multiplicar, por todo o País, ações deste tipo pode fazer, para a Indústria da Construção a grande diferença entre ser uma grande vilã nesta história ou protagonista de um processo de transformação rumo ao desenvolvimento sustentável.

Mário Humberto Marques Presidente da Sobratema

Acesso à íntegra da "Carta Aberta ao Brasil sobre Mudanças Climáticas" no site www.grandesconstrucoes.com.br



Índice Associação Brasileira de Tecnologia para Equipamentos e Manutenção Diretoria Executiva e Endereço para correspondência:

Editorial_______________________________________ 4 A “onda verde” e a Indústria da Construção

Jogo Rápido____________________________________ 8

Av. Francisco Matarazzo, 404, cj. 401 – Água Branca São Paulo (SP) – CEP 05001-000 Tel.: (55 11) 3662-4159 – Fax: (55 11) 3662-2192

Entrevista_ ___________________________________ 14

Conselho de Administração

M&T PS________________________________________ 22

Presidente: Mário Humberto Marques Vice-Presidente: Afonso Celso Legaspe Mamede Vice-Presidente: Carlos Fugazzola Pimenta Vice-Presidente: Eurimilson João Daniel Vice-Presidente: Jader Fraga dos Santos Vice-Presidente: Juan Manuel Altstadt Vice-Presidente: Mário Sussumu Hamaoka Vice-Presidente: Múcio Aurélio Pereira de Mattos Vice-Presidente: Octávio Carvalho Lacombe Vice-Presidente: Paulo Oscar Auler Neto Vice-Presidente: Silvimar Fernandes Reis

Diretor Executivo Paulo Lancerotti

Conselho Fiscal

Álvaro Marques Jr. - Carlos Arasanz Loeches - Dionísio Covolo Jr. - Marcos Bardella - Permínio Alves Maia de Amorim Neto - Rissaldo Laurenti Jr.

Diretoria Técnica

Alcides Cavalcanti (Iveco) - André G. Freire (Terex) - Ângelo Cerutti Navarro (U&M) - Augusto Paes de Azevedo (Caterpillar) - Benito Francisco Bottino (Odebrecht) - Blás Bermudez Cabrera (Serveng Civilsan) - Carlos Hernandez (JCB) - Célio Neto Ribeiro (Auxter) - Clauci Mortari (Ciber) - Cláudio Afonso Schmidt (Odebrecht) - Edson Reis Del Moro (Yamana Mineração) - Eduardo Martins de Oliveira (Santiago & Cintra) - Euclydes Coelho (Mercedes-Benz) - Felipe Sica Soares Cavalieri (BMC) - Gilberto Leal Costa (Odebrecht) - Gino Raniero Cucchiari (CNH) - Ivan Montenegro de Menezes (Vale) - João Lázaro Maldi Jr. (Camargo Corrêa) - João Miguel Capussi (Scania) - Jorge Glória (Doosan) - José Carlos Marques Rosa (Carioca Christiani-Nielsen) - José Germano Silveira (Sotreq) José Ricardo Alouche (MAN Latin America) - Lédio Augusto Vidotti (GTM) - Luis Afonso D. Pasquotto (Cummins) - Luiz Carlos de Andrade Furtado (CR Almeida) - Luiz Gustavo R. de Magalhães Pereira (Tracbel) - Maurício Briard (Loctrator) Paulo Almeida (Atlas Copco) - Ramon Nunes Vazquez (Mills) - Ricardo Pagliarini Zurita (Liebherr) - Sérgio Barreto da Silva (GDK) - Sergio Pompeo (Bosch) Valdemar Suguri (Komatsu) - Yoshio Kawakami (Volvo)

Pode faltar cimento no Brasil?

M&T Peças, Serviços e Rental tem apoio da imprensa da América Latina

Sobratema Fórum_ ____________________________ 26 Brasil, um canteiro de 9.500 obras, com orçamento de R$ 1,3 trilhão

Energia___________________________________ 44 Transporte_ ______________________________ 52 Combustível_ _____________________________ 62 Saneamento_ _____________________________ 64 Habitação_ _______________________________ 68 Indústria_________________________________ 72 Shoppings_________________________________ 76 Copa 2014_________________________________ 78 Olimpíadas________________________________ 80 Outros_ __________________________________ 82 Concrete Show________________________________ 84 Concrete Show pega boa onda do setor de construção

Métrica Industrial – PavimentaçãO_____________ 86 Tecnologias já existentes podem melhorar as rodovias no Brasil

Agenda_ ______________________________________ 90 Bauma China 2010

Diretoria Regional

Ameríco Renê Giannetti Neto (MG) Construtora Barbosa Mello Ariel Fonseca Rego (RJ / ES) Sobratema José Demes Diógenes (CE / PI / RN) EIT José Luiz P. Vicentini (BA / SE) Terrabrás Terraplenagens Laércio de Figueiredo Aguiar (PE / PB / AL) Construtora Queiróz Galvão Rui Toniolo (RS / SC) Toniolo, Busnello Wilson de Andrade Meister (PR) Ivaí Engenharia

Grandes

Construcoes Diretor Executivo: Hugo Ribas Editor: Paulo Espírito Santo Redação: Mariuza Rodrigues Publicidade: Carlos Giovanetti (gerente comercial), Maria de Lourdes e José Roberto R. Santos Operação e Circulação: Evandro Risério Muniz Produção Gráfica & Internet Diagrama Marketing Editorial

Produtor: Miguel de Oliveira Projeto Gráfico e Diagramação: Anete Garcia Neves Ilustração: Juscelino Paiva Internet: Adriano Kasai Revisão: Dinho Vasconcelos “Grandes Construções” é uma publicação mensal, de circulação nacional, sobre obras de Infraestrutura (Transporte, Energia, Saneamento, Habitação Social, Rodovias e Ferrovias); Construção Industrial (Petróleo, Papel e Celulose, Indústria Automobilística, Mineração e Siderurgia); Telecomunicações; Tecnologia da Informação; Construção Imobiliária (Sistemas Construtivos, Programas de Habitação Popular); Reciclagem de Materiais e Sustentabilidade, entre outros. Tiragem: 13.000 exemplares Impressão: Parma

Capa: Layout de Felipe Escosteguy Filiado à:

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www.grandesconstrucoes.com.br



Jogo Rápido Espaço Sobratema A Sobratema é uma entidade voltada aos usuários de equipamentos que atuam nos segmentos de construção e mineração e sua missão é democratizar o conhecimento sobre tecnologia para equipamentos e manutenção entre seus associados, através de programas que incentivem a troca de experiências e promovam o setor. Conheça os programas da Sobratema: M&T Expo A maior feira do setor de equipamentos para Construção e Mineração da América Latina. M&T Expo Peças e Serviços A 1ª edição acontecerá em 2011 com fabricantes de peças das marcas mundiais instaladas no Brasil. Trará componentes de trens de força, de vedações, transmissões, suspensões e molas, sistemas hidráulicos, eletrônicos, material rodante, lubrificação, ferramentas de penetração. www.mtexpops.com.br Revista M&T Publicação técnica direcionada a executivos responsáveis pela gestão e manutenção de frotas para construção, mineração, siderurgia, papel e celulose. Instituto OPUS Programa dedicado à formação, atualização e licenciamento de operadores e supervisores de equipamentos. Relações Internacionais A Sobratema organiza Missões Técnicas para os profissionais da construção e mineração, com visitas aos eventos mundiais mais importantes. Tabela Custo-Horário O associado Sobratema tem a sua disposição recursos para cálculos de custo/horário de diversos equipamentos em diferentes aplicações. Estudo de mercado Análises do comportamento dos mercados brasileiro e mundial de equipamentos para a construção pesada. Anuário de Equipamentos Anuário brasileiro de equipamentos para construção, com especificação técnica das máquinas para as diversas aplicações. Para associar-se acesse WWW.sobratema.org.br

Jogo Rápido

Sany de olho no mercado de concreto no Brasil A Sany Heavy Industries, que está construindo sua fábrica no Brasil para a fabricação de escavadeiras e guindastes em São José dos Campos (SP) poderá, numa segunda fase, produzir equipamentos de concreto. Os investimentos da empresa no Brasil são da ordem de US$ 200 milhões. A linha de concreto ainda não tem previsão de ser produzida nacionalmente, mas deverá reforçar a presença da companhia na área de concreto, segmento no qual ela já detém 60% no mercado chinês e nos Emirados Árabes.

Teckma entre as melhores A Teckma Engenharia recebeu, em setembro, a indicação para a certificação nas normas OSHAS 18001:2007 – Sistema de Gestão de Saúde Ocupacional e Segurança no Trabalho; e ISO 14001:2004 – Sistema de Gestão Ambiental que, em conjunto com a ISO9001:2000, farão parte do SGI da empresa. Estas certificações reforçam o compromisso da empresa em aliar o seu crescimento e desenvolvimento à melhoria contínua das condições de trabalho de sua equipe e a preservação do meio ambiente. A Teckma vem conquistando um espaço importante no segmento de instalações e montagens, o que a levou à 40a posição em um ranking que incluiu mais de 11 mil empresas. A pesquisa foi feita pela Consultoria Deloitte.

Novidade da Gascom A Gascom, especializada na oferta de equipamentos e soluções para apoio logístico operacional, com forte atuação nas áreas de manutenção, abastecimento e lubrificação das máquinas no campo ou na obra, está lançando o Aspersor Traseiro Asperflex. O acessório de formato cilíndrico e construído em alumínio permite grandes variações nos jatos d’água por meio de dispositivos incorporados ao conjunto de manejo leve e suave, por onde é possível pré-estabelecer a vazão e a abertura dos leques (podendo variar de 0 a 180°) e fixá-los na regulagem desejada para a operação a ser realizada. O lançamento passa a compor a linha Multiflex da Gascom, que oferece soluções completas para as operações multitarefas como abastecimento, irrigação, tratamento de solo e lavação em geral. www.grandesconstrucoes.com.br

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Jogo Rápido

SH investe R$ 1 milhão em novas unidades A SH acaba de ampliar suas operações no mercado de Montagem e Manutenção Industrial. A empresa anunciou a instalação de três novas unidades: Camaçari (BA), Campo Grande (RJ) e Guarulhos (SP). A ação exigirá investimentos de R$ 1 milhão e deve impulsionar um crescimento de 50% em 2011. “O mercado industrial já representa 14% do nosso faturamento e é um eixo importante na estratégia de crescimento pelos próximos anos. Identificamos um grande potencial no mercado de obras e manutenção industrial e preparamos uma divisão especial para atender esta demanda ”, explica Wolney Amaral, Diretor Comercial da SH.

Bosch cria programa de treinamento para a construção civil Para atender a crescente demanda do segmento da construção civil, a divisão de Ferramentas Elétricas da Bosch criou o programa Key Professional Management (KPM), que consiste em disponibilizar um grupo de consultores técnicos, equipados com vans especialmente preparadas para visitar as obras e levar conhecimento sobre a correta aplicação das ferramentas elétricas. Os consultores da Bosch visitam os canteiros, treinam os usuários, apresentam as novas tecnologias em ferramentas elétricas e em acessórios, além de orientarem os gestores das obras quanto à escolha da melhor

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ferramenta para cada aplicação. O objetivo é proporcionar ganho de produtividade e, principalmente, aumentar a segurança dos usuários, esclarece Sérgio Pompeo, Gerente de Desenvolvimento de Novos Negócios para o Brasil da divisão de Ferramentas Elétricas da Bosch. A Bosch investiu mais de R$ 10 milhões no desenvolvimento do KPM. Somente em 2010, mais de 20 mil pessoas foram treinadas em todo o Brasil. Durante os treinamentos, os usuários utilizam as vans como laboratório prático e conhecem de perto, por meio de testes, todas as funcionalidades das ferramentas e acessórios que a empresa disponibiliza para a construção civil.

7.118 casas populares para Guarulhos A cidade de Guarulhos, na Grande São Paulo, fechou 18 contratos no valor de R$ 472 milhões com a Caixa Econômica Federal para o financiamento de 7.118 unidades habitacionais do programa “Minha Casa Minha Vida”. Mais de duas mil residências serão destinadas a famílias com renda de até três salários mínimos. O município iniciou a construção de unidades para famílias da faixa de até três salários mínimos, nos condomínios Parque Estela, Esplanada e Água Chata Residencial, além da rua Mucugeo, no bairro das Pimentas. Todas as construções têm isenção de ISS (Imposto sobre Serviço), ITBI (Imposto de Transmissão de Bens Intervivos) e de outras taxas.

De olho na cadeia de produção do petróleo e gás A Locar Guindastes e Transportes Intermodais acaba de inaugurar um terminal marítimo de 25 mil metros na Ilha do Governador, no Rio de Janeiro, onde operará sua base offshore. O terminal faz parte dos R$ 300 milhões em investimentos, programados pela companhia para 2010 para a ampliação e diversificação dos negócios. A empresa também fez o batismo de duas novas embarcações: o Locar II, barco de apoio e o rebocador Locar VII, adquiridos, respectivamente, dos estaleiros Erin, de Manaus, e do SRD, de Angra dos Reis, para os quais foram desembolsados R$ 20 milhões. O Locar II é um barco Line Handling, equipado com propulsão azimutal, característica técnica que permite maior mobilidade nas manobras. Considerado o mais moderno da atualidade, ele dá apoio ao manuseio de cabos, amarração e suprimento de plataformas. Já o Locar VII conta com propulsão em três motores e com sistema de corte nozzlle (tubulação). A Locar conta, em sua frota, com o maior guindaste telescópico do mundo sobre pneus: o LTM 11.200, adquirido por R$ 15 milhões da Liebher. O equipamento possui 9 eixos, 100 m de lança (além de 100 m de lança complementar) e tem capacidade para levantar 1.200 t de carga.



Jogo Rápido

Painéis autoportantes: uma tendência irreversível A CSM está ofertando à indústria da construção no Brasil a tecnologia dos painéis pré-moldados autoportantes. Considerada uma nova tendência, o processo construtivo com painéis pré-moldados autoportantes garante maior agilidade, maior economia e alta qualidade. A produção dos painéis é feita de forma industrializada por meio de instalações com diversos graus de automação. As instalações podem ser fixas, instaladas em plantas industriais ou itinerantes, diretamente nos canteiros de obras. Os sistemas em painéis autoportantes não estão circunscritos à construção de unidades residenciais de baixa renda, pois podem ser aplicados a qualquer padrão de construção. Podem ser feitos de concreto armado simples ou agregar elementos que propiciem maior conforto térmico e acústico, internamente e externamente podem incorporar texturas e ou incorporar elementos de acabamento como cerâmicas, pedras ornamentais, entre outros.

Soluções para o mercado de energia eólica A Makro Engenharia, espeterritório SS Reprodução de tela do siteem paratodo rentaloda Volvo CE nacional. Dispõe cialista na movimentação de também de equipamentos e técnicos cargas horizontais e verticais, de serviços qualificados, com foco no armazenamento e logística criou um serviço de manutenção, realizando Centro de Treinamento para a formaprocedimentos como apoio ao comissioção e capacitação de mão de obra namento; manutenções programadas e técnica, especializada em montagem não programadas (retrofit, preventiva e e manutenção de parques eólicos. O corretiva); upgrades e serviços pontuais treinamento é voltado para as funções e soluções personalizadas. de Gerência, Coordenação, Qualidade, A Makro Wind tem sua frota Segurança, Administração, Logística, própria de guindastes telescópiPlanejamento e atividades operacionais; cos sobre pneus AT’s e RT’s de 25 supervisores, líderes, técnicos, montado- a 1.200 toneladas e guindastes sobre esteira de 250 a 750 toneres e ajudantes. ladas, com lanças que chegam a A empresa oferece, ainda, através da Makro Wind, guindastes e equipamentos 140 metros, além de toda linha de equipamentos auxiliares. para a montagem de turbinas eólicas

Tracbel investe no Norte do Brasil A Tracbel, maior distribuidora da Volvo Construction Equipment na América Latina, anuncia a ampliação de sua unidade no Pará, na cidade de Marituba. A ação deve contribuir para a empresa atingir o faturamento de R$ 50 milhões na região Norte até o final deste ano, representando um aumento de cerca de 38% em relação ao ano anterior. Em 2009, a regional paraense alcançou o faturamento de R$ 36 milhões. Na nova localidade, a Tracbel contará com uma estrutura completa de vendas e apoio ao pós-venda dos clientes na região, que inclui a manutenção preventiva e corretiva especializada dos equipamentos e o estoque local de produtos e peças de reposição. Além disso, a empresa oferece aos clientes a alternativa para a locação de máquinas novas ou seminovas, através da Volvo Rents.

XCMG terá fábrica de US$ 15 milhões no Brasil A Brasil Máquinas fechou um acordo com a XCMG para a implantação de uma fábrica de motoniveladoras e rolos compactadores no Brasil. A empresa brasileira já distribuía os produtos da empresa chinesa com exclusividade desde 2007. A primeira fase da joint venture será implantada na distribuidora Brasil Máquinas já em operação no Espírito Santo. O aporte inicial será integralmente da companhia

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brasileira: cerca de US$ 15 milhões. Até o final de 2010, a XCMG terá 20% do negócio e devendo investir outros US$ 10 milhões. Em 2011 um novo local será definido para a instalação definitiva da planta fabril. Será preciso um local com, pelo menos, 12 mil m², capaz de abrigar a produção de 400 rolos compactadores e 400 motoniveladoras/ano, com projeção de faturamento de R$ 160 milhões já para 2011.



entrevista

Pode faltar cimento no Brasil? Marcelo Chamma, diretor Comercial da Votorantim, garante que investimentos maciços realizados pela indústria afastaram esse fantasma O cimento é o segundo produto mais consumido no mundo, perdendo apenas para a água. E no momento em que o Brasil inicia um novo ciclo de desenvolvimento, tendo a indústria da construção como uma das principais molas propulsoras, o insumo passa a ter uma importância ainda maior. Cresce também o temor que volta e meia passa pela cabeça dos principais envolvidos na cadeia de produção do setor: a indústria nacional de cimento teria fôlego suficiente para abastecer

o País, nesse momento de aquecimento de mercado? O receio não é infundado. Em 2008 chegou a faltar o produto em regiões onde houve um salto súbito de crescimento de demanda, como o Nordeste do País. Na ocasião, a indústria se mobilizou para deslocar estoques, mas foi inevitável a importação do insumo (ver matéria nesta edição). O problema só não se agravou porque veio a crise da economia mundial, trazendo uma pequena retração nos projetos em anda-

mento, dando à indústria do cimento tempo para recuperar o fôlego. Agora, com a retomada do ritmo de crescimento, o fantasma do desabastecimento volta a assombrar. Marcelo Chamma, diretor Comercial da Votorantim, garante, no entanto, que não há motivos para temor. Ele afirma que a experiência de 2008 serviu de alerta para que fossem acelerados os investimentos necessários para que não falte cimento no País. Só a Votorantim, líder de vendas no mercado brasileiro, com

TT Obras do Beach Park Wellness Resort, no Ceará, exemplo do boom da construção civil na região Nordeste

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uma participação de 41% no mercado, está investindo R$ 5 bilhões na ampliação da sua capacidade instalada e no desenvolvimento de novas tecnologias, como parte de um programa de ação até 2013. Grandes Construções – O Brasil vive um novo ciclo de desenvolvimento, que se espera duradouro e sustentável, no qual a indústria da Construção Civil ocupa papel muito importante, tanto como um dos indutores desse desenvolvimento, quanto como responsável pela execução dos projetos de infraestrutura indispensáveis para esse desenvol-

vimento. Nesse contexto surge uma preocupação que se iniciou já há cerca de dois anos: existe a possibilidade da falta de cimento para o atendimento dessa grande demanda por insumos para a construção? Marcelo Chamma – Não existe esse risco. De fato essa preocupação ocorreu em 2008, porque a indústria do cimento se caracteriza por demandar capital intensivo e longo período de maturação dos investimentos. Além disso, a indústria sempre conviveu com períodos em que havia mercado, mas não havia garantias de que esses mercados se manteriam aquecidos, justificando investimentos pesados na cadeia de produção. Por isso, a indústria do cimento como um todo sempre sofreu com a falta de segurança na existência de mercado futuro (e por um longo período) capaz de justificar os investimentos. Em 2008 tivemos um pequeno risco de desabastecimento porque houve um grande salto de consumo repentino, um aquecimento rápido do mercado. Esse risco foi superado em parte por um grande esforço da indústria em buscar soluções, e em outra parte porque logo em seguida veio a crise mundial da economia, que se refletiu no Brasil, freando boa parte dos investimentos. Mas já naquele momento a indústria do cimento havia acordado para a possibilidade de aumento de demanda

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entrevista

“De 2007 até hoje nós inauguramos nove fábricas novas no Brasil, temos cinco unidades em construção nesse momento e temos projetos para a instalação de mais oito novas unidades. Ou seja, a meta é termos 22 novas fábricas, de 2007 SS Marcelo Chamma: falha no abastecimento em 2008 foi um alerta para a indústria

do mercado e já estava em curso uma série de programas de investimentos no aumento da capacidade produtiva. Só que esses investimentos ainda não estavam maduros. GC – Qual o tempo médio para a construção de uma unidade de produção de cimento, no Brasil? Marcelo Chamma – Dois anos e meio é um prazo considerado normal para se iniciar um projeto até o início da operação de uma unidade. O que aconteceu foi que em 2008 estavam em curso investimentos que só ficariam prontos em 2009. De fato, novas fábricas entraram em produção no ano passado, e outras estão em cons-

te. Os riscos que existiram, a indústria soube superar, fazendo pequenas importações. Nós da Votorantim, por exemplo, fizemos uma importação pequena, para o tamanho do mercado, porém necessária para atender especificamente uma região do Nordeste, enquanto uma fábrica nova, em obra, não entrava em operação. Por tudo isso, eu diria que foi uma experiência que serviu de alerta, felizmente não ocorreram problemas graves e a indústria aprendeu com a experiência. A Votorantim, especificamente, deu início a um programa amplo de investimentos para atender à crescente demanda do mercado nesses novos tempos.

trução ou em projeto. GC – Então pode-se dizer que a ameaça de desabastecimento de 2008 serviu de alerta para a indústria do cimento no Brasil? Marcelo Chamma – Exatamen-

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GC – Quais as metas desse programa de investimentos? Marcelo Chamma – De 2007 até hoje nós inauguramos nove fábricas novas no Brasil, temos cinco novas unidades em construção nesse

a 2013.” momento e temos projetos para a instalação de mais oito novas unidades. Ou seja, a meta é termos 22 novas fábricas, de 2007 a 2013. GC – Essas novas fábricas irão se somar a quantas já existentes? Marcelo Chamma – Elas irão se somar a 15 já existentes. Nós vamos ficar, portanto, com um parque industrial de 37 fábricas de cimento no Brasil. GC – Qual o volume de recursos a serem investidos nesse período, até 2013? Marcelo Chamma – Serão cerca de R$ 5 bilhões. GC – Qual a capacidade instalada do Votorantim hoje e para quanto passará com a conclusão desse plano de investimentos? Marcelo Chamma – Hoje nós temos a capacidade de produção de 26 milhões de toneladas/ano e, ao término desse programa de investi-



entrevista

SS Unidade da Votorantim em Pecém, Ceará

SS Fábrica da Votorantim em Itaú de Minas

mentos, vamos estar com uma capacidade de 35 milhões de toneladas. GC – A indústria da construção demanda, cada vez mais no Brasil, de soluções para a execução de grandes projetos, em um ciclo de produção cada vez mais rápido, do ponto de

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vista da execução das obras. A Votorantim está pronta para oferecer respostas a esta demanda, que não é só de quantidade, mas de qualidade? Marcelo Chamma – Certamente que sim. É bom salientar que boa parte desses investimentos será destinada à pesquisa e desenvolvi-

mento de Novas tecnologias. A Votorantim sempre fez investimentos maciços nesta área. Temos o maior centro de tecnologia do setor, no País. Quando nós projetamos uma fábrica nova, temos a preocupação de dimensioná-la de acordo com o perfil das necessidades do mercado que ela irá abastecer. Cada mercado tem as suas características e nós desenhamos cada fábrica de acordo com essas características e com as suas potencialidades. Isso significa que cada fábrica nossa está adequada em termos tecnológicos, não só no que diz respeito ao produto final, como também à produção, distribuição e gestão. É importante não só ter um bom produto, mas fazer com que esse produto chegue ao cliente, ao mercado, no momento em que ele deseje, no tipo de embalagem que ele deseje. Temos que planejar que tipo de transporte ele necessita, temos que ter uma boa estrutura de distribuição para que o produto chegue ao cliente final sem gerar nenhuma forma de preocupação para esse cliente. CG – O senhor tocou numa questão importante. Sabemos que o Brasil dispõe de uma estrutura logística precária. A ferrovia participa da matriz de transporte do País em proporções bem pequenas. A maior forte fica por conta de uma malha rodoviária que carece de manutenção e de obras de modernização. Muitos setores produtivos, no Brasil, são prejudicados, na sua competitividade, por esse cenário. Fala-se até no risco de um apagão logístico, nos próximos anos. Como a Votorantim estrutura sua logística de distribuição para todo o território nacional? Marcelo Chamma – Essa é uma questão muito relevante. Diariamente nós mobilizamos uma frota de mais de 5 mil caminhões para levar nossos produtos a todos os lugares


no Brasil. Por conta dessas limitações nós encontramos certas dificuldades em abastecer regiões mais distantes e até mesmo para exportar nossos produtos. Mas, além da necessidade de investimentos na manutenção da malha existente, o que se observa, nesses períodos de pico de desenvolvimento, é o aumento da demanda por veículos pra o transporte. Com o enriquecimento da sociedade ocorre um aumento de consumo de alimentos, bens de consumo, remédios, máquinas, etc. E tudo isso precisa ser transportado. O que notamos é que o transporte de cimento tem que concorrer com o transporte desses outros bens, e que não há veículos suficientes. O resultado é o aumento do frete, que incide sobre o valor final do produto. E o cimento é um produto de muito volume

e baixo valor por quilo, ou seja, ele tem baixo valor agregado e tem que ser transportado em grandes volumes. Nesses casos, qualquer aumento nos custos do transporte se faz sentir fortemente no custo do produto. CG – Isso quer dizer que o cimento seria uma carga típica para o transporte ferroviário, se tivéssemos uma malha ferroviária com boa cobertura do território nacional? Marcelo Chamma – Certamente. Daí seria necessária ainda uma malha rodoviária mais fina, para levar o produto dos terminais ferroviários aos garndes centros de distribuição, mas infelizmente temos uma malha ferroviária muito aquém do necessário e o Brasil ainda é um país que depende muito do transporte rodoviário. E isso

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gera não somente um aumento no custo do transporte como também a dificuldade na contratação dos veículos pra o transportem, causando um transtorno para os clientes. GC – Em que regiões essas dificuldades se manifestam de maneira mais severa? Marcelo Chamma – Principalmente no Nordeste, onde se tem registrado taxas de crescimento mais acentuadas neste período. Em parte porque esta é uma região onde houve um crescimento represado por muitos anos e em parte porque lá se verificou uma súbita melhoria na qualidade de vida de boa parte da população. Sabe-se que o primeiro sonho do brasileiro é a casa própria. Assim que melhoram de vida, as pessoas buscam ter seus lares. E o Nordeste está experimentando isso.

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entrevista

SS Obras do metrô de Fortaleza (Metrofor), no Ceará

Consumo de cimento “explode”no Nordeste, exigindo importação Julho de 2010. O consumo de cimento em todo o Nordeste, principalmente no estado do Ceará, atinge índices surpreendentes, acima da capacidade de abastecimento para a região, por parte dos fabricantes nacionais. Para evitar o agravamento do problema, a Votorantim, principal fornecedora do produto no Estado, decidiu importar do Vietnã cerca de 300 mil toneladas do produto, embarcadas em 10 navios, cada um com cerca de 600 mil sacas. Temendo um agravamento do problema, o Sindicato da Indústria da Construção Civil do Ceará (Sinduscon-CE) elaborou um relatório estimando a quantidade de cimento que suas associadas irão consumir durante o segundo semestre deste ano. O documento foi entregue às duas principais fornecedoras – Votorantim e Nassau. Segundo a Votorantim Cimentos, a importação do cimento foi uma medida paliativa para suprir a necessidade do produto no Ceará de maneira rápida e eficaz. A empresa descartou a possibilidade de tornar a importação um recurso usual, já que os custos com a importação são muito

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altos, podendo representar um acréscimo de R$ 1,90 ao preço do saco de cimento. De acordo com o Sindicato Nacional da Indústria do Cimento (Snic), o Estado do Ceará consumiu 1,437 milhão de toneladas do produto em 2009, o equivalente a uma média de 120 mil toneladas/mês. O estado é hoje o terceiro maior mercado do Nordeste, ficando atrás apenas da Bahia e de Pernambuco. Ainda de acordo com a entidade, o consumo de todo no Nordeste somou pouco mais de 10 milhões de toneladas, no mesmo período, o que representou um crescimento de 7,2% em relação a 2008. Enquanto o consumo no Nordeste “explodia”, no restante do País ele se manteve em crescimento residual, registrando um incremento de apenas 0,2%, ou seja, cerca de 51,6 milhões de toneladas. Atualmente, a produção das duas fábricas do grupo dedicadas ao fornecimento do Ceará e região não está mais suportando a demanda. Uma está situada em Pecém e outra em Sobral, produzindo, juntas, cerca de 120 mil toneladas por mês. Para atender a demanda da região a

Votorantim anunciou a construção de uma nova fábrica na cidade de Baraúna (RN), no Vale do Jaguaribe, com capacidade para produzir 110 mil toneladas mensais, com previsão de entrada em operação em 2011. Há ainda o projeto de instalação de outras fábricas no Ceará, na Bahia e no Maranhão. Com a construção, o grupo prevê colocar no mercado mais de 10 milhões de toneladas de cimento produzido, elevando assim a capacidade total da companhia para 42 milhões de toneladas. Ainda para ampliar a capacidade de produção, em 2009 a Votorantim concluiu os projetos de expansão com fábricas integradas em Xambioá (TO) e Porto Velho (RO), além de novo forno de pozolana em Nobres (MT). Para 2010, está prevista a entrada em operação de novas fábricas em Vidal Ramos (SC) e Sepetiba (RJ. A Votorantim Cimentos está entre os dez maiores players globais de cimento, concreto e agregados. No Brasil, no ano de 2009, o grupo obteve receita líquida de R$ 7,7 bilhões. A empresa conta com 11 mil funcionários.



Fotos: Marcelo Vigneron

M&T EXPO PS

M&T Peças, Serviços e Rental tem apoio da imprensa da América Latina Se depender do apoio da imprensa especializada do Brasil e de seis países da América do Sul e Caribe, a primeira edição da M&T Expo Peças, Serviços e Rental, a se realizar de 10 a 13 de agosto de 2011, em São Paulo, já é um sucesso. Isso ficou claro durante o encontro promovido pela Sobratema, organizadora do evento, para a sua apresentação a 37 jornalistas de revistas especializadas e sites de notícias, dedicados aos setores de Construção Civil, Engenharia, Mineração, Máquinas e Equipamentos, Energia e Siderurgia, entre outros. Estiveram presentes ao encontro, ocorrido no restaurante Shintori, no Centro de São Paulo, no dia 14 de setembro, jornalistas da Argentina, Chile, Cuba, Costa Rica, Pa-

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raguai e Peru, além do Brasil (ver tabela abaixo). Todos se mostraram entusiasmados com a realização da primeira feira latino-americana de peças e serviços de equipamentos para a construção e mineração que, segundo afirmaram, veio preencher uma lacuna na região, atendendo ao crescimento de demanda por informação qualificada para os setores. Os profissionais da imprensa foram recepcionados por Mário Humberto Marques, presidente da Sobratema, Afonso Celso Mamede, vice-presidente da entidade, seu diretor-executivo, Paulo Lancerotti, e Hugo Ribas, diretor da M&T Expo Peças, Serviços e Rental. Em seu discurso de boas vindas, Mário Humberto informou aos

convidados que a nova feira tem a proposta inovadora de criar espaço para que os segmentos representativos que compõem a cadeia logística da indústria possam se apresentar em um evento que faça jus à importância dos setores para os quais a feira se destina. “Esta proposta, no entanto, será bem sucedida na medida em que as revistas, jornais e entidades aqui representadas por vocês se engajarem conosco na divulgação deste evento único”, afirmou. De acordo com o presidente da Sobratema, a M&T Expo Peças e Serviços abre espaço para um público fornecedor que movimentará na economia brasileira de R$ 9 a R$11 bilhões em 2011. O evento permitirá


WW Mário Humberto Marques, presidente da Sobratema, apresenta números do setor aos jornalistas convidados

que o fabricante ou representante autorizado exclusivo exponha os seus produtos e tome contato com as necessidades de seus clientes e com os atributos dos concorrentes. “Esta troca de informações é que permitirá a realização de novos investimentos para o desenvolvimento de produtos melhores e mais competitivos que atendam a um padrão mundial. Permitirá por outro lado que os usuários tomem conhecimento de toda a gama de produtos e serviços que está a seu dispor”. Com pouco menos de um ano para o evento, a planta da feira está com mais de 70% do espaço reservado, o que significa uma ocupação de aproximadamente 14,5 mil m², por mais de 80 empresas. A feira ocupará um espaço de 20 mil m2 de área de exposição e 30 mil m2 de área de total. Algumas das indústrias confirmadas são: Liebherr, Madal Palfinger, Antractor do Brasil, Beijing Cornfairs, Beijing Joint, Biza/Fortractor Gold, Bosch Rexroth, Bozza, BTK, Casa dos Tratores, Central Locadora, Compsis, Copex, DSL, Encopel, Escad, Everton, Forjafix, Fluid Power, GHT Cercom, GHT Store, Grupo Novatrack, HYVA, Livenza, Machbert, Metisa, Minusa, Mobil Lubrificantes, Monteli Seguros, Novak&Gouveia, Ogura Clutch, OilCheck, Panegossi, Piracica-

ba Eletrodiesel, Retifort, Rolink – Tractors, Romanelli, Scapsul, Solaris, SSAB, TBM, Tecpolimer/Tecflex, Tratorgel, Triex, TWG/Dover, Willtec, Yto Brasil e Yutong/Mundialtractor. “Os mercados de peças de reposição, de prestação de serviços e de locação de equipamentos estão crescendo de maneira acelerada, acompanhando o bom momento do setor de infraestrutura no País. Esta é a principal razão porque tantas empresas estão apoiando e decidindo investir em uma feira inédita como a M&T Expo PS, que agrega ainda mais valor ao seu negócio”, afirma Mario Humberto Marques Sobre o setor de rental, Mário Humberto adiantou que terá na nova feira lugar de destaque. “Trata-se de um setor que absorve uma fatia significativa do PIB da construção no Brasil. Quase todos os grandes fabricantes estabelecidos no País constituíram suas próprias empresas de rental. Grandes players internacionais têm prospectado o mercado brasileiro para realizar os seus investimentos neste setor. Estimamos que em 2010 cerca de 25% das máquinas produtivas da linha amarela, ou seja, cerca de 25.000 unidades, comporão a frota total de rental, da linha amarela, no País. De forma conservadora, podemos dizer que em 2010 o mercado brasileiro de

locação terá movimentado no mínimo R$ 4 bilhões”, revelou. Para Hugo Ribas, a feira nasce em um momento oportuno não só para o Brasil, mas para a América Latina como um todo, carente em investimentos significativos em infraestrutura e que finalmente vivencia um expressivo crescimento nesta área. Falando da vocação da feira, Ribas disse que ela privilegia o fabricante ou distribuidor exclusivo. “Nesse espaço, o distribuidor multimarcas tem sua participação restrita como expositor. Ele poderá participar apenas como visitante privilegiado”. Afonso Mamede lembrou que a Sobratema completa 22 anos este ano, dedicados à difusão do conhecimento do setor, a despeito das grandes dificuldades existentes nesta atividade. “Trata-se de um mercado muito segmentado, com várias associações que representam seus setores e enxergam apenas seus próprios umbigos”. Nesse contexto, de acordo com o vice-presidente da Sobratema, a M&T Expo Peças, Serviços e Rental distingue-se por propiciar a aproximação dos diversos setores, reunindo quem produz e quem consome os produtos e serviços. Para encerrar, Mário Humberto declarou: “Estamos em um momento único da economia Brasileira. Momentos como este não podem ser desperdiçados. Os expositores e visitantes poderão estar assegurando um lugar de destaque no palco dos negócios nos próximos cinco anos ao participar da M&T Expo Peças e Serviços. Temos um encontro marcado de 10 a 13 de agosto de 2011”.

Otimismo que marca o setor esteve presente no encontro

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SS 1.Josefina Castilho, 2. Miguel Zavala, 3. Jessica Terreros Jorge, 4. Ignácio Pica, 5. Afonso Mamede, 6. Paulo Lancerotti e Hugo Ribas

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Copa 2014

O que pensam os formadores de opinião Josefina Alvarez Castilho, Revista Obras, Cuba: “Parece-me que será um evento muito interessante. É a primeira do gênero na América Latina. Nunca soube de outra que fosse voltada para este mercado específico. Será uma boa oportunidade de reunir, no mesmo lugar, quem oferece os produtos e serviços para estes setores, e quem utiliza esses produtos e serviços”. Miguel Zavala Torres, Revista Tecnologia Minera, Peru: “As construtoras e mineradoras da América Latina há muito tempo esperavam por uma feira com este perfil. No Peru estamos vivendo um boom das indústrias da construção e mineração. Há muitos investimentos em jogo e certamente estes mercados demandarão novas soluções em manutenção e serviços para sua cadeia de produção. Por tudo isso, a feira acontece em um momento muito oportuno” Antonio Carlos Spaletta, Revista Borracha Atual, Brasil: “Nossa revista está atenta às novidades nos setor de reciclagem da borracha e sustentabilidade. Estamos interessados, por exemplo, nas destinações que podem ser dadas a pneus, correias transportadoras e outros elementos feitos de borracha, ao final de sua vida útil. Nossa expectativa é que a feira revele ao mercado fornecedores de soluções nestas áreas, novas idéias e oportunidades de negócios”. Jessica María Terreros Jorge, Revista Minería Y Medio Ambiente e Revista Ingenieria e Construccion, Peru: “Os empresários e investidores do Peru terão uma excelente oportunidade para co-

nhecer as novas opções em tecnologias para os setores de construção e mineração. Acredito que a feira permitirá a intensa troca de informações que estes setores precisam.

Ignácio Pica, Revista El Constructor, Argentina: “Na Argentina estão acontecendo muitas obras púbicas de infraestrutura. O mercado de construção está muito aquecido e precisando de informações novas. Nesse sentido, o Brasil é uma referência muito forte. Não só porque é cenário de um grande volume de obras de grande porte, mas também porque aqui há muitos fabricantes importantes, estabelecidos com suas fábricas. A feira vai permitir esse intercâmbio de experiências e informações, principalmente na área de manutenção de máquinas e equipamentos para a construção pesada.” Carolyn Hernández, Revista Construir, Costa Rica: “Na minha opinião, o mais importante é que a nova feira servirá de exemplo, para que os demais países da América Latina organizem seus próprios eventos voltados para soluções em manutenção e pós-venda em equipamentos para a construção pesada. Tenho certeza que os empresários da Costa Rica e de toda a América Latina identificarão nesta feira uma excelente oportunidade de conhecer novas tecnologias e fazer negócios.” Andrea Moreira Papelo, Revista Vial, Argentina: “Este é o tipo de evento de interessa não só às áreas de construção e mineração, mas também a toda uma cadeia de logística. Vai interessar a todas as empresas que atuam no setor, dando grande visibilidade à indústria

fornecedora de soluções para estes setores”

Susana Meersohn, Revista Area Minera: ”Acredito que a M&T Expo Peças e Serviços será muito interessante editorialmente. Para os jornalistas da imprensa especializada da América Latina será uma rica fonte de informações.”

RELAÇÃO DOS VEÍCULOs PRESENTES VEÍCULO PAÍS Revista Obras CUBA Revista Transporte Terrestre CHILE Revista Horizonte Minero PERU Grupo Constructivo PERU Revista Tecnologia Minera PERU El Constructor - Elco Editores ARGENTINA Revista Panorama Minero ARGENTINA Revista Construir COSTA RICA Revista Vial ARGENTINA Revistas Megavatios/Ingenieria Quimica ARGENTINA Revista AreaMinera CHILE Revista Minería Y Medio Ambiente PERU Revista Ingenieria Construccion PERU Contractors World (Inglaterra) INGLATERRA Diário Última Hora PARAGUAY Revista Del Camionero CHILE EAE Máquinas BRASIL Revista Apelmat BRASIL Revista Locação e Negócios BRASIL Revista Construtores BRASIL Revista Ferrovia BRASIL Revista OTM BRASIL Revista Minérios & Minerales BRASIL Revista Borracha Atual BRASIL Revista Crane Brasil BRASIL Revista Brasil Mineral BRASIL Revista Fundações & Obras Geotécnicas BRASIL Transpo On Line BRASIL

Números divulgados durante o encontro com a imprensa

• No ano de 2010 o Produto Interno Bruto do Brasil deverá atingir o montante de R$3,5 trilhões ou o equivalente a US$2,0 trilhões. • Peças, serviços e locação de máquinas para o setor de construção incluem-se em um setor que gira cerca de 5% do PIB Brasileiro ou cerca de R$175 bilhões (US$100 bilhões). • O setor de construção no Brasil deverá gerar cerca de 400 mil empregos diretos em 2010. • A frota de máquinas da linha amarela, em operação produtiva, chegará a 100 mil unidades, 22 mil das quais serão vendidas em 2010. • Da frota total, cerca de 4 mil máquinas serão paralisadas este ano, por obsolescência. • Os serviços diretos voltados para a operação desta frota deverão atingir no mínimo R$ 2,0 bilhões. • Estima-se que o mercado brasileiro de peças de reposição movimentou cerca de R$ 3,5 bilhões em 2009 e que movimentará cerca de R$ 4,0 bilhões em 2.010.

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Revista In the Mine BRASIL Revista Engenharia BRASIL Revista Siderurgia Brasil BRASIL Revista O Empreiteiro BRASIL Tracbel Magazine BRASIL Revista Areia e Brita BRASIL Tv na Obra BRASIL Portal Metramaq/Tv Metramaq BRASIL Revista Grandes Construções BRASIL Revista M&T BRASIL


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sobratema fÓrum

Relatório dos investimentos

em infraestrutura Brasil, um canteiro de 9.500 obras com orçamento de R$ 1,3 trilhão Sobratema divulga levantamento de conjunto de obras em todo o Brasil com execução prevista até 2016, para orientar indústria e investidores Mais de 9.500 obras de grande porte em todo o País, em setores tão diversos quanto saneamento, geração de energia, transporte e logística, siderurgia, hotelaria, papel e celulose, arenas desportivas, petróleo e gás e shoppings centers. Oportunidades de negócios que envolvem recursos superiores a R$ 1,3 trilhão. Essa é a nova cara do Brasil, que desponta finalmente, no cenário da economia mundial, como uma das nações mais promisso-

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ras, capaz de descrever uma trajetória de crescimento sustentável e atraente para investidores do mundo todo. Esse também é o cenário da pesquisa encomendada pela Sobratema, que deverá orientar não só seus associados – representantes da indústria de máquinas e equipamentos para a construção pesada e mineração – como também todos os players que atuam nos setores de construção civil, engenharia, mineração e infraes-

trutura, pelos próximos seis anos. Resultado de seis meses de pesquisa, e concluído em março deste ano, o relatório “Principais Investimentos nas Áreas de Infraestrutura e Indústria”, onde estão previstos investimentos no Brasil até 2016, tem o objetivo de estruturar e organizar as informações disponíveis no mercado (mas até então dispersas ou circulando apenas dentro de cada área de negócio), de forma a reuní-las em um único documento. Com


2010-2016 esta proposta, o relatório apresenta um panorama geral da indústria da construção no País, e aponta as perspectivas de cada um dos segmentos mais relevantes da infraestrutura e das obras. De acordo com Cristina della Penna, diretora da Criactive Assessoria Comercial, empresa de consultoria contratada pela Sobratema para a realização do estudo, o trabalho busca materializar a percepção de que a indústria da construção e toda a sua cadeia vêm assumindo um papel de grande relevância neste novo ciclo de desenvolvimento do País. “O PAC, a Copa 2014 e as Olimpíadas 2016 são alguns dos alavancadores, que certamente farão diferença e levarão os volumes de investimentos em infraestrutura a novos patamares no nosso País. E toda a cadeia da construção tem acompanhado esse salto de desenvolvimento e se preparado para o que deve acontecer em termos de obras, nos próximos anos”, avalia. Para Paulo Lancerotti, diretor-executivo da Sobratema, o relatório, ao oferecer ao mercado informação altamente qualificada, permite que toda a indústria da construção – incluindo construtoras, fabricantes de máquinas,

peças e equipamentos, fornecedores de serviços e insumos para a construção – faça suas análises quantitativas, programe seus investimentos, planeje e redimensione suas capacidades, de forma a melhor atender às demandas crescentes desse mercado. Metodologia Cristina explica que, para oferecer uma visão privilegiada do cenário nacional, com áreas de negócios tão diversas e tantas oportunidades de investimentos, o estudo optou por segmentar o mercado em 11 setores. São eles: Energia: subdividido em obras de geração, transmissão e distribuição. No total foram utilizadas 43 fontes secundárias no levantamento dos dados; Combustível: subdividido em obras nas áreas de álcool, biodiesel, estaleiro, etanol, gás e petróleo. Neste setor foram consultadas 13 fontes secundarias; Saneamento: subdividido em obras de: abastecimento/esgoto, adutoras, barragens/açudes, irrigação, saneamento/meio ambiente e outras. Para as análises deste setor serviram de base oito fontes secundarias; Transporte: subdividido em obras de aeroportos, ferrovias, hidrovias,

metrôs, pontes/viadutos, portos, rodovias/vias urbanas e outras. No total, foram utilizadas 18 fontes secundarias; Habitação: subdividido em obras de habitação e urbanização, com a consulta de oito fontes secundarias; Setor Privado: subdividido em obras industriais, mineração, siderurgia e outras. Além das 49 fontes secundarias, foram contatadas 14 empresas de grande porte, dos diversos setores, na busca de informações primárias; Hotel & Resort: além das 33 fontes secundárias, foram contatadas as principais redes hoteleiras, na busca de informações primárias; Shopping Center: além das 101 fontes secundárias, foram ouvidas as principais redes do setor na busca de informações primárias; Copa 2014: nos estudos foram consideradas apenas as obras de infraestrutura esportiva, balizadas em duas fontes secundárias; Olimpíadas 2016: foram consideradas apenas as obras de infraestrutura esportiva, com base em informações de seis fontes secundárias; Outros: subdividido em obras de hospitais, universidades e infraestrutura de turismo, entre outras. Além de

"Ao oferecer ao mercado informação altamente qualificada, esse

estudo permite que toda a indústria da construção – incluindo construtoras, fabricantes de máquinas, peças e equipamentos, fornecedores de serviços e insumos para a construção – faça suas análises quantitativas, programe seus investimentos, planeje e redimensione suas capacidades, de forma a melhor atender às demandas crescentes desse mercado" Paulo Lancerotti, diretor-executivo da Sobratema

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sobratema fÓrum 64 fontes secundárias, foram contatadas as principais redes de hospitais e grupos de ensino. Para cada setor foi elaborada uma analise geral e um ranking das principais obras. O estudo também permite quantificar o volume de investimentos por região e por tipo de obra, possibilitando análises gerenciais e estratégicas. Crescimento com muita energia De acordo com o levantamento, que levou em conta principalmente os dados do BNDES, só na área de infraestrutura, a perspectiva de investimentos é da ordem de R$ 274 bilhões entre 2010 e 2013. Estão contemplados os setores de energia elétrica, telecomunicações, saneamento e logística. Nesta área, o setor de Energia será o que mais vai demandar recursos, com um volume de investimentos previstos da ordem de R$ 92 bilhões. Isso representa 33,5% do total de investimentos na área, até 2013. São projetos de geração, transmissão e distribuição de energia, que têm como carros-chefes os projetos do Complexo Hidrelétrico do Rio Madeira – as usinas de Jirau, com 3.450 MW, e Santo Antônio, com 3.200 MW, ambas em Rondônia –, além de Belo Monte, com potencial de 11.233 MW, no Pará, e da terceira usina nuclear de Angra dos Reis, no Rio de Janeiro. O montante a ser investido no setor é 35,7% superior ao que foi disponibilizado entre 2005 e 2008 (R$ 199 bilhões). Na sequência, em termos de volume de recursos, vêm os setores de telecomunicações, saneamento, ferrovias, transporte, rodoviário e portos. Ainda com base em projeção do BNDES, a pesquisa apurou que, graças às recém-descobertas reservas do pré-sal, a exploração de petróleo e gás vai liderar o investimento da indústria nos próximos quatro anos, somando US$ 271 bilhões (cerca de R$ 487 bilhões). Na comparação com o período de 2005 a 2008, o valor representa crescimento de quase 42% no volume de recursos aplicados na indústria. O pré-sal deverá gerar um efeito multipli28 / Grandes Construções

cador na indústria brasileira, como um ciclo virtuoso. Vários setores, como os da indústria naval, siderurgia, metalurgia e equipamentos, se beneficiarão da exploração das áreas. Mais de 60% dos investimentos virá de petróleo e gás, responsáveis por US$ 171 bilhões ate 2013, pela estimativa do banco. A Petrobras, em seu planejamento estratégico, prevê investimentos de US$ 174,4 bilhões de 2009 a 2013. Outro setor da cadeia do petróleo que contribuirá muito para a expansão da indústria é o petroquímico, que vai mais do que triplicar os investimentos em relação aos US$ 5 bilhões do perí-

do o Sindicato Nacional da Indústria Naval (Sinaval). O volume total de obras levantadas no setor de Saneamento foi de 5.838, gerando um investimento de R$ 80.964,8 milhões. No setor de Transporte foram levantadas 719 obras, totalizando um investimento de R$ 232.163,8 milhões. Para capacitar as 12 cidades-sede para a realização da Copa 2014 serão necessários pelo menos R$ 79,4 bilhões em investimentos, voltados para obras de infraestrutura, construção de novos estádios de futebol existentes ou construção de novas instalações. As obras previstas contemplam ainda

odo 2005-2008. Segundo o BNDES, serão aplicados US$ 17 bilhões na petroquímica até 2013, um aumento de 240% em relação ao outro quadriênio. Entre os projetos em curso, estão o Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj) e o Polo Petroquímico de Suape, em Pernambuco, que devem consumir US$ 8,4 bilhões e US$ 2 bilhões, respectivamente. Pelo menos oito estaleiros de grande porte, no valor estimado de US$ 10 bilhões, estão sendo projetados por grupos nacionais e estrangeiros para operar no Brasil entre 2010 e 2011. O objetivo do reforço é atender as demandas crescentes de construção de sondas de perfuração, plataformas e navios petroleiros, que devem atingir R$ 150 bilhões em cinco anos, segun-

a construção de centros de treinamento, reforma de aeroportos, projetos de incentivo ao turismo, segurança e adequação do sistema de transito, entre outras. Mas se forem consideradas apenas as obras das instalações desportivas, os gastos projetados são da ordem de R$ 10 bilhões. Já o projeto olímpico do Rio de Janeiro está orçado em cerca de R$ 25 bilhões, dos quais grande parte será destinada às obras de infraestrutura, como transporte, saneamento e segurança, além da construção de instalações esportivas, da Vila Olímpica e centro de imprensa, entre outras obras. Somente as instalações esportivas, no entanto, terão um custo de aproximadamente R$ 2 bilhões, distribuídos em 41 obras.


ANÚNCIO


sobratema fÓrum

O que pensam os representantes da indústria da construção

SS Marcos Monteiro

SS Paulo Godoy

SS Carlos Maurício Lima de Paula Barros

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Para Marcos Monteiro, Presidente da Associação Brasileira de Engenharia e Consultoria Estrutural (Abece), desde que o Brasil foi anunciado como sede da Copa 2014 muito tem se falado do potencial de geração de negócios do evento e os benefícios que o país terá com os legados por ele deixados. Estudos realizados pela consultoria Ernst Young mostram que o campeonato poderá gerar, considerando-se apenas o setor da construção civil, um aumento do PIB da ordem de R$ 8 bilhões entre impactos diretos e indiretos. Ele observa, no entanto, que pouco se viu de ação efetiva por parte dos governos, desde o anúncio. “Algumas ações em estádios, poucos planos anunciados... É evidente que para as expectativas de resultados serem alcançadas é preciso investir”, pondera. Monteiro observa que, de acordo com o estudo da consultoria, serão necessários investimentos de R$ 4,6 bilhões em estádios, R$ 3,2 bilhões na rede hoteleira, R$ 2,6 bilhões na rede de transporte (aéreo, viário, ferroviário etc.), além de R$ 2,8 bilhões em ações de infraestrutura e reurbanização, entre outros setores. Mas, em sua opinião, a participação da iniciativa privada tem sido tímida, por falta de segurança no retorno dos investimentos. “O governo federal vem afirmando, com razão, que grande parte dos investimentos terá que ser feita pela iniciativa privada. E esse é o grande nó da questão. Quem investe em qualquer negócio em que não estão claras as regras do jogo? Onde não existe um planejamento claro ou projetos de implantação? Ou ainda, se não tem claro quais são as perspectivas de continuidade de geração de resultados após a realização do evento?”, questiona Monteiro.

Ele crê que enquanto as diversas esferas do governo não se articularem e não apresentarem, claramente, planejamento e projetos integrados para as diversas cidades-sede, bem como ações para continuidade de geração de negócios após a Copa, o setor privado não se sentirá seguro em tirar seus projetos de investimento do papel. O presidente da Abece lembra que grandes obras de construção civil têm tempo de execução longo, e que por conta do longo período de inércia, talvez não tenhamos tempo de fazer as coisas da forma correta. “Teremos projetos básicos feitos na correria, com falhas e indefinições que causarão atrasos de obra e adendos contratuais. Teremos falta de mão de obra especializada e a necessidade de utilizar uma mão de obra não qualificada produzirá obras com qualidade abaixo da desejada. Nada muito diferente do que vivemos até agora, mas que ainda não foi suficiente para aprendermos”, lamenta. O Brasil depois de 2016 Mais otimista, Paulo Godoy, presidente da Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base (Abdib), acredita que o Brasil que organizará a Copa do Mundo em 2014 e os Jogos Olímpicos em 2016 certamente será maior e mais exigente do que o atual. Para ele, a organização de dois dos eventos mais importantes do mundo serve como fator fundamental para antecipar investimentos em diversos setores de infraestrutura e para pressionar por decisões das autoridades públicas envolvidas no planejamento, na execução e no controle de gastos e investimentos. “O Brasil, tão acostumado a conviver com atrasos e interrupções em obras de infraestrutura, terá de cumprir prazos para que os projetos

estejam à disposição da sociedade, já que há data marcada para os dois eventos começarem. Os projetos previstos para os dois eventos esportivos, no entanto, não serão suficientes para suprir todas as necessidades das cidades e da sociedade que anos e anos de investimentos aquém do necessário deixaram de legado. Mas há oportunidades claras para fazer confluir esforços e recursos públicos e privados numa mesma direção, de forma que as intenções sejam traduzidas em obras importantes para reduzir gargalos econômicos e sociais”, avalia Godoy. “Em um estudo realizado pela Abdib para identificar a capacidade atual e ideal de infraestrutura e de serviços públicos para as cidades brasileiras receberem jogos da Copa do Mundo, foram identificados 786 projetos, com perspectiva de investimento de R$ 104 milhões, previstos ou em execução nas áreas de portos, aeroportos, mobilidade urbana, energia elétrica, saneamento básico, telecomunicações, hotelaria, rede hospitalar, segurança pública e arenas esportivas.” Godoy adverte, no entanto, que se o País quiser competir em igualdade de condições com as principais nações do mundo, terá de manter amplo e contínuo programa de investimentos em infraestrutura e promover ações para ampliar a qualidade de vida e as oportunidades para a população urbana e rural. O legado é a nossa medalha Carlos Maurício Lima de Paula Barros, presidente da Associação Brasileira de Engenharia Industrial (Abemi), representante das empresas de engenharia industrial atuantes na implantação da infraestrutura do País, também



sobratema fÓrum se preocupa com o legado dos grandes jogos para a sociedade. Ele calcula que pra viabilizar o projeto Rio 2016, a previsão de investimentos públicos e privados gira em torno de R$ 30 bilhões, dos quais R$ 23 bilhões aplicados em projetos de linhas de metrô, corredores de ônibus, revitalização da zona portuária, despoluição das baías, entre outras. Já para a Copa, dos R$ 104 bilhões em investimentos totais, 33%, ou R$ 60 bilhões, nas contas do dirigente setorial, correspondem a obras de mobilidade urbana. “Não surpreende que esse seja o setor a exigir maiores esforços: as cidades brasileiras há muito se ressentem da ausência de estrutura de transporte eficiente e adequada às necessidades da população”, analisa. “Acelerar os projetos de modernização e ampliação do transporte de massa nas grandes cidades é um legado que poderá ficar da Copa e da Olimpíada, assim como a solução das deficiências crônicas em saneamento básico. Segundo estudo realizado em 2009, cerca de R$ 12 bilhões precisarão ser investidos em saneamento básico, praticamente o mesmo necessário à ampliação da capacidade da rede de hospitalidade”, revela. Carlos Maurício destaca que um setor que concentra grandes expectativas é o aeroportuário. Com a maioria dos principais aeroportos brasileiros operando hoje acima da capacidade, as intervenções prometidas pelo governo federal se fazem urgentes não somente para atender ao aumento do fluxo de passageiros no período das competições, mas principalmente para suportar o crescimento recente da demanda interna, pelo aumento do poder aquisitivo da população. O plano anunciado pela Infraero é de investir RS 5,4 bilhões em 16 aeroportos das 12 cidades-sede ate 2014. As reformas incluem novos terminais e pistas, ampliação de pátios e modernização de sistemas de aproximação e proteção ao voo. Energia e telecomunicações são outros itens prioritários na agenda do Brasil e dos eventos internacionais. Para o presidente da Abemi, na área energética, o desafio é aumentar a capacidade instalada em transmissão e distribuição e adotar medidas que impeçam os temidos ‘miniapagões’. Em comunicações, as demandas se relacionam à ampliação de redes de alta velocidade e na formação de estrutura capaz de suportar tráfego intenso de conteúdos e mensagens. “Uma fotografia de 2010 revela um Brasil longe de estar pronto para sediar os dois maiores eventos esportivos do mundo. Se bem conduzidos, os investimentos programados poderão se transformar em legado permanente para toda a população brasileira. Caso contrário, o país corre o risco de um vexame internacional, com perda de imagem e credibilidade, duramente conquistadas”, alerta.

32 / Grandes Construções

Governo precisa racionalizar gasto público mantendo os investimentos SERGIO WATANABE* Será inevitável um forte ajuste nas finanças governamentais após as eleições. O controle sobre a dívida interna é premente em face do elevado nível de crescimento das despesas do governo. Dívida crescente significa necessidade de seu financiamento cada vez maior, o que implica elevação dos juros para atrair os investidores. Esta elevação é deletéria por desviar os investimentos da atividade produtiva, ocasionando a diminuição do ritmo de crescimento econômico. Portanto, a questão que se coloca não é o ajuste das finanças internas – ele é necessário –, mas como fazê-lo. Nesse processo, é essencial preservar e aumentar os recursos do Orçamento destinados a investimentos. Tais recursos, voltados à expansão da infraestrutura e ao subsídio à habitação para a população de baixa renda, são indispensáveis para que o PIB (Produto Interno Bruto) continue crescendo a taxas acima de 5% ao ano. É nos gastos de custeio da máquina administrativa que se devem centrar os esforços de racionalização. E para tanto não faltam ferramentas. O próprio Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão deu um belo exemplo ao disponibilizar em seu site a “Coletânea de Melhores Práticas de Gestão do Gasto Público”. Lá se encontra um elenco de medidas de racionalização. Em sua

grande maioria, são medidas simples de economia de insumos, como a centralização de compras, a utilização do pregão eletrônico para a aquisição de bens comuns, a transparência mediante a publicação da execução orçamentária na internet, o sistema eletrônico de gastos. Há também sugestões de sustentabilidade, tais como a racionalização dos gastos com água, restrições à sua utilização na lavagem de carros oficiais, captação de água de chuva, substituição de veículos para entregas por serviços de motoboys, controle eletrônico de abastecimento de combustível e conservação de energia elétrica. Por último, há medidas como contenção de diárias de viagens e de passagens de avião, bem como a recomendação da substituição de cargos em comissão por assessorias. São sugestões que todos os atuais e futuros governantes deveriam ler e colocar em prática. Mas, uma vez que somente estas medidas não têm evitado o aumento do gasto público e dos tributos, também é necessário definir uma meta de redução da carga tributária, assim como se faz com a meta de inflação. Com isso, o Brasil poderia instituir um plano para a diminuição progressiva da carga tributária em 10 anos, até ela atingir 25% do PIB.

*Sergio Watanabe é presidente do SindusCon-SP (Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo) e vice-presidente da CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção)



sobratema fÓrum

Análise consolidada dos setores RO

AP

aMAM

MA

PA

CE

RN PE AL

AC TO

SE BA

MT DF GO MG

ES

MS SP

RJ

Norte obras (R$ milhões) 97 1372,4 29 5212,6 16 778,7 385 29966,5 122 25556,6 70 1010,9 153 4317,8 15 8178,7 887 76394,2

AL BA CE MA PB PE PI RN SE + de 1 Estado Total

Nordeste 260 4565,9 0,4% 734 38452,2 3,2% 637 78234,5 6,4% 353 52633,4 4,3% 362 4202,9 0,3% 575 51981,6 4,3% 388 7624,6 0,6% 231 7487,4 0,6% 157 2910,8 0,2% 40 35046,6 2,9% 3.737 283139,9 23,2%

DF GO MT MS + de 1 Estado Total

Centro-Oeste 82 6088,0 350 12908,5 242 13966,0 191 6156,8 6 1103,5 871 40222,8

ES MG RJ SP + de 1 Estado Total

Sudeste 192 52029,1 4,3% 940 53153,4 4,4% 460 215164,3 17,6% 1.115 265823,5 21,8% 16 65814,1 5,4% 2.723 651984,3 53,4%

PB

PI RR

Estados AC AM AP PA RO RR TO + de 1 Estado total

PR SC RS

Região + de 1 Estado Não informado Norte Nordeste Centro-Oeste Sudeste Sul Total

34 / Grandes Construções

Brasil obras (R$ milhões) % 67 63066,4 5,2% 4 117,8 0,0% 887 76394,2 6,3% 3.737 283139,9 23,2% 871 40222,8 3,3% 2.723 651984,3 53,4% 1.261 105402,9 8,6% 9.550 1220328,3 100,0%

% 0,1% 0,4% 0,1% 2,5% 2,1% 0,1% 0,4% 0,7% 6,3%

0,5% 1,1% 1,1% 0,5% 0,1% 3,3%

Sul PR RS SC + de 1 Estado Total

481 486 287 7

24517,0 41879,0 34452,6 4554,3 105402,9

2,0% 3,4% 2,8% 0,4% 8,6%


ANÚNCIO


Número de obras e investimentos do setor por estado e região

sobratema fÓrum

TRANSPORTE

ENERGIA

RO AP

aMAM PA

AC TO

RR

MA

CE RN PB

PI

PE AL SE BA

MT DF

GO

MS

MG ES

SP

RJ

PR

SC

RS

Norte Estados obras (R$ milhões) AC 1 30,0 AM 1 Não Informado AP 11 119,0 PA 28 21.852,5 RO 15 24.014,0 RR 2 77,3 TO 7 1.105,0 + de um estado 6 6.027,5 total 71 53.225,3

% 0,0% 0,1% 12,7% 13,9% 0,0% 0,6% 3,5% 30,9%

Norte Estados obras (R$ milhões) AC 5 736,5 AM 7 2.004,2 AP 3 500,9 PA 29 3.352,3 RO 5 446,1 RR 2 352,6 TO 4 1.078,2 + de um estado 4 1.647,0 total 59 10.117,8

% 0,3% 0,9% 0,2% 1,4% 0,2% 0,2% 0,5% 0,7% 4,4%

AL BA CE MA PB PE PI RN SE + de um estado Total

Nordeste 3 740,6 23 5.014,1 16 8.707,5 18 5.374,8 10 2.045,0 16 3.477,3 7 2.083,8 11 1.765,9 7 692,6 18 9.907,8 129 39.809,4

0,4% 2,9% 5,1% 3,1% 1,2% 2,0% 1,2% 1,0% 0,4% 5,7% 23,1%

Nordeste AL 3 740,6 BA 23 5.014,1 CE 16 8.707,5 MA 18 5.374,8 PB 10 2.045,0 PE 16 3.477,3 PI 7 2.083,8 RN 11 1.765,9 SE 7 692,6 + de um estado 18 9.907,8 Total 129 39.809,4

0,4% 2,9% 5,1% 3,1% 1,2% 2,0% 1,2% 1,0% 0,4% 5,7% 23,1%

DF GO MT MS + de um estado Total

Centro-Oeste 11 75,0 78 6.655,2 32 4.451,3 11 2.044,8 4 745,3 136 13.971,6

0,0% 3,9% 2,6% 1,2% 0,4% 8,1%

Centro-Oeste 10 3.018,6 8 1.263,9 24 5.610,2 12 1.674,1 1 66,7 55 11.633,5

1,3% 0,5% 2,4% 0,7% 0,0% 5,0%

ES MG RJ SP + de um estado Total

Sudeste 16 4.662,7 28 4.265,4 26 4.581,3 175 8.887,6 7 3.341,8 252 25.738,8

2,7% 2,5% 2,7% 5,2% 1,9% 14,9%

Sudeste ES 14 1.241,6 MG 32 9.168,4 RJ 38 27.237,1 SP 118 55.496,5 + de um estado 2 34.604,5 Total 204 127.748,1

0,5% 3,9% 11,7% 23,9% 14,9% 55,0%

PR RS SC + de um estado Total

20 43 44 5 112

2,4% 3,8% 4,5% 2,6% 13,3%

PR 39 RS 35 SC 56 + de um estado 2 Total 132

Total

Sul

4.117,5 6.614,0 7.703,8 4.549,0 22.984,3

Brasil 716 172.362,9 100,0%

NÚMERO DE OBRAS E INVESTIMENTO POR TIPO Tipo de Obra obras (R$ milhões) % Distribuição 71 17.560,0 10,0% Geração 300 129.781,7 75,0% Transmissão 345 25.021,2 15,0% Total 716 172.362,9 100,0%

36 / Grandes Construções

DF GO MT MS + de um estado Total

Total

719

Sul

6.232,3 11.095,4 7.924,9 5,3 25.257,9

2,7% 4,8% 3,4% 0,0% 10,9%

Brasil 232.163,8 100,0%

NÚMERO DE OBRAS E INVESTIMENTO POR TIPO Tipo de Obra obras (R$ milhões) % Rodovias/vias 422 84.119,9 36,0% urbanas Ferrovias 44 70.077,0 30,0% Metrô 30 36.804,6 16,0% Portos 113 26.431,7 11,0% Aeroportos 65 7.686,8 3,0% Pontes/Viadutos 23 5.098,2 2,0% Hidrovias 11 1.315,7 1,0% Outras Obras 11 630,0 0,0% Total 719 232.163,8 100,0%


Número de obras e investimentos do setor por estado e região COMBUSTÍVEL

SANEAMENTO

Norte Estados obras (R$ milhões) AM 1 650,0 PA 1 70,0 RR 1 7,0 TO 1 1.370,0 + de um estado 4 454,2 total 8 2.551,2

% 0,1% 0,0% 0,0% 0,2% 0,1% 0,5%

AL BA CE MA PB PE RN + de um estado Total

Nordeste 2 396,3 9 14.210,3 1 22.000,0 2 40.310,0 8 44,0 8 30.646,2 1 193,1 7 12.433,0 38 120.232,9

0,1% 2,5% 3,9% 7,1% 0,0% 5,4% 0,0% 2,2% 21,2%

GO MT MS Total

Centro-Oeste 13 3.154,8 5 440,1 7 1.480,0 25 5.074,9

0,6% 0,1% 0,3% 0,9%

ES MG RJ SP + de um estado Total

Sudeste 13 43.535,7 18 6.467,8 26 141.516,0 43 165.677,6 5 27.464,3 105 384.661,4

Sul

HABITAÇÃO

Norte obras (R$ milhões) 72 390,0 10 1.040,6 1 78,8 251 1.360,2 80 869,1 53 536,1 79 359,3 546 4.634,1

% 0,5% 1,3% 0,1% 1,7% 1,1% 0,7% 0,4% 5,7%

Estados AC AM PA RO RR TO total

Norte obras (R$ milhões) 16 84,5 1 201,0 59 689,0 19 215,9 11 34,7 58 291,3 164 1.516,4

% 0,5% 1,2% 4,2% 1,3% 0,2% 1,8% 9,2%

Nordeste AL 209 1.489,6 BA 516 4.387,3 CE 423 5.520,2 MA 230 652,9 PB 308 840,8 PE 403 3.889,0 PI 332 1.713,0 RN 161 1.365,2 SE 105 1.146,7 + de um estado 12 7.240,4 Total 2.699 28.245,0

1,8% 5,4% 6,8% 0,8% 1,0% 4,8% 2,1% 1,7% 1,4% 8,9% 34,9%

AL BA CE MA PB PE PI RN SE Total

Nordeste 22 206,5 110 486,8 79 1.458,1 74 419,6 29 131,7 81 1.331,6 37 187,6 36 168,1 27 95,7 495 4.485,7

1,3% 2,9% 8,8% 2,5% 0,8% 8,1% 1,1% 1,0% 0,6% 27,2%

DF GO MT MS + de um estado Total

Centro-Oeste 37 992,8 186 975,1 140 1.536,0 110 376,4 1 291,5 474 4.171,8

1,2% 1,2% 1,9% 0,5% 0,4% 5,2%

DF GO MS MT Total

Centro-Oeste 10 447,9 58 289,0 46 141,5 34 110,4 148 988,8

2,7% 1,8% 0,9% 0,7% 6,0%

7,7% 1,1% 25,0% 29,2% 4,8% 67,9%

ES MG RJ SP Total

Sudeste 108 1.339,4 651 9.243,4 169 7.484,2 442 18.812,6 1.370 36.879,6

1,7% 11,4% 9,2% 23,2% 45,6%

ES MG RJ SP Total

Sudeste 25 137 110 229 501

1,8% 3,6% 1,0% 6,4%

PR RS SC Total

94 72 21 187

Brasil 5.838 80.964,8 100,0%

Total

Estados AC AM AP PA RO RR TO total

PR RS SC Total

9 6 6 21

10.949,7 8.340,9 15.433,0 34.723,6

1,9% 1,5% 2,7% 6,1%

PR RS SC Total

Total

Brasil 213 566.876,0

100,0%

Total

NÚMERO DE OBRAS E INVESTIMENTO POR TIPO Tipo de Obra obras (R$ milhões) % Petróleo 91 513.934,8 91,0% Gás 39 21.824,5 4,0% Álcool 24 15.740,1 3,0% Etanol 43 9.553,7 2,0% Estaleiro 6 5.377,4 1,0% Biodiesel 10 445,5 0,1% Total 213 566.876,0 100,0%

285 304 141 730

1.454,9 2.926,9 799,6 5.181,4

NÚMERO DE OBRAS E INVESTIMENTO POR TIPO Tipo de Obra obras (R$ milhões) % Abastecimen5474 57.003,7 70,0% to/Esgoto Saneamento/ 23 5.537,6 7,0% Meio ambiente Outras obras Irrigações Adutoras Barragens/ Açudes Total

242 27 44

5.536,1 5.370,5 5.286,9

7,0% 7,0% 7,0%

28

2.230,0

3,0%

5.838

80.964,8 100,0%

Sul

182,8 1.900,1 2.487,1 3.754,6 8.324,7

1,1% 11,5% 15,1% 22,7% 50,4%

471,7 573,7 144,1 1.189,4

2,9% 3,5% 0,9% 7,2%

Brasil 1.495 16.505,1 100,0%

NÚMERO DE OBRAS E INVESTIMENTO POR TIPO Tipo de Obra obras (R$ milhões) % Urbanização 528 13.516,0 82,0% Habitação 967 2.989,1 18,0% Total 1.495 16.505,1 100,0%

Setembro 2010 / 37


Número de obras e investimentos do setor por estado e região

sobratema fÓrum

INDÚSTRIA

RO AP

aMAM PA

SHOPPING CENTER

Estados AM PA RO TO total

Norte obras (R$ milhões) 3 245,8 10 2.459,7 1 Não informou 2 12,0 16 2.717,5

% 0,3% 3,3% NF 0,0% 3,7%

Estados AC AM AP RO TO total

AL BA CE MA PB PE PI RN MA Total

Nordeste 1 62,0 5 2.461,0 11 912,1 3 4.444,0 1 7,0 17 2.188,8 1 3.000,0 1 não informou 3 4.444,0 40 13.074,9

0,1% 3,3% 1,2% 6,0% 0,0% 3,0% 4,0% NF 6,0% 17,6%

AL BA CE MA PB PE PI SE Total

DF GO MT MS Total

Centro-Oeste 2 75,0 1 90,0 1 50,0 3 824,0 7 1.039,0

0,1% 0,1% 0,1% 1,1% 1,4%

ES MG RJ SP + de um estado Total

Sudeste 4 472,3 44 19.359,3 15 18.534,6 12 6.047,0 2 403,5 77 44.816,6

AC TO

RR

MA

CE RN PB

PI

PE AL SE BA

MT DF

GO

Norte obras (R$ milhões) 2 130,0 1 250,0 1 80,0 1 Não informou 1 100,0 6 560,0

Nordeste 2 2 1 2 1 2 1 1 12

% 1,2% 2,3% 0,7% NF 0,9% 5,1%

186,0 400,0 25,0 302,0 NF 22,0 10,0 NF 945,0

1,7% 3,6% 0,2% 2,7% NF 0,2% 0,1% NF 8,6%

DF GO MS Total

Centro-Oeste 4 442,0 2 400,0 3 390,0 9 1.232,0

4,0% 3,6% 3,5% 11,2%

0,6% 26,1% 25,0% 8,2% 0,5% 60,5%

ES MG RJ SP Total

Sudeste 7 411,2 14 1.587,0 8 704,5 37 3.871,7 66 6.574,4

3,7% 14,4% 6,4% 35,1% 59,6%

MS

MG ES

SP

RJ

PR

SC

RS

Sul

PR RS SC Total

2 13 7 22

85,0 10.620,5 1.489,6 12.195,1

0,1% 14,3% 2,0% 16,5%

PR RS SC Total

6 7 6 19

Total

Brasil 166 74.107,9 100,0%

Total

112

NÚMERO DE OBRAS E INVESTIMENTO POR TIPO Tipo de Obra obras (R$ milhões) % Indústria 124 35.516,0 48,0% Siderurgia 14 31.896,0 43,0% Mineração 17 5.639,2 8,0% Outras Obras 11 1.056,8 1,0% Total 166 74.107,9 100,0%

38 / Grandes Construções

Sul

Brasil

637,0 486,6 600,0 1.723,6

5,8% 4,4% 5,4% 15,6%

11.035,0 100,0%

NÚMERO DE OBRAS E INVESTIMENTO POR TIPO Tipo de Obra obras (R$ milhões) % SHOPPING 112 11.035,0 100,0% Total 112 11.035,0 100,0%


ANÚNCIO


Número de obras e investimentos do setor por estado e região

sobratema fÓrum

HOTEL & RESORT RO

Estados AM PA RO total

Norte obras (R$ milhões) 3 50,0 1 17,0 1 11,5 5 78,5

% 0,1% 0,0% 0,0% 0,2%

AL BA CE MA PB PE RN Total

Nordeste 5 101,0 22 7.069,4 9 30.478,0 1 14,0 1 100,0 3 405,0 1 200,0 42 38.367,4

0,2% 14,0% 60,3% 0,0% 0,2% 0,8% 0,4% 75,9%

DF MT Total

Centro-Oeste 3 400,0 1 14,0 4 414,0

ES MG RJ SP Total

Sudeste 4 61,4 3 1.032,0 13 10.177,6 4 230,4 24 11.501,4

PR RS SC Total

3 1 1 5

Total

81

AP

AM

aM

PA

AC TO

RR

MA

CE RN PB

PI

PE AL SE BA

MT DF GO

MS

MG ES

SP

RJ

PR SC RS

Sul

Brasil

33,3 33,3 12,0 78,3

50.542,6

COPA 2014 Norte obras (R$ milhões) 1 580,0 1 580,0

% 8,2% 8,2%

BA CE PE RN Total

Nordeste 1 230,0 3 456,0 2 1.600,0 2 1.500,0 8 3.786,0

3,2% 6,4% 22,5% 21,1% 53,2%

0,8% 0,0% 0,8%

DF MT Total

Centro-Oeste 1 600,0 2 480,0 3 1.080,0

8,4% 6,7% 15,2%

0,1% 2,0% 20,1% 0,5% 22,8%

SP MG Total

1 2 3

0,1% 0,1% 0,0% 0,2%

PR RS Total

3 2 5

100,0%

Total

20

NÚMERO DE OBRAS E INVESTIMENTO POR TIPO Tipo de Obra obras (R$ milhões) % Resort 25 41.446,4 82,0% Hotel 56 9.096,2 18,0% 100,0% Total 81 50.542,6

Estados AM total

Sudeste

Sul

Brasil

250,0 60,0 310,0

3,5% 0,8% 4,4%

230,2 1.130,0 1.360,2

3,2% 15,9% 19,1%

7.116,2 100,0%

NÚMERO DE OBRAS E INVESTIMENTO POR TIPO Tipo de Obra obras (R$ milhões) % Infraestrutura 20 7.116,2 100,0% esportiva Total 20 7.116,2 100,0%

OLIMPIADAS 2016

MG ES

SP

40 / Grandes Construções

RJ

Estados RJ total

SUDESTE obras (R$ milhões) % 41 1.862,8 100,0% 41 1.862,8 100,0%

NÚMERO DE OBRAS E INVESTIMENTO POR TIPO Tipo de Obra obras (R$ milhões) % Infraestrutura 41 1.862,8 100,0% esportiva Total 41 1.862,8 100,0%


ANÚNCIO

Agosto 2010 / 41


Obras e investimentos

sobratema fÓrum

OUTROS RO AP

aMAM PA

AC TO

RR

MA

Estados AC AM PA RR TO total

Norte obras (R$ milhões) 1 1,4 1 191,0 6 165,0 1 3,2 1 2,0 10 363,4

% 0,0% 2,8% 2,4% 0,0% 0,0% 5,4%

AL BA CE PE PI Total

Nordeste 2 58,0 2 77,1 15 1.344,0 1 47,0 1 9,0 21 1.535,1

0,9% 1,1% 19,8% 0,7% 0,1% 22,6%

DF GO MT MS Total

Centro-Oeste 4 36,7 4 80,5 1 Não informou 1 500,0 10 617,2

0,5% 1,2% 7,4% 9,1%

ES RJ SP MG Total

Sudeste 1 122,0 14 579,0 54 2.795,5 11 70,0 80 3.566,5

1,8% 8,5% 41,2% 1,0% 52,5%

PR RS SC Total

20 3 5 28

Total

Brasil 149 6.791,4

CE RN PB

PI

PE AL SE BA

MT DF

GO

MS

MG ES

SP

RJ

Sul

PR

SC

RS

305,5 58,0 345,6 709,1

4,5% 0,9% 5,1% 10,4%

100,0%

NÚMERO DE OBRAS E INVESTIMENTO POR TIPO Tipo de Obra obras (R$ milhões) % Hospitais 70 3.939,6 58% Turismo 15 1.737,9 26% Universidade 41 920,4 14% Sesi 16 134,5 2% Senai 7 58,9 1% Total 213 566.876,0 100,0%

42 / Grandes Construções


ANÚNCIO


Energia

SS Trecho do Rio Xingu (PA) onde será construída a barragem da hidrelétrica de Belo Monte

Belo Monte: nasce um gigante na floresta do Pará A Usina Hidrelétrica de Belo Monte, que será construída no Rio Xingu, no Pará, deverá exigir investimentos de cerca de R$ 19 bilhões e terá capacidade para gerar 11.233 megawatts (MW) no período de cheia, com garantia de uma média de 4.571 MW, suficiente para abastecer uma região com mais de 25 milhões de habitantes. Com esse potencial, essa será a terceira maior hidrelétrica do mundo e a maior inteiramente nacional, em capacidade de geração de energia, ficando atrás somente da Usina de Três Gargantas, na China (22,5 mil MW), e da Itaipu Binacional,

44 / Grandes Construções

na fronteira do Brasil com o Paraguai (14 mil MW). O projeto prevê a construção de uma barragem principal no Rio Xingu, localizada 40 km abaixo da cidade de Altamira (PA). A área alagada envolverá três municípios - Vitória do Xingu, Brasil Novo e Altamira. Inicialmente estava prevista a construção de um reservatório de 1.200 km². Mas o projeto foi modificado, ficando definida a construção de um reservatório com 516 km². Cerca de seis mil famílias serão remanejadas dos locais em que vivem, principalmente no município de Altami-

ra, no Pará. Durante as obras, deverão ser gerados aproximadamente 18 mil postos de trabalho diretos e 23 mil indiretos. O prazo previsto para a geração da primeira unidade é fevereiro de 2015. A concessão para a construção e operação da Usina Hidrelétrica Belo Monte, no município de Vitória do Xingu, foi objeto de leilão no dia 20 de abril deste ano. Venceu o processo o Consórcio Norte Energia, com a oferta de R$ 77,97 por megawatt /hora, bem abaixo dos R$ 83,00 por megawatt /hora, valor fixado como teto do leilão. O consórcio


é composto por 18 empresas, entre estatais, privadas, empreiteiras, fundos de pensão, fundo de investimento e consumidores livres. As estatais são a Eletrobras, com 15% de participação; a Companhia Hidroelétrica do São Francisco (Chesf ), com outros 15%; e Eletronorte com 19,98%. Os consumidores livres – empresas que produzem energia para o próprio consumo – são as empresas Gaia (9%) e a Sinobrás (1%). A formação original do consórcio construtor previa a participação de 11 empreiteiras, mas a Mendes Júnior ficou de fora por problemas cadastrais que a impedem de participar da empreitada. Os 3% de participação que teria na obra foram divididos igualmente entre a OAS e a Queiroz Galvão. O consórcio construtor terá, portanto, a seguinte formação: Andrade Gutierrez com 18%, Odebrecht com 16%, Camargo Corrêa com 16%, OAS com 11,5%, Queiroz Galvão com 11,5%, Contern com 10%, Galvão Engenharia com 10%, Cetenco com 2%, J. Malucelli com 2% e Serveng com 3%. A sociedade também tem a participação de fundos de pensão e investimentos, como a Petros, dos funcionários da Petrobras (10%); Funcef, dos funcionários da Caixa Econômica Federal (2,5%); Bolzano Participações (10%) e Caixa Cevix. A gestão do contrato, a fiscalização das obras e outras atribuições são de responsabilidade da Aneel.

Toda a parte de construção das casas de força e das barragens foi feita por contrato fechado, ou seja, as construtoras é que assumem o risco de construção. Na parte dos canais, o volume a ser escavado já foi estabelecido e também as construtoras assumem esse risco. O que não é de responsabilidade das construtoras é o custo com o tipo de rocha que será encontrada no local. As escavações, desde o início do projeto, foram apontadas como a parte mais sensível da obra, pois podem encarecê-la em até três vezes. Os sócios da empresa Norte Energia vão assumir os riscos de escavação dos canais da usina. A previsão contratual com as construtoras que vão erguer a usina é de que qualquer custo extra, auferido em função do tipo de rocha, será assumido pela sociedade investidora. Nesse momento, o consórcio espera obter a licença ambiental para o início da instalação do canteiro de obras do empreendimento. O projeto básico ambiental do canteiro foi apresentado ao Ibama no fim de Setembro. A instalação deve ocorrer até o fim de outubro. Também já foram assinados os contratos de fornecimento de turbinas com o consórcio liderado pela Alstom e outro com a Impsa. O consórcio Norte Energia enviou ao BNDES a primeira versão da cartaconsulta para o financiamento da construção do empreendimento. TT Maquete eletrônica da hidrelétrica de Belo Monte

Setembro 2010 / 45




Energia

XX Obras da hidrelétrica de Jirau estão com 40% de avanço físico

Complexo do Rio Madeira As usinas hidrelétricas de Jirau e de Santo Antônio formam o Complexo Hidrelétrico do Rio Madeira, em Rondônia. Localizada a 20 km de Porto Velho, Jirau terá capacidade de produção de 3.450 MW de potência instalada e vai gerar uma energia assegurada de 2.000 MW médios, suficiente para abastecer 10 milhões de casas. O custo total da obra é de R$ 11 bilhões. O empreendimento pertence ao consórcio Energia Sustentável do Brasil, controlada pela Suez Energy (50,1%) e composto pela Eletrosul (20%), Companhia Hidroelétrica do São Francisco – Chesf (20%) e Camargo Corrêa (9,9%). As obras civis estão a cargo da Camargo Corrêa. A montagem eletromecânica será realizada pela Enesa, e os equipamentos do vertedouro e da casa de força da margem direita, estão sendo fornecidos pela Alstom, Bardella, Voith e Andritz. Já as turbinas para a casa de força da margem esquerda serão fornecidas pela chinesa Dong Fang. As obras estão com 40% de avanço físico e a previsão é de que a hidrelétrica comece a operar em 2012. Entre a data da licença de instalação, obtida em junho de 2009, e o início da operação das primeiras unidades geradoras, previsto para março de 2012, terá transcorrido cerca de dois anos e meio. A redução no prazo de execução da obra se deve a mudanças no projeto inicial. A principal mudança diz respeito ao local de implantação. O projeto ori48 / Grandes Construções

ginal propunha a escavação de um novo canal para construção da hidrelétrica, mas a proposta do consórcio modificou o local da usina em 9,2 km. De acordo com o Consórcio Energia Sustentável, a nova localização apresenta vantagens ambientais pelo fato de reduzir o volume de ‘bota fora’ e aumentar a área preservada de mata original. Além disso, o consórcio manteve o rio desviado pelos dois braços naturais, o que configuraria uma condição ambiental favorável. A Camargo Corrêa estuda ainda uma outra alteração no projeto da barragem: a substituição de argila por asfalto no núcleo da estrutura. Isso reduziria o tempo de compactação dos materiais, constituindo-se em uma boa alternativa diante dos prolongados períodos de chuvas na região, que interrompem a movimentação de solos. O maior volume de atividades se concentra hoje na execução da barragem de enrocamento, com altura mínima de 23 m e máxima de 56 m; e na concretagem da margem direita, que abrigará o vertedouro e uma casa de força com 28 turbinas. Na outra margem ficará a segunda casa de força, com 18 turbinas, interligada à primeira pela barragem de enrocamento. O desvio do rio está previsto para setembro de 2011. O canteiro de obras da hidrelétrica conta com mais de 5.000 operários. Já a Usina de Santo Antônio, com custo inicial previsto em R$ 13,5 milhões, terá

potência instalada de 3.200 MW e capacidade para abastecer 11 milhões de residências. As obras estão a cargo do consórcio Santo Antônio Energia, formado pela Odebrecht, Andrade Gutierrez e Furnas. O leilão, realizado em dezembro de 2007, previa o começo de operação em dezembro de 2012. Mas a data foi antecipada para dezembro de 2011. A antecipação possibilitará a geração de mais 10,5 mil gigawatts/hora, suficiente para abastecer dois terços do Distrito Federal por um ano. Haverá um investimento extra de R$ 150 milhões para a antecipação. O consórcio estudando ainda um acréscimo de garantia física da usina, com a implantação de mais quatro turbinas, além das 44 já previstas. Isso geraria um custo adicional de R$ 500 milhões ao projeto. A energia gerada pela usina passaria de 3.200 MW para 3.450 MW. Nesse momento, as obras se concentram na montagem das 44 turbinas da Usina de Santo Antônio. Cada uma delas terá capacidade de 71,6 MW. As turbinas são do tipo bulbo, usadas quando a força do próprio rio gera energia contínua, sem necessidade de grandes quedas d’água nem de reservatórios extensos. No canteiro de obras de Santo Antônio já existem seis mil trabalhadores diretos. O objetivo da concessionária é alcançar, diretamente, um número de 12 mil operários e até a conclusão das obras chegar a 30 mil empregos indiretos.



Energia

Parque Eólico de Gargaú

XX Parque Eólico do Gargaú terá 17 aerogeradores e poderá abastecer uma cidade de 80 mil habitantes

Com investimento em torno de R$ 130 milhões, o Parque de Energia Eólica do Gargaú, localizado no município de São Francisco de Itabapoana, ao norte do estado do Rio de Janeiro, terá 17 aerogeradores de 1,65 MW cada, somando uma potência total de 28 MW, o suficiente para abastecer uma cidade de 80 mil habitantes. Os aerogeradores são

fabricados pela empresa dinamarquesa Western. Cada um deles tem 120 metros: 80 metros de altura da torre, mais 40 metros da pá da hélice. A altura é equivalente a um prédio de 40 andares. O empreendimento é da empresa brasileira Ecopart Ltda e faz parte do Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica (Proinfa).

Para que o projeto fosse implantado, um estudo de aproximadamente um ano e meio foi realizado para verificação da capacidade e do perfil dos ventos em todas as estações. Os especialistas chegaram à conclusão de que o litoral de São Francisco é propício para geração de energia eólica devido à existência de vento constante durante todo ano.

Parque Eólico de Casa Nova Duas empresas com sede no Recife venceram o leilão de fontes alternativas, realizado em agosto, pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). O evento marcou a entrada da Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf) na geração eólica. A estatal pretende construir o maior parque desse tipo de energia no Brasil, com capacidade de geração de 180 megawatts (MW), demandando um investimento de aproximadamente R$ 1 bilhão. Em parceria com a Brennand Energia, a estatal vai construir mais três parques eólicos no qual serão gastos cerca de R$ 350 milhões. 50 / Grandes Construções

No atual modelo do setor elétrico, as empresas garantem primeiro a venda da energia para depois implantar o empreendimento. A central a ser construída pela Chesf ficará às margens do reservatório de Sobradinho, no município de Casa Nova, na Bahia. Inicialmente, o parque foi projetado para receber 120 torres eólicas, cada um com uma potência de 1,5 MW. A energia a ser gerada é suficiente para abastecer 140 mil casas populares. Casa Nova começará a ser construído no primeiro trimestre de 2011 e deve entrar em operação em janeiro de 2013. O parque de Casa Nova vendeu o me-

gawatt-hora (MWh) por R$ 131,50. No último leilão realizado no ano passado, o preço médio do MWh de eólica ficou em R$ 148. Os equipamentos deste parque deverão ser fabricados pela Impsa, a partir de sua unidade no complexo de Suape. O parque Casa Nova vai beneficiar cerca de 70 famílias que moram naquela localidade. “Depois que o parque entrar em funcionamento, essas famílias vão receber 1,4% da receita bruta do empreendimento. “Isso trará uma melhor qualidade de vida para esses produtores, que vivem da agricultura de subsistência.



TRANSPORTE

Transnordestina: obras poderão ser concluídas em 2012 SS Obras da Transnordestina chegaram a ser paralisadas em 1990, mas foram retomadas com o PAC

O projeto básico da Ferrovia Transnordestina prevê a modernização de parte da malha existente do sistema ferroviário no Nordeste do País, hoje sob a concessão da Companhia Ferroviária do Nordeste (CFN), e a construção de mais cinco trechos, num total de 1.193 km, em bitola métrica, com o objetivo de promover a interligação dos pólos de produção agrícola, mineral e industrial da região com os portos nordestinos de Pecém, no Ceará, e Suape, em Pernambuco. Os trechos a serem remodelados, por sua vez, somam 622 km (ver tabela abaixo). Avaliada em R$ 5,4 bilhões, a ferrovia vai criar 620 mil empregos em 10 anos e transformar a logística de transporte do Nordeste. O governo federal prevê a interligação da Transnordestina com a Ferrovia Norte-Sul – o que proporcionaria ligação com o porto de Itaqui, no Maranhão, e com a região Sudeste. A obra cortará o Nordeste pelo interior, fazendo um ‘Y’, e vai integrar sete 52 / Grandes Construções

regiões. Ela vai facilitar o acesso ao sistema hidroviário do rio São Francisco e ao ferroviário já existente. Com as intervenções a ferrovia terá capacidade de transportar 30 milhões de toneladas de carga por ano, de produtos como soja, biodiesel, frutas, gesso, álcool e, principalmente, minérios. As obras chegaram a ser iniciadas em 1990, mas em dezembro de 1992 foram paralisadas por falta de recursos, sendo retomadas agora, como parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do governo federal. Os trechos a serem construídos, terão bitola métrica.

Em julho deste ano as obras atingiram seu pico, gerando cerca de 7 mil empregos diretos. A ferrovia Transnordestina deverá ter até 70% da obra concluída neste ano. A conclusão está prevista para 2012. A CSN espera que o projeto ferroviário possibilite a companhia transportar mais de 30 milhões de toneladas de carga por ano, dando-lhe autosuficiência logística. Quatro contratos antecipados que a companhia já tem assinados devem ajudar a operação a atingir o “break even” (equilíbrio entre receitas e despesas) antes mesmo de sua conclusão.

Municípios Interligados Eliseu Martins (PI) - Araripina (PE) Araripina (PE) - Salgueiro (PE) Salgueiro/Serrita (PE) - Missão Velha (CE) Missão Velha (CE) - Arrojado (CE) Arrojado (CE) - Quixadá (CE) Quixadá (CE) - Fortaleza (CE) Fortaleza (CE) - Pecem (CE) Salgueiro/Serrita (PE) - Arcoverde (PE) Arcoverde (PE) - Suape (PE)

Dist(km) 400 210 100 87 288 190 57 150 333

Linha Nova Nova Nova Remodelada Remodelada Remodelada Remodelada Nova Nova


Expresso Aeroporto só sai com PPP

SS Traçado do Expresso Aeroporto: 28 km entre a Luz e Guarulhos

A obra do Expresso Aeroporto, avaliada em R$ 2 bilhões, será implantada pela CPTM, em parceria com a iniciativa privada, como parte do pacote urbanístico previsto para a Copa de 2014. Fora do período dos jogos, o projeto visa atender o público de empresários e executivos que usam Cumbica como escala para negócios no Brasil e no exterior. O concessionário privado que vencer a licitação deverá implantar toda a infraestrutura, adquirir os trens e desapropriar os imóveis privados. Em contrapartida, terá 32 anos para operar os serviços. O

Expresso Aeroporto terá 28,3km de extensão e o percurso será entre a estação da Luz, no centro de São Paulo, e o aeroporto de Cumbica, em Guarulhos. Com deslocamentos a uma velocidade média de 120 km/hora, deverá ser percorrido em 20 minutos. Hoje, este deslocamento demora cerca de 50 minutos de carro, sem trânsito. Cada trem será composto por locomotiva e quatro carros, com capacidade para transporte de 300 passageiros. A tarifa máxima aprovada é de R$ 35 e a demanda inicial está estimada em 20 mil usuários por dia.

Quem vencer a licitação terá, ainda, a obrigação de participar da construção de outra linha de trem paralela à do Expresso, a linha 13 - Jade, que sairá da Estação Brás seguindo até o Conjunto Habitacional Zezinho Magalhães (Cecap), em Guarulhos, para a operação de trens populares, com paradas tradicionais. O parceiro privado ficará responsável pela “obra bruta”. Já a implantação da superestrutura e os sistemas, bem como a operação desta linha, ficarão a cargo da CPTM. No ano passado, a Secretaria de Transportes Metropolitanos teve de suspender a licitação do Expresso Aeroporto a um dia do prazo final para entrega de propostas, por falta de interessados no empreendimento. Na época, o setor privado contestou a rentabilidade do projeto, por suspeitar de que havia uma expectativa exagerada de fluxo de passageiros. O projeto começou a ficar comprometido com os atrasos na construção do terceiro terminal do aeroporto, que contribuiria para o tráfego na linha. Por fim, sobrepôs-se às discussões sobre o trem-bala no governo federal - um potencial concorrente do expresso -, e o projeto foi para a gaveta. A viabilidade do projeto depende, ainda, da construção de um novo terminal de embarque e desembarque no aeroporto de Guarulhos. A obra deveria ser contratada pelo governo federal.

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TRANSPORTE

R$ 3 bilhões deixaram de ser investidos em aeroportos

XX Saturados, os aeroportos brasileiros são reconhecidos como principal gargalo para a realização da Copa de 2014

De todos os gargalos que ameaçam a realização da Copa do Mundo de 2014 e dos Jogos Olímpicos de 2016, o mais grave é o da infraestrutura aeroportuária, superando até mesmo os atrasos nas obras de construção ou modernização dos estádios. Todos os aeroportos das 12 cidades sede do Mundial de futebol operam hoje no limite das suas capacidades. Eles são responsáveis por cerca de 83% da operação de todo tráfego aéreo brasileiro e necessitam de investimentos urgentes para que possam receber o grande volume de visitantes que o País espera durante a realização dos jogos. De acordo com estimativas do Ministério do Esporte, circularão pelo País nada menos que 600 mil turistas estrangeiros e 3,1 milhões de brasileiros durante a Copa. Em São Paulo, por exemplo, os três aeroportos existentes, juntos, recebem cerca de 40 milhões de passageiros/ano, considerando um mercado nacional que cresce a taxas médias de 10% a cada ano. Isso significa dizer que a cada cinco anos seria necessária a construção de um novo aeroporto como o de Guarulhos. No Nordeste, nos últimos seis anos, na maioria dos aeroportos a movimentação dobrou 54 / Grandes Construções

e, em alguns casos, triplicou, tornando urgente a ampliação da capacidade. Dados do Sindicato Nacional das Indústrias de Arquitetura e Engenharia Consultiva (Sinaenco), divulgados no Portal 2014, dão conta de que a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), estatal que administra a infraestrutura aeroportuária do país, adiou os investimentos em nove dos 14 aeroportos internacionais que receberão os turistas durante o evento. O volume de recursos que deixaram de ser aplicados nas intervenções necessárias soma R$ 3 bilhões, o equivalente a 68% do total que precisaria ser investido na modernização ou ampliação de terminais de passageiros ou na infraestrutura para pouso e decolagem de aeronaves nas capitais. Os aeroportos internacionais de Belo Horizonte (Confins), Brasília (Juscelino Kubitschek) e São Paulo (Guarulhos/Cumbica), que concentrarão a maior parte do embarque e desembarque de turistas ao longo da Copa, têm obras atrasadas. O mesmo acontece em Manaus, Curitiba, Cuiabá, Fortaleza, Porto Alegre e Campinas, que também enfrentam problemas para tocar as obras. Apenas

Salvador, Rio de Janeiro (Galeão), Recife e Natal (S. Gonçalo do Amarante) estão em dia com as datas fixadas pela Infraero. A Infraero se defende. Representantes da estatal garantem que ela vai investir cerca de R$ 5,4 bilhões nos 14 aeroportos das cidades sede da Copa, entre 2011 e 2014. Segundo o diretor de Engenharia e Meio Ambiente da Infraero, Jaime Parreira, 61% dos recursos virão da própria Infraero e 39% do governo federal.

Quase R$ 1 bi para Guarulhos

Um dos casos mais graves é o do Aeroporto Internacional de Guarulhos (SP). Segundo o Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (Snea), nele o fluxo de Cumbica chegou a 21,6 milhões de passageiros em 2009, ultrapassando em 1,1 milhão a capacidade instalada. Ainda de acordo com a Infraero, Guarulhos deverá receber o maior volume de recursos, isoladamente: R$ 952 milhões. Entre as ações a serem implementadas está a instalação dos módulos operacionais para ampliar a capacidade aeroporto. As estruturas modulares são semelhantes a uma sala


convencional de embarque e desembarque e contam com ar condicionado, sanitários e sistema informativo de voos. Trata-se de uma solução bastante usada em vários aeroportos pelo mundo, principalmente na Europa e nos Estados Unidos, para atender uma questão pontual de necessidade de expansão e de licença de operação enquanto os grandes investimentos não se efetivam. A prioridade, no entanto, é a construção do terceiro terminal. O início da construção do sistema de pista e pátio estava previsto para janeiro de 2005, mas o projeto não avançou. O Tribunal de Contas da União encontrou indícios de sobrepreço e paralisou a obra em 2008. Após revisão do órgão, o valor da obra caiu de R$ 370,5 milhões para R$ 232,5 milhões. Em julho, a Infraero anunciou a conclusão do processo licitatório para a contratação das empresas responsáveis pelos projetos de engenharia para a construção do terceiro terminal. O vencedor da licitação foi o consórcio MAG, formando pelas empresas PJJ Malucelli Arquitetura

e Construção, Andrade e Rezende Engenharia de Projetos e Gabinete de Projetação Arquitetônica. A elaboração dos projetos custará R$ 22,6 milhões. As empresas de engenharia e construção farão os estudos preliminares, os projetos básico e executivo. Os estudos preveem ainda a realização de serviços complementares, como o sistema viário de acesso e o pátio de estacionamento de aeronaves. O consórcio terá 23 meses, contados a partir da ordem de serviço, para a conclusão do trabalho. Com as intervenções, Guarulhos terá aumentado a sua atual capacidade de movimentação de 24 milhões de passageiros por ano para 35 milhões de passageiros até 2014. Atualmente, o Aeroporto de Guarulhos opera com dois terminais. São 46 empresas aéreas nacionais e internacionais, regulares, cargueiras e charters que utilizam 286 balcões de check-in. O sistema de pistas é formado por duas pistas : uma com 3.700 metros e outra de

3 mil metros de extensão que recebem, em média diária, 650 operações de pousos e decolagens de aeronaves . De Guarulhos partem e chegam voos procedentes e com destinos a 27 países e 153 cidades nacionais e estrangeiras. Para atender os usuários do aeroporto, a rede comercial dos terminais de passageiros é formada por cerca de 198 pontos comerciais. Investimento em infraestrutura dos aeroportos: (em milhões) Aeroporto de Brasília (Df): R$ 736,4 Aeroporto de Confins (Mg): R$ 398,8 Aeroportode Cuiabá (Ms): R$ 87,5 Aeroporto de Curitiba (Pr): R$ 48,4 Aeroporto de Fortaleza (Ce): R$ 275,7 Aeroporto de Manaus (Am): R$ 326,4 Aeroporto de São Gonçalo do Amarante (Rn): R$ 95 Aeroporto de Porto Alegre (Rs): R$ 345,8 Aeroporto de Recife (Pe): R$ 19,2 Aeroporto do Galeão (Rj): R$ 566,5 Aeroporto de Salvador (Ba): R$ 44,4 Aeroporto de Guarulhos (Sp): R$ 952 Aeroporto de Viracopos (Sp): R$ 576


TRANSPORTE OBRAS ATRASADAS Aeroporto Aeroporto Internacional de São Paulo/Guarulhos Aeroporto Internacional de São Paulo/Guarulhos Aeroporto Internacional de Manaus – Brigadeiro Eduardo Gomes Aeroporto Internacional de Brasília – Presidente Juscelino Kubitschek (DF) Aeroporto Internacional de Confins – Tancredo Neves (MG) Aeroporto Internacional de Confins – Tancredo Neves (MG) Aeroporto Internacional de São José dos Pinhais/Curitiba – Afonso Pena Aeroporto Internacional de São José dos Pinhais/Curitiba – Afonso Pena Aeroporto Internacional de Fortaleza – Pinto Martins Aeroporto Internacional de Várzea Grande/Cuiabá– Marechal Rondon Aeroporto Internacional de Porto Alegre - Salgado Filho Aeroporto de Campinas/São Paulo - Viracopos

de início Custo Data de início Novo Data conclusão Motivo dos inicial e conclusão custo e previstas Situação atual atrasos (mi/R$) previstas 1° prazo (mi/R$) Novo prazo Revisão Obra parada -contratação Construção do sistema Janeiro de 2005 Agosto de 2010 370,5 232,5 financeira do do IPT para realizar perícia de pista e pátio Janeiro de 2012 Janeiro de 2012 TCU judicial Setembro de Atraso no Construção da pista de Janeiro de 2010 Projeto básico e executivo 19 10 2010 Junho de projeto básico e táxi - saída rápida Dezembro de 2011 em elaboração 2011 executivo Reforma e ampliação Janeiro de 2009 Fevereiro de 2011 Atraso no Elaboração do projeto do terminal de 358,2 326,4 Fevereiro de 2014 Fevereiro de 2014 projeto básico básico (31% pronto) passageiros Fase 1 da ampliação Atraso nos Elaboração dos projetos Fevereiro de 2009 Abril Informação não sul do terminal de 892,12 732,4 projetos básico e básico e executivo (30% de 2013 divulgada passageiros executivo prontos) Reforma e Setembro de Fevereiro de 2009 Atraso no Projeto básico em modernização do 224,6 231,9 2010 Outubro de Outubro de 2013 projeto básico elaboração (55% prontos) terminal 2013 Elaboração do termo de Reforma e ampliação Atraso no Abril de 2010 Outubro Julho de 2011 referência pela Infraero da pista de pouso e 162,4 166,9 processo de 2013 Outubro de 2013 para licitação dos projetos pátios licitatório básico e executivo Novembro de Atraso no Elaboração dos projetos Ampliação do pátio e Junho de 2009 Março 31,2 8,2 2010 Agosto de projeto básico e básico e executivo (67% pista de táxi de 2011 2011 executivo prontos) Elaboração do termo de Atraso no Ampliação do terminal Abril de 2010 Julho Janeiro de 2012 referência pela Infraero 38,9 40,2 processo de passageiros de 2013 Julho de 2013 para licitação dos projetos licitatório básico e executivo Ampliação do Terminal Setembro de 2009 Junho de 2011 Atraso no Elaboracão do projeto 263,7 275,7 de Passageiros Junho de 2013 Junho de 2013 projeto básico básico (25%) Elaboração do termo de Reforma e ampliação Atraso no Dezembro de 2009 Janeiro de 2012 referência pela Infraero do terminal de 85,3 87,5 processo Julho de 2013 Julho de 2013 para licitação dos projetos passageiros licitatório básico e executivo Elaboração do termo de Ampliação do Atraso no Abril de 2010 Junho Julho de 2011 referência pela Infraero terminal de 360,2 345,8 processo de 2013 Junho de 2013 para licitação dos projetos passageiros e pátio licitatório básico e executivo Elaboração do termo Dezembro de Reformas e construção Julho de 2011 Maio de referência para 740 571 2011 Novembro de terminais de 2014 contratação dos projetos de 2013 básico e executivo Obra

OBRAS DENTRO DO PRAZO Aeroporto

Obra

Aeroporto Internacional de São Paulo/Guarulhos Aeroporto Internacional de São Paulo/Guarulhos Aeroporto de Campinas/São Paulo - Viracopos Aeroporto Internacional de Brasília – Presidente Juscelino Kubitschek (DF) Aeroporto Internacional de Salvador - Deputado Luís Eduardo Magalhães Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro - Galeão/ Antônio Carlos Jobim Aeroporto Internacional de Pernambuco - Gilberto Freyre Aeroporto Internacional de Natal - São Gonçalo do Amarante

Construção do 3°terminal de passageiros Construção de módulos operacionais Implantação de módulo operacional (check-in)

Fonte: Infraero março e maio de 2010

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Data de início e Novo custo Data de início e Custo inicial Situação conclusão (milhões/ conclusão previstas (milhões/R$) previstas atual 1° prazo R$) Novo prazo Maio de 2012 Abril Agosto de 2011 Obras previstas para 1,01 bi 653,8 de 2014 Novembro de 2013 agosto de 2011 Fevereiro de 2011 Obras previstas para 55,7 Julho de 2013 fevereiro de 2011 Outubro de 2010 Obras previstas para 5 Dezembro de 2011 outubro de 2010

Implantação de módulos operacionais

4

Agosto de 2012 Junho de 2013

-

-

Obras previstas para agosto de 2012

Construção da torre e ampliação do pátio e terminal

43,3

Março de 2011 junho de 2013

44,4

-

Obras previstas para março de 2011

Reformas e construção de terminais

648,4

Setembro de 2008 Setembro de 2012

566,5

-

Obras em andamento

Construção da torre de controle

19,7

Maio de 2011 Abril de 2012

19,2

-

Obras previstas para maio de 2011

Construção do pátio e pista de pouso e decolagem

95

Junho de 2004 Novembro de 2011

-

-

Obras em andamento


TAV: obras poderão começar em 2011 O governo lançou em 13 de julho o edital de licitação para a contratação das empresas que ficarão responsáveis pelas obras do trem de alta velocidade (TAV) ligando Rio de Janeiro, São Paulo e Campinas. Pela expectativa do governo, se tudo der certo, as obras deverão ser iniciadas no ano que vem. Movido a energia elétrica, o TAV poderá ter um traçado com 518 quilômetros e fazer a viagem entre as duas maiores capitais do País em cerca de uma hora e meia. Entre o ponto final e o inicial, a ideia é passar por sete paradas em cidades estratégicas. A

previsão oficial do governo é que o projeto custe US$ 11 bilhões, ou cerca de R$ 25 bilhões. Para se ter uma ideia, isso é equivalente ao PIB anual do Mato Grosso do Sul, ou seja, tudo o que o estado produz de bens e serviços em um ano. Ainda estão sendo estudados modelos de trem-bala de vários países. O japonês N700, um dos mais modernos em operação, tem média de velocidade de 270 km/h. Mas os planos do governo são ambiciosos: fala-se em pelo menos 285 km/h de média. Movido a energia elétrica, o trem-bala

brasileiro, para desenvolver essa velocidade, necessitaria de um traçado mais reto, ou com curvas mais abertas e com o menor número de paradas possíveis. Para isso é bem provável que haja muitos túneis e pontes. Um dos projetos já estudados previa que 26% do trajeto seria feito em viadutos ou pontes e 33% em túneis. Tomando como exemplo o modelo japonês N700, cada trem seria capaz de levar 546 passageiros em oito vagões, três vezes a capacidade do avião mais usado no Brasil. Pelo estudo realizado pela empresa Italplan, aprovado pelo Ministério dos Transportes em 2004, a passagem mais barata sairia por R$ 120,00. A intenção do governo é de que os custos para implantação do TAV sejam de responsabilidade das empresas privadas. Através de uma empresa estatal, o governo pretende participar como acionista minoritário, em até 10% do valor do empreendimento, como forma de assegurar o domínio do conhecimento para operação do serviço e de criar condições de financiabilidade do projeto.


TRANSPORTE WW Aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, um dos poucos com obras dentro do cronogramade 2014

Aeroporto do Galeão: obras obedecem cronograma Porta de entrada de vôos internacionais e nacionais que servem o Rio de Janeiro, o Aeroporto Internacional do Galeão – Antonio Carlos Jobim está com as obras em ritmo avançado. Iniciados em 2008, os serviços compreendem a reforma e ampliação do Terminal de Passageiros 1 e de conclusão do Terminal de Passageiros 2. Com as adequações, o Galeão será capaz de atender à demanda projetada para os próximos anos, que inclui o aquecimento gerado pela Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016. A obra é responsável pela geração de 230 empregos diretos e mais de 500 indiretos. Os principais desafios são atender aos prazos estipulados e executar as re-

58 / Grandes Construções

formas sem prejudicar a rotina do aeroporto. Ao todo, 20 empresas aéreas prestam serviços nos dois terminais do Galeão, atendendo a um movimento diário de 32 mil passageiros. Algumas obras, como a dos setores de embarque A, B e C do Terminal 1 foram entregues entre janeiro e julho de 2010. As reformas incluíram troca do forro e das luminárias, instalação do granito das colunas e nova sinalização vertical, entre outras melhorias. A fim de oferecer mais conforto, foram instalados alimentadores de energia para carregadores de celulares e notebooks. Com área de 12.400 m2, o setor de embarque internacional C, que estava fechado desde 2003, rea-

briu no início do ano. As reformas de revitalização e modernização da área, iniciadas em outubro de 2009, foram orçadas em R$ 4,9 milhões. O Setor B foi equipado com quatro cabines duplas para o serviço de emigração, três canais de inspeção e cerca de dois mil assentos. A área, fechada em janeiro deste ano para reforma, foi aberta como embarque doméstico em abril, mas fechou novamente para receber adaptações que permitiram o setor voltar a operar, no final de junho, como embarque internacional. A reforma foi orçada em R$ 4,1 milhões. Com 15 mil metros quadrados e cinco canais de inspeção, o embarque doméstico do Setor A também foi modernizado. As obras, iniciadas em abril e finalizadas em junho, contaram com investimentos de R$ 4,68 milhões. A reforma incluiu ainda a disponibilização de 1.436 assentos. Entre as melhorias realizadas pela Infraero no aeroporto, estão ainda a reforma e modernização do Sistema Informativo de Voo nos dois Terminais de Passageiros, polimento do piso de granito, forro mineral, troca do piso plurigoma (emborrachado preto), troca do piso vinílico (“paviflex”), substituição das paredes de fórmica, revestimento das colunas por granito e reforma de 44 sanitários, além da recuperação das fachadas do Terminal de Passageiros 1. Além disso, a previsão é de que até o final deste ano seja substituído o forro pelo tipo Baffle (e luminárias), reformado o antigo Terminal de Carga para Terminal de Exportação e adquirido cinco esteiras de bagagem no desembarque internacional do Terminal 1.


Melhorias futuras Para 2011, está programado o término da substituição de todos os 60 elevadores dos dois Terminais de Passageiros e demais instalações do CONCLUÍDOS Revestimento de pisos e pilares – Rodoserv Engenharia Ltda Reforma de sanitários – IC Supply Engenharia Ltda Sistema informativo de voo – TecnengeTecnologia de Engenharia Projeto testeiras – Valéria London Instalação do forro mineral e luminárias – Rodoserv Engenharia Ltda Recuperação das fachadas – Cembra Engenharia Ltda Polimento de pisos em granito – Stone Hill Exportação e Importação Ltda Projeto sinalização comercial e operacional – Valéria London Novas testeiras - Sinalmig Sinais/ Sistemas e Programação Visual Substituição de acabamentos – Rodoserv Engenharia Ltda

aeroporto. A recuperação de pistas e pátios do sistema 15/33, a adequação do sistema de pistas e pátios para operação do A380 e a reforma do sistema de luzes de aproximação são outros serviços em execução. A previsão é que também em 2011 sejam concluídas as obras no Terminal 2. Serão instalados equipamentos e finalizados os acabamentos em cerca de 50% do prédio. Já a reforma total do Terminal de Passageiros 1, iniciada em 2008, deverá ser finalizada em setembro de 2012 com a substituição dos acabamentos e renovação dos equipamentos, instalações e sistemas. Além disso, o uso das áreas será redefinido com os objetivos de aumentar a capacidade e o conforto do Terminal e garantir melhores condições operacionais. O Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro conta com a maior pista de pouso e decolagem do Brasil, com

4.000m x 45m. Está ligado a mais de 27 localidades nacionais e 23 destinos internacionais. Possui dois sistemas de pistas com operações simultâneas de pousos e decolagens. São 154 balcões de check-in, 16 esteiras de restituição de bagagens e 16 esteiras de check-in, 38 pontes de embarque e 24 posições remotas. Empreendimento - Obras de Revitalização e Modernização do TPS 1 EM ANDAMENTO Projeto básico – Consórcio Engevix Planway Instalação de 60 elevadores TPS 1 e 2 – Thyssenkrupp Elevadores S/A Obras civis para instalação de elevadores – Rodoserv Engenharia Ltda Instalação de forró metálico Baffle e luminárias – Remaster Tecnologia Ltda Esteiras e bagagens – Dematic Sistemas e Equipamentos de Movimentação de Materiais Ltda


TRANSPORTE

Porto do Açu, um projeto de US$ 1,6 bilhão SS Orçado em US$ 1,6 bilhão, o Porto de Açu abrigará grande complexo industrial no norte fluminense

Projetado dentro do conceito de porto-indústria, o Porto de Açu, em construção desde outubro de 2007, no município de São João da Barra (RJ), com início de operação previsto para o primeiro semestre de 2012, deverá criar novos paradigmas para a operação portuária no Brasil. Com custo estimado em US$ 1,6 bilhão, o porto, empreendimento da LLX Logística S.A, braço logístico do Grupo EBX, do empresário Eike Batista, abrigará em sua retroárea, de mais de 100 km2 (equivalente a quase ¼ de toda a área do município, de 431 km2), um complexo industrial onde serão instalados uma siderúrgica, duas cimenteiras, um pólo metal-mecânico, uma usina termoelétrica e pelo menos quatro usinas para pelotização de minério. Além dessas, várias outras indústrias e empresas de serviços deverão se instalar na região, atraídas pelas facilidades logísticas proporcionadas pela intregração do porto com as infraestruturas rodoviária e ferroviária existentes. Até o momento, a LLX já possui 66 memorandos de intenção assinados com empresas que querem construir plantas industriais ou movimentar cargas no Porto do Açu. Em agosto do ano passado, a empresa recebeu a Licença Prévia para construção de um pátio logístico, com área superior a 600 hectares, que possibilitará o armazenamento e a movimentação de cargas, preferencialmente conteinerizadas. O pátio, cujas obras serão iniciadas ainda no primeiro semestre deste ano, com conclusão 60 / Grandes Construções

prevista para início de 2012, terá acesso ferroviário e será equipado com sistema de correias transportadoras, dutovia e modernos equipamentos para movimentação de contêineres. Um terminal de granéis líquidos permitirá a movimentação de 4 milhões de metros cúbicos ao ano de gás natural liquefeito (GNL). O porto terá condições, ainda, de atender as necessidades de logística e suprimento das atividades de exploração e produção de óleo e gás na Bacia de Campos. O Porto de Açu será, ainda, parte integrante da cadeia logística do chamado Projeto Minas-Rio, concebida para viabilizar a exportação do minério de ferro produzido em Conceição do Mato Dentro e Alvorada de Minas (MG). O minério beneficiado será transportado por um mineroduto de 525 quilômetros, que passará em 32 municípios de Minas e Rio de Janeiro, chegando finalmente em outra unidade de beneficiamento a ser construída no terminal portuário em São João da Barra, para ser exportado. Todos esses fatores, conjugados, prometem promover na região um desenvolvimento econômico jamais visto. A estimativa é que o Porto do Açu irá atrair investimentos da ordem de US$ 36 bilhões. Quando o porto e o complexo industrial estiverem funcionando, a previsão é que sejam gerados cerca de 50 mil postos de trabalho diretos. Mas antes mesmo de concluído, o Porto de Açu já revolucionou a vida em São João da Barra e municípios vizinhos.

Suas obras já geram hoje cerca de 2.600 empregos diretos, a maioria reside em Campos ou em São João da Barra. O Porto de Açu foi projetado para ser o mais moderno terminal portuário privativo de uso misto do Brasil e a principal alternativa para o escoamento da produção dos estados do centro-oeste e sudeste do país, que atualmente sofrem com a falta de acessos logísticos. Com profundidade de 18,5 metros (e posterior expansão para 21 metros), o porto terá capacidade para receber navios de grande porte, como graneleiros tipo capesize até 220 mil t, bem como a nova geração de superconteineiros, com capacidade de até 11.000 TEUs (220 mil t) e com fretes mais competitivos. A previsão é que sejam movimentadas, no porto, 63,3 milhões de toneladas de minério de ferro por ano, além de 10 milhões de toneladas ao ano de produtos siderúrgicos, 15 milhões de toneladas ao ano de carvão, 5 milhões de toneladas ao ano de granéis sólidos e 7,5 milhões de toneladas ao ano de carga geral. Para o canal de acesso e a bacia de atracação de navios estão sendo feitos serviços de dragagem envolvendo um volume aproximado de 13,2 milhões m³ de forma a atingir uma profundidade de -18,5 m até -21,0 m, prevendo-se a atracação de navios de grande capacidade de carga para transporte de minério de ferro –até 160.000 DWT na primeira fase e até 220.000 DWT na segunda. No total, serão removidos 18 milhões m³ de areia.


Porto de Itaqui: R$ 1,6 bilhão para duplicação O Porto de Itaqui, no Maranhão, assinou um convênio de investimentos no valor de US$ 8 milhões com a Agência Internacional Japonesa de Cooperação ( JICA), um braço do Banco Japonês que investe em projetos de relevância mundial nos países em desenvolvimento, para o estudo de viabilidade técnica visando a expansão do Porto, que passará de 3 milhões m² para 6 milhões m². De acordo com Angelo Baptista, presidente da Empresa Maranhense de Administração Portuária (EMAP), o projeto reafirmará a importância estratégica do Porto de Itaqui no cenário nacional. O aporte de grandes investimentos no Maranhão é o que justifica o projeto de expansão. O maior deles será a Refinaria Premium I

da Petrobrás, a maior da América Latina. Pelo cronograma da empresa, as operações devem ser iniciadas no segundo semestre de 2013 com o investimento previsto de U$19,8 bilhões de dólares, o equivalente a 224% do PIB do Maranhão. Além da Refinaria, outros projetos já estão a caminho do Maranhão, entre eles duas Termoeléticas – uma em São Luís e outra em Miranda, no interior do Estado. A maior delas, do grupo MPX, irá gerar energia por meio da queima de carvão mineral, que será descarregado no porto do Itaqui em navios de 80 mil t. No segmento de celulose será implantada uma fábrica do Grupo Suzano Papel e Celulose, que deve investir cerca de R$ 3 bilhões.

Os estudos técnicos e operacionais para a construção de novos berços de atracação já estão prontos. Os investimentos da JICA servirão para pôr em prática o projeto conceitual de criação de 18 novos berços de atracação. Apenas para a refinaria Premium I, serão necessários mais sete berços exclusivos para a movimentação de carga e descarga. Para o projeto da Siderúrgica serão mais quatro berços; e outros dois para o grupo Suzano de celulose. Com a conclusão dos estudos de viabilidade econômica e do projeto de engenharia será dado início a captação de mais recursos para financiar as obras de ampliação. Estima-se um orçamento para o projeto de expansão de aproximadamente R$ 1,6 bilhão.


Combustível

Refinaria Abreu e Lima: investimentos somam R$ 23 bilhões WW Refinaria Abreu e Lima: contratos pra obras já superam o valor de R$ 8,9 bilhões

A Refinaria Abreu e Lima, em fase de construção, é a obra mais cara da história de Pernambuco, or;ada em R$ 23 bilhões. Resultado de parceira entre a Petrobras e a empresa estatal venezuelana de Petróleo, PDVSA, adicionará mais 200 mil barris diários à capacidade de refino da Petrobras. Mais adiantada entre os cinco projetos das novas unidades de refino da Petrobras, a Abreu e Lima deverá ser inaugurada em 2013. Até o momento foram realizados cerca de 80% das obras de terraplanagem. O empreendimento enfrentou dificuldades burocráticas na liberação das licenças ambientais para início das obras e suspeitas de superfaturamento. Teve também entraves na formação da sociedade que iria geríla. A PDVSA, que ficou de arcar com parte dos investimentos, recuou várias vezes antes de firmar a parceria com a Petrobras, gerando um clima de constrangimento e insegurança que só foram apaziguados após a petrolífera brasileira informar que arcaria com os custos da indústria mesmo que de forma isolada. Se tais problemas não bastassem, o Tribunal de Contas da União (TCU) chegou a apontar indícios de superfaturamento na terraplanagem e chegou a propor a paralisa62 / Grandes Construções

ção das obras. Foi preciso o Governo Federal intervir e determinar que o projeto fosse tocado em nome dos “ganhos” que traria para o Estado. Além da Terraplanagem, que está sendo executada pelo consórcio composto pela Norberto Odebrecht, Queiroz Galvão, Camargo Corrêa e Galvão Engenharia, a Petrobras assinou cinco contratos, no valor global de R$ 8,9 bilhões, para a implantação da Refinaria Abreu e Lima. O maior contrato, no valor de R$ 3,4 bilhões, se refere aos serviços necessários à construção das Unidades de Coqueamento Retardado – UCR (U-21 e U-22), incluindo subestações, Casas de Controle e as Seções de Tratamento Cáustico Regenerativo (U-26 e U-27). O contrato foi firmado com o Consórcio Camargo Corrêa – CNEC, constituído pelas empresas Construções e Comércio Camargo Correa S.A. e CNEC Engenharia S.A. Também foi assinado o contrato para a implementação das Unidades de Hidrotratamento de Diesel (U-31, U-32), de Hidrotratamento de Nafta (U33 e U-34) e Unidades de Geração de Hidrogênio (U35 e U-36). O valor deste contrato com o Consórcio CONEST-UHDT (constituído pelas empresas Odebrecht Plantas Indus-

triais e Participações S.A. e Construtora OAS Ltda.) é de R$ 3,19 bilhões. Já o contrato referente à construção das Unidades de Destilação Atmosférica – UDA (U-11 e U-12), no valor total de R$ 1,48 bilhão, foi firmado com o Consórcio RNEST - CONEST (Odebrecht Plantas Industriais e Participações S.A. e Construtora OAS Ltda.). O escopo destes três contratos inclui o fornecimento de materiais, fornecimento parcial de equipamentos, construção civil, montagem eletromecânica, preservação, condicionamento, testes, préoperação, partida (início das operações), assistência à operação, assistência técnica e treinamentos. Além desses, também foi assinado o contrato para a implantação dos dutos de recebimento e expedição de produtos da refinaria, que compreende os serviços de análise de consistência do projeto básico, projeto executivo, fornecimento de materiais e equipamentos, construção civil, instalações elétricas, montagem eletromecânica, preservação, condicionamento, testes, apoio à pré-operação e operação assistida. O contrato será firmado com o consórcio Conduto – Egesa (Conduto - Companhia Nacional de Dutos e Egesa Engenharia S.A.), no valor de R$ 649 milhões. O quinto contrato assinado referese aos serviços de infraestrutura civil e compreende o sistema de drenagem pluvial limpa, pontilhões de concreto, arruamento e pavimentação, áreas de armazenagem e portarias. Este serviço será executado pelo consórcio Construcap Progen (Construcap CCPS Engenharia e Comércio S.A. e PROGEN Projetos Gerenciamento e Engenharia Ltda.) e o valor é de R$ 120 milhões.



sANEAMENTO

Sabesp investirá R$ 16,9 bilhões na região metropolitana de SP A Sabesp pretende investir R$ 16,9 bilhões no município de São Paulo, nos próximos 30 anos. O contrato assinado entre o governo do Estado e a Prefeitura de São Paulo destina investimentos em três grandes blocos. O projeto contempla a expansão e garantia do atendimento, visando atingir a universalização e principalmente o tratamento de esgotos. Inclui a gestão da demanda de água e recuperação de córregos e mananciais. E por fim, a reposição de ativos. Para distribuir esses aportes, o contrato determina a necessidade de regularização urbanística e fundiária de áreas de favelas, núcleos urbanizados e loteamentos irregulares, o que deverá ser efetuado pela prefeitura e permitirá à Sabesp executar obras de infraestrutura. Os investimentos em saneamento na Região Metropolitana de São Paulo (RMSP), composta pela cidade de São Paulo e mais 38 municípios,que serão atendidos pelos investimentos da Sabesp, são complexos e urgentes. Trata-se de um universo de 20 milhões de pessoas – ou 48% dos habitantes do Estado de São Paulo e 11% da população brasileira, segundo as projeções do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os projetos estão previstos no Plano de Metas da Sabesp e no Plano Municipal de Habitação, elaborado pela Secretaria de Habitação da Prefeitura de São Paulo. Após a compatibilização dos planos da Sabesp e da Prefeitura, foram definidas as metas de atendimento para os anos 2018, 2024 e 2039, levando em conta todos os programas em desenvolvimento pela Sabesp (Projeto Tietê, Córrego Limpo, Plano Metropolitano de Água, Controle e Redução de Perdas, Vida Nova) e outros programas que surgirão ao longo da vigência do contrato. Segundo as metas estabelecidas, em 2018, a cobertura de abastecimento de água deve chegar a 98,7%; o índice de cobertura com coleta de esgoto estará em 96,7%; e o tratamento do esgoto coletado chegará a 93%.

Recurso japonês

Neste ano, a Sabesp já fechou importante acordo com a agência de fomento japonesa Japan International Cooperation Agency ( JICA) para conceder o financiamento

64 / Grandes Construções

de US$ 360 milhões para o programa de redução de perdas da Sabesp. O valor total acordado para o financiamento é de 33,5 bilhões de ienes que, dependendo da variação cambial, equivalem a mais ou menos de 360 milhões de dólares. O desembolso deve ocorrer no decurso dos próximos anos e a meta é reduzir as perdas operacionais para 13% até o ano de 2019. Os índices de perda da Sabesp hoje estão na casa dos 26%, graças a um enorme esforço desenvolvido nos últimos anos para a redução de perdas. Esse número chegava a 33% há alguns anos e a meta é deixar ele abaixo de 15% nos próximos 11 anos. Essa fase do financiamento vai garantir a continuidade do Programa até o ano de 2013. O programa de redução de perdas de água prevê um conjunto de ações em todos os municípios operados pela Sabesp. Basicamente, o que se pretende é um investimento pesado em infraestrutura para atingir as metas. Troca de ramais, substituição de hidrômetros, setorização de medição, multiplicação das válvulas de controle de pressão, modernização da rede: esses são alguns dos itens que serão atacados pelo programa que teve seu financiamento aprovado em 12 de março deste ano pela JICA. O acordo aguarda aprovação do governo japonês.

Nova Billings

Além disso, o Senado Federal aprovou empréstimo de 6,2 bilhões de yenes, ou R$ 126 milhões, da Jica ( Japan International Cooperation Agency) para o Programa Integrado de Melhoria Ambiental na Área de Mananciais da Represa Billings – Pró-Billings. O programa tem ações voltadas para o município de São Bernardo do Campo e previsão de investimento de R$ 246 milhões. O objetivo é encaminhar, até 2015, todo o esgoto da bacia da represa e do Ribeirão dos Couros até a ETE (Estação de Tratamento de Esgoto) ABC. O Pró-Billings prevê ligações domiciliares de esgoto,


WW Operários dedicados à construção de um dos canais de concreto para escoamento e redistribuição das águas do “Velho Chico”.

assentamento de 105 km de redes coletoras de esgoto, 33 km de coletores-tronco e a implantação de três estações elevatórias de grande porte para exportação dos esgotos da bacia Billings, margem norte, até a ETE ABC. Também serão executados sistemas de esgotamento sanitário em comunidades isoladas. O esgoto de todos os bairros da margem norte da bacia da Billings será coletado e transportado até o coletor-tronco Couros, na bacia do Ribeirão dos Couros. Dali, os efluentes seguem para tratamento na estação da Sabesp, beneficiando cerca de 700 mil habitantes. A Billings também será favorecida pelo programa Vida Nova - Recuperação de Mananciais. O projeto tem investimento de R$ 1,39 bilhão e irá beneficiar os principais mananciais da Grande São Paulo, como a Guarapiranga. As ações se concentrarão no aumento da coleta de esgoto, urbanização de favelas e remoção de moradias em áreas de preservação permanente. Entre as ações já realizadas estão a urbanização de 29 favelas (como o Cantinho do Céu), a desocupação de áreas de preservação permanente, a criação de

parques (como o Nove de Julho e o Atlântica), a ampliação de infraestrutura sanitária com a implantação de coletores-tronco, redes coletoras de esgotos e interligações ao sistema de esgotamento sanitário. Também foram feitas melhorias no sistema de abastecimento de água, medidas de controle de qualidade da água, recuperação ambiental e a compra de equipamentos para a coleta de lixo, já entregues às prefeituras do entorno das represas. Em novembro passado, a Sabesp assinou acordo de empréstimo com o Bird (Banco Mundial) de R$ 100 milhões para o financiamento das obras. Cerca de 2,5 milhões de pessoas residentes no entorno das bacias Guarapiranga, Billings, Alto Tietê, Juqueri-Cantareira e Alto e Baixo Cotia serão diretamente beneficiadas pelo programa. Além dos programas Vida Nova e Pró-Billings, em julho do ano passado foi sancionada a Lei da Billings, que torna possível a aplicação dos recursos existentes para saneamento e habitação popular. Sem a legislação, a região - uma zona de proteção ambiental - não poderia se beneficiar desses investimentos. Os principais benefícios são a regularização de lotes de até 125 m², a implantação de infraestrutura pública, como redes de coleta e tratamento de esgoto e a proteção e conservação das áreas naturais existentes (80% do território da bacia da Billings), de grande importância para a produção de água.

Setembro 2010 / 65


sANEAMENTO

XX Obras da Transposição do rio São Francisco deverão gerar 350 mil empregos diretos, até sua conclusão

Transposição do Rio São Francisco, um caminho sem volta O governo pretende criar uma estatal para operar a transposição do Rio São Francisco e executar a manutenção dos quase 800 km de canais de concreto que compõem a obra, cortando os estados de Pernambuco, Paraíba, Ceará e Rio Grande do Norte. Iniciado em agosto de 2007, o último balanço governamental aponta para o avanço das obras do Eixo Leste em 61 % e no Eixo Norte em 42 %. No total, a obra deverá consumir R$ 4,9 bilhões somente na parte física, fora as outras ações como as de revitalização do rio São Francisco e os programas ambientais que estão sendo implantados na medida em que o projeto evolui. A expectativa é de que o projeto supra o atendimento de 12 milhões de pessoas, além de gerar 350 mil empregos diretos e indiretos, especialmente na zona rural. Deverá viabilizar ainda assentamentos fundiários a serem implantados em áreas férteis, e a melhoria das condições de saneamento básico. Apenas o primeiro dos dois eixos estará pronto em junho de 2011 e sua conclusão deve ocorrer apenas no fim de 2012. O governo ainda irá

66 / Grandes Construções

definir o valor da água. Estimado em R$ 0,13 por 1.000 litros de água por seus defensores, o custo pode chegar a quatro ou cinco vezes esse valor ainda inferior ao custo da água fornecida por carros-pipa. Pensada pela primeira vez na época do Brasil Império, a transposição do Rio São Francisco só começou a sair do papel há pouco mais de dois anos, com obras lideradas pelo Exército, que enfrentaram ainda a greve de fome do bispo de Barra (BA), dom Luiz Flávio Cappio, e paralisações determinadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF). O Projeto São Francisco abrange a construção de dois canais: o Eixo Leste, com 220 quilômetros, que levará água para os Estados de Pernambuco e Paraíba; e o Eixo Norte, com 402 quilômetros, que atinge Pernambuco, Paraíba, Ceará e Rio Grande do Norte. O Eixo Norte terá extensão muito maior que os 63 km do lotes 1 e 2, atingindo 400 km de comprimento até o interior dos estados do Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte. O projeto contempla a construção de outro canal principal de 220 km (Eixo

Leste), que avançará em direção à Paraíba, a partir da barragem de Itaparica, no município de Floresta (PE). O projeto está a cargo do Ministério da Integração Nacional e consiste na construção de dois canais principais – os eixos Norte e Leste – que se ligarão a uma série de canais secundários, adutoras e reservatórios, interligando o São Francisco a outras bacias do Nordeste setentrional. O empreendimento contempla a construção de nove estações de bombeamento ainda não licitadas. As travessias de rios, estrada e ferrovias serão realizadas por meio de aquedutos, além de alguns túneis previstos em projeto. Ao longo dos dois eixos principais e de seus ramais, serão construídas 30 barragens para a formação de reservatórios, de forma a permitir o fluxo de água nos períodos em que algumas estações de bombeamento estiverem fora de operação. O projeto contempla que elas fiquem desligadas durante um período do dia, para reduzir custos de energia. A primeira etapa das obras foi comandada pelo Exército Brasileiro.


Setembro 2010 / 67


HABITAÇÃO

XX Dez mil novas moradias foram construídas pelo município de São Paulo para oferecer melhor qualidade de vida à população

São Paulo avança em seu programa de urbanização das favelas Desde 2005, o programa de urbanização de favelas do município de São Paulo já interveio em 12 bairros, atingindo 13.660 famílias e contabilizando mais de 10 mil novas habitações. Sem dúvida número ainda insuficiente para atender a demanda das famílias carentes considerando somente a capital paulista, mas representa um avanço na adoção de uma política pública de intervenção contínua com vistas a melhorar as condições de saúde e higiene nas áreas mais pobres cidade. Um dos principais símbolos desse substrato paulistano está na Favela de Paraisópolis, que tal como ocorreu com a Favela da Rocinha, no Rio de Janeiro, ganhou triste notoriedade por seus números de violência e insalubridade. Mas talvez tenha sido este um dos motivos também para o início de uma mobilização de diversos segmentos da sociedade, 68 / Grandes Construções

para reduzir o contraste de uma favela incrustada junto a uma das áreas mais ricas e nobres da capital, o bairro do Morumbi. Paraisópolis é, por assim dizer, a favela “chic” de São Paulo, no entanto essa realidade está presente em diversas outras partes da cidade configurando-se, também, como um tipo de doença social, cuja tendência é nunca ser sanada, mas reproduzida ou até transferida de região, pois também está calcada num modelo de especulação. Daí o porte do desafio dos órgãos públicos. Um desses exemplos é o empreendimento São Francisco Global, em São Mateus (Zona Leste). Para dar um exemplo, a antiga moradora do aterro sanitário de Servilluz deixou de pagar o aluguel de R$ 250 de um barraco, para pagar a tarifa de R$ 79,08 de seu novo apartamento. Gleba com 1,78 milhão m², o São Francisco Global tem hoje

1,04 milhão m², divididos em 11 núcleos, todos comprometidos por habitação de interesse social. É o terceiro maior assentamento em condições precárias do mundo, com cerca de 15 mil famílias. Na primeira etapa da urbanização, a Secretaria de Habitação (Sehab) fez obras de saneamento e infraestrutura. Na segunda, dos 1.296 imóveis previstos, 316 já foram entregues. A empresa trabalha em 21 urbanizações, incluindo grandes obras, como a de Heliópolis (Zona Sul), glebas A, N, K, G e H, Paraisópolis e de Nova Jaguaré (Zona Oeste). Em Heliópolis já foram entregues 827 moradias e 23 comércios; na gleba K, 1.843 imóveis estão em construção. Nessas áreas foram implantadas instituições culturais e educativas como Bairro Educador, Centro Paula Souza, Instituto Bacarell, CEU além de escolas e creches.


Nas bacias Billings e Guarapiranga, onde vivem mais de dois milhões de pessoas em loteamentos irregulares, a Sehab atua por meio do Programa Mananciais. Além da urbanização e produção habitacional, as obras de saneamento do Programa Mananciais preservam a qualidade das represas que abastecem 3,5 milhões da região metropolitana. Na Guarapiranga, uma parte do programa foi concluída com a entrega de 20 obras para 10 mil famílias. O programa atua em 81 assentamentos e outras 4.700 unidades habitacionais serão construídas até 2012. Além desses programas, a Companhia Metropolitana de Habitação (Cohab) construiu 6.017 unidades habitacionais. Ao aderir ao Programa Minha Casa, Minha Vida, a Cohab já tem destinado recursos para a aquisição de terrenos onde serão construídas as moradias. Somandose os números de cada programa, desde 2005, foram construídas 10.017 habitações de interesse social.

Terceira fase do programa

A licitação para as obras da terceira fase do programa de urbanização de Paraisópolis – o segundo maior assentamento precário da cidade, com cerca de 19 mil domicílios - já foi concluída e aguarda, agora, a homologação da empresa vencedora. No último dia 31, a Prefeitura entregou mais 200 apartamentos do Condomínio B e 40 unidades do Condomínio C. O programa Nova Paraisópolis inclui parcerias internacionais, foi destaque nas bienais de arquitetura de Roterdã e Veneza, e prevê o reassentamento de mais de 3.000 famílias para eliminação de áreas de risco e abertura de vias, a instalação de diversos equipamentos sociais e a construção de 3.168 unidades habitacionais. A entrega dos 200 apartamentos está entre os últimos trabalhos da segunda etapa das obras, constituídas de três fases. Orçada em R$ 310.831.162,22, sendo R$ 78,5 milhões (25,2%) do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC),

do Governo Federal, a segunda etapa será concluída no mês que vem. O governo do Estado também participa da iniciativa, por meio da CDHU e da Sabesp. A terceira e última etapa está orçada em R$ 182.939.488,54, aguarda homologação da licitação, tem previsão de início para o mês que vem e deverá ser concluída em agosto de 2012, quando Paraisópolis terá se tornado um bairro regularizado. Iniciado em Setembro de 2006, o programa Nova Paraisópolis tem orçamento total de R$ 528.752.622,39. Além de promover a regularização fundiária de todo o assentamento, obras de drenagem e de saneamento básico, o programa também prevê a construção de um trecho da Via Perimetral, a construção de um Centro de Educação Infantil (CEI) – este, praticamente concluído —, uma Unidade Básica de Saúde (UBS), de uma unidade de Assistência Médica Ambulatorial (AMA), e de um Centro de Apoio Psicossocial (CAPS). O governo do Estado conclui ainda uma Escola Técnica Estadual (ETEC) e a Pre-


HABITAÇÃO WW Triste contraste: Favela Paraisópolis, bolsão de pobreza e violência cravado no bairro elegante do Morumbi, em São Paulo

na categoria Ação Social do Prêmio Master Imobiliário de 2009, promovido pela Fiabci/Brasil. O relatório enviado ao júri internacional, em dezembro passado, apresentava um apanhado geral do Programa de Urbanização de Favelas, com seus parâmetros e critérios, a implantação do Habisp (sistema de mapeamento dos assentamentos precários da cidade), o desenvolvimento do trabalho social e os programas de regularização fundiária e de loteamentos. Os projetos da Sehab contam ainda com parceria das universidades americanas de Harvard e Columbia, com participação na IV Bienal Internacional de Arquitetura de Roterdã, em 2009. feitura construiu no local um Centro Educacional Unificado (CEU). Os apartamentos entregues têm 54,5 m² com dois dormitórios, sala, cozinha, banheiro e área de serviço. O novo empreendimento é integrado por um ambiente tratado paisagisticamente e dotado de áreas de lazer condominial, estacionamentos e vias pavimentadas além das redes adequadas de água, esgoto, drenagem, energia elétrica e gás natural, com seus respectivos medidores individualizados.

Bienal de Veneza destaca projeto Cantinho do Céu

O projeto de urbanização do Cantinho do Céu, comunidade localizada na margem da represa Billings, a cargo do arquiteto Marcos Boldarini, foi o escolhido pelo arquiteto e curador Ricardo Ohtake para integrar o pavilhão brasileiro na Bienal de Arquitetura de Veneza, na Itália. A notícia foi motivo de satisfação também para os técnicos da Secretaria de Habitação, especialmente para aqueles responsáveis pelo Programa Mananciais, que têm a dupla tarefa de urbanizar favelas e implantar a infraestrutura necessária para preservar as águas das represas que abastecem a Capital. O projeto do arquiteto foi mudar o conceito de inegração daquela comunidade, voltando o olhar para a represa. Cerca

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de 1.500 famílias deverão ser removidas das áreas de risco e da margem, o que também vai liberar a paisagem e contribuir para a segurança sanitária da represa. O reassentamento das famílias será feito na mesma região. “A ideia foi virar a comunidade para o reservatório e revelar a natureza a sua frente”, destaca o arquiteto. Ocupada no início da década de 1980, hoje, o Cantinho do Céu abriga 9.789 famílias, em uma área de 1.543.761 m². Nesse espaço privilegiado, com vistas para o espelho d’água da represa, a Sehab já tem em estágio avançado de execução das obras de drenagem, esgoto, implantação de guias e sarjetas, de pavimentação, obras de contenção em áreas de risco e de urbanização. Com orçamento na casa dos R$ 120 milhões, além dos itens citados o projeto conta com pista de skate, campo de futebol, praça, dois deques, espaço para capoeira e dança de rua, um deque flutuante, passarela de madeira e área para estacionamento. A conclusão das obras está prevista para 2012. O programa de urbanização de favelas já havia conquistado em maio o Prix d’Excellence Awards 2010 na categoria Infraestrutura Pública (em inglês, Public Infrastructure), concedido pela Fiabci, a mais importante federação do setor imobiliário internacional, ligada à ONU. Com o mesmo programa, a Sehab já havia vencido

Síndicos entre os moradores

O Curso de Administração de Condomínios já capacitou 71 moradores das comunidades de Heliópolis, Jardim Celeste V e Cidade Azul, além de 49 técnicos das Habis Centro e Sudeste (divisões regionais ligadas a Superintendência de Habitação Popular, da Secretaria Municipal de Habitação) a gerenciar conjuntos habitacionais. A ideia é formar moradores que se tornem multiplicadores do conhecimento adquirido e os cursos resultam de uma parceria entre o Secovi (Sindicato da Habitação) e os órgãos da prefeitura. As turmas elegeram oradores que ressaltaram a importância de saber lidar com questões que envolvem segurança e respeito entre vizinhos. O torneiro mecânico e pastor evangélico José Darlindo, 55 anos, futuro morador do Conjunto Jardim Celeste V, diz que nunca morou em condomínio. “Precisávamos aprender a lidar com pessoas que possuem cultura e costumes diferentes dos nossos. Para isso, o curso foi fundamental”, disse. A ex-moradora da favela do Jaguaré, Ercelania Maria da Silva, 31, síndica do Residencial Nova Jaguaré – Alexandre Mackenzie, apontou questões que pôde aplicar ainda no início do curso. “Entendi a importância de instalarmos o interfone nos apartamentos, e como transmitir informações para os condôminos”, explicou.


SS Obras de instalação de rede de saneamento na favela de Manguinhos, Zona Norte do Rio

R$ 328,4 milhões para urbanizar a favela de Manguinhos O Programa de Urbanização do Complexo Residencial de Manguinhos, uma das maiores comunidades carentes do Rio de Janeiro, prevê a construção de 1.800 novas casas, regularização e reforma de outras 1.125 residências, instalação de rede de água, esgoto e drenagem. Também está prevista a construção de cinco creches, duas escolas de ensino médio, uma de ensino profissionalizante, uma biblioteca de referência, com área de estudo, complexo esportivo, centro médico e áreas de lazer. As intervenções estão orçadas em R$ 328,4 milhões, sendo em parte com recursos federais com contrapartida financeira do estado e município O projeto, que está sendo executado pelo Consórcio Manguinhos, conta com a participação da Andrade Gutierrez, EIT e Comter Construções, e tem como meta global melhorar a vida de 46 mil moradores do complexo de favelas. Compõem o Complexo de Manguinhos as comunidades de CHP2, Vila Turismo, Parque João Goulart, Vila União, Mandela de Pedra, Nelson Mandela e Samora Machel. Serão construídas duas unidades de atenção à saúde: uma UPA (Unidade de Pronto Atendimento) 24 horas, e um CAPS (Centro de Apoio Psiquiátrico), destinado a fazer o atendimento intensivo e semi-intensivo de pacientes com transtornos mentais. O programa de obras para Manguinhos prevê ainda a elevação de 2 quilômetros da

via férrea que, segundo o arquiteto Mário Jáuregui, responsável pelo desenvolvimento do projeto, divide a comunidade ao meio. Esta é a obra mais custosa do programa, prevendo a construção de uma estação intermodal com três pavimentos – uma plataforma de embarque, uma de acesso a bilheterias e sanitários e outra com comércio. Próximo à área da estação, está prevista a construção do Parque Metropolitano, com ciclovia, anfiteatro, comércio popular e quiosques de alimentação. Há também a promessa de melhorias na rede de drenagem pluvial. Estão previstas ainda a pavimentação de 240 mil m2 de vias e a recuperação das margens dos rios Jacaré e Faria Timbó. Um dos compromissos que norteiam o empreendimento é o de que a mão de obra empregada nas obras seja da própria localidade. Há ainda a promessa de construção de um centro para geração de trabalho e renda e agências de micro crédito, além da construção de um Centro de Referência da Juventude, com salas de informática e curso pré-vestibular. Dentro dos parâmetros da lei, os moradores de Manguinhos terão direito ao título de propriedade de sua moradia. Para facilitar esse processo, será oferecido às comunidades atendimento jurídico para a regularização da documentação necessária. Setembro 2010 / 71


INDÚSTRIA

XX Nova fábrica produzirá retroescavadeiras e carregadeiras de pequeno porte, hoje fabricadas em Piracicaba (SP)

Caterpillar: fábrica no Paraná para expandir a produção A Caterpillar adquiriu uma fábrica localizada em Campo Largo, no Estado do Paraná, que após remodelação atingirá 50 mil m² de área construída e estará pronta para iniciar a produção até o final do ano. A fábrica em Campo Largo (originalmente construída para receber a linha de produção da automotiva Crysler) produzirá retroescavadeiras e carregadeiras de pequeno porte, atualmente fabricadas em Piracicaba e que compõem parte da família de máquinas da Divisão de Produtos de Construção Leve da Caterpillar (BCP - Building Construction Products Division). “Esta nova fábrica é um importante investimento para o crescimento de longo prazo e sucesso da BCP, especialmente na medida em que crescemos na América Latina e oferecemos máquinas que vão permitir tornar nossos clientes mais produtivos”, diz Mary Bell, vice-presidente da Divisão de Produtos de Construção Leve da Caterpillar. Em adição à nova fábrica, a Caterpillar anuncia também planos para

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aumentar a capacidade de produção de sua sede industrial, em Piracicaba (SP), para a manufatura de seus produtos tradicionais. Investimentos em torno de US$ 180 milhões estão previstos em ambas as unidades nos próximos dois anos. “A decisão de expandir as operações no Brasil faz parte da estratégia global de longo prazo da Caterpillar para ampliar seus negócios em mercados relevantes em crescimento, além de possibilitar que a companhia atenda à demanda crescente de sua base de clientes na América Latina”, diz Rich Lavin, presidente de grupo da Caterpillar Inc. com responsabilidade pelos mercados em crescimento e produtos tradicionais. A escolha do local da nova unidade demandou estudos em diversas cidades brasileiras nos últimos seis meses, explicou Luiz Carlos Calil, presidente da Caterpillar Brasil. Mas a decisão por Campo Largo foi motivada pelas características da propriedade e pela possibilidade de rapidamente aumentar a capacidade de produção. “A loca-

lização geográfica desta nova unidade permitirá melhorar a eficiência na cadeia de suprimentos da Caterpillar e ampliar a flexibilidade de suas operações, tudo alinhado aos princípios do Sistema de Produção Caterpillar”, acrescenta Calil. A nova fábrica deverá iniciar a produção em 2011. “É uma honra ter a Caterpillar, uma empresa de classe mundial, em nossa cidade. Os investimentos que serão feitos nesta nova fábrica trarão empregos adicionais e darão suporte ao desenvolvimento de Campo Largo”, declara Edson Basso, Prefeito do município, que vislumbra uma boa opotunidade de desenvolvimento para a região. A nova unidade industrial da Caterpillar Brasil em Campo Largo (PR) será responsável pela produção da Retroescavadeira 416E e das Carregadeiras de Rodas 924H e 938H. A transferência das linhas de produção desses modelos está prevista para 2011, após o local passar por uma remodelação para acomodar a tecnologia necessária e as diretrizes do Sistema de Produção Caterpillar.


Gabarito

Cada vez mais presente nos canteiros de obras do Brasil.

As Escavadeiras e Pás Carregadeiras Doosan possuem alta durabilidade e resistência com ótima performance, além de ter um baixo consumo de combustível. Tudo isso aliado a uma tradição já consolidada nos canteiros de obras de todo mundo. Com todos estes diferenciais, a marca Doosan já faz parte do cenário das construções brasileiras.

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INDÚSTRIA

Hyundai: nova fábrica em 2011

XX Com investimentos de US$ 150 milhões, nova fábrica terá capacidade para produzir 5 mil unidades/ano#

O grupo sul-coreano Hyundai está sendo disputado por São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo e Minas Gerais, para definir o local de implantação de sua fábrica de equipamentos para construção, um investimento de US$ 150 milhões que deverá ser iniciado em meados do próximo ano. A unidade será a primeira de equipamentos pesados da marca fora da Ásia. Com capacidade de produção anual de até 5 mil unidades - entre escavadeiras, retroescavadeiras e pás carregadeiras -, a fábrica deverá abrir cerca de 650 postos de trabalho diretos. O projeto foi anunciado no início do ano por John Lim, presidente para as Américas da Hyundai Heavy Industries, divisão do grupo que produz máquinas e equipamentos. A definição do município depende de critérios como proximidade ao centro consumidor, facilidade de suprimento de componentes de fabrica-

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ção local e qualidade de mão de obra, além dos incentivos fiscais oferecidos pelos governos estaduais e municipais. A fábrica deverá ser instalada em um condomínio industrial, o que evitaria eventuais problemas para obtenção de licenças ambientais. As obras de terraplanagem da fábrica de automóveis que a Hyundai pretende construir em Piracicaba, interior paulista, foram parcialmente suspensas por causa de pendências em relação à obtenção delicenças. A previsão para conclusão das obras e início das operações está prevista para 2012, mas o cronograma pode sofrer atrasos. No caso da fábrica de máquinas de construção, os planos existem desde 2008, mas foram adiados por conta da crise global. No entanto, a demanda forte nas áreas de habitação e de infraestrutura, com a construção de estradas e projetos previstos no Programa de Aceleração do Crescimento

(PAC), atuou para alavancar novamente o projeto. A companhia decidiu suspender as unidades que pretendia erguer nos EUA e na Rússia e antecipou os investimentos no Brasil. A previsão inicial era começar a produção de máquinas e equipamentos para construção no País apenas em 2012. Agora, a empresa quer dar partida na produção já em julho do próximo ano. Na primeira fase do investimento, estimada em US$ 100 milhões, a capacidade da fábrica será de três mil máquinas por ano. Com investimento adicional de US$ 50 milhões, a empresa pretende chegar a cinco mil máquinas por ano. Além da unidade de máquinas, o grupo prepara a construção de fábrica de veículos em Piracicaba, investimento de US$ 600 milhões, que deve começar a funcionar em 2012. O projeto atrairá ainda pelo menos oito fabricantes para a cidade.


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SHOPPING

XX Localizado em área nobre da capital paulista, o Shopping JK Iguatemi foi dimensionado para receber 20 mil pessoas/dia

Shopping classe A fará parte do empreendimento WTorre JK O shopping JK Iguatemi tem inauguração prevista para 2011, no mês de setembro. O empreendimento está no Itaim Bibi, bairro nobre de São Paulo, no encontro das avenidas Juscelino Kubitschek, Nações Unidas e Chedid Jafet. O shopping faz parte do complexo de uso misto WTorre JK, que contempla ainda três torres e um edifício comercial que, juntos, têm capacidade para 17 mil pessoas. O grupo Iguatemi estima um fluxo diário de aproximadamente 20 mil pessoas e cerca de 7,2 milhões de visitantes por ano. Nas proximidades do shopping existe alta concentração de renda, principalmente em bairros como Vila Nova Conceição, Vila Olímpia e Jardim Paulistano. Por isso, o público estimado é de 48% da classe A e cerca de 50% terá idade entre 20 e 49 anos. O projeto de arquitetura do shopping foi desenvolvido pela empresa Arquitectonica e tem como característica marcante a transparência, conferida pelos panos de vidro que revestem o edifício e que 76 / Grandes Construções

proporcionam luminosidade no espaço interno e vista para o paisagismo de Isabel Duprat. Do shopping também é possível apreciar o Parque do Povo, uma área verde de 112 mil m2 com trilhas e equipamentos esportivos, que foi revitalizada pela WTorre com a prefeitura de São Paulo, entre 2007 e 2008. Além do aproveitamento da luz natural, o shopping terá outros recursos que permitirão economia de recursos naturais, como os sensores de ar condicionado que ajudarão a diminuir o consumo de energia. Os cuidados para que a água seja disponibilizada de forma racional incluem a instalação de torneiras econômicas, de descargas eficientes e a captação da água da chuva para ser usada no sistema de refrigeração do edifício. Até mesmo o ar interno do edifício será purificado com filtros especiais para garantir uma atmosfera saudável. O shopping tem quatro pisos de lojas, área construída de 116 mil m2, sendo que a área bruta para locação é de 32.576 m2. Tem capacidade para abrigar 170 lojas,

além de quatro âncoras, 11 megalojas, praça de alimentação e nove restaurantes. Na área de lazer estão previstas nove salas de cinema, uma sala de teatro, parque infantil e área para eventos. Os três níveis de garagem somam duas mil vagas, sendo que 58 delas são para portadores de deficiência e 105 para motos. Recursos tecnológicos prometem surpreender o visitante. Por exemplo, com o uso de um dispositivo móvel o cliente terá acesso a informações exclusivas e poderá se localizar nas áreas do shopping. O empreendimento também oferecerá conexão WiFi em todas as áreas e TV digital na praça de alimentação. Do ponto de vista cultural, promete trazer artistas internacionais, que desenvolverão exposições e instalações especialmente para o local. O empreendimento é dividido igualmente entre a Iguatemi Empresa de Shopping Centers e a WTorre Properties, sendo que a execução ficou a cargo da WTorre Engenharia e Construção. O investimento total foi de R$ 186,6 milhões.


Shopping Metropolitano fará parte da expansão da Barra da Tijuca O Shopping Metropolitano será inaugurado em outubro de 2012 na Barra da Tijuca, um dos bairros mais valorizados do Rio de Janeiro. O empreendimento é desenvolvido em conjunto pelas empresas Carvalho Hosken, RJZ Cyrela e Cyrela Commercial Properties (CCP) e tem em vista o aquecimento econômico que virá com os grandes eventos esportivos no Brasil: a Copa do Mundo, em 2014 e as Olimpíadas, em 2016. Para este último, no bairro serão instaladas a vila olímpica e as instalações para a mídia do mundo inteiro. Estima-se que a Barra da Tijuca abrigará cerca de 17.500 atletas e mais de 16 mil profissionais de mídia em 2016. O empreendimento está no Centro Metropolitano, local planejado inicialmente pelo urbanista Lucio Costa, no final da década de 1960, para ser uma área de desenvolvimento urbano controlado, pertencente à Baixada de Jacarepaguá. Atualmente, a região configura-se como um polo de

expansão da Barra da Tijuca. Pensando nisso, foi criado o seguinte slogan para divulgação do futuro centro comercial: “O shopping que chega com a evolução da Barra”. A população dessa área chega a 840 mil habitantes e existe a expectativa de que ultrapasse o número de habitantes de Ipanema e do Leblon nos próximos anos. Com projeto arquitetônico de Paulo Baruki, o shopping ocupará um terreno de 78 mil m2, com área bruta locável de 45 mil m2. Nesta primeira fase estão previstos dois pisos para 230 lojas, seis âncoras, sete megalojas, praça de alimentação, cinco restaurantes com vista panorâmica e oito salas de cinema de última geração. O estacionamento terá 2700 vagas, das quais 1900 são cobertas. Algumas lojas que confirmaram espaço no shopping são a Ponto Frio, Renner, Riachuelo, Marisa e Ri Happy. Pela localização, além do público da Barra da Tijuca, o novo shopping também atrairá moradores do

Recreio dos Bandeirantes, de Jacarepaguá e arredores. A CCP possui um portifólio de 200 mil m2 de área locável e mais 225 mil m² em desenvolvimento. No segmento de shopping centers possui participação em três empreendimentos, todos incorporados e administrados pela empresa. Além do futuro shopping metropolitano, fazem parte da lista o Shopping D, no bairro do Canindé, na capital paulista, e o Grand Plaza Shopping, no bairro Jardim, em Santo André, SP. Esses dois últimos estão em funcionamento e somam área bruta de 40 mil m2 para locação. A construtora Carvalho Hosken dedicou metade de seus 60 anos em empreendimentos na Barra da Tijuca. Em parceria com a RJZ Cyrela, a empresa foi a responsável pelo paisagismo na avenida Abelardo Bueno para os Jogos Panamericanos de 2007. A avenida é uma das principais do bairro e ficou conhecida como o Boulevard do Pan.

TT Novo shopping será construído em área privilegiada, prevista pelo arquiteto Lúcio Costa, autor do Plano Piloto para Urbanização da Barra da Tijuca, para ser uma área de desenvolvimento urbano controlado

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COPA 2014

XX Maquete eletrônica da Arena do Pantanal, em Cuiabá: obras avaliadas em R$ 342 milhões prosseguem sem atrasos

cronogramas de obras começam a ser cumpridos

Atrasos nos editais, questionamentos judiciais, indefinição de projetos e dificuldades financeiras ainda emperram o andamento das obras nos estádios de futebol que irão abrigar a Copa do Mundo em 2014. Apesar de grandes atrasos e incertezas, as obras para a construção e reforma de alguns estádios começam a cumprir o cronograma. Em Manaus, por exemplo, o antigo estádio Vivaldo Lima, o Vivaldão, projetado pelo arquiteto Severiano Porto e inaugurado na década de 1970, não teria condições de atender a todos os requisitos da FIFA para a Copa do Mundo de 2014. Por isso, está sendo demolido para dar lugar à Arena Amazônia. O novo estádio terá capacidade para 43,6 mil pessoas e área construída de 170 mil metros quadrados. O projeto arquitetônico foi feito em parceria pelo escritório GMP, da Alemanha, e o Grupo Stadia, do Brasil. A Andrade Gutierrez será a responsável pela construção. O projeto procura integrar-se à paisagem amazônica, com clara inspiração na flora da região. Desde o início dos estudos, o projeto incorporou conceitos de sustentabilidade, permitindo que o estádio apresente maior eficiência energética e reuso de água, entre outros quesitos, que poderão garantir a certificação LEED para o equipamento esportivo. Para ser aprovado, o projeto precisou seguir todas as exigências da FIFA e da CBF 78 / Grandes Construções

em termos de sustentabilidade econômica, social e ambiental. Também está de acordo com normas brasileiras de segurança e de acessibilidade. A demolição do Vivaldão deve terminar até outubro e cerca de 95% do concreto removido será reutilizado na construção da nova arena. Ela será implantada no mesmo lugar do antigo estádio, em área privilegiada, de fácil acesso pelas avenidas principais, com distância de 5,7 km do centro da cidade. A nova arena custará R$ 32 milhões e ficará pronta em 2013. Segundo dados do Ministério do Turismo, a região também receberá investimentos de até R$ 5,4 bilhões, incluindo a construção do estádio e melhorias na infraestrutura urbana.

Beira-Rio

O estádio Beira-Rio e todo o seu entorno, em Porto Alegre, passarão por uma revitalização para receber os jogos da Copa. O projeto arquitetônico do escritório Hype Studio prevê a construção de uma cobertura em estrutura metálica e lona tensionada, com inspiração nos estádios da Copa da Alemanha, realizada em 2006. Também estão sendo feitas reformas internas para atender aos requisitos da FIFA e a construção da arquibancada inferior, para aproximar o público do campo e aumentar a capacidade de 56 para 62 mil pessoas. A cobertura será suportada por 65 módulos de 23 metros, em forma de asa. As obras estão dentro do

prazo e as 130 estacas de sustentação dos pilares desta cobertura começaram a ser instaladas em agosto. O escritório Santini e Rocha Arquitetos é responsável pelo gerenciamento técnico e detalhamento do projeto, e a Simom Engenharia pelo cálculo estrutural de fundações e estruturas. A construtora ainda não está definida. O Hype Studio também fez o projeto de revitalização urbana para a área externa ao estádio, às margens do Rio Guaíba. A sugestão é de que sejam construídos hotéis, edifícios comerciais e até uma marina, mas ainda não existem financiadores para essa parte do projeto. No entorno também será construído um estacionamento com capacidade para 2.560 veículos. As obras do estádio terão custo aproximado de R$ 130 milhões e o clube Internacional, de Porto Alegre, espera que o valor seja reduzido com isenções fiscais. O clube fará as obras com o dinheiro adquirido com a venda do Estádio dos Eucaliptos, realizada em agosto, e com a venda antecipada de camarotes do Beira-Rio.

Fonte Nova

Sobre os entulhos da implosão do antigo estádio, as obras para a construção da arena Fonte Nova seguem dentro do prazo. A demolição do anel inferior da arquibancada e de estruturas internas começou a ser feita de forma mecânica em junho e o anel superior foi implodido no dia 29 de agosto. Quase 30 mil m3 de concreto proveniente


da demolição será reutilizado na construção da nova arena e em outras edificações públicas. As obras para as fundações estão prestes a serem iniciadas. O projeto arquitetônico foi feito pela Setepla Tecnometal Engenharia, com autoria do arquiteto Marc Duwe, em parceria com a empresa alemã Schulitz+Partner. O desenho manteve a forma oval e abertura para o Dique do Tororó, importante área de lazer em Salvador. O estádio terá capacidade para 50 mil assentos, com possibilidade de ampliação para 65 mil, caso seja escolhido para a abertura da Copa. Toda a operação custará R$ 591 milhões e o responsável pelas obras é o consórcio Arena Fonte Nova, formado pelas construtoras OAS e Odebrecht. Existe a previsão de que o estádio seja entregue até dezembro de 2012, em tempo de receber a Copa das Confederações, que acontecerá em 2013.

Cuiabá

O projeto da GCP Arquitetos e do Grupo Stadia para a Arena Pantanal, de requalificação do estádio Verdão, tem grande preocupação com o sombreamento e a circulação de ar, elementos fundamentais em Cuiabá, onde as temperaturas podem ultrapassar os 40oC. Para que o estádio não fique vazio depois da Copa, existe a previsão de que 30% dos 43.600 assentos sejam removidos e reutilizados em outras obras estaduais. A arena não sofre atrasos e as fundações já começaram a ser feitas logo após a demolição. Para atingir o Green Goal da FIFA, a arena terá diversos recursos que atendem aos requisitos internacionais de sustentabilidade, como a captação de água da chuva do gramado e da cobertura para reuso. O projeto já ganhou a certificação do US Green Building e há possibilidade de certificação do estádio quando pronto. Também há previsão de requalificação do bairro Verdão, onde o estádio está implantado, na região central de Cuiabá. O custo estimado para as obras é de R$ 342 milhões e a construção é de responsabilidade das construtoras Santa Bárbara e Mendes Júnior. A conclusão da arena está prevista para 2012.

Reforma do Maracanã custará R$ 705 milhões

SS Estádio do Maracanã: obras a pleno vapor têm como maior desafio a instalação da nova cobertura

O Estádio Jornalista Mário Filho, mais conhecido como Maracanã, está fechado para reformas. O objetivo é adequar o templo mundial do futebol às exigências da Fifa para que participe da Copa de 2014. A licitação foi concluída em meados de agosto, sendo vencedor o Consórcio Maracanã Rio 2014, composto pelas empresas Andrade Gutierrez, Odebrecht e Delta. O orçamento apresentado pela empresa foi de R$ 705 milhões, ficando 2,14% abaixo do que tinha sido avaliado pelo governo estadual do Rio, R$ 720 milhões. Atualmente, há cerca de cem pessoas envolvidas na elaboração do projeto executivo e na obra. A expectativa, no entanto, é que no auge da empreitada sejam criados dois mil empregos diretos e 10 mil indiretos. Entre as mudanças estão a recuperação da cor original do estádio, a construção de novas rampas e a instalação de novos elevadores. Para que as seleções entrem juntas em campo, o túnel de acesso ao gramado será alargado. Já os camarotes, que hoje estão localizados na parte superior do estádio, serão transferidos para o meio das arquibancadas, permitindo uma melhor ventilação. Além disso, por exigência da FIFA, passarão de 99 para 110. As cadeiras, por sua vez, ganharão uma cobertura de politetrafluoretileno (PTFE), resina de última geração. Os torcedores e visitantes poderão usufruir ainda de um maior número de banheiros e restaurantes.

Obras

As obras estão a pleno vapor. Foram reti-

radas as 35 mil cadeiras azuis do anel inferior, que já começou a ser demolido. Também as cadeiras da parte superior estão sendo removidas. O projeto prevê ainda a construção de um prédio para estacionamento, acima das linhas da Supervia e do metrô, com cerca de 3.500 vagas. Por outro lado, a capacidade do Maracanã será reduzida de 86 mil para 76 mil lugares a fim de adequar os assentos aos critérios de conforto da Fifa. O acesso será feito por meio de duas rampas, que voltarão a funcionar com a derrubada dos camarotes que ficam na parte superior do estádio. Além disso, serão abertos outros quatro acessos para atingir o número solicitado pela Fifa. Essa intervenção reduzirá o tempo de escoamento do público para oito minutos, no máximo.

Desafio

O maior desafio, segundo o Consórcio Maracanã Rio 2014, é a instalação da cobertura em lona tensionada, algo inédito no Brasil. Para isso, deverá ser criada uma logística específica somente para a instalação da própria cobertura, que requer uma dinâmica especial, mais detalhada e complexa. O prazo para a conclusão é 31 de dezembro de 2012, uma vez que o estádio abrigará jogos da Copa das Confederações, em 2013, e a final da Copa do Mundo, em 2014. O Maracanã foi inaugurado em 1950, quando o Brasil sediou pela primeira vez a Copa do Mundo. Para a Copa 2014, entre outras adaptações, será construída uma nova cobertura. Setembro 2010 / 79


OLIMPÍADAS

WW Projetado para os jogos de 2016, o COT será referência na América Latina e África

tas paraolímpicos, o COT foi planejado com as adaptações necessárias aos portadores de deficiência. Nos Jogos Paraolímpicos de 2016, o local deverá receber competições de natação, basquete em cadeiras de rodas, rúgbi em cadeiras de rodas, esgrima em cadeiras de rodas, bocha, judô, goalball, futebol de 5, futebol de 7, tênis em cadeiras de rodas e ciclismo pista.

Edital

Centro Olímpico de Treinamento O Centro Olímpico de Treinamento (COT) tem como desafio ser referência na formação de atletas e instrumento de desenvolvimento do esporte da América Latina e África. Com essa meta, pretende criar uma estrutura de treinamento para 22 modalidades olímpicas, como saltos ornamentais, natação, nado sincronizado, polo aquático, atletismo, badminton, basquete, boxe, ciclismo, esgrima, ginástica rítmica, handebol, judô, taekwondo e vôlei, entre outros. De acordo com planejamento da Rio 2016, o Centro será a sede de 12 dessas modalidades durante os Jogos. Além disso, duas instalações construídas para os Jogos Pan-americanos Rio 2007 farão parte do novo Centro Olímpico de Treinamento: o Parque Aquático Maria Lenk e o Velódromo do Rio. Inspirado em modelos das princi-

80 / Grandes Construções

pais potências esportivas, o projeto do COT também tem como objetivo a formação de atletas olímpicos. Nessa área, pretende criar um centro de aprendizado, onde deverão ser realizados diversos cursos técnicos, como de formação de árbitros e de pesquisas aplicadas ao esporte. A ideia é que, além dos profissionais brasileiros, atletas da América Latina e da África possam contar com uma infraestrutura de apoio que inclui biblioteca, salas de aula, centro de informações esportivas com instalações para cursos, simpósios e palestras, auditório, laboratório de informática e alojamentos. Poderão usufruir ainda de serviços nas áreas de medicina esportiva e clínica, nutrição e fisioterapia, assim como de avaliações fisiológicas, biomecânicas, psicológicas e bioquímicas. A fim de atender também aos atle-

Polêmicas em relação ao texto do edital do Centro Olímpico de Treinamento têm provocado o adiamento do processo de seleção para a construção do empreendimento. Recentemente, o concurso foi cancelado pelo Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos do Rio 2016 e, até o momento, não há data definida. O órgão alega falta de transparência do texto, que poderia induzir interpretação equivocada de que o serviço solicitado seria a elaboração do projeto executivo. Segundo o Comitê Olímpico, o vencedor do edital deve elaborar manual descritivo e conceito do projeto básico. Já o Instituto de Arquitetos Brasileiros (IAB) alega que não houve divulgação do processo de seleção para a obra. O IAB estima que 80% dos escritórios de arquitetura não souberam do edital. Além disso, segundo o IAB, as empresas tiveram apenas 12 dias para reunir a documentação para o concurso. Em nota oficial, o Comitê afirmou que, a fim de garantir a transparência do processo, os editais são divulgados em seu site. Destacou ainda que houve um prazo compatível com a documentação exigida - portfólio, habilitação jurídica e qualificação econômico-financeira.


WW Marina da Glória, em um dos mais belos cenários do Rio de Janeiro, será revitalizada para se tornar um complexo turístico e de entretenimento, para os Jogos Olímpicos

Marina da Glória, novo pólo esportivo A Marina da Glória, um dos cartões postais do Rio de Janeiro, deverá se transformar num importante polo esportivo do estado. É o que pretende o Grupo EBX, do empresário Eike Batista. Com o apoio da Prefeitura do Rio, a empresa concluiu no final de setembro o processo de seleção do projeto de revitalização do local, que teve como vencedor o escritório de arquitetura Índio da Costa A.U.D.T. Com as reformas, a Marina estará pronta para realizar competições náuticas durante os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de 2016. Participaram do concurso arquitetos do Brasil, Estados Unidos, Espanha, Inglaterra, Bélgica, França, Itália e Portugal. Os principais critérios analisados foram apuro técnico, respeito ao patrimônio histórico, preocupação com a sustentabilidade e integração da Marina da Glória ao Parque do Flamengo. O projeto vencedor será previamente

submetido à avaliação do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN. Em seguida, será analisado por todos os órgãos competentes, em seus âmbitos de atuação. Todas as normas ambientais e urbanísticas previstas para a área do Parque do Flamengo deverão ser respeitadas. A adaptação da marina para o Pan, comprada pelo Grupo de Eike Batista em 2009, foi orçada em R$ 43 milhões. Com o investimento, a capacidade do local será ampliada pra 10 mil pessoas. Planeja-se ainda a construção de novos atracadores. Segundo o grupo de Eike Batista, a nova Marina da Glória deverá compor um complexo turístico e de entretenimento com outros projetos como o Hotel Palace, que contará com uma torre de escritórios e está recebendo investimentos de R$ 200 milhões, e o Pink Fleet, navio de turismo que realiza passeios na Baía de Guanabara.

Como o espaço é tombado pelo patrimônio histórico desde 1969, qualquer intervenção no local deve ser submetida ao Instituto do Patrimônio Artístico e Nacional – Iphan. A Marina da Glória localiza-se no Parque do Flamengo, projetado pelo arquiteto Affonso Reidy e pelo paisagista Roberto Burle Marx.

Polêmicas As obras para a revitalização da Marina da Glória foram alvos de polêmicas, iniciadas após a construção da nova garagem de barcos na enseada da Marina, próximo ao Aeroporto Santos Dumont. As reformas estariam sendo feitas em área tombada e sem autorização do Iphan. Segundo o órgão, a altura da garagem - um prédio de cinco andares, com 19 mil metros quadrados - obstruiria a visão do Pão de Açúcar e morros próximos. Em função dessas questões, as obras chegaram a ser embargadas. Setembro 2010 / 81


Turismo

XX Maquete digital do Porto Maravilha, que mudará a cara da Zona Portuária do Rio de Janeiro

Porto Maravilha revitalizará zona portuária carioca A região portuária do Rio de Janeiro, uma área degradada que ficou muito tempo sem a atenção do poder público, vai se transformar em polo turístico e de investimentos. O Projeto Porto Maravilha, que agrega lazer e negócios, visa a revitalização a região por meio de intervenções urbanas, viárias e de habitação. Orçado em R$ 139,6 milhões, o empreendimento busca transformar o Píer da Praça Mauá, construído em 1912, em área de convivência integrada ao centro da cidade. Serão dois anos de obras de infraestrutura, habitação e cultura, que dotarão a área de parque com anfiteatro, chafarizes, restaurantes, quiosques e estacionamento. O projeto segue a linha das principais cidades do mundo, como Barcelona, na Espanha, com investimentos em iluminação pública, recuperação de patrimônios culturais, pavimentação, calçamento, drena-

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gem e plantio de árvores A região abrigará ainda a Pinacoteca do Rio, o Aquário e o Museu do Amanhã. Na área social, o plano inclui a reurbanização do histórico Morro da Conceição - marco da ocupação da cidade no século XVI - onde as obras já foram iniciadas. Nas duas primeiras fases do projeto, técnicos e operários da Secretaria Municipal de Obras trabalham nas principais vias da Praça Mauá - as avenidas Rodrigues Alves e Venezuela e as ruas Coelho e Castro, Edgard Gordilho e Sacadura Cabral, entre outras. Além disso, alamedas tradicionais como a Barão de Tefé, Venezuela e Rodrigues Alves, assim como as transversais que cortam essas vias principais, ganharão calçamento, iluminação pública, drenagem e arborização das ruas também na fase inicial do projeto. Também na etapa inicial está prevista a reurbanização completa da

Praça Mauá, que culminará com a criação de um novo espaço público. Será construída uma garagem subterrânea para mil veículos. O local abrigará a Pinacoteca do Rio, no edifício D. João VI - Construído em 1912 e abandonado há anos - e o Museu do Amanhã, nos armazéns 5 e 6 do Cais do Porto. Será construído um novo acesso ao Porto, a partir da Avenida Brasil, para veículos de carga, desafogando o trânsito na área que será revitalizada. O Porto Maravilha é uma Operação Urbana Consorciada. Para coordenar o processo de implantação do projeto, a Prefeitura do Rio de Janeiro criou a Companhia de Desenvolvimento Urbano da Região do Porto do Rio de Janeiro. Tratase de uma empresa de economia mista, controlada pela Prefeitura com a missão de implementar e gerir a concessão das obras e dos serviços públicos na região.


Obra de aquário na zona portuária do Rio de Janeiro deve começar em outubro

A construção do Aquário Marinho do Rio de Janeiro (AquaRio), parte do projeto de revitalização da zona portuária da capital carioca, deverá começar em outubro. As informações são de Roberto Kreimer, presidente da Kreimer Engenharia, empresa responsável pela execução e gestão da obra. O investimento será de R$ 100 milhões. Segundo ele, o projeto do aquário, elaborado pelo arquiteto Alcides Horácio Azevedo, da Alhora Arquitetos Associados, já foi concluído. “Estamos na fase de conclusão do projeto de detalhamento técnico e de obtenção de todas as licenças na prefeitura”, explica Kreimer. “A previsão é que a obra comece em outubro e seja concluída em até 24 meses a partir da data de início da cons-

trução”, completa. O empreendimento possuirá 25 mil m² de área construída e será localizado no ex-prédio da Cibrazem (Companhia Brasileira de Armazenamento). “O edifício do AquaRio abrigava antigamente um armazém. Como a fachada é tombada, teremos que preservá-la e recuperá-la conforme especificado pela prefeitura”, conta o presidente da Kreimer Engenharia. O projeto do AquaRio prevê um tanque principal com 3,7 milhões de litros de água, sete metros de pé direito e um túnel interno que dividirá em dois ambientes: o Recinto Oceânico e o Recinto de Mergulho. Além de espaços de lazer, o local ainda terá o Centro de Referência e Recuperação da Fauna Marinha,

uma parceria com o Departamento de Biologia Marinha da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro). O edifício será composto de dois pisos de estacionamento com 280 vagas e diversos tanques, num total de 5 milhões de litros de água, que abrigarão cerca de 12 mil animais de 400 espécies diferentes. A empresa de engenharia pretende adotar soluções para a redução do consumo de energia e de água no AquaRio, como, por exemplo, manter a água dos tanques na temperatura ideal para os animais, eliminando a necessidade de refrigeração, reaproveitar água em outros espaços e utilizar a ventilação natural no ambiente para diminuir o consumo de energia.

SS O AquáRio, parte do projeto de revitalização da Zona Portuária carioca, exigirá investimentos de R$ 100 milhões

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concrete show 2010

SS Edição 2010 do Concrete Show: 21 mil pessoas visitaram estandes de 400 expositores, distribuídos em 36,5 mil m2

Concrete Show pega boa onda do setor de construção A edição 2010 da Concrete Show South America, realizada de 25 a 27 de agosto, no Transamérica Expo Center, em São Paulo (SP), consolida um ciclo de crescimento da ordem de 203% entre a primeiro e a quarta edição do evento, registrando 21 mil visitantes. O encontro ocupou 36.500 m² de exposição indor e outdoor e reuniu cerca de 400 expositores, dos quais 300 nacionais e 100 internacionais. Para o próximo ano, a ConcreteShow muda de endereço, passando a ser realizada no Centro de Exposição Imigrantes, com 45 mil m² de

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exposição indoor e outdoor e a participação estimada de 500 empresas. Claudia Godoy, diretora da UBM Sienna, promotora do evento, destaca o crescimento de 48% em relação ao ano passado, com a duplicação do número de expositores de 200 para 400 “O número de visitantes superou nossas expectativas” destaca ela, afirmando que o evento está indo no caminho certo. A seu ver, um dos principais motivos do sucesso está na crescente demanda por informações na área do concreto por parte de brasileiros e estrangeiros, principalmen-

te provenientes de países vizinhos. Além disso, ela destaca que o objetivo da feira é facilitar a realização de negócios, o que tem sido alcançado. “A ConcreteShow é um grande shopping center. O evento é um facilitador para quem busca alternativa de fornecedores. Por isso é importante a transferência para um local mais amplo e maior comodidade para o visitante”, destaca a diretora. Segunda ela, foram gerados durante a feira negócios da ordem de R$ 600 milhões. Claudia começou a trabalhar na área comercial de feiras em 2005.


Posteriormente criou sua própria empresa para atuar e em 2007 lançou a Concrete Show no Brasil. No ano que vem, o evento abrigará o Global Infra Infraestruture Forum, similar ao que já ocorre na edição internacional. Um dos destaques do evento foram os seminários promovidos pelas entidades do setor da construção, como o Sindicato da Indústria da Construção (Sinduscon/ SP) e Associação Brasileira do Cimento Portland (ABCP). Para o presidente da Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP), Renato José Giusti, o Brasil passou 20 anos sem investir. “Hoje, estamos vendo equipamentos que não imaginávamos ver, isto por conta dos grandes investimentos que vão acontecer visando a Copa do Mundo de 2014, os Jogos Olímpicos de 2016 e o Bicentenário de 2022”, resumiu. Segundo ele o Brasil está numa fase muito boa para a construção. A ABCP promoveu, em conjunto com o Instituto dos Arquitetos do Brasil (IAB), seção São Paulo, o Prêmio Soluções para Cidades, concurso que premiou o melhor projeto desenvolvido por estudantes de arquitetura. “A arquitetura é fundamental para o desenvolvimento de bons projetos. Por isso é importante incentivar a formação destes jovens profissionais”, disse Renato Giusti, enfatizando a necessidade de investir na formação de mão de obra qualificada para aproveitar as oportunidades que virão por conta do ciclo de investimentos no pré-sal, Copa do Mundo e Jogos Olímpicos. Wagner Lopes, presidente da Associação Brasileira das Empresas de Concretagem (Abesc), disse que o evento representou o “melhor momento em 25 anos no ramo da concretagem” e destacou que “toda a cadeia em torno da concretagem está muito animada com o momento em que o Brasil se encontra”. Os seminários organizados pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon-SP) destacaram os sistemas de controle tecnológico que asseguram maior produtividade na construção. Paulo Sérgio Ferreira de Oliveira, diretor da unidade de Serviços em Tecnologia da Método Engenharia, falou sobre ferramentas para gestão e padronização de

WW Renato José Giusti, presidente da ABCP: feira trouxe novidades antes nem imaginadas no Brasil

processos, e a industrialização da construção para tornar os empreendimentos mais competitivos. “O mercado só vai evoluir na medida em que essas práticas forem dominadas. Nesse sentido, a Concrete Show representa um importante espaço para disseminar as melhores práticas”, acredita.

Soluções para as cidades O concurso, destinado a estudantes de Arquitetura e Urbanismo de todo o Brasil, teve como objetivo estimular a elaboração de projetos relacionados à produção de mobiliário urbano para praças públicas. Inscreveram-se na competição 78 equipes, das quais 67 se habilitaram para o concurso, conforme o regulamen-

to. Desse universo, o júri destacou 10 trabalhos. Os estudantes puderam propor a construção de cinco elementos de mobiliário urbano à base de cimento, como bancos, postes de iluminação, lixeiras, bicicletário e um elemento de livre escolha. Os vencedores foram os estudantes de Arquitetura Karen Kussler e Guilherme Osterkamp, da Universidade Feevale, do Rio Grande do Sul, que utilizaram a “Praça da Pista de Skate”, em Novo Hamburgo (RS), como objeto de intervenção. Como base para a construção dos elementos, eles utilizaram um objeto em concreto armado chamado “drop”, semelhante a uma gota. Segundo Karen Kussler, “o objeto escolhido confere maior versatilidade na construção e pode ser replicado com muita facilidade”. Germán Madrid, especialista e referência internacional em planejamento de calçadas e vias públicas, e coautor do Manual de Desenho e Construção dos Componentes do Espaço Público (MPE) de Medellin (Colômbia) mostrou o trabalho de padronização realizado na cidade, cujo passeio público é considerado uma referência mundial. O documento também serviu de base para outras cidades – incluindo São Paulo – e aborda questões de acesso físico e guia para os deficientes visuais de forma integral e tecnicamente correta. O arquiteto, urbanista e paisagista Guilherme Takeda, reconhecido por sua atuação na área de planejamento urbano, e responsável por diversos projetos de revitalização, como o desenvolvido atualmente na região central de Anápolis (GO), falou sobre a questão do conceito de “acupuntura urbana”, que vem disseminando por todo o País, um processo de revitalização que valoriza as características culturais da região.

WW Claudia Godoy, diretora da UBM Sienna: evento é um shopping de soluções para o setor

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PAVIMENTAÇÃO

Tecnologias já existentes podem melhorar as

rodovias no Brasil O futuro aponta para as modalidades de reciclagem mas, atualmente, falta investimento, cuidado com base e sub-base, e as normas, apesar de antigas, ainda são funcionam

N

a edição passada, o Métrica Industrial abordou três aspectos na área de pavimentação, a partir de recentes pesquisas realizadas por especialistas de universidades em parceria com técnicos de concessionárias. Questões como a normatização atual na área de pavimentação, o efeito do teor e do tipo de ligante e a temperatura de preparação de asfaltos foram 86 / Grandes Construções

destacadas. A abordagem partiu de três documentos apresentados na sexta edição do Congresso Brasileiro de Rodovias e Concessões, realizado em 2009. Para repercutir as informações e aprofundar as questões discutidas, o Métrica Industrial ouviu dez especialistas profundamente envolvidos com a pavimentação no Brasil. O grupo de entrevistados inclui executivos de quatro grandes fabri-

Os dez entrevistados confirmam os dados do Ipea que apontam como deficiente ou péssimo 75% das rodovias federais


O que fazer para melhorar • 47% - apontam os investimentos públicos e privados • 21% - citam o uso de novas tecnologias • 16% apontam recursos do PAC cantes de equipamentos para pavimentação e um quinto profissional ligado a um dos maiores distribuidores de máquinas para o setor. Duas concessionárias de rodovias foram entrevistadas, assim como profissionais de duas empresas especializadas na execução de pavimentação ou fresagem. A superintendência de pavimentação da maior cidade brasileira fecha o rol de especialistas consultados. No conjunto, eles avaliaram 18 questões relacionadas ao tema pavimentação. Ao serem questionados sobre os dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), que classificou como deficientes ou péssimas 75% das rodovias federais, os entrevistados foram unânimes. Todos concordam com a pesquisa do Ipea, sendo que um deles avalia que a porcentagem é ainda maior. É importante ressaltar que o Ipea é uma fundação pública federal vinculada à Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República e a pesquisa que destacou esses números foi divulgada no começo de 2010. Para reverter o quadro crítico analisado pelo Ipea, 47% dos entrevistados apontam os investimentos públicos e privados como principal ferramenta de melhoria, o que indica que a participação privada pode ser ampliada. Isso se confirma quando apenas 16% apontam os recursos do

PAC como uma solução de reversão do status das rodovias federais. Vinte e um por cento (21%) acreditam que novas tecnologias são um instrumento eficaz na melhoria das estradas federais. Os profissionais pesquisados também apontaram o que consideram os pontos críticos nas rodovias e como deveriam ser priorizados nos investimentos. Para 32% deles, falta maior cuidado no tratamento da base e da sub-base. Duas outras questões aparecem em segundo lugar como tema crítico, apontadas por 26%: as normatizações são antigas e precisam ser revistas e falta a aplicação de tecnologias novas nas rodovias federais. Para 16% dos entrevistados, o nível de deformação é muito alto na rede administrada pelo Governo Federal. Além de perguntar sobre a situação das rodovias federais, o Métrica

Pontos críticos das rodovias federais • 32% apontam falta de cuidado no tratamento da base e sub-base • 26% indicam que as normas do setor são antigas • 26% indicam que falta aplicação de novas tecnologias

As normas na área de pavimentação são vistas como antigas mas funcionais na visão de 55% dos entrevistados tados aposta numa vida média de 6 anos. Já em relação aos rígidos, há uma divisão clara: metade dos entrevistados acredita que eles tenham uma vida útil entre 10 a 15 anos. A outra metade tem uma opinião mais otimista e avalia que a durabilidade média esteja entre 20 e 25 anos. Resultado médio entre todos os entrevistados: 15 anos. A normatização atual na área de pavimentação também foi avaliada no levantamento, sendo vista como “antiga, mas funcional” por 55% dos pesquisados e como “atual e suficiente” por 33%. As normatizações aplicadas nos Estados Unidos, na Alemanha e na África do Sul foram apontadas como modelos. O país africano foi destacado pela similaridade de clima com o Brasil. Tecnologias Ao serem perguntados sobre novas tecnologias, os entrevistados apontaram – livremente – aquelas que

Industrial questionou os entrevistados sobre as rodovias como um todo no Brasil. Um dos pontos abordados foi a durabilidade média dos pavimentos flexíveis e rígidos aplicados no País, que para todos os pesquisados é inferior à observada em países desenvolvidos. No caso dos pavimentos flexíveis, 75% dos entrevisSetembro 2010 / 2010 87 / 87 Setembro


PAVIMENTAÇÃO consideram poder conferir maior qualidade a menor custo para as rodovias brasileiras. As duas mais citadas foram a SMA, também conhecida como matriz pétrea, e as várias modalidades de reciclagem, com quatro citações cada. O uso de asfaltos mornos e o de asfalto-borracha foram indicados num nível imediatamente inferior, com três

Durabilidade média das rodovias brasileiras (públicas e privadas) • Com pavimento flexível 6 anos • Com pavimento rígido 15 anos citações cada. Os asfaltos polímeros e as bases estabilizadas com cimento receberam duas citações. Em relação às espessuras de pavimentos flexíveis e rígidos, as respostas mostraram apenas um consenso entre os entrevistados: esse dimensionamento depende de cada projeto e é um assunto que merece ser investigado com maior detalhamento. O asfalto modificado com borracha é visto de forma positiva por 60% dos especialistas, que indicam que ele

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Temperatura média para asfaltos frios é de 40 C pode aumentar a vida útil das pistas e também a segurança e dirigibilidade dos motoristas. No entanto, 40% acreditam que ele tenha um resultado similar ao dos asfaltos tradicionais, com o ônus de ser mais caro que esse último. Já o asfalto modificado por polímero é considerado como uma modalidade que aumenta significativamente a vida útil dos pavimentos (60%), assim como o conforto dos motoristas (20%). No entanto, a tecnologia é analisada como embrionária por 20% dos entrevistados. Temperatura das misturas asfálticas A pesquisa indica que 60% dos entrevistados que responderam a ques-

Tecnologias mais citadas • Reciclagem: 4 citações • SMA: 4 citações • Asfaltos mornos: 3 citações • Asfaltos borracha: 3 citações

tão sobre temperatura de misturas asfálticas não adota asfaltos frios. Para os que utilizam, a temperatura média apontada é de 40 C. Já os asfaltos mornos ainda são vistos com maior restrição. Apenas 30% dos pesquisados já utilizaram a tecnologia e, em alguns casos, como teste. Para 62% dos entrevistados, a viabilidade de aplicação dessa tecnologia

Falta conhecimento técnico para uso de asfaltos mornos, segundo 7 entre 8 entrevistados. no Brasil ainda é embrionária. Apenas 25% deles aposta que são altas as chances da modalidade de temperatura vir a ser adotada no País. As razões da não viabilidade dos asfaltos mornos podem ser resumidas pela falta de conhecimento técnico, apontada por 7 dos profissionais que falaram a respeito. A mão de obra é um fator secundário de impedimento. Apesar das vantagens de redução de energia e de combustível, os entrevistados avaliaram que outras tecnologias, como a reciclagem de asfalto, estariam mais próximas da realidade brasileira.


Agosto 2010 / 89


AGENDA 2010

De 23 a 29 de novembro, acontecerá em Shangai, na China a maior feira internacional da Ásia para o setor de máquinas para Construção. Trata-se da Bauma China 2010. São esperados mais de 112 mil visitantes e 2.000 expositores de todos os continentes. Da última versão do evento, em 2008, participaram um total de 1.608 expositores de 30 países, apresentando ampla gama de máquinas e materiais para construção e mineração, em 210 mil m² de área de exposição. A Bauma China é a porta de entrada para um dos mercados mundiais mais fortes e crescentes. País mais populoso do planeta, a China tem sido

BRASIL Novembro FEIRA NEGÓCIOS NOS TRILHOS 2010 – De 09 a 11 de novembro, no Expo Center Norte – Pavilhão Vermelho, São Paulo (SP). Organização: Revista Ferroviária. info Tel: (11) 3884-0757 / (11) 3884-0580 E-mails: david@revistaferroviaria.com.br Site: http://revistaferroviaria.com.br/nt/ index.php/2010

ImPACto Rio – Os desafios tecnológicos da engenharia para integrar as favelas à cidade. Dias 17 e 18 de novembro, no Centro de Convenções RB1 . Av. Rio Branco, nº01 - Centro, Rio de Janeiro (RJ). Realização: Associação das Empresas de Engenharia do Rio de Janeiro (AEERJ). info Tel.: (21) 2262-9401 | 2215-2245 e-mail: comercial@planejabrasil.com.br

III Simpósio Brasileiro da Construção Sustentável – Dias 8 e 9 de novembro, na Câmara Americana do Comércio (Amcham Business Center), na Rua da Paz, 1431 - Santo Amaro, São Paulo – SP. O evento, promovido pelo Conselho Brasileiro de Construção Sustentável (CBCS), organização que congrega lideranças empresariais, pesquisadores, consultores e especialistas do setor, terá como tema Sustentabilidade nos Negócios e Instrumentos de Mudança. (SBCS10).

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uma nação de forte tradição cultural por milênios, com destaque em artes, filosofia e ciências, além de ser complexa na sua diversidade geográfica e rigorosa ao lidar com questões políticas e sociais. A Sobratema está organizando mais uma Missão Técnica à Bauma China, em parceria com a Trend Operadora. Os interessados em juntar-se ao grupo poderão escolher entre as duas opções de trajeto: a primeira via Dubai com a companhia aérea Emirates, e a segunda via Beijing e Madrid, com a Air China. O conteúdo do programa de viagem pode ser consultado no site www. sobratema.org.br . Informações e adesões com a Trend, através do fone (11) 3123 8555 ramal 1178 ou pelo e-mail jmendes@trendoperadora.com.br . Info

Messe München GmbH Bauma China Exhibition Management Messegelaende 81823, Munique, Alemanha Tel.: (+49 89) 949 2025 / Fax: (+49 89) 949 2025 9 Site: http://www.bauma-china.com

Info Tels.: (11) 3869 0791 e 3567 9233 E-mails: eventossbcs2010@anggulo.com. br ou secretaria@cbcs.org.br Site: www.cbcs.org.br

IV FEINOX – Feira de Tecnologia de Transformação do Aço Inoxidável – De 16 a 18 de novembro, no Centro de Exposições Imigrantes - Rodovia dos Imigrantes Km 1,5 - São Paulo (SP). A feira é uma promoção do Núcleo Inox - Núcleo de Desenvolvimento Técnico Mercadológico do Aço Inoxidável, em parceria com o Grupo CIPA. Info Tel.: (11) 5585-4355 Site: www.feinox.com.br

Seminário ImPACto Rio 2010 – Os desafios tecnológicos da engenharia para integrar as favelas à vida na cidade do Rio de Janeiro. Entre os temas em pauta, serão discutidas as intervenções realizadas nas favelas cariocas pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do Governo federal Dias 17 e 18 de novembro no Centro de Convenções RB1 (Sala Mauá): Av. Rio Branco, nº 01 - Centro - Rio de Janeiro. Promoção da Planeja & Informa Comunicação e Marketing e da Associação das empresas de Engenharia do Rio de janeiro (AEERJ). Info Tels.: (21) 2262-9401 e 2215-2245| E-mail: comercial@planejabrasil.com.br

INTERNACIONAL Novembro XXXII Congresso Interamericano de Engenharia Sanitária e Ambiental – De 7 a 11 de novembro, em Punta Cana, República Dominicana. Promoção: Associação Interamericana de Engenharia Sanitária e Ambiental. Info Tel.: (11) 3812-4080 Fax: (11) 3814-2441 E-mail: aidis@aidis.org.br Site: www.aidis.org.br/htm/esp_htm/xxxii_congresso.html

Plan Expo - Feira de Arquitetura e Construção, Irlanda. – Dias 2 e 3 de novembro, em Dublim, na Irlanda. Com mais de 25 anos de trajetória, a feira anual está dirigida a construtores, engenheiros, arquitetos, designers e proprietários da Irlanda. Entre os produtos e serviços, na Plan Expo encontra-se: equipamentos e materiais para a construção, consultoria e assessoramento legal, encanamento, pedra natural, isolamento e economia energética, mobiliário, iluminação e jardim. Também estão incluídos seminários e prêmios, workshops e pavilhões especializados. Info Site: www.plan-expo.com




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