Revista M&T - Ed. 115 - Julho 2008

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Revista M&T - Manutenção & Tecnologia N º

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VIBROACABADORAS EXECUTANDO O PAVIMENTO COMO UM “TAPETE” EXTENDEDORAS DE ASFALTO DEJANDO EL PAVIMENTO COMO UNA “ALFOMBRA”

MÁQUINAS FERROVIÁRIAS

EFICIÊNCIA EM OBRAS SOBRE TRILHOS

nº 115 - Julho - 2008

MAQUINARIA FERROVIARIA PRODUCTIVIDAD EN OBRAS SOBRE RIELES



EDITORIAL

Uma viagem ao mundo da tecnologia Quando a M&T tornou-se mensal, profissionais do setor, habituais leitores da revista, questionaram se haveria inovações suficientes na área de equipamentos de construção e mineração que preenchessem suas páginas todo mês. Um ano e meio após esse fato, constatamos o acerto na mudança da periodicidade da revista, que passou a levar aos leitores maior volume de informações necessárias ao seu dia-a-dia e à atualização em assuntos como produtividade, custos, gestão e manutenção de equipamentos. Dentre os temas abordados nesta edição, os leitores vão encontrar tecnologias que seriam impensáveis alguns anos atrás. Na área de ferrovias, uma reportagem apresenta equipamentos que constroem ou realizam a manutenção da via permanente, com total automação dos processos, enquanto deslizam sobre os trilhos da linha. Algumas dessas soluções começam a aportar no mercado brasileiro embaladas pela retomada de investimentos em estradas de ferro. As construtoras especializadas em obras rodoviárias também dispõem de novas tecnologias para atender à crescente demanda nessa área. Outra matéria veiculada nesta edição mostra a evolução das vibroacabadoras, que já podem ser usadas na execução de bases e sub-bases do pavimento, em lugar das tradicionais motoniveladoras, devido à elevada capacidade de seus sistemas de pré-compactação (tamper). Tais sistemas, aliás, estão contribuindo para otimizar o uso se rolos compactadores ao adensar a capa asfáltica a níveis próximos de seu acabamento após a compactação. Além das evoluções em equipamentos, a M&T traz mensalmente para os leitores reportagens voltadas à eficiência na gestão de frotas, bem como dicas de manutenção em diferentes subconjuntos das máquinas (motores, transmissão, lubrificação etc.). Quem vem acompanhando a coluna Geotecnologia, por exemplo, constata os ganhos com o uso do sistema de posicionamento global (GPS) no controle de equipamentos de terraplenagem. Com os dados de projeto disponíveis em seu sistema embarcado, eles executam o serviço com precisão e rapidez, incluindo a movimentação da lâmina, sem a necessidade de marcações com estacas e a mobilização de greidistas. Boa leitura e bem vindo ao mundo da tecnologia de equipamentos para construção.

Un viaje al mundo de la tecnología Cuando M&T pasó a tener una periodicidad mensual, los profesionales del sector, lectores habituales de la revista, pusieron en duda si habría innovaciones tecnológicas suficientes en el área de máquinas y equipos para la construcción y la minería como para llenar todas sus páginas. Un año y medio más tarde, confirmamos el acierto del cambio de la periodicidad de la revista, que pasó a ofrecer a los lectores una cantidad mayor de información importante para su día a día y actualización en cuestiones como productividad, costos, administración y mantenimiento de máquinas y equipos. Entre los temas tratados en este número, los lectores van a encontrar noticias sobre tecnologías que serían imposibles de imaginar hace algunos años. En el área de ferrocarriles, publicamos un reportaje sobre máquinas que construyen o realizan labores de conservación y mantenimiento de vías permanentes, de forma automatizada, mientras deslizan sobre los rieles de la línea. Algunas de estas soluciones ya comienzan a entrar al mercado brasileño gracias a la reactivación de las inversiones en vías férreas. Las empresas constructoras especializadas en obras viales también disponen de nuevas tecnologías para dar respuesta a la creciente demanda del sector. Otro artículo describe la evolución de las extendedoras, que ya pueden usarse para construir bases y subbases de pavimentos, en vez de las tradicionales motoniveladoras, gracias a la elevada capacidad de sus sistemas de precompactación basados en un tamper doble. Los sistemas contribuyen para optimar el uso de rodillos, ya que compactan la carpeta asfáltica a niveles muy próximos al que debe tener cuando terminada. La revista también ofrece, en cada una de sus números, artículos y noticias relacionados con las últimas innovaciones en equipos, máquinas y servicios de mantenimiento a los usuarios. Quienes siguen la sección Geotecnología, por ejemplo, constatan los beneficios que genera el uso del sistema de posicionamiento global (GPS) en el control de máquinas de movimiento de tierra. Como los datos de los proyectos están disponibles en su sistema incorporado, los equipos trabajan con precisión y rapidez, incluso cuando mueven la hoja, sin necesidad de hacer demarcaciones con estacas o control de cotas. Buena lectura y bienvenido al mundo de la tecnología de máquinas y equipos para la construcción.


Revista M&T - Manutençã o & Tecnologia

EXPEDIENTE

SUMÁRIO

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EXECUTAN DO O

VIBROAC ABADOR

PAVIM ENTO

DEJAN DO EL

AS COMO UM “TAPE EXTENDED TE”

ORAS PAVIME DE ASFAL NTO COMO UNA “ALFOM TO BRA”

Capa: máquina lançadora de linha instala automaticamente a via permanente (Foto: Plasser & Theurer)

Comitê Executivo

Presidente: Afonso Celso Legaspe Mamede Vice-Presidente: Carlos Fugazzola Pimenta Vice-Presidente: Eurimilson João Daniel Vice-Presidente: Ivan Montenegro de Menezes Vice-Presidente: Jader Fraga dos Santos Vice-Presidente: Jonny Altstadt Vice-Presidente: Mário Sussumo Hamaoka Vice-Presidente: Múcio Aurélio Pereira de Mattos Vice-Presidente: Octávio Carvalho Lacombe Vice-Presidente: Paulo Oscar Auler Neto Vice-Presidente: Silvimar Fernandes Reis

VIBROACABADORAS

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Revista M&T - Conselho Editorial

Comitê Executivo: Cláudio Schmidt (presidente), Paulo Oscar Auler Neto, Silvimar F. Reis, Permínio A. M. de Amorim Neto e Norwil Veloso. Membros: Adriana Paesman, Agnaldo Lopes, Benito F. Bottino, César A. C. Schmidt, Eduardo M. Oliveira, Gino R. Cucchiari, Lédio Augusto Vidotti, Leonilson Rossi, Luiz C. de A. Furtado, Mário H. Marques e Pedro Luiz Giavina Bianchi. Diretor Executivo: Hugo José Ribas Branco Editor: Haroldo Aguiar Repórter: Rodrigo Conceição Santos Revisão Técnica: Norwil Veloso Traduções: Maria Del Carmen Galindez Publicidade: Sylvio Vazzoler, Roberto Prado e Giovana Marques Di Petta Produção Gráfica: DSGE A Revista M&T - Manutenção & Tecnologia é uma publicação dedicada à tecnologia, gerenciamento, manutenção e custos de equipamentos. As opiniões e comentários de seus colaboradores não refletem, necessariamente, as posições da diretoria da SOBRATEMA. Tiragem: 12.000 exemplares. Circulação: Brasil e América Latina. Periodicidade: mensal. Impressão: Parma Auditado por:

Filiado à:

4 | Julho | 2008

EFICIÊN CIA EM

MAQUINA PROD UCTIV RIA FER IDAD EN ROVIARI OBRA S SOBR A E RIELE S

OBRAS SOBRE TRILHO S

TRANSPORTE DE EQUIPAMENTOS

Mercado aposta na demanda por carretas gigantes TRANSPORTE DE MAQUINARIA Mercado prevé un aumento de la demanda de remolques gigantes

MANUTENÇÃO FERROVIÁRIA

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Eficiência em obras sobre trilhos MANTENIMIENTO FERROVIARIO Productividad en obras sobre rieles

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MINERAÇÃO

O novo ciclo do ouro da Rio Paracatu MINERÍA El nuevo ciclo del oro de Rio Paracatu

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Diretor Regional

Petrônio de Freitas Fenelon (MG) VPS Engenharia e Estudos Wilson de A. Meister (PR) Ivaí Engenharia de Obras S/A Jose Luis P. Vicentini (BA) Terrabrás Terraplanagem do Brasil S/A Laércio de F. Aguiar (PR) Construtora Queiroz Galvão S/A Antonio Almeida Pinto (CE) Construtora Queiroz Galvão S/A

M FERROÁQUINAS VIÁRIA S

Executando o pavimento como um “tapete” EXTENDEDORAS DE ASFALTO Dejando el pavimento como una “alfombra”

Diretoria Técnica

André G. Freire (Terex) - Augusto Paes de Azevedo (Caterpillar) - Benito Francisco Bottino (Odebrecht) - Carlos Arasanz (Eurobrás - ALEC) Cláudio Afonso Schmidt (Odebrecht) - Dionísio Covolo Jr (Metso) - Edson R. Del Moro (Yamana Mineração) - Eduardo M. Oliveira (Santiago & Cintra) - Emanuel P. Queiroz (Scania) - Felipe Sica Soares Cavalieri (Brasil Máquinas de Construção - Hyundai) - Franz Treu (Atlas Copco) - Gilberto Leal Costa (Odebrecht) - Gino Raniero Cucchiari (New Holland) - João Lázaro (CCCC) - Ledio Augusto Vidotti (GTM Máquinas e Equipamentos) - Luis Afonso Pasquotto (Cummins) - Luiz Carlos Furtado (CR Almeida) - Luiz Gustavo Pereira (Tracbel - Volvo) - Marcos Bardella (Brasif - Case) - Mario Humberto Marques (AG) - Nathanael P. Ribeiro Jr (Multieixo - Randon) - Paulo Lancerotti (Sotreq - Caterpillar) - Permínio A. Maia de Amorim Neto (Getefer) - Ramon Nunes Vazquez (Mills) - Ricardo Pagliarini Zurita (Liebherr) - Rissaldo Laurenti Júnior (Carraro S.A.) - Roberto Mazzutti (Auxter - JCB) - Sérgio Barreto da Silva (Geral Damulakis Engenharia SA - GDK) - Valdemar Shinhiti Suguri (Komatsu) - Yoshio Kawakami (Volvo)

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Diretoria Executiva e Endereço para correspondência: Av. Francisco Matarazzo, 404 cj. 401 – Água Branca São Paulo (SP) – CEP 05001-000 Tel.: (55 11) 3662-4159 – Fax: (55 11) 3662-2192

nº 115 - Julho

Associação Brasileira de Tecnologia para Equipamentos e Manutenção

GEOTECNOLOGIA

Mineradoras buscam topografia com produtividade GEOTECNOLOGÍA Empresas mineras buscan topografía con productividad

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NEGÓCIOS

Rental oferece investimentos em máquinas NEGOCIOS Alquiler de maquinaria ofrece oportunidades de inversión

PERFIL

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João Ney Colagrossi Filho Serviços agregam valor para o cliente e para a empresa QUIÉNES SOMOS João Ney Colagrossi Filho Servicios de valor añadido para el cliente y la empresa

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SEÇÕESSECCIONES NotasNotas.......................................................................................................................06 ManutençãoMantenimiento...........................................................................................59 Tabela de CustosTabla de Costos.................................................................................62 Espaço AbertoEspacio Abierto......................................................................................64


A VERSATILIDADE DE DUAS MÁQUINAS EM UMA. AS NOVAS CARREGADEIRAS DE RODAS PEQUENAS 924H. O sistema de articulação VersaLink™ para carregadeiras de rodas oferece a versatilidade e o levantamento paralelo da carregadeira de múltiplas aplicações, sem sacrificar a força e o desempenho do sistema de articulação em “Z”. Este modelo pode ser equipado com um engate rápido integral opcional que agiliza e facilita as trocas de ferramentas para sua máxima utilidade em diversos projetos. Agora, com degraus mais largos, cabines mais espaçosas e silenciosas, bem como melhorias na facilidade do serviço, seus operadores poderão alcançar novos níveis de produtividade.

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©2008 Caterpillar. Todos os direitos reservados. CAT, CATERPILLAR, seus respectivos logotipos, “Amarelo Caterpillar” e o conjunto-imagem POWER EDGE™, assim como a identidade corporativa e de produto aqui usada, são marcas registradas da Caterpillar e não podem ser utilizadas sem permissão.


NOTAS

Randon cresce nos segmentos de caminhões e retroescavadeiras A Randon comemorou o fechamento do primeiro semestre de 2008 com um aumento de 40% nas vendas de retroescavadeiras em relação ao mesmo período do ano anterior. O resultado, na avaliação da empresa, se deve ao avanço das obras do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC), do governo federal, que impulsionaram a demanda por equipamentos de construção. A expansão nos setores de mineração e de obras industriais também contribuiu com o aumento no consumo de retros. Exemplo disso é a empresa EcoSistema, de Cubatão (SP), que atua nas áreas de locação de equipamentos e limpeza industrial especial. Ela opera com quatro retroescavadeiras, das quais duas aspiradas e duas turbinadas, sendo que estes

últimos modelos se destinam a trabalhos com rompedores hidráulicos em serviços de demolição. Segundo Edson Carvalho, sócio da EcoSistema, o amento na carteira de contratos da empresa já motivou a aquisição de mais uma retro com tração 4x4 para aplicação em escavações. Além do segmento de retros, no qual produz o modelo RK406, a Randon registra forte procura por caminhões fora-de-estrada, para aplicação em obras de infra-estrutura e projetos de mineração. Nessa área, na qual a empresa se diz líder no mercado brasileiro, com cerca de 70% dos caminhões da faixa de 30 t em operação, ela acaba de fechar a venda de um lote para a Construtora Norberto Odebrecht, para uso na obra da hidrelétrica Santo Antônio, no rio Madeira (RO). A empreiteira adquiriu 30 caminhões RK430M, equipados com sistema de transmissão automática e freio retardador hidráulico adicional, para aplicação nos serviços de terraplenagem e de transporte de materiais da obra da hidrelétrica. O caminhão tem capacidade de carga de 30 t e seu motor de 330 hp permite vencer rampas de até 30% com o veículo carregado.

Petrobras inaugura usina de biodiesel Em julho, a Petrobras inaugurou a usina de biodiesel de Candeias (BA) e iniciou as atividades da sua divisão voltada exclusivamente para esse setor, a Petrobras Biocombustíveis. A nova instalação terá capacidade para processar 57 milhões l/ano de biodiesel e integra um projeto de R$ 295 milhões, que envolve também a construção das usinas de Quixadá (CE) e Montes Claros (MG). Juntas, as três unidades somarão uma capacidade instalada de 170 milhões l/ ano, mas a meta da empresa é chegar em 2012 com um parque que permita o processamento de 4,75 bilhões l/ano. Segundo a Petrobras, as usinas foram projetadas para serem flexíveis e operarem com diferentes matérias-primas, como as de fonte vegetal (mamona, girassol, soja, algodão e outras), animal (sebo bovino, suíno ou de frango) ou óleos e gorduras residuais de fritura de alimentos.

6 | Julho | 2008

Escassez de engenheiro já afeta o mercado

O crescimento da economia brasileira e a retomada de investimentos em projetos de infra-estrutura estão criando uma escassez de profissionais especializados e afetando a operação de construtoras, mineradoras e até mesmo fabricantes e distribuidores de equipamentos pesados. Ela ocorre em várias profissões, desde operários para construção civil, até operadores e mecânicos de equipamentos, e revela-se também no mercado de engenheiros. Empresas como a Petrobras e Vale atestam que a falta de profissionais especializados pode representar um gargalo para a implantação de seus respectivos projetos de expansão. O Brasil conta com cerca de 495 mil engenheiros registrados, mas muitos deles estão fora do setor por conta da estagnação econômica nas décadas de 1980 e 1990. Essa situação também gerou o desinteresse dos estudantes por cursos de Engenharia. Mas o cenário está mudando e a procura pela área já aumentou entre 40% e 80% nos vestibulares de universidades como UnB (Brasília), UNESP (Estadual Paulista), bem como na Escola Politécnica da USP e na Faculdade de Engenharia Industrial (FEI). Segundo especialistas, para cada R$ 1 milhão que se investe em infra-estrutura, um emprego de engenheiro é criado. Nesse cenário, cerca de 6 mil profissionais estrangeiros já atuam no Brasil, transferidos por suas respectivas empresas para as operações locais. O País forma cerca de 30 mil engenheiros por ano e esse número deveria ser ampliado para 80 mil – o mesmo que a Coréia do Sul – para se fazer frente à demanda do mercado, o que exige uma reestruturação e ampliação do parque universitário. A título de comparação, as universidades chinesas e indianas formam anualmente 400 mil e 250 mil engenheiros, respectivamente.



NOTAS

Tracbel amplia a rede e planeja expansão

Até o final de 2008, a distribuidora de equipamentos Tracbel pretende ampliar sua rede com a inauguração de quatro filiais e a ampliação de outras unidades, encerrando o ano com um crescimento de 25% e com receitas de R$ 570 milhões. A empresa, que distribui máquinas para construção, mineração e agricultura em todo o Sudeste brasileiro, além de operar nos estados de Amazonas, Amapá, Pará e Roraima, está inaugurando filiais em São Paulo e Macapá (AP) e convertendo os postos avançados de Uberlândia (MG) e Marília (SP) em unidades completas para a venda de equipamentos, de peças e a prestação de serviços. Luiz Gustavo Magalhães Pereira, vice-presidente da Tracbel,

explica que as novas unidades têm o objetivo de fortalecer a cobertura em mercados considerados estratégicos. Em São Paulo, por exemplo, que concentra cerca de 50% das vendas da empresa, ele espera um melhor posicionamento no mercado de máquinas compactas, que registra um aumento na procura por parte dos clientes paulistanos. Os investimentos na filial de Macapá se destinam a melhorar o atendimento às mineradoras da região Norte e as unidades de Uberlândia e Marília têm o foco voltado ao setor de máquinas agrícolas, no qual a empresa representa a marca Massey Ferguson. Com isto, a empresa passa a contar com 22 unidades, incluindo filiais, escritórios comerciais e postos avançados para atendimento específico a clientes das áreas agrícola, de construção e mineração. “Após ampliar nosso mercado de atuação, estamos passando por um período de consolidação do crescimento”, enfatiza Luiz Gustavo. Em 2008, a empresa pretende comercializar cerca de 1.500 equipamentos pesados, além de expandir os negócios nas áreas de serviços e de venda de peças. Além disso, a distribuidora está investindo R$ 10 milhões na área de locação, ampliando sua frota de 40 para 80 unidades. “Nossa proposta para esse mercado é a de sermos parceiros dos clientes, pois locamos apenas o equipamentos, sem incluir a sua operação”, diz Luiz Gustavo. A empresa atua na distribuição das marcas Volvo (máquinas para construção e mineração), Massey Ferguson (agricultura), Clark (empilhadeiras), Michelin (pneus), Allison Transmission (transmissão automática) e Perlini (caminhões rígidos).

Arco Metropolitano reduz custos de exportação pelo Rio Um estudo encomendado pela Firjan (Federação das Indústrias do Rio de Janeiro) constatou que a construção do Arco Metropolitano do Rio de Janeiro reduzirá o custo de transporte ao porto de Itaguaí (RJ) em até 20%, dependendo do ponto de partida da mercadoria. Com isto, o porto se tornará mais competitivo para a exportação de indústrias fluminenses, além de atender produtores de grãos do Centro-Oeste, especialmente do Mato Grosso do Sul e Goiás, empresas de Minas Gerais e do Vale do Paraíba, em São Paulo. Orçado em R$ 1,12 bilhão, o Arco Metropolitano engloba a construção de novos trechos de rodovias, além da duplicação e recuperação em outros já existentes, com o objetivo de deslocar o tráfego pesado de caminhões das regiões centrais do Rio de Janeiro para os municípios da Baixada Fluminense. Projetado para reduzir o trânsito em importantes eixos viários da cidade, como a avenida Brasil e a Ponte Rio-Niterói, ele integra o Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) e parte das verbas federais para seu execução já foram liberadas com vistas ao avanço das obras.

8 | Julho | 2008

ARCO RODOVIÁRIO DO RIO DE JANEIRO


Qualidade e Confiabilidade

Com a evolução chegou-se à perfeição A mais alta tecnologia Komatsu e de toda a indústria foi combinada para criar e produzir as novas PC200-8 e PC200LC-8. Escavadeiras hidráulicas mais robustas, mais produtivas, mais eficientes e eficazes, com maior conforto e segurança para o operador. Com a qualidade e a confiabilidade que só a Komatsu tem!

Potência Bruta PC200-8 PC200LC-8

Peso

(HP)

(kg)

155 155

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NOTAS

Sistema reduz custos com gestão do abastecimento A Nutec, empresa catarinense especializada em sistemas de gerenciamento de abastecimento de frotas, prepara-se para apresentar no 3o Workshop Sobratema as suas soluções para construtoras, mineradoras e locadoras de equipamentos. Carlos Eduardo Nunes, diretor geral da empresa, diz que o enfoque será no sistema GTA, voltado à gestão do abastecimento de combustíveis em frotas de equipamentos pesados, caminhões e veículos de apoio. “Com ele, o administrador tem maior controle dos gastos, além de rapidez e segurança na tomada de decisões, já que mantém sob seu controle todo o processo de abastecimento”, diz ele. O executivo explica que o sistema pode ser usado tanto em postos fixos como em comboios de abastecimento móveis, gerando relatórios completos e uma economia de até 15% por conta do melhor controle no abastecimento. Isto é possível em função da automação da bomba, que pode ser identificada manualmente ou de forma eletrônica, dependendo da necessidade da empresa. O 3o Workshop da Sobratema em 2008 vai ocorrer no dia 2 de

outubro, no Centro Brasileiro Britânico, em São Paulo, abordando o tema “Gerenciamento de frotas”. Como nas edições anteriores, a expectativa é de reunir mais de 200 profissionais de equipamentos de construtoras, mineradoras e locadores, além de fabricantes e distribuidores de máquinas pesadas.

Haulotte adquire fabricante com foco no mercado americano A francesa Haulotte anunciou a compra da empresa norte-americana Bil-Jax, especializada na produção de plataformas aéreas de trabalho e andaimes, com o objetivo de ampliar sua atuação no mercado norteamericano. Alexandre Saubot, diretor geral da Haulotte, justificou a negociação com o aumento da competitividade no setor de equipamentos para elevação em canteiros de obras, que, apesar do crescimento na demanda, concentra-se cada vez mais nas mãos de três grandes fabricantes. Numa alusão aos seus concorrentes diretos – JLG e Terex – ele disse que o objetivo da transação é aumentar a oferta de produtos, de forma a gerar economia de escala e obter baixos custos de produção. “Essa aquisição reforça nossa posição mundial e estabelece uma presença na América do Norte.” Com 60 anos de existência, a Bil-Jax possui uma fábrica no estado de Ohio e figura entre as líderes nos Estados Unidos nos setores de andaimes e plataformas aéreas de trabalho.

ERRATA

A nota “Reparos em componentes eletrônicos”, publicada na M&T 113 (edição de maio, página 74), veiculou um número errado para contatos telefônicos com a empresa Control Soluções Eletrônicas. Ela pode ser acessada pelo fone: (54) 3361.3930.

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VIBROACABADORAS

EXECUTANDO O PAVIMENTO

COMO UM “TAPETE” Por Rodrigo Conceição Santos

Com sistemas de pré-compactação que adensam a massa asfáltica a níveis próximos do acabamento, reduzindo o uso de rolos compactadores, as vibroacabadoras já encontram aplicação até mesmo na execução de bases e sub-bases

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Foto: Ciber

MANUTENÇÃO TECNOLOGIA

C

om o início das obras relacionadas ao segundo lote de concessão de rodovias federais, leiloadas pelo governo no final de 2007, um novo cenário começa a se delinear no mercado de máquinas rodoviárias. Para realizar a recuperação desses 2.600 km de estradas, entre os quais se incluem algumas das principais ligações viárias do País, as concessionárias privadas buscam alternativas junto aos seus prestadores de serviços para a execução dos trabalhos com maior rapidez e qualidade. Além do bom estado de conservação do pavimento, uma exigência do poder concedente, elas procuram soluções que proporcionem maior vida útil à pista e assegurem eficiência às obras, como forma de otimizar os investimentos no projeto. Nesse cenário, construtoras especializadas em obras rodoviárias estão adquirindo equipamentos mais modernos, motivadas também pelos investimentos de diversos governos estaduais em infra-estrutura de transporte. A construtora S.A. Paulista, por exemplo, vislumbra uma expansão nesse setor e, para fazer frente à demanda do mercado, adquiriu diversas máquinas nos últimos dois anos. “Há tempos não observávamos esse volume de obras rodoviárias em São Paulo, onde concentramos a maior parte das nossas atividades, que estão sendo impulsionadas pelas concessões federais e também por investimentos do governo estadual”, diz Josif Melamed, diretor superintendente da empreiteira. Atualmente, a construtora trabalha em cinco projetos no Estado, incluindo um trecho de 72 km de extensão na ligação entre Bauru e Marília. Nessa obra, Melamed ressalta a contribuição das novas vibroacabadoras no aumento da qualidade e produtividade do serviço. “Estamos mobilizando equipamentos com capacidade para 200 t/h, uma produção superior à da nossa usina de asfalto.” O executivo destaca ainda os recursos oferecidos pelas máquinas,

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VIBROACABADORAS

como uma mesa de 3,6 m dotada de ajuste eletrônico, que é acionado de acordo com as variações geométricas de projeto e da topografia. “Antigamente, a montagem da extensão da mesa era feita manualmente, parafusando as chapas de acordo com a largura das curvas da rodovia, o que implicava em perda de produtividade”, ele explica.

Foto: S.A. Paulista

Aquecimento da mesa Além do ganho de tempo proporcionado pelo sistema de ajuste automático da mesa, a maior produtividade da nova geração de vibroacabadoras também se deve a sua elevada capacidade de pré-compactação e a outras evoluções tecnológicas. “As mesas das nossas máquinas contam com diversos recursos de acionamento hidráulico, como sua abertura e extensão, a regulagem dos ângulos de coroamento e de ataque, a subida e descida da mesa e a elevação do sem-fim”, diz Rubens Brito, gerente de produtos da distribuidora Brasif, que representa a marca Bomag com exclusividade em todo o território brasileiro. Segundo ele, a mesa das pavimentadoras da marca pode ser aquecida a gás ou eletricamente. “A vantagem da mesa a gás é que a elevação da sua temperatura é obtida sem demandar carga por parte da máquina”. Dessa

forma, Brito explica que o sistema poupa a potência do motor e economiza o consumo de combustível. “Sua única desvantagem é a limitação para uso em locais que disponham de fácil suprimento de gás.” A Ciber, por sua vez, optou pelo uso do aquecimento a gás por entender que esse sistema é mais seguro para a operação das vibroacabadoras, fácil de manusear e livre de derramamentos. “O resultado é um sistema limpo e isento de contaminação, que também proporciona uma operação amigável do equipamento”, afirma Walter Rauen, diretor-presidente da fabricante. Na avaliação da Dynapac, que utiliza os dois sistemas no aquecimento das mesas de suas pavimentadoras de asfalto, a tecnologia a gás possibilita uma montagem mais simples das peças, facilitando a manutenção do equipamento. “O aquecimento elétrico, por sua vez, atinge a temperatura ideal de operação com maior rapidez, além de distribuir essa temperatura ao longo da mesa com maior homogeneidade”, pondera Luiz Lemos, gerente regional de vendas para a América Latina da Dynapac. Os equipamentos da marca dispõem de mesas para pavimentação que operam na faixa de 1,2 a 16 m, cuja largura pode ser alterada por meio de um sistema hidráulico com-

Construtoras renovam a frota para atender a demanda por obras de pavimentação

14 | Julho | 2008

EXTENDEDORAS DE ASFALTO Dejando el pavimento como una “alfombra” Con motivo del inicio de las obras previstas en el segundo paquete de concesiones de carreteras federales, licitado por el gobierno a fines del 2007, comienza a delinearse un nuevo panorama en el mercado de máquinas para obras viales. Para realizar la rehabilitación de esos 2.600 km de carreteras, que incluyen algunas de las principales conexiones viales del país, las concesionarias privadas buscan alternativas entre sus prestadores de servicios para realizar los trabajos con mayor rapidez y calidad. Las empresas quieren no solo mantener el pavimento en buen estado, una exigencia del poder concedente, sino también encontrar soluciones que alarguen la vida útil de las calzadas y garanticen la eficiencia de las obras, como una forma de optimizar las inversiones en el proyecto. En este contexto, las constructoras especializadas en obras viales están adquiriendo máquinas más modernas, impulsadas también por las inversiones que diversos gobiernos de estados han destinado a la infraestructura de transporte. La empresa S.A. Paulista, por ejemplo, prevé que el sector crecerá y para hacer frente a la demanda del mercado, adquirió diversas máquinas en los últimos dos años. “Hace tiempo que no veíamos esta cantidad de obras viales en el estado de São Paulo, donde concentramos la mayor parte de nuestras actividades, gracias a las concesiones federales y a las inversiones del gobierno del estado”, dice Josif Melamed, director superintendente de la empresa contratista. Actualmente, la constructora participa en cinco proyectos en São Paulo, entre ellos la construcción de un tramo de 72 km de longitud en la conexión entre Bauru y Marília. En esa obra, Melamed destaca la contribución de las nuevas exten-



VIBROACABADORAS

binado com extensões fixas. “Isso permite um aumento de produção quando consideradas as espessuras fixas de camada de massa asfáltica a ser depositada no leito durante a pavimentação”, explica Lemos.

tamper, que diminuem a necessidade de uso dos rolos compactadores ao “golpear” a massa lançada e realizar sua compactação prévia em níveis acima de 90%. No caso da Ciber, pioneira na introdução desse sistema no Brasil, os equipamentos dispõem de mesas compactadoras com duplo tamper e barras de precisão. “Tratase de uma tecnologia exclusiva da marca Vögele, indicada para trabalhos que exigem grande precisão e Foto: Dynapac

Pré-compactação No caso das vibroacabadoras da Terex Roadbuilding, o diretor de vendas e marketing Gilvan Medeiros Pereira explica que os modelos fabricados no Brasil contam com mesas a gás, enquanto as máquinas importadas – que são de tecnologia da norte-americana Cedarapids, adquirida pela empresa – dispõem de mesas a diesel. “O sistema de aquecimento serve para manter a temperatura do material a ser despejado, com o objetivo de melhorar sua trabalhabilidade, e não para aquecê-lo.” Vale observar que o processamento do asfalto nas pavimentadoras ocorre em temperaturas em torno de 150ºC e, após seu lançamento, o material deve ser compactado até cerca de 120ºC (faixa ideal). Quando sua temperatura diminui para menos de 80ºC, a massa perde trabalhabilidade e a ação dos compactadores pode causar tensões na estrutura, que resultarão em problemas no pavimento. Por esse motivo, os fabricantes de vibroacabadoras incorporaram aos novos modelos dispositivos de précompactação, o denominado sistema

Fabricantes enfatizam os ganhos com o aquecimento das mesas a gás

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dedoras de asfalto al aumento de la calidad y productividad. “Estamos trabajando con máquinas con capacidad de extendido de 200 t/h, una producción superior a la de nuestra planta de asfalto.” También describe algunos de los recursos que ofrecen las máquinas, como la regla de 3,6 m que se regula electrónicamente según las variaciones geométricas del proyecto y la topografía. “Antes, se extendía la regla o plancha manualmente, atornillando los suplementos de acuerdo con el ancho de las curvas de la carretera, lo que ocasionaba pérdida de productividad”, explica Melamed. Además del ahorro de tiempo que proporciona el sistema de ajuste automático, la mayor productividad de la nueva generación de extendedoras con regla vibrante también se debe a su elevada capacidad de compactación previa y a otros avances tecnológicos. “Las reglas de nuestras máquinas cuentan con recursos hidráulicos regulables de abertura y extensión, cambios de perfiles de chaflán para diferentes ángulos, altura de la plancha y elevación del tornillo sin fin”, dice


Foto: Bomag

MANUTENÇÃO TECNOLOGIA

Sistema de pré-compactação reduz o uso de rolos

elevada compactação”, diz Rauen. De acordo com Rubens Brito, da Brasif, os equipamentos da Bomag que começam a chegar ao mercado brasileiro contam com sistema tamper capaz de realizar a pré-compactação até 92% de densidade do pavimento. Trata-se de um índice significativo ao se considerar que a densidade ideal para a capa asfáltica é de 97%, em média, após a etapa de compactação. “Dessa forma, o rolo compactador que faz o acabamento precisa passar menos vezes para se atingir a porcentagem final.” Segundo ele, estimativas da fabricante apontam que a tecnologia reduz a operação dos rolos compactadores em até 30%. Adeus à segregação Além da temperatura de processamento e da pré-compactação, Gilvan Pereira, da Terex Roadbuilding, res-

Rubens Brito, gerente de productos de la distribuidora Brasif, que representa la marca Bomag con exclusividad en todo el territorio brasileño. Es importante observar que el procesamiento del asfalto en las pavimentadoras ocurre a aproximadamente 150ºC y que después de extender el material se lo debe compactar hasta que llegue a 120ºC (franja de temperatura ideal). Cuando la temperatura de la mezcla desciende por debajo de 80ºC, pierde manejabilidad y la acción de los compactadores puede dañar la estructura, lo que provoca problemas en el pavimento. Por este motivo, los fabricantes de reglas extensibles vibrantes incorporaron a los nuevos modelos un sistema de doble tamper que realizar la extensión y precompactación de la mezcla a niveles superiores al 90%, lo que evita el uso de rodillos compactadores.


VIBROACABADORAS

salta a preocupação com a segregação da massa asfáltica. Ele explica que, quando descarregado da caçamba do caminhão para o silo de espera da máquina, esse material pode sofrer segregação entre os agregados – finos e graúdos – e o ligante, além de perder a homogeneidade na temperatura, o que compromete a eficiência do serviço. “Por esse motivo, nossos equipamentos são dotados de um sistema chamado Remix, que tem a função de trabalhar novamente essa mistura, homogeneizando sua temperatura antes de lançá-la à mesa.” Segundo ele, o sistema substitui o transportador tradicional de asfalto, operando com um tonel e uma corrente com taliscas para empurrar o asfalto até a mesa. “Com a maior homogeneização do material, ele possibilita melhor acabamento superficial do pavimento e facilita o trabalho

do tamper na pré-compactação.” “As nossas pavimentadoras também dispõem de tecnologias para evitar a segregação do material”, diz Walter Rauen, da Ciber. Ele explica que os equipamentos da empresa são dotados de sistema duplo de controle de vazão, por comporta e por meio de controle da velocidade do caracol substituidor. “Dessa forma, eles evitam a segregação durante o despejo do material e melhoram a homogeneidade das misturas que possam ter sofrido esse processo durante as etapas de carregamento e transporte”, explica o especialista. Para Rubens Brito, da Brasif, a segregação não depende somente das ações mecânicas durante a descarga do material na vibroacabadora, mas também da qualidade do concreto betuminoso. “Se a massa tem baixo teor de betume, por exemplo, a ten-

dência é segregar mesmo”, diz ele. “Por outro lado, materiais com alto teor betuminoso tendem a sofrer exsudação, que é a característica de o betume transpirar para a superfície da massa”, complementa. Segundo ele, essas reações podem ser controladas nos equipamentos mais modernos por meio da freqüência do tamper e da mesa. “Se a massa tem muito betume, por exemplo, é preciso ajustar a mesa para pouca vibração.” Por outro lado, Brito explica que é necessário encontrar a regulagem correta nessas operações, pois o lançamento de massas com baixo teor de betume em alta freqüência de vibração, aliado a um ângulo de ataque maior, pode gerar problemas de segregação. Para diminuir os problemas de segregação do concreto betuminoso usinado a quente (CBUQ), a Dyna-

Sistemas eliminam colisões durante o serviço

Foto: Terex

Como evitar pequenas colisões entre a vibroacabadora e o caminhão que faz o transporte da massa asfáltica, durante a descarga do material, responsáveis por ondulações e falhas no acabamento do pavimento? Para contornar o problema, os fabricantes desenvolveram soluções de alimentação que evitam o contato direto entre o equipamento de transporte e o de pavimentação. A Terex Roadbuilding, por exemplo, oferece um alimentador autopropelido, operado em sistema de comboio, de forma a evitar o choque direto entre o caminhão e a vibroacaba-

Equipamento opera entre a vibroacabadora e o caminhão de asfalto

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dora. Segundo Gilvan Medeiros Pereira, diretor de vendas e marketing da fabricante, ele também é equipado com a tecnologia Remix para evitar a segregação do material durante sua transferência. “Além disso, dispomos de silo de massa no qual o caminhão faz a carga do material e, por meio de um caracol e um transportador com inclinação de 45 graus, o CBUQ é transferido para a parte traseira da máquina.” A Dynapac também disponibiliza no mercado sistemas baseados em silo de espera e alimentadores móveis para atuarem entre os equipamentos. “Nesse último caso, dispomos de um modelo com 6 m³ de capacidade e de outro com 8,5 m³”, diz Luiz Lemos, gerente regional de vendas para a América Latina. O maior, segundo ele, possibilita a alimentação de até 3.500 t/h de massa asfáltica. Segundo Rogério do Nascimento, gerente comercial da Bomag para a América do Sul, a empresa desenvolve sistemas mecânicos e ultra-sônicos de alimentação. “Nesse último caso, a correia que transporta o material da área de descarga para o sem-fim conta com um sistema de ultrasom que proporciona a uniformidade da alimentação.” Ele explica que as vibroacabadoras da marca são dotadas de duas roscas sem-fim, uma de cada lado do equipamento, que trabalham independentemente por meio de sensores que permitem a realização correta das curvas . Essa tecnologia, segundo Nascimento, serve para ocasiões em que a pavimentação de curvas exige a aplicação de mais material de um lado do que de outro.


Foto: Terex

MANUTENÇÃO TECNOLOGIA

Execução de bases Os especialistas entrevistados pela M&T enfatizam que, com a evolução tecnológica das vibroacabadoras, seu uso não precisa ficar restrito somente ao lançamento da capa asfáltica. “Na visão da Dynapac, a mobilização desses equipamentos na execução da base e sub-base do pavimento, em substituição às operações com motoniveladoras, é uma técnica possível e em cresci-

mento no Brasil”, afirma Lemos. Ele diz que esse tipo de aplicação depende de uma análise da relação custo/benefício, pois resulta em maior homogeneidade das camadas inferiores da estrutura, quando bem dimensionada, mas com um consumo elevado das peças de desgaste das máquinas, como as correntes transportadoras, o sem-fim e as chapas de desgaste da mesa de pavimentação. Gilvan Pereira ressalta que a pavimentadora modelo VDA 700, da Terex Roadbuilding, já vem equipada com transportador em aço especial de alta dureza e elevada resistência à abrasão, o que a torna apropriada para a realização de bases e sub-bases. Para ele, essa

aplicação dos equipamentos agrega qualidade à pavimentação. “Como a motoniveladora vai deslizando a lâmina contra a base, ela segrega o material que será planeado, gerando perda de até 30% com a segregação do CBUQ nas extremidades da pista”, diz Pereira. “Já as vibroacabadoras executam essa operação com maior nivelamento, gastando menos material na execução da capa asfáltica.” Walter Rauen, da Ciber, também recomenda o uso dos equipamentos na distribuição de bases granulares, de forma a se obter melhor estabilização dos materiais e menos desperdício no lançamento da capa asfáltica. “Os ganhos são diversos, pois o sistema também economiza combustível ao permitir a execução da capa com uma única passada”, diz ele. Como prova dessa eficiência, o executivo ressalta que o uso de vibroacabadoras na execução de bases de rodovias já é adotado como padrão na Europa. Foto: Ciber

pac adota um sistema único de distribuição em suas vibroacabadoras. “Ele fica na frente do equipamento e se caracteriza por ter acionamentos laterais e nenhum apoio central, de modo que o sem-fim pode realizar quatro movimentos direcionais distintos”, diz Lemos. Com isso, ele explica que o sistema consegue adequar o suprimento de massa para a mesa de acordo com as características do terreno a ser pavimentado, seja ele plano, com declividade ou com curvas.

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Foto: Bomag

VIBROACABADORAS

Foto: Terex

Sistemas hidráulicos acionam diversos movimentos da mesa Apesar de compartilhar da mesma bases não utiliza material betuminoopinião dos demais especialistas, o so, ele explica que o uso de vibroacagerente comercial da Bomag para a badoras nesse tipo de serviço é viável América do Sul, Rogério do Nasci- e agrega qualidades. “Inclusive, exismento, tem algumas ponderações a tem aplicações do equipamento na fazer. “Como o betume é um mate- construção de infra-estrutura de esrial lubrificante, a vida útil da placa tradas de ferro, com britas na faixa de alisamento certamente será me- granulométrica de 20 a 50 mm.” nor”, diz ele. Esse desgaste, segundo Nascimento, acontece porque a mesa Rodas versus esteiras As características da base e subtem cerca de 4 t de peso e trabalha sobre pressão hidráulica, além de vi- base também influenciam na escolha brar constantemente com uma carga do tipo de tração do equipamento de material altamente abrasivo. “A usado para lançamento da capa assolução para isso é utilizar placas de fáltica. “Nos trabalhos mais pesados, como obras de rodovias com aclives, maior espessura”. Como a execução de bases e sub- curvas, grandes larguras de pavimentação e o uso de caminhões maiores, as pavimentadoras sobre esteiras são mais indicadas”, diz Rauen, da Ciber. Ele ressalta que existe outro critério para a escolha da máquina, de acordo com o tipo de base a ser pavimentada, no qual os modelos sobre esteiras encontram melhor aplicação em bases granulares com baixa resistência à tração. A opção por equipamentos sobre rodas ou esteiras, aliás, é definida antes da realização da obra e Modelo sobre esteiras: para maiores faixas os critérios de escolha são diversos, de pavimentação

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variando até mesmo em função de questões culturais ou preferências regionais. “Obviamente, as esteiras conferem maior capacidade de tração ao equipamento que as rodas, mas existem países, como a França, onde não encontramos a sua aplicação com freqüência”, diz Rogério do Nascimento, da Bomag. Na pavimentação de trechos mais largos e extensos, que demandam maior capacidade de tração, como as obras de rodovias, ele recomenda o uso de equipamentos sobre esteiras. “Em compensação, nos trabalhos pontuais de manutenção ou nos serviços em centros urbanos, os equipamentos sobre rodas são mais eficientes devido a sua elevada capacidade de locomoção.” Para a Terex Roadbuilding, essa questão não está colocada na ordem do dia já que a fabricante desenvolve um sistema de tracionamento misto para suas vibroacabadoras. “Trata-se de um equipamento sobre esteiras, mas com capacidade de locomoção semelhante aos sobre rodas”, diz Pereira. Ele explica que o sistema emprega borracha inteiriça nos espaços entre as sapatas do material rodante. “Atualmente, oferecemos máquinas com material rodante convencional apenas em situações eventuais, como clientes que buscam uma pequena redução no custo do equipamento.” Assim como os demais especialistas, Luiz Lemos, da Dynapac, recomenda o uso de máquinas sobre esteiras em pavimentações mais extensas e que exigem maior capacidade de tração. “Por outro lado, estamos trabalhando com tração em duas e até mesmo nas quatro rodas direcionais, permitindo a aplicação das vibroacabadoras com rodas em operações mais severas”, ele finaliza.

Brasif/Bomag: www.brasifmaquinas.com.br Ciber: www.ciber.com.br Dynapac: www.dynapac.com S.A. Paulista: www.sapaulista.com.br Terex Roadbuilding: www.terexla.com.br



TRANSPORTE DE EQUIPAMENTOS

MERCADO APOSTA NA DEMANDA POR

CARRETAS GIGANTES

O uso de equipamentos cada vez maiores nos canteiros de obras impulsiona a venda de carretas de grande porte, com soluções que facilitam o acesso da carga à prancha

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U

m levantamento realizado pela Associação Nacional de Fabricantes de Implementos Rodoviários (Anfir) aponta que as vendas das tradicionais carretas do tipo carrega-tudo registraram um aumento de 94% no primeiro quadrimestre de 2008, em comparação com o mesmo período do ano anterior, totalizando 247 unidades comercializadas no Brasil. Com a expansão dos investimentos em infraestrutura e o conseqüente impacto no mercado de equipamentos para construção pesada, a necessidade de

transporte dessas máquinas até os canteiros de obras cresceu na mesma proporção. Nesse cenário, os especialistas do setor ressaltam a crescente procura por carretas de grande capacidade para o transporte de cargas indivisíveis, como resposta a uma tendência do mercado: a mobilização de equipamentos cada vez maiores, como usinas de asfalto, guindastes sobre esteiras, pavimentadoras e outros. Os fabricantes de implementos estão se mobilizando para atender a essa demanda com novas soluções, como


Foto: Trail King

MANUTENÇÃO TECNOLOGIA

o desenvolvimento de carretas com carregamento frontal, produzidas com aços mais resistentes e leves e dotadas de mais eixos. Mas os prazos de entrega dos implementos já se estenderam para a média de cinco a nove meses, impondo outro complicador à operação de transportadoras, construtoras e empresas de locação de equipamentos. O especialista Rogério Passini, diretor da AGR Passini, acrescenta mais um entrave nesse mercado: a política tarifária brasileira, que impõe altas taxas à importação desses implemen-

tos. “O transporte de equipamentos pesados emprega carretas de linha de eixo, que não são fabricadas no Brasil, mas arcam com tarifas de importação semelhantes às de equipamentos com fabricação nacional.” Ele sabe o que diz, já que sua empresa representa no País a Cometto, tradicional fabricante italiana de carretas. Segundo Passini, a produção local desse tipo de implemento, com capacidade de carga na faixa de 650 t, se encerrou durante a década de 1980, quando a Cometto desativou sua fábrica no Brasil.

TRANSPORTE DE MAQUINARIA Mercado prevé un aumento de la demanda de remolques gigantes Una encuesta realizada por la Asociación Nacional de Fabricantes de Implementos Viales (Anfir) revela que las ventas de remolques tradicionales para transportar cualquier tipo de carga registraron un incremento del 94% en el primer cuatrimestre del 2008, en comparación con el mismo período del año anterior, con 247 de unidades comercializados en Brasil. Debido al aumento de las inversiones en infraestructura y su consecuente impacto en el mercado de máquinas y equipos para la construcción pesada, la necesidad de transportar esa maquinaria hasta las obras ha aumentado en la misma proporción. En esta nueva situación, los especialistas del sector destacan la creciente demanda de remolques de gran capacidad para el transporte de cargas indivisibles, como respuesta a una tendencia del mercado: el transporte de máquinas pesada cada vez más grandes, como plantas de asfalto, grúas sobre orugas, pavimentadoras y otras. Los fabricantes de unidades de transporte se están preparando para atender a esa demanda con nuevas soluciones, como, por ejemplo, el desarrollo de carretones de carga frontal, producidos con aceros más resistentes y livianos y con más ejes. La empresa norteamericana Trail King se prepara para conquistar una parte del mercado brasileiro ofreciendo remolques de gran envergadura que llegan al Brasil por medio de SR Transporto, empresa que representa las máquinas y equipos de la marca para toda América Latina. “En agosto, trajimos los primeros remolques para atender a un nicho de mercado que no estaba cubierto por los fabricantes locales”, dice Alexandre Scarpelli, director de SR Transporto. La primera tanda de remolques incluye dos modelos con capacidad de carga de 50 toneladas y otros dos del mismo tipo, con un eje desplazable con levante neumática que eleva su capacidad a 62 toneladas. “Este sistema es una de las novedades que ofrece nuestra línea para mejorar la versatilidad de los remolques

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TRANSPORTE DE EQUIPAMENTOS

Fabricantes brasileiros não produzem linhas de eixo para transporte pesado

Além disso, ele destaca as carretas carrega-tudo rebaixadas dotadas de quatro eixos, com dolly, para intermediar a ligação caminhão/carreta. “Esse conjunto alcança 60 t de capacidade de carga técnica e é indicado para o transporte de equipamentos maiores, como as escavadeiras usadas em mineração.” O maior modelo da empresa, com 130 t de capacidade, vem com suspensão pivotada de eixo lado a lado no sentido transversal. “Na verdade, são dois eixos pivotados para a prancha e mais dois Foto: Trail King

Diversidade nos carrega-tudo Como exemplo, a linha de carretas para transporte de equipamentos fora-de-estrada da Randon, um dos maiores fabricantes brasileiros de implementos rodoviários, conta com modelos de até 130 t de capacidade. “Temos carretas do tipo carregatudo com dois eixos planos, para o transporte de 25 ou 35 t, e modelos de três eixos, com capacidade para 45 t de carga técnica e 30 t de carga líquida”, diz Cesar Pisseti, diretor comercial da empresa.

Mobilização de grandes equipamentos aumenta demanda por carretas maiores

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de transporte.” Scarpelli explica que de esta forma, el cliente puede adquirir una unidad con tres ejes y acoplar el cuarto en caso que necesite aumentar la capacidad de carga. “Para desactivarlo es suficiente con desplazarlo y colocarlo encima del tercer eje”, explica. Scarpelli afirma que, gracias a esta configuración, los remolques transportan un 10% más de carga que los modelos de la misma categoría. “Como son fabricados con acero más liviano pesan 3,5 toneladas menos.” Entre otras características, cuentan con componentes como perno de enganche desmontable y plataforma con flecha invertida, para una distribución uniforme del peso. “Durante la carga en la rampa, la plataforma se despliega lo que permite distribuir el peso de forma pareja y, por lo tanto, alargar la vida útil de todos los componentes de la suspensión.” La suspensión de los remolques es neumática, pues la empresa considera que esta tecnología brinda más estabilidad en comparación con el tradicional sistema con elásticos semielípticos.


Foto: Randon

MANUTENÇÃO TECNOLOGIA

eixos pivotados para o dolly, que fica entre o caminhão e a prancha, de forma a proporcionar maior capacidade de carga por eixo e suavidade no transporte.” Entre outros tipos de carretas, a Randon produz ainda um carregatudo de 113 t de capacidade técnica, indicado para o transporte de tratores de grande porte usados em mineração, como o modelo D11, por exemplo. “Outra solução nessa área é o modelo carrega-tudo rebaixado, com três eixos, que tem uma rampa traseira de acionamento hidráulico e é indicado para transportar máquinas sobre esteiras”, complementa o executivo. Acesso facilitado Pissetti afirma que o aumento no mercado de carretas para transporte de equipamentos pesados foi ainda maior do que os 94% divulgados pela Anfir. Segundo ele, os dados da associação se baseiam nos primeiros quatro meses do ano e levantamentos mais recentes indicam que as vendas de modelos carrega-tudo cresceram 106% no primeiro semestre de 2008, totalizando 549 carretas comercializadas no Brasil. “Há de se considerar que as obras do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) ainda não decolaram, e, quando atingirem um estágio mais avançado, essa demanda deverá ser ainda maior.”

Carrega-tudo com suspensão pivotada: 113 t de capacidade A fabricante de implementos rodo- carretas com plataforma de carga viários Facchini também aposta no rebaixada, que diminuem a altura crescimento do mercado de carretas total da carga transportada. “Aliada para transporte de equipamentos pe- à tecnologia de pescoço removível, sados. Recentemente, a empresa lan- essa solução é ideal para o transporte çou um semi-reboque carrega-tudo de colheitadeiras de cana-de-açúcar, com plataforma basculante e eixos que têm altura elevada.” Gallo resdeslizantes, para atendimento ao se- salta ainda a procura por um modelo tor de construção civil. “Essa solução de carreta semi-reboque, com 3,2 m permite o carregamento de máquinas de largura, para o transporte de code difícil acesso à carreta, como as lheitadeiras de grãos. vibroacabadoras de asfalto, que não se adequavam às rampas dos semi- Distribuição da carga Atenta à expansão na demanda de reboques existentes devido à sua dificuldade na subida”, afirma Cláudio implementos para transporte pesaGalo, gerente comercial da Facchini. do, a norte-americana Trail King se Outra aposta da empresa são as prepara para disputar uma fatia desse


TRANSPORTE DE EQUIPAMENTOS

Carreta de grande porte pode ser usada como reboque de caminhão fora-de-estrada

mercado. Suas carretas de grande porte estão chegando ao Brasil por meio da SR Transporto, que representa os equipamentos da marca e foca sua atuação em toda a América Latina. “Em agosto, trouxemos as primeiras unidades para suprir um segmento que não está sendo atendido pelos fabricantes locais”, diz Alexandre Scarpelli, diretor da SR Transporto. O primeiro lote de carretas, segundo ele, inclui dois modelos standard com 50 t de capacidade de carga e outros dois do mesmo tipo, com um eixo removível acoplado que aumenta sua capacidade para 62 t. “Esse sistema de eixo removível é uma das novidades da nossa linha para proporcionar maior versatilidade às carretas de transporte.” Com isso, Scarpelli explica que o usuário pode adquirir o implemento com três eixos e acoplar o quarto somente quando necessário. “Para desativá-lo, basta desacoplar esse eixo adicional ou rebatê-lo em cima do terceiro eixo”,

Novos modelos têm rampas mais acessíveis...

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ele complementa. Segundo o especialista, esses equipamentos transportam 10% a mais de carga que os modelos da mesma categoria. “Como são confeccionadas com aço T1, mais leve, as carretas pesam 3,5 t a menos.” Entre outras características, elas contam com pescoço removível e plataforma com flecha invertida, que possibilita uma distribuição mais uniforme do peso. “Durante o carregamento na prancha, a plataforma tende para baixo e isto permite uma distribuição igualitária do peso, o que aumenta a vida útil de todos os componentes da suspensão.” A suspensão das carretas, aliás, é pneumática, pois a empresa avalia que essa tecnologia confere mais suavidade ao transporte em comparação com o tradicional sistema de feixe de molas. Carretas gigantes Os modelos que a empresa está trazendo se destinam ao transporte

... e maior capacidade de transporte

de cargas que necessitam de licença especial para tráfego em rodovias. “Esse sempre foi o foco da Trail King, conhecida nos Estados Unidos por suas carretas para cargas indivisíveis acima de 200 t.” De acordo com Scarpelli, a empresa também pretende atuar nesse segmento no mercado brasileiro, ocupando a lacuna gerada pela inexistência de carretas de linha de eixo no País. A escassez desse tipo de implemento com capacidade para transportar cargas mais elevadas no mercado também impulsiona os planos da fabricante norte-americana TowHaul. Por meio da P&H MineroPro, que representa a marca no Brasil, ela está comercializando carretas para cargas indivisíveis na faixa de 125 a 650 t de capacidade. “Essa linha se destina exclusivamente ao transporte de equipamentos fora-de-estrada, principalmente os de grande porte usados em mineração”, diz Odilon Mendes, gerente comercial da MineroPro.


Foto: TowHaul

MANUTENÇÃO TECNOLOGIA

Os equipamentos, segundo ele, podem ser usados com prancha para carreta de transporte e como reboque de caminhão fora-de-estrada. “Nesse último caso, é necessário aplicar o contrapeso na parte dianteira da carreta”, explica Mendes. Como

só trabalha com modelos de porte elevado, a TowHaul tem cerca de 100 unidades comercializadas pelo mundo e pretende vender quatro no Brasil até o final de 2009. “Para isso, estamos criando uma estrutura de suporte ao mercado, que inclui

até mesmo a vinda de um executivo para atendimento aos clientes da América do Sul.” Pescoço Removível Segundo Mendes, as carretas da TowHaul também possuem sistema de carregamento frontal. Elas ficam apoiadas no solo enquanto o equipamento a ser carregado se locomove para cima da prancha e, ao final da operação, o caminhão acopla o implemento e o conjunto está pronto para o transporte. “A vantagem dessa solução é a maior segurança na operação, uma vez que a prancha fica no solo e elimina a rampa utilizada no carregamento convencional.” O especialista ressalta ainda que, nesse sistema, “o eixo traseiro fica isento de sobrecarga na hora do carregamento e o raio de curva da prancha não é afetado”.

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Fotos: Trail King

TRANSPORTE DE EQUIPAMENTOS

Novo modelo tem pescoço removível, plataforma com flecha invertida e eixo traseiro adicional

A necessidade de diminuir a inclinação da rampa para facilitar o acesso dos equipamentos à carreta tem mobilizado os fabricantes no desenvolvimento de novas soluções para seus implementos. “Mas os usuários ainda têm um tabu em relação a essa tecnologia aplicada nas pranchas carrega-tudo, mesmo considerando os ganhos que ela proporciona em segurança no transporte e maior vida útil da prancha”, pondera Scarpelli, da SR Transporto. Mesmo assim, ele diz que esse tabu está sendo vencido e o uso de modelos carrega-tudo com pescoço removível se torna cada vez mais comum no País. O especialista explica que o pescoço fixo impossibilita o carregamento pela parte frontal da carreta, já

que ele se desloca juntamente com a prancha quando esta é desconectada do caminhão. “Por isso, o acesso da carga ocorre pela parte traseira, por meio de uma rampa que exige grande esforço do equipamento para sua subida.” Nas carretas com pescoço removível, a prancha tem um sistema pneumático – que trabalha em conjunto com o sistema pneumático do cavalo mecânico ou com um motor de 13 hp – para o acionamento do pescoço. A operação é feita com o conjunto parado, por meio de uma alavanca pela qual o motorista do caminhão aciona a descida da prancha até o solo. “Em seguida, ele desbloqueia o pino que liga o pescoço à plataforma e volta para a cabine do caminhão”,

conta Scarpelli. Na seqüência, o motorista dá a partida e sai com o caminhão, de forma que o pescoço vai junto com o cavalo mecânico e deixa a prancha solta no chão, em posição praticamente horizontal. “Com isso, um equipamento de esteiras se locomove facilmente para cima da prancha pela parte dianteira, já que ela fica levemente inclinada para a frente devido à altura das rodas”, ele complementa. Quando o equipamento se posiciona sobre a prancha, o motorista aciona a marcha à ré e o pino-guia do pescoço encontra a parte inferior da prancha, onde o pino de trava é acionado. “Nesse momento ocorre o acionamento, que se caracteriza por um estalo, e, ao escutar esse barulho, o motorista pode descer da cabine, acionar a elevação da prancha, fazer a amarração da carga e partir para o seu destino”, finaliza Scarpelli.

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Pescoço removível confere...

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... segurança e rapidez ao carregamento



MA MANUTENÇÃO AN NU UTE T EN TENÇ NÇ ÇÃO ÃO F FERROVIÁRIA ERRO ER ROVI RO VIÁR VI ÁRIA ÁR IA IA

EFICIÊNCIA EM OBRAS

SOBRE TRILHOS Por Haroldo Aguiar

Dotados de sistemas de controle eletrônico, equipamentos constroem a via permanente, fazem a sua correção geométrica ou substituem o lastro de brita com total mecanização dos processos, à medida que se deslocam

30 | Jul 30 Julho ulho ulho ho | 2008 2 8 200


Foto: Plasser & Theurer

MANUTENÇÃO MANUTENÇÃO MANUTE MAN UTENÇÃ UT UTE NÇ NÇÃ Ç O TE TEC TECNOLOGIA TECNOLOGIA NOL N OLOGIIA

I

magine uma composição ferroviária com cerca de 300 m de comprimento, cuja parte frontal se desloca sobre esteiras e os vagões traseiros deslizam sobre trilhos, que são instalados durante sua movimentação. Imagine ainda que, para executar o serviço, essa máquina tem silos e britadores montados sobre os vagões, para produzir a brita que será usada no lastro da via permanente, além de correias transportadoras, pórticos e dispositivos que instalam os dormentes e fixam os trilhos, dispostos previamente ao lado da linha. Esse equipamento existe e figura entre as soluções oferecidas para a construção de ferrovias com total mecanização dos processos. Como as estradas de ferro foram esquecidas como opção de transporte no Brasil e historicamente recebem parcos investimentos em obras, equipamentos desse tipo parecem distantes da nossa realidade. Mas o cenário está mudando por conta de investimentos em novas ferrovias e em projetos de operadoras privadas como a Vale e a MRS Logística, que apostam em tecnologias de automação nos serviços de manutenção de suas linhas, uma atividade indispensável para a eficiência, produtividade e segurança no transporte de cargas. Segundo Carlos Alberto Morais, diretor da trading Comexport, a maio-

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ria dos equipamentos desse tipo em operação no Brasil abrange os modelos para correção geométrica das vias permanentes, um dos principais serviços de manutenção de ferrovias. “Nessa área, as socadoras são o carro-chefe e totalizam uma frota de cerca de 500 unidades, que têm uma idade média próxima de 30 anos.” Sua empresa é a responsável pela importação e venda das máquinas produzidas pela austríaca Plasser & Theurer, que, segundo ele, é líder nesse segmento no País. Regularização da linha O equipamento descrito no início desta reportagem, conhecido como máquina lançadora de linha, realmente não existe no Brasil, mas as socadoras que estão chegando ao mercado incorporam soluções voltadas à maior produtividade na manutenção das linhas férreas. “Elas contam com recursos de eletrônica embarcada e sistemas hidráulicos e pneumáticos que conferem grande capacidade à elevação dos trilhos e dos dormentes montados, de forma a socar o lastro

Fotos: Plasser & Theurer

MANUTENÇÃO FERROVIÁRIA

Equipamento soca o lastro de brita e faz correção geométrica da via

de brita e promover a correção geométrica da via”, diz Morais. O engenheiro José Anselmo Ribeiro Coutinho, da Plasser & Theurer, explica que as socadoras e demais máquinas de correção geométrica se destinam à manutenção de linhas com alta intensidade de tráfego ou com um curto espaço de tempo para a execução dos serviços. Com a operação rotineira, as vibrações e esforços aplicados pelas composições à via permanente ocasionam o de-

Reguladora de lastro: distribuição uniforme da camada de brita

MANTENIMIENTO FERROVIARIO Productividad en obras sobre rieles Imagínese un tren que mide aproximadamente 300 metros de largo, cuya parte frontal desliza sobre orugas y los vagones sobre rieles, que se colocan a medida que se mueve. Imagínese también que, para ejecutar el trabajo, esa máquina cuenta con silos y trituradoras montados sobre vagones, para producir la piedra molida que formará la capa de balastro donde se asentará la vía, además de cintas transportadoras, pórticos y dispositivos que instalan las traviesas y fijan los rieles, previamente dispuestos al lado de la línea. Esta máquina existe y figura entre las soluciones ofrecidas para la construcción de una estructura ferroviaria con total mecanización de los procesos. Como las vías férreas fueron dejadas de lado como opción de transporte en Brasil e históricamente se les asignan parcas inversiones, maquinas de ese tipo suelen estar distantes de nuestra realidad. Pero el panorama está cambiando gracias a las inversiones en nuevas vías y a los proyectos de empresas privadas como Vale y MRS Logística, que apuestan por tecnologías de automatización para las labores de conservación y mantenimiento de vías, algo indispensable cuando se desea incrementar la competitividad, la productividad y la seguridad en el transporte de cargas. Carlos Alberto Morais, director de la empresa Comexport, opina que la mayoría de las máquinas de este tipo en operación



MANUTENÇÃO FERROVIÁRIA

Equipamentos são produzidos sob medida para cada perfil de ferrovia

salinhamento e desnivelamento da linha. As socadoras são usadas para sanar esse problema. Isto porque, à medida que elas se deslocam sobre os trilhos, realizam a correção por meio de um grupo de garras que se acopla à alma do trilho e o eleva junto com os dormentes, enquanto a banca de socaria – um conjunto de pinças que acessa as áreas em torno e em baixo dos dormentes – realiza a vibração e compactação do lastro de brita. “Elas contam com três sistemas de medição dos parâmetros geométricos e, quando são totalmente automatizadas, fazem a leitura da linha, calculam os ajustes necessários e transmitem os dados para os siste-

mas que acionam a banca de socaria”, afirma José Anselmo. O especialista explica que os equipamentos da Plasser & Theurer têm capacidade para socar até quatro dormentes simultaneamente, substituindo o método manual, que empregaria centenas de operários para a elevação do conjunto dormente/trilho e a soca do lastro por meio de ferramentas. “Eles realizam o serviço a uma velocidade de até 2.700 m/h, de acordo com o tipo de modelo, e devem operar em conjunto com uma máquina reguladora e equalizadora de lastro, que passa antes ou depois da socadora para a correta distribuição da camada de brita”.

en Brasil se destinan a la auscultación geométrica de vías permanentes, uno de los principales servicios de conservación y mantenimiento de vías férreas. “Entre ellas destacan las bateadoras, cuyo parque está compuesto por aproximadamente 500 máquinas, que llevan trabajando, en promedio, 30 años.” Su empresa se dedica a la importación y venta de las máquinas que fabrica la compañía austríaca Plasser & Theurer, que, según explicó Morais, es líder de este segmento en el país. La máquina anteriormente descripta todavía no se encuentra disponible en Brasil, pero las bateadoras que están saliendo al mercado incorporan soluciones que mejoran la productividad en la conservación y mantenimiento de los rieles.

Máquina remove contaminantes no lastro da via Um equipamento pouco usado no Brasil em manutenção de vias permanentes, porém fundamental para a eficiência na operação da ferrovia, é a desguarnecedora e limpadora de lastro. Segundo José Anselmo Ribeiro Coutinho, engenheiro da Plasser & Theurer, trata-se de uma máquina indicada para estradas de ferro que realizam o transporte de cargas, principalmente alguns tipos de minérios e grãos, para a remoção de sujeiras que se acumulam no lastro. “Com o tempo, o material transportado vai caindo e contaminando o lastro de brita, o que ocasiona sua degradação”, ele explica. O problema torna-se ainda maior devido ao fato de essas ferrovias ope-

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rarem com composições que transmitem elevado peso por eixo – até 36 t, contra as 16 t por eixo no caso de uma linha de transporte público metropolitano, como a da CPTM, por exemplo. Para executar a limpeza do lastro, o equipamento conta com correias dentadas que passam debaixo dos dormentes, previamente erguidos junto com os trilhos pelo grupo de garras, para o recolhimento da brita. O material recolhido segue para um conjunto de peneiras e sistemas de separação, por meio de correias transportadoras, e a brita classificada volta para recompor o lastro, à medida que o equipamento avança, dentro das especificações granulométricas de projeto. Os materiais contaminan-

tes ficam retidos para descarte. A máquina conta ainda com banca de socaria para a regularização geométrica da via permanente.


MANUTENÇÃO TECNOLOGIA

Terremoto portátil Nessa linha de equipamentos, há ainda o carro controle, um modelo recém-adquirido pela Vale para a manutenção da ferrovia Vitória-Minas, que conta com 14 computadores embarcados. “À medida que se desloca pela linha, ele registra todos os dados de nivelamento, alinhamento, empenamento e pode incorporar até mesmo a leitura de trincas e de desgaste dos trilhos, contando ainda com sistemas para a estabilização dinâmica da via permanente.” O equipamento transmite uma intensidade de vibração, durante a operação de socaria do lastro, que já lhe rendeu o apelido de “terremoto portátil” entre os funcionários da Vale. Segundo José Anselmo, a vantagem do carro controle é que, após a regularização da linha, ele simula as condições de operação e analisa o comportamento da via permanente

para sua liberação. Dessa forma, ele permite liberar a ferrovia sem restrição de velocidade para as composições, ao contrário dos procedimentos adotados após a manutenção com o uso de máquinas socadoras e reguladoras de lastro. “Além de restabelecer as condições para a maior eficiência e produtividade da operação, os equipamentos contribuem para a segurança no tráfego dos trens, pois evitam seu descarrilamento.” O especialista explica que os equipamentos usados em construção e manutenção de vias permanentes formam uma família padronizada, mas são produzidos quase sob medida para cada cliente. “Eles precisam se adequar às características específicas de cada linha, como sua topografia, raios de curva, inclinação, o tamanho das composições ferroviárias, seu peso por eixo e a freqüência que elas transmitem para os trilhos.” Além

Idade da frota dificulta as manutenções Devido ao elevado tempo de vida das máquinas de manutenção ferroviária que operam no Brasil, seus usuários se deparam com dificuldades em obter peças de reposição para esses equipamentos. Tal situação impulsionou o surgimento de um mercado paralelo, mas muitos serviços são realizados internamente pelas operadoras de estrada de ferro, como a recuperação de peças de desgaste, usinagens e troca de motores por modelos disponíveis no mercado e outros. O engenheiro José Anselmo Ribeiro Coutinho, da Plasser & Theurer, ressalta que essa situação é um reflexo da falta de investimentos no setor nas últimas décadas. “Embora a obrigação dos fabricantes seja a de disponibilizar peças por um período de 10 anos, atendemos solicitações para equipamentos da década de 1970 e, em alguns casos, nós mesmos somos obrigados a realizar adaptações”, diz ele. Tal situação aumenta os custos de

Banca de socaria: 30% do custo da máquina

manutenção dessas máquinas, que segundo Carlos Alberto Morais, diretor da trading Comexport, não deveria ultrapassar a faixa de 10% do valor do equipamento, em condições normais de operação. José Anselmo diz que a Plasser & Theurer mantém uma central de peças e equipe de profissionais para a assistência técnica aos usuários do Brasil. “Com a retomada dos investimentos no setor, estamos nos preparando para voltar a produzir no País.” Os planos da empresa são de fabricar peças mecânicas para máquinas operatrizes, que atualmente são importadas da Espanha.

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Foto: CPTM

MANUTENÇÃO FERROVIÁRIA

Caminhões de linha: apoio à manutenção da via permanente disso, o cliente escolhe a capacidade padrão metroviário. “Isto exige maior dos silos de brita, dos pórticos e de- foco na manutenção da rede para mais subconjuntos. “Por esse motivo, proporcionar confiabilidade, regularisão máquinas produzidas sob enco- dade e disponibilidade ao sistema em menda, embora haja uma padroniza- operação.” Como os equipamentos ção nos componentes usados.” usados pela CPTM são antigos, eles empregam locomotivas para seu traAquisições da CPTM cionamento, aumentando os custos Para obter maior produtividade na do serviço e impondo dificuldades lomanutenção de suas linhas, a Com- gísticas, já que algumas das unidades panhia Paulista de Trens Metropoli- motrizes também trabalham durante tanos (CPTM) está investindo R$ 57 o dia no transporte de passageiros. milhões na aquisição de 12 equipa- “As novas unidades autopropelidas mentos para correção geométrica de têm cabines de controle que mais se via permanente, serviços em rede aé- parecem com as de um avião, tal a rea e de apoio. Para transportar uma quantidade de comandos e sistemas média de 1,6 milhões/dia de passagei- informatizados”, complementa Pepe. ros na região da Grande São Paulo, Entre as aquisições da empresa a empresa opera uma malha de 260 estão uma socadora de via corrida – km, que totaliza cerca de 550 km de para trechos sem obstáculos, como linhas singelas. “O objetivo é ampliar aparelhos de mudança de via (AMV), nossa capacidade de execução dos passagens de nível e outros – uma serviços, pois dispomos de um perí- socadora para trechos com AMV e odo muito curto para os trabalhos, uma reguladora e equalizadora de lasentre 1h00 e 4h00, considerando as tro. Como as composições da CPTM dimensões dessa malha”, diz João Re- são acionadas por energia elétrica, nato Pepe, gerente de manutenção de em lugar das locomotivas a diesel das instalações fixas da CPTM. ferrovias de carga, ela está adquirinEle explica que o investimento faz do dois veículos de inspeção e manuparte do programa de conversão de tenção da rede aérea e uma máqui160 km de linhas da empresa para na para lançamento, recolhimento e

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“Gracias a sus recursos electrónicos y sistemas hidráulicos y neumáticos tienen una gran capacidad de levantamiento de rieles y traviesas lo que permite batear el balastro de forma vigorosa y recuperar las vías”, dice Morais. El Ing. José Anselmo Ribeiro Coutinho, de Plasser & Theurer, explica que las bateadoras y otras máquinas de auscultación geométrica se destinan a la conservación y mantenimiento de líneas con mucho tráfico o cuando se dispone de poco tiempo para ejecutar los servicios. El paso continuado de los trenes genera vibraciones y cargas que desalinean y desnivelan los rieles. Las bateadoras son usadas para corregir estos problemas. A medida que el vehículo avanza sobre la vía, realiza la corrección usando tenazas que se acoplan al alma del riel y que lo levantan junto con las traviesas, mientras grupos de bates vibrantes penetran en la capa de balastro para compactarla y perfilarla. “Las máquinas cuentan con tres sistemas de medición de los parámetros geométricos y, cuando son totalmente automatizadas, levantan información sobre los perfiles, calculan los ajustes necesarios y transmiten los datos a los sistemas que accionan el conjunto bateador”, afirma José Anselmo.



MANUTENÇÃO FERROVIÁRIA

Produtividade no serviço Pepe ressalta os ganhos de produtividade previstos com as novas máquinas, já que as socadoras terão capacidade para o alinhamento e nivelamento de 1.100 m/h de linha.

Veículo de inspeção: eliminou quedas na rede elétrica

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Com isso, em cada noite será possível regularizar um trecho completo entre duas estações da companhia. O histórico da CPTM indica que, para a eficiência e segurança das operações, um trecho de via permanente precisa ser submetido a socaria a cada dois anos, mas alguns pontos mais críticos demandam o serviço a cada oito meses. O novo equipamento terá capacidade para o levantamento de 45 t do conjunto trilho/dormentes e contará com 16 ferramentas de socaria para a execução do serviço sob um dormente por vez – eles ficam dispostos em distâncias de 54 cm entre seus eixos. Essa operação, como já é realizada pela empresa, deverá mobilizar também a reguladora e equalizadora de lastro, equipada com lâmina lateral e sistemas para remover sobras de brita sobre os dormentes e distribuir esse material de maneira uniforme ao longo da via. Para executar esse serviço, a máquina conta ainda com correias transportadoras e com vassouras e

dispositivos pneumáticos que transferem a brita de um lado para outro da via, de um lado para outro do trilho e entre os dormentes. Com a lançadora e rebobinadora de cabos, a CPTM pretende reduzir em dois terços o tempo gasto na manutenção da rede aérea num determinado trecho. Isto porque os novos equipamentos terão capacidade para lançar e recolher simultaneamente 1.700 m de fios de contato ou de cabo mensageiro no prazo de três horas, enquanto atualmente se gasta nove horas. “Não aumentamos a capacidade porque este é o limite imposto pelas bobinas”, diz Pepe. Rede aérea Por meio de um sistema de roldanas, esse equipamento traciona o fio a ser substituído por um lado e libera o fio a ser instalado, do outro lado, que é puxado pelo cabo mensageiro. A lançadora e rebobinadora também pode ser usada no tensionamento da rede aérea. Com

Foto: CPTM

tensionamento de fios e cabos. Os equipamentos têm entrega prevista a partir de 2009 e entre eles se incluem seis caminhões de linha para apoio aos serviços de manutenção, inspeção de via permanente e sinalização. Equipados com duas pranchas para o reboque de até 20 t de carga, sua função será a de transportar as equipes técnicas, cabos, trilhos, máquinas de solda e demais ferramentas e materiais. Para isto, eles contarão com guindaste telescópico de 9,8 t de capacidade, com alcance de 6 m na horizontal e de 9,5 m na vertical. Segundo o executivo, esses caminhões de eixo ferroviário são dotados de uma caixa de câmbio que permite o acionamento de cinco velocidades para ambos os lados do trilho.



MANUTENÇÃO FERROVIÁRIA

as operações rotineiras da ferrovia, o fio de energia fica exposto a esforços de tração durante o contato com a ancoragem do sistema pantográfico de alimentação das locomotivas. Com isto, ele forma uma flecha que pode comprometer o contato elétrico ou até mesmo romper a linha, o que exige a correção da tensão. O equipamento trabalha em conjunto com o veículo de inspeção e manutenção de rede aérea, que percorre o trecho para a medição e análise de suas características. Para isso, o equipamento conta com sistemas computadorizados, câmaras de TV e outros dispositivos que registram o desgaste do fio, seu deslocamento lateral e a flecha que ele está formando, sem a necessidade de contato físico. “Desde que adquirimos uma unidade desse veículo, eliminamos a queda de rede elétrica, o que nos motivou a compra de outros dois”, comemora Pepe. O veículo conta ainda com plataforma pantográfica para a elevação de funcionários, ferramentas e materiais, além de um guindaste para o içamento de cargas maiores, como pórticos, por exemplo. Como esses equipamentos trabalham com a rede desenergizada, eles são tracionados por motor a diesel. No caso do veículo de inspeção, há ainda um nobreak para alimentação dos sistemas de eletrônica embarcada.

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Equipamentos elevam trilhos e dormentes para a correção da linha Cuidados com as máquinas Como os equipamentos de correção geométrica da via permanente e de manutenção da rede aérea trabalham no período noturno, quando a CPTM interrompe suas operações, durante o dia eles são submetidos a um programa de manutenção rigoroso. “Se um deles parar durante o serviço, será como interromper uma cirurgia no meio da sua realização”, pondera o executivo. Os cuidados envolvem aferições dos instrumentos de medição, análise de desgaste das peças submetidas a maior esforço – como a banca de socaria, por exemplo – e a manutenção dos sistemas hidráulicos, elétricos, pneumáticos e demais subconjuntos das máquinas. Para realizar esse trabalho, a empresa conta com uma oficina para os serviços mais simples, como a recuperação de peças de desgaste, caldeiraria e outros. Serviços mais complexos, como

a manutenção do sistema de socaria, ficam por conta do fabricante. “Trata-se da parte mais sensível de uma socadora, que representa cerca de 30% de seu custo”, diz Pepe. Segundo Carlos Alberto Morais, da Comexport, para operar com eficiência, uma banca de socaria deve ser submetida a manutenção em intervalos de 1.000 h, no primeiro ano de trabalho, que aumentam para 2.500 h nos demais anos de sua vida útil. Como os equipamentos de correção geométrica de vias em operação no Brasil contam com uma média de idade de 30 anos, as empresas do setor encontram dificuldades na manutenção dessa frota, devido à inexistência de peças de reposição, e adotam muitas soluções caseiras (veja quadro na página 35).

Comexport: www.comexport.com.br CPTM: www.cptm.sp.gov.br Plasser & Theurer: showroom.creative.co.at


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O NOVO CICLO DO OURO

Fotos: RPM

MINERAÇÃO

DA RIO PARACATU

Com a aquisição de novos equipamentos e a otimização de processos, a Rio Paracatu Mineração (RPM) triplica a produção na mina com mais baixo teor de ouro do mundo Por Paola Carvalho

Impulsionada pela valorização das commodities metálicas e pela descoberta de novas reservas de minério, a Rio Paracatu Mineração (RPM) começa a ampliar suas operações na mina Morro do Ouro, localizada no município de Paracatu (MG). A partir de agosto, a empresa vai triplicar sua produção para 15 t/ano de ouro em barra, num projeto que exigirá investimentos de US$ 540 milhões, até 2009, por parte da mineradora canadense Kinross Gold Corporation, que controla a RPM. Segundo Marcos Paulo Gomes, gerente de gestão estratégica da RPM/

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Kinross, essa primeira etapa de expansão vai aumentar a participação do grupo na produção brasileira de ouro de 13,6% para 21%, considerando as demais operações da mineradora canadense. “O projeto é necessário para a continuidade das operações da RPM e aumentará a vida útil da mina Morro do Ouro para 30 anos”, diz ele. Para isso, a empresa está ampliando a lavra e a unidade industrial de Paracatu, além de instalar uma nova usina de beneficiamento e outra de hidrometalurgia. Também está prevista a

construção de mais uma barragem de rejeitos. Do total de investimentos, aproximadamente US$ 190 milhões (35%) foram consumidos na compra de equipamentos para mineração e processamento. A reserva da RPM tem o mais baixo nível de teor de ouro do mundo – 4,3 gramas por tonelada de minério – e, para atingir os níveis de produção previstos, deverá aumentar a movimentação de 20 milhões para 60 milhões t/ano de minério. Isso requer um cuidadoso dimensionamento do parque de máquinas e otimização dos processos.


MANUTENÇÃO TECNOLOGIA

Gomes explica que o aumento no volume de alimentação da unidade industrial compensa o baixo teor de ouro da reserva ao promover maior escala de produção, proporcionando competitividade à RPM. “O desafio é que, com essa forma de operação, os custos variáveis tendem a ser altos porque estão relacionados ao grande volume de minério que alimenta as usinas e não ao seu teor de ouro.” Para fazer frente a essa situação, ele ressalta a cultura de melhorias contínuas difundida na empresa, que gera anualmente cerca de 20 projetos com foco em redução de custos e melhoria de processos. Mudanças na frota Para movimentar um volume três vezes maior de minério, o executivo diz que os investimentos no parque de máquinas não se limitam à aquisição de novas unidades, mas também à

Usina de beneficiamento: eficiência para recuperar ouro na mina com mais baixos teores do mundo

reestruturação da frota. “As rotas de processo serão bem parecidas com as anteriores; quanto aos equipamentos, vamos mobilizar uma nova frota para as operações na mina, com a adoção de britagem na cava, de moagem semi-autógena e de uma nova instalação de hidrometalurgia.” Os detalhes, por enquanto, são considerados estratégi-

cos pela empresa, mas o deslocamento dos britadores para a frente de lavra revela um esforço para a redução de custos de transporte. Até recentemente, a RPM vinha operando com dez caminhões fora-deestrada de 85 t, modelo 777, em conjunto com quatro pás-carregadeiras e cinco tratores de esteiras de grande


MINERAÇÃO

MINERÍA El nuevo ciclo del oro de Rio Paracatu

Para produzir 15 t de ouro, empresa vai movimentar 60 milhões t de minério

porte, três motoniveladoras e três retroescavadeiras. Além disso, ela adquiriu uma escavadeira Bucyrus, com caçamba de 80 t de capacidade, nove caminhões off-road de 240 t, duas carregadeiras modelo 994, com caçambas de 36 t de capacidade, e outros equipamentos de apoio. Marcos Gomes ressalta que os equipamentos de produção devem justificar os investimentos da empresa, operando com alta disponibilidade e produtividade. Como exemplo, ele

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cita um trabalho conduzido recentemente por um processo denominado Six Sigma, que aumentou a utilização dos caminhões fora-de-estrada de 70% para 85% entre 2007 e 2008. “Isso contribuiu com a redução dos custos operacionais e com um desempenho mais eficiente e seguro.” Processo de lavra A mina Morro do Ouro é do tipo a céu aberto e, em 2007, produziu 19,3 t de minério que geraram 5,4 t de ouro no fim do processo de beneficiamento. Este ano, a previsão da RPM é de movimentar 26,6 t e de produzir 8,3 t de ouro, consolidando a meta de se atingir 15 t de ouro em barra em 2009. A operação de lavra não necessita de remoção de estéril e os desmontes por meio de perfuração e explosão são empregados em pequena escala, porém com tendência de aumento devido ao avanço das operações para depósitos de minério sulfetado endurecido. A lavra de minério oxidado é realizada por escarificação, com o uso de tratores de esteiras, e apenas 20% das operações envolvem o desmonte de rochas por perfuração e explosão. A mina ocupa uma área de aproximadamente 440 hectares, localizada em uma encosta de declive suave, e a elevação da cava até a área industrial varia de 700 a 820 m. Na usina de processamento, o ouro é recuperado por separação gravimétrica e flotação, seguidas por um sistema de lixiviação (CIL).

La empresa Rio Paracatu Mineração (RPM), gracias a la suba de los precios de las materias primas de origen mineral y al descubrimiento de nuevas reservas de mineral de hierro, decidió ampliar sus operaciones en la mina Morro do Ouro, ubicada en el municipio de Paracatu (Minas Gerais). A partir de agosto, la compañía canadiense Kinross Gold Corporation, que controla RPM, invertirá 540 millones de dólares con el objetivo de triplicar la producción en el 2009, que pasará a 15 t/año de oro en barra. Para alcanzar esta meta, RPM está ampliando la extracción y la instalación industrial de Paracatu, además de poner en marcha una nueva planta de procesamiento y otra de hidrometalurgia. Del monto total de inversiones, destinó aproximadamente 190 millones de dólares (35%) a la compra de maquinaria para la explotación y el procesamiento. Como el mineral de la reserva de RPM tiene la más baja ley de oro del mundo –4,3 gramos por tonelada de mineral– para alcanzar el nivel de producción fijado aumentará la extracción mineral, de 20 millones a 60 millones de toneladas, por lo que es necesario que dimensione cuidadosamente el parque de máquinas y optimice los procesos. Conseguir una mayor escala de producción implica aumentar el volumen de alimentación de la planta industrial para compensar la baja ley de oro de los yacimientos. Pero, al trabajar de esa forma, los costos variables tienden crecer porque están relacionados con la cantidad de mineral que alimenta las plantas y no con la ley del oro. Para hacer frente a esta situación, la empresa minera promovió una cultura de trabajo, basada en la mejora continua, que fomentó el desarrollo y la implementación de aproximadamente veinte proyectos centrados en la reducción de costos y la optimización de procesos.



MINERAÇÃO

Parte dos investimentos tem o objetivo de reduzir custos com transporte

Antes disso, o minério proveniente da mina passa pela unidade de britagem e classificação composta por quatro linhas idênticas em paralelo, das quais três se destinam à operação e uma fica em stand-by para manutenções ou eventuais problemas. Cada uma dessas linhas é constituída por uma peneira primária com duplo deck (70 e 25 mm), um britador de impacto, peneiramento secundário com duplo deck (40 e 25 mm) e um britador cônico secundário em circuito aberto. Cada linha produz cerca de 750 t/h de material britado, com 80% em granulometria de até 12 mm. Beneficiamento O produto gerado pela unidade de britagem, que opera com disponibilidade global de 86% e um nível de utilização de 80%, é transferido para silos responsáveis pela alimentação da moagem na usina de beneficiamento. O circuito de moagem conta

com uma etapa primária, outra secundária e uma moagem de barras. A primeira delas tem quatro linhas iguais, dispostas em paralelo, com um moinho tubular de 1.650 kWh de potência em cada uma delas. O produto da moagem é classificado em hidrociclones e cada linha é composta por duas bombas e oito ciclones, dos quais cinco se destinam à operação. A moagem secundária trabalha com cerca de 22% da carga circulante total do circuito primário, o equivalente a 1.800 t/h. A polpa é processada em ciclones, cujo fluxo passante alimenta um moinho. O produto desse equipamento retorna para a moagem primária, onde é novamente submetido à classificação em hidrociclones. A disponibilidade global do circuito de moagem e classificação é de 95,5%, com utilização de 94,5%. Uma parte da moagem primária fica retida no trommel e é transportada por correias para a mo-

agem por barras, alimentada a uma taxa de 80 t/h. Cerca de 15% da carga circulante de cada linha alimenta um circuito de jigagem, cujos rejeitos retornam para o circuito de moagem. O produto gerado pelos 16 jigues compõe o concentrado final da usina e é bombeado para a unidade de hidrometalurgia, onde ocorre o processo de lixiviação. Cada jigue produz cerca de 300 kg/hora de concentrado com teor médio de ouro de 20 g/t. A parte retida nas etapas de classificação primária e secundária alimenta circuitos de flotação, cujo produto final se soma ao concentrado da jigagem para abastecer a instalação de hidrometalurgia. Marcos Gomes ressalta que a eficiência e a produtividade de todo esse processo dependem de um cuidadoso programa de manutenção, para assegurar alta disponibilidade aos ativos. “Como operamos com equipamentos de grande porte, a responsabilidade pela sua disponibilidade aumenta, pois qualquer parada por falhas gera impacto negativo na produção e no custo de operação.” Por esse motivo, algumas etapas da usina contam com linhas redundantes. “Além disso, adotamos uma manutenção focada nas ações preditivas e preventivas, com equipes dedicadas a realizar inspeções eletromecânicas nos equipamentos e a acompanhar seus indicadores de desempenho”, ele conclui.

RPM: www.rioparacatumineracao.com.br



GEOTECNOLOGIA

MINERADORAS BUSCAM

GEOTECNOLOGÍA

PRODUTIVIDADE

En el artículo “GPS en el relevamiento topográfico de obras y minas”, publicado en el número 112 de la revista M&T, hablamos de la evolución de los equipos de topografía, desde los antiguos teodolitos ópticos hasta las estaciones totales electrónicas y los modernos sistemas de posicionamiento global (GPS) de gran precisión. Desvinculamos este tipo de sistema de los populares navegadores para vehículos y explicamos cómo se incrementa la precisión en el control de máquinas para movimiento de tierra, para disminuir los costos y aumentar la productividad en los relevamientos y replanteos topográficos. Veamos ahora un ejemplo de aplicación de esta tecnología en la minería, usando la experiencia de Traterra en el servicio de apoyo que brinda en las explotaciones de Vale. La empresa realiza las labores de abertura de accesos y de explanadas de sondeo a la minera, para dar paso a los trabajos de exploración mineral, e invirtió en un sistema de control GPS para obtener la mayor productividad de la maquinaria en campo. Como resultado, entregará las mediciones de movimiento de tierra solicitadas por Vale con más rapidez y establecerá y alineará los puntos en sus obras con coordenadas más precisas.

TOPOGRAFIA COM Por Franco Brazílio Ramos (*)

No artigo “GPS já faz topografia em obras e minas”, publicado na edição 112 da revista M&T (abril de 2008), falamos da evolução dos equipamentos de topografia, desde os antigos teodolitos óticos até as estações totais eletrônicas e chegando aos modernos sistemas de posicionamento global (GPS) de alta precisão. Desvinculamos esse tipo de sistema dos populares navegadores veiculares e explicamos como a tecnologia de correção RTK (Real Time Kinematics) confere precisão às operações com GPS, proporcionando redução de custos e maior produtividade em levantamentos e locações topográficas. Vejamos agora um exemplo de aplicação dessa tecnologia em uma grande mineradora, a partir da experiência da Traterra no apoio às operações da Vale no estado do Pará. Tanto no município de Paragominas, onde a mineradora realiza a extração de bauxita – que é o minério usado na produção de alumínio – como nas minas de ferro de Carajás, ela presta serviços de suporte à pesquisa mineral e executa,

entre outras atividades, a abertura de acessos e de praças de sondagem para prospecção e pesquisa geológica. Para aumentar sua produtividade e eficiência no campo, a Traterra adquiriu um sistema RTK proposto pelo corpo técnico da empresa de sistemas de geotecnologia Etam. Com a adoção desse sistema, ela fornecerá os dados de medição de terraplenagem solicitados pela Vale e vai realizar a materialização de pontos e alinhamentos nas suas obras com coordenadas mais precisas e maior rapidez. Em 2007, a empresa executou aproximadamente 200 km de acessos para pesquisa mineral e, em terraplenagem e remoção de top soil, movimentou aproximadamente 1,5 milhão de m³ de solos para reflorestamento de áreas mineradas. Além disso, ela movimentou cerca de 100 mil m³ de materiais em aberturas de trincheiras para processamento e análise de aproximadamente 500 m³ de minério. Nessas atividades, a Traterra mobiliza uma frota de escavadeiras hidráulicas, mo-

Empresas mineras buscan topografía con productividad

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MANUTENÇÃO TECNOLOGIA

toniveladoras, retroescavadeiras e caminhões basculantes. Otimização na coleta de dados O sistema RTK adquirido pela empresa é capaz de receber sinais das duas principais constelações de satélites em operação, a norte-americana GPS e a russa GLONASS. Ou seja, trata-se de um sistema denominado de GNSS, que proporciona mais precisão devido ao fato de operar com maior número de satélites. Além disso, ele confere maior velocidade à coleta dos dados, reduzindo o tempo de inicialização do sistema, e proporciona tranqüilidade quanto ao retorno para o escritório com o serviço realizado. Segundo o engenheiro civil Fábio Eleres, da Etam, enquanto uma topografia convencional com teodolito utiliza uma equipe de quatro profissionais para o levantamento de 4,5 pontos por homem/ hora e a topografia com estação total usa

uma equipe de três pessoas para levantar 15 pontos por homem/hora, com o RTK um único funcionário é capaz de levantar 45,4 pontos em uma hora. Dessa forma, seu custo médio chega a ser até cinco vezes menor em relação ao dos outros sistemas. O sistema RTK é composto de um receptor chamado de base, que é instalado em um ponto de coordenadas conhecidas e ligado a um rádio-modem, que transmite a correção para outros receptores, denominados de móveis ou rovers. Isto proporciona um ganho de produti-

vidade devido ao fato de não ser necessária a visada entre os receptores base e os rovers, além de uma base proporcionar a correção para diversos rovers em seu raio de alcance, que pode facilmente ultrapassar a extensão de 10 km. Atualmente, as mineradoras e suas prestadoras de serviço figuram entre as empresas que mais rapidamente perceberam o retorno proporcionado pelos investimentos em topografia com GPS. As grandes construtoras também têm investido nessa modalidade de topografia em obras distantes dos grandes centros, para reduzir os custos com mão-de-obra e aumentar a produtividade e segurança de seus funcionários. (*) Franco Brazílio Ramos é engenheiro civil e gerente de produto da área Machine Control da empresa Santiago & Cintra.

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NEGÓCIOS

RENTAL OFERECE INVESTIMENTOS EM MÁQUINAS Locadora Escad se abre para investidores interessados em aplicar capital na aquisição de equipamentos, que passam a integrar a sua frota gerando dividendos mensais Um novo tipo de aplicação começou a ser disponibilizado no mercado pela locadora de equipamentos Escad, voltado a investidores que buscam rentabilidade e segurança para o seu capital. A empresa está oferecendo parceria a investidores interessados em aplicar seu capital na aquisição de máquinas de construção, que passam a compor a sua frota para locação, em vez de investir em modalidades tradicionais como caderneta da poupança, fundos de investimentos ou bolsa de valores. Segundo Eurimilson Daniel, diretor da rental, a proposta surgiu a partir da necessidade de conciliar a segurança na gestão da frota da empresa com as oportunidades oferecidas pelo mercado. “Como nossa filosofia é a de operar com um máximo de 35% dos equipamentos financiados, a saída para continuar crescendo e atendendo os clientes com qualidade e eficiência era buscar parceiros, pois investimos o quanto podemos e não o quanto queremos”, diz ele. Esse projeto, em estudo pela equipe de Daniel há um ano, não significa que a rental esteja abrindo seu capital em bolsa de valores. Ela mantém a gestão do negócio e o parceiro entra com a aquisição do novo equipamento, cedido à empresa por meio de um contrato de sociedade de cota de participação (SCP), regulamentado desde 2002. O instrumento é semelhante ao que regula as aplicações no mercado imobiliário, como investimentos

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Eurimilson Daniel: negócio com rendimento de 1,8% ao mês

em flats, por exemplo. “Com nossa carteira de contratos e experiência no setor, proporcionamos ao parceiro uma taxa de ocupação de seu bem que alavanca a rentabilidade do investimento”, afirma o executivo. Alta rentabilidade Pelas suas contas, o negócio possibilita ao investidor uma rentabilidade de 1,8% ao mês, já descontados os impostos, índice superior ao da poupança e no mesmo patamar dos melhores papéis negociados em bolsa. “Atingimos taxas ainda maiores, mas preferimos adotar esse nível mais conservador considerando as sazonalidades típicas do mercado de locação de máquinas para construção.” Isto significa que, para um equipamento com taxa de ocupação de 80% ao ano – a média registrada na frota da Escad – o retorno da aplicação ocorrerá após cerca de três

anos de operação. Daniel ressalta que, além de receber dividendos mensais, o parceiro pode lucrar mais cerca de três a cinco anos após a amortização do investimento – até o equipamento atingir entre 12.000 e 16.000 horas trabalhadas. “Não adotamos um parâmetro baseado em anos ou em tempo de operação, mas no melhor momento para o descarte da máquina, quando obtemos um valor mínimo de venda de 50% do seu preço de mercado.” Dessa forma, além da lucratividade proporcionada pelo negócio, o investidor pode restituir metade do capital aplicado, com o apoio da Escad na venda de seu equipamento. A locadora opera com uma frota de cerca de 350 equipamentos de movimentação de solos – escavadeiras, tratores de esteiras, motoniveladoras, pás-carregadeiras e retroescavadeiras – de compactação e demolição, dos quais mais de


SANTOS 2008

23o CONGRESSO BRASILEIRO DE MANUTENCAO

Manutenção e os desafios do crescimento econômico

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NEGÓCIOS

NEGOCIOS Alquiler de maquinaria ofrece oportunidades de inversión

Sistema de pool elimina riscos: rendimento calculado sobre um grupo de máquinas

uma dezena de unidades já está sendo disponibilizada por esse mecanismo de parceria. “Até o fim do ano vamos aumentar a frota em cerca de 50 equipamentos por meio de investidores.” Mas esse percentual pode aumentar no futuro, liberando o fluxo de caixa da Escad para saltos ainda maiores de crescimento. “O objetivo é usar nossa experiência em gestão de frota para proporcionar retorno à empresa, aos investidores e ao mercado”, diz Daniel. Garantia do investidor Ele explica que, em vez de adquirir o equipamento do fabricante, o parceiro pode comprar máquinas integrantes de sua frota, com garantia de recompra por parte da Escad. Como em qualquer tipo de aplicação, o investidor não dispõe de uma garantia de rentabilidade e as expectativas de retorno se baseiam na interpretação do comportamento do mercado de locação de equipamentos para construção. “Esse negócio foi desenvolvido para profissionais do setor que conhecem a nossa empresa, que dispõem de capital e buscam alternativas de investimento.” Mesmo assim, o executivo lista os instrumentos que dão garantia ao parceiro-investidor. “Todas as despesas operacionais ficam por nossa conta, como os custos de manutenção, de peças de reposição, combustível e outros.” Como o equipamento fica em nome do investidor, ele funciona

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como lastro da operação e se incorpora à frota da rental já coberto por seguro, cujo beneficiário é o investidor. Completando o arcabouço de proteção ao investidor, ele explica que a taxa de ocupação da máquina é estabelecida com base em um “pool de equipamentos”. Por esse sistema, ela passa a integrar um grupo de cerca de 10 equipamentos de diferentes tipos para locação – escavação, carga, compactação etc. – que permitem calcular uma rentabilidade média e pulverizam os riscos. “Dessa forma, mesmo que a máquina fique parada alguns dias no final de um contrato, seja porque está em trânsito ou em revisão, seu investidor não deixará de receber os dividendos determinados pela rentabilidade daquele grupo”, ele conclui.

Escad: www.escad.com.br

Escad, empresa dedicada al alquiler de maquinaria, creó una nueva alternativa de inversión en el mercado para aquellos inversores que buscan rentabilidad y seguridad de su capital. La empresa ofrece a los inversores la oportunidad de aplicar su capital en la adquisición de máquinas y equipos para la construcción y ampliar el parque destinado al alquiler, en lugar de invertir en opciones tradicionales como la caja de ahorro, los fondos de inversiones o la bolsa de valores. Eurimilson Daniel, director del sector de alquiler, explica que esta modalidad surgió como una respuesta a la necesidad de conciliar la seguridad en la administración del parque de la empresa con las oportunidades ofrecidas por el mercado. “Como nuestra filosofía es trabajar con un máximo de 35% de máquinas financiadas, una alternativa que teníamos para continuar creciendo y ofreciendo a los clientes un servicio de calidad y excelencia era buscar socios, pues invertimos lo que podemos y no lo que queremos”, dice Daniel. Este proyecto no significa que la empresa vaya a abrir su capital a la bolsa. Seguirá al frente de la gestión de los negocios y el socio participará adquiriendo nueva maquinaria, que cederá a la empresa por medio de un contrato de sociedad de cuota de participación (SCP). “Gracias a nuestra cartera de contratos y experiencia en el sector, el socio podrá aumentar el porcentaje de utilización de su bien y, por consiguiente, la rentabilidad de su inversión”, afirma Daniel.

Dos 350 equipamentos da frota, mais de uma dezena foi adquirida em parceria com investidores



PERFIL

JOÃO NEY COLAGROSSI FILHO

SERVIÇOS AGREGAM VALOR PARA

O CLIENTE E PARA A EMPRESA Quando o estudante de Engenharia Metalúrgica João Ney Colagrossi Prado Filho ingressou na Metso Minerals como estagiário, em 1978, certamente não imaginava a trajetória que começava a trilhar. Àquela época, a empresa sequer tinha essa denominação. Mas após um longo período de fusões e aquisições, ela transformou-se na subsidiária brasileira de uma fornecedora global de soluções e equipamentos para processamento de minérios e agregados para construção civil, com um faturamento de 2,6 bilhões de euros em 2007 e dezenas de marcas de produtos para britagem, peneiramento, transporte, bombeamento e demais processos

usados em mineração, construção e reciclagem. Nesse período, Colagrossi ocupou diversos cargos na companhia até chegar à presidência da Metso Minerals para a América do Sul, há oito anos. Em maio último, ele foi promovido a presidente da linha de negócios de construção da multinacional finlandesa e membro de seu conselho executivo, tornando-se o primeiro brasileiro a ocupar esse cargo na companhia. Na entrevista a seguir, o executivo detalha sua visão do mercado de equipamentos e revela as estratégias da empresa para continuar crescendo no Brasil e demais mercados do mundo. M&T – Qual o peso do Brasil e da América Latina nos negócios globais da Metso Minerals? Colagrossi – Estamos aqui há muitas décadas e essa região representa cerca de 18% dos negócios da empresa, ocupando quase o mesmo patamar da América do Norte e superada apenas pelos mercados europeu e asiático. Temos cinco fábricas na América do Sul, das quais três localizadas em Sorocaba (SP), que vêm recebendo fortes investimentos para atender o aumento da demanda. Nos últimos oito anos, crescemos continuamente na região e, apenas nas unidades industriais brasileiras, investimos numa fábrica de borracha, o que permitiu diversificar e expandir a produção de telas de peneiras para classificação de minérios, além de iniciar a fabricação de bombas de polpa e dos aportes realizados nas demais linhas de produtos, como britadores, correias transportadoras, peças de desgaste e outras. Vale observar que, considerando o grupo como um todo, incluindo a Metso Paper, a Metso Automation e outras divisões, o Brasil figurou como segundo maior mercado para a companhia em 2007, superado apenas pelos Estados Unidos, totalizando 587 milhões de euros em vendas.

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MANUTENÇÃO TECNOLOGIA

M&T – Esse ritmo de crescimento não sofreu reflexos da crise no mercado norte-americano? Colagrossi – Essa crise ficou circunscrita ao mercado imobiliário norteamericano e o setor de construção é muito mais amplo e complexo. Mesmo nos Estados Unidos, nossos estudos demonstram que os investimentos em infra-estrutura e em obras não residenciais continuarão impulsionando o mercado de equipamentos. Até 2011, projetamos um aumento anual de 4,7% na produção de agregados para construção, que deverá saltar dos atuais 21,3 bilhões t para cerca de 26,8 bilhões t/ano. Isto vai exigir investimentos das construtoras e dos produtores de agregados na modernização e ampliação de seus respectivos parques de equipamentos. M&T – Quais as principais tendências nessa área ditadas pelas demandas dos clientes? Colagrossi – O mercado está muito atento à questão ambiental. Além da produtividade e baixo custo operacional dos equipamentos, os clientes buscam soluções voltadas ao menor impacto no meio ambiente, como a redução na emissão de ruídos, de gás carbônico e de demais poluentes na atmosfera. A questão ambiental também está inviabilizando a extração de areia e criando uma oportunidade para os produtores de brita nas regiões

Servicios de valor añadido para el cliente y la empresa En 1978, cuando el estudiante de Ingeniería Metalúrgica João Ney Colagrossi Filho ingresó en la empresa Metso Minerals como pasante, seguramente no se imaginaba la trayectoria profesional que seguiría. En aquella época, la empresa ni siquiera se llamaba así. Pero, después de un largo período de fusiones y adquisiciones, se transformó en la subsidiaria brasileña de una proveedora mundial de soluciones y maquinaria para el procesamiento de minerales y áridos para la construcción civil, que facturó 2600 millones de euros, en el 2007, y comercializa decenas de marcas de productos para trituración, cribado, transporte, bombeo

próximas aos grandes centros urbanos. Com o uso de britadores de eixo vertical, conhecidos como VSI, eles conseguem maior eficiência na produção de finos e geram areia manufaturada como subproduto da brita. M&T – Há ainda os britadores móveis, cujo mercado começa a decolar na Brasil... Colagrossi – Essa solução é fantástica e, na Europa, representa cerca de 80%

y otros procesos usados en minería, construcción y reciclaje. Durante ese período, Colagrossi ocupó diversos puestos en la compañía hasta llegar a la presidencia de Metso Minerals para Amércia del Sur, hace ocho años. En mayo pasado, fue designado presidente de la línea de negocios de construcción de la multinacional finlandesa y miembro de su consejo ejecutivo, se convirtió en el primer brasileño a ocupar este puesto en la compañía. En la entrevista con M&T, el ejecutivo dio su visión sobre el mercado de máquinas pesadas y habló sobre las estrategias de la empresa para continuar creciendo en Brasil y en otros mercados del mundo.

das vendas realizadas no mercado de construção, pois reduz custos com a mobilização dos equipamentos, além de contribuir com a eficiência da operação e o menor impacto ambiental do qual acabamos de tratar. Na América do Sul, divulgamos essa tecnologia há quatro anos, num trabalho voltado à conscientização dos clientes quanto aos benefícios proporcionados pelos conjuntos móveis de britagem. Com isso,


PERFIL já contabilizamos cerca de uma dezena de unidades em operação no Brasil, Chile, Colômbia e Argentina, inclusive em mineradoras de grande porte, onde essa tecnologia contribui com a redução nos custos de transporte.

de disponibilidade de peças ou serem ampliados com mais serviços gradativamente, como a manutenção, a recuperação de componentes e a operação da planta mediante parâmetros de desempenho pré-estabelecidos, com

...ninguém conhece seus custos melhor que o próprio cliente e, se ele nos contrata para operar sua linha, é porque estamos proporcionando ganhos de desempenho." M&T – A qual fator a empresa atribui seu crescimento no Brasil e América Latina nos últimos anos? Colagrossi – Aos investimentos na área de serviços, pois trabalhamos para mostrar aos clientes que somos mais do que um simples fabricante de equipamentos; somos provedores de soluções completas, o que inclui desde estudos para a otimização das instalações até a operação completa da planta para o cliente. Oferecemos cinco modalidades de contratos ao mercado, que podem envolver a garantia

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nossa remuneração por tonelada produzida. Nessa última modalidade de contrato, mais completa, atendemos várias mineradoras, além de algumas grandes obras de infra-estrutura e pedreiras, segmento no qual estamos estruturando um projeto específico para a prestação de serviços. M&T – Essa modalidade de contrato é vantajosa para o cliente mesmo considerando que o prestador de serviços precisa lucrar? Colagrossi – Sem dúvida e o que comprova isto é o fato de atendermos vá-

rias empresas com essa modalidade de contrato por desempenho. Afinal, ninguém conhece seus custos melhor que o próprio cliente e, se ele nos contrata, é porque estamos proporcionando ganhos de desempenho a suas operações. Para isto, aplicamos todo o nosso conhecimento na área de processamento de minérios e de agregados, trazemos os componentes para análise em laboratório e realizamos os ajustes para a otimização das peças de desgaste. M&T – Qual a importância da área de serviços nos negócios da empresa? Colagrossi – Nos últimos tempos, ela cresceu uma média de 20% ao ano e já responde por cerca de 35% do faturamento da empresa no continente. Mas temos convicção de que os serviços têm potencial para muito mais e podem representar metade dos negócios da companhia. Tanto que estamos investindo na abertura de novos centros de serviços, de forma a ficarmos mais próximos dos clientes e atendermos a maioria de seus problemas localmente, desde a disponibilização de uma peça até a reforma completa de um britador, de uma peneira ou correia transportadora. M&T – Como a empresa consegue atender os clientes do exterior num cenário em que o câmbio penaliza os exportadores brasileiros? Colagrossi – Desenvolvendo tecnologias de processo e melhorias internas que nos permitam ser competitivos em qualquer situação macro-econômica. Como não temos controle sobre o câmbio e outras variáveis que se situam no âmbito de políticas de governo, procuramos ser competitivos tanto nos bons quanto nos maus momentos. Em 1997, quando as exportações representavam entre 20% e 30% do nosso faturamento, realmente o cenário era bem mais favorável que atualmente. Em 2007, o mercado externo representou 70% das vendas da empresas e, mesmo com a valorização do real frente ao dólar, nossas operações têm sido rentáveis, mesmo porque exportação é um negócio de longo prazo, baseado em compromissos assumidos e que precisam ser cumpridos.


Fotos: Weg

MANUTENÇÃO

PASSO A PASSO NOS CUIDADOS COM

MOTORES ELÉTRICOS O

s cuidados para a correta especificação dos motores elétricos e a adoção de procedimentos adequados na sua manutenção contribuem para a longevidade desses equipamentos e evitam paradas inesperadas no canteiro de obras. Para isso, os profissionais do setor devem estabelecer programas de manutenção preditiva e sensitiva, com o emprego de procedimentos como análises de vibração, de temperatura e corrente

operacional, entre outros. As ações preventivas (isolamentos) também se fazem necessárias e as intervenções corretivas, quando necessárias, envolvem desde uma simples troca de rolamentos até o rejuvenescimento e/ou rebobinamento dos motores elétricos. Num canteiro que opera em regime de um turno de oito horas diárias, por exemplo, os equipamentos trabalham obviamente durante esse período e ficam parados nas 16 ho-

ras restantes do dia. Nesse tempo de “descanso” reside um dos principais perigos para o motor elétrico, pois seu enrolamento poderá sofrer influência da umidade relativa do ar. A condensação dessa umidade – em forma de gotas d’água – prejudica a capacidade de isolamento do equipamento, podendo ocasionar curtocircuito entre a fase e a massa. Para evitar esse tipo de problema, os especialistas recomendam a insta-


MANUTENÇÃO lação de resistência para aquecimento da parte interna do motor. O sistema deve ser energizado enquanto o motor não estiver em operação, mantendo sua temperatura interna em cerca de 5ºC a 10ºC acima da temperatura ambiente, como forma de evitar a condensação da umidade do ar. Quando o motor entrar em operação, a resistência de aquecimento deverá ser desativada automaticamente. Além desse tipo de problema, outros fatores podem prejudicar o isolamento dos motores elétricos, como o superaquecimento e a ocorrência de contaminantes sólidos. Para combatê-los, deve-se atentar para a correta especificação do grau de proteção do motor e para o ajuste adequado dos relés de proteção. Deve-se também analisar o desgaste dos rolamentos, verificando se a graxa utilizada – assim como a sua periodicidade de aplicação – é compatível com a condição de trabalho.

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Manutenção por prioridade Antes de se realizar os procedimentos de manutenção preventiva, recomenda-se a classificação dos equipamentos por nível de prioridade (A, B e C), de acordo com seu impacto na operação do canteiro de obras. Dessa forma, motores de nível A seriam aqueles vitais para o processo, cuja parada interrompe toda a produção. Os classificados como C seriam os que podem parar a qualquer momento para manutenção, sem afetar diretamente a produção, enquanto os de nível B se enquadrariam num estágio intermediário – cujos danos causam transtornos à operação, mas não a interrompem. A partir dessa classificação, o profissional do setor poderá determinar as periodicidades de manutenção e os procedimentos a serem adotados, já que dificilmente será possível parar todos os motores para as ações necessárias. A definição do investimento em inspeções e itens de proteção deve se basear na criticidade de cada unidade e numa análise de custo/benefício, particularmente para motores de baixa potência. Nesses equipamentos, o custo dessas medidas é, na maioria das vezes, inviável, tornando mais interessante a aquisição de unidades de reserva para troca em caso de queima, de modo a se reduzir o tempo de parada do equipamento. A análise de vibração deve ser aplicada prioritariamente nos equi-

pamentos de classe A e eventualmente nos de nível B, pois se trata de uma técnica que exige o uso de instrumentos específicos e profissionais qualificados. Para isso, é preciso traçar uma rota de inspeções, com a definição da sua freqüência ou do intervalo mais adequado entre essas aferições. No caso dos motores de classe A, por exemplo, a análise de vibração pode ser programada a cada 30 dias, aumentando para 60 dias nos equipamentos de nível B. Dependendo do histórico de falhas e da curva de desempenho dos equipamentos, essa periodicidade das medições pode ser alterada. A técnica de análise de vibração permite identificar problemas nos rolamentos e, em casos mais específicos, localiza falhas elétricas como a interrupção de barras rotóricas, por exemplo. Além disso, sua aplicação ajuda a detectar problemas relacionados com desbalanceamento e desalinhamento nos conjuntos. Os mesmos técnicos que realizam esse acompanhamento podem executar paralelamente outras inspeções, como a análise de temperatura, por exemplo. Existem diversas formas de realizá-la e a mais avançada é a por termografia, na qual câmaras de circuito fechado de TV monitoram alguns componentes do motor. Por meio desse sistema, os níveis de temperatura das peças podem ser acompanhados num painel de controle, com alarmes mediante parâmetros pré-estabelecidos de tolerância quanto à temperatura máxima. Essa técnica também exige investimentos elevados, mas existem formas de reduzir seus custos. Uma delas é o monitoramento somente de algumas peças estratégicas do motor, como os mancais e a caixa de terminais, onde as possibilidades de superaquecimento são maiores. Outra técnica que proporciona economia à análise de temperatura é uso de termômetro ótico. Com a medição dos valores e a análise dos seus re-


MANUTENÇÃO TECNOLOGIA

gistros (tendências), é possível detectar previamente defeitos de origem elétrica ou mecânica. Em motores menores, é importante inspecionar a temperatura dos mancais de forma simples, removendo-se os motores com anormalidade para verificação das causas e a execução dos reparos necessários. Ações corretivas Com a adoção desses procedimentos, a incidência de falha nos motores elétricos tende a diminuir, mas ne-

nhum usuário está totalmente isento de se defrontar com panes nesses equipamentos. Quando elas ocorrerem, os técnicos de manutenção deverão realizar a análise de falha antes de tomar as ações corretivas necessárias. Essa prática pode ser facilitada se a equipe de manutenção possuir um histórico do funcionamento do motor. Dessa forma, diante de uma pane geral, por exemplo, é possível agir por eliminação dos componentes já vistoriados e procurar os defeitos nas demais peças do motor.

PRINCIPAIS DEFEITOS EM MOTORES ELÉTRICOS E SUAS CAUSAS Defeito

Possíveis causas

• • • Motor não • consegue dar • a partida • • • • • Baixo torque • de partida • • • • Conjugado • máximo baixo • • • Curto na • conexão •

Excessivo esforço axial ou radial da correia; Eixo torto; Conexão errada; Numeração dos cabos trocada; Carga excessiva; Platinado aberto; Capacitor danificado; Bobina auxiliar interrompida. Ligação interna errada; Rotor descentralizado; Tensão nominal abaixo do especificado; Freqüência errada; Capacitância baixa; Capacitores ligados em série ao invés de em paralelo. Rotor falhando ou descentralizado; Rotor com inclinação de barras acima do especificado; Tensão nominal abaixo do especificado; Capacitor permanentemente abaixo do especificado. Falha no material isolante; Contaminação interna; Superaquecimento da conexão devido a mau contato.

Por isso, os especialistas avaliam que a causa da falha deve ser identificada ainda no local da instalação, por meio de informações do regime de operação, de avaliação do sistema de proteção elétrica (relés), das contaminações externas, vazamentos e outros fatores. Nos casos críticos (motores de nível A), é conveniente dispor de unidades de reserva, para instalação no lugar do que foi retirado e o menor impacto em termos de parada da produção. Quando o motor é retirado e levado para a oficina, o processo de recuperação deve seguir uma ordem natural no seu rebobinamento: desmontagem, avaliação para detecção da causa da queima, rebobinamento, impregnação, aquecimento para cura do verniz, montagem com substituição dos rolamentos, pintura e testes de funcionamento.

Weg: www.weg.net/br


TABELA DE CUSTOS

Manutenção

Mat. Rodante

Comb./Lubr.

Total

Caminhão basculante articulado 6x6

R$ 64,46

R$ 47,42

R$ 11,19

R$ 30,66

R$ 153,72

Caminhão basculante fora de estrada 30 t

R$ 39,89

R$ 23,95

R$ 11,19

R$ 22,23

R$ 97,26

Caminhão basculante rodoviário 6x4 (26 a 30 t)

R$ 20,48

R$ 14,40

R$ 6,79

R$ 7,67

R$ 49,33

Caminhão basculante rodoviário 6x4 (36 a 40 t)

R$ 30,94

R$ 23,21

R$ 7,04

R$ 15,33

R$ 76,52

Caminhão comboio misto 4x2

R$ 17,44

R$ 11,92

R$ 3,24

R$ 5,21

R$ 37,82

Caminhão guindauto 4x2

R$ 18,67

R$ 12,80

R$ 3,24

R$ 5,21

R$ 39,92

Carregadeira de pneus (1,5 a 2,0 m³)

R$ 29,40

R$ 15,40

R$ 3,13

R$ 13,03

R$ 60,97

Carregadeira de pneus (2,5 a 3,5 m³)

R$ 44,20

R$ 22,73

R$ 10,49

R$ 18,40

R$ 95,82

Compressor de ar portátil (250 pcm)

R$ 7,68

R$ 6,96

R$ 0,04

R$ 21,77

R$ 36,45

Compressor de ar portátil (750 pcm)

R$ 15,87

R$ 13,55

R$ 0,11

R$ 52,43

R$ 81,95

Escavadeira hidráulica (15 a 17 t)

R$ 41,50

R$ 26,75

R$ 1,61

R$ 13,80

R$ 83,65

Escavadeira hidráulica (20 a 22 t)

R$ 44,20

R$ 27,67

R$ 2,17

R$ 32,19

R$ 106,23

Escavadeira hidráulica (30 a 34 t)

R$ 81,25

R$ 50,07

R$ 4,01

R$ 45,99

R$ 181,32

Motoniveladora (140 a 180 hp)

R$ 49,98

R$ 29,40

R$ 3,74

R$ 26,06

R$ 109,18

Motoniveladora (190 a 210 hp)

R$ 49,00

R$ 29,00

R$ 3,49

R$ 30,66

R$ 112,15

Retroescavadeira

R$ 22,31

R$ 12,46

R$ 1,73

R$ 12,26

R$ 48,77

Trator agrícola

R$ 14,80

R$ 7,35

R$ 1,30

R$ 15,33

R$ 38,78

Trator de esteiras (100 a 120 hp)

R$ 57,09

R$ 29,55

R$ 2,87

R$ 19,93

R$ 109,44

Trator de esteiras (160 a 180 hp)

R$ 56,00

R$ 29,13

R$ 6,18

R$ 32,19

R$ 123,50

Trator de esteiras (300 a 350 hp)

R$ 138,13

R$ 71,07

R$ 19,60

R$ 56,72

R$ 285,52

Equipamento

Propriedade

CUSTO HORÁRIO DE EQUIPAMENTOS COSTO POR HORA DE EQUIPOS

Os valores acima, sugeridos como padrão pela Sobratema, correspondem à experiência prática de vários profissionais associados, mas não devem ser tomados como única possibilidade de combinação, uma vez que todos os fatores podem ser influenciados pela marca escolhida, local de utilização, condições do terreno ou jazida, ano de fabricação, necessidade do mercado e oportunidades de execução dos serviços. Valores referentes a preço FOB em São Paulo (SP). Maiores informações no site: www.sobratema.org.br.

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MANUTENÇÃO

63


ESPAÇO ABERTO

Komatsu já vende escavadeira híbrida Em junho, a Komatsu iniciou a comercialização no mercado japonês da PC200-8 Hybrid, que segundo a empresa se caracteriza como a primeira escavadeira híbrida diesel/elétrica oferecida como um produto standard no mundo. O equipamento, da classe de 20 t de peso operacional, conta com um motor elétrico de giro, motor gerador elétrico, capacitores e motor diesel. O sistema se baseia na conversão da energia gerada pela estrutura superior da máquina, no momento em que ocorre a redução de velocidade em seu giro, armazenando-a no capacitor e a utilizando como energia auxiliar, transmitida por meio do motor gerador elétrico, durante a aceleração do motor diesel. Com isso, o equipamento apresenta uma economia média no consumo de combustível de 25%, em comparação com a tradicional PC200, atingindo uma redução máxima de até 41%, segundo testes realizados pela empresa. Enquanto as escavadeiras normalmente usam um motor hidráulico para realizar o seu giro, a Komatsu dotou as máquinas híbridas de motor elétrico, armazenando a energia gerada durante a redução desse movimento e a transmitindo para o motor diesel quando este é acelerado. Segundo a Komatsu, isto permite que o motor diesel opere numa faixa de rotação mais baixa, com maior eficiência na combustão. Ao contrário dos veículos de passeio híbridos, que, após uma

grande carga de energia elétrica para o início do movimento e a aceleração, passam a se deslocar com o motor em rotação relativamente estável, nas máquinas de construção as rotações do motor mudam freqüentemente, devido à demanda para trabalhos pesados, como escavação, por exemplo. Por esse motivo, a PC200-8 Hybrid conta com capacitores para coletar, armazenar e liberar eletricidade com maior eficiência que as baterias automotivas. O equipamento está sendo vendido apenas no mercado japonês e a Komatsu disponibiliza 30 unidades para entrega até março de 2009. ✎ www.komatsu.com

Randon lança caçamba para fora-de-estrada Desenvolvida em modelos de 14 m3 a 22 m3 de capacidade, a caçamba basculante Minerale está sendo apresentada pela Randon como uma solução para o transporte de materiais em serviços de terraplenagem e mineração. Ela foi desenvolvida para uso em caminhões rodoviários com tração 6x4, 8x4 ou 10x4 aplicados em operações fora-de-estrada, sendo confeccionada em aço estrutural de alta resistência, que confere resistência e leveza ao implemento. A caçamba tem assoalho em formato semi-elíptico, para fa-

cilitar o escoamento dos materiais e aumentar a resistência a impactos. Além disso, as emendas no piso ficam próximas às laterais da caixa de descarga – região menos exposta a desgaste no descarregamento – e a os mancais de giro da caixa de carga e das articulações da tampa têm buchas auto-lubrificantes, entre outros itens voltados à maior robustez. A segurança fica por conta de estabilizador que auxilia no alinhamento da caixa de carga com o sobrechassi durante o basculamento, de forma a conferir maior estabilidade à operação. Como opcional, ela pode ser fornecida com inclinômetro que interrompe o basculamento se o ângulo de inclinação lateral exceder valores pré-estabelecidos para a sua segurança. Outro item opcional é o kit hidráulico destinado a aumentar a vazão de óleo no basculamento e retorno, de forma a proporcionar ganhos de produtividade e reduzir o ciclo de operação. Segundo a Randon, a caçamba basculante passou por um período de testes e, desde abril, está em operação numa unidade da mineradora Vale. No caso do modelo para uso em caminhão 8x4, com 18 m3 de capacidade e carga de até 40 t, o implemento tem tara de 5.450 kg e largura de 2,6 m. Seu ângulo de basculamento é de 55º e a operação pode ser executada num tempo de ciclo de 29 s. ✎ www.randon.com.br

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Duas décadas divulgando a evolução da tecnologia em equipamentos

QUEM VISITA A M&T EXPO LÊ A M&T, UMA REVISTA QUE ATINGE PROFISSIONAIS COM ALTO PODER DE DECISÃO NO MERCADO DE EQUIPAMENTOS PARA CONSTRUÇÃO E MINERAÇÃO

LEIA NA PRÓXIMA EDIÇÃO (AGOSTO N° 116)

Equipamentos de perfuração Tecnologias para desmontes e obras de túneis

Hidráulica móbil Sistemas que aumentam a força das máquinas

Agricultura de precisão Dispositivos para a automação do plantio e da colheita

Mineração Soluções para a produtividade na mina

Manutenção Cuidados na reforma de pneus

PROGRAME SEU ANÚNCIO www.sobratema.org.br – Fone: 11 3662-4159


ESPAÇO ABERTO

Britador cônico reduz custo de operação Maior desempenho em instalações de britagem contínuas e redução no consumo de energia são as promessas da Metso Minerals com o lançamento do britador cônico HP4. Segundo a empresa, trata-se do primeiro modelo de uma linha projetada para proporcionar baixo custo operacional com a combinação de alta capacidade de fragmentação e baixa taxa de carga circulante.

Com 23.672 kg de peso operacional, o equipamento conta com novo dispositivo anti-rotação (anti-spin). Entre outras inovações, seu revestimento é fixado sem material de encosto (resina) e o sistema de alívio teve o design aprimorado para proteção ao britador em operação. O equipamento é acionado por motor de até 315 kW e tem abertura de alimentação variável, em função do tipo do revestimento. De acordo com a Metso, o HP4 foi projetado inicialmente para a britagem fina e a etapa terciária em processos pesados de fragmentação, proporcionando uma manutenção simples e em intervalos longos. Ele chega ao Brasil, após seu lançamento mundial no início de 2007, como uma inovação na tradicional família de britadores Nordberg HP. É indicado para britagem em mineração e construção. ✎ www.metsominerals.com.br

Compressores eficientes e econômicos Os compressores de ar tandem da empresa indiana Elgi, uma das líderes nesse segmento no mercado asiático, estão disponíveis no Brasil para empresas que procuram um equipamento resistente e que opere com baixo nível de ruído. Distribuídos no País pela Ar Brasil Compressores, eles são do tipo parafuso de dois estágios, dotados de filtro de ar seco para trabalhos pesados e de sistema centrífugo para separação ar/óleo em três etapas. Segundo a empresa, os compressores de ar de dois estágios da marca são mais

eficientes que os tradicionais de um estágio, atingindo uma economia de 7% a 13% no consumo de energia. Ele trabalha com a compressão dividida igualmente entre os dois estágios, sendo que a primeira fase recolhe o ar, comprime-o à pressão intermediária e alimenta a entrada da segunda etapa. Esta, por sua vez, comprime o ar até a pressão final da descarga e, nesse processo, a maior parte do calor gerado pela compressão na primeira fase é removida pelo óleo de lubrificação. O calor restante é diminuído por uma mistura de óleo mais frio antes da entrada na segunda etapa. Os equipamentos estão disponíveis em modelos com motor de 75 kW a 160 kw, que atingem uma capacidade entre 16 e 31,15 m3/min, respectivamente. Eles contam ainda com painel eletrônico com aviso do estado de operação e de falhas, facilitando sua manutenção. São oferecidos pela empresa ao mercado para venda e locação. ✎ www.arbrasilcompressores.com.br

66 | Julho | 2008

Terex desenvolve sistema on-line para pedidos de peças A Terex Latin America já oferece um serviço on-line para pedidos de peças, por meio de seu endereço eletrônico (www.terexla.com), com o objetivo de facilitar o acesso dos clientes à informação e evitar a compra de itens errados. Essa ferramenta reúne dados sobre peças usadas em todos os equipamentos da linha Genie já produzidos e, com ela, o usuário não precisa mais baixar os manuais de peças, em formato PDF, apenas para encontrar o número do produto desejado. O sistema filtra as peças pelo número de série do equipamento e o cliente só visualiza aquelas que interessam a ele. Segundo a empresa, a ferramenta impede o ordenamento de itens não relacionados ao seu equipamento, evitando erros na compra. Ele também possibilita ganho de tempo para o cliente, que não precisa ler notas sobre cada uma das peças para decidir qual delas solicitar. Caso o cliente não saiba o número de série do item desejado, ele pode procurálo pela descrição. Nesse caso, o sistema fornece uma lista de modelos nos quais a peça pode ser aplicada. De acordo com a Terex, esse método é particularmente útil na hora de fazer um plano para a compra de itens de manutenção preventiva dos equipamentos, como filtros de ar, componentes hidráulicos e outros. ✎ www.terexla.com




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